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BANPARÁ
TÉCNICO BANCÁRIO
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico
Noções de Informática
Matemática
Atendimento e Ética
Conhecimentos Bancários
09/2015 – Editora Gran Cursos
GS1: 789 862 062 0 523
GG EDUCACIONAL EIRELI
SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF
CEP: 71.200-032
TEL: (61) 3209-9500
[email protected]
AUTORES:
Bruno Pilastre
Roberto Vasconcelos
Henrique Sodré
Will / Rebecca Guimarães / Davids
Marcos Freire
PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro
DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado
CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino
DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira
SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano
DIAGRAMAÇÃO: Oziel Candido da Rosa, Washington Nunes Chaves e Charles Maia
REVISÃO: Carolina Fernandes, Luciana Silva e Sabrina Soares
CAPA: Pedro Wgilson
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte
deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de
informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio
consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.
REBECA GUIMARÃES
AUTORES
BRUNO PILASTRE
Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília.
Professor de Redação Discursiva e Interpretação de
Textos.
Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e
Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora
Gran Cursos.
HENRIQUE SODRÉ
Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde
2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes
da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal.
Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí­
odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação e pós-graduando em Gestão Pública. Minis­tra
aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona
nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor
do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos.
MARCOS FREIRE
Pós-doutorado em Contabilidade e Controladoria pela
Universidade Monterrey no México. Doutor em Administra­
ção e Finanças pela USP. Mestre em Administração e Finan­
ças pela USP. Pós-graduado em finanças pelo IBMEC e em
Metodologia e Didática do Ensino Superior. Graduado em
Engenharia Financeira pela FGV. Economista, Administrador
e Contador. Professor, há mais de 30 anos, em cursos prepa­
ratórios de diversas cidades do Brasil, como Brasília, Manaus,
Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, dentre outras. Profes­
sor visitante em várias Universidades.
Ator das obras: Conhecimentos Bancários pela Editora
Gran Cursos, Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada,
Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade
de Custos, Manual de Auditoria, Auditoria Governamental,
Administração Financeira & Orçamentária, Finanças Públi­
cas, Administração Pública, Mercado Financeiro, dentre
outras.
REBECCA GUIMARÃES
Graduada em Sociologia e Antropologia pela Universi­
dade de Brasília e com mestrado em Filosofia Social também
pela Universidade de Brasília. Suas aulas estão relaciona­das
aos principais temas ligados ao Código de Ética do Ser­vidor
Público e às atualidades, tendo como principal foco concur­
4
sos públicos e vestibulares. Rebecca Guimarães é sinônimo
de aulas interessantes e bem elaboradas. É autora da obra
OS E.U.A e a alienação fundamentalista religiosa pela Editora
UnB.
ROBERTO VASCONCELOS
Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de
Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística.
Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, minis­
trando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística. Autor
dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio
Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos.
Í N D I CE G E RAL
LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................................................................7
RACIOCÍNIO LÓGICO.................................................................................................................................103
NOÇÕES DE INFORMÁTICA........................................................................................................................153
MATEMÁTICA...............................................................................................................................................271
ATENDIMENTO E ÉTICA...............................................................................................................................331
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS..................................................................................................................387
LÍNGUA PORTUGUESA
S U M ÁRI O
ORTOGRAFIA OFICIAL, TIPOLOGIA TEXTUAL, ACENTUAÇÃO GRÁFICA............................................8/59/22
FLEXÃO NOMINAL E VERBAL........................................................................................................................36
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.........................................................................................................41
PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO.........................................................50
TEMPOS E MODOS VERBAIS..........................................................................................................................37
VOZES DO VERBO.........................................................................................................................................43
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL........................................................................................................44
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL....................................................................................................................46
CRASE.............................................................................................................................................................48
PONTUAÇÃO.................................................................................................................................................55
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.....................................................................................................................52
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS.......................................................................................................................28
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO............................................................................................57
QUESTÕES DIVERSAS
b. Somente na década de 50 do século XX é que o
hábito de viajar foi transformado (linhas de 8 a 9).
c. com geração de lucros, empregos e divisas para
países populosos (linhas 7 e 8).
d. as “boas famílias” determinavam que seus filhos
finalizassem a educação com viagem, para apren­
der idiomas (linhas de 1 a 4).
e. e explodiram como atividade de lazer para milhares
de pessoas (linhas 10 e 11).
FUNIVERSA
EMBRATUR/ INTERMEDIÁRIO
BRUNO PILASTRE
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
1
5
10
15
O hábito de viajar é antigo. No século XVII, as
“boas famílias” determinavam que seus filhos com­
pletassem a educação com viagem, para aprender
línguas e costumes de outros povos, comprar obras
de arte e visitar os monumentos da Antiguidade.
Em meados do século XIX, as viagens passaram
a ser organizadas por profissionais, com geração de
lucros, empregos e divisas para numerosos países.
Apenas na década de 50 do século XX é que o hábito
de viajar foi transformado em uma atividade significa
tiva em termos socioeconômicos e culturais, explodindo
como exercício de lazer para milhões de pessoas. A
atividade turística é, portanto, produto da sociedade
capitalista industrial e desenvolve-se sob o impulso
de motivações diversas, que incluem o consumo de
bens culturais. No entanto, o turismo não é somente
uma atividade econômica, e sim um fenômeno social
com base cultural, histórica e ambiental. O pragma­
tismo econômico induz a uma visão reducionista,
que desconsidera a complexidade desse fenômeno.
Adriana Pisoni da Silva. O saber-fazer do turismo na revitalização de
sítios históricos urbanos: um estudo das praças e da alfândega na
cidade de Porto Alegre/RS. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) –
Faculdade de Arquitetura, UFRGS, Porto Alegre, 2006, p. 25
(com adaptações).
1.
3.
Assinale a alternativa que apresenta reescritura de fra­
se com alteração de sentido em comparação com a
original: “No entanto, o turismo não é somente uma
atividade econômica, e sim um fenômeno social com
base cultural, histórica e ambiental” (linhas de 15 a 17).
a. O turismo, por conseguinte, não é uma atividade
econômica, mas sim um fenômeno social com
base cultural, histórica e ambiental.
b. O turismo, entretanto, não é somente uma ativi­
dade econômica, e sim um fenômeno social com
base cultural, histórica e ambiental.
c. No entanto, o turismo não é somente uma atividade
econômica; é, sim, um fenômeno social com base
cultural, histórica e ambiental.
d. No entanto, o turismo não é somente uma atividade
econômica, e sim um fenômeno social com base
histórico-cultural e ambiental.
e. Entretanto, o turismo não é tão-somente uma ati­
vidade econômica, e sim um fenômeno social com
base cultural, histórica e ambiental.
4.
Com relação à frase “O pragmatismo econômico induz
a uma visão reducionista, que desconsidera a comple­
xidade desse fenômeno” (linhas de 17 a 19), assinale
a alternativa correta.
a. O termo “pragmatismo” é sinônimo de especulação
de conteúdo teórico-ideológico.
b. Uma “visão reducionista” é o mesmo que uma
perspectiva redundante.
c. Se a frase em estudo fosse o título mais destacado
de uma seção de um jornal, o “O” inicial, o “a” an­
terior a “uma visão” e o “a” que precede “complexi­
dade” poderiam ser indiscutivelmente eliminados,
para deixar a frase mais sintética.
d. A introdução de uma vírgula após a palavra “econô­
mico” é inadequada: essa inserção não é aceitável,
ainda que se deseje fazer breve pausa para mar­
cação de ênfase.
e. A frase original poderia ser adequadamente rees­
crita assim: O pragmatismo econômico que des­
considera a complexidade desse fenômeno induz
a uma visão reducionista.
Com base nas ideias e nos fatos gramaticais do texto
I, assinale a alternativa correta.
a. O texto, certamente, consta da parte final, na con­
clusão, do original. Isso pode ser comprovado pelo
uso de “portanto” na linha 12.
b. Um indivíduo qualquer de classe média baixa que
se dispusesse a viajar pelo mundo, segundo o tex­
to, em 1810, já teria à sua disposição os serviços
de empresas de turismo de tradição.
c. O emprego das aspas na linha 2 sugere reprodu­
ção de expressão comum da sociedade brasileira,
que carrega conteúdo ideológico.
d. A popularização do turismo, ao longo do tempo,
criou empecilhos para aqueles que eram educados
para aprender línguas e costumes de outros povos,
na compra de obras de arte e nas visitas aos monu­
mentos da Antiguidade.
e. O pragmatismo econômico, que explodiu como ati­
vidade de lazer para milhões de pessoas, induz a
uma visão reducionista, que desconsidera a com­
plexidade do turismo.
Texto II, para responder às questões 5 e 6.
1
2.
Assinale a alternativa que apresenta reescritura de
parte do texto I com preservação do sentido original e
manutenção da correção gramatical.
a. Em meados do século XIX, passou a ser organiza­
das as viagens por profissionais (linhas 6 e 7).
8
Os diferenciais de mortalidade entre os distin­
tos estratos sociais, que eram altos durante as déca­
das de 70 e 80 do século XX, quando se consideram
renda, educação ou saneamento básico, mantêm-se
10
15
ainda elevados na fase mais recente. É o que deixam
transparecer as informações da tabela a seguir, quando
se calcula a mortalidade por anos de estudo da mãe.
Embora haja clareza de que tem havido redução
do número de mulheres sem instrução no país, tanto em termos absolutos quanto em relativos, é bom
mencionar que, do total de mulheres de 15 a 49 anos
analfabetas ainda existentes no país, que eram 3,5
milhões em 1996, 63% eram nordestinas e represen­
tavam cerca de 20% do contingente das mulheres em
idade fértil da região. Ou seja, são exatamente essas
mulheres, juntamente com parcelas de outros segmen­
tos de mulheres um pouco mais instruídas, que estão
à margem não só dos benefícios econômicos, mas
também da maioria dos serviços básicos de saúde.
tos. Em primeiro lugar, o número de analfabetas
brasileiras de 15 a 49 anos era de 3,5 milhões
em 1996. Em segundo, 63% do total de mulheres de 15 a 49 anos analfabetas ainda existentes no país eram nordestinas. E, finalmente,
esse percentual representava, à época, cerca
de 20% do contingente das mulheres em idade
fértil da região.
6.
Taxa de mortalidade infantil média, segundo anos
de estudo da mãe Brasil – 1986/1995
Anos de estudo da mãe Taxa de mortalidade infantil (%)
Menos de 1
93,0
de 1 a 3
70,0
4
42,0
de 5 a 8
38,0
de 9 a 11
28,0
12 ou mais
9,0
IBGE – Departamento da População e Indicadores Sociais. Rio de
Janeiro: IBGE, 1999 (com adaptações).
5.
Assinale a alternativa correta quanto ao texto II.
a. Apesar de tratar de tema de caráter científico, o
autor deixa entrever sua emoção ao lidar com re­
flexões acerca de mortalidade infantil; assim, pre­
domina no texto a linguagem conotativa, com me­
táforas, ironias e paradoxos.
b. O sinal indicativo de crase na expressão “à mar­
gem”, linha 18, é consensualmente opcional, se­
gundo a perspectiva dos gramáticos.
c. Os trechos das linhas de 8 a 10 e de 17 a 19 podem
ser reescritos, respectivamente, pelas seguintes
construções: tem ocorrido redução do número
de mulheres sem instrução no país, tanto em
termos absolutos e relativos e que estão à margem não só dos benefícios econômicos, porém
da maioria dos serviços básicos de saúde.
d. A frase É o que deixa transparecer as informações da tabela a seguir, quando se calcula a
mortalidade por anos de estudo da mãe rees­
creve corretamente a original das linhas de 5 a 7.
e. O fragmento das linhas de 8 a 15 é um longo perío­
do, que, para maior clareza, poderia corretamente
ser subdividido. Uma redação possível seria:
Existe clareza de que tem havido redução do
número de mulheres sem instrução no país,
tanto em termos absolutos quanto em relativos. Apesar disso, é bom mencionar certos fa-
Com relação às informações do texto II, assinale a al­
ternativa correta.
a. Os dados estatísticos expostos no texto compro­
vam que a escolaridade da mãe tem importância
inexpressiva na taxa de mortalidade infantil, se
comparada à carência de saneamento básico da
família.
b. Os índices atuais de renda, educação, saneamento
básico e mortalidade infantil nos diversos estratos
sociais são pouco preocupantes na perspectiva do
poder público brasileiro.
c. A taxa de mortalidade infantil dos filhos das mães
de menor instrução é superior a dez vezes o va­
lor da taxa de mortalidade dos filhos das mães de
maior instrução.
d. Mesmo na situação em que as mães têm um ní­
vel educacional mínimo (quatro anos), o índice de
mortalidade infantil do grupo é mais de cinco vezes
superior ao de crianças de mães com mais de doze
anos de instrução.
e. O índice de analfabetismo da população feminina
brasileira tem-se mantido estável nos últimos trinta
anos.
Texto III, para responder às questões 7 e 8.
Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.
Manuel Bandeira. O rio. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:
Aguilar, 1967, p. 334.
7.
No texto III, as expressões “deflui” (verso 1) e “se pe­
jam” (verso 5) têm sentido de, respectivamente,
a. decai e se envergonham.
b. se enche e se constituem.
c. decola e se escondem.
d. corre e se enchem.
e. se detém e se apresenta.
8.
Assinale a alternativa correta a respeito da estrutura
semântico-sintática do texto III.
a. A construção “refleti-las”, empregada duas vezes
no poema, equivale a refleti + as (ou seja: refleti
(tu) + as).
9
LÍNGUA PORTUGUESA
5
BRUNO PILASTRE
b. O verso 4 estaria corretamente reescrito com a se­
guinte estrutura: Se houverem estrelas nos céus,
refleti-las.
c. O verso 6 estaria correto e preservaria o sentido
original com a seguinte reescritura: Porque o rio as
nuvens são água.
d. O termo “las”, que aparece no verso 4 e no 7, re­
fere-se, respectivamente, a “trevas” e a “nuvens”.
e. Os verbos no infinitivo são empregados, no texto,
com valor de imperativo (modo que indica ordem,
pedido, conselho).
35
40
GABARITO
45
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
c
b
a
d
e
c
d
e
50
55
SES-DF/ SUPERIOR
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
O sabão que aqui lava não lava como lá
1
5
10
15
20
25
30
A tendência de adaptar produtos para atender às
particularidades de um país começou nos anos 1950
com a indústria automobilística e tornou-se crucial
depois da globalização. Hoje, multinacionais do setor
de bens de consumo lideram os investimentos nessa
direção. A medida é estratégica quando se trata de con­
quistar mercado em países emergentes, onde a classe
média ainda alarga suas fronteiras. No Brasil, nada
menos do que 20 milhões de pessoas foram alçadas à
classe C nos últimos três anos, dando novo contorno à
sociedade de consumo. Isso é o que compensa os altos
gastos com aquilo que o jargão do marketing chama de
segmentação. O processo pode ser simples, como a
adição de açúcar à receita de um biscoito, ou implicar a
completa transformação de um produto. Tudo para con­
templar hábitos ou até condições climáticas que variam
de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais
difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão con­
tinental, muda quase tudo de uma região para outra.
O segmento de bens de consumo abarca alimen­
tos, bebidas e produtos de higiene e limpeza — basi­
camente tudo o que se encontra em um supermer­
cado. Ele é composto, grosso modo, de quinze grandes
empresas no mundo. Apenas duas dessas compa-nhias globais, a Procter & Gamble e a Unilever, produ­
zem mercadorias tão variadas como sorvete, xampu,
detergente, ração para cachorro e pilha. Ambas estão
esparramadas por mais de uma centena de países e,
juntas, faturam algo como 140 bilhões de dólares por
ano — quase o mesmo que todo o setor de eletrônicos.
10
60
65
70
75
A Nestlé criou, em 2005, um leite em pó exclusi­
vamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas
que são deficientes na alimentação local, e ainda o
embalou em saco plástico, para baixar o preço. Com
tais ajustes, já vende nessa única região brasileira
quantidade de leite em pó equivalente à que con­
some a população inteira de um país como o México.
No Brasil, não há algo como um perfil único do
consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é preciso levar em conta os hábitos regionais e
a diversidade do clima — coisas que não se acham,
por exemplo, em países menores e culturalmente
mais homogêneos. Para uma empresa como a
L’Oréal, a maior do mundo no setor de produtos de
beleza, isso significa produzir uma variedade quatro
vezes maior de xampus e condicionadores do que
em outros países. Só para cabelos cacheados, há
cinco variações. A velha expressão “ao gosto do fre­
guês” nunca fez tanto sentido no mundo dos negócios.
O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a
entender por que uma empresa global como a Unile­
ver precisa adaptar um mesmo produto para vendê­
-lo em diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum
outro lugar a espuma é tão abundante — um sinal para
os brasileiros de que a roupa será bem lavada. A cor
azul, outra particularidade local, é associada à limpeza,
uma vez que, por muito tempo, se usou no país o anil
para alvejar as roupas. Na Argentina, Ala: a ausên­
cia de espuma é uma adaptação ao tipo de máquina
de lavar mais comum no país. Como o aparelho tem
uma abertura na frente — e não em cima, como os
modelos brasileiros —, a espuma poderia transbordar
e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz pou­
quíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma
verdadeira obsessão para os chineses, que temem
que os resíduos do sabão na roupa causem alergia.
Na Inglaterra, Persil: a versão líquida domina o mer­
cado inglês e o de outros países europeus. Conside­
rada mais simples de usar e sem deixar pó no chão,
adéqua-se bem à realidade de pessoas que costumam
lavar a própria roupa. Em El Salvador, Xtra: quase nin­
guém tem máquina de lavar, daí o sabão ser em barra
e redondo — feito para deslizar num tipo de tanque
horizontal e sem ondulações, o mais comum no país.
Dado o apreço por perfumes na América Central, a
concentração deles no sabão é a mais alta do mundo.
Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações).
1.
Assinale a alternativa que interpreta corretamente in­
formações do texto I.
a. No Brasil, por volta de 20 milhões de pessoas atin­
giram a classe C nos últimos três anos, em virtude
da segmentação de bens de consumo.
b. A globalização foi decisiva na segmentação de
bens de consumo por parte das multinacionais.
c. O sabão em pó Omo recebe nome diferente em
cada país onde é vendido, para evitar a identifica­
ção do produto pelos consumidores.
d. O povo inglês é mais trabalhador que os demais,
já que as pessoas costumam lavar a própria roupa.
e. A L’Oréal, a maior empresa do mundo, produz
cinco variações de xampus e de condicionadores
para os consumidores de seus produtos em todos
os países.
3.
4.
Assinale a alternativa correta com relação ao texto I.
a. O título do texto é explicitamente desenvolvido no
quinto parágrafo do texto.
b. É correto afirmar que o texto I é literário, com pre­
dominância de metáforas, o que se constata já no
título.
c. Os dados numéricos apresentados no texto são
inevitavelmente precisos.
d. A segmentação dos produtos de consumo pauta­
-se, sem exceção, em longos processos de alta
complexidade.
e. Sabendo que o título do texto remete a um poema
bastante conhecido na literatura brasileira, é cor­
reto afirmar que o desconhecimento acerca desse
poema impede o entendimento adequado do texto.
Assinale a alternativa em que a alteração feita mantém
a correção gramatical de passagens do texto I, segun­
do a linguagem formal.
a. adeqúa-se bem na realidade (linha 70).
b. oram alçadas em classe C (linha 9-10).
c. equivalente à qual consome a população (linha 36-37).
d. No Brasil, não tem algo como um perfil único do
consumidor (linhas 38 e 39).
e. coisas que não se encontram, por exemplo, em pa­
íses menores (linhas 41 e 42).
O termo ao qual se refere o “que” ou o “onde”, no
texto I, está corretamente determinado em
a. “onde a classe média ainda alarga” (linhas 7 e 8),
em que “onde” = “mercado” (linha 7).
b. “Isso é o que compensa” (linha 11), em que “que” =
“sociedade de consumo” (linha 11).
c. “que são deficientes” (linha 33), em que “que” = “vi­
taminas” (linha 33).
d. “altos gastos com aquilo que o jargão” (linhas 11 e
12), em que “que” = “jargão” (linha 12).
e. “equivalente à que consome” (linha 36), em que
“que” = “região brasileira” (linha 35).
20
25
30
35
40
45
50
55
Internet: <www.acertomedico.com>. Acesso em 31/3/2011.
5.
De acordo com o texto II, assinale a alternativa correta.
a. Negócio e exploração mercantil são termos que se
confundem, uma vez que se baseiam em algo co­
mum: a falta de ética profissional.
b. Novas indicações do bom médico pelo paciente a
amigos e conhecidos são causas de maior confian­
ça e de maior fidelidade do paciente.
c. A demonstração, por parte do médico, da arrogân­
cia de quem detém o poder da cura cria no pacien­
te certo temor e admiração, o que gera fidelidade.
d. Há várias estratégias que o profissional pode ado­
tar para pôr em prática o marketing médico.
e. O uso da complexa terminologia médica no trato
com o paciente leva-o à idolatria do profissional,
pois o que não se entende gera respeito; assim, o
médico deve usar tal técnica como base do marke­
ting profissional.
6.
Assinale a alternativa que apresenta declaração cor­
reta, segundo a norma-padrão, acerca de passagens
do texto II.
a. Na linha 1, o “se” pode ser retirado, sem prejuízo
gramatical para a frase, pois aproxima a escrita da
fala informal praticada pelos brasileiros.
Texto II, para responder às questões 5 e 6.
1
5
10
15
Antigamente, o sonho de se formar em medi­
cina agregava mais que a vocação de curar: invaria­
velmente representava o início de uma carreira sólida,
financeiramente próspera e de grande estabilidade.
O tempo passou, e a realidade, agora, surpreende
os médicos contemporâneos com novas exigências que
extrapolam o âmbito da saúde. Quem quiser a sonhada
prosperidade precisa entender o mercado, conhecer
seu público-alvo e adotar medidas para obter e fidelizar pacientes. Em resumo, praticar marketing médico.
A manutenção do profissional, de seu consultório
ou clínica é, sim, um negócio. E precisa ser encarada
como tal, sem preconceitos ou medos. A palavra negócio
não é sinônimo direto de exploração mercantil, tampouco exclui os conceitos de ética, dedicação e humanismo.
Ao contrário: médicos que entenderam o que é, de fato,
o marketing aplicado à atividade que desenvolvem pas­
saram a dar a seus pacientes um atendimento melhor.
Ampliar o relacionamento com os pacientes, me-
lhorar a comunicação, oferecer mais e melhores servi­
ços, adotar práticas de gestão que agilizem e facilitem o
atendimento são algumas das ações que compreendem o
famoso “marketing médico”. Quando isso é feito de forma
criteriosa e ética, os resultados são sempre positivos.
Na prática, toda vez que o médico se coloca no lugar
do paciente e dispensa a ele o tratamento que gostaria
de receber, já está trabalhando bem o seu marketing. Se
está disposto a esclarecer diagnósticos e tratamentos,
sem usar a complexa terminologia a que está acostumado; se assume uma postura de quem está servindo o
paciente com seu conhecimento, e não com a arrogân­
cia de quem detém o poder da cura… bem, está aqui
alguém que sabe aplicar a base do marketing médico.
As demais medidas surgem como consequência
de quem realmente está disposto a prestar um aten­
dimento eficaz e marcante. E, aí, vale aplicar ferra­
mentas já consagradas, estudar um pouquinho de
marketing e administração e buscar suporte espe­
cializado. Além disso, usar a criatividade: telefonemas para o paciente atendido nos plantões, bus­
cando informações acerca de possíveis melhoras
da sua saúde durante o tratamento, tirando dúvidas
relativas às medicações indicadas; envio de cartões
de aniversário, entre outras. Atitudes simples assim
fazem que o paciente se sinta prestigiado e estabele­
cem um novo nível no relacionamento com o médico.
Quando o paciente e o médico se comuni­
cam bem, há mais clareza, mais confiança, me­
lhores resultados no tratamento e, consequentemente, maior fidelidade e novas indicações.
Afinal, o paciente tem inúmeras opções de pro­
fissionais proporcionadas pelo plano de saúde. Em
um primeiro momento, irá buscar aquele que, de al­
guma forma, for mais conveniente a ele, seja pela
proximidade geográfica seja por indicação rece­
bida. Mas, se não gostar do atendimento que rece­
ber, voltará, sem pestanejar, ao catálogo até encon­
trar o médico que, de fato, cativar sua fidelidade.
11
LÍNGUA PORTUGUESA
2.
BRUNO PILASTRE
b. Na linha 12, o “sim” sugere que há pessoas contrá­
rias à ideia de que a manutenção, pelo profissio­
nal, de seu consultório ou de sua clínica seja um
negócio.
c. Na linha 14, a palavra “tampouco” pode ser corre­
tamente grafada como tão pouco.
d. Na linha 17, o acento grave do “à” pode ser retira­
do, sem prejuízo gramatical para a frase.
e. Na linha 26, o pronome “ele” cria ambiguidade ir­
recuperável, pois nem o contexto é capaz de es­
clarecer se esse pronome se refere a “médico” ou
a “paciente”.
GABARITO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
b
a
e
c
d
b
12
RACIOCÍNIO LÓGICO
S U M ÁRI O
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS FICTÍCIOS.............................................................................................................................................141
DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES (No decorrer do conteúdo)
COMPREENSÃO E ELABORAÇÃO DA LÓGICA DAS SITUAÇÕES, POR MEIO DE: RACIOCÍNIO VERBAL; RACIOCÍNIO MATEMÁTICO (QUE ENVOLVA, DENTRE OUTROS, CONJUNTOS NUMÉRICOS
RACIONAIS E REAIS – OPERAÇÕES, PROPRIEDADES, PROBLEMAS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES, NAS FORMAS FRACIONÁRIA E DECIMAL; CONJUNTOS NUMÉRICOS COMPLEXOS; NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS; RAZÃO E PROPORÇÃO; DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA; PORCENTAGEM). RACIOCÍNIO SEQUENCIAL; ORIENTAÇÃO
ESPACIAL E TEMPORAL................................................................................................................................104
FORMAÇÃO DE CONCEITOS; DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS. COMPREENSÃO DO PROCESSO
LÓGICO QUE, A PARTIR DE UM CONJUNTO DE HIPÓTESES, CONDUZ, DE FORMA VÁLIDA, A CONCLUSÕES DETERMINADAS (No decorrer do conteúdo)
CONJUNTOS NUMÉRICOS
I = {X / X é dízima não periódica}
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
ℕ = {0; 1; 2; 3; 4; 5; ...}
Propriedades dos Números Naturais
• A soma de dois números naturais quaisquer é um
número natural.
• O produto de dois números naturais quaisquer é um
número natural.
• Se n é um número natural, então n+1 é um número
natural tal que:
–– n e n + 1 são chamados de “números naturais
consecutivos”;
–– n é o antecessor de n + 1;
–– n + 1 é o sucessor de n.
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS
ℤ = {0; + 1; + 2; + 3; + 4; + 5; ... }
1 1 3


