FRATURA DO PROCESSO CONDILAR: TRATAMENTO CIRÚRGICO OU CONSERVADOR? Condylar process fractures: surgical or conservative treatment? Maria Julia Borghoff * Juliana Malta da Cunha ** Linneu Cuffari*** RESUMO O tratamento das fraturas do processo condilar é um assunto de grande controvérsia na literatura, principalmente quanto aos métodos de tratamento envolvidos. As fraturas do processo condilar se apresentam freqüentes em situações onde o indivíduo sofre traumas diretos ou indiretos, sendo estes últimos sobre regiões da mandíbula, especialmente na região da sínfise. A avaliação inicial e as primeiras condutas realizadas pelo cirurgião bucomaxilofacial é de grande importância para a decisão sobre os tipos de tratamentos a serem utilizados gerando o menor prejuízo funcional e estético possível ao paciente. Neste trabalho, foi realizada uma revisão de literatura sobre fraturas do processo condilar da mandíbula e métodos de tratamento. A escolha do tipo de tratamento está intimamente relacionada com o correto diagnóstico da fratura. Palavras-chave: fratura de côndilo - tratamento ABSTRACT The fracture treatments of condylar process are a great controversial matter in literature, mainly when treatment methods are involved. Fractures of condylar process happen frequently when the person suffers direct or indirect traumas, these on mandible regions specialy the synfisis. The initial evaluation and first procedures of the oral-maxilo-facial surgeon are very important about the kind of treatment to be chosen, to cause the less as possible, functional and esthetic damage of the patient. In this study, a literature review about condylar process fractures of the mandible and treatment methods has been done. The choice of the kind of treatment is close related with the correct diagnosis of the fracture. Keywords: condylar fractures – treatment *aluna do Curso de Especialização em CTBMF da APCD Vila Mariana **Especialista em CTBMF, prof de Morfologia da UNIBAN ***Prof Ms resp. Farmacologia – UNISANTA e especialização em CTBMF da APCD Vila Mariana. 1 INTRODUÇÃO As fraturas do processo condilar geralmente ocorrem devido a acidentes automobilísticos, motociclísticos ou agressões físicas. O trauma pode ser direto, ou seja, aplicado diretamente sobre a região do processo condilar, ou indireto onde o trauma é produzido na região de sínfise ou parasínfise, tendo como conseqüência da força, direção do impacto e zonas de fragilidade da mandíbula a fratura do processo condilar. O tema que abrange as fraturas condilares apresenta muitas controvérsias quanto às formas de tratamento, pois as fraturas dessa região não podem ser tratadas de forma isolada. A anamnese, o exame físico e o exame imaginológico devem ser criteriosos para se obter um diagnóstico preciso e, por sua vez, um correto tratamento. A anamnese compreende a história do paciente e como ocorreu o trauma. O exame físico é a avaliação do paciente através da inspeção e da palpação no exame extrabucal e intrabucal para avaliar os sinais e sintomas do paciente. O exame imaginológico inclui exame radiográfico, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros, que são informações adicionais necessárias para um diagnóstico. O paciente com fratura mandibular, de uma maneira geral, pode apresentar alguns sinais clínicos característicos como edema, equimose, hematoma e dilaceração de tecido mole na região do trauma, bem como sinais característicos às fraturas de côndilo como má-oclusão, desvio da linha média durante abertura bucal e limitação dessa abertura, pode ocorrer crepitação óssea, sintomatologia dolorosa e também hálito fétido devido à dificuldade de higienização. O tratamento das fraturas condilares deve ser realizado de acordo com algumas características como o diagnóstico obtido, o tipo de fratura e as características individuais do paciente, pois cada tratamento deve ser individualizado e diferenciado para cada paciente. O tratamento pode ser conservador, realizado com bloqueio semi-rígido e necessitando de plena colaboração do paciente, ou cirúrgico, com indicações restritas. Atualmente, o método conservador mais utilizado é o ortopédico-funcional, como o Bionator de Balters. