BANPARÁ TÉCNICO BANCÁRIO Língua Portuguesa Raciocínio Lógico Noções de Informática Matemática Atendimento e Ética Conhecimentos Bancários 09/2015 – Editora Gran Cursos GS1: 789 862 062 0 523 GG EDUCACIONAL EIRELI SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF CEP: 71.200-032 TEL: (61) 3209-9500 [email protected] AUTORES: Bruno Pilastre Roberto Vasconcelos Henrique Sodré Will / Rebecca Guimarães / Davids Marcos Freire PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano DIAGRAMAÇÃO: Oziel Candido da Rosa, Washington Nunes Chaves e Charles Maia REVISÃO: Carolina Fernandes, Luciana Silva e Sabrina Soares CAPA: Pedro Wgilson TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. REBECA GUIMARÃES AUTORES BRUNO PILASTRE Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor de Redação Discursiva e Interpretação de Textos. Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora Gran Cursos. HENRIQUE SODRÉ Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde 2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí­ odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e pós-graduando em Gestão Pública. Minis­tra aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos. MARCOS FREIRE Pós-doutorado em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Monterrey no México. Doutor em Administra­ ção e Finanças pela USP. Mestre em Administração e Finan­ ças pela USP. Pós-graduado em finanças pelo IBMEC e em Metodologia e Didática do Ensino Superior. Graduado em Engenharia Financeira pela FGV. Economista, Administrador e Contador. Professor, há mais de 30 anos, em cursos prepa­ ratórios de diversas cidades do Brasil, como Brasília, Manaus, Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, dentre outras. Profes­ sor visitante em várias Universidades. Ator das obras: Conhecimentos Bancários pela Editora Gran Cursos, Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade de Custos, Manual de Auditoria, Auditoria Governamental, Administração Financeira & Orçamentária, Finanças Públi­ cas, Administração Pública, Mercado Financeiro, dentre outras. REBECCA GUIMARÃES Graduada em Sociologia e Antropologia pela Universi­ dade de Brasília e com mestrado em Filosofia Social também pela Universidade de Brasília. Suas aulas estão relaciona­das aos principais temas ligados ao Código de Ética do Ser­vidor Público e às atualidades, tendo como principal foco concur­ 4 sos públicos e vestibulares. Rebecca Guimarães é sinônimo de aulas interessantes e bem elaboradas. É autora da obra OS E.U.A e a alienação fundamentalista religiosa pela Editora UnB. ROBERTO VASCONCELOS Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, minis­ trando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos. Í N D I CE G E RAL LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................................................................7 RACIOCÍNIO LÓGICO.................................................................................................................................103 NOÇÕES DE INFORMÁTICA........................................................................................................................153 MATEMÁTICA...............................................................................................................................................271 ATENDIMENTO E ÉTICA...............................................................................................................................331 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS..................................................................................................................387 LÍNGUA PORTUGUESA S U M ÁRI O ORTOGRAFIA OFICIAL, TIPOLOGIA TEXTUAL, ACENTUAÇÃO GRÁFICA............................................8/59/22 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL........................................................................................................................36 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.........................................................................................................41 PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO.........................................................50 TEMPOS E MODOS VERBAIS..........................................................................................................................37 VOZES DO VERBO.........................................................................................................................................43 CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL........................................................................................................44 REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL....................................................................................................................46 CRASE.............................................................................................................................................................48 PONTUAÇÃO.................................................................................................................................................55 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.....................................................................................................................52 HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS.......................................................................................................................28 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO............................................................................................57 QUESTÕES DIVERSAS b. Somente na década de 50 do século XX é que o hábito de viajar foi transformado (linhas de 8 a 9). c. com geração de lucros, empregos e divisas para países populosos (linhas 7 e 8). d. as “boas famílias” determinavam que seus filhos finalizassem a educação com viagem, para apren­ der idiomas (linhas de 1 a 4). e. e explodiram como atividade de lazer para milhares de pessoas (linhas 10 e 11). FUNIVERSA EMBRATUR/ INTERMEDIÁRIO BRUNO PILASTRE Texto I, para responder às questões de 1 a 4. 