anexos - Copasa

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COPASA
PROGRAMA DE REDUÇÃO
DE PERDAS DE ÁGUA NO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Diretoria Técnica e de Meio Ambiente
Superintendência de Desenvolvimento
Tecnológico
Belo Horizonte
Setembro/2003
2003. Companhia de Saneamento de Minas Gerais
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Editor:
COPASA / Superintendência de Comunicação - SPCA
Diagramação, revisão ortográfica e capa:
Agnelo Pacheco Criação e Propaganda
Distribuição e informação:
Superintendência de Comunicação - SPCA
Rua Mar de Espanha, 525 / 2o andar
Belo Horizonte - MG - CEP: 30330-270
Fone: (31) 3250-2003 - E-mail: [email protected]
COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS - COPASA
Programa de redução de perda de água no sistema de distribuição:
aprovadas pelo Conselho de Administração em 16/06/2003. Belo Horizonte,
2003, 60 p.
I. COPASA - Concessão dos serviços de saneamento. I. Título.
CDU: 628.179
Catalogação na publicação: Biblioteca Prof. Ysnard Machado Ennes - Copasa.
Tiragem: 8.000 exemplares.
Impresso no Brasil/Printed in Brazil.
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003.
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
4
2. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EM CURSO
6
3. DIRETRIZES DO PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
CONCEITUAÇÃO
3.1.1
Conceituação básica
3.1.2
Conceituação dos Indicadores de controle de perdas de água
MEDIÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE VOLUMES DE ÁGUA
CAUSAS FUNDAMENTAIS DAS PERDAS DE ÁGUA
3.3.1
Práticas e Rotinas Operacionas e Comerciais
3.3.2
Perdas Aparentes
3.3.3
Causas das Perdas Reais (Perdas Físicas)
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE PERDAS
DEFINIÇÃO DE SOLUÇÕES PARA AS CAUSAS DAS PERDAS DE ÁGUA
3.5.1
Soluções para as perdas aparentes de água
3.5.2
Soluções para as perdas reais de água
3.5.3
Projetos especiais
8
8
9
10
14
15
16
16
17
19
20
20
26
31
4. IDENTIFICAÇÃO DAS PERDAS
4.1
4.2
Perdas na distribuição de água - PDIA
Estimativa de perdas reais
33
33
33
5. DEFINIÇÃO DAS METAS
35
6. ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
36
7. IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA
7.1
7.2
7.3
7.4
7.5
MODELO DE GESTÃO
PILARES DE SUSTENTAÇÃO DO PROGRAMA
DISCRIMINAÇÃO DAS DEMANDAS
DE ACORDO COM APLICAÇÃO DOS RECURSOS
RELATÓRIOS MENSAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
40
41
41
ANEXOS
1. MODELO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
2. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLE DE VAZÃO
3. DIAGRAMAS: CICLO DE DETECÇÃO
E REPARO DE VAZAMENTO EM TUBULAÇÕES
4. MODELO DO RELATÓRIO "BALANÇO DA ÁGUA" DA COPASA
5. INDICADORES DE DESEMPENHO TÉCNICO
DAS PERDAS REAIS - COPASA
6. GRÁFICOS DO INDICADOR TÉCNICO DAS PERDAS REAIS - ITPR
7. GRÁFICO DO INDICADOR DA MÉDIA DAS PERDAS REAIS INEVITÁVEIS
8. GRÁFICO DO ÍNDICE DE VAZAMENTO NA INFRA-ESTRUTURA - IVI
9. GRÁFICO DA INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE PRESSÃO
NO INDICADOR DA MÉDIA DAS PERDAS REAIS INEVITÁVEIS
10. ESTIMATIVA DE RESULTADO ESPERADO
11. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR
37
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39
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43
46
47
48
50
51
51
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54
55
1. Apresentação
O presente documento destina-se a apresentar o Programa de Redução
de Perdas de Água no Sistema de Distribuição Copasa, em consonância
com o Plano de Ação 20031 e com o Planejamento Estratégico2 definidos
pela Diretoria Colegiada e empregados.
Para a sua consecução, utilizou-se de metodologia de âmbito mundial,
informações, conceitos e estudos nacionais, discutidos e aprovados pelos
gerentes e técnicos da área operacional. Tais fundamentos permitirão a
comparação do desempenho entre sistemas Copasa, bem como entre os
demais prestadores de serviço de abastecimento de água nacionais e
internacionais.
O Programa de Redução de Perdas de Água no Sistema de Distribuição
Copasa tem por objetivo prover aos gerentes e técnicos operacionais de
metodologia orientada para a melhoria do desempenho da empresa,
priorizando o combate das causas das perdas, e facilitando o alcance das
metas anuais estabelecidas segundo o Indicador de Perdas na
Distribuição - PDIA da Gratificação de Desempenho Institucional - GDI.
A nova cultura de combate e controle das perdas de água busca rever e
adequar conceitos, procedimentos, métodos, controles e técnicas utilizadas na Copasa, fomentando e desenvolvendo métodos e pesquisas de
tecnologias adequadas à realidade operacional da empresa, ampliando a
visão vigente e buscando a legitimidade junto aos segmentos gerencial,
técnico e operacional da Copasa e estendendo-o, de igual maneira, aos
seus prestadores de serviços, fornecedores e comunidade.
Perda de água em redes de distribuição é um problema de todos,
exigindo uma administração estratégica focada no aumento da receita,
na melhoria da eficiência dos serviços prestados, no desempenho
financeiro, na redução dos custos operacionais e no aumento da oferta
sem que seja prioritário expandir os sistemas de produção de água.
1 MINAS GERAIS. Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA. Plano de Ação 2003:
aprovado pelo Conselho de Administração em 26/03/2003. Belo Horizonte, 2003. 25p.
2 Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA. Planejamento Estratégico:
aprovado pelo Conselho de Administração em 16/06/2003. Belo Horizonte, 2003. 21p.
04
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Outro fator preponderante para o sucesso do programa é o efetivo apoio
e o envolvimento da Direção Colegiada para viabilizar os recursos
necessários à sua realização, alavancando o compromisso do corpo
gerencial da empresa na mobilização de todos.
Em abril de 2003, a Diretoria apresentou à Casa o Plano de Ação 2003,
ferramenta que norteará a atuação da Copasa, enfocando os Aspectos
Estratégicos e de Política Institucional, Operacionais, Administrativos e o
Programa de Investimento 2003/2006.
Assim é, que dentro dos Aspectos Operacionais, priorizou-se o
estabelecimento de programa de redução de perdas de água, tendo
como responsável a Diretoria Técnica e de Meio Ambiente através da
Superintendência de Desenvolvimento Tecnológico. Para tal finalidade
está contemplada a aplicação de R$ 47 milhões, incluindo hidrometração.
As principais etapas pré-fixadas no Plano de Ação 2003 são:
a) Avaliar as ações que estão em curso para combater perdas e as
metas definidas para 2003;
b) Definir diretrizes para redução de perdas (conceituação, medição,
métodos, causas e soluções);
c) Identificar as perdas por diretoria operacional/município/localidade;
d) Definir metas por diretoria operacional/ município/localidade;
e) Elaborar diagnóstico das perdas por município/localidade;
f) Elaborar e implementar o programa de redução de perdas.