R = ℚ ∪ I = ...; −5; −1; − ;0; ; ;1, 45; π;...
2 2 4


Observações:
1) Número racional é todo aquele que pode ser escrito
na forma de a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0.
b
2) Número irracional é todo aquele que NÃO pode ser
a
com “a” e “b” inteiros e “b” ≠
escrito na forma de
b
0.
3)ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ.
4) ℚ ∩ I = ∅.
5) Resumo:
R
I
Propriedades dos Números Inteiros
ROBERTO VASCONCELOS
• Todo número natural é inteiro, isto é, N ⊂ Z.
• A soma de dois números inteiros quaisquer é um
número inteiro.
• A diferença entre dois números inteiros quaisquer é
um número inteiro.
• O produto de dois números inteiros quaisquer é um
número inteiro.
• Se n é um número natural, então n+1 é um número
natural tal que:
–– n e n+1 são chamados de “números inteiros con­
secutivos”;
–– n é o antecessor de n+1;
–– n+1 é o sucessor de n.
• Todo número inteiro possui sucessor e antecessor.
• Para todo número inteiro x existe o inteiro y, deno­
minado “oposto de x ”, tal que x + y = y + x = 0. Indi­
caremos o oposto de x por - x.
N
Z
Q
INTERVALOS REAIS
Certos subconjuntos de R, determinados por desigual­
dades, têm grande importância na Matemática: são os inter­
valos. Assim, dados dois números reais, a e b, com a > b,
tem-se:
1. Intervalo aberto de extremos a e b:
]a,b[
a
b
ou ( a,b ) ou ( a,b ) ou {x ∈ R / a < x < b}
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS OU FRACIONÁRIOS
2. Intervalo fechado de extremos a e b:
1 3


ℚ= ...; −5; − ;0; ;1, 45;...
2 4


a
b
[a;b]{x ∈ R / a ≤ x ≤ b}
p

Q =  / p ∈ ℤ e q ∈ ℤ* 
q

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS
{
}
I=
...; − 10; 3 2; 4 3; π;...
Indicamos o conjunto de todos os números irracionais
pelo símbolo I.
14
3. Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de
extremos a e b:
a
b
[a,b[ ou [a,b ) ou {x ∈ R / a ≤ x < b}
4. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de
extremos a e b:
e. I, II e III.
Solução
a
b
]a,b] ou ( a,b] ou {x ∈ R / a < x ≤ b}
Para todo n ∈ Z temos que 2n é sempre par e 2n - 1 é
sempre ímpar.
Logo A= {..., −6, −4, −2,0,2, 4,6,...} e B= {..., −5, −3, −1,1,3,5,...} .
5. Intervalo incomensurável fechado à esquerda em a:
a
[a, +∞[
ou [ +∞ ) ou {x ∈ R / x ≥ a}
Daí segue que A ∩ B =
∅ ; A é o conjunto dos números
ℤ.
pares; B é o conjunto dos números ímpares e B ∪ A =
Portanto, todos os itens estão corretos. Letra “e”.


=
n,n ∈ N B =
5n,n ∈ N}
{x ∈ R / x =
x ℤ /
,
R.2. Se e A =∈
x


então o número de elementos de A ∩ B é:
a.3
b. 4
c.5
d.6
e.7
20
a
]a, +∞[
ou ( a, +∞ ) ou {x ∈ R / x > a}
Solução
7. Intervalo incomensurável fechado à direita em a:
a
]−∞,a] ou ( −∞,a] ou {x ∈ R / x ≤ a}
8. Intervalo incomensurável aberto à direita em a:
]−∞,a[
20
seja um
Os possíveis valores inteiros de x, tal que
x
número natural são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}. Temos também que B
= {0, 5, 10, 15, 20, ...}.
Portanto, A ∩ B = {5, 10, 20}. Daí segue que n (A ∩ B).
Letra “a”.
a
EXERCÍCIOS
ou ( −∞,a ) ou {x ∈ R / x < a}
(GRUPO 1)
9. Intervalo incomensurável de − ∞ a + ∞:
1.
a
]−∞, +∞[
ou ( −∞, +∞ ) ou R
Considere a e b números naturais quaisquer. Podemos
afirmar corretamente que:
a.
a
será um número natural.
2
b.
a
será um número natural.
b
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
c.
R. 1. Sejam os conjuntos A = {2n | n ∈ Z} e B = {2n 1 | n ∈ Z}. Sobre esses conjuntos, pode-se afirmar:
I –A ∩ B = ∅
II –A é o conjunto dos números pares.
III –B ∪ A = Z
Está correto o que se afirma em:
a. I e II, apenas.
b. II, apenas.
c. II e III, apenas.
d. III, apenas.
a será um número natural.
d. a x b será um número natural.
e. a - b será um número natural.
2.
Considere os seguintes subconjuntos de números
naturais:
N = {0,1,2,3, 4,...}
P = {x ∈ N: 6 ≤ x ≤ 20}
=
A
=
B
=
C
{x ∈ P: x é par}
{x ∈ P: x é divisor de 48}
{x ∈ P: x é múltiplo de 5}
15
RACIOCÍNIO LÓGICO
6. Intervalo incomensurável aberto à esquerda em a:
O número de elementos do conjunto ( A − B ) ∩ C é:
a. 2
b. 3
c. 4
d. 5
e. 6
3.
Considere a equação 4x + 12y = 1.705. Diz-se que ela
admite uma solução inteira se existir um par ordenado
(x, y), com x, y ∈ Z, que a satisfaça identicamente. A
quantidade de soluções inteiras dessa equação é:
a. 0
b. 1
c. 2
d. 3
e. 4
OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS
As operações com números racionais englobam o
estudo das mesmas com os inteiros e consequentemente
com os naturais. Daremos ênfase ao estudo das operações
envolvendo frações.
Multiplicação de Frações
Para multiplicarmos duas ou mais frações, devem-se:
1º – multiplicar os numeradores, encontrando o novo
numerador;
2º – multiplicar os denominadores, encontrando o novo
denominador.
Exemplo
2 5 3 2 ⋅ 5 ⋅ 3 30
⋅ =
⋅
=
3 4 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7 84
Divisão envolvendo Frações
Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos
números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri­
meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor).
Exemplos
1)
3 4 3 7 3 × 7 21
÷ = × =
=
5 7 5 4 5 × 4 20
ADIÇÃO E/OU SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES
ROBERTO VASCONCELOS
2) 15 ÷
Com denominadores iguais
Conserva-se o denominador, adicionando ou sub­
traindo os numeradores.
Exemplo
4
7
9
4+7−9
2
+
−=
=
15 15 15
15
15
Substituem-se as frações dadas por outras, equiva­
lentes, cujo denominador será o MMC dos denominadores
dados.
Exemplo:
1 3 4 m.m.c ( 2; 4;9 ) = 36 18 27 16 18 − 27 + 16
7
− +
=
−
+
=
=
2 4 9
36 36 36
36
36
Como encontrarmos que a fração 16 , por exemplo, é
30
até que ela se torne irredutível,
36
30 2 15 3 5
=
:
:
isto é, não possa mais ser simplificada: =
.
36 2 18 3 6
Simplificar a fração
Podemos simplificar também uma fração encontrando
o MDC entre o numerador e o denominador da mesma.
Dessa forma, chegaremos a fração irredutível através de
uma única simplificação.
Vamos simplificar a fração
24
= 12 Logo:
Basta pegarmos o 24, dividirmos pelo número 3 e em seguida
multiplicarmos por 2 para encontrarmos o número 16.
Mais adiante poderemos encontrar uma fração equivalente
a outra usando proporção. Isto é, poderemos fazer:
16
Para simplificarmos uma fração há necessidade de
que o numerador e o denominador sejam divisíveis por
um mesmo número. Nesse caso, basta dividirmos ambos
(numerador e denominador) por esse valor, gerando assim
uma fração equivalente à primeira.
Exemplo
IMPORTANTE
(o que nos dá x = 16).
Simplificando Frações
Exemplo
Com denominadores diferentes
2
equivalente à fração ?
3
4 15 7 15 × 7 105
=
× =
=
7
1 4
1× 4
4
2 x
=
3 24
36
60
. Temos que mdc (36;60)
36 12 3
:
= .
60 12 5
Multiplicando Frações (simplificando antes do
produto)
Antes de realizarmos o produto das frações, podemos
simplificar as frações envolvidas na multiplicação.
Portanto, o número procurado é 60.
Regra Geral
Podemos simplificar qualquer numerador com qualquer
denominador das frações envolvidas.
2
×
5
4
×
3
7
=
?
Solução
Vamos simplificar o 2 e 4 por 2 e o 27 e 3 por 3, daí:
2
27
×
5
4
×
3
7
=
1
9
×
5
2
2
1
do seu salário com alimentação e
5
3
do que sobra com lazer. Sabendo que o salário de Paulo é
de R$ 1.080,00, qual a quantia, em reais, que ele gasta com
lazer?
Exemplo
27
R. 5. Paulo gasta
×
1
7
=
1
1080
⋅ 1080 =
= 360 → gasta com alimentação.
3
3
5
1.080 – 360 = 720 → lhe sobra.
126
IMPORTANTE
Quando vamos traduzir um problema escrito para a linguagem
matemática devemos lembrar que as preposições “da”, “de” e
“do” devem ser substituídas pela multiplicação.
2
2 ⋅ 720
⋅ 720
=
= 288 → gasta com lazer. Portanto,
5
5
Paulo gasta R$ 288,00 do seu salário com lazer.
EXERCÍCIOS
Exemplos
3
1 . minha idade
3
2) “
2
2
. certo número
de certo número,...” ⇒
5
5
3) “
4
4
. meu salário
do meu salário,...” ⇒
7
7
(GRUPO 2)
1.
7
2
3
dos
dos
de 120, obtém-se:
Calculando-se os
3
5
4
a. 95
b. 87
c. 84
d. 21
e. 16,8
2.
2
Um copo cheio de água pesa 385g. Com
da água
3
pesa 310g. Pergunta-se:
a. Qual é o peso do copo vazio?
3
b. Qual é o peso do copo com
de água?
5
3.
Pedro e Luís tinham, em conjunto, a importância de
3
de seu dinheiro e Luís
R$ 690,00. Pedro gastou
5
1
do que possuía, ficando ambos com quantias
gastou
4
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
R. 3. Qual é o número que somado à sua terça parte é
igual a 28?
Solução
Seja x o número que procuramos. Logo, temos:
1
x
3⋅x + x
x + ⋅ x = 28 ⇒ x + = 28 ⇒
= 28 ⇒
3
3
3
4x
28 ⋅ 3
= 28 ⇒ x =
⇒ x = 21
3
4
Portanto, o número procurado é 21.
iguais. Pedro tinha a quantia de:
a. R$ 510,00
R. 4. Determine o número tal que somado com a metade
da sua terça parte menos a quinta parte do seu dobro é igual
a 46.
b. R$ 270,00
c. R$ 450,00
d. R$ 350,00
Solução
Seja x o número que procuramos. Logo, temos:
x+
1 x 1
x 2x
⋅
− ⋅ ( 2x ) = 46 ⇒ x + −
= 46 ⇒
2  3  5
6 5
30x + 5x − 12x
23x
=46 ⇒
=46 ⇒
30
30
46 ⋅ 30
=
⇒
=
x
x 60
23
e. R$ 380,00
4.
Uma pessoa depois de ter percorrido correndo
um percurso e em seguida caminhado
1
de
5
3
do que fal­
4
tava, percebeu que ainda faltavam 320 metros para o
final do trajeto. A extensão total do circuito é de:
a. 1,2 km
b. 1,4 km
17
RACIOCÍNIO LÓGICO
1) “ 1 da minha idade,...” ⇒
c. 1,6 km
3
dos frascos de cada caixa eram do sabor limão e
8
d. 1,8 km
e. 2,0 km
5.
Toda a produção mensal de latas de refrigerante de cer­
ta fábrica foi vendida a três lojas. Para a loja A, foi ven­
dida metade da produção; para a loja B, foram vendidos
2
da produção e para a loja C, foram vendidas 2500
5
unidades. Qual foi a produção mensal dessa fábrica?
a. 4.166 latas
b. 20.000 latas
c. 25.000 latas
d. 10.000 latas
e. 10.100 latas
6.
Quando colocaram 46,2 litros de gasolina no tanque do
carro de Horácio, observou-se que o ponteiro do marca­
dor, que antes indicava estar ocupado
1
da quantidade
5
3
. Nessas condições, é cor­
4
reto afirmar que a capacidade total desse tanque, em li­
tros, é:
do tanque, passou a indicar
ROBERTO VASCONCELOS
c. 90
d. 96
e. 120
Da renda mensal de uma determinada família,
tinado para o aluguel da casa,
1
é des­
6
1
para a alimentação e
4
1
é usado na educação das crianças. Descontado da
8
renda mensal o dinheiro do aluguel, da alimentação e
da educação, a família deposita
1
do que sobra na
5
poupança, restando, ainda, R$ 440,00 para despesas
diversas. Com base nessas informações, determine,
em reais, 7% da renda mensal da família.
8.
9.
Quando meu irmão tinha a idade que tenho hoje, eu
1
da idade que ele tem hoje. Quando eu tiver
tinha
4
a idade que meu irmão tem hoje, as nossas idades
somarão 95 anos. Hoje, a soma de nossas idades, em
anos, é:
a. 53
b. 58
c. 60
d. 65
e. 75
Uma sorveteria adquiriu frascos de concentrados de
limão e morango. Os produtos foram entregues, em­
balados em 10 caixas com 24 frascos em cada caixa.
18
10. Em uma barraca que vende ferramentas para trabalho
no campo, um trabalhador gastou um total de R$ 86,00
na compra de 3 pás, 2 enxadas e 2 foices. Se o preço
6
do preço de cada en­
5
4
do preço de cada foice, então o preço de
xada e a
5
cada
de cada pá correspondeu a
a.
b.
c.
d.
e.
pá foi R$ 9,00.
pá foi R$ 12,00.
enxada foi R$ 12,00.
enxada foi R$ 15,00.
foice foi R$ 16,00.
11. Paulo e Cezar têm algum dinheiro. Paulo dá a Cezar
1
do que
R$ 5,00 e, em seguida, Cezar dá a Paulo
3
a. 70
b. 84
7.
os restantes do sabor morango. O número de frascos
de sabor morango adquiridos por essa sorveteria foi:
a. 90
b. 120
c. 150
d. 180
e. 200
possui. Assim, ambos ficam com R$ 18,00. A diferença
entre as quantias que cada um tinha inicialmente é:
a. R$ 7,00
b. R$ 9,00
c. R$ 8,00
d. R$ 10,00
e. R$ 11,00
12. Uma videolocadora classifica seus 1.000 DVDs em lan­
çamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final
de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo
a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto
do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de
catálogo locados foi:
a. 80
b. 100
c. 130
d. 160
e. 180
13. Numa visita ao zoológico, Zilá levou algumas bananas
que distribuiu a três macacos. Ao primeiro, deu a me­
tade do que levou e mais meia banana; ao segundo,
a metade do restante e mais meia banana; ao tercei­
ro, a metade do restante e mais meia banana. Se, as­
sim, ela distribuiu todas as bananas que havia levado,
quantas bananas recebeu o segundo macaco?
a. 8
b. 5
c. 4
d. 2
e. 1
estava com
apenas
1
de sua capacidade e o açude B com
4
1
. Para reduzir custos de manutenção, o
5
produtor resolveu passar
3
da água do açude B para
4
o açude A e trabalhar apenas com este último. Após
esta operação, sendo V litros as capacidades destes
açudes quando estão cheios, então, para que o açude A
fique completo falta?
a.
3V
Litros.
4
b.
2V
Litros.
5
c.
2V
Litros.
3
d.
3V
Litros.
5
e.
4V
Litros.
5
15. Em uma promoção de final de semana, uma monta­
dora de veículos colocou à venda “n” unidades, ao
preço unitário de R$ 20.000,00. No sábado foram
vendidos
1
2
dos veículos, no domingo
do que res­
7
9
tou, sobrando 300 veículos. Nesse final de semana,
se os “n” veículos tivessem sido vendidos, a receita
da montadora, em milhões de reais, seria de:
Exemplo
I) Dízimas Simples:
45
a) 1,=
145 − 1 144 16
= =
99
99 11
3, 1
b)=
31 − 3 28
=
9
9
=
c) 8,36
836 − 8 828 92
= =
99
99
11
COMEN T ÁRI
Numa dízima periódica simples, montamos a fração geratriz
onde: o numerador será o próprio número desconsiderando a
vírgula menos (–) a parte não periódica do número. Enquanto
o denominador será representado por um algarismo “9”, para
cada algarismo do período.
II) Dízimas Compostas:
=
d) 1,245
1245 − 12 1233 137
= =
990
990 110
=
e) 0,842
842 − 84 758 379
= =
900
900 450
f)
0,004
=
RACIOCÍNIO LÓGICO
14. Um produtor rural possui dois açudes, A e B, de igual
capacidade, utilizados para armazenagem de água para
irrigação. Durante o período de estiagem, o açude A
4−0
4
1
= =
900 900 225
a. 7,6
b. 8,4
c. 7
d. 9,5
e. 9
COMEN T ÁRI
Numa dízima periódica composta, o numerador será o próprio
número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte NÃO
periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período,
seguido(s) por um “0” para cada algarismo não periódico.
DÍZIMA PERIÓDICA
Uma dízima periódica é um número decimal com
expansão infinita oriundo de uma divisão inexata.
IMPORTANTE
NUNCA devemos efetuar operações com dízimas periódicas.
IMPORTANTE
1) O travessão em cima dos algarismos indica que aquele
grupo de algarismos é o período da dízima.
2) Algarismo não periódico é todo número que separa a
vírgula do período.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Fração Geratriz
É a fração que gera a dízima periódica. É com ela que
devemos realizar as operações no lugar da dízima periódica.
R. 6. Determine o valor da expressão:
1,7 ⋅ 0, 4
(1, 2 )
2
19
Solução
1,7 ⋅ 0, 4
=
2
1, 2
( )
16 4
⋅
9 9
=
2
 11 
9
 
