UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Curso de Especialização em Gestão Pública Pós-Graduação Lato Sensu LEVANTAMENTO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFSCAR, CAMPUS DE SÃO CARLOS, EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA RÁDIO UFSCAR Aluna: Tatiana Bianchini Pinheiro Orientador: Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes SÃO CARLOS 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Curso de Especialização em Gestão Pública Pós-Graduação Lato Sensu LEVANTAMENTO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFSCAR, CAMPUS DE SÃO CARLOS, EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA RÁDIO UFSCAR Aluna: Tatiana Bianchini Pinheiro Orientador: Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes Monografia de Especialização em Gestão Pública apresentada à Secretaria Geral de Recursos Humanos da Universidade Federal de São Carlos. SÃO CARLOS 2010 Adriano, Bruno e Pedro. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Glauco Henrique de Sousa Mendes, pela atenção e pela excelente orientação deste trabalho. Aos professores doutores Targino de Araújo Filho e Mauro Rocha Côrtes, pelo incentivo na escolha do tema e no desenvolvimento desta pesquisa. Ao Prof. Dr. Jorge Oishi, pelas sugestões na seleção da amostra. À minha família, pela paciência, e especialmente ao meu pai, pela ajuda relativa ao texto e à apresentação do trabalho. A todos da Rádio UFSCar, especialmente Ricardo Rodrigues e Daniel Roviriego (D2), pelo interesse e valiosa colaboração. Aos estagiários Eduardo Sotto, Nayara Benatti, Renan Mangetti e Sabrina Gomes e aos bolsistas Bárbara Fadil, Érica Moura, Paula Gaspar, Mayara Oliveira e Simone Braghin, que ajudaram na aplicação dos questionários. Ao estagiário Luiz Pedro Ambrósio, pela cooperação na compilação dos dados. Aos amigos da Coordenadoria de Comunicação Social, principalmente à Agnes Luiz e ao Rodrigo Botelho. Muito Obrigada! RESUMO Uma pesquisa de marketing visa coletar dados adequados e transformá-los em informações que possam ajudar na solução de problemas. Com base nesse contexto, foi fixado o objetivo deste trabalho, que consiste em, por meio de uma pesquisa de marketing, conhecer o grau de satisfação da comunidade da Universidade Federal de São Carlos em relação aos serviços prestados pela Rádio UFSCar. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva, de campo, sendo que os dados quantitativos foram levantados por meio de um questionário estruturado, aplicado a uma amostra não-probabilística, dividida entre professores, alunos e técnicos administrativos da Universidade. Entre as principais conclusões do trabalho encontram-se: a grande maioria da comunidade sabe que existe uma rádio da Universidade; os professores são os mais satisfeitos com essa Rádio; os alunos compõem o segmento em que ela tem menor penetração; a programação musical é bem aceita, porém a maior parte dos ouvintes não acompanha programas específicos veiculados pela emissora. Palavras-chave: marketing, pesquisa de marketing, Rádio UFSCar. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 9 1.1 Problema de pesquisa................................................................................. 10 1.2 Objetivos...................................................................................................... 11 1.3 Justificativa.................................................................................................. 11 1.4 Estrutura do trabalho................................................................................... 13 2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ 14 2.1 Marketing.................................................................................................... 14 2.2 Pesquisa de marketing................................................................................ 18 3. METODOLOGIA........................................................................................... 29 4. RÁDIO UFSCAR E RESULTADOS DA PESQUISA........................... 32 4.1 Rádio UFSCar..............................................................................................32 4.2 Resultados................................................................................................... 34 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 59 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 63 APÊNDICE........................................................................................................... 65 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Tipos de pesquisa de marketing ............................................................ 25 Figura 2: Tipos de erros em pesquisas de marketing ........................................... 26 Figura 3: Frequência com que ouvem rádio ......................................................... 34 Figura 4: Horários em que ouvem rádio .............................................................. 34 Figura 5: Emissoras mais ouvidas pelos professores .......................................... 37 Figura 6: Emissoras mais ouvidas pelos alunos ................................................... 37 Figura 7: Emissoras mais ouvidas pelos TAs ........................................................ 37 Figura 8: Percentual de professores que conhecem a Rádio UFSCar ................. 38 Figura 9: Percentual de alunos que conhecem a Rádio UFSCar ......................... 38 Figura 10: Percentual de TAs que conhecem a Rádio UFSCar .............................. 38 Figura 11: Como os entrevistados conheceram a Rádio UFSCar .......................... 39 Figura 12: Principal função de uma rádio universitária, segundo os professores .. 40 Figura 13: Principal função de uma rádio universitária, segundo os alunos .......... 40 Figura 14: Principal função de uma rádio universitária, segundo os TAs .............. 41 Figura 15: Percentual de entrevistados que não conhecem a frequência e o slogan ou que erraram ambas as respostas ....................................... 42 Figura 16: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram a frequência .............................................................................................. 43 Figura 17: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram o slogan .................................................................................................43 Figura 18: Frequência com que entrevistados ouvem a Rádio ............................... 44 Figura 19: Situação em que os entrevistados escutam a Rádio ............................. 44 Figura 20: Meios que os professores usam para ouvir a Rádio UFSCar ................ 45 Figura 21: Meios que os alunos usam para ouvir a Rádio UFSCar ........................ 45 Figura 22: Meios que os TAs usam para ouvir a Rádio UFSCar ............................ 46 Figura 23: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio por FM ........... 47 Figura 24: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio pela Internet ... 47 Figura 25: Opinião geral da comunidade da UFSCar quanto à programação musical da Rádio ...................................................................................48 Figura 26: Opiniões quanto à programação musical da Rádio UFSCar ................ 48 Figura 27: Opiniões com relação a focar a programação em artistas independentes e menos conhecidos ser função de uma rádio universitária .......................................................................................... 49 Figura 28: Opiniões quanto à forma de seleção das músicas que tocam durante a programação diurna ............................................................. 50 Figura 29: Estilos que os professores gostariam que tocasse mais ...................... 51 Figura 30: Estilos que os alunos gostariam que tocasse mais .............................. 51 Figura 31: Estilos que os técnico-administrativos gostariam que tocasse mais .... 51 Figura 32: Respostas dos professores quando questionados se acompanhavam algum programa específico ........................................ 52 Figura 33: Respostas dos alunos quando questionados se acompanhavam algum programa específico ................................................................. 52 Figura 34: Respostas dos TAs quando questionados se acompanhavam algum programa específico ................................................................. 53 Figura 35: Frequência com que ouvem o jornal “Notícias UFSCar”........................ 54 Figura 36: Prioridade do jornalismo segundo os professores ................................. 55 Figura 37: Prioridade do jornalismo segundo os alunos ......................................... 55 Figura 38: Prioridade do jornalismo segundo os TAs ............................................ 55 Figura 39: Afirmação que melhor caracteriza os locutores da Rádio UFSCar ........56 LISTA DE QUADROS QUADRO 1: Emissoras citadas e número de indicações por categoria ................ 36 QUADRO 2: Programas que os professores disseram acompanhar ..................... 53 QUADRO 3: Programas que os alunos disseram acompanhar ............................. 53 QUADRO 4: Programas que os TAs disseram acompanhar .................................. 53 QUADRO 5: Opiniões apresentadas quanto aos locutores da Rádio .................... 57 QUADRO 6: Sugestões apresentadas pelos entrevistados ................................... 58 9 1 INTRODUÇÃO O Marketing é função de uma organização que tem como responsabilidade aproximar a empresa de seu mercado, já que é impossível vender produtos que não atendam à necessidade de ninguém. Segundo Kotler (2003), o marketing identifica as necessidades e os desejos insatisfeitos do mercado, avalia a sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela oferta da organização, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca todos na organização para pensar no cliente. Para que possa cumprir todos estes processos, é preciso ter informações precisas para a tomada de decisões. Nesse contexto, uma das responsabilidades do marketing é conhecer as expectativas do mercado-alvo, o que é feito por meio de pesquisas de marketing. Pesquisa de marketing serve para conhecer e monitorar o mercado consumidor e concorrente, dimensionar demanda, fazer previsões de vendas, verificar a presença do público-alvo, avaliar resultados de ações de marketing, identificar e dimensionar problemas ou necessidades, observar tendências, avaliar a satisfação dos consumidores, testar produtos e estratégias antes do seu lançamento, analisar as práticas da concorrência, monitorar a dinâmica e o comportamento dos diferentes segmentos e nichos (AZEVEDO, 2004). A tarefa da pesquisa de marketing é avaliar as necessidades de novas informações e fornecer à gerência informações relevantes, confiáveis e atuais (MALHOTRA, 2001). 