universidade federal de são carlos - Pró

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Curso de Especialização em Gestão Pública
Pós-Graduação Lato Sensu
LEVANTAMENTO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DA COMUNIDADE
UNIVERSITÁRIA DA UFSCAR, CAMPUS DE SÃO CARLOS, EM RELAÇÃO AOS
SERVIÇOS PRESTADOS PELA RÁDIO UFSCAR
Aluna: Tatiana Bianchini Pinheiro
Orientador: Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes
SÃO CARLOS
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Curso de Especialização em Gestão Pública
Pós-Graduação Lato Sensu
LEVANTAMENTO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DA COMUNIDADE
UNIVERSITÁRIA DA UFSCAR, CAMPUS DE SÃO CARLOS, EM RELAÇÃO AOS
SERVIÇOS PRESTADOS PELA RÁDIO UFSCAR
Aluna: Tatiana Bianchini Pinheiro
Orientador: Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes
Monografia de Especialização em
Gestão Pública apresentada à
Secretaria Geral de Recursos
Humanos da Universidade Federal
de São Carlos.
SÃO CARLOS
2010
Adriano, Bruno e
Pedro.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes, pela atenção e pela
excelente orientação deste trabalho.
Aos professores doutores Targino de Araújo Filho e Mauro Rocha
Côrtes, pelo incentivo na escolha do tema e no desenvolvimento desta pesquisa.
Ao Prof. Dr. Jorge Oishi, pelas sugestões na seleção da amostra.
À minha família, pela paciência, e especialmente ao meu pai, pela
ajuda relativa ao texto e à apresentação do trabalho.
A todos da Rádio UFSCar, especialmente Ricardo Rodrigues e Daniel
Roviriego (D2), pelo interesse e valiosa colaboração.
Aos estagiários Eduardo Sotto, Nayara Benatti, Renan Mangetti e
Sabrina Gomes e aos bolsistas Bárbara Fadil, Érica Moura, Paula Gaspar, Mayara
Oliveira e Simone Braghin, que ajudaram na aplicação dos questionários.
Ao estagiário Luiz Pedro Ambrósio, pela cooperação na compilação
dos dados.
Aos amigos da Coordenadoria de Comunicação Social, principalmente
à Agnes Luiz e ao Rodrigo Botelho.
Muito Obrigada!
RESUMO
Uma pesquisa de marketing visa coletar dados adequados e transformá-los em
informações que possam ajudar na solução de problemas. Com base nesse
contexto, foi fixado o objetivo deste trabalho, que consiste em, por meio de uma
pesquisa de marketing, conhecer o grau de satisfação da comunidade da
Universidade Federal de São Carlos em relação aos serviços prestados pela Rádio
UFSCar. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva, de campo,
sendo que os dados quantitativos foram levantados por meio de um questionário
estruturado, aplicado a uma amostra não-probabilística, dividida entre professores,
alunos e técnicos administrativos da Universidade. Entre as principais conclusões do
trabalho encontram-se: a grande maioria da comunidade sabe que existe uma rádio
da Universidade; os professores são os mais satisfeitos com essa Rádio; os alunos
compõem o segmento em que ela tem menor penetração; a programação musical é
bem aceita, porém a maior parte dos ouvintes não acompanha programas
específicos veiculados pela emissora.
Palavras-chave: marketing, pesquisa de marketing, Rádio UFSCar.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 9
1.1 Problema de pesquisa................................................................................. 10
1.2 Objetivos...................................................................................................... 11
1.3 Justificativa.................................................................................................. 11
1.4 Estrutura do trabalho................................................................................... 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ 14
2.1 Marketing.................................................................................................... 14
2.2 Pesquisa de marketing................................................................................ 18
3. METODOLOGIA........................................................................................... 29
4. RÁDIO UFSCAR E RESULTADOS DA PESQUISA........................... 32
4.1 Rádio UFSCar..............................................................................................32
4.2 Resultados................................................................................................... 34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 59
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 63
APÊNDICE........................................................................................................... 65
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Tipos de pesquisa de marketing ............................................................ 25
Figura 2: Tipos de erros em pesquisas de marketing ........................................... 26
Figura 3: Frequência com que ouvem rádio ......................................................... 34
Figura 4: Horários em que ouvem rádio .............................................................. 34
Figura 5: Emissoras mais ouvidas pelos professores .......................................... 37
Figura 6: Emissoras mais ouvidas pelos alunos ................................................... 37
Figura 7: Emissoras mais ouvidas pelos TAs ........................................................ 37
Figura 8: Percentual de professores que conhecem a Rádio UFSCar ................. 38
Figura 9: Percentual de alunos que conhecem a Rádio UFSCar ......................... 38
Figura 10: Percentual de TAs que conhecem a Rádio UFSCar .............................. 38
Figura 11: Como os entrevistados conheceram a Rádio UFSCar .......................... 39
Figura 12: Principal função de uma rádio universitária, segundo os professores .. 40
Figura 13: Principal função de uma rádio universitária, segundo os alunos .......... 40
Figura 14: Principal função de uma rádio universitária, segundo os TAs .............. 41
Figura 15: Percentual de entrevistados que não conhecem a frequência e
o slogan ou que erraram ambas as respostas ....................................... 42
Figura 16: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram a
frequência .............................................................................................. 43
Figura 17: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram
o slogan .................................................................................................43
Figura 18: Frequência com que entrevistados ouvem a Rádio ............................... 44
Figura 19: Situação em que os entrevistados escutam a Rádio ............................. 44
Figura 20: Meios que os professores usam para ouvir a Rádio UFSCar ................ 45
Figura 21: Meios que os alunos usam para ouvir a Rádio UFSCar ........................ 45
Figura 22: Meios que os TAs usam para ouvir a Rádio UFSCar ............................ 46
Figura 23: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio por FM ........... 47
Figura 24: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio pela Internet ... 47
Figura 25: Opinião geral da comunidade da UFSCar quanto à programação
musical da Rádio ...................................................................................48
Figura 26: Opiniões quanto à programação musical da Rádio UFSCar ................ 48
Figura 27: Opiniões com relação a focar a programação em artistas
independentes e menos conhecidos ser função de uma rádio
universitária .......................................................................................... 49
Figura 28: Opiniões quanto à forma de seleção das músicas que tocam
durante a programação diurna ............................................................. 50
Figura 29: Estilos que os professores gostariam que tocasse mais ...................... 51
Figura 30: Estilos que os alunos gostariam que tocasse mais .............................. 51
Figura 31: Estilos que os técnico-administrativos gostariam que tocasse mais .... 51
Figura 32: Respostas dos professores quando questionados se
acompanhavam algum programa específico ........................................ 52
Figura 33: Respostas dos alunos quando questionados se acompanhavam
algum programa específico ................................................................. 52
Figura 34: Respostas dos TAs quando questionados se acompanhavam
algum programa específico ................................................................. 53
Figura 35: Frequência com que ouvem o jornal “Notícias UFSCar”........................ 54
Figura 36: Prioridade do jornalismo segundo os professores ................................. 55
Figura 37: Prioridade do jornalismo segundo os alunos ......................................... 55
Figura 38: Prioridade do jornalismo segundo os TAs ............................................ 55
Figura 39: Afirmação que melhor caracteriza os locutores da Rádio UFSCar ........56
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1: Emissoras citadas e número de indicações por categoria ................ 36
QUADRO 2: Programas que os professores disseram acompanhar ..................... 53
QUADRO 3: Programas que os alunos disseram acompanhar ............................. 53
QUADRO 4: Programas que os TAs disseram acompanhar .................................. 53
QUADRO 5: Opiniões apresentadas quanto aos locutores da Rádio .................... 57
QUADRO 6: Sugestões apresentadas pelos entrevistados ................................... 58
9
1 INTRODUÇÃO
O Marketing é função de uma organização que tem como
responsabilidade aproximar a empresa de seu mercado, já que é impossível vender
produtos que não atendam à necessidade de ninguém. Segundo Kotler (2003), o
marketing identifica as necessidades e os desejos insatisfeitos do mercado, avalia a
sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão
mais bem atendidos pela oferta da organização, decide sobre produtos, serviços e
programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca todos
na organização para pensar no cliente.
Para que possa cumprir todos estes processos, é preciso ter
informações precisas para a tomada de decisões. Nesse contexto, uma das
responsabilidades do marketing é conhecer as expectativas do mercado-alvo, o que
é feito por meio de pesquisas de marketing.
Pesquisa de marketing serve para conhecer e monitorar o mercado
consumidor e concorrente, dimensionar demanda, fazer previsões de vendas,
verificar a presença do público-alvo, avaliar resultados de ações de marketing,
identificar e dimensionar problemas ou necessidades, observar tendências, avaliar a
satisfação dos consumidores, testar produtos e estratégias antes do seu
lançamento, analisar as práticas da concorrência, monitorar a dinâmica e o
comportamento dos diferentes segmentos e nichos (AZEVEDO, 2004).
A tarefa da pesquisa de marketing é avaliar as necessidades de novas
informações e fornecer à gerência informações relevantes, confiáveis e atuais
(MALHOTRA, 2001).
10
Segundo McDaniel e Roger (2008), a pesquisa de marketing
desempenha dois importantes papéis no sistema de marketing. Primeiramente, faz
parte do processo de feedback da inteligência de marketing, já que abastece os
tomadores de decisões com dados sobre a eficiência do mix de marketing atual e
fornece as percepções para as mudanças necessárias. Em segundo, a pesquisa de
marketing é a principal ferramenta para explorar novas oportunidades no mercado.
Este trabalho tem o objetivo de, por meio de uma pesquisa de
marketing, avaliar o grau de satisfação da comunidade da Universidade Federal de
São Carlos (UFSCar) em relação aos serviços prestados pela Rádio da Universidade
(Rádio UFSCar), uma emissora educativa que, desde o início de suas transmissões,
em 2007, procura desenvolver um trabalho diferenciado, difundindo a produção
musical de artistas independentes e promovendo uma programação diversificada,
combatendo a homogeneidade de estilos que normalmente impera em emissoras
comerciais.
Para isso, foi realizado um estudo da área de marketing e, em especial
da pesquisa de marketing, para o embasamento teórico do trabalho.
