Glaucoma agudo

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OLHO VERMELHO:
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E CONDUTA
Profa. Dra. Silvana Artioli Schellini
Disciplina de OFTALMOLOGIA
Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e
Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
OLHO VERMELHO
Afecções que cursam com olho vermelho
SEM DOR
 Conjuntivites: principal causa de
olho vermelho;
COM DOR
 Lesões corneanas: corpo estranho,
ceratites, úlceras;
 Uveítes: anteriores ou
intermediárias/esclerites;
 Glaucoma agudo
OLHO VERMELHO
CONJUNTIVITES
 Agente:
 Bactéria, vírus, parasitas, processos
alérgicos
 Queixa:
 Sensação de corpo estranho,
dificuldade para abrir os olhos pela
manhã, secreção
 Acuidade visual: normal
 Exame externo:
1. Hiperemia principalmente nos fundos-de-saco
2. Secreção é a chave para a etiologia:
 Pus = Bacteriana
 Aquosa = Viral
OLHO VERMELHO
CONJUNTIVITE VIRAL
 É a mais frequente!
 Acuidade visual: preservada
 Secreção: AQUOSA
 Importante: risco de transmissão
 Lavar as mãos antes e depois de examinar o paciente
 Cuidado para não se contaminar!
OLHO VERMELHO
CONJUNTIVITE BACTERIANA
 Agente: bactéria, vírus, parasitas,
processos alérgicos;
 Sintoma: sensação de corpo
estranho (pela dilatação dos
vasos);
 Sinais: hiperemia no fundo de
saco e secreção. A secreção é a
“chave” para o diagnóstico
etiológico (pus=bactéria).
TRATAMENTO
1. Limpeza
2. Separar objetos pessoais
3. Colírio Antibiótico de
h/h no primeiro dia e
depois 6X/dia/ 7 dias
OLHO VERMELHO
CONJUNTIVITE ALÉRGICA
 Principal sintoma: Prurido;
 Acompanha outras alergias como
asma, bronquite, etc.;
 Não tem pus!
 Não passa para outras pessoas;
 O olho não fica tão vermelho;
 Tratamento é longo!
 Tratar alergia sistêmica junto.
OLHO VERMELHO
CONJUNTIVITE POR TRACOMA
 Sintomas: Prurido, olho pouco
vermelho, pouca secreção;
 É uma conjuntivite crônica =
menos sintomas e sinais.
Avaliar contactantes e notificar
Tratamento: medidas de higiene e Azitromicina VO
OLHO VERMELHO
PTERÍGIO
 Proliferação conjuntival nasal, relacionada com exposição a
radiação UV;
 Sem secreção;
 Só afeta visão se atinge o eixo visual.
OLHO VERMELHO
ESCLERITE X EPISCLERITE
 Doenças inflamatórias da esclera ;
 Dor à movimentação do globo;
 Hiperemia localizada (E. nodular);
 Hiperemia difusa (E. difusa);
 E. necrosante tem dor e sinais
intensos;
OLHO VERMELHO
ESCLERITE X EPISCLERITE
 Esclerites: associadas a doenças sistêmicas como doenças
reumáticas, Lupus, poliarterite nodosa, gota, sífilis, Tuberculose,
herpes.
TRATAMENTO
Episclerite: Colírios de corticoide;
Esclerite: Tópico e sistêmico em
conjunto com clínico.
OLHO VERMELHO
ALTERAÇÕES CORNEANAS
 Dor intensa;
 Razão para ter dor: exposição dos
filetes nervosos da córnea por perda
de camadas superficiais;
 Acuidade visual reduzida apenas
quando atinge o eixo pupilar;
Secreção se bactérias são os agentes;
Perda da transparência corneana se há alteração das camadas da
córnea.
OLHO VERMELHO
CORPO ESTRANHO CORNEANO/CONJUNTIVAL
 Muito frequente
 Pode estar na córnea ou na
conjuntiva tarsal
 Everter a pálpebra para avaliar a
conjuntiva tarsal
OLHO VERMELHO
CORPO ESTRANHO CORNEANO
1. Avaliar a acuidade visual
2. Exame externo
3. Instilar colírio de fluoresceína e
observar se a superfície da córnea cora
= defeito do epitélio
4. Pingar colírio anestésico e remover
usando cotonete se for conjuntival e
agulha de insulina se estiver na córnea
A remoção deixa úlcera de córnea no local e haverá dor pela exposição
dos nervos = Ocluir com pomada oftálmica e tampão por 24 horas
OLHO VERMELHO
CERATITES E ÚLCERAS
 Há muitos tipos de ceratite e várias
maneiras de classificá-las
1. Quanto ao agente: ceratites
virais,
bacterianas,
fúngicas,
micóticas.
2. Quanto ao local da córnea que
acometem: superficiais, estromais
(ou intersticiais) e profundas.