10 Segundo McDaniel e Roger (2008), a pesquisa de marketing desempenha dois importantes papéis no sistema de marketing. Primeiramente, faz parte do processo de feedback da inteligência de marketing, já que abastece os tomadores de decisões com dados sobre a eficiência do mix de marketing atual e fornece as percepções para as mudanças necessárias. Em segundo, a pesquisa de marketing é a principal ferramenta para explorar novas oportunidades no mercado. Este trabalho tem o objetivo de, por meio de uma pesquisa de marketing, avaliar o grau de satisfação da comunidade da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em relação aos serviços prestados pela Rádio da Universidade (Rádio UFSCar), uma emissora educativa que, desde o início de suas transmissões, em 2007, procura desenvolver um trabalho diferenciado, difundindo a produção musical de artistas independentes e promovendo uma programação diversificada, combatendo a homogeneidade de estilos que normalmente impera em emissoras comerciais. Para isso, foi realizado um estudo da área de marketing e, em especial da pesquisa de marketing, para o embasamento teórico do trabalho. 1.1 Problema de pesquisa Segundo Kotler (2000) a satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido em relação às expectativas do comprador. Uma das formas de se medir a satisfação é por meio de pesquisa. Com base no exposto, pode-se formular a seguinte questão de pesquisa para este trabalho: 11 Qual é a percepção de satisfação da Comunidade Universitária da UFSCar de São Carlos quanto aos serviços prestados pela Rádio UFSCar? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Conhecer o grau de satisfação da comunidade universitária de São Carlos em relação aos serviços prestados pela Rádio UFSCar. 1.2.2 Objetivos Específicos Investigar padrões de comportamento da comunidade universitária da UFSCar de São Carlos em relação ao hábito de ouvir rádio. Descobrir as expectativas da comunidade universitária da UFSCar em relação a uma rádio na Universidade, a fim de definir a principal função desse tipo de emissora. Verificar o grau de conhecimento da Rádio UFSCar, ou seja, se a comunidade universitária é familiarizada com a sua proposta de trabalho e programação. Promover sugestões de melhoria para o funcionamento da Rádio UFSCar. 1.3 Justificativa A Rádio UFSCar é uma emissora educativa, idealizada e mantida pela Universidade Federal de São Carlos, que entrou no ar oficialmente em agosto de 2007. A Rádio é um veículo importante na relação da Universidade com a sociedade. 12 De acordo com seu Projeto Editorial, a proposta da emissora é apresentar aos ouvintes um conteúdo diferenciado, proporcionando uma programação musical diversificada, promovendo a disseminação da produção musical independente e do trabalho produzido por artistas locais e regionais. Também faz parte da proposta criar mecanismos e estratégias de interação com um público heterogêneo, promovendo a identidade na diversidade. Até hoje, as estratégias traçadas e as tomadas de decisões foram baseadas no seu projeto editorial e em consonância com os princípios estabelecidos para a Universidade Federal de São Carlos em seu Plano de Desenvolvimento Institucional, mas sem nenhuma informação baseada em pesquisas de audiência ou resultante de medida do grau de satisfação da comunidade universitária. Agora que a Rádio já está constituída, em seu terceiro ano de funcionamento, uma pesquisa de satisfação é de grande valia para saber como o posicionamento da Rádio está sendo recebido pela Comunidade Universitária. De acordo com Mattar (2008), as pesquisas de marketing têm o objetivo de coletar dados pertinentes e transformá-los em informações que venham ajudar os gestores na solução de problemas específicos durante o processo de administração de marketing. Nesse contexto, a importância deste trabalho consiste em levantar informações para o planejamento estratégico da emissora, reduzindo as incertezas da Direção nas futuras tomadas de decisões, contribuindo para tornar a Rádio mais próxima de sua comunidade. 13 1.4 Estrutura do trabalho A monografia está dividida em seis capítulos. No primeiro são apresentados o problema de pesquisa, os objetivos do trabalho e as justificativas para sua realização. O capítulo 2 aborda a revisão bibliográfica, que fornece subsídios teóricos para a realização do trabalho. Para isso, foram pesquisados temas como o marketing, pesquisas de marketing e etapas de realização de uma pesquisa de marketing. O capitulo 3 apresenta a metodologia utilizada para a realização desta pesquisa, caracteriza a pesquisa quanto aos tipos de classificação e define o processo de coleta de dados. O capítulo 4 apresenta um breve histórico da Rádio UFSCar e apresenta os resultados da pesquisa, visando trazer respostas ao problema formulado e sugestões de melhorias para o serviço prestado pela Rádio UFSCar. Para finalizar, no capítulo 5 são feitas as considerações finais do trabalho, trazendo uma síntese dos resultados obtidos, uma discussão sobre o alcance dos objetivos propostos, as limitações da pesquisa e as sugestões de pesquisas futuras. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão considerados conceitos relativos a marketing e a pesquisa de marketing. 2.1 Marketing O maior objetivo do marketing é a identificação e a satisfação das necessidades dos clientes (MALHOTRA, 2001). Segundo Drucker, citado por Kotler (2000), sempre haverá necessidade de vender produtos, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua, é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. Kotler (2000) distingue as definições de marketing entre social e gerencial, sendo que a definição social mostra o papel desempenhado pelo marketing na sociedade, e a definição gerencial descreve o marketing como um processo de desenvolver um produto de valor superior para o cliente, cuja troca acabe satisfazendo também as metas organizacionais: “Marketing é um processo social por meio do qual as pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros” (KOTLER, 2000, p. 30). “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais” (KOTLER, 2000, p. 30). Samara e Barros (2002) descrevem o marketing como conjunto de atividades humanas destinadas a atender aos desejos e necessidades dos consumidores, utilizando ferramentas como a propaganda, a promoção de vendas, a pesquisa de marketing, a concepção de produtos, a distribuição e a logística. 15 Esses autores também fazem uma analogia ao darwinismo, que afirma que os seres vivos adaptam-se ao meio ambiente como resultado da seleção natural, em que sobrevivem os mais aptos. No marketing, as empresas procuram manter sua “sobrevivência” adaptando-se ao mercado em que atuam e que a competitividade entre elas e as preferências dos consumidores funcionam como “seleção natural” na qual permanecem os mais aptos, ou seja, os que acompanham a complexa dinâmica do mercado. Loureiro (2008) apresenta definições de vertentes americanas e européias sobre a definição de marketing: “Marketing é uma função organizacional e uma série de processos para criar, comunicar e entregar valor aos clientes e administrar o relacionamento com o cliente de maneira que beneficie a organização e seus stakeholders” (Loureiro retirou do site da American Marketing Association - AMA, acessado em novembro de 2005)”. “Marketing é estabelecer, desenvolver e comercializar relações de longo prazo com os clientes, à medida que os objetivos das partes envolvidas sejam atendidos. Isto é feito por uma troca mútua e a manutenção de promessas” (Loureiro traduziu de Grönroos, 2001, p.58). O escopo do marketing, segundo Kotler (2000), é criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes, englobando o marketing de bens, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. Para administrar o marketing com eficiência, Samara e Barros (2002) descrevem as etapas cíclicas do processo de planejamento em marketing: - controles: monitorar performances, aperfeiçoar estratégias; - análise situacional: entender o ambiente e o mercado, identificar problemas e oportunidades, avaliar a posição competitiva; - elaboração de estratégias: definir plano de ação e segmentos de mercado, estabelecer vantagens competitivas, indicar objetivos; 16 - desenvolvimento de programas de marketing: decisões de produto e canal, ações de comunicação, políticas de preço, decisões de vendas. De acordo com Kotler (2000), no esforço consciente para alcançar resultados de troca desejados com mercados-alvo, a empresa deve seguir quatro orientações: pode ser orientada para produção, para produto, para vendas e para marketing. A orientação de produção, segundo o autor, é um dos conceitos mais antigos nas relações comerciais. Essa orientação sustenta que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Os gerentes das empresas que seguem esse tipo de orientação concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixos custos e distribuição em massa. A orientação de produto sustenta que os consumidores dão preferência a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou tenham características inovadoras. Gerentes de empresas com esse tipo de orientação precisam se preocupar em fabricar produtos de qualidade e em aperfeiçoá-los com o tempo (KOTLER, 2000). A orientação de vendas parte do princípio de que os consumidores, por vontade própria, não compram os produtos da organização em quantidade suficiente, e, portanto, a empresa deve praticar um esforço agressivo de vendas e promoção para persuadir os clientes a adquirir seus produtos. O objetivo desse tipo de empresa, segundo Kotler (2000), é vender aquilo que fabrica, em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. 