1.1 Problema de pesquisa
Segundo Kotler (2000) a satisfação consiste na sensação de prazer ou
desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido em relação
às expectativas do comprador. Uma das formas de se medir a satisfação é por meio
de pesquisa.
Com base no exposto, pode-se formular a seguinte questão de
pesquisa para este trabalho:
11
Qual é a percepção de satisfação da Comunidade Universitária da
UFSCar de São Carlos quanto aos serviços prestados pela Rádio UFSCar?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Conhecer o grau de satisfação da comunidade universitária de São
Carlos em relação aos serviços prestados pela Rádio UFSCar.
1.2.2 Objetivos Específicos
ƒ Investigar padrões de comportamento da comunidade universitária da
UFSCar de São Carlos em relação ao hábito de ouvir rádio.
ƒ Descobrir as expectativas da comunidade universitária da UFSCar em
relação a uma rádio na Universidade, a fim de definir a principal função
desse tipo de emissora.
ƒ Verificar o grau de conhecimento da Rádio UFSCar, ou seja, se a
comunidade universitária é familiarizada com a sua proposta de
trabalho e programação.
ƒ Promover sugestões de melhoria para o funcionamento da Rádio
UFSCar.
1.3 Justificativa
A Rádio UFSCar é uma emissora educativa, idealizada e mantida pela
Universidade Federal de São Carlos, que entrou no ar oficialmente em agosto de
2007. A Rádio é um veículo importante na relação da Universidade com a sociedade.
12
De acordo com seu Projeto Editorial, a proposta da emissora é
apresentar
aos
ouvintes
um
conteúdo
diferenciado,
proporcionando
uma
programação musical diversificada, promovendo a disseminação da produção
musical independente e do trabalho produzido por artistas locais e regionais.
Também faz parte da proposta criar mecanismos e estratégias de interação com um
público heterogêneo, promovendo a identidade na diversidade.
Até hoje, as estratégias traçadas e as tomadas de decisões foram
baseadas no seu projeto editorial e em consonância com os princípios estabelecidos
para a Universidade Federal de São Carlos em seu Plano de Desenvolvimento
Institucional, mas sem nenhuma informação baseada em pesquisas de audiência ou
resultante de medida do grau de satisfação da comunidade universitária.
Agora que a Rádio já está constituída, em seu terceiro ano de
funcionamento, uma pesquisa de satisfação é de grande valia para saber como o
posicionamento da Rádio está sendo recebido pela Comunidade Universitária.
De acordo com Mattar (2008), as pesquisas de marketing têm o
objetivo de coletar dados pertinentes e transformá-los em informações que venham
ajudar os gestores na solução de problemas específicos durante o processo de
administração de marketing. Nesse contexto, a importância deste trabalho consiste
em levantar informações para o planejamento estratégico da emissora, reduzindo as
incertezas da Direção nas futuras tomadas de decisões, contribuindo para tornar a
Rádio mais próxima de sua comunidade.
13
1.4 Estrutura do trabalho
A monografia está dividida em seis capítulos.
No primeiro são
apresentados o problema de pesquisa, os objetivos do trabalho e as justificativas
para sua realização.
O capítulo 2 aborda a revisão bibliográfica, que fornece subsídios
teóricos para a realização do trabalho. Para isso, foram pesquisados temas como o
marketing, pesquisas de marketing e etapas de realização de uma pesquisa de
marketing.
O capitulo 3 apresenta a metodologia utilizada para a realização desta
pesquisa, caracteriza a pesquisa quanto aos tipos de classificação e define o
processo de coleta de dados.
O capítulo 4 apresenta um breve histórico da Rádio UFSCar e
apresenta os resultados da pesquisa, visando trazer respostas ao problema
formulado e sugestões de melhorias para o serviço prestado pela Rádio UFSCar.
Para finalizar, no capítulo 5 são feitas as considerações finais do
trabalho, trazendo uma síntese dos resultados obtidos, uma discussão sobre o
alcance dos objetivos propostos, as limitações da pesquisa e as sugestões de
pesquisas futuras.
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão considerados conceitos relativos a marketing e a
pesquisa de marketing.
2.1 Marketing
O maior objetivo do marketing é a identificação e a satisfação das
necessidades dos clientes (MALHOTRA, 2001). Segundo Drucker, citado por Kotler
(2000), sempre haverá necessidade de vender produtos, mas o objetivo do
marketing é tornar a venda supérflua, é conhecer e compreender tão bem o cliente
que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só.
Kotler (2000) distingue as definições de marketing entre social e
gerencial, sendo que a definição social mostra o papel desempenhado pelo
marketing na sociedade, e a definição gerencial descreve o marketing como um
processo de desenvolver um produto de valor superior para o cliente, cuja troca
acabe satisfazendo também as metas organizacionais:
“Marketing é um processo social por meio do qual as pessoas e grupos de
pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação,
oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”
(KOTLER, 2000, p. 30).
“Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a
determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e
serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e
organizacionais” (KOTLER, 2000, p. 30).
Samara e Barros (2002) descrevem o marketing como conjunto de
atividades humanas destinadas a atender aos desejos e necessidades dos
consumidores, utilizando ferramentas como a propaganda, a promoção de vendas, a
pesquisa de marketing, a concepção de produtos, a distribuição e a logística.
15
Esses autores também fazem uma analogia ao darwinismo, que afirma
que os seres vivos adaptam-se ao meio ambiente como resultado da seleção
natural, em que sobrevivem os mais aptos. No marketing, as empresas procuram
manter sua “sobrevivência” adaptando-se ao mercado em que atuam e que a
competitividade entre elas e as preferências dos consumidores funcionam como
“seleção natural” na qual permanecem os mais aptos, ou seja, os que acompanham
a complexa dinâmica do mercado.
Loureiro (2008) apresenta definições de vertentes americanas e
européias sobre a definição de marketing:
“Marketing é uma função organizacional e uma série de processos para
criar, comunicar e entregar valor aos clientes e administrar o relacionamento
com o cliente de maneira que beneficie a organização e seus stakeholders”
(Loureiro retirou do site da American Marketing Association - AMA,
acessado em novembro de 2005)”.
“Marketing é estabelecer, desenvolver e comercializar relações de longo
prazo com os clientes, à medida que os objetivos das partes envolvidas
sejam atendidos. Isto é feito por uma troca mútua e a manutenção de
promessas” (Loureiro traduziu de Grönroos, 2001, p.58).
O escopo do marketing, segundo Kotler (2000), é criar, promover e
fornecer bens e serviços a clientes, englobando o marketing de bens, experiências,
eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias.
Para administrar o marketing com eficiência, Samara e Barros (2002)
descrevem as etapas cíclicas do processo de planejamento em marketing:
- controles: monitorar performances, aperfeiçoar estratégias;
- análise situacional: entender o ambiente e o mercado, identificar
problemas e oportunidades, avaliar a posição competitiva;
- elaboração de estratégias: definir plano de ação e segmentos de
mercado, estabelecer vantagens competitivas, indicar objetivos;
16
- desenvolvimento de programas de marketing: decisões de produto
e canal, ações de comunicação, políticas de preço, decisões de
vendas.
De acordo com Kotler (2000), no esforço consciente para alcançar
resultados de troca desejados com mercados-alvo, a empresa deve seguir quatro
orientações: pode ser orientada para produção, para produto, para vendas e para
marketing.
A orientação de produção, segundo o autor, é um dos conceitos mais
antigos nas relações comerciais. Essa orientação sustenta que os consumidores dão
preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Os gerentes das
empresas que seguem esse tipo de orientação concentram-se em alcançar alta
eficiência de produção, baixos custos e distribuição em massa.
A orientação de produto sustenta que os consumidores dão preferência
a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou tenham
características inovadoras. Gerentes de empresas com esse tipo de orientação
precisam se preocupar em fabricar produtos de qualidade e em aperfeiçoá-los com o
tempo (KOTLER, 2000).
A orientação de vendas parte do princípio de que os consumidores, por
vontade própria, não compram os produtos da organização em quantidade
suficiente, e, portanto, a empresa deve praticar um esforço agressivo de vendas e
promoção para persuadir os clientes a adquirir seus produtos. O objetivo desse tipo
de empresa, segundo Kotler (2000), é vender aquilo que fabrica, em vez de fabricar
aquilo que o mercado quer.
17
A orientação de marketing sustenta que a chave para alcançar as
metas organizacionais está no fato da empresa ser mais efetiva que a concorrência
na criação, entrega e comunicação de valor, para o cliente de seus mercados-alvo
selecionados. Essa orientação adota uma perspectiva de fora para dentro: começa
com um mercado bem definido, focaliza as necessidades dos clientes, coordena
todas as atividades que o afetarão e, a partir da satisfação desses clientes, obtém-se
lucro. Esse tipo de orientação baseia-se em quatro pilares: mercado-alvo,
necessidades dos clientes, marketing integrado e lucratividade (KOTLER, 2000).
Independentemente da orientação de marketing adotada pela empresa,
para se obter um retrato do que ela é e do mercado onde atua, é necessário analisar
seu mix de marketing (ou composto de marketing), que é o conjunto de elementos
que compõe as atividades de Marketing.
O mix de marketing, segundo Kotler (2000), é composto de quatro
variáveis, que são conhecidas como os 4Ps do composto de marketing. Os termos,
que em inglês são product, price, place e promotion, foram traduzidos como produto,
preço, praça (ou ponto de venda) e promoção (ou comunicação).
Dentro de cada grupo “P” estão embutidos diversos elementos que
precisam ser analisados. Em “produto” deve-se pensar na variedade de produtos da
empresa, na qualidade deles, no design, nas características, nome da marca,
embalagem, tamanhos, serviços, garantias e políticas de devoluções. Em “preço”
devem-se prever os preços finais, os descontos, prazos de pagamentos e condições
de financiamentos. Em “praça” precisa-se estabelecer o número de canais de
distribuição, a localização dos pontos de venda, o estoque e transporte dos
materiais. Em “promoção” deve-se conceber a parte de publicidade, promoção de
vendas, força de vendas, relações públicas, assessoria de imprensa e marketing
direto (KOTLER, 2000).