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 FRATURAS DO PROCESSO CONDILAR As fraturas do processo condilar é um assunto de grande controvérsia na literatura em relação ao tratamento proposto, conservador ou o cirúrgico 1-11. Para Curcio (2004)12, é um assunto de grande controvérsia no tratamento de pacientes adultos, porém em crianças, há uma concordância no tratamento conservador. Os traumas atingem a região da mandíbula com maior freqüência, devido a sua localização1-5,12-16. O processo condilar quando comparado com as outras regiões da mandíbula se mostra muito mais suscetível a fraturas 3-5,12,14,17. Isso ocorre devido à fragilidade da região do colo da mandíbula em comparação com a fossa mandibular que possue a parede posterior espessa1,2. As fraturas do processo condilar muitas vezes não são diagnosticadas, principalmente quando são atingidos o colo e a cabeça da mandíbula1. O colo do côndilo é o componente mais delgado do osso da mandíbula15. As fraturas do processo condilar atuam como proteção evitando que o trauma produzido na mandíbula seja submetido diretamente à base do crânio, impedindo assim a penetração da cabeça da mandíbula na fossa craniana média2. As fraturas do processo condilar ocorrem na maioria dos casos por meio de impacto na região da sínfese3-7,14-16,18-20 e parasínfise mandibular3-7,18,20, porém pode ocorrer um trauma diretamente na própria região articular4,6,7,14. Para entender o mecanismo da injúria é importante saber a direção e o grau da força concebida. Uma força axial na direção perpendicular ao corpo da mandíbula pode resultar em fratura direta no local e também uma fratura do processo condilar contralateral 14,15,20. Uma força axial sobre a sínfise mandibular segue em direção ao corpo de forma bilateral, podendo causar indiretamente fraturas no processo condilar bilateral e na própria região do trauma6,15. Os acidentes automobilísticos e motociclísticos são as principais causas de fraturas1,4,5,13-15,21, bem como quedas de alturas e em nível do chão 1,5,12,13,15,21, acidentes de bicicleta, agressões físicas1,5,15, atropelamentos1,15, acidentes de trabalho1, acidentes esportivos e também fratura provocada por exodontia de terceiro molar incluso14,22. O diagnóstico das fraturas do processo condilar deve ser minucioso para se indicar o tratamento, evitando as disfunções ou seqüelas dessa articulação que alterem o crescimento facial e mandibular ou impossibilite o movimento de abertura bucal, como por exemplo, as anquiloses temporomandibulares1. Deve ser baseado em achados clínicos e radiográficos16,23,24. 2.1.1 Tratamento O tratamento ideal para as fraturas do processo condilar deve proporcionar o alinhamento anatômico dos fragmentos ósseos, consolidação desses fragmentos e manutenção da função articular2,8. Além do restabelecimento da relação oclusal25. A escolha do tratamento conservador ou cirúrgico será de acordo com as características clínicas do paciente, ou seja, a limitação dos movimentos mandibulares de abertura bucal, lateralidade e protrusão e alteração na oclusão 3. O tratamento das fraturas deve ser de acordo com cada caso em particular, para avaliar os riscos e os benefícios de cada tratamento 1,3. É importante levar em consideração o prognóstico do tratamento antes da decisão final sobre o tipo de tratamento escolhido1,6,9. Os fatores relevantes para a escolha do tratamento de fratura de côndilo são: o grau de deslocamento do fragmento ósseo fraturado é de grande importância para a indicação do tratamento por redução fechada ou aberta. O desvio do côndilo até 45° graus é indicação de redução fechada e o desvio maior ou igual a 90° graus e fora da fossa mandibular, a indicação é a redução cirúrgica. Outro fator é a idade do paciente. A maior parte dos casos de fraturas em crianças pode ser tratada pelo método conservador, porém quando ocorre o deslocamento do côndilo para fora da cavidade articular é indicada a intervenção cirúrgica1,2,8. Na fratura baixa com deslocamento condilar, precisa-se avaliar o grau de deslocamento, para deslocamentos maiores ou iguais a 90º graus é indicado o método cirúrgico aberto e método cirúrgico fechado para deslocamentos menores que 90º graus10. 