17 A orientação de marketing sustenta que a chave para alcançar as metas organizacionais está no fato da empresa ser mais efetiva que a concorrência na criação, entrega e comunicação de valor, para o cliente de seus mercados-alvo selecionados. Essa orientação adota uma perspectiva de fora para dentro: começa com um mercado bem definido, focaliza as necessidades dos clientes, coordena todas as atividades que o afetarão e, a partir da satisfação desses clientes, obtém-se lucro. Esse tipo de orientação baseia-se em quatro pilares: mercado-alvo, necessidades dos clientes, marketing integrado e lucratividade (KOTLER, 2000). Independentemente da orientação de marketing adotada pela empresa, para se obter um retrato do que ela é e do mercado onde atua, é necessário analisar seu mix de marketing (ou composto de marketing), que é o conjunto de elementos que compõe as atividades de Marketing. O mix de marketing, segundo Kotler (2000), é composto de quatro variáveis, que são conhecidas como os 4Ps do composto de marketing. Os termos, que em inglês são product, price, place e promotion, foram traduzidos como produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção (ou comunicação). Dentro de cada grupo “P” estão embutidos diversos elementos que precisam ser analisados. Em “produto” deve-se pensar na variedade de produtos da empresa, na qualidade deles, no design, nas características, nome da marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e políticas de devoluções. Em “preço” devem-se prever os preços finais, os descontos, prazos de pagamentos e condições de financiamentos. Em “praça” precisa-se estabelecer o número de canais de distribuição, a localização dos pontos de venda, o estoque e transporte dos materiais. Em “promoção” deve-se conceber a parte de publicidade, promoção de vendas, força de vendas, relações públicas, assessoria de imprensa e marketing direto (KOTLER, 2000). 18 Para determinar as necessidades dos clientes e implementar estratégias e programas de marketing, os gestores necessitam de informações a respeito de clientes, concorrentes e outras forças que atuam no mercado, já que um produto ou oferta só alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação ao comprador/alvo. Nesse contexto, surgem as metodologias para a realização de pesquisas de marketing. 2.2 Pesquisa de Marketing Neste item serão considerados: breve histórico da pesquisa de marketing, processo de pesquisa de marketing, classificação de pesquisa de marketing e fontes potenciais de erros em pesquisas de marketing. 2.2.1 Breve histórico da pesquisa de marketing Para Mattar (2008) a pesquisa de marketing evoluiu e ganhou importância à medida que o conceito de marketing também evoluiu, principalmente com a adoção pelas empresas da orientação filosófica para o consumidor. Nos Estados Unidos, durante o período de 1900 a 1930, o interesse da administração das empresas estava voltado principalmente para as atividades de produção, buscando como produzir mais e mais barato. Na década de 1930, houve um interesse maior pela distribuição, pois os administradores tinham necessidade de aprimorar os canais de distribuição para escoar os produtos produzidos em massa. A partir de 1940, as empresas começam a dar atenção aos desejos do consumidor, crescendo então o interesse pela pesquisa de marketing (MATTAR, 2008). 19 Segundo Cobra (1992) a era do marketing, na qual a ênfase passa a ser identificar as necessidades dos consumidores, tem início nos anos de 1970, quando o mercado deixa de absorver quantidades adicionais de produtos gerados pela economia de escala de produção e quando o esforço de vendas por si só não é capaz de colocar esses produtos no mercado. Quanto ao Brasil, segundo Mattar (2008), o desenvolvimento dos negócios em pesquisa de marketing passou a ocorrer por solicitação de filiais das empresas de origem norte-americana instaladas no país, sendo que o primeiro registro de pesquisa realizada no Brasil data de 1934 e se referia ao estudo sobre hábitos e preferência de consumidores de café. 2.2.2 Processo de pesquisa de marketing Pode-se definir pesquisa de marketing como: “A identificação, coleta, análise e disseminação de informações de forma sistemática e objetiva e seu uso para assessorar a gerência na tomada de decisões relacionadas à identificação e solução de problemas (e oportunidades) de marketing” (MALHOTRA, 2001, p. 45). “É a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao marketing através da informação – informação usada para identificar e definir as oportunidades e problemas de marketing, gerar, refinar e avaliar a ação de marketing; monitorar o desempenho de marketing, e aperfeiçoar entendimento de marketing como um processo. Pesquisa de marketing especifica a informação necessária destinada a esses fins; projeta o método para coletar informações; gerencia e implementa o processo de coleta de dados; analisa os resultados e comunica os achados e suas implicações” (MATTAR, 2008, p. 4). “Projetos formais que visam à obtenção de dados de forma empírica, sistemática e objetiva para a solução de problemas ou oportunidades específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços” (SARAMA e BARROS, 2002, p. 6). “O planejamento, a coleta e a análise de dados relevantes para a tomada de decisões de marketing e para a comunicação dos resultados dessa análise à administração” (MCDANIEL E ROGER, 2004, p. 9). 20 De acordo com Boyd Jr. e Westfall, citados por Faraco (2005), a pesquisa de mercado é a coleta, o registro e a análise de todos os fatos referentes aos problemas relacionados à transferência e venda de mercadorias e serviços, do produtor ao consumidor. Segundo Faraco, os autores dividem a pesquisa de marketing em duas categorias: a) pesquisa para descobrir novas oportunidades que possam ser exploradas com sucesso; e b) pesquisa para descobrir meios mais eficientes de explorar oportunidades conhecidas. O processo de pesquisa de marketing, segundo Malhotra (2001), é composto por um conjunto de seis etapas, que definem as tarefas a serem executadas na realização de um estudo de pesquisa de marketing. São elas: definição do problema, elaboração de uma abordagem de pesquisa, concepção da pesquisa, trabalho de campo ou coleta de dados, preparação e análise dos dados e elaboração e apresentação do relatório. A fase de definição do problema consiste na etapa mais importante do projeto de pesquisa, na qual se define o problema que se pretende resolver. Para a definição do problema de pesquisa, tarefas como discussões com os responsáveis pelas decisões, análise de dados secundários e pesquisa qualitativa são importantes para entender os problemas e as oportunidades de marketing que necessitam de informações para tomada de decisões (MALHOTRA, 2001). A análise dos dados secundários disponíveis é etapa essencial no processo de definição do problema. Segundo Malhotra (2001), não se deve coletar dados primários, ou seja, novos dados, coletados com o propósito de atender às 21 necessidades específicas da pesquisa em andamento, sem que antes seja feita uma análise completa dos dados secundários, que são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados, que estão catalogados à deposição dos interessados e foram coletados por uma finalidade diversa do problema em pauta. As fontes básicas dos dados secundários são: a própria empresa, publicações, governos, instituições não governamentais e serviços padronizados de informações de marketing. (MATTAR, 2008). Para Malhotra (2001), a análise dos dados secundários pode ajudar a identificar e definir melhor o problema, desenvolver uma abordagem do problema e formular uma concepção adequada de pesquisa. De acordo com Mattar (2008), as vantagens da utilização de dados secundários são a economia de tempo, dinheiro e esforços, pois o tempo dedicado à análise desses dados pode contribuir para estabelecer melhor o problema de pesquisa, sugerir métodos testados e aprovados de coleta de dados, indicar a coleta de outros tipos de dados e servir como fonte comparativa e complementar para os dados primários a serem coletados. A elaboração de uma abordagem de pesquisa representa a etapa na qual não se pode perder de vista os resultados que se pretenda alcançar. Essa etapa deverá conter os seguintes componentes: estrutura objetiva e teórica da pesquisa, modelos analíticos, questões da pesquisa, hipóteses e a identificação de características e fatores capazes de influenciar a concepção da pesquisa. A estrutura objetiva da pesquisa deverá estar apoiada em uma teoria apropriada, para o pesquisador se basear para determinar quais variáveis devem ser investigadas, como conceber a pesquisa (de forma causal ou descritiva), a maneira de selecionar a amostra e para servir de base para o pesquisador organizar e interpretar as constatações. 22 Os modelos analíticos são conjuntos de variáveis e seus interrelacionamentos que servem para representar sistemas ou processos reais. A construção de modelos ajuda o pesquisador a identificar perguntas e hipóteses relevantes da pesquisa. As questões de pesquisa são enunciados aprimorados dos componentes específicos do problema; cada componente do problema pode ser dividido em questões de pesquisa. Hipóteses são afirmações não comprovadas a respeito de um fenômeno de interesse do pesquisador. Enquanto as questões de pesquisa são interrogativas, as hipóteses são declarativas e podem ser testadas empiricamente, sendo que uma questão de pesquisa pode ter mais de uma hipótese a ela associada. O processo de identificação de características relevantes conduz à especificação das informações necessárias, tais como: características, fatores, atributos do produto ou variáveis adicionais que devem ser identificados para que se possa elaborar um questionário, um aspecto importante na etapa de concepção da pesquisa (MALHOTRA, 2001). Na etapa de concepção da pesquisa são especificados os detalhes da abordagem da pesquisa, envolvendo: especificação das informações a serem obtidas, classificação do tipo de pesquisa (exploratória os conclusiva); especificação dos procedimentos de medição e escalonamento, criação dos questionários, especificação do processo de amostragem e tamanho da amostra e desenvolvimento de um plano de análise de dados. Essa terceira etapa é definida por Malhotra (2001) como sendo a estrutura para a realização do projeto de pesquisa de marketing. Ela especifica os detalhes dos procedimentos necessários à obtenção das informações indispensáveis para estruturar e/ou resolver problemas de pesquisa de marketing. 