18
Para determinar as necessidades dos clientes e implementar
estratégias e programas de marketing, os gestores necessitam de informações a
respeito de clientes, concorrentes e outras forças que atuam no mercado, já que um
produto ou oferta só alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação ao
comprador/alvo. Nesse contexto, surgem as metodologias para a realização de
pesquisas de marketing.
2.2 Pesquisa de Marketing
Neste item serão considerados: breve histórico da pesquisa de
marketing, processo de pesquisa de marketing, classificação de pesquisa de
marketing e fontes potenciais de erros em pesquisas de marketing.
2.2.1 Breve histórico da pesquisa de marketing
Para Mattar (2008) a pesquisa de marketing evoluiu e ganhou
importância à medida que o conceito de marketing também evoluiu, principalmente
com a adoção pelas empresas da orientação filosófica para o consumidor.
Nos Estados Unidos, durante o período de 1900 a 1930, o interesse da
administração das empresas estava voltado principalmente para as atividades de
produção, buscando como produzir mais e mais barato. Na década de 1930, houve
um interesse maior pela distribuição, pois os administradores tinham necessidade de
aprimorar os canais de distribuição para escoar os produtos produzidos em massa. A
partir de 1940, as empresas começam a dar atenção aos desejos do consumidor,
crescendo então o interesse pela pesquisa de marketing (MATTAR, 2008).
19
Segundo Cobra (1992) a era do marketing, na qual a ênfase passa a
ser identificar as necessidades dos consumidores, tem início nos anos de 1970,
quando o mercado deixa de absorver quantidades adicionais de produtos gerados
pela economia de escala de produção e quando o esforço de vendas por si só não é
capaz de colocar esses produtos no mercado.
Quanto ao Brasil, segundo Mattar (2008), o desenvolvimento dos
negócios em pesquisa de marketing passou a ocorrer por solicitação de filiais das
empresas de origem norte-americana instaladas no país, sendo que o primeiro
registro de pesquisa realizada no Brasil data de 1934 e se referia ao estudo sobre
hábitos e preferência de consumidores de café.
2.2.2 Processo de pesquisa de marketing
Pode-se definir pesquisa de marketing como:
“A identificação, coleta, análise e disseminação de informações de forma
sistemática e objetiva e seu uso para assessorar a gerência na tomada de
decisões relacionadas à identificação e solução de problemas (e
oportunidades) de marketing” (MALHOTRA, 2001, p. 45).
“É a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao marketing
através da informação – informação usada para identificar e definir as
oportunidades e problemas de marketing, gerar, refinar e avaliar a ação de
marketing; monitorar o desempenho de marketing, e aperfeiçoar
entendimento de marketing como um processo. Pesquisa de marketing
especifica a informação necessária destinada a esses fins; projeta o método
para coletar informações; gerencia e implementa o processo de coleta de
dados; analisa os resultados e comunica os achados e suas implicações”
(MATTAR, 2008, p. 4).
“Projetos formais que visam à obtenção de dados de forma empírica,
sistemática e objetiva para a solução de problemas ou oportunidades
específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços” (SARAMA e
BARROS, 2002, p. 6).
“O planejamento, a coleta e a análise de dados relevantes para a tomada de
decisões de marketing e para a comunicação dos resultados dessa análise
à administração” (MCDANIEL E ROGER, 2004, p. 9).
20
De acordo com Boyd Jr. e Westfall, citados por Faraco (2005), a
pesquisa de mercado é a coleta, o registro e a análise de todos os fatos referentes
aos problemas relacionados à transferência e venda de mercadorias e serviços, do
produtor ao consumidor. Segundo Faraco, os autores dividem a pesquisa de
marketing em duas categorias:
a) pesquisa para descobrir novas oportunidades que possam ser
exploradas com sucesso; e
b) pesquisa para descobrir meios mais eficientes de explorar
oportunidades conhecidas.
O processo de pesquisa de marketing, segundo Malhotra (2001), é
composto por um conjunto de seis etapas, que definem as tarefas a serem
executadas na realização de um estudo de pesquisa de marketing. São elas:
definição do problema, elaboração de uma abordagem de pesquisa, concepção da
pesquisa, trabalho de campo ou coleta de dados, preparação e análise dos dados e
elaboração e apresentação do relatório.
A fase de definição do problema consiste na etapa mais importante do
projeto de pesquisa, na qual se define o problema que se pretende resolver. Para a
definição do problema de pesquisa, tarefas como discussões com os responsáveis
pelas decisões, análise de dados secundários e pesquisa qualitativa são importantes
para entender os problemas e as oportunidades de marketing que necessitam de
informações para tomada de decisões (MALHOTRA, 2001).
A análise dos dados secundários disponíveis é etapa essencial no
processo de definição do problema. Segundo Malhotra (2001), não se deve coletar
dados primários, ou seja, novos dados, coletados com o propósito de atender às
21
necessidades específicas da pesquisa em andamento, sem que antes seja feita uma
análise completa dos dados secundários, que são aqueles que já foram coletados,
tabulados, ordenados, que estão catalogados à deposição dos interessados e foram
coletados por uma finalidade diversa do problema em pauta. As fontes básicas dos
dados secundários são: a própria empresa, publicações, governos, instituições não
governamentais e serviços padronizados de informações de marketing. (MATTAR,
2008).
Para Malhotra (2001), a análise dos dados secundários pode ajudar a
identificar e definir melhor o problema, desenvolver uma abordagem do problema e
formular uma concepção adequada de pesquisa.
De acordo com Mattar (2008), as vantagens da utilização de dados
secundários são a economia de tempo, dinheiro e esforços, pois o tempo dedicado à
análise desses dados pode contribuir para estabelecer melhor o problema de
pesquisa, sugerir métodos testados e aprovados de coleta de dados, indicar a coleta
de outros tipos de dados e servir como fonte comparativa e complementar para os
dados primários a serem coletados.
A elaboração de uma abordagem de pesquisa representa a etapa na
qual não se pode perder de vista os resultados que se pretenda alcançar. Essa
etapa deverá conter os seguintes componentes: estrutura objetiva e teórica da
pesquisa, modelos analíticos, questões da pesquisa, hipóteses e a identificação de
características e fatores capazes de influenciar a concepção da pesquisa.
A
estrutura objetiva da pesquisa deverá estar apoiada em uma teoria apropriada, para
o pesquisador se basear para determinar quais variáveis devem ser investigadas,
como conceber a pesquisa (de forma causal ou descritiva), a maneira de selecionar
a amostra e para servir de base para o pesquisador organizar e interpretar as
constatações.
22
Os modelos analíticos são conjuntos de variáveis e seus interrelacionamentos que servem para representar sistemas ou processos reais. A
construção de modelos ajuda o pesquisador a identificar perguntas e hipóteses
relevantes da pesquisa. As questões de pesquisa são enunciados aprimorados dos
componentes específicos do problema; cada componente do problema pode ser
dividido em questões de pesquisa. Hipóteses são afirmações não comprovadas a
respeito de um fenômeno de interesse do pesquisador. Enquanto as questões de
pesquisa são interrogativas, as hipóteses são declarativas e podem ser testadas
empiricamente, sendo que uma questão de pesquisa pode ter mais de uma hipótese
a ela associada. O processo de identificação de características relevantes conduz à
especificação das informações necessárias, tais como: características, fatores,
atributos do produto ou variáveis adicionais que devem ser identificados para que se
possa elaborar um questionário, um aspecto importante na etapa de concepção da
pesquisa (MALHOTRA, 2001).
Na etapa de concepção da pesquisa são especificados os detalhes da
abordagem da pesquisa, envolvendo: especificação das informações a serem
obtidas, classificação do tipo de pesquisa (exploratória os conclusiva); especificação
dos procedimentos de medição e escalonamento, criação dos questionários,
especificação
do
processo
de
amostragem
e
tamanho
da
amostra
e
desenvolvimento de um plano de análise de dados.
Essa terceira etapa é definida por Malhotra (2001) como sendo a
estrutura para a realização do projeto de pesquisa de marketing. Ela especifica os
detalhes dos procedimentos necessários à obtenção das informações indispensáveis
para estruturar e/ou resolver problemas de pesquisa de marketing.
23
Durante a etapa de trabalho de campo ou coleta de dados, os
pesquisadores
entram
em
contato
com
os
entrevistados,
apresentam
os
questionários, registram os dados e entregam os formulários preenchidos para
processamento. O processo do trabalho de campo envolve seleção, treinamento e a
supervisão dos pesquisadores, a validação do trabalho de campo e a avaliação dos
pesquisadores (MALHOTRA, 2001).
A preparação e análise dos dados é a etapa que começa com a
verificação da integridade dos questionários e segue incluindo a edição, codificação,
transcrição e verificação dos dados. A edição consiste na checagem dos
questionários, à procura de respostas ilegíveis, incompletas ou insatisfatórias. Na
codificação, códigos numéricos ou letras são atribuídos para representar cada
pergunta no questionário. A transcrição é a transferência dos dados codificados dos
questionários para o computador, e a verificação dos dados é para garantir que os
dados dos questionários originais foram transcritos com precisão (MALHOTRA, 2001).
A etapa de elaboração e apresentação do relatório é a documentação
de todo o projeto de pesquisa de marketing, um relatório escrito que aborde todas as
etapas descritas anteriormente e compreende a comunicação das principais
descobertas da pesquisa, apresentando os resultados e constatações obtidas, de
maneira que essas informações possam prontamente ser utilizadas no processo de
tomada de decisões.
Outros autores apresentam as etapas do processo de pesquisa de
marketing de forma diferente. Samara e Barros (2002) citam 15 atividades como
passos do projeto de pesquisa. São elas: definição do problema, determinação dos
objetivos, tipos de pesquisa, métodos de pesquisa, métodos de coleta de dados,
formulário para coleta de dados, amostragem, técnicas amostrais, cálculo amostral,
24
pré-teste dos formulários para coleta de dados, trabalho de campo, tabulação e
análise de dados, análise geral e recomendações ao cliente.
Já Mattar (2008) é mais conciso e descreve o processo de pesquisa de
marketing em apenas quatro diferentes etapas: formulação do problema de
pesquisa, planejamento da pesquisa, execução da pesquisa e comunicação dos
resultados.
