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Aftosa
Introdução
A Febre Aftosa é uma virose contagiosa altamente transmissível, aguda e febril, seguido do aparecimento
de aftas na mucosa bucal, úbere e espaço interdigital.
Atinge animais de casco fendido (biungulados), afetando os bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
Constitui-se na doença de maior importância dentro do segmento agropecuário, sendo considerada uma
das maiores preocupações dos governos e pecuaristas, pelos prejuízos econômicos que causa
mundialmente, pela interferência na produção e produtividade do rebanho afetado, investimentos e gastos
para a implementação de programas de saúde animal e o embargo e restrições de importação e
exportação do comércio nacional e internacional.
É uma doença cosmopolita, de caráter endêmico, que exige medidas preventivas e programas de
profilaxia altamente dispendiosos, que nem sempre são eficazes, dado ao grande potencial que possui
esta doença em propagar-se, sendo portanto uma doença de notificação obrigatória.
Forma direta
Existe uma diminuição de 30 a 40 % na produção de leite e de 20 a 30 % na produção de carne,
interferindo a curto prazo na economia do estabelecimento afetado, sem considerar a mortalidade de
bezerros, que sofrem mais com a doença.
Forma indireta
A redução da produtividade da fazenda afetada pela doença pode logo ser sentida, a médio e longo
prazos, por diversos fatores ligados ao desenvolvimento e crescimento do rebanho, como:
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Redução da capacidade de reprodução e abortos
Diminuição da produção da fazenda, devido ao número alto de animais descartados
Aumento da sensibilidade para outras doenças como mamilites, mamites, miocardites etc..
Desvalorização dos animais provenientes da fazenda contaminada e de seus produtos
A fazenda fica interditada e impedida de comercializar seus animais, estando portanto proibida
de movimentar seus animais
Aumento da mão de obra, perda de tempo e dinheiro no tratamento de lesões secundárias
A Febre Aftosa é considerada uma doença de países subdesenvolvidos, entretanto, está sempre
alcançando o noticiário nacional e internacional, principalmente naqueles países considerados do primeiro
mundo, onde no primeiro semestre de 2001, apareceu como um grande flagelo em vários países do Bloco
Europeu da Comunidade Européia.
Em Países do Reino Unido, especialmente na Inglaterra, mais de 1 milhão de animais foram sacrificados,
com prejuízos superiores a 6 bilhões de dólares, sendo até considerada como uma epidemia.
A importância econômica da doença é tão grande, que fecha as fronteiras comerciais entre Países, como
por exemplo, o que foi feito por mais de 100 países que, para evitarem a contaminação de seus rebanhos,
suspenderam a compra de carne da Inglaterra desde o aparecimento da doença em seu território.
Etiologia
A Febre Aftosa é transmitida por um dos menores vírus existentes na natureza, o aftovírus, pertencente à
família dos Picornaviridae.
São conhecidos 7 (sete) tipos diferentes deste agente infeccioso, como o O; C; A; SAT 1; SAT 2; SAT 3 e
Ásia 1, cepas estas que não apresentam imunidade cruzada entre si. No Brasil os tipos encontrados são
os A, O e C.
O vírus pode causar a doença em bovinos, ovinos, caprinos e suínos, não sendo patogênica para os
animais que não tenham o casco biungulado como os eqüinos.
O homem não é atingido pela doença, pois o vírus não encontra receptores adequados para a infecção
das células humanas.
Mesmo nos poucos casos de contágio relatado na literatura médica a enfermidade se apresentou de
forma benigna, onde o máximo observado foi mal-estar passageiro e em alguns casos pode ocorrer a
presença de pústulas nas mãos de ordenhadores que manejaram animais enfermos.
A doença é muito difundida pelo transporte de animais enfermos e produtos de regiões onde está
ocorrendo a enfermidade.
Pode ser veiculada através do ar e do vento e também transmitida por animais infectados e
aparentemente sadios que têm os vírus alojados na vesícula biliar, nos gânglios linfáticos e nos ossos, em
que por contato direto contaminam os animais sãos.
Portanto, as formas de transmissão do vírus da Febre Aftosa pode ocorrer através de quase todos os
tipos de mecanismos possíveis, tais como:
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De animal infectado e seus produtos como carne, leite e derivados; ambiente contaminado pelos
animais como currais, pastagens, materiais utilizados para cama, excreções como fezes e urina,
forragens, palhas etc.