23 Durante a etapa de trabalho de campo ou coleta de dados, os pesquisadores entram em contato com os entrevistados, apresentam os questionários, registram os dados e entregam os formulários preenchidos para processamento. O processo do trabalho de campo envolve seleção, treinamento e a supervisão dos pesquisadores, a validação do trabalho de campo e a avaliação dos pesquisadores (MALHOTRA, 2001). A preparação e análise dos dados é a etapa que começa com a verificação da integridade dos questionários e segue incluindo a edição, codificação, transcrição e verificação dos dados. A edição consiste na checagem dos questionários, à procura de respostas ilegíveis, incompletas ou insatisfatórias. Na codificação, códigos numéricos ou letras são atribuídos para representar cada pergunta no questionário. A transcrição é a transferência dos dados codificados dos questionários para o computador, e a verificação dos dados é para garantir que os dados dos questionários originais foram transcritos com precisão (MALHOTRA, 2001). A etapa de elaboração e apresentação do relatório é a documentação de todo o projeto de pesquisa de marketing, um relatório escrito que aborde todas as etapas descritas anteriormente e compreende a comunicação das principais descobertas da pesquisa, apresentando os resultados e constatações obtidas, de maneira que essas informações possam prontamente ser utilizadas no processo de tomada de decisões. Outros autores apresentam as etapas do processo de pesquisa de marketing de forma diferente. Samara e Barros (2002) citam 15 atividades como passos do projeto de pesquisa. São elas: definição do problema, determinação dos objetivos, tipos de pesquisa, métodos de pesquisa, métodos de coleta de dados, formulário para coleta de dados, amostragem, técnicas amostrais, cálculo amostral, 24 pré-teste dos formulários para coleta de dados, trabalho de campo, tabulação e análise de dados, análise geral e recomendações ao cliente. Já Mattar (2008) é mais conciso e descreve o processo de pesquisa de marketing em apenas quatro diferentes etapas: formulação do problema de pesquisa, planejamento da pesquisa, execução da pesquisa e comunicação dos resultados. Entretanto, a diferença entre o número de etapas que os autores apresentam são apenas formas distintas de detalhar as tarefas para estruturar uma pesquisa de marketing, pois as atividades apontadas como necessárias para a execução da pesquisa são semelhantes. 2.2.3 Classificação de pesquisa de marketing Para Malhotra (2001), as pesquisas podem ser classificadas da maneira indicada na Figura 1. A pesquisa exploratória visa proporcionar ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema em estudo. Esse tipo de pesquisa procura explorar uma situação para prover a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador (VIEIRA, 2002). Malhotra (2001) define a pesquisa conclusiva como sendo concebida para auxiliar o responsável pelas decisões a determinar, avaliar e selecionar o melhor curso de ação a ser tomado em determinada situação. 25 Pesquisa de Marketing Pesquisa Exploratória Pesquisa Conclusiva Pesquisa Descritiva Pesquisa Transversal Pesquisa Transversal Única Pesquisa Causal Pesquisa Longitudinal Pesquisa Transversal Múltipla Figura 1 – Tipos de pesquisa de marketing (MALHOTRA, 2001, p. 105). A pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la. A esse tipo de pesquisa expõe as características de determinada população ou determinado fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação (VIEIRA, 2002). Segundo Malhotra (2001), a pesquisa descritiva tem como principal objetivo a descrição de algo – normalmente características ou funções de mercado, e pode ser realizado de forma transversal ou longitudinal. O estudo transversal envolve a coleta de informações de qualquer amostra da população uma única vez, enquanto o estudo longitudinal envolve uma amostra fixa de elementos da 26 população, a qual é medida repetidamente ao longo do tempo. O autor ainda divide a pesquisa transversal em única ou múltipla. Pesquisa transversal única consiste em estudo no qual é extraída da população alvo uma amostra de entrevistados e as informações são obtidas somente uma vez. Pesquisa transversal múltipla refere-se a estudo no qual há duas ou mais amostras de entrevistados, e as informações de cada uma delas também são obtidas somente uma vez. 2.2.4 Fontes potenciais de erros em pesquisas de marketing Qualquer que seja o tipo de pesquisa de marketing escolhido, o pesquisador deve sempre tentar minimizar as fontes potenciais de erros. Os erros que podem ocorrer em pesquisas de marketing estão representados na figura 2. Erro Total Erro Amostral Erro Não Amostral Erro de Resposta Erro do Pesquisador Erros de informações trocadas, de medição, na definição da população, na composição da amostragem, na análise dos Erro de Falta de Resposta Erro do Entrevistador Erro do Entrevistado Erros em seleção dos respondentes, em perguntas, no registro, proposital Erros de incapacidade e de má vontade Figura 2 – Tipos de erros em pesquisas de marketing (MALHOTRA, 2001, p. 115). 27 Podem ser classificados entre erros amostrais (ou erros de amostragem aleatória) e não amostrais. O erro total de uma pesquisa será, de acordo com Mattar (2008), a soma desses dois tipos de erros. Os erros amostrais, de acordo com Malhotra (2001), ocorrem porque a amostra selecionada é uma representação imperfeita da população de interesse, seja pelo número de elementos da amostra ou pelo processo de seleção desses elementos. Quanto maior o tamanho da amostra, menores serão os erros amostrais. Esses erros estarão sob o controle do pesquisador quando a amostragem for probabilística. Os erros não amostrais são os cometidos durante o processo de pesquisa de marketing que não sejam oriundos do tamanho e do processo de seleção da amostra. Para Mattar (2008), as principais fontes de erros não amostrais são: definição errada do problema de pesquisa, definição errada da população de pesquisa, definição parcial da população de pesquisa, não resposta, instrumento de coleta de dados, escalas, entrevistadores, entrevistados, inferências causais impróprias, processamento, análises e interpretação. Esses erros não são mensuráveis e que, ao contrário dos erros amostrais, tendem a crescer à medida que cresce o tamanho da amostra. O pesquisador não consegue exercer nenhum controle sobre eles, cabendo-lhe apenas tomar cuidado, durante as várias etapas e fases do processo de pesquisa, para minimizar sua ocorrência (MATTAR, 2008). Segundo Malhotra (2001), os erros não amostrais podem ser divididos em erro de falta de resposta e erro de resposta. 28 O erro de falta de resposta surge quando algumas pessoas incluídas na amostra não respondem à pesquisa. Isso pode ocorrer por recusa do entrevistado ou pelo fato dele não ser encontrado. A falta de resposta faz com que a amostra resultante seja diferente, em tamanho e composição, da amostra original. Já o erro de resposta, ocorre quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou quando suas respostas são registradas ou analisadas de forma equivocada. Como demonstrado na figura acima, esse tipo de erro pode ser cometido pelos pesquisadores, entrevistadores ou entrevistados. (MALHOTRA, 2001). 29 3 METODOLOGIA Realizou-se um estudo de caráter descritivo, quantitativo, de campo, que, por meio de um levantamento de dados em uma pesquisa de opinião, investigou padrões de comportamento da comunidade universitária quanto ao hábito de ouvir rádio e o grau de satisfação da comunidade universitária de São Carlos em relação aos serviços prestados pela Rádio UFSCar. A pesquisa foi descritiva, acompanhada de um estudo transversal múltiplo: transversal, pois as informações foram coletadas apenas uma vez, de uma dada amostra de elementos da população; e múltiplo, pois os dados foram colhidos ao longo de vários dias e, portanto, mais de uma amostra foi analisada. A natureza dos dados é quantitativa, e utilizou-se como procedimento de coleta o emprego de questionários estruturados. O trabalho de campo foi realizado no campus da UFSCar, em São Carlos, no mês de maio de 2010. Foi utilizada uma técnica de amostragem não-probabilística, uma amostragem por cotas: dividiu-se a população entre alunos, professores e técnicoadministrativos (TAs), para conhecer e comparar as especificidades das opiniões de cada grupo. Foi considerada a proporcionalidade de professores e alunos nos três centros acadêmicos do campus de São Carlos: Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e de Tecnologia e Educação e Ciências Humanas. No caso dos TAs, além dos três centros acadêmicos, considerou-se como quarta subdivisão os funcionários que atuam diretamente na administração da Universidade. E partir dessa divisão, as amostras foram selecionadas por conveniência, sendo que foram aplicados questionários até a obtenção de 50 conjuntos de respostas, por categoria de pessoas que afirmavam ouvir rádio. 30 O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado, que foi aplicado pessoalmente ou por telefone. O questionário era composto de 23 perguntas, sendo que 21 eram questões fechadas e duas abertas. Entre as fechadas, havia questões dicotômicas, de múltipla escolha e escalonadas. O questionário foi dividido em duas seções: Comportamento geral e Rádio UFSCar e abordou diversas variáveis, tais como: a frequência com que os entrevistados ouvem rádio, horários em que costumam ouvir, quais rádios ouvem, se conheciam a Rádio UFSCar, como conheceram a emissora, qual consideravam a principal função de uma rádio universitária, se sabiam a frequência e o slogan da Rádio, de onde e por que meio ouviam a emissora, se já enfrentaram problemas técnicos para ouvir a Rádio, a opinião sobre a programação musical, estilos que gostariam que tocasse mais, se acompanhavam programas específicos, qual deveria ser a prioridade do jornalismo e o que achavam a respeito dos locutores. A análise dos resultados que se apresenta a seguir tem início na questão 3 do questionário aplicado, pois as duas primeiras eram questões de filtro, para descartar as pessoas que não ouviam rádio, pois não interessavam à pesquisa. 