Entretanto, a diferença entre o número de etapas que os autores
apresentam são apenas formas distintas de detalhar as tarefas para estruturar uma
pesquisa de marketing, pois as atividades apontadas como necessárias para a
execução da pesquisa são semelhantes.
2.2.3 Classificação de pesquisa de marketing
Para Malhotra (2001), as pesquisas podem ser classificadas da
maneira indicada na Figura 1.
A pesquisa exploratória visa proporcionar ao pesquisador uma maior
familiaridade com o problema em estudo. Esse tipo de pesquisa procura explorar
uma situação para prover a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador
(VIEIRA, 2002).
Malhotra (2001) define a pesquisa conclusiva como sendo concebida
para auxiliar o responsável pelas decisões a determinar, avaliar e selecionar o
melhor curso de ação a ser tomado em determinada situação.
25
Pesquisa de
Marketing
Pesquisa
Exploratória
Pesquisa
Conclusiva
Pesquisa
Descritiva
Pesquisa
Transversal
Pesquisa
Transversal
Única
Pesquisa
Causal
Pesquisa
Longitudinal
Pesquisa
Transversal
Múltipla
Figura 1 – Tipos de pesquisa de marketing (MALHOTRA, 2001, p. 105).
A pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem
nela interferir para modificá-la. A esse tipo de pesquisa expõe as características de
determinada população ou determinado fenômeno, mas não tem o compromisso de
explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação
(VIEIRA, 2002).
Segundo Malhotra (2001), a pesquisa descritiva tem como principal
objetivo a descrição de algo – normalmente características ou funções de mercado,
e pode ser realizado de forma transversal ou longitudinal. O estudo transversal
envolve a coleta de informações de qualquer amostra da população uma única vez,
enquanto o estudo longitudinal envolve uma amostra fixa de elementos da
26
população, a qual é medida repetidamente ao longo do tempo. O autor ainda divide
a pesquisa transversal em única ou múltipla. Pesquisa transversal única consiste em
estudo no qual é extraída da população alvo uma amostra de entrevistados e as
informações são obtidas somente uma vez. Pesquisa transversal múltipla refere-se a
estudo no qual há duas ou mais amostras de entrevistados, e as informações de
cada uma delas também são obtidas somente uma vez.
2.2.4 Fontes potenciais de erros em pesquisas de marketing
Qualquer que seja o tipo de pesquisa de marketing escolhido, o
pesquisador deve sempre tentar minimizar as fontes potenciais de erros. Os erros
que podem ocorrer em pesquisas de marketing estão representados na figura 2.
Erro Total
Erro
Amostral
Erro Não
Amostral
Erro de
Resposta
Erro do
Pesquisador
Erros de
informações
trocadas, de
medição, na
definição da
população, na
composição da
amostragem, na
análise dos
Erro de Falta
de Resposta
Erro do
Entrevistador
Erro do
Entrevistado
Erros em
seleção dos
respondentes,
em perguntas,
no registro,
proposital
Erros de
incapacidade e
de má vontade
Figura 2 – Tipos de erros em pesquisas de marketing (MALHOTRA, 2001, p. 115).
27
Podem ser classificados entre erros amostrais (ou erros de
amostragem aleatória) e não amostrais. O erro total de uma pesquisa será, de
acordo com Mattar (2008), a soma desses dois tipos de erros.
Os erros amostrais, de acordo com Malhotra (2001), ocorrem porque a
amostra selecionada é uma representação imperfeita da população de interesse,
seja pelo número de elementos da amostra ou pelo processo de seleção desses
elementos. Quanto maior o tamanho da amostra, menores serão os erros amostrais.
Esses erros estarão sob o controle do pesquisador quando a amostragem for
probabilística.
Os erros não amostrais são os cometidos durante o processo de
pesquisa de marketing que não sejam oriundos do tamanho e do processo de
seleção da amostra. Para Mattar (2008), as principais fontes de erros não amostrais
são: definição errada do problema de pesquisa, definição errada da população de
pesquisa, definição parcial da população de pesquisa, não resposta, instrumento de
coleta de dados, escalas, entrevistadores, entrevistados, inferências causais
impróprias, processamento, análises e interpretação.
Esses erros não são mensuráveis e que, ao contrário dos erros
amostrais, tendem a crescer à medida que cresce o tamanho da amostra. O
pesquisador não consegue exercer nenhum controle sobre eles, cabendo-lhe
apenas tomar cuidado, durante as várias etapas e fases do processo de pesquisa,
para minimizar sua ocorrência (MATTAR, 2008).
Segundo Malhotra (2001), os erros não amostrais podem ser divididos
em erro de falta de resposta e erro de resposta.
28
O erro de falta de resposta surge quando algumas pessoas incluídas
na amostra não respondem à pesquisa. Isso pode ocorrer por recusa do entrevistado
ou pelo fato dele não ser encontrado. A falta de resposta faz com que a amostra
resultante seja diferente, em tamanho e composição, da amostra original. Já o erro
de resposta, ocorre quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou quando
suas respostas são registradas ou analisadas de forma equivocada. Como
demonstrado na figura acima, esse tipo de erro pode ser cometido pelos
pesquisadores, entrevistadores ou entrevistados. (MALHOTRA, 2001).
29
3 METODOLOGIA
Realizou-se um estudo de caráter descritivo, quantitativo, de campo,
que, por meio de um levantamento de dados em uma pesquisa de opinião,
investigou padrões de comportamento da comunidade universitária quanto ao hábito
de ouvir rádio e o grau de satisfação da comunidade universitária de São Carlos em
relação aos serviços prestados pela Rádio UFSCar.
A pesquisa foi descritiva, acompanhada de um estudo transversal
múltiplo: transversal, pois as informações foram coletadas apenas uma vez, de uma
dada amostra de elementos da população; e múltiplo, pois os dados foram colhidos
ao longo de vários dias e, portanto, mais de uma amostra foi analisada.
A natureza dos dados é quantitativa, e utilizou-se como procedimento
de coleta o emprego de questionários estruturados. O trabalho de campo foi
realizado no campus da UFSCar, em São Carlos, no mês de maio de 2010.
Foi utilizada uma técnica de amostragem não-probabilística, uma
amostragem por cotas: dividiu-se a população entre alunos, professores e técnicoadministrativos (TAs), para conhecer e comparar as especificidades das opiniões de
cada grupo. Foi considerada a proporcionalidade de professores e alunos nos três
centros acadêmicos do campus de São Carlos: Ciências Biológicas e da Saúde,
Ciências Exatas e de Tecnologia e Educação e Ciências Humanas.
No caso dos TAs, além dos três centros acadêmicos, considerou-se
como quarta subdivisão os funcionários que atuam diretamente na administração da
Universidade. E partir dessa divisão, as amostras foram selecionadas por
conveniência, sendo que foram aplicados questionários até a obtenção de 50
conjuntos de respostas, por categoria de pessoas que afirmavam ouvir rádio.
30
O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado, que
foi aplicado pessoalmente ou por telefone. O questionário era composto de 23
perguntas, sendo que 21 eram questões fechadas e duas abertas. Entre as
fechadas, havia questões dicotômicas, de múltipla escolha e escalonadas.
O questionário foi dividido em duas seções: Comportamento geral e
Rádio UFSCar e abordou diversas variáveis, tais como: a frequência com que os
entrevistados ouvem rádio, horários em que costumam ouvir, quais rádios ouvem, se
conheciam a Rádio UFSCar, como conheceram a emissora, qual consideravam a
principal função de uma rádio universitária, se sabiam a frequência e o slogan da
Rádio, de onde e por que meio ouviam a emissora, se já enfrentaram problemas
técnicos para ouvir a Rádio, a opinião sobre a programação musical, estilos que
gostariam que tocasse mais, se acompanhavam programas específicos, qual deveria
ser a prioridade do jornalismo e o que achavam a respeito dos locutores.
A análise dos resultados que se apresenta a seguir tem início na
questão 3 do questionário aplicado, pois as duas primeiras eram questões de filtro,
para descartar as pessoas que não ouviam rádio, pois não interessavam à pesquisa.
31
4 RÁDIO UFSCAR E RESULTADOS DA PESQUISA
Neste capítulo apresenta-se a Rádio UFSCar e os resultados da
pesquisa relativa a este trabalho.
4.1 Rádio UFSCar
A Rádio UFSCar é uma emissora educativa que, como projeto da
Universidade Federal de São Carlos, atua em consonância com os princípios
estabelecidos para a Universidade em seu Plano de Desenvolvimento Institucional.
A partir desses princípios, a Rádio é concebida como um importante veículo de
extensão e comunicação para a UFSCar.
A emissora iniciou suas transmissões em fase experimental em maio
de 2007, e oficialmente entrou no ar em agosto do mesmo ano. Sua concessão é
outorgada à fundação de apoio da Universidade, a Fundação de Apoio Institucional
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UFSCar (FAI-UFSCar).
De acordo com seu projeto editorial, a identidade da Rádio UFSCar é
definida na diversidade. Assim, a programação da emissora privilegia a difusão da
produção musical de artistas e selos independentes, que não encontram espaço nas
emissoras comerciais. Em relação à produção brasileira, destaca a produção
regional, evitando, criticando e combatendo assim a homogeneidade existente em
muitas das emissoras que optam pela veiculação dos produtos musicais nacionais.
Outro diferencial da Rádio UFSCar é o fato da emissora ser a primeira
rádio brasileira a operar de modo automatizado inteiramente com a utilização de
software livre.
32
No Projeto Editorial da emissora, encontram-se seus objetivos gerais e
específicos:
“A Rádio UFSCar tem como objetivo geral cumprir seu papel de meio de
comunicação público, defensor dos princípios da universidade pública,
gratuita e de qualidade, e atuante no movimento de democratização da
Comunicação no Brasil e no mundo. (PEZZO et al., 2006.p. 4).