05
2. Avaliação das ações em curso
Durante o mês de abril de 2003, foi desenvolvida uma consulta às
unidades operacionais das Diretorias de Operações, no intuito de identificar no âmbito de cada uma delas as ações previstas ou em andamento
que contribuem para a redução das perdas de água.
Percebeu-se que está bastante difundida na COPASA a consciência
quanto à necessidade do controle de perdas e melhoria da eficiência
operacional.
É importante a existência de uma unidade de coordenação que disponibilize recursos, estimule as iniciativas e preste os apoios necessários,
bem como subsidie os gerentes com o controle dos resultados.
Constatou-se também que o treinamento e a capacitação das equipes
são de fundamental importância na eficiência dos serviços de rotina e na
absorção de novos conhecimentos.
O fator relevante refere-se à disponibilização de recursos financeiros
aliada ao ajuste de quadro de pessoal, imprescindíveis para a obtenção
do sucesso do programa.
Durante o desenvolvimento do Programa de Redução de Perdas, os projetos referentes às ações levantadas deverão ser detalhados individualmente com os respectivos gerentes.
06
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
A síntese das ações em curso é a seguinte:
a) Adequação de Redes
b) Análise estratificada de consumo
c) Automação
d) Cadastro comercial
e) Cadastro de redes
f) Comunicação
g) Controle de pressão na rede
h) Controle de vazamento não-visível e fugas
i) Adequação das equipes operacionais
j) Gerenciamento da infra-estrutura
k) Intermitência de abastecimento
l) Macromedição
m) Micromedição
n) Pitometria
o) Macromedição: manutenção do parque de macromedidores
e instalação de novos medidores
p) Manutenção do parque de micromedidores
q) Medição e quantificação de volumes
r) Pesquisa de fugas comerciais
s) Pesquisa de vazamentos
t) Rapidez e qualidade dos reparos
u) Revitalização de macromedidores
v) Serviços administrativos
w) Serviços no ramal predial
x) Substituição de hidrômetros
y) Vazamento em reservatórios
07
3. Diretrizes do Programa de Redução
de Perdas de Água
Para o desenvolvimento do Programa de Redução de Perdas de Água é
necessário o nivelamento conceitual dos parâmetros e indicadores de desempenho técnico que permitam identificar a causa fundamental da perda de água,
bem como as respectivas atividades básicas necessárias para a quantificação
precisa da perda e a para a sua efetiva redução. A visão sistêmica desta questão
está representada no FIG. 1 "Visão Sistêmica do Problema", a seguir:
Figura 1: Visão Sistêmica do Problema
3.1 Conceituação
As definições dos principais conceitos técnicos, as quais estão em sintonia com as definições estabelecidas pelas normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, do Programa Nacional de Combate
ao Desperdício de Água - PNCDA, da Associação Internacional da Água IWA (International Water Association) e do Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO.
Doravante, tais definições passam a ser parte integrante do acervo
técnico do Programa de Redução de Perdas de Água na Copasa.
08
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
3.1.1 Conceituação básica
Perda de Água
Perda de água é toda perda real ou aparente de água ou todo o consumo
não autorizado que determina aumento do custo de funcionamento ou
que impeça a realização plena da receita operacional.
Perda de Água = Volume de Entrada - Consumo Autorizado
Perdas Aparentes (Perdas Não-físicas de Água)
Perdas aparentes de água consistem nos consumos não autorizados
(roubo) ou na imprecisão dos equipamentos de medição de vazão dos
sistemas de macromedição e micromedição.
Perdas Reais (Perdas Físicas de Água)
Perdas reais de água são todas as perdas físicas de água provenientes
de vazamentos e rompimentos (superficiais ou subterrâneos) em redes
e ramais ou, ainda, de vazamentos e extravasamentos em reservatórios.
Consumo Autorizado
Consumo autorizado é o volume de água medido e/ou não medido utilizado pelos consumidores domésticos, comerciais, industriais ou por
quem está autorizado pela Copasa, incluindo os consumos operacionais.
Consumo Autorizado Não Faturado
Corresponde aos consumos e/ou usos devido às práticas e rotinas
comerciais1 e operacionais2.
Consumo Não Autorizado (Roubo)
Consumo não autorizado corresponde aos furtos de água através de
ligações clandestinas, by pass, hidrantes e em outros componentes dos
sistemas de abastecimento de água, sem a devida autorização da
COPASA.
1 Aplicação do consumo máximo faturado, ligações não-cadastradas, subvenções, publici-
dade, retificações, etc.
2 Abastecimento emergencial, chafarizes, lavanderias comunitárias, lavagem de redes e
reservatórios, descargas de rede, etc.
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Água Não Convertida em Receita
Água Não Convertida em receita é a diferença entre o Volume de entrada no sistema distribuidor e o Volume Consumido (correspondente à
soma dos consumos medido e não medido).
Medição
Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de
uma grandeza.
Imprecisão da Medição
Representam um componente importante das perdas aparentes de água
causadas pela imprecisão dos equipamentos de medição de vazão dos
sistemas de macromedição e micromedição. Caracterizam, portanto, a
qualidade e eficiência do sistema de medição, e se relacionam com
aspectos de avaliação da quantidade de água e não com perda de água
propriamente dita.
3.1.2 Conceituação dos Indicadores de controle de perdas de água
Indicadores de controle de perdas de água
Na Copasa utiliza-se habitualmente, até então, para controle das perdas
de água o Indicador Percentual de Perda Medida expresso segundo a
fórmula a seguir:
IP% = Volume Produzido - Volume Consumido x 100, volumes em m3/mês
Volume Produzido
O volume consumido corresponde à soma dos volumes micromedido e
básico3 .
3 Volume Básico: corresponde ao volume definido para as economias não hidrometradas,
segundo o modelo de dados do Sistema de Informações Operacionais - SIOP. A área
comercial considera o valor de 10m3, volume mínimo faturado, para as economias
residências, comerciais e industriais, todas não hidrometradas. Para as economias
públicas não hidrometradas, o volume mínimo faturado é de 15m3.
10
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
A grande desvantagem deste indicador percentual é não permitir a comparação de desempenho quanto a perdas de água entre sistemas/localidades e/ou com outros prestadores de serviços.
Além disto, não leva em consideração as variações das características de
um sistema para outro (topografia, comprimento das tubulações,
números de ligações, padrões dos serviços prestados e da forma como o
sistema é operado e mantido) e, é profundamente afetado pelo consumo
per capita, conforme exemplificado nos dois exemplos a seguir:
• Mesmo volume perdido implicando em diferentes índices percentuais.
• Mesmo índice percentual de perdas implicando em diferentes volumes
perdidos.