31 4 RÁDIO UFSCAR E RESULTADOS DA PESQUISA Neste capítulo apresenta-se a Rádio UFSCar e os resultados da pesquisa relativa a este trabalho. 4.1 Rádio UFSCar A Rádio UFSCar é uma emissora educativa que, como projeto da Universidade Federal de São Carlos, atua em consonância com os princípios estabelecidos para a Universidade em seu Plano de Desenvolvimento Institucional. A partir desses princípios, a Rádio é concebida como um importante veículo de extensão e comunicação para a UFSCar. A emissora iniciou suas transmissões em fase experimental em maio de 2007, e oficialmente entrou no ar em agosto do mesmo ano. Sua concessão é outorgada à fundação de apoio da Universidade, a Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UFSCar (FAI-UFSCar). De acordo com seu projeto editorial, a identidade da Rádio UFSCar é definida na diversidade. Assim, a programação da emissora privilegia a difusão da produção musical de artistas e selos independentes, que não encontram espaço nas emissoras comerciais. Em relação à produção brasileira, destaca a produção regional, evitando, criticando e combatendo assim a homogeneidade existente em muitas das emissoras que optam pela veiculação dos produtos musicais nacionais. Outro diferencial da Rádio UFSCar é o fato da emissora ser a primeira rádio brasileira a operar de modo automatizado inteiramente com a utilização de software livre. 32 No Projeto Editorial da emissora, encontram-se seus objetivos gerais e específicos: “A Rádio UFSCar tem como objetivo geral cumprir seu papel de meio de comunicação público, defensor dos princípios da universidade pública, gratuita e de qualidade, e atuante no movimento de democratização da Comunicação no Brasil e no mundo. (PEZZO et al., 2006.p. 4). Alguns dos seus objetivos específicos são: - criar mecanismos e estratégias de interação com um público heterogêneo, promovendo a identidade na diversidade; - promover a diversidade cultural, social, política e a cidadania; - disseminar a Cultura, os conhecimentos produzidos pela Humanidade e o conhecimento produzido e armazenado na Universidade; - divulgar a Universidade Federal de São Carlos; - prestar serviços de interesse da sociedade em geral; - capacitar recursos humanos na área de Comunicação Social; - contribuir com a formação dos cidadãos para o desempenho de um papel ativo e crítico em relação aos meios de comunicação; Com 24 horas de programação, atualmente a emissora conta com uma equipe de sete funcionários contratados pela FAI-UFSCar, um servidor técnicoadministrativo do quadro da Universidade, 13 estagiários que atuam com cargas horárias de 20h ou 30h semanais, seis bolsistas-extensão, carga horária de 12h semanais e dois bolsistas-atividade, carga horária de 8h semanais. 33 A estrutura funcional de seus colaboradores é formada pelo Diretor Geral, por uma Produtora Executiva, um supervisor de Programação, um Supervisor Técnico, um Jornalista e três programadores musicais. No site da Rádio UFSCar, pode-se ouvir a programação da emissora e ter acesso a produtos elaborados especialmente para um espaço de convergência midiática, como programas disponíveis para audição a qualquer momento, vídeos, blogs, entre outros. A programação da Rádio é constituída de programas produzidos pela equipe da emissora e por “programas especiais”, que é como são chamados os programas propostos e produzidos por cidadãos comuns, que enviam propostas de programas à Rádio UFSCar, que, de acordo com o mérito e com a disponibilidade na grade de programação, são veiculados na emissora. Com esses programas especiais, a Rádio visa à pluralidade de vozes e a democratização do acesso aos meios de comunicação. Os princípios, crenças e diretrizes da Rádio são sintetizadas pelo seu slogan: Escute Diferente! 4.2 Resultados Conforme descrito no capítulo anterior, para a análise dos dados obtidos, foram considerados 50 questionários de pessoas que afirmavam ouvir rádio em cada categoria (professores, alunos e técnico-administrativos). 34 4.2.1 Comportamento geral Pode-se verificar na figura 3 que é significativo o número de pessoas que têm o hábito de ouvir rádio diariamente, sendo os técnico-administrativos (TAs) os que escutam com maior frequência, e os alunos os que menos ouvem rádio. 72% TAs 18% 38% Alunos 26% 14% 66% Profs 0% 20% diariamente 22% 14% 40% 60% algumas vezes por semana 2% 8% 10% 10% 80% uma vez por semana 100% esporadicamente Figura 3: Frequência com que ouvem rádio. N figura 4, com relação ao horário em que ouvem rádio, nota-se que o comportamento de TAs e professores é mais parecido do que o dos alunos. Profs Alunos TAs 30 25 20 15 10 5 Figura 4: Horários em que ouvem rádio. 4h-5h 3h-4h 2h-3h 1h-2h 24h-1h 23h-24h 22h-23h 21h-22h 20h-21h 19h-20h 18h-19h 17h-18h 16h-17h 15h-16h 14h-15h 13h-14h 12h-13h 11h-12h 10h11h 9h-10h 8h-9h 7h-8h 6h-7h 5h-6h 0 35 Pode-se perceber que das 7h às 8h da manhã, nos três grupos, há um pico de pessoas ouvindo rádio. Do meio dia à uma hora da tarde, percebe-se outro pico, menos acentuado, de TAs e professores ouvindo rádio, sendo que o comportamento dos alunos é totalmente diferente, representado por uma curva em declínio, demonstrando que pouquíssimos alunos ouvem rádio nesse horário. Observa-se também que há grande audiência dos professores das 18h às 19h e que o horário em que os alunos mais ouvem rádio é das 18h às 22h. Na questão de resposta aberta em que se abordava quais rádios os entrevistados escutavam, 38 emissoras foram citadas, como pode ser verificado no quadro 1, no qual se encontra também o número de indicações obtidas em cada um dos segmentos. Nesse quadro, nota-se que a Rádio Universitária recebeu o maior número total de votos, sendo a emissora mais apontada por professores e TAs. A Rádio UFSCar foi a segunda emissora mais citada em número de votos, sendo também a mais mencionada pelos alunos. Ela foi apontada espontaneamente por 58% dos professores, 30% dos alunos e 22% dos técnicoadministrativos. As cinco emissoras mais ouvidas pelos professores, alunos e TAs podem ser visualizadas respectivamente nas figuras 5, 6 e 7. 36 QUADRO 1: Emissoras citadas e número de indicações por categoria. Opções 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Universitária UFSCar Intersom Jovem Pan Clube Comunicativa Bandeirantes Uniara Cultura (Araraquara) Diário Globo Morada do Sol Nova Brasil Antena 1 DBC Kiss CBN Nativa Uol (internet) Terra (internet) 105,1 FM Oi Clube AM Eldorado 89 FM 94,3 FM Campo Grande CAASO (rádio pirata) Claretiana Dumont FM 104,3 Executiva FM Goiania Flash in MIX Nacional (Brasília) Piracema Quiz FM Rádio Rock Rádio USP SP Realidade Profs Alunos TAs Total 30 29 14 9 2 4 2 7 2 2 1 1 0 1 1 1 2 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 9 15 8 10 9 0 4 0 0 1 2 2 3 0 0 2 1 2 2 2 2 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 21 11 17 6 10 9 2 1 2 1 1 1 1 2 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 60 55 39 25 21 13 8 8 4 4 4 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 37 Professores Uniara 8% Jovem Pan 10% Universitária 33% Intersom 16% UFSCar 33% Figura 5: Emissoras mais ouvidas pelos professores. Alunos Intersom 16% UFSCar 28% Clube 18% Jovem Pan 20% Universitária 18% Figura 6: Emissoras mais ouvidas pelos alunos. TAs Comunicativa 13% Clube 15% UFSCar 16% Universitária 31% Intersom 25% Figura 7: Emissoras mais ouvidas pelos TAs. 38 4.2.2 Rádio UFSCar Quando questionados se conheciam a Rádio UFSCar, a resposta positiva foi altíssima. Como pode ser observado nas figuras 8, 9 e 10, 98% dos professores, 82% dos alunos e 96% dos técnico-administrativos responderam que conheciam a emissora. Alunos Professores não 2% não 18% sim 82% sim 98% Figura 9: Percentual de alunos que conhecem a Rádio UFSCar. Figura 8: Percentual de professores que conhecem a Rádio UFSCar. TAs não 4% sim 96% Figura 10: Percentual de TAs que conhecem a Rádio UFSCar. 39 A figura 11 mostra que é variada a forma como os entrevistados conheceram a Rádio UFSCar. No caso dos professores, destacou-se a resposta “outros”, e tanto a maioria destes quanto a maioria dos TAs que davam essa resposta completavam dizendo que conheceram a Rádio institucionalmente. Grande parte dos alunos que deram a resposta “outros” completaram dizendo que conheceram a Rádio pelo material distribuído a eles quando eram bixos (fôlderes e brindes da Rádio distribuídos junto com o “Kit Calouro”). 16% TAs 27% Alunos Profs 18% 4% 13% 6% 0% amigos 20% internet 28% 12% 16% 12% 24% 22% 40% 22% 24% 56% 60% publicidade visual 80% 100% sintonia aleatória outros Figura 11: Como os entrevistados conheceram a Rádio UFSCar. Para levantar o que os entrevistados consideravam ser as principais funções de uma rádio universitária, foi pedido que enumerassem as afirmações apresentadas em ordem de importância, com atribuição de nota de um a cinco. As respostas consideradas mais importantes receberam as maiores notas. As figuras 12, 13 e 14 apresentam a somatória do número de citações multiplicado pela nota atribuída. A figura 12 mostra que, para os professores, as principais funções são respectivamente: “fazer divulgação cultural”, “fazer divulgação científica”, “informar ações de utilidade pública” e “entreter de maneira leve e agradável”. 40 Como demonstrado pela figura 13, os alunos consideram as prioridades desse tipo de emissora, praticamente empatadas, “informar ações de utilidade pública” e “fazer divulgação cultural”. Citaram, em seguida, “entreter de maneira leve e agradável” e, em último lugar, “fazer divulgação científica”. 250 200 150 100 50 0 entreter de maneira leve e agradável informar ações de utilidade pública fazer divulgação científica fazer divulgação cultural Figura 12: Principal função de uma rádio universitária, segundo os professores. 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 entreter de maneira leve e agradável informar ações de utilidade pública fazer divulgação científica fazer divulgação cultural Figura 13: Principal função de uma rádio universitária, segundo os alunos. 