Alguns dos seus objetivos específicos são:
- criar mecanismos e estratégias de interação com um público
heterogêneo, promovendo a identidade na diversidade;
- promover a diversidade cultural, social, política e a cidadania;
- disseminar a Cultura, os conhecimentos produzidos pela Humanidade
e o conhecimento produzido e armazenado na Universidade;
- divulgar a Universidade Federal de São Carlos;
- prestar serviços de interesse da sociedade em geral;
- capacitar recursos humanos na área de Comunicação Social;
- contribuir com a formação dos cidadãos para o desempenho de um
papel ativo e crítico em relação aos meios de comunicação;
Com 24 horas de programação, atualmente a emissora conta com uma
equipe de sete funcionários contratados pela FAI-UFSCar, um servidor técnicoadministrativo do quadro da Universidade, 13 estagiários que atuam com cargas
horárias de 20h ou 30h semanais, seis bolsistas-extensão, carga horária de 12h
semanais e dois bolsistas-atividade, carga horária de 8h semanais.
33
A estrutura funcional de seus colaboradores é formada pelo Diretor
Geral, por uma Produtora Executiva, um supervisor de Programação, um Supervisor
Técnico, um Jornalista e três programadores musicais.
No site da Rádio UFSCar, pode-se ouvir a programação da emissora e
ter acesso a produtos elaborados especialmente para um espaço de convergência
midiática, como programas disponíveis para audição a qualquer momento, vídeos,
blogs, entre outros.
A programação da Rádio é constituída de programas produzidos pela
equipe da emissora e por “programas especiais”, que é como são chamados os
programas propostos e produzidos por cidadãos comuns, que enviam propostas de
programas à Rádio UFSCar, que, de acordo com o mérito e com a disponibilidade na
grade de programação, são veiculados na emissora. Com esses programas
especiais, a Rádio visa à pluralidade de vozes e a democratização do acesso aos
meios de comunicação.
Os princípios, crenças e diretrizes da Rádio são sintetizadas pelo seu
slogan: Escute Diferente!
4.2 Resultados
Conforme descrito no capítulo anterior, para a análise dos dados
obtidos, foram considerados 50 questionários de pessoas que afirmavam ouvir rádio
em cada categoria (professores, alunos e técnico-administrativos).
34
4.2.1 Comportamento geral
Pode-se verificar na figura 3 que é significativo o número de pessoas
que têm o hábito de ouvir rádio diariamente, sendo os técnico-administrativos (TAs)
os que escutam com maior frequência, e os alunos os que menos ouvem rádio.
72%
TAs
18%
38%
Alunos
26%
14%
66%
Profs
0%
20%
diariamente
22%
14%
40%
60%
algumas vezes por semana
2% 8%
10%
10%
80%
uma vez por semana
100%
esporadicamente
Figura 3: Frequência com que ouvem rádio.
N figura 4, com relação ao horário em que ouvem rádio, nota-se que o
comportamento de TAs e professores é mais parecido do que o dos alunos.
Profs
Alunos
TAs
30
25
20
15
10
5
Figura 4: Horários em que ouvem rádio.
4h-5h
3h-4h
2h-3h
1h-2h
24h-1h
23h-24h
22h-23h
21h-22h
20h-21h
19h-20h
18h-19h
17h-18h
16h-17h
15h-16h
14h-15h
13h-14h
12h-13h
11h-12h
10h11h
9h-10h
8h-9h
7h-8h
6h-7h
5h-6h
0
35
Pode-se perceber que das 7h às 8h da manhã, nos três grupos, há um
pico de pessoas ouvindo rádio.
Do meio dia à uma hora da tarde, percebe-se outro pico, menos
acentuado, de TAs e professores ouvindo rádio, sendo que o comportamento dos
alunos é totalmente diferente, representado por uma curva em declínio,
demonstrando que pouquíssimos alunos ouvem rádio nesse horário.
Observa-se também que há grande audiência dos professores das 18h
às 19h e que o horário em que os alunos mais ouvem rádio é das 18h às 22h.
Na questão de resposta aberta em que se abordava quais rádios os
entrevistados escutavam, 38 emissoras foram citadas, como pode ser verificado no
quadro 1, no qual se encontra também o número de indicações obtidas em cada um
dos segmentos.
Nesse quadro, nota-se que a Rádio Universitária recebeu o maior
número total de votos, sendo a emissora mais apontada por professores e TAs.
A Rádio UFSCar foi a segunda emissora mais citada em número de
votos, sendo também a mais mencionada pelos alunos. Ela foi apontada
espontaneamente por 58% dos professores, 30% dos alunos e 22% dos técnicoadministrativos.
As cinco emissoras mais ouvidas pelos professores, alunos e TAs
podem ser visualizadas respectivamente nas figuras 5, 6 e 7.
36
QUADRO 1: Emissoras citadas e número de indicações por categoria.
Opções
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
Universitária
UFSCar
Intersom
Jovem Pan
Clube
Comunicativa
Bandeirantes
Uniara
Cultura (Araraquara)
Diário
Globo
Morada do Sol
Nova Brasil
Antena 1
DBC
Kiss
CBN
Nativa
Uol (internet)
Terra (internet)
105,1 FM
Oi
Clube AM
Eldorado
89 FM
94,3 FM Campo Grande
CAASO (rádio pirata)
Claretiana
Dumont FM 104,3
Executiva FM Goiania
Flash in
MIX
Nacional (Brasília)
Piracema
Quiz FM
Rádio Rock
Rádio USP SP
Realidade
Profs
Alunos
TAs
Total
30
29
14
9
2
4
2
7
2
2
1
1
0
1
1
1
2
0
0
0
0
1
1
2
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
9
15
8
10
9
0
4
0
0
1
2
2
3
0
0
2
1
2
2
2
2
1
0
0
1
1
1
0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
21
11
17
6
10
9
2
1
2
1
1
1
1
2
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
60
55
39
25
21
13
8
8
4
4
4
4
4
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
37
Professores
Uniara
8%
Jovem Pan
10%
Universitária
33%
Intersom
16%
UFSCar
33%
Figura 5: Emissoras mais ouvidas pelos professores.
Alunos
Intersom
16%
UFSCar
28%
Clube
18%
Jovem Pan
20%
Universitária
18%
Figura 6: Emissoras mais ouvidas pelos alunos.
TAs
Comunicativa
13%
Clube
15%
UFSCar
16%
Universitária
31%
Intersom
25%
Figura 7: Emissoras mais ouvidas pelos TAs.
38
4.2.2 Rádio UFSCar
Quando questionados se conheciam a Rádio UFSCar, a resposta
positiva foi altíssima. Como pode ser observado nas figuras 8, 9 e 10, 98% dos
professores, 82% dos alunos e 96% dos técnico-administrativos responderam que
conheciam a emissora.
Alunos
Professores
não
2%
não
18%
sim
82%
sim
98%
Figura 9: Percentual de alunos que
conhecem a Rádio UFSCar.
Figura 8: Percentual de professores que
conhecem a Rádio UFSCar.
TAs
não
4%
sim
96%
Figura 10: Percentual de TAs que
conhecem a Rádio UFSCar.
39
A figura 11 mostra que é variada a forma como os entrevistados
conheceram a Rádio UFSCar. No caso dos professores, destacou-se a resposta
“outros”, e tanto a maioria destes quanto a maioria dos TAs que davam essa
resposta completavam dizendo que conheceram a Rádio institucionalmente. Grande
parte dos alunos que deram a resposta “outros” completaram dizendo que
conheceram a Rádio pelo material distribuído a eles quando eram bixos (fôlderes e
brindes da Rádio distribuídos junto com o “Kit Calouro”).
16%
TAs
27%
Alunos
Profs
18%
4% 13% 6%
0%
amigos
20%
internet
28%
12%
16%
12%
24%
22%
40%
22%
24%
56%
60%
publicidade visual
80%
100%
sintonia aleatória
outros
Figura 11: Como os entrevistados conheceram a Rádio UFSCar.
Para levantar o que os entrevistados consideravam ser as principais
funções de uma rádio universitária, foi pedido que enumerassem as afirmações
apresentadas em ordem de importância, com atribuição de nota de um a cinco. As
respostas consideradas mais importantes receberam as maiores notas. As figuras
12, 13 e 14 apresentam a somatória do número de citações multiplicado pela nota
atribuída.
A figura 12 mostra que, para os professores, as principais funções são
respectivamente: “fazer divulgação cultural”, “fazer divulgação científica”, “informar
ações de utilidade pública” e “entreter de maneira leve e agradável”.
40
Como demonstrado pela figura 13, os alunos consideram as
prioridades desse tipo de emissora, praticamente empatadas, “informar ações de
utilidade pública” e “fazer divulgação cultural”. Citaram, em seguida, “entreter de
maneira leve e agradável” e, em último lugar, “fazer divulgação científica”.
250
200
150
100
50
0
entreter de maneira
leve e agradável
informar ações de
utilidade pública
fazer divulgação
científica
fazer divulgação
cultural
Figura 12: Principal função de uma rádio universitária, segundo os professores.
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
entreter de maneira
leve e agradável
informar ações de
utilidade pública
fazer divulgação
científica
fazer divulgação
cultural
Figura 13: Principal função de uma rádio universitária, segundo os alunos.
41
190
185
180
175
170
165
160
entreter de maneira
leve e agradável
informar ações de
utilidade pública
fazer divulgação
científica
fazer divulgação
cultural
Figura 14: Principal função de uma rádio universitária, segundo os TAs.
A figura 14 apresenta as opiniões dos TAs, sendo que, para eles,
“entreter de maneira leve e agradável” é a principal função de uma rádio
universitária, “fazer divulgação científica” e “fazer divulgação cultural” aparecem em
segundo lugar, com a mesma importância, e “informar ações de utilidade pública” é
considerada a alternativa menos importante.
A resposta “outros”, na grande maioria das vezes, não chegou a ser
preenchida; apenas um aluno falou que uma das principais funções deveria ser
divulgar eventos e notícias locais, além de anunciar na Rádio o cardápio do
“Bandejão”, e alguns professores citaram outras funções de uma rádio universitária.
São elas:
- educar;
- fazer programa de entrevistas com e para jovens;
- informar com profundidade e debater temas de interesse público;
- debater temas da atualidade;
- discutir as notícias, acontecimentos políticos, promover debates;
42
- fazer divulgação de música popular e instrumental;
- tocar músicas que não estão presentes nas rádios comerciais.