11
Indicadores Técnicos de Desempenho
A identificação e adoção de indicadores técnicos de desempenho devem
necessariamente observar as necessidades das pessoas responsáveis
pelo processo decisório distribuídas em diferentes níveis dentro da organização (operacional, tático e estratégico). A adoção de indicadores técnicos visa:
a) A melhor sistematização e operacionalização do controle de perdas;
b) A comparação entre diferentes sistemas e serviços;
c) A identificação das causas e definição metas e ações para combate;
d) O acompanhamento da evolução dos projetos;
e) A melhor confiabilidade da informação primária que lhe dá origem.
Os indicadores técnicos de desempenho adotados pelo Programa de
Redução de Perdas referem-se às melhores práticas mundiais, conforme
metodologia desenvolvida pela IWA.
Indicador Técnico de Perdas Reais - ITPR
O Indicador Técnico para Perdas Reais deve ser o volume anual de
perdas reais dividido pelo número de ligações, incorporando-se o percentual do tempo anual no qual o sistema fica pressurizado, conforme
formula a seguir:
ITRP = Volume anual de perdas reais, em litros/ligação/dia,
Número de ligações
quando o sistema está pressurizado.
Nota-se que a unidade utilizada é expressa em termos de 'ligações' e não
de 'economias'. Isto é porque as perdas reais acontecem até a ligação, e
é usual que uma ligação seja subdividida logo após o cavalete para servir
a um indeterminado número de propriedades.
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Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Média de Perdas Reais Inevitáveis - MPRI
Reconhece separadamente as influências do comprimento das tubulações (Ct em km), do número de ligações (Nl), do comprimento total
dos ramais prediais até o cavalete (Cr em km) e da pressão média (P em
metros de coluna d'água) quando o sistema está pressurizado nas Perdas
Reais.
MPRI = (A x Ct + B+ C x Cr) x P, em litros/ligação/dia,
Nl
Nl
quando o sistema está pressurizado.
Onde A = 18, B = 0,80 e C = 25, são valores médios adotados mundialmente e, será de igual maneira adotada pela Copasa, até que se estabeleça o seu próprio modelo.
"Um bom gerenciamento de perdas reais não pode ser concluído com
êxito sem um bom gerenciamento de pressões e vazões" 4.
Índice de Vazamento na Infra-estrutura - IVI
O índice de vazamento na infra-estrutura é um número adimensional e
útil para se ter uma idéia geral das condições e do gerenciamento da
infra-estrutura, sob o estado atual de pressão de operação média e continuidade de abastecimento.
IVI = ITPR
MPRI
Valores de IVI calculados para 27 situações reais em 20 países, que
foram usados para validar a metodologia da IWA variaram de próximo de
1,0 até pouco acima de 10,0. Sistemas bem administrados em ótimas
condições devem ter IVI próximos de 1,0 com valores mais elevados
para sistemas antigos com deficiências na infra-estrutura.
4 Allan Lambert, consultor da Associação Internacional da Água - IWA
13
Potencial de Recuperação de Perdas Reais - PRPR
Este indicador representa o potencial de recuperação de volume perdido
de água em um dado sistema, expresso pela diferença entre os indicadores ITPR e MPRI.
PRPF = ITRP - MPRI, em litros/ligação/dia,
quando o sistema está pressurizado.
Demais definições e conceituações técnicas e gerenciais adotados no
Combate a Perdas de Água na Copasa encontram-se na home page das
"Perdas", disponível na Intranet/Menu/Operacional/Desenvolvimento/Perdas.
3.2 Medição e quantificação de volumes de água
As Melhores Práticas na Administração das Perdas de Água consolidadas
em metodologias de âmbito mundial direcionam as principais atividades
básicas na redução das perdas de água para a correta medição e quantificação dos volumes de água que compõem o Balanço de Água e dos
parâmetros necessários para o cálculo dos Indicadores de Desempenho5.
O Balanço de Água consiste numa completa contabilidade dos volumes
totais de água que entram e saem do setor de controle de perdas,
calculado para cada um de seus componentes: consumo autorizado
(faturado ou não, medido ou não) e perdas de água (aparentes e reais),
conforme indicado na FIG. 2
As "Melhores Práticas" na administração das Perdas de Água consistem,
portanto, em um contínuo cálculo do Balanço de Água, tomado em um
período de 12 meses, incluindo:
5Em breve será disponibilizado na home page das "Perdas",
Intranet/Menu/Operacional/Desenvolvimento/Perdas os relatórios do Balanço de Água e
dos Indicadores de Desempenho, da Copasa e de suas respectivas Diretorias
Operacionais, para o ano de 2002.
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Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
a) Uma inspeção no processo de registro de dados e do processamento nos
respectivos sistemas de informações que controlam o processo de medição;
b) Um programa contínuo de aferição/calibração dos medidores;
c) A consideração apropriada devido ao lapso de tempo entre as
medições nos medidores da produção e do consumo.
Figura 2: Componentes do Balanço de Água
(Todos os volumes expressos em m3/ano)
3.3 Causas fundamentais das perdas de água
Os fatores que causam perdas de água são inúmeros, podendo ser de
reflexo rápido ou de médio e longo prazo. As causas foram identificadas
e classificadas em três grandes grupos: das Práticas e Rotinas
Operacionais e Comerciais, das Perdas Aparentes e das Reais.
15
3.3.1 Práticas e Rotinas Operacionais e Comerciais
Componente: Consumo autorizado
a) Inexistência de hidrômetração das ligações;
b) Deficiência nas práticas e nas rotinas comerciais;
c) Falta de monitoramento e controle sistematizados dos consumos
medidos faturados.
Componente: Consumo autorizado não faturado
a) Deficiência nas práticas e rotinas comerciais;
b) Falta de medição e/ou faturamento da venda de água em
caminhão-pipa;
c) Desatualização do cadastro comercial;
d) Ligações não-cadastradas;
e) Falta de quantificação e contabilização dos volumes vendidos
(subvenções, publicidade, e retificações);
f) Falta de quantificação e contabilização dos volumes utilizados/gastos
nas atividades operacionais;
g) Falta de quantificação e contabilização dos volumes destinados
ao abastecimento emergencial e ao atendimento comunitário
(chafarizes/lavanderias).
3.3.2 Perdas Aparentes
A identificação das causas das perdas aparentes de água foi agrupada
segundo os componentes do Balanço da Água, ou seja, com os consumos
não autorizados (roubo) e com a imprecisão da medição de volume e/ou
vazão.
Componente: Consumo não autorizado
a) Ligações clandestinas;
b) Fraudes (by pass, violação de hidrômetro e/ou qualquer outro tipo
de violação na ligação ativa ou inativa);
c) Roubo de água em hidrantes ou em quaisquer outros pontos do
sistema de redes de distribuição (caixas de manobras, descargas,
ventosas, tomadas de pressão, reservatórios, entre outros).