41 190 185 180 175 170 165 160 entreter de maneira leve e agradável informar ações de utilidade pública fazer divulgação científica fazer divulgação cultural Figura 14: Principal função de uma rádio universitária, segundo os TAs. A figura 14 apresenta as opiniões dos TAs, sendo que, para eles, “entreter de maneira leve e agradável” é a principal função de uma rádio universitária, “fazer divulgação científica” e “fazer divulgação cultural” aparecem em segundo lugar, com a mesma importância, e “informar ações de utilidade pública” é considerada a alternativa menos importante. A resposta “outros”, na grande maioria das vezes, não chegou a ser preenchida; apenas um aluno falou que uma das principais funções deveria ser divulgar eventos e notícias locais, além de anunciar na Rádio o cardápio do “Bandejão”, e alguns professores citaram outras funções de uma rádio universitária. São elas: - educar; - fazer programa de entrevistas com e para jovens; - informar com profundidade e debater temas de interesse público; - debater temas da atualidade; - discutir as notícias, acontecimentos políticos, promover debates; 42 - fazer divulgação de música popular e instrumental; - tocar músicas que não estão presentes nas rádios comerciais. Foi perguntado aos entrevistados se conheciam a frequência e o slogan da Rádio UFSCar. A figura 15 representa o percentual dos que responderam não conhecer esses itens ou que erraram ambas as respostas. Nota-se que os alunos são os que menos conhecem essas informações (66%), e que o percentual de professores e TAs que não conhecem são parecidos: 41% e 44% respectivamente. 70% 66% 60% 50% 40% 44% 41% 30% 20% 10% 0% Profs Alunos TAs Figura 15: Percentual de entrevistados que não conhecem a frequência e o slogan ou que erraram ambas as respostas. A figura 16 mostra o percentual dos que acertaram ou quase acertaram a frequência da Rádio UFSCar. “Quase acertaram” quer dizer que os entrevistados chegaram muito próximo da frequência correta, na maioria das vezes apenas invertendo os números, colocando “93,5” em vez do correto “95,3”. Os TAs foram os que tiveram mais êxito nas respostas (54%), seguidos pelos professores (51%) e alunos, que atingiram apenas 29% neste quesito. 43 60% 50% 54% 51% 40% 30% 29% 20% 10% 0% Profs Alunos TAs Figura 16: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram a frequência. A figura 17 mostra os acertos ou quase acertos do slogan da emissora; “quase acertos” são das pessoas que responderam “ouça diferente!”, em vez de “escute diferente!”. 45% 40% 35% 39% 35% 30% 25% 20% 15% 15% 10% 5% 0% Profs Alunos TAs Figura 17: Percentual de entrevistados que acertaram ou quase acertaram o slogan. Comparando as figuras 16 e 17, observa-se que as pessoas são mais familiarizadas com a frequência do que com o slogan da Rádio. Obtiveram êxito no quesito “slogan” 39% dos professores, seguidos de 35% dos TAs e 15% dos alunos. 44 A figura 18 representa a frequência com que os entrevistados ouvem a Rádio UFSCar. Pode-se perceber que os professores são os ouvintes mais assíduos, sendo, dos três segmentos, os que mais ouvem a Rádio diariamente e algumas vezes por semana. A maioria dos TAs e dos alunos responderam ouvir a emissora esporadicamente. 8% TAs Alunos 2% 25% 4% 24% 10% 0% diariamente 27% 20% 15% 44% 29% Profs 48% 40% algumas vezes por semana 8% 60% uma vez por semana 20% 22% 14% 80% esporadicamente 100% nunca Figura 18: Frequência com que entrevistados ouvem a Rádio. Analisando a figura 19, observa-se que os grupos possuem comportamento diferente com relação a onde escutam a Rádio UFSCar. Os professores ouvem principalmente no carro, em trânsito; os alunos, em casa; e os TAs, ouvem mais do trabalho. TAs 20% 29% 55% Alunos Profs 0% 18% 51% 12% 4% 24% 9% 76% 20% 40% em casa 60% no trabalho 2% 80% em trânsito Figura 19: Situação em que os entrevistados escutam a Rádio. 100% outro 45 Com relação ao meio pelo qual ouvem a Rádio UFSCar, todos os professores responderam ouvir por FM, sendo que 18% afirmaram ouvir também pela internet, situações que são ilustradas na figura 20. Quanto aos alunos, 76% disseram ouvir por FM, 18% pela internet e 6% marcaram as duas alternativas (ver figura 21). Professores FM e Internet 18% FM 82% Figura 20: Meios que os professores usam para ouvir a Rádio UFSCar. Alunos FM e Internet 6% Internet 18% FM 76% Figura 21: Meios que os alunos usam para ouvir a Rádio UFSCar. 46 Como pode ser observado na figura 22, 71% dos TAs ouvem a Rádio por FM, 27% pela internet e 2% pelos dois meios. TAs FM e Internet 2% Internet 27% FM 71% Figura 22: Meios que os TAs usam para ouvir a Rádio UFSCar. Conforme indicado na figura 23, dos entrevistados que ouvem a Rádio UFSCar por FM, 72% declararam nunca terem tido dificuldades técnicas para ouvir a emissora; 12% disseram que o sinal da Rádio é ruim; 11% já tiveram problemas, não conseguindo sintonizar a emissora nos seguintes locais: Centro, Nova Estância, Santa Mônica, Santa Paula, UFSCar e Vila Nery; 5% marcaram a opção outros e comentaram já terem tipo problemas pelo fato da emissora estar fora do ar; um entrevistado comentou não conseguir ouvir por morar na cidade de Araraquara e a Rádio não pegar lá. Outros entrevistados, tanto professores quanto TAs, observações ressaltando o alcance curto do sinal da Rádio. fizeram 47 5% 12% nunca teve problemas sim, não consegue sintonizar a emissora 11% sim, o sinal é ruim 72% sim, outros Figura 23: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio por FM. Como mostra a figura 24, dos entrevistados que ouvem a Rádio UFSCar pela internet, 60% declararam nunca terem tido problemas para ouvir a emissora; 23% disseram que seu computador abre o player, mas fica travando; 10% declararam que já tiveram dificuldades para abrir o player; e 7% responderam “outros”, mas não especificaram o tipo de problema enfrentado. 7% nunca teve problemas 23% sim, o computador não consegue abrir o player 60% 10% sim, o computador abre o player, mas fica travando sim, outros Figura 24: Percentual de dificuldades técnicas para ouvir a Rádio pela Internet. 48 Com relação à programação musical, observa-se na figura 25 que ela é bem aceita pela comunidade universitária, tendo 72% de aprovação. A maioria dos entrevistados considera a programação “boa” (ver figura 26). 11% 1% excelente, ótima ou boa 16% regular péssima não sabem opinar 72% Figura 25: Opinião geral da comunidade da UFSCar quanto à programação musical da Rádio. TAs 7% 17% Alunos 6% 21% 12% Profs 0% excelente 44% 17% 55% 12% 20% ótima 43% 40% boa 6% 24% 60% regular 15% 12% 2% 7% 80% péssima 100% não sabe opinar Figura 26: Opiniões quanto à programação musical da Rádio UFSCar. A Rádio UFSCar foca sua programação em artistas independentes e menos conhecidos. Quando questionados se achavam que isso era uma função de uma rádio universitária, em todos os conjuntos pesquisados, a maioria respondeu estar total ou parcialmente de acordo com essa afirmação (ver figura 27). 49 2% 2% 41% TAs 54% 52% Alunos 36% 36% Profs 0% 20% 6% 45% 40% 60% concorda totalmente concorda parcialmente discorda parcialmente discorda totalmente 6% 7% 5% 7% 80% 100% não concorda, nem discorda Figura 27: Opiniões com relação a focar a programação em artistas independentes e menos conhecidos ser função de uma rádio universitária. Por outro lado, no espaço que os entrevistados tinham disponível para dar sugestões de melhorias, professores e TAs fizeram diversos comentários como: “a Rádio deveria ser menos alternativa”, “podiam variar mais a programação musical, inserindo artistas mais conhecidos”, “a programação musical poderia melhorar; não consigo ouvir a Rádio por muito tempo”, “podia tocar mais nomes conhecidos”, “acho que deviam variar o estilo musical, para não ser tão alternativo”. Então, apesar de considerarem que promover artistas independentes é uma função de uma rádio universitária, a maneira como a emissora o faz foi citada espontaneamente por muitos entrevistados como exagerada, “alternativa demais”. Durante a programação diurna, a sequência e a concentração de músicas que tocam na Rádio não são selecionadas por estilos, mas sim por outras características, tais como intensidade, ritmo, momento histórico de produção, entre outras. 50 A figura 28 mostra que a grande maioria dos alunos acha interessante ou muito interessante essa forma de seleção das músicas da programação. Já entre professores e TAs, embora a maioria também considere interessante esse método de seleção, um bom número de pessoas declaram preferir a programação separada por estilos musicais. 15% TAs 49% 7% 2% 27% 3% 3% 30% Alunos 14% Profs 0% 64% 38% 20% 40% 10% 60% 31% 80% 7% 100% muito interessante interessante pouco interessante nada interessante prefere separada não souberam opinar Figura 28: Opiniões quanto à forma de seleção das músicas que tocam durante a programação diurna. Quanto aos estilos musicais que os entrevistados gostariam que tocasse mais na emissora, pode-se notar pelas figuras 29, 30 e 31, que: nos três segmentos, MPB foi o mais indicado para tocar com mais frequência; o estilo “Rock'n'roll Clássico” também foi dos mais citados nos três conjuntos; tanto “jazz” quanto “blues” estão entre os cinco estilos mais pedidos por professores e alunos; professores e TAs gostariam que tocasse mais música erudita na Rádio; alunos indicaram “Rock Alternativo” como outro estilo que gostariam que tivesse mais espaço na programação; TAs apontaram que gostariam de ouvir mais “Pop Rock Brasil” e mais música Sertaneja. 51 Professores Rock'n'roll Clássico 15% MPB 27% Erudito 19% Jazz 20% Blues 19% Figura 29: Estilos que os professores gostariam que tocasse mais. Alunos Rock Alternativo 15% MPB 25% Blues 19% Jazz 21% Rock'n'roll Clássico 20% Figura 30: Estilos que os alunos gostariam que tocasse mais. TAs Erudito 12% MPB 40% Sertanejo 12% Rock'n'roll Clássico 16% Pop Rock Brasil 20% Figura 31: Estilos que os técnico-administrativos gostariam que tocasse mais. 52 Outros estilos que alguns entrevistados disseram que gostariam de ouvir mais foram: forró, flash back, black music/ soul, samba rock, new age, músicas regionais (maracatu, fandango, músicas nordestinas) e instrumental. Nas figuras 32, 33 e 34, nota-se que é baixa a fidelidade dos ouvintes da comunidade da UFSCar aos programas da Rádio; 23% dos professores e somente 9% dos alunos e 7% dos TAs afirmaram acompanhar algum programa específico da emissora. Os quadros 2, 3 e 4 mostram o nome dos programas que professores, alunos e TAs disseram acompanhar e o número de vezes em que foram citados: Professores sim 23% não 77% Figura 32: Respostas dos professores quando questionados se acompanhavam algum programa específico. Alunos sim 9% não 91% Figura 33: Respostas dos alunos quando questionados se acompanhavam algum programa específico. 