Foi perguntado aos entrevistados se conheciam a frequência e o
slogan da Rádio UFSCar. A figura 15 representa o percentual dos que responderam
não conhecer esses itens ou que erraram ambas as respostas. Nota-se que os
alunos são os que menos conhecem essas informações (66%), e que o percentual
de professores e TAs que não conhecem são parecidos: 41% e 44%
respectivamente.
70%
66%
60%
50%
40%
44%
41%
30%
20%
10%
0%
Profs
Alunos
TAs
Figura 15: Percentual de entrevistados que não conhecem a frequência e o slogan ou que erraram
ambas as respostas.
A figura 16 mostra o percentual dos que acertaram ou quase acertaram
a frequência da Rádio UFSCar. “Quase acertaram” quer dizer que os entrevistados
chegaram muito próximo da frequência correta, na maioria das vezes apenas
invertendo os números, colocando “93,5” em vez do correto “95,3”.
Os TAs foram os que tiveram mais êxito nas respostas (54%), seguidos
pelos professores (51%) e alunos, que atingiram apenas 29% neste quesito.
43
60%
50%
54%
51%
40%
30%
29%
20%
10%
0%
Profs
Alunos
TAs
Figura 16: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram a frequência.
A figura 17 mostra os acertos ou quase acertos do slogan da emissora;
“quase acertos” são das pessoas que responderam “ouça diferente!”, em vez de
“escute diferente!”.
45%
40%
35%
39%
35%
30%
25%
20%
15%
15%
10%
5%
0%
Profs
Alunos
TAs
Figura 17: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram o slogan.
Comparando as figuras 16 e 17, observa-se que as pessoas são mais
familiarizadas com a frequência do que com o slogan da Rádio. Obtiveram êxito no
quesito “slogan” 39% dos professores, seguidos de 35% dos TAs e 15% dos alunos.
44
A figura 18 representa a frequência com que os entrevistados ouvem a
Rádio UFSCar. Pode-se perceber que os professores são os ouvintes mais
assíduos, sendo, dos três segmentos, os que mais ouvem a Rádio diariamente e
algumas vezes por semana. A maioria dos TAs e dos alunos responderam ouvir a
emissora esporadicamente.
8%
TAs
Alunos 2%
25%
4%
24%
10%
0%
diariamente
27%
20%
15%
44%
29%
Profs
48%
40%
algumas vezes por semana
8%
60%
uma vez por semana
20%
22%
14%
80%
esporadicamente
100%
nunca
Figura 18: Frequência com que entrevistados ouvem a Rádio.
Analisando a figura 19, observa-se que os grupos possuem
comportamento diferente com relação a onde escutam a Rádio UFSCar. Os
professores ouvem principalmente no carro, em trânsito; os alunos, em casa; e os
TAs, ouvem mais do trabalho.
TAs
20%
29%
55%
Alunos
Profs
0%
18%
51%
12%
4%
24%
9%
76%
20%
40%
em casa
60%
no trabalho
2%
80%
em trânsito
Figura 19: Situação em que os entrevistados escutam a Rádio.
100%
outro
45
Com relação ao meio pelo qual ouvem a Rádio UFSCar, todos os
professores responderam ouvir por FM, sendo que 18% afirmaram ouvir também
pela internet, situações que são ilustradas na figura 20. Quanto aos alunos, 76%
disseram ouvir por FM, 18% pela internet e 6% marcaram as duas alternativas (ver
figura 21).
Professores
FM e
Internet
18%
FM
82%
Figura 20: Meios que os professores usam para
ouvir a Rádio UFSCar.
Alunos
FM e
Internet
6%
Internet
18%
FM
76%
Figura 21: Meios que os alunos usam para
ouvir a Rádio UFSCar.
46
Como pode ser observado na figura 22, 71% dos TAs ouvem a Rádio
por FM, 27% pela internet e 2% pelos dois meios.
TAs
FM e
Internet
2%
Internet
27%
FM
71%
Figura 22: Meios que os TAs usam para ouvir a
Rádio UFSCar.
Conforme indicado na figura 23, dos entrevistados que ouvem a Rádio
UFSCar por FM, 72% declararam nunca terem tido dificuldades técnicas para ouvir a
emissora; 12% disseram que o sinal da Rádio é ruim; 11% já tiveram problemas, não
conseguindo sintonizar a emissora nos seguintes locais: Centro, Nova Estância,
Santa Mônica, Santa Paula, UFSCar e Vila Nery; 5% marcaram a opção outros e
comentaram já terem tipo problemas pelo fato da emissora estar fora do ar; um
entrevistado comentou não conseguir ouvir por morar na cidade de Araraquara e a
Rádio não pegar lá.
Outros entrevistados, tanto professores quanto TAs,
observações ressaltando o alcance curto do sinal da Rádio.
fizeram
47
5%
12%
nunca teve problemas
sim, não consegue
sintonizar a emissora
11%
sim, o sinal é ruim
72%
sim, outros
Figura 23: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio por FM.
Como mostra a figura 24, dos entrevistados que ouvem a Rádio
UFSCar pela internet, 60% declararam nunca terem tido problemas para ouvir a
emissora; 23% disseram que seu computador abre o player, mas fica travando; 10%
declararam que já tiveram dificuldades para abrir o player; e 7% responderam
“outros”, mas não especificaram o tipo de problema enfrentado.
7%
nunca teve problemas
23%
sim, o computador não
consegue abrir o player
60%
10%
sim, o computador abre o
player, mas fica travando
sim, outros
Figura 24: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio pela Internet.
48
Com relação à programação musical, observa-se na figura 25 que ela é
bem aceita pela comunidade universitária, tendo 72% de aprovação. A maioria dos
entrevistados considera a programação “boa” (ver figura 26).
11%
1%
excelente, ótima ou boa
16%
regular
péssima
não sabem opinar
72%
Figura 25: Opinião geral da comunidade da UFSCar quanto à programação musical da Rádio.
TAs
7%
17%
Alunos
6%
21%
12%
Profs
0%
excelente
44%
17%
55%
12%
20%
ótima
43%
40%
boa
6%
24%
60%
regular
15%
12%
2% 7%
80%
péssima
100%
não sabe opinar
Figura 26: Opiniões quanto à programação musical da Rádio UFSCar.
A Rádio UFSCar foca sua programação em artistas independentes e
menos conhecidos. Quando questionados se achavam que isso era uma função de
uma rádio universitária, em todos os conjuntos pesquisados, a maioria respondeu
estar total ou parcialmente de acordo com essa afirmação (ver figura 27).
49
2% 2%
41%
TAs
54%
52%
Alunos
36%
36%
Profs
0%
20%
6%
45%
40%
60%
concorda totalmente
concorda parcialmente
discorda parcialmente
discorda totalmente
6%
7% 5% 7%
80%
100%
não concorda, nem discorda
Figura 27: Opiniões com relação a focar a programação em artistas independentes e menos
conhecidos ser função de uma rádio universitária.
Por outro lado, no espaço que os entrevistados tinham disponível para
dar sugestões de melhorias, professores e TAs fizeram diversos comentários como:
“a Rádio deveria ser menos alternativa”, “podiam variar mais a programação
musical, inserindo artistas mais conhecidos”, “a programação musical poderia
melhorar; não consigo ouvir a Rádio por muito tempo”, “podia tocar mais nomes
conhecidos”, “acho que deviam variar o estilo musical, para não ser tão alternativo”.
Então, apesar de considerarem que promover artistas independentes é
uma função de uma rádio universitária, a maneira como a emissora o faz foi citada
espontaneamente por muitos entrevistados como exagerada, “alternativa demais”.
Durante a programação diurna, a sequência e a concentração de
músicas que tocam na Rádio não são selecionadas por estilos, mas sim por outras
características, tais como intensidade, ritmo, momento histórico de produção, entre
outras.
50
A figura 28 mostra que a grande maioria dos alunos acha interessante
ou muito interessante essa forma de seleção das músicas da programação. Já entre
professores e TAs, embora a maioria também considere interessante esse método
de seleção, um bom número de pessoas declaram preferir a programação separada
por estilos musicais.
15%
TAs
49%
7% 2%
27%
3% 3%
30%
Alunos
14%
Profs
0%
64%
38%
20%
40%
10%
60%
31%
80%
7%
100%
muito interessante
interessante
pouco interessante
nada interessante
prefere separada
não souberam opinar
Figura 28: Opiniões quanto à forma de seleção das músicas que tocam durante a programação
diurna.
Quanto aos estilos musicais que os entrevistados gostariam que
tocasse mais na emissora, pode-se notar pelas figuras 29, 30 e 31, que: nos três
segmentos, MPB foi o mais indicado para tocar com mais frequência; o estilo
“Rock'n'roll Clássico” também foi dos mais citados nos três conjuntos; tanto “jazz”
quanto “blues” estão entre os cinco estilos mais pedidos por professores e alunos;
professores e TAs gostariam que tocasse mais música erudita na Rádio; alunos
indicaram “Rock Alternativo” como outro estilo que gostariam que tivesse mais
espaço na programação; TAs apontaram que gostariam de ouvir mais “Pop Rock
Brasil” e mais música Sertaneja.
51
Professores
Rock'n'roll
Clássico
15%
MPB
27%
Erudito
19%
Jazz
20%
Blues
19%
Figura 29: Estilos que os professores gostariam que tocasse mais.
Alunos
Rock Alternativo
15%
MPB
25%
Blues
19%
Jazz
21%
Rock'n'roll
Clássico
20%
Figura 30: Estilos que os alunos gostariam que tocasse mais.
TAs
Erudito
12%
MPB
40%
Sertanejo
12%
Rock'n'roll
Clássico
16%
Pop Rock Brasil
20%
Figura 31: Estilos que os técnico-administrativos gostariam que tocasse mais.
52
Outros estilos que alguns entrevistados disseram que gostariam de
ouvir mais foram: forró, flash back, black music/ soul, samba rock, new age, músicas
regionais (maracatu, fandango, músicas nordestinas) e instrumental.
Nas figuras 32, 33 e 34, nota-se que é baixa a fidelidade dos ouvintes
da comunidade da UFSCar aos programas da Rádio; 23% dos professores e
somente 9% dos alunos e 7% dos TAs afirmaram acompanhar algum programa
específico da emissora.