16
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Componente: Imprecisão da medição
a) Imprecisão dos macromedidores existentes nos Sistemas de
Produção e de Distribuição de Água;
b) Má qualidade do medidor;
c) Submedição
d) Dimensionamento inadequado do medidor;
e) Má qualidade da manutenção da rede (presença de corpos estranhos
que podem danificar o medidor);
f) Inexistência de uma política eficiente de manutenção e substituição
de hidrômetros;
g) Inexistência de uma política para quantificação dos volumes
utilizados nas atividades operacionais;
h) Inexistência de macromedição;
i) Estimativas incorretas;
j) Inconsistências nos Sistemas de Informações;
k) Mão-de-obra não qualificada.
3.3.3 Causas das Perdas Reais (Perdas Físicas)
A identificação das causas das perdas reais de água foi agrupada segundo os componentes do Balanço da Água, ou seja, com os vazamentos e
extravasamento em reservatórios, com os vazamentos em adutoras e
redes e com os vazamentos em ramais.
Componente: Vazamentos e extravasamentos
a) Deficiência ou inexistência de automação6 de unidades de bombeamento e controle de nível de reservatórios;
b) Falhas estruturais;
c) Controle operacional ineficiente;
d) Equipamento de controle de nível inadequado;
e) Registros de descarga defeituosos;
f) Falta de definição de níveis operacionais
6Automação ou automatização refere-se à implantação de um sistema de controle pelo
qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando medições e introduzindo correções sem a interferência do homem.
Um exemplo clássico desta tecnologia na COPASA é a utilização de chave-bóia para
ligamento e desligamento de unidades de bombeamento.
17
g) Divergência entre cotas de extravasamento, no caso do reservatório
possuir mais de uma câmara;
h) Divergência entre a graduação dos dispositivos de leitura/controle
de nível com a cota de extravasamento.
Componente: Vazamentos em adutoras e redes
a) Pressões elevadas;
b) Transientes hidráulicos;
c) Deficiência de dispositivos de proteção para transientes hidráulicos;
d) Má qualidade de materiais, tubos, peças e conexões dos
componentes da rede;
e) Má qualidade de juntas, gaxetas, guarnições, entre outras;
f) Cadastro técnico de rede ineficiente;
g) Má qualidade da mão-de-obra utilizada na implantação de novas
redes;
h) Má qualidade da mão-de-obra utilizada na manutenção da rede;
i) Falhas de operação;
j) Intervenção de terceiros;
k) Intermitência no abastecimento;
l) Corrosividade do solo;
m) Corrosividade da água;
n) Movimentação do solo;
o) Deficiência na camada de recobrimento da rede;
p) Intensidade de tráfego;
q) Especificação incorreta do material utilizado na rede;
r) Válvulas redutoras de pressão deficientes;
s) Deficiência na identificação de vazamentos visíveis;
t) Inexistência de uma política de detecção de vazamentos não-visíveis;
u) Deficiência de projeto;
v) Inadequação da malha de distribuição.
Componente: Vazamentos ramais
a) Pressões elevadas;
b) Transientes hidráulicos;
c) Má qualidade de materiais, tubos, peças e conexões dos
componentes do ramal;
18
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
d) Inadequação do Colar de tomada;
e) Má qualidade da mão-de-obra utilizada na implantação de novos
ramais;
f) Má qualidade da mão-de-obra utilizada na manutenção do ramal;
g) Falhas de operação;
h) Intervenção de terceiros;
i) Intermitência no abastecimento;
j) Corrosividade do solo;
k) Corrosividade da água;
l) Movimentação do solo;
m) Deficiência na camada de recobrimento do ramal;
n) Intensidade de tráfego;
o) Especificação incorreta do material utilizado no ramal;
p) Quantidade de conexões
q) Válvulas redutoras de pressão deficientes;
r) Deficiência na identificação de vazamentos visíveis;
s) Inexistência de uma política de detecção de vazamentos não-visíveis.
3.4 Métodos de detecção de perdas
a) Análise dos indicadores operacionais:
•
•
•
•
•
•
•
•
Indicador técnico das perdas reais;
Média das perdas reais inevitáveis;
Índice de vazamento na infra-estrutura;
Áreas críticas de ocorrências de vazamentos;
Áreas críticas de ocorrências de pressão excessivas;
Quantidade de vazamentos reparados;
Quantidade de reclamações de falta d'água;
Tempo decorrido entre a identificação do vazamento e o
fechamento das respectivas válvulas de bloqueio de fluxo;
• Quantidade de reincidência de vazamento;
• Tempo de execução do reparo do vazamento;
• Índice de pesquisa de vazamento.
b) Análise das vazões mínimas noturnas
c) Análise estratificada de consumo
d) Análise de factíveis
e) Análise das pressões de serviços
f) Utilização de modelos matemáticos
19
3.5 Definição de soluções para as causas das perdas de água
As soluções para a redução das perdas foram agrupadas em dois segmentos. Um está direcionado para uma completa contabilização da água que
entra e sai do sistema de distribuição, incluindo inspeção no sistema de
informação, calibração/aferição7, ajustagem8 e regulagem9 de medidores
e instrumentos, a qualidade dos serviços de manutenção e a defasagem
de tempo entre as medições de volumes de água produzido e consumido.
O outro grupo envolve as ações relativas às condições de funcionamento do sistema de abastecimento de água com ênfase no gerenciamento
das pressões e na operação/manutenção de sua infra-estrutura.
3.5.1 Soluções para as perdas aparentes de água
A identificação de um conjunto de soluções para a redução das perdas
aparentes, incluindo a medição e quantificação de volumes de água, foi
classificada em quatro subgrupos, conforme mostrado na Fig. 3, onde:
Figura 3: Principais soluções para redução das perdas aparentes
20
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Imprecisão da Medição e da Informação
O conjunto de soluções afeta o grau de confiabilidade das medições de
volumes de água na administração da demanda e da determinação das
perdas, incluindo as "perdas de água" devido às práticas e rotinas operacionais e comerciais.
Rapidez e Qualidade de Aferição de Medidores
O conjunto de soluções afeta a média de duração das imprecisões e a sua
repetição.
Gerenciamento: seleção, instalação, manutenção,
recuperação e substituição de medidores.
O conjunto de soluções afeta a administração da infra-estrutura do
processo de medição do volume de água.
Controle Ativo de Fraudes
O conjunto de soluções afeta a identificação dos consumos não autorizados de água.
O ataque às perdas aparentes pode ser feito diretamente a um dos seus
subgrupos ou através de ações isoladas, dependendo da característica e
da evolução das práticas operacionais de cada localidade.
A redução das perdas aparente, que são basicamente ações de caráter
gerencial, possibilita o aumento da receita tarifária, melhorando a eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro. Além disto, a
sua redução contribui indiretamente para a ampliação da oferta efetiva
de água (atendimento de novos consumidores).
7Calibração/Aferição: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificas, a
relação entre valores indicado por um instrumento de medição ou sistema de medição, ou valores representados por uma medida materializada, ou um material de referência e os valores
correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões." INMETRO.
8Ajustagem de um instrumento de medição: operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso." INMETRO.
9Regulagem de um instrumento de medição: ajuste, empregando somente os recursos
disponíveis no instrumento para o usuário." INMETRO.