53 TAs sim 7% não 93% Figura 34: Respostas dos TAs quando questionados se acompanhavam algum programa específico. QUADRO 2: Programas que os professores disseram acompanhar. Programas indicados pelos professores Notícias UFSCar UFSCar Convida Antenado Cordas e Acordeon Ecos de Tupak Amaro Mulheres em Vanguarda Número de indicações 7 3 2 2 1 1 QUADRO 3: Programas que os alunos disseram acompanhar. Programas indicados pelos alunos Número de indicações Antenado Arte do Blues Programação musical das 10h ao meio dia 2 1 1 QUADRO 4: Programas que os TAs disseram acompanhar. Programas indicados pelos técnico-administrativos Banquete de hits Programa de entrevistas (não soube dizer qual) UFSCar em Comunidade Número de indicações 1 1 1 54 Os quadros 2, 3 e 4 mostram que os programas que os entrevistados afirmam acompanhar são diferentes nos três segmentos, sendo que apenas o programa “Antenado” é citado por duas categorias diferentes: professores e alunos. “Notícias UFSCar” é o programa jornalístico da emissora, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, ao meio dia. Pela figura 35, observa-se que os professores são os que mais e com maior frequência acompanham o jornal, e que os alunos formam o conjunto em que o programa tem a menor audiência, sendo que 70% desses afirmam nunca terem ouvido. 2% TAs 22% 6% 3% Alunos 12% Profs 0% 10% 5% 34% 37% 21% 70% 23% 20% 9% 30% 40% 28% 50% 60% 28% 70% 80% 90% 100% sim, diariamente sim, umas duas vezes por semana sim, frequentemente raramente nunca Figura 35: Frequência com que ouvem o jornal “Notícias UFSCar”. Foi solicitado que os entrevistados enumerassem de um a seis qual consideravam que deveria ser a prioridade do jornalismo da Rádio UFSCar. As respostas apontadas como mais importantes receberam maior peso, e a somatória do número de citações multiplicado pelo peso atribuído pode ser conferida nas figuras 36, 37 e 38. Observa-se que professores e alunos consideram que a divulgação científica deveria ser a prioridade do jornalismo da Rádio. Para os TAs, a prioridade deveria ser divulgar notícias do município. 55 210 200 190 180 170 160 150 divulgação científica notícias do município notícias de repercurssão nacional documentários temáticos jornalismo cultural Figura 36: Prioridade do jornalismo segundo os professores. 145 140 135 130 125 120 115 110 105 divulgação científica notícias do município notícias de repercurssão nacional documentários temáticos jornalismo cultural Figura 37: Prioridade do jornalismo segundo os alunos. 250 200 150 100 50 0 divulgação científica notícias do município notícias de repercurssão nacional documentários temáticos Figura 38: Prioridade do jornalismo segundo os TAs. jornalismo cultural 56 Professores indicam como a segunda alternativa mais importante o jornalismo cultural, enquanto alunos apontam as notícias do município e TAs citam a divulgação científica. Os três conjuntos concordam que documentários temáticos devem ser a menor preocupação da equipe de jornalismo, e a resposta “outros”, na grande maioria das vezes, não chegou a ser preenchida; apenas um professor e um aluno citaram que “notícias internas da universidade” deveria ser uma prioridade. Quanto perguntados quais das afirmações apresentadas melhor caracterizavam os locutores da Rádio, como pode ser observado na figura 39, em todos os grupos a alternativa com maior número de respostas foi “não sabe opinar”. Essa alternativa foi citada por 27% dos professores, 42% dos alunos e 44% dos TAs. 2% 2% TAs 27% 30% Alunos Profs 0% 17% 16% 20% 20% 7% 15% 3% 8% 10% 40% 44% 42% 9% 12% 27% 8% 60% 80% 100% estabelecem forte interação com os ouvintes assumem o papel de atores de sua própria programação, não sendo meros repetidores de textos não são profissionais, acha isso uma característica negativa não gosta do linguajar utilizado gosta de alguns deles não sabe opinar outros Figura 39: Afirmação que melhor caracteriza os locutores da Rádio UFSCar. A segunda alternativa em número de votos dos professores, com 20% das respostas, foi “assumem o papel de atores de sua própria programação, não sendo meros repetidores de textos”. Para alunos e TAs, essa foi a terceira alternativa mais citada, com 15% e 17% dos votos, respectivamente. 57 Para alunos e TAs, a segunda alternativa mais indicada foi “estabelecem forte interação com os ouvintes”, com 30% e 27% dos votos, respectivamente, sendo que essa foi a terceira em número de indicações dos professores, com 16% dos votos. A alternativa “não são profissionais, acha isso uma característica negativa” teve 8% dos votos dos professores, 3% dos alunos e 2% dos TAs. Dos professores, 10% disseram não gostar do linguajar utilizado; 2% dos TAs apontaram essa alternativa e nenhum aluno apontou essa resposta. A alternativa “gosta de alguns deles” foi apontada por 12% dos professores e 7% dos TAs. Nessa alternativa, os professores citaram nominalmente: Filipe Doranti, Gisele Bicaletto, Mauro Lussi e Yasmin Muller, além da equipe do programa “Independência ou Marte”; e um TA citou a jornalista Gisele Bicaletto como referência positiva. A alternativa “outros” foi indicada por 8% dos professores e 9% dos alunos, sendo que os comentários são indicados no quadro 5. QUADRO 5: Opiniões apresentadas quanto aos locutores da Rádio. - “São capazes de passar a informação de interesse de forma clara”. - “Locutores precisam melhorar, ser um pouco mais formal na linguagem”. - “Tomem cuidado com as avaliações políticas ingênuas e tendenciosas”. - “Fazem a locução e a leitura de maneira muito rápida”. - “A locução e a técnica precisam ser mais profissionais e isso deveria ser uma prioridade da Rádio”. - “A locução tem cara de rádio pirata”. - “Treinamento com os locutores para evitar erros de português”. Para finalizar, perguntava-se ao entrevistado se ele gostaria de dar sugestões de melhorias. Na análise dos itens já discutidos, foram apresentadas algumas sugestões. Ressalta-se que elas foram espontâneas e não possuem validade estatística. No quadro 6, encontram-se outros comentários obtidos. 58 QUADRO 6: Sugestões apresentadas pelos entrevistados. Divulgação Internet Quanto à divulgação da Rádio, diversas pessoas sugeriram que houvesse mais publicidade, não apenas para a comunidade universitária, mas também para o público externo; sugeriram indicar a frequência da Rádio nos chaveiros e nos outros brindes da emissora. “Montar um passo a passo para acessar a Rádio pela internet”. Ao setor de jornalismo da Rádio UFSCar, foi sugerido diversificar o jornal “Noticias UFSCar”, incluindo notícias do município, promovendo questões políticas da Universidade e informando sobre movimentos que ocorrem na UFSCar, como o problema da falta de hospital para as aulas práticas no curso Medicina, que teve repercussão nacional. Também foi dito: Jornalismo - “Pensar melhor na seleção dos temas sobre divulgação cientifica, levando em conta o interesse e a compreensão do público”; - “Não é claro o critério de seleção para divulgação cientifica; é negativamente tradicional”; - “O jornal “Notícias UFSCar” deveria ter um núcleo o mais profissional possível, para dar maior credibilidade à divulgação que é feita”; - “Divulgar com mais antecedência os eventos e os convidados que serão entrevistados”. Quanto à programação musical, foi comentado: - “Às vezes têm coisas discrepantes: a mudança de estilo é imensa”; - “Sugiro programas mais específicos, por gêneros musicais”; - “Definir estilos e faixa etária em certos horários”; - “Selecionar a grade musical de maneira mais específica para situar o ouvinte quando ele quiser ouvir algo”. Programação Musical - “Discutir melhor a programação musical para não ficar tanto a critério do gosto pessoal dos programadores”; - “Um ponto positivo é a veiculação das novidades musicais”; - “Deveria abrir espaço para compositores locais”; - “Melhorar a programação musical, não tocando músicas pensando somente no público jovem, com músicas tão pesadas; tocar músicas mais suaves, possíveis de serem tocadas nos departamentos, na Reitoria, etc.” Sintonia da emissora Melhorar o sinal FM: este tópico foi abordado por diversos entrevistados. 59 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desta pesquisa era levantar a percepção de satisfação da Comunidade Universitária da UFSCar quanto aos serviços prestados pela Rádio UFSCar, investigando padrões de comportamento da comunidade sobre o hábito de ouvir rádio; descobrindo as expectativas em relação a uma rádio universitária, definindo o que consideram a principal função desse tipo de emissora; verificando o grau de conhecimento da Rádio UFSCar e de sua proposta de trabalho e promovendo sugestões de melhoria para o funcionamento da emissora. A partir do questionário aplicado, pode-se perceber que grande parte das pessoas tem o hábito de ouvir rádio com frequência. Foi possível descobrir os horários mais ouvidos por professores, alunos e técnico-administrativos, gerando subsídios para que a programação seja estruturada de acordo com o perfil dos ouvintes de um determinado horário e, por meio das outras rádios que os entrevistados disseram ouvir, é possível identificar as preferências musicais de cada categoria. Descobriu-se que professores, TAs e alunos divergem quanto ao que consideram ser a principal função de uma rádio universitária, tendo, portanto, expectativas diferentes em relação à emissora: para os professores, fazer divulgação cultural é o mais importante, os alunos acreditam que a principal função é informar ações de utilidade pública e técnico-administrativos consideram que entreter de maneira leve e agradável deveria ser a prioridade. A pesquisa também permitiu levantar que a maioria absoluta da comunidade universitária sabe que existe uma rádio na UFSCar: mais de 95% dos professores e TAs e mais de 80% dos alunos conhecem a emissora. 