Os quadros 2, 3 e 4 mostram o nome dos programas que professores,
alunos e TAs disseram acompanhar e o número de vezes em que foram citados:
Professores
sim
23%
não
77%
Figura 32: Respostas dos professores quando questionados se
acompanhavam algum programa específico.
Alunos
sim
9%
não
91%
Figura 33: Respostas dos alunos quando questionados se
acompanhavam algum programa específico.
53
TAs
sim
7%
não
93%
Figura 34: Respostas dos TAs quando questionados se
acompanhavam algum programa específico.
QUADRO 2: Programas que os professores disseram acompanhar.
Programas indicados pelos
professores
Notícias UFSCar
UFSCar Convida
Antenado
Cordas e Acordeon
Ecos de Tupak Amaro
Mulheres em Vanguarda
Número de
indicações
7
3
2
2
1
1
QUADRO 3: Programas que os alunos disseram acompanhar.
Programas indicados pelos
alunos
Número de
indicações
Antenado
Arte do Blues
Programação musical das 10h ao
meio dia
2
1
1
QUADRO 4: Programas que os TAs disseram acompanhar.
Programas indicados pelos
técnico-administrativos
Banquete de hits
Programa de entrevistas (não
soube dizer qual)
UFSCar em Comunidade
Número de
indicações
1
1
1
54
Os quadros 2, 3 e 4 mostram que os programas que os entrevistados
afirmam acompanhar são diferentes nos três segmentos, sendo que apenas o
programa “Antenado” é citado por duas categorias diferentes: professores e alunos.
“Notícias UFSCar” é o programa jornalístico da emissora, que vai ao ar
de segunda a sexta-feira, ao meio dia. Pela figura 35, observa-se que os professores
são os que mais e com maior frequência acompanham o jornal, e que os alunos
formam o conjunto em que o programa tem a menor audiência, sendo que 70%
desses afirmam nunca terem ouvido.
2%
TAs
22%
6% 3%
Alunos
12%
Profs
0%
10%
5%
34%
37%
21%
70%
23%
20%
9%
30%
40%
28%
50%
60%
28%
70%
80%
90%
100%
sim, diariamente
sim, umas duas vezes por semana
sim, frequentemente
raramente
nunca
Figura 35: Frequência com que ouvem o jornal “Notícias UFSCar”.
Foi solicitado que os entrevistados enumerassem de um a seis qual
consideravam que deveria ser a prioridade do jornalismo da Rádio UFSCar. As
respostas apontadas como mais importantes receberam maior peso, e a somatória
do número de citações multiplicado pelo peso atribuído pode ser conferida nas
figuras 36, 37 e 38.
Observa-se que professores e alunos consideram que a divulgação
científica deveria ser a prioridade do jornalismo da Rádio. Para os TAs, a prioridade
deveria ser divulgar notícias do município.
55
210
200
190
180
170
160
150
divulgação
científica
notícias do
município
notícias de
repercurssão
nacional
documentários
temáticos
jornalismo
cultural
Figura 36: Prioridade do jornalismo segundo os professores.
145
140
135
130
125
120
115
110
105
divulgação
científica
notícias do
município
notícias de
repercurssão
nacional
documentários
temáticos
jornalismo
cultural
Figura 37: Prioridade do jornalismo segundo os alunos.
250
200
150
100
50
0
divulgação
científica
notícias do
município
notícias de
repercurssão
nacional
documentários
temáticos
Figura 38: Prioridade do jornalismo segundo os TAs.
jornalismo
cultural
56
Professores indicam como a segunda alternativa mais importante o
jornalismo cultural, enquanto alunos apontam as notícias do município e TAs citam a
divulgação científica.
Os três conjuntos concordam que documentários temáticos devem ser
a menor preocupação da equipe de jornalismo, e a resposta “outros”, na grande
maioria das vezes, não chegou a ser preenchida; apenas um professor e um aluno
citaram que “notícias internas da universidade” deveria ser uma prioridade.
Quanto perguntados quais das afirmações apresentadas melhor
caracterizavam os locutores da Rádio, como pode ser observado na figura 39, em
todos os grupos a alternativa com maior número de respostas foi “não sabe opinar”.
Essa alternativa foi citada por 27% dos professores, 42% dos alunos e 44% dos TAs.
2% 2%
TAs
27%
30%
Alunos
Profs
0%
17%
16%
20%
20%
7%
15%
3%
8%
10%
40%
44%
42%
9%
12%
27%
8%
60%
80%
100%
estabelecem forte interação com os ouvintes
assumem o papel de atores de sua própria programação, não sendo meros repetidores de textos
não são profissionais, acha isso uma característica negativa
não gosta do linguajar utilizado
gosta de alguns deles
não sabe opinar
outros
Figura 39: Afirmação que melhor caracteriza os locutores da Rádio UFSCar.
A segunda alternativa em número de votos dos professores, com 20%
das respostas, foi “assumem o papel de atores de sua própria programação, não
sendo meros repetidores de textos”. Para alunos e TAs, essa foi a terceira alternativa
mais citada, com 15% e 17% dos votos, respectivamente.
57
Para alunos e TAs, a segunda alternativa mais indicada foi
“estabelecem forte interação com os ouvintes”, com 30% e 27% dos votos,
respectivamente, sendo que essa foi a terceira em número de indicações dos
professores, com 16% dos votos. A alternativa “não são profissionais, acha isso uma
característica negativa” teve 8% dos votos dos professores, 3% dos alunos e 2% dos
TAs. Dos professores, 10% disseram não gostar do linguajar utilizado; 2% dos TAs
apontaram essa alternativa e nenhum aluno apontou essa resposta. A alternativa
“gosta de alguns deles” foi apontada por 12% dos professores e 7% dos TAs. Nessa
alternativa, os professores citaram nominalmente: Filipe Doranti, Gisele Bicaletto,
Mauro Lussi e Yasmin Muller, além da equipe do programa “Independência ou
Marte”; e um TA citou a jornalista Gisele Bicaletto como referência positiva. A
alternativa “outros” foi indicada por 8% dos professores e 9% dos alunos, sendo que
os comentários são indicados no quadro 5.
QUADRO 5: Opiniões apresentadas quanto aos locutores da Rádio.
- “São capazes de passar a informação de interesse de forma clara”.
- “Locutores precisam melhorar, ser um pouco mais formal na linguagem”.
- “Tomem cuidado com as avaliações políticas ingênuas e tendenciosas”.
- “Fazem a locução e a leitura de maneira muito rápida”.
- “A locução e a técnica precisam ser mais profissionais e isso deveria ser uma prioridade
da Rádio”.
- “A locução tem cara de rádio pirata”.
- “Treinamento com os locutores para evitar erros de português”.
Para finalizar, perguntava-se ao entrevistado se ele gostaria de dar
sugestões de melhorias. Na análise dos itens já discutidos, foram apresentadas
algumas sugestões. Ressalta-se que elas foram espontâneas e não possuem
validade estatística. No quadro 6, encontram-se outros comentários obtidos.
58
QUADRO 6: Sugestões apresentadas pelos entrevistados.
Divulgação
Internet
Quanto à divulgação da Rádio, diversas pessoas sugeriram que houvesse
mais publicidade, não apenas para a comunidade universitária, mas
também para o público externo; sugeriram indicar a frequência da Rádio
nos chaveiros e nos outros brindes da emissora.
“Montar um passo a passo para acessar a Rádio pela internet”.
Ao setor de jornalismo da Rádio UFSCar, foi sugerido diversificar o jornal
“Noticias UFSCar”, incluindo notícias do município, promovendo questões
políticas da Universidade e informando sobre movimentos que ocorrem na
UFSCar, como o problema da falta de hospital para as aulas práticas no
curso Medicina, que teve repercussão nacional. Também foi dito:
Jornalismo
- “Pensar melhor na seleção dos temas sobre divulgação cientifica, levando
em conta o interesse e a compreensão do público”;
- “Não é claro o critério de seleção para divulgação cientifica; é
negativamente tradicional”;
- “O jornal “Notícias UFSCar” deveria ter um núcleo o mais profissional
possível, para dar maior credibilidade à divulgação que é feita”;
- “Divulgar com mais antecedência os eventos e os convidados que serão
entrevistados”.
Quanto à programação musical, foi comentado:
- “Às vezes têm coisas discrepantes: a mudança de estilo é imensa”;
- “Sugiro programas mais específicos, por gêneros musicais”;
- “Definir estilos e faixa etária em certos horários”;
- “Selecionar a grade musical de maneira mais específica para situar o
ouvinte quando ele quiser ouvir algo”.
Programação
Musical
- “Discutir melhor a programação musical para não ficar tanto a critério do
gosto pessoal dos programadores”;
- “Um ponto positivo é a veiculação das novidades musicais”;
- “Deveria abrir espaço para compositores locais”;
- “Melhorar a programação musical, não tocando músicas pensando
somente no público jovem, com músicas tão pesadas; tocar músicas mais
suaves, possíveis de serem tocadas nos departamentos, na Reitoria, etc.”
Sintonia da
emissora
Melhorar o sinal FM: este tópico foi abordado por diversos entrevistados.
59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa era levantar a percepção de satisfação da
Comunidade Universitária da UFSCar quanto aos serviços prestados pela Rádio
UFSCar, investigando padrões de comportamento da comunidade sobre o hábito de
ouvir rádio; descobrindo as expectativas em relação a uma rádio universitária,
definindo o que consideram a principal função desse tipo de emissora; verificando o
grau de conhecimento da Rádio UFSCar e de sua proposta de trabalho e
promovendo sugestões de melhoria para o funcionamento da emissora.
A partir do questionário aplicado, pode-se perceber que grande parte
das pessoas tem o hábito de ouvir rádio com frequência. Foi possível descobrir os
horários mais ouvidos por professores, alunos e técnico-administrativos, gerando
subsídios para que a programação seja estruturada de acordo com o perfil dos
ouvintes de um determinado horário e, por meio das outras rádios que os
entrevistados disseram ouvir, é possível identificar as preferências musicais de cada
categoria.