Veículos contaminados que levam o vírus através das rodas, pneus, tapetes etc.
Pelo homem, que transporta mecanicamente a doença de fazenda para fazenda, de município
para município, de estado para estado, de país para país, através de seus calçados, roupas,
equipamentos técnicos e utensílios etc.
Pelo vento (Airborne)
Sintomas
Os principais sintomas da Febre Aftosa são o comprometimento das funções orgânicas do animal, com
mudanças no seu estado físico e de comportamento.
Há o aparecimento de uma febre alta e a presença de feridas em forma de aftas ou vesículas na boca,
gengiva e língua com dificuldades de apreensão de alimentos.
As vesículas são bolhas contendo líquido claro e altamente rico em vírus, que ao romperem-se provocam
o aparecimento de ulcerações e/ou erosões (aftas) na gengiva ou língua, com posterior perda do epitélio.
A presença das vesículas no úbere e nas tetas compromete a produção de leite e a ordenha.
Nos cascos, a presença das vesículas causa claudicação, dificultando o animal na sua locomoção para
busca de alimentos.
A anorexia e a claudicação desenvolvidas pela presença das vesículas interferem diretamente no
crescimento e desenvolvimento do animal, com perda significativa de peso e redução na produção de
carne e leite.
A doença também pode provocar abortos.
Em um rebanho contaminado pela Febre Aftosa, a morbidade é muito alta. Os animais mais afetados são
os bezerros em fase de amamentação, pois ao se alimentarem em uma vaca contaminada pelo vírus da
aftosa, podem morrer, por não terem desenvolvido ainda imunidade suficiente contra a doença.
A mortalidade de maneira geral não é alta e considerada até rara, porém, os suínos e os animais jovens
doentes podem morrer de forma rápida, se estão muito debilitados.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito pela presença das vesículas aftosas nos órgãos de eleição, como
gengivas, língua, cascos e úbere.
Porém o diagnóstico definitivo é o laboratorial, por meio de colheitas de secreções dos locais infectados e
o envio para um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura.
Profilaxia
O escritório da Organização Internacional de Epizootias (OIE), é o responsável pela regulamentação de
combate e regras comerciais para as doenças dos animais, sendo que a Organização Mundial do
Comércio (OMC) considera o estado sanitário de cada país para fins de exigências para o comércio de
animais e seus produtos.
A classificação da OIE mundialmente com relação a Febre Aftosa obedece a seguinte escala:
Nível 1: São os países livres de Febre Aftosa sem vacinação
Nível 2: São os países com zona livre de Febre Aftosa sem vacinação
Nível 3: São os países com zonas livres de Febre Aftosa com vacinação
Nível 4:São os países livres de Febre Aftosa com vacinação
O Brasil atualmente ocupa o Nível 3, onde foram criados três blocos, com a finalidade de erradicar a
Febre Aftosa, ou seja:
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Estados livres sem vacinação
Estados livres com vacinação
Estados considerados de alto risco, que ainda estão estruturando suas campanhas de vacinação
Há ainda áreas consideradas de zonas-tampão, por fazerem fronteira de áreas livres com zonas de risco;
estas regiões têm condições de controle diferenciadas.
É uma doença de grande importância econômica, pois afeta o comércio entre os países.
O controle da Febre Aftosa no Brasil tem avançado bastante, alcançando sucesso, devido as ações
tomadas dentro da iniciativa pública e privada, que formaram uma parceria forte, envolvendo pecuaristas,
governo e técnicos, que com o avanço tecnológico aperfeiçoaram seus conhecimentos sobre legislação e
sanidade animal, buscando num espaço de médio prazo a erradicação da doença no País.
Com a criação do Plano Nacional de Combate à Febre Aftosa em 1971, diversas ações foram tomadas
para incremento do Plano, como o aperfeiçoamento e dinamismo dos técnicos envolvidos e o
fortalecimento da parceria entre pecuaristas e governo.
No ano de 1992, foi instituído pelo governo federal o "Conselho Consultivo de Projeto de Controle das
Doenças Animais e Aspectos da Febre Aftosa", ratificando o envolvimento dos setores oficiais e privados
da cadeia produtiva da pecuária, sendo a partir deste momento, implementada no Brasil, toda a
"Estratégia de Erradicação da Febre Aftosa ".