48
4 4 81
⋅ ⋅
=
3 9 121 121
Lembrete:
17 − 1 16
=
9
9
=
1,7
0, 4
=
1,2
=
4−0 4
=
9
9
12 − 1 11
=
9
9
NÚMERO MISTO
É todo número racional (fracionário) que é representado
por uma parte inteira e outra fracionária.
Transformação de Número Misto em Fração
ROBERTO VASCONCELOS
x ×+
y → z⋅x + y
=
z→
z
Exemplos
1 4 ⋅ 3 + 1 13
3
=
•=
4
4
4
2 5 ⋅ 7 + 2 37
7
=
•=
5
5
5
7 8 ⋅ 1 + 7 15
1
=
•=
8
8
8
Transformação de Fração em Número Misto
•
18 5
18
3
⇒ 15 3 ⇒ 3
5
5
3
•
81 2
81
1
⇒ 80 40 ⇒ 40
2
2
1
•
27 4
27
3
⇒ 24 6 ⇒ 6
4
4
3
20
INFORMÁTICA
S U M ÁRI O
CONCEITOS BÁSICOS DO HARDWARE, PERIFÉRICOS DE UM MICROCOMPUTADOR E SOFTWARE......154
CONCEITOS DE TECNOLOGIAS RELACIONADAS À INTERNET E INTRANET, PROTOCOLOS WEB,
WORLD WIDE WEB, NAVEGADOR INTERNET (INTERNET EXPLORER), BUSCA E PESQUISA NA WEB......214
CONCEITOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA, VÍRUS E ATAQUES A COMPUTADORES...............................219
CORREIO ELETRÔNICO (MICROSOFT OUTLOOK – VERSÃO 2007): CONCEITOS; APLICATIVOS; ENVIO
E RECEBIMENTO DE MENSAGENS; ARQUIVOS ANEXOS; UTILIZAÇÃO DE LISTAS DE DISTRIBUIÇÃO
DE MENSAGENS...........................................................................................................................................217
CONHECIMENTO EM MICROSOFT OFFICE: WORD, EXCEL E POWER POINT.............................184/195/207
CONHECIMENTOS BÁSICOS EM AMBIENTES WINDOWS: XP SP3 E MICROSOFT WINDOWS..........238/244
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS E MÉTODOS DE ACESSO........................................243/254
HARDWARE E SOFTWARE
A informática é uma ciência que nasceu da necessidade
de automatizar trabalhos rotineiros e repetitivos como os cál­
culos matemáticos. Para isso, a informática estuda como as
informações podem ser coletadas, tratadas e comunicadas
da forma mais rápida, segura e precisa possível. A principal
máquina que auxilia a informática é o computador.
PROCESSAMENTO DE DADOS
Hardware
É a parte física, palpável, ou seja, são os dispositivos
físicos como a CPU, a placa-mãe, entre outros.
Software
É a parte lógica, não palpável, ou seja, são os progra­
mas como o Windows, o Word, entre outros.
Peopleware
É qualquer usuário.
Bits e Bytes
HENRIQUE SODRÉ
Nos computadores digitais, todas as informações são
armazenadas na forma de bits. O bit é a menor informação
que pode ser armazenada e pode assumir dois valores: 0
ou 1. Para que o caractere “A” seja formado, por exemplo, é
necessário o seguinte conjunto de bits: 01000001. Ou seja,
para que um caractere seja formado, são necessários 8 bits.
E esse conjunto de bits constitui uma outra unidade que é
o Byte.
Portanto, 1 caractere = 8 bits (b) = 1 Byte (B)
Existem os múltiplos dos bits e Bytes que serão apre­
sentados na tabela a seguir:
22
CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO)
É o “cérebro” do computador. Tem como função buscar
os dados para serem processados utilizando-se das instru­
ções contidas em memória e, se necessário, salvar o resul­
tado onde as instruções indicarem.
Marcas e Modelos
O processamento de dados é um sistema com ele­
mentos coordenados e relacionados que possibilitam extrair
informações de um conjunto de dados. Por exemplo, em
uma eleição temos os votos de cada cidadão como os
dados que serão inseridos nas urnas eletrônicas. E, após
o tratamento desses dados, será comunicada a informação
de quais foram os eleitos presidente, senador e deputado
federal, por exemplo.
O sistema de processamento de dados é dividido em
três partes: Hardware, Software e Peopleware.
O conjunto de:
4 bits
4B
1024B
1024KB
1024MB
1024GB
HARDWARE
Forma:
1 Nibble
1 Word
1KB (Kilobyte)
1MB (Megabyte)
1GB (Gigabyte)
1TB (Terabyte)
As duas principais marcas de processadores são Intel
e AMD. Os principais modelos da marca Intel são: Celeron
Atom, Pentium 4, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2
Quad, Corei7, Xeon e Itanium. Os principais modelos da
marca AMD são: Sempron, Phenom, Athlon XP, Athlon 64,
Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Turion, Opteron.
Arquitetura Interna
Os processadores são divididos em 3 partes:
• UC (Unidade de Controle): gerencia os demais
componentes do computador como memória princi­
pal e dispositivos de entrada e saída;
• ULA (Unidade Lógica e Aritmética): realiza ope­
rações de comparação com os dados (menor que,
maior que, igual, AND, OR) e cálculos (como soma
e multiplicação);
• Registradores: são utilizados para armazenar as
informações enquanto não estão sendo utilizadas
pela ULA. Os registradores são o tipo de memória
mais rápido do computador.
Os processadores, para realizarem suas funções,
necessitam de um conjunto de instruções e, com relação à
Arquitetura de Instruções, os processadores podem ser clas­
sificados em CISC ou RISC. A arquitetura CISC (Complex
Instructions Set Computer) é mais cara, mais lenta e possui
uma maior quantidade de instruções. A arquitetura RISC
(Reduced Instructions Set Computer) surgiu da observação
de que apenas 20% das instruções contidas na arquitetura
CISC são as mais utilizadas, ou seja, a arquitetura RISC
surgiu como uma maneira de agilizar o funcionamento do
processador. A arquitetura RISC é mais barata, mais rápida
e possui uma menor quantidade de instruções. Para traba­
lhos mais complicados, a arquitetura CISC se sai melhor.
Enquanto que, para trabalhos mais simples, a arquitetura
RISC se sai melhor. Hoje, os processadores são híbridos, ou
seja, são essencialmente CISC e possuem uma parte RISC.
Clock
É um dispositivo gerador de pulsos. A quantidade de
pulsos que é gerada em cada segundo é medida em Hertz
(Hz). O processador possui clock Interno e Externo.
• Clock Interno: o desempenho do processador é
influenciado pela quantidade de núcleos, quanti­
dade de bits (“palavra do processador”), memória
cache, clock interno, entre outros itens. Conside­
rando apenas o clock interno, quanto maior o clock
interno, maior será a quantidade de informações
processadas por segundo, ou seja, maior será a
quantidade de operações realizadas por segundo.
Atualmente, o clock interno é medido em GHz.
• Clock Externo: quanto maior o clock externo,
maior será a quantidade de informações trocadas
por segundo entre o processador e o chipset da
placa-mãe. Atualmente, o clock externo é medido
em MHz.
Barramento FSB x Barramento Hyper Transport
O barramento utilizado para a troca de informações
entre os processadores da marca Intel e o chipset da placa­
-mãe é o barramento FSB (Front Side Bus ou Barramento
Frontal). O barramento utilizado para a troca de informações
entre os processadores da marca AMD e o chipset da placa­
-mãe é o barramento Hyper Transport. No FSB, a comunica­
ção ocorre somente em um sentido, ou seja, do processador
para o chipset ou do chipset para o processador. Porém, no
Hyper Transport, a comunicação pode ocorrer nos dois sen­
tidos simultaneamente.
Quantidade de Núcleos
O aumento do desempenho dos processadores era obtido,
principalmente, com o aumento do clock interno do proces­
sador. Porém, os engenheiros já encontram certa dificuldade
para aumentar o clock interno. Para se ter uma ideia, a Intel
atingiu a marca de 3 GHz no final de 2002 e no início de 2007
ainda estava em 3,8 GHz. Além disso, o aumento do clock
interno faz o processador consumir cada vez mais energia.
Uma solução apresentada para o aumento do desempenho
do computador foi tentar agregar processadores.
Processamento Paralelo Virtual
Atualmente, os Sistemas Operacionais são mul­
titarefa, ou seja, são capazes de executar vários pro­
gramas ao mesmo tempo. Na verdade, o usuário
tem a sensação de estar executando diversos programas ao
mesmo tempo, mas o que realmente ocorre é que os pro­
gramas são executados em pequenos intervalos de tempo
compartilhando o uso do processador, porém, em uma velo­
cidade impressionante.
No final de 2002, a tecnologia HT (Hyper-Threading)
criada pela Intel permitiria que com apenas um único núcleo
fosse possível executar duas linhas de programa ao mesmo
tempo aproveitando-se de seções ociosas do processador.
O ganho com a utilização da tecnologia HT gira em torno
de 10 a 30%.
Recurso de Execução do Processador
Um processador Intel com tecnologia HT pode executar duas sequências de
instruções de maneira paralela, utilizando recursos não utilizados
Figura 2: Processador de núcleo simples sem HT
Intel® Procesor with HT Technology
Multiprocessamento
Processador de núcleo simples com HT.
Na década de 90, com o objetivo de aumentar o desem­
penho dos computadores, foi utilizada uma técnica conhe­
cida como multiprocessamento. Essa técnica consistia em
dois processadores encaixados na placa-mãe trabalhando
em conjunto e gerenciados pelo Sistema Operacional. O mul­
tiprocessamento era utilizado principalmente em servidores.
Processamento Paralelo Real
Nos processadores de núcleo duplo, duas linhas de
programa são executadas ao mesmo tempo em núcleos
distintos apresentando um ganho de quase 100%, quando
comparado aos processadores de núcleo único.
Um processador Intel Dual-Core possibilita que cada sequência de instrução
possa ser processada em seu próprio núcleo de execução para que haja uma
verdadeira execução em paralelo.
Intel® Dual-Core Procesor
Placa-mãe para dois processadores.
Processador single core com HT X Processador dual-core.
23
INFORMÁTICA
Intel Procesor with HT Technology
Palavra do Processador
É a quantidade de bits que o processador consegue
trabalhar de uma só vez. Atualmente existem processadores
de 32 bits e processadores de 64 bits. A ideia seria a de que
quanto mais bits o processador trabalha por vez, maior é o
seu desempenho.
PLACA-MÃE
Barramentos do Sistema
Podem ser divididos em Barramentos de Dados, de
Endereços e de Controle.
• Barramentos de Dados: transfere os dados e ins­
truções dos programas que estão sendo executa­
dos. A largura do Barramento de Dados determina
a palavra que um processador pode manipular por
vez. Essa palavra é medida em bits. Por exemplo,
um processador AMD Athlon 64 consegue mani­
pular palavras de 64 bits, ou seja, o processador
consegue receber 64 bits de uma só vez para pro­
cessá-los. Já o Athlon XP só consegue manipular
palavras de 32 bits, ou seja, o processador conse­
gue receber 32 bits de uma só vez para processá­
-los. Portanto, quanto maior for a largura do Barra­
mento de Dados mais rápida será a execução dos
programas.
• Barramentos de Endereços: transfere os endere­
ços das posições de memória que serão acessadas
pela CPU. A largura do Barramento de Endereços
determina o tamanho máximo de memória principal
que o processador pode gerenciar.
• Barramentos de Controle: responsável por enviar
sinais de controle e sincronia que são emitidos da
Unidade de Controle do CPU para os demais com­
ponentes do computador.
Barramentos de Expansão
É a peça onde são encaixados todos os outros compo­
nentes do computador como CPU, memória RAM, placa de
vídeo, por exemplo.
Chipset
É o conjunto de circuitos que gerencia todo o tráfego de
dados que passam pelos barramentos da placa-mãe. Exis­
tem dois chipsets na placa-mãe:
HENRIQUE SODRÉ
• Ponte Norte (Northbridge): é o chip maior. Con­
trola o tráfego das informações dos componentes
mais rápidos. Exemplos de barramentos ligados ao
chipset Ponte Norte: FSB, AGP, PCIe, entre outros.
• Ponte Sul (Southbridge): é o chip menor. Controla
o tráfego das informações dos componentes mais
lentos. Exemplos de barramentos ligados ao chip­
set Ponte Sul: IDE, SATA, PCI, USB, PS/2, entre
outros.
Barramentos
São os circuitos que se localizam na placa-mãe e inter­
ligam os diversos componentes do computador. Os barra­
mentos podem ser divididos em Barramentos do Sistema e
Barramentos de Expansão.
24
São os circuitos que ligam os componentes ao Chipset.
Existem os barramentos internos e os barramentos exter­
nos. Os barramentos internos são destinados aos compo­
nentes que ficam no interior do gabinete. Os barramentos
externos são destinados aos componentes que ficam no
exterior do gabinete. Para que os barramentos internos e
externos possam ser exemplificados, é necessário primeiro
conhecer o que é comunicação paralela e o que é comuni­
cação serial.
a) Comunicação Serial X Paralela
Na comunicação serial, as informações são envia­
das bit a bit, ou seja, um bit de cada vez. Na comunicação
paralela, os bits percorrem caminhos paralelos entre si e
chegam ao destino ao mesmo tempo, ou seja, são transmi­
tidos vários bits por vez. Portanto, a comunicação paralela
foi criada para aumentar a velocidade de transmissão dos
bits. Porém, com o alto clock atual, a comunicação paralela
sofre limitações de uso devido a dois fatores: interferência
eletromagnética de um fio para o outro e a impossibilidade
de confecção de fios de tamanhos iguais. Esses dois fato­
res levam a comunicação paralela a ter problemas de trans­
missão com clocks elevados. Esses problemas não ocorrem
em uma comunicação serial. Resumindo, a tendência é a de
que a comunicação paralela seja substituída pela comuni­
cação serial.
barramento USB utiliza comunicação serial e per­
mite a conexão de até 127 dispositivos em uma só
porta (utilizando HUBs USB). A taxa de transmissão
pode chegar a 1,5MB/s para o padrão USB 1.1 e a
60MB/s para o padrão USB 2.0.
b) Barramentos Internos
• ISA: barramento antigo e em desuso. O barra­
mento ISA não é plug-and-play. Era utilizado para
as placas de modem, rede, som e vídeo. O barra­
mento ISA utiliza comunicação paralela e a taxa de
transferência pode chegar a 16MB/s;
• PCI: o barramento PCI substituiu o ISA. Portanto,
passou a ser utilizado para as placas de modem,
rede, som e vídeo. O barramento PCI utiliza comu­
nicação paralela e a taxa de transferência pode
chegar a 133MB/s, além de ser plug-and-play;
• AGP: o barramento AGP substituiu o PCI somente
para as placas de vídeo. Utiliza comunicação para­
lela e a taxa de transferência do barramento AGP
pode chegar a 2,1GB/s;
• PCIe (PCI-Express): barramento que está substi­
tuindo os barramentos PCI e AGP. Existem as varia­
ções PCI-X1, PCI-X4, PCI-X8 e PCI-X16. As mais
utilizadas são a PCI-X1 (modem, rede e som) e a
PCI-X16 (vídeo). O barramento PCI-X utiliza comu­
nicação serial e a taxa de transferência do barra­
mento PCI-X pode chegar a 250MB/s para a varia­
ção PCI-X1 e a 4GB/s para a PCI-X16;
• IDE: barramento que pode ser utilizado para uni­
dades de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra­
mento IDE utiliza comunicação paralela e a taxa de
transmissão pode chegar a 133MB/s;
• SCSI: barramento que pode ser utilizado para uni­
dade de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra­
mento SCSI utiliza comunicação paralela e a taxa
de transmissão pode chegar a 320MB/s;
• SATA: barramento que substituiu o IDE. O barra­
mento SATA utiliza comunicação serial e a taxa de
transmissão pode chegar a 300MB/s;
• SERIAL SCSI: barramento que substituiu o SCSI. O
barramento SERIAL SCSI utiliza comunicação serial
e a taxa de transmissão pode chegar a 600MB/s.
Slots, Portas e Socket
• Slots: são os locais de encaixe na placa-mãe para
os componentes que ficam no interior do gabinete
como a placa de vídeo, por exemplo. Os slots estão
ligados aos barramentos internos.
• Portas: são os locais de encaixe na placa-mãe para
os componentes que ficam fora do gabinete como
a impressora, por exemplo. As portas estão ligadas
aos barramentos externos.
• Socket: é o local da placa-mãe em que o processa­
dor é encaixado.
Cooler
Equipamento responsável pelo resfriamento a ar do
processador. É o equipamento responsável por deixar a
temperatura do processador a níveis toleráveis, pois quanto
maior for a temperatura que o processador atingir, menor
será o seu tempo de vida útil. A temperatura ideal para o
processador varia de acordo com marca e modelo, mas con­
sidera-se a temperatura de 25º como um valor tolerável para
os processadores de um modo geral.
MEMÓRIAS
Memória é qualquer componente capaz de armazenar
informações. As memórias que iremos abordar são: princi­
pal, secundária, cache e virtual.
Memória Principal
Existem dois tipos de memória principal: ROM e RAM.
c) Barramentos Externos
A memória ROM é uma memória gravada de fábrica
que contém informações básicas para o funcionamento do
computador. A memória ROM permite apenas a leitura dos
dados contidos nela, fica localizada na placa-mãe e é uma
memória não volátil (ou seja, funciona mesmo se o compu­
tador estiver desligado). Atualmente é possível alterar as
informações contidas na ROM normalmente por processos
elétricos, mas essa memória volta a ser somente de leitura
após as alterações serem realizadas.
a) Conteúdo da Memória ROM
• BIOS (Basic Input Output System): é a parte res­
ponsável por ativar o funcionamento do computa­
dor. A BIOS ativa o processo de BOOT (inicializa­
ção) do computador.
25
INFORMÁTICA
Memória ROM (Read Only Memory)
• DIN: barramento em desuso. Era utilizado pelos
teclados;
• PS/2: barramento que substituiu o DIN para o caso
dos teclados e o serial para o caso dos mouses. O
barramento PS/2 utiliza comunicação serial;
• SERIAL: barramento utilizado para equipamentos
de baixa velocidade como o mouse. É um barra­
mento antigo e em desuso que utiliza comunica­
ção serial. A taxa de transferência pode chegar a
14,4KB/s;
• PARALELA: barramento utilizado para equipamen­
tos de alta velocidade como impressora e scanner.
É um barramento antigo e em desuso que utiliza
comunicação paralela. A taxa de transferência pode
chegar a 1,2MB/s;
• USB (Universal Serial Bus): barramento que pode
ser utilizado para conectar qualquer dispositivo. O
• POST (Power On Self Test): é a parte responsá­
vel por fazer um autoteste na máquina, verificando
a presença e o funcionamento dos equipamentos
conectados.
• SETUP (Configuração): é a janela que permite
realizar certas configurações básicas para o com­
putador como alterar a sequência de boot, tama­
nho da memória compartilhada, entre outros. As
informações de alteração realizadas pela janela do
SETUP são guardadas na CMOS. A CMOS é uma
memória que só funciona enquanto estiver ener­
gizada (ou seja, é uma memória volátil) e permite
tanto a leitura quanto a alteração dos dados guarda­
dos nela. A CMOS guarda informações de relógio­
-calendário, quantidade de memória RAM, tipo de
processador instalado, número e tipo de drives de
disquetes, informações sobre a quantidade e tipo
de HDs instalados, parâmetros relacionados com a
velocidade de acesso à memória, senha de acesso
à janela do SETUP, entre outras informações. Para
que o conteúdo da CMOS não seja perdido quando
o computador é desligado, a CMOS é energizada
por uma bateria que é encaixada na própria placa­
-mãe.
b) Tipos de ROM
HENRIQUE SODRÉ
• ROM (Read Only Memory): não pode ser alterada
em hipótese alguma.
• PROM (Programmable Read Only Memory): é
uma das ROM mais antigas, a PROM é gravada por
meio de fusíveis que ao serem queimados não per­
mitem uma regravação posterior, ou seja, os dados
só poderão ser lidos.
• EPROM (Electrically Programmable Read Only
Memory): a EPROM é gravada por equipamentos
especiais e todo o seu conteúdo pode ser apagado
por uma exposição contínua do chip à luz ultravio­
leta por alguns minutos. Após a exposição, a memó­
ria EPROM poderá ser gravada novamente. Tanto
para gravação quanto para apagar o seu conteúdo,
o chip de memória EPROM deve ser retirado do cir­
cuito.
• EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory): o conteúdo da memória
EEPROM pode ser apagado aplicando-se um certo
valor de voltagem em seus pinos de programação.
A EEPROM apresenta a vantagem de que seu chip
não precisa ser retirado do circuito para apagar o
seu conteúdo e também para que sejam gravados
os dados. Esta memória é apagada byte a byte (um
por vez).
• FLASH-ROM ou FEPROM (Flash Erasable Programmable Read Only Memory): o conteúdo da
memória FEPROM pode ser apagado e gravado
várias vezes. A FLASH ROM apresenta a vantagem
de permitir que vários bytes sejam apagados ao
mesmo tempo.
26
Memória RAM (Random Access Memory)
A memória RAM é a Memória de Acesso Aleatório. Essa
memória permite que as informações possam ser lidas, apa­
gadas ou gravadas, porém ela só funciona enquanto o com­
putador estiver ligado, ou seja, é uma memória volátil. Por­
tanto, as informações que se encontram apenas na RAM
serão perdidas ao se desligar ou reiniciar o computador. O
tempo de acesso às informações contidas na RAM é menor
do que o do HD. A memória RAM é responsável por guardar
algumas informações do sistema operacional e dos progra­
mas que estão sendo executados evitando-se o acesso fre­
quente ao HD.
a) Tipos de RAM
• SRAM (Static Random Access Memory): é uma
memória que não precisa de refresh, ou seja, não
precisa de que o CPU reenvie os dados constante­
mente a ela para que o seu conteúdo não seja per­
dido. São mais rápidas e mais complexas do que as
DRAM, o que as tornam mais caras. São utilizadas
na memória cache.
• DRAM (Dynamic Random Access Memory): é
uma memória que precisa de refresh, ou seja, pre­
cisa de que o CPU reenvie os dados a ela constan­
temente para que não se perca o seu conteúdo. São
mais simples do que as SRAM, o que as deixam
mais baratas. Os principais tipos de DRAM em escala
crescente de velocidade são: SDRAM (Synchronous
Dynamic RAM), DDR-SDRAM (Double Data Rate
RAM Synchronous Dynamic RAM), DDR2-SDRAM
e DDR3-SDRAM.
b) Tipos de Encapsulamento de DRAM
• DIP (Dual In-line Package): encapsulamento antigo.
Os chips de RAM tinham que ser encaixados na
placa-mãe e corria-se o risco de os pinos do chip
entortarem.
• SIPP (Single In-Line Pin Package): encapsula­
mento antigo. Com esse tipo de encapsulamento
surgiram os primeiros módulos de memória. Com
o SIPP ainda havia o problema de pinos entortando
no momento do encaixe na placa-mãe.
• SIMM (Single In-Line Module Memory): encap­
sulamento antigo. Os primeiros módulos de memó­
ria com encapsulamento SIMM possuíam 30 pinos
e eram capazes de fornecer 32 bits de dados. Os
mais recentes possuíam 72 pinos. Eram instalados
aos pares.
• DIMM: encapsulamento em uso. Os módulos de
memória com encapsulamento DIMM possuem
atualmente 240 pinos e são capazes de fornecer
64 bits de dados. Não há a necessidade de serem
instalados aos pares.
Memória Secundária (auxiliar ou de massa)
A Memória Secundária é responsável por armazenar
as informações mesmo quando o computador está desli­
gado, ou seja, é uma memória não volátil.
• RAID 1: também conhecido como Espelhamento.
O RAID 1 funciona adicionando HDs paralelos aos
HDs principais existentes no computador. Assim,
se um computador possui 2 discos, pode-se aplicar
mais um HD para cada um, totalizando 4. Os discos
que foram adicionados trabalham como um espe­
lho dos outros dois. Daí o nome de “espelhamento”,
pois um HD passa a ser uma cópia praticamente
idêntica do outro. Dessa forma, se um dos HDs
apresentar falha, o outro imediatamente pode assu­
mir a operação e continuar a disponibilizar as infor­
mações. A consequência nesse caso, é que a gra­
vação de dados é mais lenta, pois é realizada duas
vezes. No entanto, a leitura dessas informações é
mais rápida, pois é possível acessar duas fontes.
Por esta razão, uma aplicação muito comum do
RAID 1 é seu uso em servidores de arquivos.
Os Discos Rígidos podem ser chamados também de
Hard Disks ou Winchesters. São formados por discos con­
cêntricos que armazenam as informações por magnetismo.
Os discos são divididos fisicamente em trilhas e estas são
formadas por setores. A velocidade com que esses discos
giram é medida em rpm (rotações por minuto). Atualmente, a
velocidade de giro é de 7200rpm e pode chegar a 10000rpm.
Os HDs possuem uma interface de controle para que as
informações possam sair do HD e serem transmitidas para a
placa-mãe. Essas interfaces são IDE, SCSI, SATA e SERIAL
SCSI. A explicação de cada uma delas está no tópico sobre
barramentos internos. A capacidade dos HDs atualmente é
de 120GB a 1TB. A tecnologia que permite ampliar os recur­
sos dos HDs, combinando vários deles, é chamada de RAID
(Redundant Array of Inexpensive Disks).
• RAID 0: também conhecido como Fracionamento.
Os dados são divididos em pequenos segmentos
e distribuídos entre os discos. O RAID 0 não ofe­
rece tolerância a falhas, pois não existe redundân­
cia. Isso significa que uma falha em qualquer um
dos HDs pode ocasionar perda de informações. O
RAID 0 é usado para melhorar a performance do
computador, uma vez que a distribuição dos dados
entre os discos proporciona grande velocidade na
gravação e leitura de informações.
• RAID 0+1: o RAID 0 + 1 é uma combinação dos
níveis 0 (Fracionamento) e 1 (Espelhamento), no
qual os dados são divididos entre os discos para
melhorar o rendimento, mas também utilizam
outros discos para duplicar as informações. Assim,
é possível utilizar o bom rendimento do nível 0 com
a redundância do nível 1. No entanto, é necessário
pelo menos 4 discos para montar um RAID desse
tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o
mais rápido e seguro, porém o mais caro de ser
implantado. A ilustração abaixo ilustra este tipo de
RAID:
27
INFORMÁTICA
Disco Rígido
Blu-ray
O Blu-ray é o sucessor do DVD. Devido à sua capaci­
dade, o DVD não consegue armazenar filmes em alta defi­
nição. O Blu-ray consegue armazenar filmes em alta defini­
ção para serem vistos em televisores com tecnologia HD
ou FULL HD. A capacidade do Blu-ray pode variar de 25GB
a 1TB. O Blu-ray também pode ser utilizado para armazenar
dados.
Memória Cache
Disquete
Os Discos Flexíveis de 3 ½ polegadas (ou simples­
mente disquetes) podem ser chamados de Floppy Disks
(em inglês). São formados por um disco flexível que arma­
zena as informações por magnetismo. Como nos HDs,
esse disco é formado por trilhas e estas são formadas
por setores. A capacidade de um disquete é de 1,44MB e
possui uma trava de proteção que é ideal para proteger
informações de backup. Devido à baixa capacidade de
armazenamento, os disquetes estão em desuso.
CD (Compact Disc) e DVD (Digital Versatile Disc)
Os CDs e os DVDs armazenam as informações por
processos ópticos envolvendo o laser. A capacidade de um
CD normalmente é de 700MB e a de um DVD é de 4,7GB
para os de camada simples e de 8,5GB para os de camada
dupla. Podem ser divididos em:
• CD-ROM / DVD-ROM: são as mídias que já vêm
gravadas de fábrica com as informações. Permitem
apenas a leitura dos dados;
• CD-R / DVD-R: o R vem de Recordable, ou seja,
são as mídias que podem ser gravadas. Podem ser
chamadas também de WORM (Write Once, Read
Many, ou seja, gravar uma vez, ler várias);
• CD-RW / DVD-RW: o RW vem de ReWritable, ou
seja, são as mídias que podem ser gravadas e
também apagadas;
HENRIQUE SODRÉ
• DVD-DL: o DL vem de Dual Layer, ou seja, são as
mídias de DVD que podem ser gravadas nas duas
camadas. Essas mídias precisam de uma grava­
dora de DVD específica.
Pen-Drive e Cartões de Memória
Os Pen-Drives e Cartões de Memória utilizam memória
FLASH para armazenar as informações. A memória FLASH
é muito resistente, o que favorece o manuseio e a portabi­
lidade dos Pen-Drives e Cartões de Memória. Os tipos de
Cartões de Memória mais conhecidos são: XD, SD, MMC e
Memory Stick.
28
A Memória Cache é uma memória feita de SRAM, ou
seja, é uma memória muito rápida e cara. Atualmente,
todos os processadores já possuem uma pequena quan­
tidade de memória cache que pode variar de 512KB a 4MB
dependendo do modelo. A memória RAM guarda as informa­
ções mais utilizadas pelo processador na memória cache.
Existem dois níveis principais de cache: L1 e L2. A Cache
L1 fica localizada dentro do processador e é mais rápida e
menor do que a L2. A L1 trabalha no mesmo ritmo da CPU. A
Cache L2 inicialmente ficava localizada fora do processador,
mas atualmente já se encontra no interior da CPU. A L2 é
mais lenta e maior do que a L1. A L2 trabalha no mesmo
ritmo da placa-mãe. Ao buscar uma informação na cache,
se ela for encontrada há cache hit. Porém, se a informação
não é encontrada na memória cache há cache miss.
Memória Virtual
Quando a quantidade de Memória RAM é insuficiente
para a quantidade de programas que estão sendo execu­
tados, o computador utiliza a Memória Virtual. A Memória
Virtual é criada no HD e é gerenciada pelo Sistema Opera­
cional. A memória virtual é mais lenta do que a RAM, pois
fica localizada no HD. Quando a memória virtual está sendo
utilizada é possível visualizar uma lâmpada (LED) que geral­
mente fica na parte frontal do gabinete com a descrição HDD
(Hard Disk Density) piscando com uma frequência muito alta.
Essa lâmpada piscando indica que o HD está sendo aces­
sado com muita frequência. E como o acesso ao HD é lento,
o desempenho do computador diminui. Para computadores
que frequentemente utilizam o recurso da Memória Virtual, é
interessante que seja realizado um upgrade na máquina. No
caso, aumentar a memória RAM do computador.
MATEMÁTICA
S U M ÁRI O
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS..................................................................................................272
RAZÃO E PROPORÇÃO; DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA;
PORCENTAGEM.......................................................................................................................279/282/286/290
JUROS SIMPLES E COMPOSTOS. TAXAS DE JUROS: NOMINAL, EFETIVA, EQUIVALENTE,
PROPORCIONAL, REAL E APARENTE.............................................................................................295/308/309
RENDAS UNIFORMES E VARIÁVEIS;.............................................................................................................322
PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS......................................................327
CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO
E INVESTIMENTO.........................................................................................................................................330
INFLAÇÃO, VARIAÇÃO CAMBIAL E TAXA DE JUROS..................................................................................325
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE, MÉTODO
DO VALOR PRESENTE..................................................................................................................................330
CONJUNTOS NUMÉRICOS
I = {X / X é dízima não periódica}
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
ℕ = {0; 1; 2; 3; 4; 5; ...}
ROBERTO VASCONCELOS
Propriedades dos Números Naturais
• A soma de dois números naturais quaisquer é um
número natural.
• O produto de dois números naturais quaisquer é um
número natural.
• Se n é um número natural, então n+1 é um número
natural tal que:
–– n e n + 1 são chamados de “números naturais
consecutivos”;
–– n é o antecessor de n + 1;
–– n + 1 é o sucessor de n.
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS
ℤ = {0; + 1; + 2; + 3; + 4; + 5; ... }
1 1 3