2.1.1.1 Tratamento conservador As fraturas do processo condilar são consideradas diferentes das outras fraturas de mandíbula quanto ao tratamento na redução anatômica e a fixação das fraturas, devido à dificuldade de acesso, por isso o tratamento conservador é o mais indicado pelos profissionais, evitando o acesso cirúrgico no local da fratura e focando-se na restauração da função articular 2,5,8,10. O tratamento conservador não é traumático, é seguro e confiável e somente em poucos casos os pacientes apresentam distúrbios de função e má oclusão 23. A indicação da dieta líquida e pastosa (tratamento conservador) é sempre orientada como tratamento em pacientes onde não há a necessidade da utilização do Bloqueio Maxilo-Mandibular (BMM), pois a oclusão apresenta-se inalterada, o local da fratura sem desvio, boa abertura bucal ou quando o paciente estiver sem condições clínicas de tratamento cirúrgico1,2,8. 2.1.1.1.1 Bloqueio Maxilo-Mandibular (BMM) com Elástico e Fisioterapia As indicações de tratamento conservador com bloqueio maxilo-mandibular (BMM) são feitas para pacientes com má oclusão dentária, desvio do fragmento menor do que 45° graus, quando o côndilo estiver dentro da fossa mandibular, com elementos dentários suficientes para realizar o BMM ou na ausência de dente ter-se a possibilidade de utilizar prótese1,8,10,13, na limitação de abertura bucal e nos pacientes com até 14 anos de idade8. Inicialmente como forma de tratamento das fraturas do processo condilar utiliza-se o bloqueio maxilo-mandibular seguido de fisioterapia com o uso de elásticos, dieta líquida ou ambas associadas6,17. O prognóstico é favorável quando utilizado o tratamento conservador17. Se não for possível restabelecer a oclusão do paciente com esse tipo de tratamento opta-se pelo tratamento cirúrgico3,5,17. 2.1.1.1.2 Fisioterapia Quando o paciente não apresentar comprometimento da oclusão dentária nas fraturas intracapsular e subcondilar, o tratamento será apenas com fisioterapia. Devemos a cada dois dias durante quatro semanas avaliar a oclusão do paciente. Se durante esse período, não ocorrer uma boa oclusão, deve-se realizar a colocação da barra de Erich ou similar para instalação de elásticos conduzindo a intercuspidação e iniciar a fisioterapia por um período de pelo menos três meses. Prescrever ao paciente analgésico e antiinflamatório para controlar a dor e o edema7. O tratamento através da fisioterapia exige uma cooperação do paciente, para que ocorra um restabelecimento da função articular. Caso não ocorra essa cooperação, provavelmente o tratamento terá insucessos3. A fisioterapia também é indicada para a recuperação funcional da articulação, tanto após a imobilização maxilo-mandibular como após tratamento cirúrgico de fratura do processo condilar. Normalmente a abertura bucal é de 40 a 60 mm. A imobilização provoca danos na musculatura da mastigação e da ATM, por isso é importante a fisioterapia para recuperar os movimentos articulares. A fisioterapia inicia-se assim que o controle da dor permitir7 : Compressa quente por 20 minutos; No limite da dor realizar movimento de abertura e fechamento da boca de 2 a 3 minutos; Através da pressão digital ou com uma espátula de madeira forçar o movimento de abertura bucal até o limite máximo de 10 a 20 vezes; Realizar movimento de protrusão mandibular de 10 a 20 vezes; Realizar movimentos de lateralidade direita e esquerda, com e sem pressão de 10 a 20 vezes. Esses exercícios devem ser realizados entre 2 a 4 vezes ao dia. A recuperação de abertura bucal ocorre nas duas primeiras semanas, é necessária a continuidade dos exercícios em um período de 10 a 20 semanas. Se ocorrer limitação de abertura bucal novamente, é preciso que o profissional realize os exercícios em um período de 2 a 3 vezes por semana7. 