21
3.5.1.1 Imprecisão da Medição e da Informação
O conjunto de soluções está direcionado para permitir o conhecimento
preciso e a análise dos volumes de água produzida, juntamente com a
macromedição das zonas de abastecimento e dos setores de controle de
perdas, ambos, bem definidos e devidamente compatibilizados com os
setores de medição comercial (água faturada), possibilitando, desta
maneira, a obtenção setorial de indicadores confiáveis de perdas.
Portanto, as principais ações estão orientadas para a complementação,
aferição e certificação da macromedição dos Sistemas Produtores de
Água, das Zonas de Abastecimento e dos Setores de Controle de Perdas,
aliadas à atualização do cadastro comercial, estando assim definidas:
Na etapa de produção (Prioridade)
a) Aferição e certificação da medição do Sistema Produtor;
b) Complementação da medição do volume de água tratada, após a
saída da estação de tratamento;
c) Complementação da macromedição do volume de água gasto no
processo produtivo;
d) Quantificação dos volumes utilizados nas atividades operacionais de
cada localidade;
Na etapa de distribuição
a) Aferição da macromedição do Sistema Distribuidor de Água;
b) Complementação da macromedição dos Setores de Controle de
Perdas10;
c) Quantificação dos volumes utilizados nas atividades operacionais de
cada localidade;
10A caracterização dos setores deve ser vista com parcimônia. Excesso de setores não
significa uma boa administração de perdas.
22
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Na etapa de comercialização
a) Revisão do cadastro comercial;
b) Contabilização, no Balanço da Água, dos consumos devidos às subvenções, publicidade, retificações e devoluções de consumo;
c) Quantificação e contabilização, no Balanço da Água, do volume de
água retirado em hidrantes, chafarizes e lavanderias comunitárias;
d) Quantificação e contabilização, no Balanço da Água, do volume de
consumo não autorizado;
e) Quantificação e contabilização, no Balanço da Água, do volume de
consumo decorrente da imprecisão de medição, hidrômetros travados e hidrômetros sub/superdimensionados.
Na etapa de micromedição
a) Aferição e certificação dos micromedidores;
b) Disponibilização de hidrômetros;
c) Aquisição/instalação de hidrômetros "C" adequados às normas
técnicas da empresa;
d) Aferição da imprecisão dos micromedidores - submedição.
Âmbito Geral
a) Capacitação e treinamento avançados para os técnicos de
macromedição e pitometria da para aferição e certificação
de medidores;
b) Capacitação e treinamento básico para o pessoal envolvido no
processo de leitura de volumes de água;
c) Implantação de um Sistema de Informação da Macromedição
- SISMACRO11;
d) Implantação/adequação dos Sistemas de Informações Operacionais
para controle dos volumes do Balanço de Água e dos Indicadores de
Desempenho Técnico.
11Este Sistema de Informação está em desenvolvimento pela SPIN/SPAC.
23
Benefícios
• A redução das perdas aparentes aumenta a receita tarifária, melhorando a eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro;
• A redução das perdas aparentes contribui indiretamente para a ampliação da oferta efetiva (atendimento);
• Conhecimento preciso dos volumes de água produzida, distribuída,
consumida e faturada;
• Minimização na imprecisão da medição;
• Compatibilização dos setores de abastecimento com os comerciais;
• Detecção mais rápida de ocorrência de anomalias;
• Priorização geográfica das ações de redução de perdas;
• Satisfação dos clientes.
3.5.1.2 Rapidez e qualidade da aferição de medidores
O conjunto de soluções está voltado para o atendimento das necessidades
de operação e manutenção do parque de macro/micromedidores:
a) Criação/reestruturação/contratação de equipes de operação e
manutenção de macromedidores;
b) Criação/reestruturação das oficinas/laboratórios de macromedição e
pitometria;
c) Criação/reestruturação/contratação equipes de substituição de
hidrômetros
Benefícios
• Minimização média de duração das imprecisões e a sua repetição
devido à agilidade na estanqueidade dos vazamentos;
• Minimização de retrabalhos;
• Melhoria no estado de controle do sistema de medição, com a conseqüente melhoria na sua confiabilidade e disponibilidade.
24
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
3.5.1.3 Gerenciamento: seleção, instalação, manutenção, recuperação e substituição de medidores.
O conjunto de soluções objetiva melhorar a manutenção da infra-estrutura do parque de medidores, incluindo a revisão das normas, especificações e procedimentos de dimensionamento, especificação, armazenamento, transporte e instalação de medidores.
a) Implementação de manutenção preventiva hidráulica, eletromecânica e civil, no sistema macromedição, incluindo caixas de manobras
de componentes do sistema de redes;
b) Recuperação de macromedidores (diagnósticos, projetos e obras);
c) Substituição de macromedidores, componentes e acessórios inadequados ao funcionamento do medidor;
d) Substituição de redes, ramais, componentes e acessórios inadequados ao funcionamento do sistema de abastecimento de água;
e) Revitalização de caixas de manobras de componentes e acessórios
do sistema de redes;
f) Automatização de elevatórias/reservatórios;
g) Melhoria na automatização de elevatórias/reservatórios;
h) Revisão e melhoria dos critérios e parâmetros de projetos e obras;
i) Revisão e melhoria dos projetos padrões pertinentes ao sistema de
redes de água;
j) Revisão e melhoria das especificações de equipamentos e materiais;
k) Revisão e melhoria das especificações de qualificação, de fiscalização, de contratação de obras/ serviços próprios e incorporados;
l) Revisão e melhoria dos critérios de recebimento de obras e de
cadastro de redes próprios e incorporados.
Benefícios
• Redução de custos de manutenção;
• Confiabilidade e segurança operacional;
• Revitalização da infra-estrutura do sistema de abastecimento de
água, atuando preventivamente nos seus componentes e acessórios;
• Melhoria na qualidade do serviço prestado refletindo na satisfação dos
usuários.
25
3.5.1.4 Controle Ativo de Fraudes
O conjunto de soluções objetiva identificar e eliminar os consumos não
autorizados, tendo como base as seguintes ações:
a) Identificação e eliminação de possíveis fraudes em imóveis factíveis
de água;
b) Identificação e eliminação de ligações clandestinas;
c) Identificação e eliminação de fraudes em clientes reais, by pass e
violação de lacre;
d) Identificação e eliminação de furtos de em reservatórios, em equipamentos e acessórios do sistema de redes, em hidrantes entre outros.
Benefícios
•
•
•
•
Redução de custos de manutenção;
Aumento da receita tarifária;
Melhoria da eficiência dos serviços prestados e do desempenho financeiro;
A sua eliminação/redução contribui indiretamente para a ampliação
da oferta efetiva de água (atendimento de novos consumidores).
3.5.2 Soluções para as perdas reais de água
De igual maneira, as soluções para redução das perdas reais foram ordenadas em quatro subgrupos, conforme mostrado na Fig. 4, onde:
Controle de pressão na rede
O conjunto de soluções afeta a freqüência de novos vazamentos e a taxa
de vazão de todos os vazamentos e rompimentos.