R = ℚ ∪ I = ...; −5; −1; − ;0; ; ;1, 45; π;...
2 2 4


Observações:
1) Número racional é todo aquele que pode ser escrito
na forma de a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0.
b
2) Número irracional é todo aquele que NÃO pode ser
a
com “a” e “b” inteiros e “b” ≠
escrito na forma de
b
0.
3)ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ.
4) ℚ ∩ I = ∅.
5) Resumo:
R
I
Propriedades dos Números Inteiros
• Todo número natural é inteiro, isto é, N ⊂ Z.
• A soma de dois números inteiros quaisquer é um
número inteiro.
• A diferença entre dois números inteiros quaisquer é
um número inteiro.
• O produto de dois números inteiros quaisquer é um
número inteiro.
• Se n é um número natural, então n+1 é um número
natural tal que:
–– n e n+1 são chamados de “números inteiros con­
secutivos”;
–– n é o antecessor de n+1;
–– n+1 é o sucessor de n.
• Todo número inteiro possui sucessor e antecessor.
• Para todo número inteiro x existe o inteiro y, deno­
minado “oposto de x ”, tal que x + y = y + x = 0. Indi­
caremos o oposto de x por - x.
N
Z
Q
INTERVALOS REAIS
Certos subconjuntos de R, determinados por desigual­
dades, têm grande importância na Matemática: são os inter­
valos. Assim, dados dois números reais, a e b, com a > b,
tem-se:
1. Intervalo aberto de extremos a e b:
]a,b[
a
b
ou ( a,b ) ou ( a,b ) ou {x ∈ R / a < x < b}
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS OU FRACIONÁRIOS
2. Intervalo fechado de extremos a e b:
1 3


ℚ= ...; −5; − ;0; ;1, 45;...
2 4


a
b
[a;b]{x ∈ R / a ≤ x ≤ b}
p

Q =  / p ∈ ℤ e q ∈ ℤ* 
q

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS
{
}
I=
...; − 10; 3 2; 4 3; π;...
Indicamos o conjunto de todos os números irracionais
pelo símbolo I.
30
3. Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de
extremos a e b:
a
b
[a,b[ ou [a,b ) ou {x ∈ R / a ≤ x < b}
4. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de
extremos a e b:
e. I, II e III.
Solução
b
]a,b] ou ( a,b] ou {x ∈ R / a < x ≤ b}
Para todo n ∈ Z temos que 2n é sempre par e 2n - 1 é
sempre ímpar.
Logo A= {..., −6, −4, −2,0,2, 4,6,...} e B= {..., −5, −3, −1,1,3,5,...} .
5. Intervalo incomensurável fechado à esquerda em a:
a
[a, +∞[
ou [ +∞ ) ou {x ∈ R / x ≥ a}
Daí segue que A ∩ B =
∅ ; A é o conjunto dos números
ℤ.
pares; B é o conjunto dos números ímpares e B ∪ A =
Portanto, todos os itens estão corretos. Letra “e”.