2.1.1.1.3 Tratamento ortopédico No tratamento funcional de fratura de côndilo em crianças há a necessidade de restituição anatômica para boa função mandibular. A redução é feita com bloqueio intermaxilar e ortopedia funcional dos maxilares, tração elástica e até método extra-oral19. Nas fraturas de côndilo intracapsulares em idade de crescimento, o tratamento é com bloqueio por duas semanas, para regredir o edema, relaxamento neuromuscular e consolidação, se depois que remover o bloqueio maxilo-mandibular ocorrer alguma alteração, então é necessário utilizar o aparelho ortodôntico- funcional Bionator de Balters. Para induzir o retorno da oclusão através da ativação do crescimento ósseo. Em alguns casos é indicado o tratamento com ortopedia funcional com o uso de um “splint” que produz a protrusão da mandíbula, para aliviar o côndilo fraturado, provocando uma força de tensão nos tecidos moles da articulação, para que ocorra um crescimento sadio da mandíbula26. O Bionator de Balters é utilizado para manter a oclusão e gerar a reabilitação passiva e a mobilização ativa. Restitui a oclusão habitual que havia antes do trauma. Tem a função de guiar o crescimento com correção de desvio lateral e alívio da pressão na ATM. Assim previne a anquilose. No início o uso do aparelho ortopédico é durante a noite e durante o dia, durante no mínimo seis meses. Remover somente nas refeições O período de seis meses é para que haja a restauração da altura do ramo mandibular, e que continue o desenvolvimento normal da mandíbula. O crescimento normal da mandíbula é até dezoito anos, em média, se houver distúrbio de crescimento será antes dessa idade19. O tratamento ortopédico funcional nos casos de fratura de côndilo mandibular fundamenta-se na mobilização imediata em protrusão do côndilo fraturado.para obter uma redução satisfatória e mobilização permanente, já que se opõe à contração dos músculos elevadores10,14. Atrás da sínfese mandibular coloca-se um gancho, que é ligado por um elástico a um minicapacete pericraniano. Isso faz com que a mandíbula e a oclusão se reposicionem14. Carvalho Júnior JP, Santiago JL, Jorge RS, Luz JGC25 (1997), descrevem vários tipos de tratamento em crianças: em caso de fraturas bilaterais de côndilo o método é através de tração por gancho extrabucal apoiado no mento associado com um capacete de gesso; outro método é utilizar uma bandagem envolvendo o mento e a cabeça devido à dificuldade de bloquear uma criança; e nos casos de fratura de côndilo com desvio e para pacientes em fase de crescimento é indicado aparelho ortopédico mobilizador. 2.1.1.2 Tratamento cirúrgico Existem várias formas de fixação e redução como a utilização de uma ou duas miniplacas de titânio, parafusos tipo Lag Screw, fios de Kischner e placas compressivas15. O método cirúrgico, por meio de mini-placas, deve ser indicado nos casos em que houver fratura com deslocamento e luxação da fossa mandibular6,10,14,. As indicações absolutas de tratamento cirúrgico são: deslocamento do côndilo para o interior da fossa craniana média; deslocamento extracapsular lateral do côndilo2,3,5,8,25; corpo estranho no interior da cápsula articular1-3,5,8,25; oclusão insatisfatória após utilização do tratamento conservador3,8; para pacientes adultos com fraturas unilaterais com deslocamento do côndilo maior que 45° graus em relação ao eixo longitudinal do ramo, quando observados em radiografias frontais ou fraturas em que o côndilo é deslocado da fossa mandibular1,16; fraturas bilaterais com deslocamento para fora da fossa mandibular; fraturas bilaterais associadas com fratura do terço médio da face2,25; fraturas cominutivas1; obstrução mecânica impedindo a função da articulação têmporo-mandibular; e fraturas expostas3,8,13. As indicações relativas de tratamento cirúrgico são: fraturas bilaterais condilares em pacientes edêntulos quando a realização do bloqueio maxilo-mandibular for inviável2,3,8,11,13,25; fraturas condilares quando o bloqueio estiver contra indicado devido à condição médica ou quando não for possível realizar tratamento fisioterápico; e fraturas bilaterais associadas a problemas