PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. SÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL Tel.: 55 (21) 2568-9642 - fax 55 (21) 2254.6695 www://ppgasmuseu.etc.br Curso: MNA-801. Problemas de Antropologia Comparada. Introdução às Cosmopolíticas Afroindígenas Professores: Marcio Goldman e Marina Vanzolini Figueiredo Horário: 6ª feira, 9.00-12.00h Período: 2º Semestre de 2011 N° de Créditos: 3 (TRÊS), 45 horas, 15 sessões Local: Sala de Aulas do PPGAS Ementa Este curso pretende dar início a um diálogo entre produções etnográficas e reflexões teóricas em dois domínios tradicionalmente separados da antropologia, a chamada etnologia dos índios sulamericanos e os “estudos afro-brasileiros”. Diálogo que pretende trazer à luz novas conexões e novas diferenciações entre os coletivos tradicionalmente estudados por esses campos de saber. Esse movimento incluitanto a exploração de contextos nos quais se dão variadas formas de encontro entre tais coletivos, quanto a investigação das relações lógicas entre esses sistemas, seja no eixo das coexistências, seja no das sucessões espaço-temporais. Obs. Este curso terá início no dia 19/08 e a primeira sessão já contém uma bibliografia que deverá ser lida pelos alunos. 1ª Sessão Mello, Cecília Campello do Amaral. 2003. Obras de Arte e Conceitos: Cultura e Antropologia do Ponto de Vista de um Grupo Afro-Indígena do Sul da Bahia. Rio de Janeiro: PPGAS-Museu Nacional (Dissertação de Mestrado). [Introdução, Capítulo 3 e Conclusão] Mello, Cecília Campello do Amaral. 2010. Política, Meio Ambiente e Arte: Percursos de um Movimento Cultural do Extremo Sul da Bahia (2002-2009). Rio de Janeiro: PPGAS-Museu Nacional (Tese de Doutorado). [Introdução, e Conclusão] 2ª Sessão Stengers, Isabelle. 2002. “Un Engagement pour le Possible”. Cosmopolitiques 1: 27-36. Viveiros de Castro 1999. “Etnologia Brasileira”. In: Sergio Micelli (org.). O que Ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995), Vol.1: Antrpologia: 109-223. São Paulo: Sumaré/ANPOCS. 3ª Sessão Serra, Ordep. 1995. Águas do Rei. Petrópolis: Vozes. [“Limiar” e “Jeje, Nagô e Companhia”] 4ª Sessão Bastide, Roger. 1960. Les Religions Africaines au Brèsil. Paris: PUF. [“Introduction”; “Conclusions de la Première Partie”; “Géographie des Religions Africaines au Brèsil”; “Conclusions”] 5ª Sessão Lévi-Strauss, Claude. 1962. Le Totémisme Aujourd’hui. Paris: PUF. Lévi-Strauss, Claude. 1962. “Le Temps Retrouvé”. In: La Pensée Sauvage: 293-323 Paris: Plon. De Heusch, Luc. 1971. “Possession et Chamanisme”. In: Pourquoi L’Épouser? et Autres Essais: 226-244. Paris: Gallimard. 6ª Sessão Holbraad, Martin. 2007. “The Power of Powder: Multiplicity and Motion in the Divinatory Cosmology of Cuban Ifá (or Mana, Again)”. In: Amiria Henare, Martin Holbraad, Sari Wastell (eds.). Thinking Through Things. Theorising Artefacts Ethnographically: 189-225. London: Routledge. Viveiros de Castro, Eduardo B. 2006. “A Floresta de Cristal: Notas sobre a Ontologia dos Espíritos Amazônicos”. Cadernos de Campo 14/15: 319-338. Hugh-Jones, Stephen. 1996. “Shamans, Prophets, Priests and Pastors”. In: Thomas, N. & Humphrey, C. (eds). Shamanism, History and the State: 32-75. Ann Arbor: The University of Michigan Press. 7ª Sessão Latour, Bruno. 2004. “‘Não Congelarás a Imagem’, ou: Como Não Desentender o Debate CiênciaReligião”. Mana. Estudos de Antropologia Social 10 (2): 349-376. Holbraad, Martin. 2007. “Response to Bruno Latour’s ‘Thou Shall not Freeze-Frame’” (mimeo). Viveiros de Castro, Eduardo B. 2002. “Xamanismo e Sacrifício”. In: A Inconstância da Alma Selvagem: 457-472. São Paulo: Cosac & Naify. Viveiros de Castro, Eduardo B. 2008. “Xamanismo Transversal: Lévi-Strauss e a Cosmopolítica Amazônica”. In: R.C. de Queiroz & R.F. Nobre (orgs.) Lévi-Strauss: Leituras B rasileiras : 79-124. Belo Horizonte: Editora da UFMG. 8ª Sessão Lima, Tânia Stolze. 1996. “O Dois e seu Múltiplo: Reflexões sobre o Perspectivismo em uma Cosmologia Tupi”. Mana. Estudos de Antropologia Social 2 (1): 21-47. Viveiros de Castro. 2002 [1996]. “Perspectivismo e Multinaturalismo na América indígena”. In: A Inconstância da Alma Selvagem: 401-456. São Paulo: Cosac e Naify. Lima, Tânia Stolze. 1999. “Para uma Teoria Etnográfica da Distinção entre Natureza e Cultura na Cosmologia Juruna”. Revista Brasileira de Ciências Sociais 14: 43-52. Stengers, Isabelle. 2011. Reclaiming Animism. (mimeo) 9ª Sessão Barber, Karin. 1981. “How Man Makes God in West Africa: Yoruba Attitudes Towards the Orisa”. Africa 51 (3): 724-745. Barber, Karin. 1990. “Oriki, Women and the Proliferation and Merging of Orisa”. Africa 60 (3): 313-337. Goldman, Marcio. 1985. “A Construção Ritual da Pessoa: a Possessão no Candomblé”. Religião e Sociedade 12 (1): 22-54. Goldman, Marcio. 2005. “Formas do Saber e Modos do Ser. Observações Sobre Multiplicidade e Ontologia no Candomblé”. Religião e Sociedade 25 (2): 102-120. Goldman, Marcio. 2009. “Histórias, Devires e Fetiches das Religiões Afro-Brasileiras: Ensaio de Simetrização Antropológica”. Análise Social XLIV (190): 105-137. Pires, Rogério Brittes W. 2011. “Pequena História da Ideia de Fetiche Religioso, de sua Emergência a Meados do Séc. XX”. Religião e Sociedade (prelo). 10ª Sessão Nina Rodrigues, Raimundo. 1897. O Animismo Fetichista dos Negros Bahianos. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2006. 11ª Sessão Gow, Peter. 1991. Of Mixed Blood: Kinship and History in Peruvian Amazonia. Oxford: Clarendon Press. 12ª e 13ª Sessões Ochoa, Todd Ramon. 2010. Society of the Dead: Quita Manaquita and Palo Praise in Cuba. Berkeley: University of California Press. 14ª e 15ª Sessões Lozonczy, Anne-Marie. 1997. Les Saints et la Forêt. Rituel, Société et Figures de L’Échange entre Noirs et Indiens Emberá (Chocó, Colombie). Paris: L’Harmattan.