Rapidez e Qualidade dos Reparos
O conjunto de soluções afeta a média de duração e a freqüência do
ressurgimento do vazamento.
26
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
Gerenciamento: seleção, instalação, manutenção,
recuperação e substituição de redes
O conjunto de soluções afeta diretamente o desempenho da infra-estrutura.
Controle ativo de vazamentos e fugas
O conjunto de soluções afeta a identificação dos vazamentos não-visíveis
e das fugas.
Existem outras atividades secundárias e/ou conseqüentes da implementação das atividades básicas que permitem análise e avaliação das perdas reais através do estudo de vazões noturnas, baseadas nos dados de
medição de vazão dos setores, na análise da quantidade, da vazão média
e da duração dos vazamentos e rompimentos, e também, de cálculos
empregando-se modelos matemáticos que incluem registros de vazamentos invisíveis e pressões.
A prática de atividades de redução das perdas reais, as quais são basicamente ações de caráter de engenharia, possibilitam a redução dos custos operacionais e o aumento da oferta sem que seja necessário expandir
o sistema de produção de água.
Figura 4: Principais soluções para redução das perdas reais
27
3.5.2.1 Gerenciar as pressões nas redes
O conjunto de soluções está voltado para o gerenciamento do controle de
pressão na rede tem por objetivo minimizar as pressões no sistema distribuidor e o limite12 da pressão máxima (70 mca), assegurando os
padrões mínimos de pressão de serviço para os consumidores (15 mca).
Portanto, as ações estão definidas para a setorização dos sistemas distribuidores pela introdução de válvulas redutoras de pressão ou pelo controle de bombeamento direto na rede (boosters), estando assim definidas:
a) Atualização do cadastro de válvulas de controle;
b) Aquisição e instalação de válvulas redutoras de pressão incluindo a
adequação das malhas de redes distribuidoras;
c) Substituição de válvulas redutoras de pressão obsoletas;
d) Construção de caixas de abrigo para instalação de VRPs já adquiridas;
e) Criação/contratação de equipes para operação e manutenção de
válvulas redutoras de pressão;
f) Contratação de serviços especializados;
g) Capacitação e treinamento pessoal;
h) Elaboração dos projetos específicos de setorização de pressões.
Benefícios
• Redução de custos operacionais;
• A redução das perdas aumenta a oferta, sem expansão do sistema produtor;
• Redução dos volumes de água perdidos em vazamentos no sistema
de distribuição;
• Minimização do índice de vazamento na infra-estrutura e nas instalações prediais;
• Redução do tempo de intermitência no abastecimento devido à minimização do número de vazamentos;
• Melhoria no estado de controle do sistema de abastecimento, com a
conseqüente melhoria na sua confiabilidade e disponibilidade;
• Melhoria na qualidade do serviço prestado refletindo na satisfação dos
usuários.
12 Com a evolução das práticas de combate a perdas o limite superior da pressão máxima
poderá ser reduzido respeitando as características de cada Sistema Distribuidor de Água.
28
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
3.5.2.2 Agilizar e melhorar a qualidade dos Reparos
Aqui, o conjunto de soluções agiliza o repasse das informações de vazamentos, a rápida identificação e fechamentos das válvulas de bloqueio
do vazamento, a melhoria na qualidade do serviço prestado e a otimização da operação do sistema distribuidor.
Assim, a ações visam reduzir o tempo entre a visualização e o efetivo bloqueio
do vazamento, bem como a minimização da freqüência de retrabalhos.
O ciclo de detecção e reparos de vazamento em tubulações, conforme
mostrado nos diagramas constantes dos anexos, oferece uma visão geral
das principais atividades pertinentes ao processo de detecção e reparo
de vazamento, consideradas na definição das seguintes ações:
a) Melhoria tecnológica do cadastro técnico de redes, Cadastro
Inteligente ou Geoprocessamento;
b) Expansão do atendimento telefônico "195" 24h/dia para todas as
localidades;
c) Melhoria na infra-estrutura do cadastro técnico de redes de água;
d) Atualização das informações do cadastro técnico de rede de água;
e) Criação/contratação de equipes de atendimento noturno e fins-desemana, nas localidades onde se justificar;
f) Capacitação e treinamento para o pessoal envolvido com o cadastro
de redes;
g) Capacitação e treinamento para o pessoal, próprio e terceirizado,
envolvido com a operação e manutenção da rede;
h) Substituição de válvulas de bloqueio de fluxo.
Benefícios
• Minimização do volume de água perdido em vazamentos em redes e
ramais devido à agilidade na estanquidade dos vazamentos;
• Minimização de retrabalhos;
• Melhoria no estado de controle do sistema de abastecimento com a
conseqüente melhoria na sua confiabilidade e disponibilidade;
• Melhoria na qualidade do serviço prestado refletindo na satisfação dos
usuários.
29
3.5.2.3 Controlar os vazamento não visíveis e demais fugas
As soluções pertinentes ao controle ativo de vazamentos não visíveis e
fugas, as quais se opõe ao controle passivo, que é, basicamente a atividade
de reparar vazamentos apenas quando se tornam visíveis, constituem em
pesquisas por equipamentos de identificação de ruídos. Quanto maior for a
freqüência desta atividade maior será a taxa de vazão anual recuperada.
a) Criação/reestruturação/contratação de equipes de pitometria
voltadas à identificação de vazamento não visível e fugas;
b) Implantação de distritos pitométricos - DP13.
Benefício
• Redução dos volumes de água perdidos em vazamentos e/ou de
furtos não detectáveis por inspeções visuais;
• Melhoria na qualidade do serviço prestado refletindo na satisfação dos
usuários.
3.5.2.4 Gerenciar a infra-estrutura
O conjunto de soluções objetiva melhorar a manutenção da infra-estrutura do Sistema Distribuidor de Água, incluindo a revisão das normas e
procedimentos de projetos, obras, operação e manutenção, através das
seguintes ações:
a) Implementação de manutenção preventiva hidráulica, eletromecânica e civil, no sistema distribuidor, incluindo caixas de manobras de
componentes do sistema de redes;
b) Recuperação de reservatórios (diagnósticos, projetos e obras);
c) Substituição de tubulação, componentes e acessórios inadequados
ao funcionamento da rede;
d) Substituição de redes, ramais, componentes e acessórios inadequados ao funcionamento do sistema de abastecimento de água;
13A metodologia para criação de distritos pitométricos - DP Na home page do
"Desenvolvimento Operacional Metropolitano",Intranet/Menu/Operacional/
Desenvolvimento/Metrropolitana/Metodologias/Distritos Pitométricos.