=
n,n ∈ N B =
5n,n ∈ N}
{x ∈ R / x =
x ℤ /
,
R.2. Se e A =∈
x


então o número de elementos de A ∩ B é:
a.3
b. 4
c.5
d.6
e.7
20
6. Intervalo incomensurável aberto à esquerda em a:
a
]a, +∞[
ou ( a, +∞ ) ou {x ∈ R / x > a}
Solução
7. Intervalo incomensurável fechado à direita em a:
a
]−∞,a] ou ( −∞,a] ou {x ∈ R / x ≤ a}
8. Intervalo incomensurável aberto à direita em a:
]−∞,a[
20
seja um
Os possíveis valores inteiros de x, tal que
x
número natural são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}. Temos também que B
= {0, 5, 10, 15, 20, ...}.
Portanto, A ∩ B = {5, 10, 20}. Daí segue que n (A ∩ B).
Letra “a”.
a
EXERCÍCIOS
ou ( −∞,a ) ou {x ∈ R / x < a}
(GRUPO 1)
9. Intervalo incomensurável de − ∞ a + ∞:
1.
a
]−∞, +∞[
ou ( −∞, +∞ ) ou R
Considere a e b números naturais quaisquer. Podemos
afirmar corretamente que:
a.
a
será um número natural.
2
b.
a
será um número natural.
b
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
c.
R. 1. Sejam os conjuntos A = {2n | n ∈ Z} e B = {2n 1 | n ∈ Z}. Sobre esses conjuntos, pode-se afirmar:
I –A ∩ B = ∅
II –A é o conjunto dos números pares.
III –B ∪ A = Z
Está correto o que se afirma em:
a. I e II, apenas.
b. II, apenas.
c. II e III, apenas.
d. III, apenas.
a será um número natural.
d. a x b será um número natural.
e. a - b será um número natural.
2.
Considere os seguintes subconjuntos de números
naturais:
N = {0,1,2,3, 4,...}
P = {x ∈ N: 6 ≤ x ≤ 20}
=
A
=
B
=
C
{x ∈ P: x é par}
{x ∈ P: x é divisor de 48}
{x ∈ P: x é múltiplo de 5}
31
MATEMÁTICA
a
ROBERTO VASCONCELOS
O número de elementos do conjunto ( A − B ) ∩ C é:
a. 2
b. 3
c. 4
d. 5
e. 6
3.
Considere a equação 4x + 12y = 1.705. Diz-se que ela
admite uma solução inteira se existir um par ordenado
(x, y), com x, y ∈ Z, que a satisfaça identicamente. A
quantidade de soluções inteiras dessa equação é:
a. 0
b. 1
c. 2
d. 3
e. 4
OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS
As operações com números racionais englobam o
estudo das mesmas com os inteiros e consequentemente
com os naturais. Daremos ênfase ao estudo das operações
envolvendo frações.
Multiplicação de Frações
Para multiplicarmos duas ou mais frações, devem-se:
1º – multiplicar os numeradores, encontrando o novo
numerador;
2º – multiplicar os denominadores, encontrando o novo
denominador.
Exemplo
2 5 3 2 ⋅ 5 ⋅ 3 30
⋅ =
⋅
=
3 4 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7 84
Divisão envolvendo Frações
Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos
números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri­
meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor).
Exemplos
1)
3 4 3 7 3 × 7 21
÷ = × =
=
5 7 5 4 5 × 4 20
ADIÇÃO E/OU SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES
2) 15 ÷
Com denominadores iguais
Conserva-se o denominador, adicionando ou sub­
traindo os numeradores.
Exemplo
4
7
9
4+7−9
2
+
−=
=
15 15 15
15
15
Substituem-se as frações dadas por outras, equiva­
lentes, cujo denominador será o MMC dos denominadores
dados.
Exemplo:
1 3 4 m.m.c ( 2; 4;9 ) = 36 18 27 16 18 − 27 + 16
7
− +
=
−
+
=
=
2 4 9
36 36 36
36
36
Como encontrarmos que a fração 16 , por exemplo, é
30
até que ela se torne irredutível,
36
30 2 15 3 5
=
:
:
isto é, não possa mais ser simplificada: =
.
36 2 18 3 6
Simplificar a fração
Podemos simplificar também uma fração encontrando
o MDC entre o numerador e o denominador da mesma.
Dessa forma, chegaremos a fração irredutível através de
uma única simplificação.
Vamos simplificar a fração
24
= 12 Logo:
Basta pegarmos o 24, dividirmos pelo número 3 e em seguida
multiplicarmos por 2 para encontrarmos o número 16.
Mais adiante poderemos encontrar uma fração equivalente
a outra usando proporção. Isto é, poderemos fazer:
32
Para simplificarmos uma fração há necessidade de
que o numerador e o denominador sejam divisíveis por
um mesmo número. Nesse caso, basta dividirmos ambos
(numerador e denominador) por esse valor, gerando assim
uma fração equivalente à primeira.
Exemplo
IMPORTANTE
(o que nos dá x = 16).
Simplificando Frações
Exemplo
Com denominadores diferentes
2
equivalente à fração ?
3
4 15 7 15 × 7 105
=
× =
=
7
1 4
1× 4
4
2 x
=
3 24
36
60
. Temos que mdc (36;60)
36 12 3
:
= .
60 12 5
Multiplicando Frações (simplificando antes do
produto)
Antes de realizarmos o produto das frações, podemos
simplificar as frações envolvidas na multiplicação.
Portanto, o número procurado é 60.
Podemos simplificar qualquer numerador com qualquer
denominador das frações envolvidas.
2
×
5
4
×
3
7
=
?
Solução
Vamos simplificar o 2 e 4 por 2 e o 27 e 3 por 3, daí:
2
27
×
5
4
×
3
7
=
1
9
×
5
2
2
1
do seu salário com alimentação e
5
3
do que sobra com lazer. Sabendo que o salário de Paulo é
de R$ 1.080,00, qual a quantia, em reais, que ele gasta com
lazer?
Exemplo
27
R. 5. Paulo gasta
×
1
7
=
1
1080
⋅ 1080 =
= 360 → gasta com alimentação.
3
3
5
1.080 – 360 = 720 → lhe sobra.
126
IMPORTANTE
Quando vamos traduzir um problema escrito para a linguagem
matemática devemos lembrar que as preposições “da”, “de” e
“do” devem ser substituídas pela multiplicação.
2
2 ⋅ 720
⋅ 720
=
= 288 → gasta com lazer. Portanto,
5
5
Paulo gasta R$ 288,00 do seu salário com lazer.
EXERCÍCIOS
Exemplos
1) “ 1 da minha idade,...” ⇒
3
1 . minha idade
3
2) “
2
2
. certo número
de certo número,...” ⇒
5
5
3) “
4
4
. meu salário
do meu salário,...” ⇒
7
7
(GRUPO 2)
1.
7
2
3
dos
dos
de 120, obtém-se:
Calculando-se os
3
5
4
a. 95
b. 87
c. 84
d. 21
e. 16,8
2.
2
Um copo cheio de água pesa 385g. Com
da água
3
pesa 310g. Pergunta-se:
a. Qual é o peso do copo vazio?
3
b. Qual é o peso do copo com
de água?
5
3.
Pedro e Luís tinham, em conjunto, a importância de
3
de seu dinheiro e Luís
R$ 690,00. Pedro gastou
5
1
do que possuía, ficando ambos com quantias
gastou
4
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
R. 3. Qual é o número que somado à sua terça parte é
igual a 28?
Solução
Seja x o número que procuramos. Logo, temos:
1
x
3⋅x + x
x + ⋅ x = 28 ⇒ x + = 28 ⇒
= 28 ⇒
3
3
3
4x
28 ⋅ 3
= 28 ⇒ x =
⇒ x = 21
3
4
Portanto, o número procurado é 21.
iguais. Pedro tinha a quantia de:
a. R$ 510,00
R. 4. Determine o número tal que somado com a metade
da sua terça parte menos a quinta parte do seu dobro é igual
a 46.
b. R$ 270,00
c. R$ 450,00
d. R$ 350,00
Solução
Seja x o número que procuramos. Logo, temos:
x+
1 x 1
x 2x
⋅
− ⋅ ( 2x ) = 46 ⇒ x + −
= 46 ⇒
2  3  5
6 5
30x + 5x − 12x
23x
=46 ⇒
=46 ⇒
30
30
46 ⋅ 30
=
⇒
=
x
x 60
23
e. R$ 380,00
4.
Uma pessoa depois de ter percorrido correndo
um percurso e em seguida caminhado
1
de
5
3
do que fal­
4
tava, percebeu que ainda faltavam 320 metros para o
final do trajeto. A extensão total do circuito é de:
a. 1,2 km
b. 1,4 km
33
MATEMÁTICA
Regra Geral
c. 1,6 km
3
dos frascos de cada caixa eram do sabor limão e
8
d. 1,8 km
e. 2,0 km
5.
ROBERTO VASCONCELOS
Toda a produção mensal de latas de refrigerante de cer­
ta fábrica foi vendida a três lojas. Para a loja A, foi ven­
dida metade da produção; para a loja B, foram vendidos
2
da produção e para a loja C, foram vendidas 2500
5
unidades. Qual foi a produção mensal dessa fábrica?
a. 4.166 latas
b. 20.000 latas
c. 25.000 latas
d. 10.000 latas
e. 10.100 latas
6.
Quando colocaram 46,2 litros de gasolina no tanque do
carro de Horácio, observou-se que o ponteiro do marca­
dor, que antes indicava estar ocupado
1
da quantidade
5
3
. Nessas condições, é cor­
4
reto afirmar que a capacidade total desse tanque, em li­
tros, é:
do tanque, passou a indicar
c. 90
d. 96
e. 120
Da renda mensal de uma determinada família,
tinado para o aluguel da casa,
1
é des­
6
1
para a alimentação e
4
1
é usado na educação das crianças. Descontado da
8
renda mensal o dinheiro do aluguel, da alimentação e
da educação, a família deposita
1
do que sobra na
5
poupança, restando, ainda, R$ 440,00 para despesas
diversas. Com base nessas informações, determine,
em reais, 7% da renda mensal da família.
8.
9.
Quando meu irmão tinha a idade que tenho hoje, eu
1
da idade que ele tem hoje. Quando eu tiver
tinha
4
a idade que meu irmão tem hoje, as nossas idades
somarão 95 anos. Hoje, a soma de nossas idades, em
anos, é:
a. 53
b. 58
c. 60
d. 65
e. 75
Uma sorveteria adquiriu frascos de concentrados de
limão e morango. Os produtos foram entregues, em­
balados em 10 caixas com 24 frascos em cada caixa.
34
10. Em uma barraca que vende ferramentas para trabalho
no campo, um trabalhador gastou um total de R$ 86,00
na compra de 3 pás, 2 enxadas e 2 foices. Se o preço
6
do preço de cada en­
5
4
do preço de cada foice, então o preço de
xada e a
5
cada
de cada pá correspondeu a
a.
b.
c.
d.
e.
pá foi R$ 9,00.
pá foi R$ 12,00.
enxada foi R$ 12,00.
enxada foi R$ 15,00.
foice foi R$ 16,00.
11. Paulo e Cezar têm algum dinheiro. Paulo dá a Cezar
1
do que
R$ 5,00 e, em seguida, Cezar dá a Paulo
3
a. 70
b. 84
7.
os restantes do sabor morango. O número de frascos
de sabor morango adquiridos por essa sorveteria foi:
a. 90
b. 120
c. 150
d. 180
e. 200
possui. Assim, ambos ficam com R$ 18,00. A diferença
entre as quantias que cada um tinha inicialmente é:
a. R$ 7,00
b. R$ 9,00
c. R$ 8,00
d. R$ 10,00
e. R$ 11,00
12. Uma videolocadora classifica seus 1.000 DVDs em lan­
çamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final
de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo
a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto
do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de
catálogo locados foi:
a. 80
b. 100
c. 130
d. 160
e. 180
13. Numa visita ao zoológico, Zilá levou algumas bananas
que distribuiu a três macacos. Ao primeiro, deu a me­
tade do que levou e mais meia banana; ao segundo,
a metade do restante e mais meia banana; ao tercei­
ro, a metade do restante e mais meia banana. Se, as­
sim, ela distribuiu todas as bananas que havia levado,
quantas bananas recebeu o segundo macaco?
a. 8
b. 5
c. 4
d. 2
e. 1
estava com
apenas
1
de sua capacidade e o açude B com
4
1
. Para reduzir custos de manutenção, o
5
produtor resolveu passar
3
da água do açude B para
4
o açude A e trabalhar apenas com este último. Após
esta operação, sendo V litros as capacidades destes
açudes quando estão cheios, então, para que o açude A
fique completo falta?
a.
3V
Litros.
4
b.
2V
Litros.
5
c.
2V
Litros.
3
d.
3V
Litros.
5
e.
4V
Litros.
5
15. Em uma promoção de final de semana, uma monta­
dora de veículos colocou à venda “n” unidades, ao
preço unitário de R$ 20.000,00. No sábado foram
vendidos
1
2
dos veículos, no domingo
do que res­
7
9
tou, sobrando 300 veículos. Nesse final de semana,
se os “n” veículos tivessem sido vendidos, a receita
da montadora, em milhões de reais, seria de:
Exemplo
I) Dízimas Simples:
45
a) 1,=
145 − 1 144 16
= =
99
99 11
3, 1
b)=
31 − 3 28
=
9
9
=
c) 8,36
MATEMÁTICA
14. Um produtor rural possui dois açudes, A e B, de igual
capacidade, utilizados para armazenagem de água para
irrigação. Durante o período de estiagem, o açude A
836 − 8 828 92
= =
99
99
11
COMEN T ÁRI
Numa dízima periódica simples, montamos a fração geratriz
onde: o numerador será o próprio número desconsiderando a
vírgula menos (–) a parte não periódica do número. Enquanto
o denominador será representado por um algarismo “9”, para
cada algarismo do período.
II) Dízimas Compostas:
=
d) 1,245
1245 − 12 1233 137
= =
990
990 110
=
e) 0,842
842 − 84 758 379
= =
900
900 450
f)
0,004
=
4−0
4
1
= =
900 900 225
a. 7,6
b. 8,4
c. 7
d. 9,5
e. 9
COMEN T ÁRI
Numa dízima periódica composta, o numerador será o próprio
número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte NÃO
periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período,
seguido(s) por um “0” para cada algarismo não periódico.
DÍZIMA PERIÓDICA
Uma dízima periódica é um número decimal com
expansão infinita oriundo de uma divisão inexata.
IMPORTANTE
NUNCA devemos efetuar operações com dízimas periódicas.
IMPORTANTE
1) O travessão em cima dos algarismos indica que aquele
grupo de algarismos é o período da dízima.
2) Algarismo não periódico é todo número que separa a
vírgula do período.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Fração Geratriz
É a fração que gera a dízima periódica. É com ela que
devemos realizar as operações no lugar da dízima periódica.
R. 6. Determine o valor da expressão:
1,7 ⋅ 0, 4
(1, 2 )
2
35
Solução
ROBERTO VASCONCELOS
1,7 ⋅ 0, 4
=
2
1, 2
( )
16 4
⋅
9 9
=
2
 11 
9
 