60 Além disso, descobriu-se que quase 60% dos professores e dos TAs conhecem a frequência e/ou o slogan da Rádio UFSCar, sendo que, para os alunos, esse percentual é de apenas 34%. Pode-se notar que grande parte da comunidade reconhece a proposta de ser uma rádio diferente. Concordam com a diretriz da emissora relativa a focar sua programação em artistas independentes e menos conhecidos, e acreditam, pelo menos parcialmente, que essa é uma das funções de uma rádio universitária. O que fica como sugestão à Direção é pensar em maneiras de suavizar a impressão que muitos entrevistados manifestaram: de considerar a programação musical da Rádio UFSCar “muito alternativa”. Pode-se concluir também que: Os professores são os que mais ouvem a emissora; Professores ouvem a Rádio UFSCar principalmente quando estão em trânsito, alunos, em casa e TAs, no trabalho; Nos três grupos, a grande maioria das pessoas acompanha a Rádio UFSCar por meio do sinal em FM; 28% dos entrevistados já tiveram dificuldades técnicas em ouvir a emissora por FM, e 40% dos que ouvem pela internet já enfrentaram problemas técnicos; A programação musical é considerada boa, ótima ou excelente por mais de 70% dos entrevistados; Há um consenso nos três conjuntos quanto a dois estilos que gostariam de ouvir mais na programação da Rádio UFSCar: MBP e Rock'n'roll Clássico; 61 Nos três segmentos, a maioria declarou achar interessante o fato da sequência e concentração das músicas que tocam na programação diurna da Rádio não serem selecionadas por estilos musicais; Mais de 70% dos professores e mais de 90% dos alunos e TAs afirmaram não acompanhar nenhum programa especifico da Rádio UFSCar. 44% dos professores, 9% dos alunos e 29% dos TAs acompanham o jornal “Notícias UFSCar” com alguma frequência. A partir da análise dos resultados e das observações aqui apresentadas, considera-se que os objetivos deste trabalho foram atingidos. A pesquisa levantou informações para embasar o planejamento estratégico da emissora, mostrando que, de maneira geral, os professores são os mais satisfeitos com o trabalho desenvolvido pela Rádio UFSCar, e que os alunos constituem os que a emissora menos consegue atingir. A pesquisa também apontou críticas e baixa fidelidade aos programas da emissora, indicando que medidas devem ser promovidas para tornar a Rádio mais próxima da comunidade da UFSCar. Deve-se salientar que a amostra selecionada foi pequena e nãoprobabilística, estando os resultados sujeitos a erros amostrais. A relação entre a população de professores e técnicos administrativos é praticamente 1:1, mas, no caso dos alunos, em que a população é mais de 12 vezes superior às anteriores, este conjunto está sujeito a um erro muito maior. 62 Como este trabalho foi o primeiro sobre o grau de satisfação da comunidade da UFSCar com relação à Radio, sugere-se que sejam realizadas pesquisas para acompanhar os resultados das modificações que serão introduzidas. Propõe-se, também, que este trabalho seja estendido para a população da cidade de São Carlos. 63 REFERÊNCIAS AZEVEDO, G. Pesquisa de Mercado. São Paulo: Sebrae, 2004. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/24131C962E2F9B6C0325714700 683043/$File/NT000AFB3A.pdf>. Acesso em jun. 2010. COBRA, M. Administração de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992. FARACO, E. O processo empreendedor na pequena hotelaria da região das Hortências-RS: um estudo exploratório-descritivo. 2005. 137f. Dissertação (Mestrado em Turismo) – Universidade de Caxias do Sul, Caixas do Sul, 2005. Disponível em: <http://tede.ucs.br/tde_arquivos/3/TDE-2006-12-07T073213Z- 51/Publico/DISSERTACAO%20EDUARDOFARACO1310.pdf>. Acesso em abr. 2010. KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do milênio. 10.ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2000. KOTLER, P. Marketing de A a Z. Rio de Janeiro: Campus, 2003. LOUREIRO, O.I. Origens e Evolução do Marketing: um Estudo Sobre as Influências das Correntes Teóricas no Ensino do Marketing no Brasil. In: SEMEAD, 11., 2008. São Paulo. Resumo... Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/Semead/11semead/resultado/trabalhosPDF/788.pdf> Acesso em abr. 2010. MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 64 MATTAR, N. F. Pesquisa de marketing. 4. ed. Edição Compacta. São Paulo: Atlas, 2008. MCDANIEL, C,; ROGER G. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learnig, 2004. PEZZO, M.R. (Coord.).etal. Diretrizes Editoriais Rádio UFSCar. São Carlos: UFSCar, 2006. RÁDIO UFSCAR. Disponível em: <http://www.radio.ufscar.br/>. Acesso em abr. 2010. SAMARA, B. S.; BARROS, J. C. Pesquisa de Marketing: Conceitos e Metodologia. 3.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Revista da FAE. Curitiba, v.5, n.1, p.61-70, 2002. APÊNDICE: QUESTIONÁRIO 66 Bom dia/ boa tarde. Meu nome é ___________, sou estagiário(a)/ bolsista da Rádio UFSCar. Estamos realizando uma pesquisa com a comunidade universitária. Você poderia responder algumas perguntas? É rápido! Seu nome não será divulgado. o Nº do Questionário (deixar em branco): _____________ Entrevistador:____________ Data:__________ Entrevistado: ( ) Professor ( ) Servidor TA ( ) Aluno ( ) Graduação ( ) Pós-graduação Setor: ( ) CCBS ( ) CCET ( ) CECH Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Administrativo Seção I – Comportamento geral 1) Você ouve rádio? ( ) sim – siga para pergunta 3 ( ) não – siga para pergunta 2 2) Por que você não ouve rádio? ( ) não tem hábito ( ) não conhece as emissoras da cidade ( ) não gosta de nenhuma emissora da cidade ( ) não tem por onde ouvir ( ) outros: _________ Agradeça e encerre 3) Com que frequência você ouve rádio? ( ) diariamente ( ) algumas vezes por semana ( ) uma vez por semana ( ) esporadicamente 4) Em que horários você costuma ouvir rádio? 24h-1h 1h-2h 2h-3h 3h-4h 4h-5h 5h-6h 6h-7h 7h-8h 8h-9h 9h-10h 10h-11h 11h-12h 12h-13h 13h-14h 14h-15h 15h-16h 16h-17h 17h-18h 18h-19h 19h-20h 20h-21h 21h-22h 22h-23h 23h-24h 67 5) Quais rádios você ouve? _______________ _______________ _______________ _______________ _______________ _______________ Seção II – Rádio UFSCar 6) Você conhece a Rádio UFSCar: ( ) sim - siga para pergunta 7 ( ) não - Agradeça e encerre 7) Como conheceu a Rádio UFSCar? ( ) amigos ( ) internet ( ) publicidade visual ( ) sintonia aleatória ( ) outros 8) Enumere de 1 a 5, sendo 1 o mais importante, qual você considera a principal função de uma rádio universitária: ( ) entreter de maneira leve e agradável ( ) informar ações de utilidade pública ( ) fazer divulgação científica ( ) fazer divulgação cultural ( ) outros ________________________ 9) Você sabe a frequência e o slogan da Rádio UFSCar? Se sim, diga quais são: ( ) não ( ) sim: Frequência: _______________ Slogan: __________________ 10) Com que frequência você ouve a Rádio UFSCar? ( ) diariamente ( ) algumas vezes por semana ( ) uma vez por semana ( ) esporadicamente ( ) nunca – Agradeça e encerre 11) Onde você escuta a Rádio UFSCar? ( ) em casa ( ) no trabalho ( ) em trânsito 12) Por que meio você ouve a Rádio UFSCar? ( ) FM - siga para pergunta 13 ( ) Internet - siga para pergunta 14 Se responderem os dois, fazer as perguntas 13 e 14. ( ) outro: ___________ 68 13) FM: Você já teve dificuldades técnicas para ouvir a Rádio UFSCar? ( ) nunca teve problemas ( ) sim, não consegue sintonizar a emissora – Bairro:_______________ ( ) sim, o sinal é ruim ( ) sim, outros ____________ 14) Internet: Você já teve dificuldades técnicas para ouvir a Rádio UFSCar? ( ) nunca teve problemas ( ) sim, seu computador não consegue abrir o player ( ) sim, seu computador abre o player, mas fica travando ( ) sim, outros ____________ 15) Na sua opinião, a programação musical da Rádio UFSCar é: ( ) excelente ( ) ótima ( ) boa ( ) regular ( ) péssima ( ) não sabe opinar 16) A Rádio UFSCar foca sua programação em artistas independentes e menos conhecidos. Essa é uma função de uma rádio universitária: ( ) concorda totalmente ( ) concorda parcialmente ( ) não concorda, nem discorda ( ) discorda parcialmente ( ) discorda totalmente 17) Durante a programação diurna, a sequência e a concentração de músicas que tocam na Rádio UFSCar não são selecionadas por estilos, mas sim por outras características, tais como intensidade, ritmo, momento histórico de produção, entre outras. O que você acha disso? ( ) muito interessante ( ) interessante ( ) pouco interessante ( ) nada interessante ( ) prefere a programação separada por estilos musicais 18)Quais estilos musicais você acha que poderiam tocar mais na emissora? ( ) Erudito ( ) MPB ( ) Eletroacústica ( ) Pop Rock Brasil ( ) Experimental ( ) Pop Internacional ( ) House ( ) Rock'n'roll Clássico ( ) Tecno ( ) Blues ( ) Drum'n'bass ( ) Metal ( ) RAP ( ) Hardcore ( ) Reggae ( ) Rock Alternativo ( ) Jazz ( ) Sertanejo ( ) World Music ( ) Pagode ( ) Outro________________ ( ) Samba 69 19) Você acompanha algum programa específico da Rádio UFSCar? ( ) não ( ) sim: qual?___________________________________ 20) Você ouve o Notícias UFSCar? (programa jornalístico que vai ao ar de segunda a sexta, ao meio dia). ( ) sim, diariamente ( ) sim, umas duas vezes por semana ( ) sim, frequentemente ( ) raramente ( ) nunca 21) Enumere de 1 a 6, sendo 1 o mais importante, qual você considera que deveria ser a prioridade do jornalismo da Rádio UFSCar: ( ) divulgação científica ( ) notícias do município ( ) notícias de repercussão nacional ( ) documentários temáticos ( ) jornalismo cultural ( ) outros _______________ 22) Na sua opinião, quais afirmações abaixo melhor caracterizam os locutores da Rádio UFSCar? ( ) estabelecem forte interação com os ouvintes ( ) assumem o papel de atores de sua própria programação, não sendo meros repetidores de textos ( ) não são profissionais, acha isso uma característica negativa ( ) não gosta do linguajar utilizado ( ) gosta de alguns deles, citar: _______________ ( ) não sabe opinar ( ) outros _______________ 23) Gostaria de dar sugestões de melhorias? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Agradeça e encerre.