Processos de Gestão TRABALHO Trabalho #1 Título: Economia global – uma economia de futuro? Resumo: Tenta explicar-se o que se entende por economia global. Tenta antever-se quais as consequências de uma economia deste tipo. URL: http://student.dei.uc.pt/~PG/artigo1.htm Data: 20 Outubro 2003 Esforço: Motivação: Sempre me interessei por economia. Com este trabalho pretendo aprofundar os meus conhecimentos. Aprendizagem: Aprendi a elaborar com mais rigor um artigo científico Conteúdos: Alguns conceitos sobre economia global Processos: Desenvolvi alguns processos de pesquisa. Futuro: Espero, tendo por base este artigo, vir a desenvolver mais artigos em que a economia seja o tema dominante. Sequência: Ainda não recebi comentários… Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2003/2004 Licenciatura em Engenharia Informática PROCESSOS DE GESTÃO Economia global – uma economia de futuro? por José Bernardo Monteiro Autor e filiação José Bernardo Monteiro Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra [email protected] Sumário Tentar explicar resumidamente o que é a globalização e a economia global e como funcionam. Fazer a previsão de como será a realidade económica. Palavras-Chave Economia Global, Globalização, Futuro Resumo Para se falar de economia global, tem obrigatoriamente de se falar em globalização. A globalização não é nada tão impessoal como se possa pensar. É, por exemplo, vermo-nos confrontados com a realidade de ter de trabalhar para uma empresa estrangeira. A economia global pauta-se pela abertura de mercados, pela maior troca de bens entre os mais variados países e até mesmo pela deslocação da maior parte das empresas para onde a mão de obra é mais barata - possibilita que o preço da produção baixe a todo o custo. Há quem encare a economia global com um bem e há quem a encare como um mal. A influência de grandes empresas nos grandes sistemas políticos internacionais (Estados Unidos e outros…) afectam a economia global em larga escala. Para que tudo funcione bem tem de haver uma igual representação de todas as economias – passar a haver uma maior transparência das maiores instituições, maior representação democrática e uma maior preocupação pelo desenvolvimento sustentável. Há que fazer tudo para que a confiança dos investidores volte. O mundo como um mercado global representa um enorme bolo e a divisão clara das fatias pode determinar para a economia um futuro de falência ou de crescimento global. 1. Introdução Todos sabemos que na actual conjuntura mundial vigora uma economia global. Com a abertura dos mercados, passou a haver empresas que vendem de tudo em todo o lado. As companhias multinacionais têm uma enorme influência, quer económica quer política na economia global de hoje - uma economia sem fronteiras , com muitos desafios bem como oportunidades para líderes de várias empresas e países. Será aconselhável manter uma Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2003/2004 Licenciatura em Engenharia Informática PROCESSOS DE GESTÃO economia nestes moldes? 2. Globalização e Economia Global Para se falar de economia global, tem obrigatoriamente de se falar em globalização. A globalização não é nada tão impessoal como se possa pensar. É, por exemplo, vermo-nos confrontados com a realidade de ter de trabalhar para uma empresa estrangeira . Define-se como sendo o conjunto de transformações políticas e económicas mundiais que vêm acontecendo nas últimas décadas, cujo ponto central da mudança é a integração dos mercados numa “aldeia global”, explorada pelas grandes corporações internacionais. Os estados abandonam gradualmente as barreiras tarifárias para proteger a sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional. Aplica-se o velho conceito de "competição" no progresso dentro de um mundo com uma nova realidade, na qual somente a "cooperação" pode assegurar a prosperidade das nações. Com esta visão acontece que as nações industriais, enquanto competem entre si, são ao mesmo tempo clientes umas das outras. A destruição económica de qualquer nação é uma perda de mercado e por esta razão é necessária a cooperação para evitar a destruição económica dela. Todas deverão ser aliadas entre si para se prevenir contra ideologias divergentes. As nações ricas não poderão suportar a pobreza absoluta de alguma outra nação, já que a tranquilidade internacional depende de uma certo nível de bem-estar de todo o resto da humanidade. O problema do mundo não está portanto na globalização em si, mas em não saber como viver dentro desta nova realidade. A economia global pauta-se pela generalização de processos de produção partilhados a nível mundial e pela liberalização e abertura das economias (a nível mundial também). Há uma maior troca de bens entre os mais variados países e assiste-se a uma deslocação da maior parte das empresas para onde a mão de obra é mais barata, o que possibilita que o preço da produção baixe a todo o custo. Tudo isto é particularmente delicado. Há quem encare a economia global com um bem e há quem a encare como um mal. Segundo alguns:"Os pobres são pobres não devido ao excesso de globalização, mas devido à sua falta." Para eles, o princípio da economia global é justo, visto que com este tipo de sistema, pretende-se estimular o crescimento económico a nível mundial e dar mais oportunidades aos países desfavorecidos. O potencial para que os países em desenvolvimento prosperem por meio de um papel mais inclusivo nas novas negociações comerciais é significativo em termos de crescimento do PIB, mas é ainda mais importante quanto aos benefícios a serem auferidos pelos cidadãos desses países. Uma nova perspectiva de negociações comerciais concentrada na redução das tarifas sobre produtos pode fornecer mais opções e preços competitivos, incluindo o acesso a muitas mercadorias menos disponíveis. Historicamente há escassez de equipamentos médicos, equipamentos agrícolas e produtos farmacêuticos nos países em desenvolvimento; a redução das tarifas e protecção