30
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
e) Revitalização de caixas de manobras de componentes e acessórios
do sistema de redes;
f) Automatização de elevatórios/reservatórios;
g) Melhoria na automatização de elevatórios/reservatórios;
h) Revisão e melhoria dos critérios e parâmetros de projetos e obras;
i) Revisão e melhoria dos projetos padrões pertinentes ao sistema de
redes de água;
j) Revisão e melhoria das especificações de equipamentos e materiais;
k) Revisão e melhoria das especificações de qualificação, de fiscalização, de contratação de obras/ serviços próprios e incorporados;
l) Revisão e melhoria dos critérios de recebimento de obras e de
cadastro de redes próprios e incorporados
Benefícios
• Redução de custos de manutenção;
• Confiabilidade e segurança operacional;
• Revitalização da infra-estrutura do sistema de abastecimento de
água, atuando preventivamente nos seus componentes e acessórios;
• Melhoria na qualidade do serviço prestado refletindo na satisfação dos
usuários.
3.5.3 Projetos especiais
3.5.3.1 Telemetria, Teleoperação e Telesupervisão - 3T
Objetivo
Propiciar infra-estrutura para o gerenciamento e controle do equilíbrio entre
oferta X demanda de água dos Sistemas de Abastecimento de Água.
Ação
Viabilizar recursos, licitar, implantar e operar o Sistema 3T (Telemetria,
Teleoperação e Telesupervisão) da RMBH.
31
Benefícios
• Operação otimizada do macrossistema de abastecimento com
impactos positivos em redução de perdas, redução do consumo de
energia elétrica, redução dos custos de manutenção de redes e
equipamentos, aumento da segurança (rápida detecção e intervenção
em vazamentos, extravasamento, etc.) e qualidade dos serviços
refletindo na satisfação dos usuários.
3.5.3.2 Comunicação
Objetivo
Desenvolver um clima de envolvimento e adesão na busca de Excelência
no Controle de Perdas na Copasa, visando mobilizar a casa e criar uma
convergência de ações e sinergia nos resultados.
Ação
Disponibilizar a todos informações e conhecimento sobre o combate a
perdas de água; Integrando pessoas, vontades e competências; sintonizando a Copasa com as experiências e avanços nacionais e internacionais relacionados ao combate de perdas de água; veiculando, sistematicamente, índices, conquistas e resultados práticos e fortalecendo o
relacionamento entre Divisões e Distritos e a Sede.
Benefícios
• Cobertura do Combate a Perdas na Copasa;
• Nivelamento de informações e integrar as pessoas;
• Criação, manutenção e disponibilização de bancos de dados com
experiências bem sucedidas, a serem integradas nas rotinas;
• Abertura a novos conhecimentos.
32
4. Identificação das perdas
4.1 Perdas na distribuição de água - PDIA
4.2 Estimativa de Perdas Reais
33
No documento "Indicadores Técnicos de Perdas de Água na Copasa"
estão identificados os indicadores de perdas por diretoria, superintendência, distrito e localidade, para o período de maio/2002 a
abril/2003, com seguinte resumo por faixa do Indicador Técnico de
Perdas Reais - ITRP:
• 105,8 l/ligação/dia: melhor pontuação por diretoria
(benchmark) da Copasa;
• 196,1 l/ligação/dia: pontuação da Copasa;
• 290,2 l/ligação/dia: pontuação da Região Metropolitana de Belo
Horizonte - RMBH.
1 Consideraram-se as localidades de Rio Casca, Resplendor e Pará de Minas como sendo as
localidades representativas das sedes dos distritos de Ponte Nova, Governador Valadares
e Centro, uma vez que as cidades de Ponte Nova e Gov. Valadares não são operadas pela
empresa, e que a sede do DTCT está em Belo Horizonte.
2 Almenara, Alfenas, São Sebastião do Paraíso, Janaúba, Pará de Minas, Itajubá, Frutal,
Salinas, Januária, Patos de Minas e Resplendor..
3 Divinópolis, Lavras, Leopoldina, Araxá, Diamantina, São Francisco, Paracatú, Caxambú,
Varginha e Ubá
4 Conselheiro Lafaiete, Caratinga, Rio Casca, Teófilo Otoni,, Contagem, Ibirité, Pouso
Alegre, Curvelo, Lagoa Santa e Belo Horizonte (subdividia em seis distritos).
5 Santa Luzia, Ribeirão da Neves, Montes Claros, Betim, Coronel Fabriciano e Ipatinga.
34
5. Definição das metas
As metas estabelecidas segundo o Indicador de Perdas na Distribuição PDIA da Gratificação de Desempenho Institucional - GDI são as seguintes:
Considerando que a perda na distribuição, definida pela GDI em função
dos volumes produzido e consumido, ou seja,
PDIA = Volume Produzido - Volume Consumido , volumes em m3/mês
Quantidade de economias
Concluí-se que a redução do volume produzido e/ou o aumento do volume consumido, obtido através da melhoria da eficiência da
micromedição, contribui para a redução da perda na distribuição.
Assim, fixou-se a seguinte meta secundária que irá nortear o
atingimento das metas estabelecidas para o PDIA.
Redução das perdas reais de 195,0 l/ligação/dia contabilizadas no
período de maio/2002 a abril/2003 para 105,0 l/ligação/dia em 2006.
35
6. Elaboração de diagnósticos
Os diagnósticos das perdas, fundamentados nos métodos de detecção
citados anteriormente, serão, a princípio, direcionados para as localidades que apresentarem seus indicadores acima dos limites fixados:
índice de perdas de faturamento maior que 20% e maior potencial de
recuperação de perdas.
A partir daí, dar-se-á a elaboração dos diagnósticos preliminares,
constante do modelo apresentado nos anexos, juntamente com os
responsáveis pela operação e manutenção de cada uma das localidades
previamente selecionadas.
A finalidade dos diagnósticos preliminares visa obter dos gerentes e técnicos informações sintomáticas relativas aos sistemas de distribuição de
água das suas respectivas localidades. Em seguida, o diagnóstico será
complementado com informações colhidas em campo (sinais) que
poderão confirmar ou não as avaliações preliminares, compondo, portanto o diagnóstico definitivo de cada uma das localidades selecionadas.
A partir daí serão desenvolvidos os respectivos planos de ações setoriais
conforme modelo desenvolvido pela DRMT.
36
7. Implementação do Programa
de Redução de Perdas de Água
A estratégia para implementação e sedimentação definitiva do Programa
de Redução de Perdas consiste na definição, aprovação e aplicação de um
modelo de gerenciamento para a sua gestão. Ela vai se constituir de ações
básicas para nortear a sua implementação, incluindo o desenvolvimento
de metodologias operacionais e programas motivacionais e educacionais.
O trabalho ora proposto abrange, em primeiro momento, o estímulo ao
desenvolvimento de ações voltadas para a melhoria do desempenho
interno da empresa, com diretrizes operacionais e gerenciais bem
definidas. Aqui, o estabelecimento das ações estará direcionado para
eliminação das causas mais freqüentes das perdas de água nas etapas
de produção e distribuição nos sistemas de abastecimento.
