Artigo #1 - "Economia Portuguesa – que

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Processos de Gestão
TRABALHO 1
Trabalho #1
Título: Economia Portuguesa – que soluções?
Resumo: Tenta explicar-se o que se entende por economia global. Tenta antever-se quais as
consequências de uma economia deste tipo.
URL: http://student.dei.uc.pt/~sveiga/PG/artigo1.doc
Data: 20 Outubro 2003
Esforço:
Motivação: Tentativa de aprofundamento sobre a realidade económica portuguesa .
Aprendizagem: Aprendi o que era verdadeiramente um artigo científico.
Conteúdos: Alguns conceitos sobre economia portuguesa.
Processos: Desenvolvimento de processos de escrita e de pesquisa.
Futuro: Espero ter ajudado a esclarecer o que se pode fazer para que a economia portuguesa
recupere.
Sequência: Não houve comentários.
Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra
2003/2004
Licenciatura em Engenharia Informática
PROCESSOS DE GESTÃO
Economia Portuguesa – que soluções?
por Sérgio Rui Veiga
Autor e filiação
Sérgio Rui Veiga
Departamento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra
[email protected]
Sumário
Identificação dos problemas da economia Portuguesa. Perspectivas de resolução.
Palavras-Chave
Economia Portuguesa, Soluções
Resumo
Nas últimas décadas, a Economia Portuguesa esteve entre as que mais cresceram em
todo o Mundo. Entre 1960 e o ano 2000, o PIB por trabalhador em Portugal (PIBPT) aumentou
mais de 400%, passando de 20% para 53% do nível verificado nos EUA. Hoje em dia, no
entanto, atravessa uma enorme crise.
Em Portugal, houve o erro de não se fazer uma selecção económica quando esta devia
ter sido feito. Perdida a oportunidade de fazer o ajustamento na despesa pública durante a fase
de expansão, agora não há margem de manobra para fazer política anti-cíclica.
Um factor muito importante a ter em conta, resulta da diminuição significativa dos
investimentos estrangeiros nos anos 90, em consequência da abertura das economias de
Leste.
A grande solução da economia portuguesa passa pela exploração do mercado espanhol.
1. Introdução
Pelas mais variadas razões, a economia portuguesa nunca foi uma economia forte. Está
presentemente a atravessar uma enorme crise. Todos estão de acordo em admitir que, caso não
tome outro rumo, a situação pode complicar-se e tomar medidas incontroláveis. Temos todos, em
conjunto, de tentar combater este cenário e tentar dinamizar uma economia que se quer em
permanente crescimento, de modo a poder rivalizar com as maiores economias europeias.
Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra
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PROCESSOS DE GESTÃO
2. Problemas da economia portuguesa
Nas últimas décadas, a Economia Portuguesa esteve entre as que mais cresceram em
todo o Mundo. Entre 1960 e o ano 2000, o PIB por trabalhador em Portugal (PIBPT) aumentou
mais de 400%, passando de 20% para 53% do nível verificado nos EUA. No período
compreendido entre 1980-2000, Portugal manteve-se entre os países da OCDE que mais
cresceram, tendo apenas sido ultrapassado pela Coreia do Sul e pela Irlanda. Nesse mesmo
período, a Espanha e a Grécia, até então campeãs de crescimento, tiveram percursos bem
mais modestos.
Os tempos difíceis da economia portuguesa têm sido estes anos mais próximos. Já
antes do 11 de Setembro que a economia portuguesa atravessava uma enorme crise. As
previsões da UE tiveram de ser revistas várias vezes e os 2,6% previstos para o crescimento
efectivo da economia acabaram por se reduzir apenas aos 1,4%. O que de facto originou a
presente crise de crescimento na economia portuguesa foi a combinação da recessão na UE e
nos EUA, bem como as más políticas económicas no país. Portugal tem uma baixa
produtividade e é mais lento na sua reconversão económica, devido à falta de uma estratégia
cuidada e de um plano nacional de formação. O Governo não é rigoroso nos diagnósticos de
recursos humanos que realiza e não possui um projecto consistente para rentabilizar o talento
português. As estratégias económicas seguidas foram, desde cedo, erradas - em inícios da
década de 90, em Espanha decidiram despedir uma grande parte da mão-de-obra. Ficaram
com 20% de desemprego. Presentemente têm uma taxa de 14% e estão em fase descendente.
Por isso, reconverteram-se economicamente mais depressa do que Portugal. Em Portugal,
cometeu-se um grande erro - não se fez uma selecção económica quando esta devia ter sido
feita - o resultado é uma lentidão mais elevada no desenvolvimento económico do que os
espanhóis. Perdida a oportunidade de fazer o ajustamento na despesa pública durante a fase
de expansão, agora não há margem de manobra para fazer política anti-cíclica. Esperemos que
um dia o governo venha a entender que é pelo estímulo à produtividade e não à procura que se
pode crescer mais rapidamente e de uma forma sustentada.