48
4 4 81
⋅ ⋅
=
3 9 121 121
Lembrete:
17 − 1 16
=
9
9
=
1,7
0, 4
=
1,2
=
4−0 4
=
9
9
12 − 1 11
=
9
9
NÚMERO MISTO
É todo número racional (fracionário) que é representado
por uma parte inteira e outra fracionária.
Transformação de Número Misto em Fração
x ×+
y → z⋅x + y
=
z→
z
Exemplos
1 4 ⋅ 3 + 1 13
3
=
•=
4
4
4
2 5 ⋅ 7 + 2 37
7
=
•=
5
5
5
7 8 ⋅ 1 + 7 15
1
=
•=
8
8
8
Transformação de Fração em Número Misto
•
18 5
18
3
⇒ 15 3 ⇒ 3
5
5
3
•
81 2
81
1
⇒ 80 40 ⇒ 40
2
2
1
•
27 4
27
3
⇒ 24 6 ⇒ 6
4
4
3
36
ATENDIMENTO E ÉTICA
S U M ÁRI O
NOÇÕES DE ATENDIMENTO:
LEGISLAÇÃO: LEI N. 8.078/90 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR); LEI N. 10.048/00; LEI FEDERAL N. 10.098/00; DECRETO FEDERAL N. 5.296/04;............................................................................338/382
MARKETING EM EMPRESAS DE SERVIÇOS: MARKETING DE RELACIONAMENTO; ...................................355
SATISFAÇÃO, VALOR E RETENÇÃO DE CLIENTES; ......................................................................................355
PROPAGANDA E PROMOÇÃO; TELEMARKETING; .....................................................................................363
VENDAS: TÉCNICAS, PLANEJAMENTO, MOTIVAÇÃO PARA VENDAS; RELAÇÕES COM CLIENTES; ...332/364
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO VERSUS SEGMENTAÇÃO DO SETOR BANCÁRIO. ...................................369
NOÇÕES DE ÉTICA:
CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES; ÉTICA APLICADA: NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL; O PADRÃO ÉTICO NO SERVIÇO PÚBLICO; A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS; CONFLITO DE INTERESSES; ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL...............376
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS
PLANEJAMENTO DE VENDAS
O planejamento de vendas é um desenvolvimento sis­
temático de ações programadas visando atingir os objetivos
da empresa, por meio de processo de análise, avaliação e
seleção das melhores oportunidades.
Integram o planejamento de vendas:
• avaliação das oportunidades de mercado;
• estimativa de potencial de mercado;
• previsão de vendas;
• segmentação de mercado; e
• distribuição e logística.
O planejamento de vendas deve em primeiro lugar sis­
tematizar ações, aproveitando oportunidades que o mercado
oferece, desde que enquadradas dentro da missão e obje­
tivos da empresa. Logo após, os profissionais de vendas
devem trabalhar criando modelos que possibilitem a identi­
ficação clara e objetiva do potencial de mercado, que inclui
uma avaliação da capacidade de um determinado mercado
absorver uma quantidade de produtos ou serviços.
MARCOS FREIRE
Em relação a uma previsão de vendas, deve-se analisar
o mercado, identificando o possível volume de vendas a ser
atingido em determinado período tendo por base o estudo
de várias variáveis tais como: preço, publicidade, renda dos
consumidores, distribuição etc.
A segmentação do mercado corresponde a uma subdi­
visão de determinado mercado em partes menores, preser­
vando as características básicas de consumo.
Logo a identificação da segmentação de mercado
dentro do planejamento de vendas, tem por objetivo gerar
subsídios para a organização dos territórios, o zoneamento
bem como outros critérios para a formulação de uma estra­
tégia de vendas.
Cabe à parte de distribuição e logística efetuar o esco­
amento dos produtos fazendo com que o mesmo chegue o
mais rápido possível ao seu destino.
O planejamento não deve ser confundido com uma
previsão, mesmo sabendo-se que a previsão corresponde
a uma parte importante dos procedimentos a serem desen­
volvidos, visto que o planejamento tem relação com o futuro.
Quando da elaboração de um planejamento de vendas,
deve-se avaliar as oportunidades de mercado, calcular
a demanda, estimar o potencial de mercado e o potencial
de vendas. Tendo por base o potencial de mercado e o de
vendas, será possível determinar a polarização das áreas
geográficas envolvidas e, ainda, realizar a previsão de
vendas estabelecendo um orçamento de vendas.
O planejamento de vendas deve gerar um documento
operacional: o plano de vendas, por segmento de mercado e
por vias de distribuição previamente selecionadas a partir da
avaliação das oportunidades de mercado.
38
As organizações possuem um número muito grande de
variáveis, envolvendo o mercado consumidor, e que pode
ser de muita importância para tomada de decisão a respeito
do planejamento de vendas.
Com base nas informações e análise do que pode ocor­
rer, a empresa estabelece objetivos e metas para um deter­
minado período.
Os objetivos formam a base do planejamento, além de
servirem como instrumentos de controle, já que podem ser
utilizados como parâmetros visando ações corretivas.
Na sua essência, o planejamento na área de vendas
consiste, a partir dos objetivos empresariais, em analisar as
situações interna e externa; efetuar uma previsão do que
pode acontecer, preparar-se para atender e executar tal
previsão e controlar as ações para que tais objetivos sejam
alcançados.
ESTRATÉGIAS DE VENDAS
A estratégia de vendas envolve um processo detalhado
para conhecimento das necessidades do mercado
consumidor.
Após a identificação do mercado consumidor e a poten­
cialidade dos clientes, a gerência de vendas deverá planejar
a estratégia de vendas incluindo o programa, as metas e os
problemas de grande importância para os clientes.
Caberá à equipe de vendas:
• descobrir e compreender as necessidades estraté­
gicas do cliente, obtendo detalhes que serão funda­
mentais quando da abordagem;
• desenvolver soluções que demonstrem uma abor­
dagem criativa para tratar das necessidades estra­
tégicas do cliente da maneira mais eficiente e eficaz
possível;
• chegar a um acordo que seja mutuamente benéfico.
Tais procedimentos, quando tratados de forma ade­
quada pelo profissional de vendas, criam um relacionamento
estratégico com o cliente, facilitando a obtenção das metas
estabelecidas.
Os objetivos estratégicos para um cliente geralmente
incluem redução de custos e/ou aumento da produtividade,
vendas e lucros.
Na elaboração da estratégia de vendas devem ser
observados:
• determinação do objetivo do contado de vendas;
• desenvolvimento ou revisão do perfil do cliente;
• desenvolvimento de um plano de benefícios para o
cliente;
• desenvolvimento da apresentação de vendas indi­
vidual, com base no objetivo do contato de vendas,
no perfil do cliente e no plano de benefícios para o
cliente.
No contexto de uma perspectiva estratégica, é essen­
cial que o marketing e as vendas estejam perfeitamente
interligados. A força de vendas é uma fonte valiosa de infor­
mações com que o marketing deve contar ao projetar estra­
tégias de produtos e de comercialização.
Estabelecer objetivos
Formular estratégias
Estratégia de marketing
a) Penetrar em novos mercados geográficos e vender
para novos tipos de clientes; ou
b) Atuar de movo mais agressivo nos mercados geo­
gráficos existentes.
OBJETIVOS DAS VENDAS
O objetivo tem-se tornado, então, um instrumento de
medição da eficácia da aplicação dos recursos por parte da
empresa.
O objetivo das vendas visa à participação da empresa
no mercado e consequentemente a obtenção do lucro, este
último medido sob a forma do retorno dos recursos aplicados.
Normalmente quanto maior as vendas, maior o lucro,
daí a importância das vendas para um bom desempenho
da empresa no mercado e satisfação de seus proprietários.
Um mercado em expansão pode propiciar metas mais
ambiciosas em relação às vendas e consequentemente
maior participação no mercado, garantindo assim para a
empresa uma posição de destaque.
Para que as vendas atinjam os objetivos estabelecidos,
será necessário identificar:
• O que vender?
• A quem vender?
• Quanto vender?
Desenvolver táticas
As táticas são atividades que devem ser executadas
pela equipe de vendas para conduzir a estratégia. Não há
tática perfeita, os gerentes devem avaliar a situação e esco­
lher as táticas que considerem compatíveis com a estratégia
e que tenham maiores possibilidades de êxito na ocasião.
Geralmente quando uma organização modifica sua
estratégia, também deve mudar suas táticas.
As estratégias de marketing em geral estimulam a
demanda de bens e serviços. Dessa maneira, através de
estratégias de preços, de propaganda, de produto, de distri­
buição e de logística, e sobretudo por meio de estratégia de
vendas, busca-se obter e administrar a demanda para deter­
minado produto ou serviço.
Depois que o processo de planejamento estraté­
gico de todo o programa de marketing estiver concluído, o
papel da força de vendas estará inteiramente definido. Isto
é, as metas, estratégias e táticas adotadas pelos gerentes
de vendas geralmente são limitadas e dirigidas pelo plano
estratégico de marketing.
Meta corporativa
Aumentar a participação no mercado dos atuais 9%
para 20% em dois anos.
Estratégia corporativa (meta corporativa)
Intensificar os esforços de marketing nos mercados
locais visando aumentar o volume de vendas em R$ 5
milhões no próximo ano.
O produto ou serviço a ser vendido deve ser produzido
dentro das características que o mercado exige, saber o que
os consumidores desejam adquirir é de fundamental impor­
tância para o sucesso do produto.
Conhecer o consumidor é uma tarefa que terá em pri­
meiro momento uma divisão do mercado – uma segmen­
tação – pois somente em alguns casos deve-se considerar
o mercado como um todo. Conhecer o consumidor é uma
tarefa específica que poderá determinar o tamanho do mer­
cado consumidor e partindo dessas informações estabele­
cer o quanto precisa ser vendido.
ANÁLISE DO MERCADO
Para a elaboração de um programa de vendas, é
necessário a determinação do potencial do mercado para
fixar os planos e objetivos da empresa.
Segundo a Associação Americana de Marketing –
potencial de mercado são as vendas esperadas de um bem,
um conjunto de bens ou de um serviço, para todo um ramo
industrial, num mercado e durante um período determinado.
Ao analisar um mercado, devemos trabalhar com
alguns fatores que influenciam o desempenho da empresa:
• tamanho do mercado;
• desejo dos consumidores;
• renda dos consumidores;
• potencial do mercado – traduz a capacidade
máxima de absorção de mercado em determinado
momento;
• concorrentes.
39
ATENDIMENTO E ÉTICA
O marketing tem a responsabilidade de fornecer à
equipe de vendas as ferramentas de marketing de que ela
precisa para vender com maior eficiência, como a propa­
ganda, os serviços de apoio e as promoções de vendas.
Ao modelar a estratégia de administração de força de
vendas, os executivos de vendas são orientados e limitados
pelo planejamento global da empresa e seu planejamento
estratégico de marketing.
O planejamento estratégico de todos os níveis de uma
empresa deve ser bem integrado e altamente coordenado
Em qualquer organização, o planejamento deve iniciar-se no
alto escalão e dirigir a toda a organização. Dessa forma, as
decisões tomadas pela alta direção, modelam o gerencia­
mento da estratégia do programa de marketing.
O planejamento de marketing, por sua vez, determina
o rume estratégico da administração da equipe de vendas.
Vejamos algumas informações sobre o planejamento
estratégico.
Uma avaliação das oportunidades de mercado é impor­
tante para o estabelecimento de um programa de vendas,
fixando as metas a serem atingidas.
O potencial de vendas corresponde a uma parcela do
potencial de mercado.
Exemplo: Brasília tem 40% de potencial de mercado
do tal do País, para um determinado produto; para um mer­
cado estimado em 1.000.000 de unidades, Brasília possui
um potencial de 400.000 unidades para o ramo todo.
A tarefa da determinação do potencial leva em consi­
deração:
• A existência de pessoas;
• Com renda; e
• Dispostas a gastarem.
Conhecendo as variáveis, o gerente de vendas terá
condições de estabelecer as metas de vendas para deter­
minado período.
TÉCNICAS DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS
MARCOS FREIRE
Não existe uma fórmula para se vender bem. O que
existe são: planejamento, técnicas e estratégias aliadas a
esforço e motivação, fazendo com que o profissional sinta­
-se mais seguro e capaz de superar as metas estabelecidas.
Um processo de vendas pode ser dividido em três
fases:
• Pré-venda;
• Venda; e
• Pós-venda.
Na pré-venda desenvolvem-se o planejamento e a
concretização de uma série de atividades que auxiliarão o
processo de venda. Deve-se identificar o que o mercado
deseja, para logo a seguir estabelecer uma busca ao cliente.
Quando da pré-venda, alguns itens devem ser trabalha­
dos tais como: prospecção do mercado, potencialidade da
clientela, agendamento de visitas e entrevistas, elaboração
de proposta comercial, visitas e abordagem, acompanha­
mento da proposta, entre outros.
O setor de serviços é uma área importante na econo­
mia de um País. Os produtos e serviços comercializados no
mercado financeiro apresenta um diferencial em relação aos
demais produtos e serviços ofertados por outros setores da
economia, pois pode ser classificado como um serviço de
consultoria.
Uma poupança, uma previdência privada ou outros
investimentos são produtos que os clientes procuram e que
necessitam de um acompanhamento por parte do vende­
dor, que deve informar todas as condições, rendimentos e
demais questionamentos apresentados pelos clientes.
O mercado bancário pode ser dividido em dois setores:
pessoas físicas e pessoas jurídicas. Ambos exigem conhe­
cimentos e abordagem diferenciados no atendimento da
demanda.
Sendo assim, o vendedor de produtos e serviços finan­
ceiros deve enfrentar as duas situações, pois cada uma
delas apresentam características diferentes.
40
De um lado, têm-se os clientes com total desconheci­
mento dos produtos financeiros, suas aplicações e vanta­
gens. Nesse caso, o vendedor deve atuar como um consul­
tor/orientador, dando maiores detalhes sobre as aplicações
e investimentos desejados pela clientela.
Por outro lado, existem as empresas (pessoas jurídi­
cas) que apresentam mais exigências e por sua vez deman­
dam maior profissionalismo por parte dos agentes de vendas
dos Bancos.
A comercialização de produtos no mercado financeiro
varia muito em função da situação da economia, pois os
clientes aplicadores buscam no mercado financeiro uma
maior garantia para seus investimentos, principalmente em
época de inflação alta.
Atualmente, as instituições financeiras contam com
uma estrutura de marketing grandiosa e que oferece um
suporte para o pessoal de vendas.
O fato de que os clientes (investidores) não têm conhe­
cimento do mercado financeiro, é considerado como um
grande desafio para a equipe de vendas de uma instituição
financeira.
A essência do produto comercializado pelos bancos é a
prestação de serviços. Diferenciar nesta variável é uma das
recomendações, uma vez que a interação com os clientes
representa um dos fatores importantes para a satisfação.
No mercado financeiro, a disputa por diferenciais nos
serviços é uma realidade.
O planejamento para vendas no mercado financeiro
obedece aos mesmos critérios de todos os outros plane­
jamentos de vendas, estabelecendo metas e objetivos a
serem atingidos.
No mercado financeiro deve existir um planejamento
para vendas às pessoas físicas e outro para atendimento às
pessoas jurídicas (empresas), que exigem mais atenção e
dedicação por parte dos funcionários das instituições finan­
ceiras.
Os investidores, de um modo em geral, procuram maior
rentabilidade para suas aplicações e esperam que os bancos
ofereçam melhores oportunidades de ganhos.
O item segurança também conta muito e está ligado
à estrutura financeira dos bancos, o cliente sente-se mais
seguro quando conhece a estrutura do banco, exemplo:
Banco do Brasil, Caixa Econômica, HSBC, Santander, Itaú
Bradesco e outras grandes instituições.
Quanto aos serviços do mercado financeiro cabe às
instituições planejar, prever e antecipar-se aos fatos para
oferecer maior satisfação aos seus clientes. Deve observar
os ambientes interno e externo evitando surpresas desagra­
dáveis para seus clientes, muito embora o mercado finan­
ceiro seja imprevisível.
Uma empresa do mercado financeiro para ter sucesso
deve tratar seus recursos estratégicos com muito cuidado,
analisar as oportunidades de mercado, avaliar a situação
do mercado, até maximizar os recursos e obter resultados
satisfatórios de vendas, participação no mercado, satisfação
do cliente e o lucro desejado.
Os gerentes de vendas preocupam-se em motivar seus
vendedores em dois níveis. O primeiro é a motivação do
vendedor individual e o segundo é a motivação de toda a
equipe de vendas. Em ambos os níveis, os gerentes devem
determinar quanta motivação é necessária para que o pes­
soal de vendas cumpra com sucesso suas metas de traba­
lho, e quais os métodos de motivação mais adequados para
a situação presente.
Por fim, eles precisam desenvolver um programa de
motivação bem elaborado, que esteja coordenado com
outras atividades de gerenciamento de vendas.
A motivação corresponde a um estímulo, intensidade,
direção e persistência do esforço direcionado a execução de
tarefas profissionais por um determinado período.
O gerente de vendas deve aumentar a motivação de
sua equipe, levando-a a realizar suas atividades profissio­
nais em um alto nível, por meio de desenvolvimento de um
composto motivador.
São instrumentos motivadores:
• Plano Básico de Remuneração
• Incentivos Financeiros Especiais
• Compensações não Financeiras
• Técnicas de Liderança
• Procedimentos de Controle Gerencial.
A motivação corresponde a uma fonte de energia que
alimenta as pessoas na busca de seus objetivos, direcio­
nando as ações, devendo ser constantemente renovada.
Para qualquer área de uma organização, a motivação
da equipe é fundamental para o bom andamento do trabalho,
integração das pessoas, execução das tarefas, produtividade
e até mesmo a manutenção do ambiente organizacional.
Porém, para os vendedores os aspectos motivacionais são
imprescindíveis para mantê-los atuantes no mercado.
Importante estudo sobre motivação foi desenvolvido
por vários pesquisadores que determinaram os principais
fatores que impulsionam os profissionais de vendas para o
trabalho, com vontade e garra.
São fatores motivacionais segundo Stephen K. Doyle e
Benson P.Shapiro:
• tarefas claras;
• necessidade de realização;
• remuneração com incentivos; e
• boa administração.
PRODUTO, PREÇO, PRAÇA E PROMOÇÃO
Como estudamos anteriormente, um plano de marketing
é fundamental para o sucesso das vendas, além de compor
a estratégia da empresa.
A estratégia empresarial define o programa de marke­
ting que por sua vez define as ferramentas do composto de
marketing.
O composto de marketing corresponde ao conjunto de
estratégias usadas desde a concepção do produto ou ser­
viço, até a sua colocação no mercado. Os quatro elementos
básicos do composto de marketing são:
•
•
•
•
Produto.
Preço.
Praça.
Promoção.
Produto
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Variedade do produto.
Qualidade.
Design.
Diferenciação.
Características.
Nome da marca.
Embalagem.
Tamanho.
Assistência Técnica.
Garantias.
Devoluções.
Preço
•
•
•
•
•
Política de preços ou preços de lista.
Descontos.
Condições de pagamentos.
Prazos para pagamentos.
Financiamentos.
ATENDIMENTO E ÉTICA
MOTIVAÇÃO PARA VENDAS
Praça
•
•
•
•
•
•
Canais de distribuição.
Cobertura.
Variedades.
Localização.
Estoques.
Transportes.
Promoção
•
•
•
•
•
Promoção de vendas.
Propaganda.
Equipe de Vendas.
Relações Públicas.
Marketing direto.
Ter um bom produto é fundamental para atender as
expectativas dos consumidores, no entanto também é fun­
damental ter pontos de distribuição para levar os produtos
até os clientes, facilitando assim sua comercialização.
Por meio de uma eficiente campanha publicitária o
mercado consumidor toma conhecimento dos produtos que
estão disponíveis para venda, e despertam interesse em
adquiri-los. No entanto, o preço é peça fundamental no pro­
cesso de venda, proporcionando uma relação custo x bene­
fício, que será analisada pelo comprador.
VANTAGEM COMPETITIVA
A competição no mundo dos negócios é fundamental
para o aprimoramento da produção de bens e serviços. O
41
MARCOS FREIRE
mundo competitivo exige que as empresas se preparem
para o enfrentamento no mercado, onde os consumidores
escolherão os melhores produtos e/ou serviços.
As empresas com melhores estruturas e mais focadas
em seus campos de atuação apresentam condições funda­
mentais para competirem no mercado.
Ao elaborar sua estratégia para a competitividade, a
empresa não pode deixar de analisar: os Pontos Fortes e os
Pontos Fracos da companhia, bem como as Ameaças e as
Oportunidades.
Os Pontos Fortes e os Pontos Fracos integram os fato­
res internos, enquanto as Ameaças e as Oportunidades
fazem parte dos fatores externos.
A formulação de uma estratégia competitiva envolve
considerar os quatro fatores básicos – Pontos Fracos,
Pontos Fortes, Ameaças e Oportunidades – que determi­
nam os limites daquilo que uma companhia pode realizar
com sucesso.
Os Pontos Fortes e os Pontos Fracos correspondem ao
perfil de ativos e as qualificações em relação à concorrência,
incluindo recursos financeiros, postura tecnológica, identifi­
cação de marcas etc.
As Ameaças e Oportunidades definem bem o meio
competitivo, com seus riscos consequentes e recompensas
potenciais.
Diante desses elementos cabe à organização se prepa­
rar para alcançar uma posição de destaque no mercado con­
sumidor, oferecendo bens/serviços com qualidade, levando
vantagens sobre os demais concorrentes.
Atualmente, no mercado financeiro, os bancos privados
sofrem diretamente com a concorrência dos bancos oficiais,
que cumprem ordens do governo, baixando suas taxas de
juros, promovendo uma competição acirrada no mercado
financeiro.
A competitividade no mercado deve ser analisada com
bastante atenção, exigindo-se conhecimento do campo de
atuação das companhias, fundamentando-se nas informa­
ções e previsões levantadas previamente.
Uma organização enxuta e com foco determinado no
mercado, leva uma vantagem em termos de competição
com as demais. É bom lembrar que para manter uma com­
petitividade é fundamental: Preço, Qualidade e Atendimento.
NOÇÕES DE IMATERIALIDADE OU INTANGIBILIDADE;
INSEPARABILIDADE E VARIABILIDADE DE PRODUTOS
BANCÁRIOS
Os serviços pela sua própria natureza são imateriais
ou intangíveis.
Imaterialidade ou intangibilidade nos serviços bancários
decorrem de não podermos “pegar” ou apalpar os mesmos,
nem ao menos vê-los. São serviços decorrentes de aplica­
ções financeiras, transferências de numerários, pagamentos
ou recebimentos efetuados através de Bancos. São serviços
importantes e que se paga por eles, sem ter contato com os
mesmos. Os serviços são sempre intangíveis.
Inseparabilidade – ocorre porque os serviços são pro­
duzidos e consumidos simultaneamente, não podemos
separar. Quando um cliente efetua uma aplicação no mer­
cado financeiro, autoriza um pagamento em débito automá­
42
tico, etc. São serviços que, além do atendimento pessoal,
faz uso de toda a estrutura do sistema de computadores do
banco, não podendo separar as etapas.
Variabilidade de Produtos – Inúmeros são os produtos
oferecidos pelo mercado financeiro através de instituições
financeiras. Exemplo: CDB – Certificado de Depósito Ban­
cário, RDB – Recibo de Depósito Bancário, Descontos de
Títulos, Hot Money, Empréstimos a Pessoas Físicas e Jurí­
dicas etc. A variabilidade dos produtos e serviços depende
que quem, onde e quando são produzidos.
MANEJO DE CARTEIRA DE PESSOA FÍSICA E DE PESSOA
JURÍDICA
Manejar corresponde a administrar ou gerenciar. O
manejo de carteiras de pessoas físicas e jurídicas corres­
ponde no mercado financeiro ao gerenciamento dos recur­