3. Quanto ao aspecto: puntatas
(falta o epitélio da córnea em
determinados
pontos)
ou
extensas.
Ceratite por adenovírus
OLHO VERMELHO
CERATITES E INFECCIOSAS
 Observar nesta figura a presença de defeito epitelial na córnea
que se cora por fluoresceína;
 Este tipo de lesão em “galho de árvore" é típico de ceratite por
herpes.
OLHO VERMELHO
CERATITES E INFECCIOSAS
 Queixas:
dor,
fotofobia,
diminuição de visão;
 Perda
de
transparência
corneana.;
 A secreção define o diagnóstico
de úlcera bacteriana.
 Úlcera de córnea corada
por fluoresceína. Esta
lesão pode ter sido
desencadeada por um
corpo estranho corneano
OLHO VERMELHO
CERATITES E ÚLCERAS
 Úlceras de córnea podem ser
consideradas um tipo de ceratite
com acometimento de área
extensa da córnea;
 Úlceras geralmente se iniciam
por um trauma, como por
exemplo por corpo estranho,
lentes de contato, acidentes com
agentes químicos, ferimentos
cortantes, etc.
IMPORTANTE: NÃO OCLUIR!
RISCO DE PERFURAÇÃO
Encaminhar o paciente
OLHO VERMELHO
UVEÍTES ANTERIORES e INTERMEDIÁRIAS
 As uveítes anteriores (UA) e as intermediárias (UI)
 Envolvem a ÍRIS e o CORPO CILIAR
 Cursam com dor e olho vermelho
OLHO VERMELHO
UVEÍTES ANTERIORES e INTERMEDIÁRIAS
 Características das UA/UI: dor menos intensa que das úlceras de
córnea e glaucoma; hiperemia ao redor da córnea (injeção
pericerática); sinéquias podem estar presentes; pupila miótica
 Diferencial: Uveítes posteriores não possuem dor, nem levam a
olho vermelho!
OLHO VERMELHO
UVEÍTES ANTERIORES e INTERMEDIÁRIAS
1.
2.
3.
4.
5.
Miose
Injeção pericerática em UA
Hipópio em portador de UA
Sinéquias posteriores ou anteriores
Precipitados ceráticos
CONDUTA
Referir o paciente ao
oftalmologista
OLHO VERMELHO
GLAUCOMA AGUDO
 QUEIXA:
 Dor ocular intensa, podendo ser acompanhada por náuseas
e vômito;
 Em geral, após emoção forte;
 Não há fatores de melhora;
 Mais frequente em mulheres e hipermétropes.
Mecanismo: fechamento do ângulo de
drenagem do humor aquoso
OLHO VERMELHO
GLAUCOMA AGUDO
 Exame externo: injeção pericerática, pupila em semimidríase
paralítica, câmara anterior rasa;
 O glaucoma agudo pode ser secundário – por exemplo ao
cristalino entumescido, a inflamação intraocular (uveíte);
 Digito-pressão: olho pétreo.
OLHO VERMELHO
GLAUCOMA AGUDO
TRATAMENTO
1. Pingar PILOCARPINA colírio 1 ou 2%: fecha a pupila e libera o
ângulo de drenagem;
2. Infundir MANITOL endovenoso: correr aberto (ver se o paciente
não é diabético!)
3. Comprimidos para reduzir a produção de humor aquoso:
ACETAZOLAMIDA 500mg de 6/6 horas
4. Encaminhar o indivíduo para o oftalmologista…
OLHO VERMELHO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ALTERAÇÃO
CONJUNTIVITE
AGUDA
IRITE
AGUDA
GLAUCOMA
AGUDO
ÚLCERA
CORNEANA
INCIDÊNCIA
Extremamente
Comum
Comum
Rara
Comum
SECREÇÃO
Moderada a
copiosa
Ausente
Ausente
Aquosa ou
Purulenta
VISÃO
Normal
Ligeiramente
Muito Turva
Turva
Geralmente
Turva
DOR
Ausente
Moderada
Intensa
Moderada a
Intensa
HIPEREMIA
CONJUNTIVAL
Fundos-desaco
Injeção
Pericerática
Injeção
Pericerática
Injeção
Pericerática
OLHO VERMELHO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
CONJUNTIVITE
AGUDA
IRITE
AGUDA
GLAUCOMA
AGUDO
ÚLCERA
CORNEANA
Clara
Geralmente
clara
Embaçada
Alteração da
transparência/
relação causa
CÓRNEA
TAMANHO
DA PUPILA
Normal
Miose
Midríase
fixa
Normal
REAÇÃO DA
PUPILA À LUZ
Normal
Fraca
Ausente
Normal
PIO
Normal
Normal
Elevada
Normal
Sem
organismos
Organismos
encontrados
apenas nas
úlceras corneanas
devido a infecção
ALTERAÇÃO
ESFREGAÇO
Organismos
causadores
Sem
organismos
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