mais eficaz dos direitos de propriedade intelectual poderão fornecer o incentivo necessário para que os comerciantes e investidores entrem em mercados de países em desenvolvimento. Além disso, as restrições sobre os investimentos e propriedades externas vêm dificultando o crescimento dos sectores de serviços - o componente de crescimento mais rápido da economia global. Tradicionalmente, os países em desenvolvimento são tidos como pouco atraentes em termos de investimentos. A participação activa no sistema de comércio mundial, incluindo a adopção de normas globais de comércio, incentiva um clima que atrai o investimento externo. Para outros, a economia global é um autêntico fantasma –é baseada nas vontades dos países mais industrializados, particularmente os países do G-7, cujos governos e firmas privadas (e nalguns casos as ONG’s) exercem uma influência desproporcional sobre todo o sistema. O busílis da questão não está na estratégia que a economia global pretende definir, mas sim na forma como é orientada. Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2003/2004 Licenciatura em Engenharia Informática PROCESSOS DE GESTÃO 2.1- Será a economia global uma economia justa? Apesar de não existir um “governo mundial” assumido, é bem sabido que a política está intimamente associada à economia. Governos de uma economia mundial existem e continuam a desenvolver-se. A sua evolução é pautada por processos políticos e por poder. Assim sendo, as decisões tomadas pelos chefes das grandes potências são um dos factores que mais influenciam a economia à escala global. Em todo o tipo de sociedades (seja com que sistema político for), as imperfeições económicas abundam. A influência de grandes empresas nos grandes sistemas políticos internacionais (Estados Unidos e outros…) afectam a economia global em larga escala. As grandes multinacionais compram influências. As actividades de muitas dessas empresas, consideradas actividades legais, constituem uma ameaça ainda maior a uma economia sustentada, do que a corrupção que se verifica em muitos países do terceiro mundo. Devem ser expostas e avaliadas as suas consequências. Para que possa ser justo, o sistema tem de se pôr à margem das grandes empresas. O problema é que, presentemente, falta ao mundo uma liderança política com uma visão verdadeiramente global. Todos estes erros conduzem a uma economia injusta, em que os ricos se tornam cada vez mais ricos à custa dos pobres. Para além disso, até os próprios países de origem da empresas “fortes” são afectados com uma enorme taxa de desemprego. Os trabalhadores dos países mais pobres são explorados e mal pagos, sem que tenham os direitos e deveres que assistem a um trabalhador. 2.2 - Qual o futuro de uma economia deste tipo? Actualmente é comum aceitar que na recente história contemporânea a economia divide-se em três grandes classes - economia industrial, economia de escala e a economia de redes. A citada economia de redes é que está mais intimamente ligada ao que conhecemos hoje como economia global. Desde então, assistiram-se a momentos iniciais de entusiasmo, uma vez que a premissa da globalização traria uma proximidade entre todas as nações e tal conceito traria consigo inúmeras possibilidade de ampliar os negócios, uma vez que o mundo todo passa a ser um mercado único. No entanto, na prática observamos outro comportamento, ou seja: ainda há grandes choques culturais; economias frágeis de nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento; barreiras proteccionistas de países ricos; especulação; investidores que ficaram sem nada em bolsas de valores; sistemas falidos e insustentáveis do ponto de vista financeiro; sistema financeiro baseado em confiança e risco; entre outros componentes. A soma de todas estes componentes gera muitas variáveis e a maioria delas não têm mecanismos padronizados de controlo para evitar um colapso da economia global. Por isto, vemos gente desesperada a defender seu dinheiro, seja um governo, uma comunidade ou simplesmente uma pessoa. A protecção dos interesses de cada nação ou pessoa pode levar à bancarrota todo o sistema capitalista, e o pior é que isto pode acontecer como num efeito dominó. A perda da confiança no sistema pode causar estragos de proporções muito maiores do que ocorreu no passado com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. Para que tudo funcione bem tem de haver uma igual representação de todas as economias – passar a haver uma maior transparência das maiores instituições, maior representação democrática e uma maior preocupação pelo desenvolvimento sustentável. Há que fazer tudo para que a confiança dos investidores volte. A única ressalva para evitar o desmantelamento do sistema é a criação de regras rígidas de controle e de participação. O mundo como um mercado global representa um enorme bolo e a divisão clara das fatias pode determinar para a economia um futuro de falência ou de crescimento global. Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2003/2004 Licenciatura em Engenharia Informática PROCESSOS DE GESTÃO 3. Conclusões Com este artigo acho que consegui esclarecer o que é a globalização e a economia global. Expliquei também quais são as maiores dificuldades que uma economia deste tipo atravessa e pode vir a atravessar. Agradecimentos Agradeço ao professor da cadeira de Processos de Gestão e a todos os colegas que lerem o artigo. Referências Para a escrita do artigo consultei os seguintes sítios: http://www.twnside.org.sg/title/civilised.htm http://www.rcgg.ufrgs.br/cap3.htm http://www.alp.org.au/policy/platform2000/chapter_05.html http://www.rcgg.ufrgs.br/eng08006.htm http://usinfo.state.gov/journals/ites/0102/ijep/ijep0102.htm http://www.uu.edu/personal/dmichael/mgt318/ppt/chap03/tsld016.htm http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/99/11/05/eco865.html Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2003/2004 Licenciatura em Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra PROCESSOS DE GESTÃO 2003/2004