sos disponíveis em contas de pessoas físicas e jurídicas.
Por meio de contrato de serviços, pessoas físicas e jurí­
dicas autorizam as instituições financeiras (Bancos) através
de seus gerentes, administrarem seus recursos efetuando
aplicações no mercado financeiro.
A confiabilidade, nesse caso, é muito importante para
que clientes e instituições financeiras tenham um relaciona­
mento duradouro. A instituição financeira conhecedora do
mercado deve efetuar operações que tragam benefícios aos
seus clientes, proporcionando-lhes um retorno seguro sobre
as aplicações.
A administração de carteiras, tanto de pessoas físicas
quanto de pessoas jurídicas, é um serviço disponibilizado
pelos bancos para clientes especiais, e que mantenham
contas em suas agências. A responsabilidade do banco é
muito grande, visto que está movimentando recursos de
terceiros e que devem apresentar uma rentabilidade satis­
fatória.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: DOCUMENTOS BÁSICOS...................................................405
PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E
DOMICÍLIO..................................................................................................................................................388
DOCUMENTOS COMERCIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO: NOTA PROMISSÓRIA, DUPLICATA, FATURA.
NOTA FISCAL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. DOCUMENTO DE CRÉDITO (DOC): NOÇÕES BÁSICAS..... 422
CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAÇÃO, ENDOSSO, CRUZAMENTO, COMPENSAÇÃO.........406
SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO.......................................................................................................427
TIPOS DE SOCIEDADE: EM NOME COLETIVO, POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA,
ANÔNIMAS, FIRMA INDIVIDUAL OU EMPRESÁRIA...................................................................................397
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN): CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL;
BANCO CENTRAL DO BRASIL; COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS; CONSELHO DE
RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; BANCOS COMERCIAIS; CAIXAS ECONÔMICAS;
COOPERATIVAS DE CRÉDITO; BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS; BANCOS DE INVESTIMENTO;
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO; SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO;
SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL; SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES
MOBILIÁRIOS; SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS; BOLSAS
DE VALORES; BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS; SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E
CUSTÓDIA (SELIC); CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE TÍTULOS (CETIP);
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO; ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO; SISTEMA
DE SEGUROS PRIVADOS: SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO; PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR:
ENTIDADES ABERTAS E ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA............................................391
TIPOS DE GARANTIAS - GARANTIAS PESSOAIS: AVAL; FIANÇA. GARANTIAS REAIS: ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA; PENHOR; HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS; FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC)...... 428
NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA, NOÇÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA, INSTRUMENTOS DE
POLÍTICA MONETÁRIA, FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS.........................................................................388
PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS: DEPÓSITOS À VISTA; DEPÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB);
COBRANÇA E PAGAMENTO DE TÍTULOS, BOLETOS E CARNÊS; TRANSFERÊNCIAS AUTOMÁTICAS
DE FUNDOS; ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS; HOME BANKING, MOBILE
BANKING, BANCO VIRTUAL; CARTÃO DE CRÉDITO (DINHEIRO DE PLÁSTICO); FUNDOS MÚTUOS
DE INVESTIMENTO; HOT MONEY; CONTAS GARANTIDAS; CRÉDITO ROTATIVO; DESCONTOS
DE TÍTULOS; FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO; LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO,
BENS); FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO; CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR; EMPRÉSTIMO
EM CONSIGNAÇÃO; CADERNETAS DE POUPANÇA; CARTÕES DE CRÉDITO; TÍTULOS DE
CAPITALIZAÇÃO; PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS; PLANOS E APÓLICES DE
SEGUROS.....................................................................................................................................................404
MERCADO FINANCEIRO - MERCADO MONETÁRIO; MERCADO DE CRÉDITO; MERCADO DE CAPITAIS:
AÇÕES - CARACTERÍSTICAS E DIREITOS, DEBÊNTURES, DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS
E COMPANHIAS FECHADAS, FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE AÇÕES, MERCADO DE
BALCÃO; MERCADO DE CÂMBIO: INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR; OPERAÇÕES BÁSICAS;
CONTRATOS DE CÂMBIO - CARACTERÍSTICAS; TAXAS DE CÂMBIO; REMESSAS; SISCOMEX....................390
MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO....................................................................................420
PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO
REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO
Representação
Segundo o Código Civil:
PESSOAS JURÍDICAS
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou
externo, e de direito privado.
São pessoas jurídicas de direito público interno:
• a União;
• os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
• os Municípios;
• as Autarquias;
• as demais entidades de caráter público criadas por
lei.
São pessoas jurídicas de direito público externo:
• os Estados Estrangeiros;
• todas as pessoas que forem regidas pelo Direito
Internacional Público.
São pessoas jurídicas de direito privado:
• as associações;
• as sociedades;
• as fundações;
• as organizações religiosas;
• os partidos políticos.
Em conformidade com o código civil, os poderes de
representação conferem-se por lei ou pelo interessado.
A manifestação de vontade pelo representante, nos
limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao repre­
sentado.
Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o
negócio jurídico que o representante no seu interesse ou por
conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
O representante é obrigado a provar às pessoas com
quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e
a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
É anulável o negócio concluído pelo representante em
conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou
devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Domicílio
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela esta­
belece a sua residência com ânimo definitivo.
Caso a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, será considerada como domicílio
qualquer uma delas.
Ter-se-á por domicílio de pessoa natural, que não tenha
residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administra­
ção municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcio­
narem as respectivas diretorias e administrações, ou onde
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos cons­
titutivos.
Nos contratos escritos, poderão os contratantes espe­
cificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e
obrigações deles resultantes.
NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA
O Estado exerce sua atividade através de uma série
de medidas conhecidas como políticas econômicas, obje­
tivando promover o desenvolvimento econômico, garantir
empregos e sua estabilidade, equilibrar o volume financeiro
das transações econômicas com o exterior, a estabilidade
dos preços e o controle da inflação, além de promover a dis­
tribuição das riquezas e das rendas.
Os instrumentos das políticas econômicas são mais
eficientes quando aplicados em mercados financeiros bem
estruturados e desenvolvidos.
As principais políticas econômicas utilizadas pelo
Estado são:
• Política Monetária;
• Política Fiscal;
• Política Cambial;
• Política de Rendas.
45
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa no nas­
cimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concep­
ção, os direitos do nascituro.
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pes­
soalmente os atos da vida civil:
I – os menores de 16 (dezesseis) anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses
atos;
III – os que mesmo por causa transitória não puderem
exprimir sua vontade.
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou
à maneira de os exercer:
I – os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18
(dezoito) anos;
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os
que, por deficiência mental, tenham o discernimento redu­
zido;
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental
completo;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regu­
lada por legislação especial.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos comple­
tos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os
atos da vida civil.
INTRODUÇÃO À POLÍTICA MONETÁRIA
A Política Monetária pode ser definida como o controle
da oferta da moeda e das taxas de juros, com o objetivo de
garantir a liquidez ideal do momento econômico.
O executor da Política Monetária no país é o Banco
Central do Brasil – BACEN, que conta com os instrumentos
clássicos:
• Depósito compulsório;
• Redesconto ou empréstimos de liquidez;
• Operações no mercado aberto – open market.
A política monetária é considerada expansionista
quando eleva a liquidez da economia, injetando maior
volume de recursos no mercado e elevando, em consequên­
cia, os meios de pagamentos, dinamizando o consumo e os
investimentos agregados.
A política monetária é restritiva quando são reduzidos
os meios de pagamentos, retraindo a demanda agregada
(consumo e investimento), e consequentemente a atividade
econômica.
FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS
Taxa Básica Financeira – TBF
Criada com o objetivo de alongar o perfil das aplicações
em títulos.
É constituída pela amostra das 30 maiores instituições
financeiras do país, considerando a remuneração mensal
média, líquida de impostos, dos depósitos a prazo CDB e
RDB, com prazo de 30 a 35 dias.
A amostra de instituições financeiras é reavaliada a
cada início de semestre civil.
Taxa Referencial – TR
Criada para servir como uma taxa básica referencial de
Juros a serem práticos no inicio do mês, e não como um
índice que refletisse a inflação do mês anterior.
Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP
MARCOS FREIRE
Aplicada para a remuneração dos recursos do Fundo
de Participação PIS/PASEP, do Fundo de Amparo ao Traba­
lhador – FAT, e do Fundo da Marinha Mercante.
É calculada com base na meta de inflação calculada
pro rata para os 12 meses seguintes, baseada nas metas
anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional, acrescida
de um prêmio de risco.
Seu valor é divulgado via Resolução do Banco Central
até o último dia útil de cada trimestre civil, para vigorar no
trimestre seguinte. Usada nos financiamentos do BNDES,
pode ser usada para qualquer operação dentro dos merca­
dos financeiros e de valores mobiliários, nas condições esta­
belecidas pelo Banco Central e pela CVM.
Taxa SELIC
É a taxa referencial da economia, e que regula as ope­
rações diárias com títulos públicos federais. Representa a
taxa pela qual o Banco Central compra e vende títulos públi­
cos federais ao fazer sua política monetária.
46
É determinada nas reuniões periódicas do COPOM –
Comitê de Política Monetária do Banco Central.
As reuniões ocorrem a cada 45 dias, totalizando 8 (oito)
ao ano.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por
um conjunto de instituições que tem por objetivo manter
o fluxo de recursos financeiros entre os poupadores e os
investidores, ou seja: entre os agentes superavitários e os
agentes deficitários.
Entre as instituições que formam o Sistema Financeiro
Nacional encontram‑se as instituições financeiras.
LEI N. 4.595/1964 – LEI DA REFORMA BANCÁRIA
“Art. 17. Consideram‑se instituições financeiras, para os
efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas
e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória
a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financei­
ros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estran­
geira, e a custódia de valores de propriedade de terceiros”.
“Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei e da legis­
lação em vigor, equiparam‑se às instituições financeiras as
pessoas físicas que exerçam qualquer atividade referida
neste artigo, de forma permanente ou eventual”.
O Sistema Financeiro Nacional está estruturado por
dois subsistemas:
– o subsistema normativo e o subsistema de intermediação.
– o subsistema normativo é composto pelas denomina­
das autoridades que são responsáveis pela regulamentação
e ordenamento do sistema financeiro nacional.
Órgãos Normativos:
• Conselho Monetário Nacional;
• Conselho Nacional de Seguros Privados;
• Conselho Nacional de Previdência Complementar.
As autoridades supervisoras executam as decisões do
Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo elas:
• Banco Central do Brasil (BACEN);
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
• Superintendência Nacional de Previdência Comple­
mentar (PREVIC).
O subsistema de intermediação é composto pelos
agentes especiais, pelas instituições financeiras bancárias e
não bancárias e pelas instituições auxiliares.
As denominadas instituições financeiras bancárias são
aquelas que captam depósitos à vista:
• Bancos Comerciais;
• Bancos Múltiplos com Carteira Comercial;
• Caixa Econômica;
• Bancos Cooperativos;
• Cooperativas de Crédito.
As instituições auxiliares são aquelas que efetuam
intermediações entre poupadores e investidores, tendo as
Bolsas de Valores como elemento fundamental desse seg­
mento, que conta com as Corretoras de Títulos e Valores
Mobiliários e as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliá­
rios. Tais instituições têm como objetivo propiciar liquidez
dos títulos emitidos pelas companhias, tais como as ações.
Os intermediários financeiros emitem seus próprios
passivos, captando poupança diretamente junto ao público,
assumindo as responsabilidades e aplicando tais recursos
junto as pessoas físicas e jurídicas por meio de empréstimos
e financiamentos.
Tais intermediações financeiras se desenvolvem de
forma segmentada tendo por base algumas subdivisões:
• Mercado Financeiro.
• Mercado Monetário.
• Mercado de Crédito.
• Mercado de Câmbio.
• Mercado de Capitais.
O Mercado Financeiro corresponde ao conjunto de ins­
tituições e instrumentos destinados a oferecer alternativas
de aplicações e captações de recursos financeiros. O mer­
cado financeiro além de exercer importantes funções de oti­
mizar a utilização dos recursos financeiros, cria condições
de liquidez e administração de riscos.
A remuneração dos recursos financeiros emprestados
denomina‑se de “juros”. A taxa de juros em termos percen­
tuais corresponde a remuneração dos poupadores e o custo
do dinheiro para os tomadores.
O mercado financeiro representa o elemento dinâmico
no processo de desenvolvimento econômico, pois por meio
dele ocorre a elevação das taxas de poupança e de inves­
timentos.
De um modo geral, o mercado financeiro divide‑se em
outros segmentos:
Mercado Monetário – Corresponde às operações de
curto e curtíssimo prazo, destinadas a atender às necessi­
dades imediatas de liquidez dos agentes econômicos. Neste
mercado são negociados os títulos públicos, Certificado de
Depósitos Interfinanceiros (CDI), hot money etc.
Mercado de Crédito – Corresponde às operações de
curto e de médio prazos, direcionadas aos ativos permanen­
tes e capital de giro das empresas. Atuam neste mercado
os Bancos Comerciais, os Bancos Múltiplos com Carteira
Comercial, Sociedades Financeiras.
Mercado de Capitais – Corresponde às operações
que visam municiar de forma constante os recursos per­
manentes para financiamento de capital fixo. Atuam nesse
mercado as instituições não bancárias além das instituições
denominadas auxiliares.
No mercado de capitais são comercializadas: ações,
debêntures, bônus de subscrição etc.
Mercado de Câmbio – Neste mercado ocorre as tran­
sações que envolvem moedas de países diferentes.
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) apresenta a
seguinte estrutura.
1. Órgãos Normativos:
• Conselho Monetário Nacional;
• Conselho Nacional de Seguros Privados;
• Conselho Nacional de Previdência Complementar.
2. Entidades Supervisoras:
• Banco Central do Brasil;
• Comissão de Valores Mobiliários;
• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
• Superintendência Nacional de Previdência Comple­
mentar (Previc).
3. Instituições Especiais:
• Banco do Brasil;
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES);
• Caixa Econômica.
4. Instituições Financeiras Monetárias e não Monetárias:
• Bancos Comerciais
• Bancos Múltiplos
• Bancos de Investimentos
• Bancos de Desenvolvimento
• Bancos de Câmbio
• Bolsas de Valores
• Sociedades Seguradoras
• Sociedades de Arrendamento Mercantil
• Sociedades de Capitalização
• Entidades Abertas de Previdência Complementar
• Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(Fundos de Pensões).
• Demais intermediários financeiros e outros adminis­
tradores de recursos de terceiros.
Em conformidade com a Emenda Constitucional
n. 40/2003, que alterou o Art. 192 da Constituição Federal,
“o Sistema Financeiro Nacional será regulado por leis com­
plementares”.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
Principal órgão normativo do Sistema Financeiro Nacio­
nal responsável pela fixação das diretrizes das políticas
monetária, creditícia e cambial do país, não lhes cabendo
nenhuma função executiva.
É considerado o órgão mais importante do Sistema
Financeiro Nacional, atuando como um Conselho de Política
Econômica.
Foi criado em 31.12.1964 por meio da Lei n. 4.595/1964,
a denominada Lei da Reforma Bancária, em substituição a
Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC).
47
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
As instituições financeiras não bancárias são todas as
demais instituições que efetuam intermediações, captam
recursos a prazo e atuam de forma permanente no sistema
financeiro, ex.:
• Bancos de Investimentos;
• Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial;
• Bancos de Câmbio;
• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investi­
mento;
• Bancos de Desenvolvimento etc.
Atualmente o Conselho Monetário Nacional é composto
pelos seguintes membros:
• Ministro da Fazenda – Presidente.
• Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e
Presidente do Banco Central do Brasil.
Está subordinada ao Conselho Monetário Nacional, a
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, que tem como
função básica regulamentar as decisões do Conselho Mone­
tário Nacional.
De acordo com a Lei n. 9.069/1995, em seu art. 9º, a
Comissão Técnica da Moeda e do Cré­dito, criada junto ao
Conselho Monetário Nacional, é composta dos seguintes
membros:
• Presidente do Banco Central do Brasil;
• Presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
• Secretário Executivo do Ministério da Fazenda;
• Secretário Executivo do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão;
• Secretário de Política Econômica do Ministério da
Fazenda;
• Secretário do Tesouro Nacional;
• Diretores do Banco Central (quatro) indicados pelo
presidente do órgão.
A coordenação da comissão cabe ao Presidente do
Banco Central do Brasil.
Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito:
I –propor a regulamentação das matérias de compe­
tência do Conselho Monetário Nacional;
II –manifestar‑se, na forma prevista em seu regimento
interno, previamente, sobre as matérias de com­
petência do Conselho Monetário Nacional, espe­
cialmente aquelas constantes da Lei n. 4.595 de
31.12.1964;
III –outras atribuições que lhes forem conferidas pelo
Conselho Monetário Nacional.
Atuam junto ao Conselho Monetário Nacional, diversas
comissões, que desenvolvem trabalho de assessorias:
LEI N. 9.069/1995 – ART. 11
Funcionarão também junto ao Conselho Monetário
Nacional as seguintes Comissões Consultivas:
MARCOS FREIRE
I –de Normas e Organização do Sistema Financeiro;
II –de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
III –de Crédito Rural;
IV –de Crédito Industrial;
V –de Crédito Habitacional, e para Saneamento e In­
fraestrutura Urbana;
VI –de Endividamento Público;
VII –de Política Monetária e Cambial.
Sendo a entidade superior do Sistema Financeiro
Nacional, compete ao Conselho Monetário Nacional (CMN):
• adaptar o volume dos meios de pagamentos às
reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento;
48
• regular o valor interno da moeda, prevenindo ou
corrigindo surtos inflacionários;
• regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do
Balanço de Pagamentos do País;
• orientar a aplicação dos recursos das instituições
financeiras públicas e privadas, de forma a garan­
tir condições favoráveis ao desenvolvimento equili­
brado da economia nacional;
• propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
instrumentos financeiros de forma a tornar mais efi­
ciente o sistema de pagamentos e mobilização de
recursos;
• zelar pela liquidez e solvência das instituições
Financeiras;
• coordenar as políticas monetárias, creditícia, orça­
mentária, fiscal e da dívida interna e externa; e
• estabelecer metas de inflação.
Complementando essas funções básicas, o Conselho
Monetário Nacional também é responsável por um conjunto
de atribuições específicas, destacando‑se:
• autorização para emissão de papel‑moeda e moeda
metálica;
• aprovação dos orçamentos monetários preparados
pelo Banco Central;
• fixar diretrizes e normas da política cambial;
• disciplinar o crédito em todas as suas formas;
• determinar as taxas do recolhimento compulsório
das instituições financeiras;
• regulamentar as operações de redesconto de liqui­
dez;
• estabelecer limites para a remuneração das opera­
ções e serviços bancários;
• estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco
Central nas transações com títulos públicos;
• regular a constituição, o funcionamento e a fiscali­
zação das instituições financeiras que operam no
país.
O Conselho Monetário Nacional se reúne uma vez por
mês para deliberação sobre assuntos relacionados com a
sua competência. Em casos extraordinários os membros do
Conselho Monetário poderão reunir‑se mais de uma vez no
mês.
Todas as matérias aprovadas são regulamentadas por
meio de resoluções normativas de caráter público, e que obri­
gatoriamente serão publicadas no Diário Oficial da União,
além na página de normativos do Banco Central do Brasil.
Os mercados financeiros e de capitais são discipli­
nados pelo CMN e fiscalizados pelo Banco Central (Lei
n. 4728/1965)
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)
O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia
pertencente ao Ministério da Fazenda, atuando como um
órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional, cumprindo
e fazendo cumprir todas as disposições do Conselho Mone­
tário Nacional.
Por meio do Banco Central, o governo intervém direta­