mastigatórios, como retrognatia ou prognatismo3,8; fraturas condilares bilaterais associadas com fraturas cominutivas do terço médio da face; fraturas associadas à perda de diversos elementos dentários; fraturas condilares bilaterais e oclusão insatisfatória 8; fratura associada com o deslocamento para medial5. A osteossíntese com fio de aço é uma boa opção devido ao baixo custo e a facilidade de conseguir esse material. Sempre quando for utilizar essa técnica de fixação simples é importante salientar que devem ser realizadas duas 14 osteossínteses, para obter-se melhores resultados . O melhor tratamento para as fraturas de côndilo com desalojamento é a redução cirúrgica com transfixação de fio de Kirschner25. O tratamento das fraturas de côndilo se dá através da correta redução anatômica e fixação por meio de mini-placa em forma de “Y” na região dos fragmentos fraturados do côndilo, restaurando a oclusão e a estética do paciente 20. 3 DISCUSSÃO A escolha do tratamento depende do desvio da fratura do côndilo, em que até 45° graus é indicado a redução fechada e o desvio maior ou igual a 90° graus e fora da fossa mandibular, a indicação é a redução cirúrgica para Ferreira (2005)2; Vasconcelos (2005)8; e Andrade Filho (2003)1. No caso de fratura baixa com deslocamento condilar com deslocamento maior ou igual a 90º é indicado o método cirúrgico aberto e deslocamentos menores de 90º graus é indicado o método cirúrgico fechado para Vasconcellos (2001)10. Nas fraturas de côndilo intracapsular em idade de crescimento, o tratamento é com bloqueio por duas semanas, se ocorrer alguma alteração, então é necessário utilizar o aparelho ortodôntico-funcional Bionator de Balters, para induzir o retorno da oclusão através da ativação do crescimento ósseo para Okuda (1996) 26. O Bionator de Balters é utilizado para manter a oclusão e gerar a reabilitação passiva e a mobilização ativa para Salgado (1995)19. Para a maioria dos autores as indicações absolutas de tratamento cirúrgico são: deslocamento do côndilo para o interior da fossa craniana média; deslocamento extracapsular lateral do côndilo; corpo estranho no interior da cápsula articular; obstrução mecânica impedindo a função da articulação têmporo-mandibular; e fraturas expostas. E as indicações relativas de tratamento cirúrgico são: fraturas bilaterais condilares em pacientes edêntulos quando a realização do bloqueio maxilo-mandibular for inviável. 4 CONCLUSÃO As fraturas do processo condilar merecem atenção especial, não somente pela freqüência com que ocorrem, como pela dificuldade e controvérsia do tratamento, assim como pelas sérias seqüelas que dele poderão advir, quando mal conduzido. O tratamento das fraturas do processo condilar sempre será individualizado para cada paciente, levando-se em consideração a história clínica, exame físico do paciente, as condições que ocorreram a fratura e os exames de imagem. A partir dos dados obtidos o cirurgião bucamaxilofacial pode realizar o planejamento para o tratamento da fratura, sempre orientando o paciente. O tratamento cirúrgico das fraturas de côndilo mandibular deve ser instituído em pacientes que apresentarem considerável comprometimento estético e/ou funcional, com limitação dos movimentos mandibulares ou severas alterações na oclusão. Caso contrário podemos utilizar o bloqueio maxilo-mandibular, seguido de fisioterapia pós-operatória ou podemos utilizar o aparelho ortopédico funcional, o tratamento conservador deve ser sempre a primeira escolha, avaliando sempre o posicionamento da fratura. REFERÊNCIAS: 1. Andrade Filho EF, Martins DMFS, Sabino Neto M, Toledo Júnior CS, Pereira MD, Ferreira LM. Fraturas do côndilo mandibular: análise clínica retrospectiva das indicações e do tratamento. Rev Assoc Med Bras 2003; 49 (1): 54-9 jan./mar. 2. Ferreira AGM, Weismann R. Acesso intrabucal para redução de fratura subcondilar unilateral – relato de caso. Revista Odonto Ciência – Fac Odonto/ PUCRS 2005; 20 (47):83-7 jan./mar. 3. Iwaki Filho L, Pavan AJ, Camarini ET, Tondin GM. 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