Um factor muito importante a ter em conta, resulta da diminuição significativa dos
investimentos estrangeiros nos anos 90, em consequência da abertura das economias de
Leste. As exportações registaram uma quebra expondo as dificuldades crescentes que os
nossos produtos têm em penetrar noutros mercados, tornando-se cada vez mais patente a
necessidade da elaboração de uma estratégia consertada entre as empresas e o Estado de
modo a tornar mais atraente a produção nacional aos potenciais compradores. Em relação a
este ponto, é preciso ter em conta a necessidade de Portugal se manter dentro dos limites
estabelecidos pelos quinze - o défice orçamental não pode ultrapassar os 1,5 pontos
percentuais do PIB (Produto Interno Bruto) que permitiram a adesão ao Euro.
Deve dizer-se no entanto que nem tudo é mau. Portugal constitui uma localização
atractiva para o investimento directo estrangeiro. As intenções que existem presentemente em
carteira, e os processos em negociação atestam que importantes investidores estrangeiros
vêem Portugal como um destino desejável. Na óptica de uma aposta competitiva baseada em
baixos custos de mão-de-obra, Portugal perdeu competitividade, sobretudo agora que a União
Europeia foi alargada. Mas Portugal terá de tentar estimular actividades de maior nível
qualitativo e valor acrescentado. Mas tal não surge por milagre, implica um esforço e as ditas
reformas em vários âmbitos
O dado mais preocupante é na verdade o facto da economia portuguesa estar
sobreaquecida ou seja, o crescimento poderá está acima do nível sustentável.
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2.1- Como se pode inverter a situação?
Para que tenha sucesso, uma política económica certa tem de ter em conta muitos
factores. Os principais são claramente a promoção das exportações e do turismo, a inovação e
o desenvolvimento das empresas, bem como a sua privatização. É urgente que se revitalize o
tecido empresarial, e que se comece a apostar em mercados novos. O modo de evitar a
desaceleração da economia passa pelo aumento da produtividade. O futuro está em algo que
não aposte em salários baixos, que traga inovação tecnológica e uma gestão de qualidade,
funcionando como «indutor de verdadeiro desenvolvimento, pelo exemplo de boas práticas e
pelo efeito de arrastamento sobre as empresas com as quais estabelece elos de ligação». A
lógica de apoios ao investimento estrangeiro, para além de benefícios fiscais, é perigosa,
porque pode prejudicar o próprio investimento nacional, se as empresas se ausentarem quando
os apoios terminam. Para captar o investimento tem de se demonstrar as potencialidades do
país e da sua base produtiva.
A grande solução passa pela exploração do mercado espanhol. Produzir em qualidade e
quantidade continua a ser a grande dificuldade das empresas portuguesas, que nem sempre
conseguem dar conta do recado face ao elevado volume de encomendas que o mercado
espanhol exige. Maior organização e reinvestimento no sector são cruciais para o sucesso - os
empresários portugueses têm de aprender com o exemplo dos espanhóis, que reinvestem os
lucros nas empresas. O empresário português nem sempre o faz. Prefere colocar os lucros em
sectores como o imobiliário, dispersando os investimentos. É preciso ter em conta a própria
dimensão do território espanhol. A distribuição de qualquer produto para todo o país tem custos
elevados e, por vezes, a melhor estratégia é a aposta nas regiões. O conselho dos especialistas
é unânime: invadir Espanha pode não ser fácil, mas é absolutamente necessário O mercado
português não tem 10 milhões de consumidores, mas sim 50 milhões, porque hoje em dia o
mercado é ibérico.
3. Conclusões
Ou há uma enorme dinamização por parte de toda a sociedade portuguesa que tem o
poder de intervir em assuntos económicos, ou então corremos o sério risco de a nossa
economia entrar numa letargia total, arrastando o país consigo. Toda a estratégia económica
tem de ser revista. As pessoas têm de ter consciência do problema, para o tentarem combater
por si mesmas. As soluções estão definidas – será que realmente se vão pôr em prática?
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Agradecimentos
Agradeço ao professor da cadeira de Processos de Gestão e aos colegas da cadeira.
Referências
Para além dos artigos “Para Espanha e em jeito”, de Maria João Leal In Focus do dia 8
de Novembro de 2001, “Não há impossíveis” de Abílio Ferreira In Jornal O Expresso 30 de
Novembro de 2002, "É imperativo que a economia continue a crescer" de Paulo M. A. Martins
In Vida Económica, consultei os seguintes sites:
http://www.isegi.unl.pt/ensino/docentes/abelmateus/entrevistas/criseinternacional.htm
http://www.gepe.pt/site/gepe_newsletter_pt01.asp?newsletterid=17
http://www.min-economia.pt/port/documentos/programas/apr_unova.pdf
http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,397571,00.html
http://www.ordemeconomistas.pt/dossiers/produtivcrescimentoeconomia-body.html
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