mente no sistema financeiro e indiretamente na economia.
A partir de maio de 2002, o Banco Central deixou de emitir
títulos de sua propriedade, passando a fazer política monetária,
comprando e vendendo títulos do Tesouro Nacional.
O Banco Central do Brasil (BACEN) possui algumas
características especiais, tais como:
• BANCO EMISSOR – Emite moeda Saneamento do
Meio Circulante.
• BANCOS DOS BANCOS – Recebe os Depósitos
Compulsórios. Efetua os Redescontos de Liquidez.
• GESTOR DO SISTEMA FINANCEIRO – Regula­
mentação/Ficalização/Autorização/Penalidades.
• EXECUTOR DA POLÍTICA MONETÁRIA – Controle
dos Meio de Pagamentos; Controle dos Orçamen­
tos Monetários; Determinação via COPOM da Taxa
Selic.
• BANQUEIRO DO GOVERNO – Financia o Tesouro
Nacional; Administra as Dívidas Públicas Interna
e Externa; Gestão das Reservas Internacionais;
Representante do País junto às Instituições Finan­
ceiras Internacionais:
–– Dealer – É uma instituição credenciada para
atuar como representante do Banco Central,
facilitando a ligação entre o Bacen, a Secreta­
ria do Tesouro Nacional e as demais instituições
que atuam no Sistema Financeiro Nacional.
–– Dealer Primário – Tem como atuação o desen­
volvimento do mercado primário de títulos públi­
cos federais (doze instituições no máximo).
–– Dealer Especialista – Atua no desenvolvimento
do mercado secundário dos títulos públicos
federais (dez instituições no máximo).
Obs.:
A cada semestre um dealer é substituído em cada
um dos grupos.
Leilões Informais – Go Around: Visa manter o maior
nível de competitividade, promovendo a participação de
todos os dealers credenciados, quando da operação de
venda ou de resgate de títulos.
COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM
O Copom foi criado com o objetivo de estabelecer
as diretrizes da política monetária e definir a meta da taxa
básica de juros da economia – Taxa Selic, também denomi­
nada de Taxa Over Selic, é a taxa de referência do mercado,
e que regula as operações diárias com os títulos públicos
federais.
Ao definir a taxa de juros o Copom poderá indicar o seu
viés de alta ou de baixa.
A taxa de juros fixada pelo Copom é a denominada Taxa
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em
títulos públicos federais, registrados no SELIC – Sistema
Especial de Liquidação e Custódia – que deve vigorar ao
longo do período entre as reuniões do Comitê.
As reuniões do Comitê ocorre mais ou menos a cada 45
dias, totalizando oito por ano.
As reuniões ocorrem ao longo de dois dias, sendo a
primeira sessão às terças‑feiras, e a segunda às quartas­
-feiras, quando será anunciada a decisão sobre a nova taxa
de juros para o próximo período.
Oito dias após o fim de cada reunião do Comitê – às
quintas‑feiras da semana subsequente à da reunião – será
divulgada a ata da reunião. A divulgação será na página do
Banco Central, e junto a imprensa
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia
pertencente ao Ministério da Fazenda, que tem por objetivo
regulamentar e fiscalizar o mercado de capitais.
Opera com autonomia adminstrativa, financeira e patri­
monial, atuando como órgão normativo no mercado de valo­
res mobiliários, incluindo as companhias abertas, os inter­
mediários financeiros e os investidores, além de outros
integrantes desse mercado. A CVM tem poderes para dis­
ciplinar, normatizar e fiscalizar todos os segmentos do Mer­
cado de Capitais.
A CVM tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro e sua
diretoria é composta por um Presidente e quatro Diretores
todos nomeados pelo Presidente da República, contando
ainda com Superintendências Regionais nas cidades de São
Paulo e Brasília.
São objetivos da CVM:
• estimular a aplicação da poupança no mercado acio­
nário;
49
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A administração do Banco Central é executada por
um presidente e sete diretores, todos nomeados pelo Pre­
sidente da República, após terem seus nomes aprovados
pelo Senado Federal.
O Banco Central foi criado em 31.12.1964 por meio da
Lei n. 4.595/1964, a denominada Lei da Reforma Bancária.
Sua sede principal está localizada em Brasília, no
entanto possui representações regionais em: Belém, For­
taleza, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,
Curitiba, Porto Alegre e Salvador.
Compete exclusivamente ao Banco Central do Brasil:
• emitir papel‑moeda e moeda metálica, obedecendo
os limites determinados pelo CMN;
• executar os serviços do meio circulante;
• receber os recolhimentos compulsórios e voluntá­
rios das instituições financeiras e bancárias;
• realizar as operações de redescontos e emprésti­
mos as instituições financeiras;
• regular os serviços de compensação de cheques e
outros papéis;
• exercer o controle do crédito sob todas as formas;
• exercer a fiscalização das instituições financeiras;
• autorizar o funcionamento das instituições financei­
ras;
• estabelecer as condições para o exercício de quais­
quer cargos de direção, nas instituições finanacei­
ras privadas;
• vigiar a interferência de outras empresas nos mer­
cados financeiros e de capitais;
• controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país;
• estabelecer via COPOM, a taxa básica de juros
para as operações financeiras – Taxa Selic.
• assegurar o funcionamento eficiente e regular das
Bolsas de Valores, bem como das instituições auxi­
liares que operam no mercado;
• proteger os investidores contra as emissões ilegais
e outros tipos de atos que venham prejudicar o mer­
cado de capitais;
Cabe a Comissão de Valores Mobiliários disciplinar e
fiscalizar as seguintes atividades:
• emissão e distribuição de valores mobiliários;
• negociação e intermediação no mercado de valores
mobiliários;
• negociação e intermediação no mercado de deriva­
tivos;
• organização e funcionamento das operações nas
Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros;
• administrar carteiras de custódia de valores mobi­
liários;
• fiscalizar as companhias abertas;
• normalizar e fiscalizar os fundos de investimentos
tanto de renda fixa como de renda variável;
• normatizar as auditorias das companhias abertas.
São considerados valores mobiliários:
• ações, debêntures e bônus de subscrição;
• certificados de depósito de valores mobiliários;
• cédulas de debêntures;
• cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados
de desdobramento relativos aos valores mobiliários;
• notas comerciais;
• cotas de fundos de investimentos em valores mobili­
ários ou de clubes de investimentos;
• contratos futuros de opções e outros derivativos.
Como podemos observar a CVM é um órgão normativo
do Sistema Financeiro Nacional, com a responsabilidade de
promover o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do
mercado de capitais.
A CVM mantém uma estrutura destinada a prestar
orientações aos investidores ou acolher denúncias e suges­
tões por eles formuladas.
AGENTES ESPECIAIS
BANCO DO BRASIL
MARCOS FREIRE
O Banco do Brasil é uma Sociedade Anônima de Capi­
tal Misto, com seu controle acionário pertencente a União
(Tesouro Nacional), sendo o principal agente financeiro do
Governo Federal.
O Banco do Brasil é um Banco Múltiplo possuindo todas
as carteiras que o classifica como tal, além de possuir a Car­
teira do Crédito Rural.
É responsável pela execução das políticas financeiras
e creditícias do Governo Federal, sendo o responsável direto
pela execução da política do Crédito Rural e da política do
Preço Mínimo.
Também cabe ao Banco do Brasil ser executor do Ser­
viço de Compensação de cheques e outros papéis.
50
O Banco do Brasil atua sob a fiscalização do Banco
Central do Brasil.
Compete ao Banco do Brasil:
• efetuar recebimentos e pagamentos em nome do
Governo Federal;
• administrar os recursos do Fundo Constitucional do
Centro‑Oeste – FCO.
• executar a política do preço mínimo para os produ­
tos agropastoris;
• execução do serviço da dívida pública consolidada;
• realização por conta própria, de operações de
compra e venda de moeda estrangeira e, por conta
do Banco Central nas condições estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional.
O Banco do Brasil também atua no Sistema Financeiro
de Habitação, financiando aquisição de imóveis.
Ao operar com algumas linhas de crédito de médio e
longo prazo destinados a financiamentos empresariais, e finan­
ciamentos de projetos públicos, o Banco do Brasil também
desenvolve atividades de Banco de Desenvolvimento.
A diretoria do Banco do Brasil é indicada pelo Presi­
dente da República, portanto não tem mandato definido.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES)
O BNDES é uma empresa pública pertencente ao
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exte­
rior, que tem como atuação fomentar o desenvolvimento do
país, sendo responsável pela política de investimentos de
longo prazo do Governo Federal.
O BNDES não é Banco, é uma agência de desenvolvi­
mento do Governo Federal, que tem como objetivos básicos:
• impulsionar o desenvolvimento econômico e social
do País;
• fortalecer o setor empresarial nacional;
• atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos
polos de produção;
• promover o desenvolvimento integrado das ativida­
des agrícolas, industriais e de serviços;
• promover o crescimento e a diversificação das expor­
tações.
As políticas Operacionais do BNDES têm como meta
orientar e normatizar a concessão de financiamentos visando
priorizar os projetoss que promovam o desenvolvimento com
inclusão social, estimulando principalmente aqueles projetos
que criem empregos e contribuam para a geração de divisas.
O BNDES atua diretamente e por meio de duas subsi­
diárias integrais:
I – Agência Especial de Financiamento Industrial
(FINAME);
II – BNDESPAR – BNDES Participações S.A. (Subsidi­
ária Integral do BNDES).
A FINAME financia a comercialização de máquinas e
equipamentos, principalmente para a indústria.
A BNDES Participações subscreve valores mobiliários
no mercado de capitais, injetando seus recursos na aquisi­
ção de ações de empresas. O BNDESPAR também atua no
Nas suas operações o BNDES aplica a Taxa de Juros
de Longo Prazo – TJLP, que é fixada trimestralmente pelo
Conselho Monetário Nacional.
O BNDES também financia investimentos em empre­
sas por meio do cartão BNDES com taxas de juros pré‑fixa­
das, podendo uma empresa possuir até 7 (sete) cartões de
Bancos emissores diferentes, somando seus limites em uma
única transação.
Exige‑se que o faturamento bruto da empresa seja de
até R$ 90 milhões.
Cartão BNDES. É um crédito rotativo pré‑aprovado cujo
valor é de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), desti­
nado a Micro.
Pequenas e Médias Empresas, para aquisição de pro­
dutos credenciados junto ao BNDES.
A amortização do empréstimo varia de 3 a 48 presta­
ções mensais fixas e iguais, sendo que os Bancos emisso­
res podem oferecer outros prazos.
O BNDES também possui programas para financia­
mentos às exportações.
Participa do desenvolvimento social através de progra­
mas destinados a assistência social, tais como:
BNDES Fundo Social – recursos não reembolsáveis
para projetos de investimentos em assitência social.
Serviços de Educação, Saúde, Assitência Social e
Segurança – linha de financiamento para projetos de implan­
tação, modernização e expansão dessas atividades.
CAIXA ECONÔMICA
A Caixa Econômica – CEF é uma empresa pública
pertencente ao Ministério da Fazenda, sendo responsável
pelas políticas públicas do Governo Federal, relacionadas
ao programas sociais, tais como: Bolsa Família, Minha casa,
minha vida.
A Caixa Econômica não é Banco, no entanto desen­
volve todas as atividades de um Banco Múltiplo, pois possui
Conta Corrente, Poupança, Crédito Imobiliário, Leasing,
além de financiamentos e empréstimos a pessoas físicas e
jurídicas.
A Caixa Econômica é o principal agente do Sistema
Financeiro Nacional – SFN, atuando ativamente no financia­
mento de imoveis, principalmente os destinados as pessoas
de baixa renda.
Também cabe a Caixa Econômica Federal ser o órgão
responsável pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Emprés­
timos, administrando os recursos da Caderneta de Pou­
pança.
A CEF desenvolve atividades de financiamentos de
programas de saneamento básico e infraestrutura urbana.
A CEF efetua as seguintes operações:
• Captação de Depósitos à Vista.
• Captação de Depósitos a Prazo.
• Captação de Recursos através de emissões de
Letras Financeiras – LFs.
• Captação de Recursos através da Caderneta de
Poupança.
• Operações de Câmbio (Circular 3.428/2008 – Bacen).
• Previdência Privada Aberta.
• Títulos de Capitalização.
• Empréstimos a Pessoas Fisícas e Juridícas.
• Empréstimos Consignados etc.
• Administra os recursos do FGTS – Fundo de Garan­
tia por Tempo de Serviços, do PIS – Programa de
Integração Social e os recursos do FAS – Fundo de
Apoio do Desenvolvimento Social.
Também cabe a CEF a administração das loterias
(jogos), além do financiamento do crédito educativo.
Fundada no Império, a CEF mantém alguns programas
sociais como o “penhor de joias”, atividade na qual efetua
uma modalidade de empréstimo recebendo como garantia
joias e outros metais preciosos.
A Caixa Econômica é um Banco Social sendo res­
ponsável por programas sociais, como por exemplo o
seguro‑desemprego usando os recursos do FAT – Fundo de
Amparo ao Trabalhador.
Expandindo seu campo de atuação, a Caixa Econômica
criou uma subsidiária denominada CaixaPar – Caixa Partici­
pações, que tem por objetivo atuar no mercado de capitais,
adquirindo participações acionárias em outras empresas,
além de efetuar o lançamento público de ações.
A diretoria da CEF é composta por um presidente e 11
(onze) vice‑presidentes, todos nomeados pelo Presidente
da República.
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
Nacional (CRSFN)
Órgão integrante do Ministério da Fazenda e que
tem por objetivo julgar em segunda e última instância, os
recursos contra penalidades administrativas aplicadas pelo
Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e Secreta­
ria de Comércio Exterior.
51
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
mercado acionário concedendo garantias quando do lança­
mento público de ações além de financiar os acionistas na
subscrição de novas ações.
O BNDES é o principal agente de fomento do governo,
utilizando as mais variadas fontes de recursos para promo­
ver o desenvolvimento do país.
Alternativamente à concessão de financiamentos, a
BNDESPAR pode injetar recursos financeiros em empresas
por meio da subscrição de valores mobiliários Os recursos
necessários as execuções das políticas operacionais do
BNDES provêm de várias fontes entre elas:
• FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador;
• Fundo PIS‑PASEP;
• Fundo Nacional de Desenvolvimento – FND;
• Fundo de Garantia das Exportações;
• Recursos oriundos de suas atividades – emprésti­
mos concedidos;
• Recursos oriundos de empréstimos juntos à orga­
nizações multilaterais de crédito, ou pela emissão
de títulos;
• Captação com emissão de Letras Financeiras
(CMN – Res. 3.933/16.12.2010).
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio­
nal é composto por oito conselheiros, designados pelo Minis­
tro da Fazenda, com mandato de dois anos, podendo serem
reconduzidos uma vez.
Composição do Conselho:
• dois representantes do Ministério da Fazenda;
• um representante do Banco Central do Brasil;
• um representante da Comissão de Valores Mobiliá­
rios;
• quatro representantes das entidades de classe, dos
mercados financeiros e de capitais, por elas indica­
dos.
O Presidente do Conselho é um dos representantes do
Ministério da Fazenda.
A vice presidência do Conselho é ocupada por um dos
representantes dos órgãos de classe.
Junto ao Conselho atuam três Procuradores da
Fazenda Nacional, designados pelo Procurador Geral da
Fazenda Nacional, e um Secretário Executivo nomeado pelo
Ministro da Fazenda, que é responsável pela execução e
coordenação dos trabalhos administrativos.
O Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários –
CVM, proporcionam o apoio técnico ao Conselho de Recur­
sos do Sistema Financeiro Nacional.
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio­
nal tem suas instalações na sede do Banco Central do Brasil
em Brasília.
É bom lembrar que o Conselho de Recursos do Sis­
tema Financeiro Nacional só julga os recursos interpostos
das decisões relativas à penalidades administrativas aplica­
das pelo Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliá­
rios e pela Secex.
SEGUROS E PREVIDÊNCIA
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
MARCOS FREIRE
Órgão responsável pela fixação das diretrizes da polí­
tica de seguros privados, capitalização e previdência privada
aberta.
É um órgão normativo das atividades securitícias e tem
como outras funções:
• regular a constituição, organização, funcionamento
e fiscalização dos que exercem atividades relacio­
nadas a seguros;
• fixar as características gerais dos contratos de
seguros, previdência privada aberta, capitalização
e resseguros;
• estabelecer as diretrizes gerais das operações de
resseguros;
• prescrever os critérios de constituição das Socieda­
des Seguradoras, de Capitalização, Entidades de
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com
fixação dos limites legais e técnicos das respectivas
operações; e
• disciplinar a corretagem de seguros e a profissão
de corretor.
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Composição do Conselho Nacional de Seguros Privados:
• Ministro da Fazenda – Presidente.
• Superintendente da Susep.
• Representante do Ministério da Justiça.
• Representante do Ministério da Previdência Social.
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários.
• Representante do Banco Central do Brasil.
Conselho Nacional de Previdência
Complementar – CNPC
Órgão colegiado que tem como competência a regula­
ção, normatização e coordenação das entidades fechadas
de previdência complementar.
É um órgão integrante do Ministério da Previdência
Social, e que tem como competência:
• estabelecer as normas gerais complementares à
legislação e regulamentação aplicável às entidades
fechadas de previdência complementar;
• estabelecer regras para a constituição e o funciona­
mento da entidade fechada,, reorganização da enti­
dade e retirada de patrocinador;
• normatizar a transferência de patrocínio, de grupo
de participantes, de planos e de reservas entre enti­
dades fechadas;
• determinar padrões para a instituição e operação
de planos de benefícios, de modo a assegurar sua
transparência, solvência, liquidez e equilíbrio finan­
ceiro;
• normatizar novas modalidades de planos de bene­
fícios;
• estabelecer normas especiais para organização de
planos intituídos;
• determinar a metodologia a ser empregada nas
avaliações atuariais;
• fixar limites para as despesas administrativas dos
planos de benefícios e das entidades fechadas de
previdência complementar;
• estabelecer regras para o número mínimo de par­
ticipantes ou associados de planos de benefícios;
• estabelecer normas gerais de contabilidade, de atu­
ária, econômico‑financeira e de estatística;
• conhecer e julgar os recursos interpostos contra as
decisões da Superintendência Nacional de Previ­
dência Complementar – PREVIC, relativas à aplica­
ção de penalidades administrativas; e
• apreciar recursos de ofício, interpostos pela Supe­
rintendência Nacional de Previdência Complemen­
tar‑PREVIC, das decisões que concluirem pela não
aplicação de penalidades previstas na legislação
própria ou que reduzirem a penalidade aplicada.
Composição do Conselho:
• Ministro da Previdência Social – Presidente
• Representantes:
–– Superintendência Nacional de Previdência
Complementar;
–– Secretaria de Políticas de Previdência Comple­
mentar do Ministério da Previdência Social;
–– Casa Civil da Presidência da República;
O Conselho Nacional de Previdência Complementar
deliberará por maioria simples, presentes pelo menos cinco
de seus membros.
CÂMARA DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Órgão colegiado recursal vinculado do Ministério da
Previdência Social, cabendo‑lhe apreciar e julgar, encer­
rando a instância administrativa, os recursos interpostos
contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência
Nacional de Previdência Comple mentar – PREVIC.
SUPERINTENÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – PREVIC
Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia
administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao
Ministério da Previdência Social.
Fiscaliza e supervisiona as atividades das entidades
fechadas de previdência complementar e da execução das
políticas para o regime de previdência complementar.
Compete a PREVIC:
• proceder a fiscalização das atividades das entida­
des fechadas de previdência complementar e suas
operações;
• apurar e julgar as infrações, aplicando penalidades
quando cabíveis;
• expedir instruções e estabelcer procedimentos para
aplicações de normas relativas a sua área de com­
petência;
• autorizar a constituição e o funcionamento das enti­
dades fechadas de previdência complementar;
• decretar intervenção e liquidação extrajudicial das
entidades fechadas de previdência complementar.
Obrigatoriamente tais entidades devem aplicar parte de
suas reservas técnicas no mercado de capitais (Bolsa de
Valores).
São fiscalizadas pela Superintendência Nacional de
Previdência Complementar – PREVIC.
O objetivo das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar é manter a estrutura previdênciária de sua
associados.
Ex: PREVI (Banco do Brasil); FUNCEF (Caixa Econô­
mica); PETROS (Petrobras) etc.
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA
São empresas com fins lucrativos, constituídas com a
finalidade de explorar a Previdência Privada.
Empresas específicas ou Seguradoras podem atuar no
segmento de previdência complementar, através de contri­
buições dos participantes.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode ingressar na
previdência complementar, basta escolher o plano e passar
a efetuar a contribuição mensal.
Tais empresas são fiscalizadas e devem obedecer as
normas da SUSEP – Superintendência de Seguros Priva­
dos, órgão que regula o mercado da previdência privada
aberta.
As entidades de previdência privada aberta obrigatória­
mente devem constituir a denominada reserva técnica, bem
como provisões que serão aplicadas no mercado financeiro
conforme critérios fixados pelo Conselho Nacional de Segu­
ros Privados; tais recursos devem ser aplicados dentro dos
princípios de segurança, rentabilidade, solvência e liquidez.
Tais aplicações devem ser efetuadas nos segmentos de
renda fixa, renda variável e em imóveis.
Além das Seguradoras, várias outras instituições atuam
no ramo da Previdência Privada Aberta.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
–– Ministério da Fazenda;
–– Ministério do Planejamento Orçamento e
Gestão;
–– Entidades Fechadas de Previdência Complemen­
tar;
–– Patrocinadores e Insituidores de Planos de Bene­
fícios das entidades de Previdência Complemen­
tar;
–– Participantes e Assistidos de Planos de Bene­
fícios das entidades Fechadas de Previdência
Complementar.
A PREVIC á administrada por uma Diretoria Colegiada
consituída por um Diretor Superintendente e quatro direto­
res, todos indicados pelo Ministro da Previdência Social e
nomeados pelo Presidente da República.
ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
São entidades constituídas restritas a determinado
grupo de trabalhadores, mantidas através de contribuições
dos seus associados e de sua mantenedora, que tem como
objetivo a valorização de seu patrimônio, sendo denomina­
dos de Fundos de Pensão.
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