A partir de 1992, estrategicamente e de acordo com a realidade das diversas regiões do País, definiu-se a
meta para execução de ações de controle, criando-se os circuitos pecuários, fundamentando e
estabelecendo normas e mecanismos de ação entre o setor público e privado para erradicação da febre
aftosa.
A iniciativa privada tem a responsabilidade do controle da qualidade sanitária dos rebanhos e os produtos
derivados da produção.
O setor público assume toda a responsabilidade pela elaboração e definição das diretrizes de um
programa completo e sólido de sanidade animal, do acompanhamento e do registro das ações
desenvolvidas, bem como a validação dessas ações.
Portanto, os circuitos pecuários ficaram definidos da seguinte forma:
CIRCUITO SUL
Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sul do Paraná.
CIRCUITO CENTRO-OESTE
Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Tocantins (Gurupi,
Paraíso e uma parte das regiões de Porto Nacional e Miracema do Tocantins), Minas Gerais (Triângulo
Mineiro, Alto Paranaíba, Chapadão do Paracatu, Sul de Minas Gerais, Alto São Francisco e centro-oeste
do estado) e Noroeste do Paraná.
CIRCUITO LESTE
Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e demais regiões de Minas Gerais.
CIRCUITO NORTE
Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Tocantins (regiões do Estado não
incluídas no Circuito Centro-Oeste).
CIRCUITO NORDESTE
Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
Para que seja implementado um bom programa de profilaxia das doenças infecto-contagiosas, o Médico
Veterinário responsável por sua execução deve ter um amplo conhecimento dos principais fatores que
afetam a saúde animal tais como:
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Os ambientais, onde as variações climáticas têm grande importância
Biológicos, como as bactérias, vírus, fungos, helmintos, protozoários, carrapatos, moscas e
outros
Os nutricionais, como as carências minerais e vitamínicas
Conhecimento dos principais mecanismos de disseminação das doenças, como o contato entre
animais e profissionais, água, solo, pastagens, trânsito de animais, parasitas vetores como
mosca-dos-chifres, mosca-dos-estábulos, mosca doméstica, carrapatos etc.
Outros fatores a serem considerados para a prevenção da entradas de enfermidades com os aspectos de
transmissibilidade da Febre Aftosa em um país ou região são:
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Controle rígido na importação de produtos alimentícios
Controle rígido na entrada de alimentos trazidos por viajantes
Controle rígido sobre os alimentos que sobram a bordo de aviões e navios
Instalação de um cordão sanitário, onde circulam pessoas de um país para o outro como adoção
de pedilúvios nos aeroportos, portos e desinfecção de veículos em fronteiras secas
As medidas de prevenção para a obtenção de um certificado de um País livre da Febre Aftosa envolvem
um conjunto de ações que têm a finalidade de impedir a saída ou entrada de um vírus da Aftosa nas
propriedades produtoras, como também eliminá-los das regiões ou áreas onde já ocorreram e podem ser
divididas como específicas e inespecíficas.
As medidas profiláticas inespecíficas têm objetivo amplo de controle não só da Febre Aftosa como de
outras doenças, contribuindo para a prevenção e erradicação.
São consideradas medidas não específicas e que devem ser observadas:
Na unidade local de Sanidade Animal
Cadastramento das propriedades, lojas de agropecuária, firmas promotoras de leilões, frigoríficos,
laticínios, empresas transportadoras de animais e produtos de origem animal.
Credenciamento dos Médicos Veterinários.
Caso haja alguma suspeita no aparecimento da doença, comunicar o mais rapidamente possível ao órgão
oficial sem fazer alarde.