Descobriu-se que professores, TAs e alunos divergem quanto ao que
consideram ser a principal função de uma rádio universitária, tendo, portanto,
expectativas diferentes em relação à emissora: para os professores, fazer
divulgação cultural é o mais importante, os alunos acreditam que a principal função é
informar ações de utilidade pública e técnico-administrativos consideram que
entreter de maneira leve e agradável deveria ser a prioridade.
A pesquisa também permitiu levantar que a maioria absoluta da
comunidade universitária sabe que existe uma rádio na UFSCar: mais de 95% dos
professores e TAs e mais de 80% dos alunos conhecem a emissora.
60
Além disso, descobriu-se que quase 60% dos professores e dos TAs
conhecem a frequência e/ou o slogan da Rádio UFSCar, sendo que, para os alunos,
esse percentual é de apenas 34%.
Pode-se notar que grande parte da comunidade reconhece a proposta
de ser uma rádio diferente. Concordam com a diretriz da emissora relativa a focar
sua programação em artistas independentes e menos conhecidos, e acreditam, pelo
menos parcialmente, que essa é uma das funções de uma rádio universitária. O que
fica como sugestão à Direção é pensar em maneiras de suavizar a impressão que
muitos entrevistados manifestaram: de considerar a programação musical da Rádio
UFSCar “muito alternativa”.
Pode-se concluir também que:
ƒ Os professores são os que mais ouvem a emissora;
ƒ Professores ouvem a Rádio UFSCar principalmente quando estão em
trânsito, alunos, em casa e TAs, no trabalho;
ƒ Nos três grupos, a grande maioria das pessoas acompanha a Rádio
UFSCar por meio do sinal em FM;
ƒ 28% dos entrevistados já tiveram dificuldades técnicas em ouvir a
emissora por FM, e 40% dos que ouvem pela internet já enfrentaram
problemas técnicos;
ƒ A programação musical é considerada boa, ótima ou excelente por
mais de 70% dos entrevistados;
ƒ Há um consenso nos três conjuntos quanto a dois estilos que
gostariam de ouvir mais na programação da Rádio UFSCar: MBP e
Rock'n'roll Clássico;
61
ƒ Nos três segmentos, a maioria declarou achar interessante o fato da
sequência e concentração das músicas que tocam na programação
diurna da Rádio não serem selecionadas por estilos musicais;
ƒ Mais de 70% dos professores e mais de 90% dos alunos e TAs
afirmaram não acompanhar nenhum programa especifico da Rádio
UFSCar.
ƒ 44% dos professores, 9% dos alunos e 29% dos TAs acompanham o
jornal “Notícias UFSCar” com alguma frequência.
A partir da análise dos resultados e das observações aqui
apresentadas, considera-se que os objetivos deste trabalho foram atingidos. A
pesquisa levantou informações para embasar o planejamento estratégico da
emissora, mostrando que, de maneira geral, os professores são os mais satisfeitos
com o trabalho desenvolvido pela Rádio UFSCar, e que os alunos constituem os que
a emissora menos consegue atingir.
A pesquisa também apontou críticas e baixa fidelidade aos programas
da emissora, indicando que medidas devem ser promovidas para tornar a Rádio
mais próxima da comunidade da UFSCar.
Deve-se salientar que a amostra selecionada foi pequena e nãoprobabilística, estando os resultados sujeitos a erros amostrais. A relação entre a
população de professores e técnicos administrativos é praticamente 1:1, mas, no
caso dos alunos, em que a população é mais de 12 vezes superior às anteriores,
este conjunto está sujeito a um erro muito maior.
62
Como este trabalho foi o primeiro sobre o grau de satisfação da
comunidade da UFSCar com relação à Radio, sugere-se que sejam realizadas
pesquisas para acompanhar os resultados das modificações que serão introduzidas.
Propõe-se, também, que este trabalho seja estendido para a população da cidade de
São Carlos.
63
REFERÊNCIAS
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um
estudo
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(Mestrado em Turismo) – Universidade de Caxias do Sul, Caixas do Sul, 2005.
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64
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VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing.
Revista da FAE. Curitiba, v.5, n.1, p.61-70, 2002.
APÊNDICE: QUESTIONÁRIO
66
Bom dia/ boa tarde.
Meu nome é ___________, sou estagiário(a)/ bolsista da Rádio UFSCar.
Estamos realizando uma pesquisa com a comunidade universitária.
Você poderia responder algumas perguntas? É rápido!
Seu nome não será divulgado.
o
Nº do Questionário (deixar em branco): _____________
Entrevistador:____________
Data:__________
Entrevistado:
( ) Professor
( ) Servidor TA
( ) Aluno
( ) Graduação
( ) Pós-graduação
Setor:
( ) CCBS
( ) CCET
( ) CECH
Sexo:
( ) Masculino
( ) Feminino
( ) Administrativo
Seção I – Comportamento geral
1) Você ouve rádio?
( ) sim – siga para pergunta 3
( ) não – siga para pergunta 2
2) Por que você não ouve rádio?
( ) não tem hábito
( ) não conhece as emissoras da cidade
( ) não gosta de nenhuma emissora da cidade
( ) não tem por onde ouvir
( ) outros: _________
Agradeça e encerre
3) Com que frequência você ouve rádio?
( ) diariamente
( ) algumas vezes por semana
( ) uma vez por semana
( ) esporadicamente
4) Em que horários você costuma ouvir rádio?
24h-1h
1h-2h
2h-3h
3h-4h
4h-5h
5h-6h
6h-7h
7h-8h
8h-9h
9h-10h
10h-11h
11h-12h
12h-13h
13h-14h
14h-15h
15h-16h
16h-17h
17h-18h
18h-19h
19h-20h
20h-21h
21h-22h
22h-23h
23h-24h
67
5) Quais rádios você ouve?
_______________
_______________
_______________
_______________
_______________
_______________
Seção II – Rádio UFSCar
6) Você conhece a Rádio UFSCar:
( ) sim - siga para pergunta 7
( ) não - Agradeça e encerre
7) Como conheceu a Rádio UFSCar?
( ) amigos
( ) internet
( ) publicidade visual
( ) sintonia aleatória
( ) outros
8) Enumere de 1 a 5, sendo 1 o mais importante, qual você considera a principal
função de uma rádio universitária:
( ) entreter de maneira leve e agradável
( ) informar ações de utilidade pública
( ) fazer divulgação científica
( ) fazer divulgação cultural
( ) outros ________________________
9) Você sabe a frequência e o slogan da Rádio UFSCar? Se sim, diga quais são:
( ) não
( ) sim: Frequência: _______________
Slogan: __________________
10) Com que frequência você ouve a Rádio UFSCar?
( ) diariamente
( ) algumas vezes por semana
( ) uma vez por semana
( ) esporadicamente
( ) nunca – Agradeça e encerre
11) Onde você escuta a Rádio UFSCar?
( ) em casa
( ) no trabalho
( ) em trânsito
12) Por que meio você ouve a Rádio UFSCar?
( ) FM - siga para pergunta 13
( ) Internet - siga para pergunta 14
Se responderem os dois, fazer as perguntas 13 e 14.
( ) outro: ___________
68
13) FM: Você já teve dificuldades técnicas para ouvir a Rádio UFSCar?
( ) nunca teve problemas
( ) sim, não consegue sintonizar a emissora – Bairro:_______________
( ) sim, o sinal é ruim
( ) sim, outros ____________
14) Internet: Você já teve dificuldades técnicas para ouvir a Rádio UFSCar?
( ) nunca teve problemas
( ) sim, seu computador não consegue abrir o player
( ) sim, seu computador abre o player, mas fica travando
( ) sim, outros ____________
15) Na sua opinião, a programação musical da Rádio UFSCar é:
( ) excelente
( ) ótima
( ) boa
( ) regular
( ) péssima
( ) não sabe opinar
16) A Rádio UFSCar foca sua programação em artistas independentes e menos
conhecidos. Essa é uma função de uma rádio universitária:
( ) concorda totalmente
( ) concorda parcialmente
( ) não concorda, nem discorda
( ) discorda parcialmente
( ) discorda totalmente
17) Durante a programação diurna, a sequência e a concentração de músicas que
tocam na Rádio UFSCar não são selecionadas por estilos, mas sim por outras
características, tais como intensidade, ritmo, momento histórico de produção, entre
outras. O que você acha disso?
( ) muito interessante
( ) interessante
( ) pouco interessante
( ) nada interessante
( ) prefere a programação separada por estilos musicais
18)Quais estilos musicais você acha que poderiam tocar mais na emissora?
( ) Erudito
( ) MPB
( ) Eletroacústica
( ) Pop Rock Brasil
( ) Experimental
( ) Pop Internacional
( ) House
( ) Rock'n'roll Clássico
( ) Tecno
( ) Blues
( ) Drum'n'bass
( ) Metal
( ) RAP
( ) Hardcore
( ) Reggae
( ) Rock Alternativo
( ) Jazz
( ) Sertanejo
( ) World Music
( ) Pagode
( ) Outro________________
( ) Samba
69
19) Você acompanha algum programa específico da Rádio UFSCar?
( ) não
( ) sim: qual?___________________________________
20) Você ouve o Notícias UFSCar? (programa jornalístico que vai ao ar de segunda a
sexta, ao meio dia).
( ) sim, diariamente
( ) sim, umas duas vezes por semana
( ) sim, frequentemente
( ) raramente
( ) nunca
21) Enumere de 1 a 6, sendo 1 o mais importante, qual você considera que deveria ser
a prioridade do jornalismo da Rádio UFSCar:
( ) divulgação científica
( ) notícias do município
( ) notícias de repercussão nacional
( ) documentários temáticos
( ) jornalismo cultural
( ) outros _______________
22) Na sua opinião, quais afirmações abaixo melhor caracterizam os locutores da
Rádio UFSCar?
( ) estabelecem forte interação com os ouvintes
( ) assumem o papel de atores de sua própria programação, não sendo meros repetidores de
textos
( ) não são profissionais, acha isso uma característica negativa
( ) não gosta do linguajar utilizado
( ) gosta de alguns deles, citar: _______________
( ) não sabe opinar
( ) outros _______________
23) Gostaria de dar sugestões de melhorias?
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Agradeça e encerre.
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