Para se atingir o objetivo traçado e em conformidade com as diretrizes
definidas ao longo do presente documento, foram fixadas as seguintes
estratégias, que funcionarão como elementos direcionadores do
Programa orientando todos os encaminhamentos imediatos e futuros:
a) Elaborar e implantar modelo de gestão integrada de combate a perdas;
b) Elaborar e implantar um programa continuado de comunicação para
envolver e integrar a casa;
c) Elaborar e implantar um programa de capacitação continuada, contemplando todos os níveis funcionais da empresa, com o foco na mudança de
mentalidade nos aspectos técnicos, humanos, tecnológicos e gerenciais;
d) Elaborar e implantar de benchmarking, para os diferentes níveis gerenciais e de controle operacional, comparando-os com outros indicadores
de desempenho utilizados no Brasil e no mundo;
e) Estabelecimento de ações operacionais enfocando a causa e não a conseqüência. Em primeira instância, serão atacadas as causas geradoras
de maior volume de perdas no processo de distribuição;
f) Estabelecimento e difusão (treinamento, acompanhamento, aprimoramento, benchmarking) de métodos de solução de problemas relacionados a perdas condizentes com a realidade da empresa;
g) Elaboração dos procedimentos operacional padrão - POP;
h) Estabelecimento de critérios para a análise da relação custo - benefício de
cada uma das ações na definição das metas de redução dos índices de perdas.
37
7.1 Modelo de Gestão
Responsável pela coordenação geral do Programa, a Diretoria Técnica e
de Meio Ambiente - DRTM - terá como apoio um Colegiado Deliberativo
de Gestores, composto de superintendentes parceiros. Com a função
estratégica de gerir todas as ações necessárias para a consolidação do
Programa de Redução de Perdas de Água, no âmbito da Copasa, o
Colegiado terá autonomia para atuar sobre os temas que se referem
diretamente às perdas, bem como para a implantação sistematizada dos
projetos específicos de combate a perdas.
Como apoio tático, a DRTM contará com uma estrutura para acompanhamento e apoio na implementação do Programa, desenvolvimento,
controle e manutenção dos sistemas de informações operacionais e
fomento a métodos e programas de desenvolvimento operacional.
Como sustentação operacional, as unidades da base operacional
contarão com os profissionais da Copasa e dos prestadores de serviços,
contribuindo nos projetos específicos, da concepção à implantação, dentro das especialidades, interesses e habilidades específicas. Desta forma,
espera-se que esses profissionais se tornem agentes multiplicadores,
devidamente capacitados a implementar e/ou a disseminar a "cultura
Copasa", promovendo o intercâmbio das experiências e conhecimentos
adquiridos.
38
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
7.2 Pilares de Sustentação do Programa
Uma vez pactuada pela direção e lideranças, o Programa de Redução de
Perdas de Água será sustentada por quatro pilares, conforme representado na FIG 5, que têm como base o entendimento, por toda a empresa, que combate a perdas é prioridade estratégica para a perenidade da
Copasa.
Figura 5: Pilares de Sustentação do Programa
39
40
Observações: (2) Conforme Tabela da SPEP NP = Não priorizado (2) Pedido de financiamento encaminhado ao BNDES
O modelo do formulário do cronograma físico-financeiro do Programa de Redução de Perdas de Água na
Copasa encontra-se nos anexos. Os valores previstos referem-se ao investimento previsto pela DRMT.
A distribuição dos recursos conforme mostrado no quadro a seguir será orientada segundo o "Quadro
demonstrativo das aplicações" do Plano de Ação da COPASA - 2003.
7.3 Discriminação das demandas de acordo com aplicação dos recursos
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
7.4 Relatórios mensais
Os relatórios mensais de acompanhamento e avaliação da evolução dos
indicadores de perdas de água, por diretoria operacional, município e
localidade serão os seguintes:
a) Balanço de Água e Indicadores de Desempenho Técnico das Perdas
Reais;
b) Informações Básicas Operacionais;
c) Informações Básicas Gerenciais.
As avaliações terão sempre a participação da SPDT e dos membros do
Grupo de Trabalho constituído através da CP 063/2003.
7.5 Considerações finais
O objetivo primordial deste Programa é a construção de uma cultura
COPASA de combate às perdas.
A iniciativa não deve se constituir apenas de um simples programa com
prazo e duração limitados, e sim, um processo integrado, participativo,
contínuo e com evolução permanente, passando a fazer parte da cultura
da empresa.
41
ANEXOS
42
43
ATIVIDADES DE COMBATE A PERDAS APARENTE
1. Modelo Cronograma físico-financeiro
Valor em R$ 1.000,00
44
ATIVIDADES DE COMBATE A PERDAS REAIS
Valor em R$ 1.000,00
45
ATIVIDADES DE COMBATE A PERDAS REAIS - Continuação
Valor em R$ 1.000,00
46
2. Localização dos pontos de controle de vazão
47
3. Diagramas: Ciclo de Detecção e reparo de vazamento em tubulações
48
Diagramas: Ciclo de Detecção e reparo de vazamento em tubulações - Continuação
49
4. Modelo do relatório "Balanço da Água" da Copasa
5. Indicadores de desempenho técnico das perdas
reais - Copasa
50
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
6. Gráficos do indicador técnico das perdas reais - ITPR
O exemplo gráfico refere-se a RMBH.
7. Gráfico do indicador da média das perdas reais
inevitáveis - MPRI
51
52
8. Gráfico do índice de vazamento na infra-estrutura - IVI
53
9. Gráfico da influência da variação de pressão no indicador da média das
perdas reais inevitáveis
10. Estimativa de Resultado Esperado
Considerações
Por não haver dados estatísticos disponíveis relativos à identificação e
correção de extravasamentos, de infiltrações, de vazamentos nãovisíveis, a estimativa da redução das Perdas Reais e Aparentes na RMBH
demonstrada a seguir é um ensaio baseado em dados disponíveis nos
sistemas de informações operacionais e comerciais e no know how dos
técnicos.
Dados básicos (RMBH)
Período de Referência
:06/2000 a 12/2002
Volume médio anual de entrada
:388.928.296 m3/ano
Volume médio anual das perdas reais
:104.041.161 m3/ano
Volume médio anual das perdas aparentes
:38.892.830 m3/ano
Volume médio anual não faturado, m3/ano
:144.524.034 m3/ano
Custo da água produzida
:0,0871 R$/m3
Tarifa média, água e esgoto
:1,0188 R$/m3
Índice Percentual de Perdas
:37,2%
Número de vazamentos em rede em 2002
:116.297 vazamentos
Número de vazamentos em ramais
e padrões em 2002
:77.544
Volume médio perdido por vazamento, l/min
:10
Esvaziamento de 1000m de tubulação DN 50, m3 :1,964
54
Programa de Redução de perda de Água no Sistema de Distribuição - 2003
11. Diagnóstico Preliminar
O modelo do diagnóstico a ser elaborado pelas áreas operacionais está
nas páginas seguintes.
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
55
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
56
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
57
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
58
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
59
T = Tendência: Qual deles tende a ficar pior?
I = Importância: Qual deles é mais sério, traz mais prejuízos, preocupa mais? U = Urgência: Qual deles é mais urgente, deve ser corrigido/atuado mais prontamente? N = Não se aplica/Não Identificada
B = Baixa
M = Média
A = Alta
I = Identificada
P= Parada
E = Em execução
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