Em uma propriedade em que o Médico Veterinário da Defesa Sanitária suspeite da presença da Febre
Aftosa, serão tomadas as seguintes providências:
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Colheita imediata de material do animal suspeito, para envio imediato ao laboratório de
diagnóstico
Isolamento dos animais e interdição da propriedade, até a confirmação do diagnóstico
Desinfecção dos materiais utilizados pelo Médico Veterinário durante a sua visita, desde o
vestuário até os utensílios e veículo de transporte
O Médico Veterinário regional, deverá visitar a propriedade interditada, com intervalos de 5 dias
Evitar a entrada de pessoas na propriedade, mesmo que sejam da família do produtor
Desinterditar a propriedade somente 14 dias a partir da recuperação do último animal doente ou
no momento em que for feita a comunicação de um exame laboratorial negativo
Na Propriedade Rural
Caso a propriedade tenha comprovada a existência da doença, tomar as seguintes providências:
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Desinfecção e higienização, com a finalidade de diminuir a contaminação ambiental, de
equipamentos e pessoal, utilizando-se desinfetantes específicos, pedilúvio, rodolúvio e/ou
pulverização
Juntar os resíduos e excrementos e dar destino certo para eles, de preferência em locais onde
não haja nenhum acesso tanto pelo homem como pelos animais
No caso de materiais sólidos, como cama de areia, é importante receberem antes um tratamento
com uma solução de formol ou cal para depois serem descartados
Se os excrementos forem utilizados para outra finalidade, tomar o cuidado de fazer tratamento
com desinfetante, deixar por um período de 5 a 1O dias para fermentação, retirar as partes
sólidas como palhas, fezes e a água resultante da lavagem, tratá-las com um desinfetante para
só depois serem lançadas ao ambiente
Não jogar os resíduos em córregos, rios, lagoas etc.
Enterrar os animais mortos, incinerando antes os cadáveres longe de lençóis freáticos ou de
cursos de água, o mais próximo possível do local de sua morte, evitando deslocamentos que
possam disseminar a doença, tomando-se o cuidado de cobrir este animal com uma camada de
cal, depois uma camada de pedras, para depois cobrir com terra, deixando um excedente na
parte superior da cova para a acomodação da terra
Adoção de medidas preventivas para evitar que a doença se espalhe na propriedade ou nas propriedades
vizinhas, tais como:
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Proibir a entrada de animais doentes ou provenientes de propriedades infectadas, como também
de produtos derivados
Limitar e controlar pessoas circulando na propriedade
Revisão das cercas e porteiras para evitar que algum animal escape
Obrigar os animais, pessoas e veículos a passarem pelo pedilúvio e rodolúvio
Obrigar as pessoas e os técnicos que manuseiam os animais a utilizar roupas apropriadas e
limpas, com boa higiene pessoal e dos equipamentos utilizados
Não permitir a saída de pessoas da fazenda, com a mesma roupa do trabalho
Não permitir a entrada na fazenda, de animais que não tenham a guia de trânsito animal (GTA),
expedida pela Defesa Sanitária Animal local
Não permitir a movimentação de animais a pé ou embarcado, sem ter a GTA
Na região contaminada, evitar a aglomeração dos animais, como em feiras, leilões e exposições.
Se isto ocorrer, permitir somente com a GTA
Proibir a entrada de bovinos e bubalinos em estabelecimentos de abate sem a documentação
sanitária expedida pelo setor governamental local, ou seja, a GTA
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Os laticínios só poderão receber o leite "in natura" e seus derivados, se o proprietário apresentar
o certificado de controle sanitário de vacinação regular contra a Febre Aftosa
Tratamento
Não existe tratamento contra a Febre Aftosa e sim medidas profiláticas específicas pelo uso de vacinas.
Essas medidas profiláticas específicas consistem na tomada de ações para imunização do rebanho, pela
utilização de vacinas de procedência idônea, com garantia de que estejam dentro dos padrões de
produção e conservação permitidas pela legislação.
As vacinas contra a Febre Aftosa no Brasil são trivalentes, preparadas com o vírus O, A e C, inativados.
Os vírus O;A e C, contidos em uma formulação com uma quantidade de vírus capaz de induzir nos
bovinos sadios, uma resposta imune específica, suficiente para garantir uma imunidade de proteção
contra a Febre Aftosa por um período de pelo menos 6 meses.
A vacinação no Brasil contra a Febre Aftosa em bovinos e bubalinos, é obrigatória em alguns estados,
obedecendo a um calendário oficial e anual do Serviço de Defesa Sanitária Estadual do Ministério da
Agricultura, onde se determina os meses das campanhas para vacinação dos animais.
Em datas específicas são realizadas outras campanhas, que variam de estado para estado, onde são
vacinados os animais até os 12 meses de idade, todas as faixas etárias e até os 24 meses de idade.
Controle da Qualidade da vacina
A vacina tem que estar liberada para o comércio, somente após ser testada e aprovada nos testes de
potência realizados pelo Ministério da Agricultura em seus Laboratórios de Referência Animal.
Composição da vacina
A vacina deve conter todas os sorotipos de vírus brasileiro, como o A; O e C, com uma boa qualidade de
emulsão e antigenicidade, em quantidade suficiente para estimular a produção de uma resposta
imunológica prolongada do animal, a fim de mantê-lo protegido contra a doença, no caso específico da
Febre Aftosa por 6 meses.
Tipo de adjuvante
A vacina deve ter em sua composição um adjuvante oleoso, de boa qualidade e que não provoque
reações locais muito intensas, comprometendo a sua absorção.
Saúde dos Animais
Para que se tenha uma boa resposta vacinal é primordial e necessário que os animais estejam em uma
boa condição de saúde, portanto sadios.
Animais debilitados e doentes não respondem bem à vacinação.
Dosagem, Via e Local de Aplicação
Aplicar a vacina contra Febre Aftosa, na dosagem de 5 ml, independente de peso e idade, pelas vias
subcutânea e intramuscular, na tábua do pescoço.
Recomenda-se evitar aplicar vacinas ou qualquer outro injetável em áreas de carne nobre como as
musculaturas do traseiro e do cupim.
Conservação da Vacina
Devem ser considerados alguns pontos para conservação e manutenção da vacina, como:
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A vacina deve ser mantida em temperatura de 2 a 8ºC (geladeira), desde a sua produção até a
sua utilização
O transporte da vacina desde a fábrica até a revenda é feito em caminhão frigorificado, com
termógrafo, para que seja mantida a temperatura de conservação
Na revenda, manter a vacina na temperatura de conservação em geladeira comercial ou balcão
frigorificado, com termômetro de máxima e mínima
Transporte da vacina da revenda para a fazenda deve ser feita em caixa de isopor, com
cobertura de gelo e devidamente lacrada
Na fazenda, manter a vacina em uma geladeira apropriada, na temperatura de conservação
recomendada
No campo, a vacina é mantida em caixa de isopor com gelo e à sombra
Jamais manter a vacina em congelador ou aquece-la, pois o congelamento ou o aquecimento faz
com que perca a sua eficiência
Os benefícios obtidos com a Erradicação e Controle da Febre Aftosa são imensuráveis, quando se
contabilizam os lucros financeiros que serão obtidos pela eliminação da doença, como a manutenção do
índice de boa produtividade pela eliminação das perdas de carne e leite, eliminação dos custos
financeiros e operacionais que serão gastos com a vacinação e a conquista do mercado internacional de
exportação com produtos mais competitivos e melhores preços, pois se sabe que país livre da doença
tem o mercado livre para venda de carne "in natura", com preços bem mais atraentes.
Como não existe um tratamento específico para animais contaminados com o vírus da Febre Aftosa, o
que se deve fazer é o tratamento sintomático das infecções secundárias bacterianas, pelo uso de
medidas de higiene e assepsia, como limpeza das feridas com desinfetantes e uso de antibióticos
sistêmicos ou de uso local.
O importante é que esses tratamentos em animais com a doença devam ser feitos em regiões que não
tenham o "status" de zona livre da Febre Aftosa sem vacinação, pois o animal que foi curado e recuperouse da doença é portador do vírus ativo em seu organismo, sendo, portanto um excelente agente
disseminador no seu próprio rebanho e dos seus vizinhos, espalhando assim a virose.
Na realidade, ao invés de se tentar um tratamento que será oneroso e de difícil controle, a recomendação
mais óbvia para o controle da Febre Aftosa em uma determinada propriedade e região é a implantação de
uma metodologia sanitária rigorosa, com adoção de medidas profiláticas específicas e não específicas,
em que a utilização de um cordão sanitário amplo e rigoroso, só trará benefícios para o pecuarista.
Solução Intervet
A INTERVET possui uma vacina contra a Febre Aftosa, a AFTOVACIN® OLEOSA, que está dentro dos
padrões de qualidade e eficiência exigidos pelo Ministério da Agricultura.
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