1 5 10 15 O hábito de viajar é antigo. No século XVII, as “boas famílias” determinavam que seus filhos com­ pletassem a educação com viagem, para aprender línguas e costumes de outros povos, comprar obras de arte e visitar os monumentos da Antiguidade. Em meados do século XIX, as viagens passaram a ser organizadas por profissionais, com geração de lucros, empregos e divisas para numerosos países. Apenas na década de 50 do século XX é que o hábito de viajar foi transformado em uma atividade significa tiva em termos socioeconômicos e culturais, explodindo como exercício de lazer para milhões de pessoas. A atividade turística é, portanto, produto da sociedade capitalista industrial e desenvolve-se sob o impulso de motivações diversas, que incluem o consumo de bens culturais. No entanto, o turismo não é somente uma atividade econômica, e sim um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental. O pragma­ tismo econômico induz a uma visão reducionista, que desconsidera a complexidade desse fenômeno. Adriana Pisoni da Silva. O saber-fazer do turismo na revitalização de sítios históricos urbanos: um estudo das praças e da alfândega na cidade de Porto Alegre/RS. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura, UFRGS, Porto Alegre, 2006, p. 25 (com adaptações). 1. 3. Assinale a alternativa que apresenta reescritura de fra­ se com alteração de sentido em comparação com a original: “No entanto, o turismo não é somente uma atividade econômica, e sim um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental” (linhas de 15 a 17). a. O turismo, por conseguinte, não é uma atividade econômica, mas sim um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental. b. O turismo, entretanto, não é somente uma ativi­ dade econômica, e sim um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental. c. No entanto, o turismo não é somente uma atividade econômica; é, sim, um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental. d. No entanto, o turismo não é somente uma atividade econômica, e sim um fenômeno social com base histórico-cultural e ambiental. e. Entretanto, o turismo não é tão-somente uma ati­ vidade econômica, e sim um fenômeno social com base cultural, histórica e ambiental. 4. Com relação à frase “O pragmatismo econômico induz a uma visão reducionista, que desconsidera a comple­ xidade desse fenômeno” (linhas de 17 a 19), assinale a alternativa correta. a. O termo “pragmatismo” é sinônimo de especulação de conteúdo teórico-ideológico. b. Uma “visão reducionista” é o mesmo que uma perspectiva redundante. c. Se a frase em estudo fosse o título mais destacado de uma seção de um jornal, o “O” inicial, o “a” an­ terior a “uma visão” e o “a” que precede “complexi­ dade” poderiam ser indiscutivelmente eliminados, para deixar a frase mais sintética. d. A introdução de uma vírgula após a palavra “econô­ mico” é inadequada: essa inserção não é aceitável, ainda que se deseje fazer breve pausa para mar­ cação de ênfase. e. A frase original poderia ser adequadamente rees­ crita assim: O pragmatismo econômico que des­ considera a complexidade desse fenômeno induz a uma visão reducionista. Com base nas ideias e nos fatos gramaticais do texto I, assinale a alternativa correta. a. O texto, certamente, consta da parte final, na con­ clusão, do original. Isso pode ser comprovado pelo uso de “portanto” na linha 12. b. Um indivíduo qualquer de classe média baixa que se dispusesse a viajar pelo mundo, segundo o tex­ to, em 1810, já teria à sua disposição os serviços de empresas de turismo de tradição. c. O emprego das aspas na linha 2 sugere reprodu­ ção de expressão comum da sociedade brasileira, que carrega conteúdo ideológico. d. A popularização do turismo, ao longo do tempo, criou empecilhos para aqueles que eram educados para aprender línguas e costumes de outros povos, na compra de obras de arte e nas visitas aos monu­ mentos da Antiguidade. e. O pragmatismo econômico, que explodiu como ati­ vidade de lazer para milhões de pessoas, induz a uma visão reducionista, que desconsidera a com­ plexidade do turismo. Texto II, para responder às questões 5 e 6. 1 2. Assinale a alternativa que apresenta reescritura de parte do texto I com preservação do sentido original e manutenção da correção gramatical. a. Em meados do século XIX, passou a ser organiza­ das as viagens por profissionais (linhas 6 e 7). 8 Os diferenciais de mortalidade entre os distin­ tos estratos sociais, que eram altos durante as déca­ das de 70 e 80 do século XX, quando se consideram renda, educação ou saneamento básico, mantêm-se 10 15 ainda elevados na fase mais recente. É o que deixam transparecer as informações da tabela a seguir, quando se calcula a mortalidade por anos de estudo da mãe. Embora haja clareza de que tem havido redução do número de mulheres sem instrução no país, tanto em termos absolutos quanto em relativos, é bom mencionar que, do total de mulheres de 15 a 49 anos analfabetas ainda existentes no país, que eram 3,5 milhões em 1996, 63% eram nordestinas e represen­ tavam cerca de 20% do contingente das mulheres em idade fértil da região. Ou seja, são exatamente essas mulheres, juntamente com parcelas de outros segmen­ tos de mulheres um pouco mais instruídas, que estão à margem não só dos benefícios econômicos, mas também da maioria dos serviços básicos de saúde. tos. Em primeiro lugar, o número de analfabetas brasileiras de 15 a 49 anos era de 3,5 milhões em 1996. Em segundo, 63% do total de mulheres de 15 a 49 anos analfabetas ainda existentes no país eram nordestinas. E, finalmente, esse percentual representava, à época, cerca de 20% do contingente das mulheres em idade fértil da região. 6. Taxa de mortalidade infantil média, segundo anos de estudo da mãe Brasil – 1986/1995 Anos de estudo da mãe Taxa de mortalidade infantil (%) Menos de 1 93,0 de 1 a 3 70,0 4 42,0 de 5 a 8 38,0 de 9 a 11 28,0 12 ou mais 9,0 IBGE – Departamento da População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE, 1999 (com adaptações). 5. Assinale a alternativa correta quanto ao texto II. a. Apesar de tratar de tema de caráter científico, o autor deixa entrever sua emoção ao lidar com re­ flexões acerca de mortalidade infantil; assim, pre­ domina no texto a linguagem conotativa, com me­ táforas, ironias e paradoxos. b. O sinal indicativo de crase na expressão “à mar­ gem”, linha 18, é consensualmente opcional, se­ gundo a perspectiva dos gramáticos. c. Os trechos das linhas de 8 a 10 e de 17 a 19 podem ser reescritos, respectivamente, pelas seguintes construções: tem ocorrido redução do número de mulheres sem instrução no país, tanto em termos absolutos e relativos e que estão à margem não só dos benefícios econômicos, porém da maioria dos serviços básicos de saúde. d. A frase É o que deixa transparecer as informações da tabela a seguir, quando se calcula a mortalidade por anos de estudo da mãe rees­ creve corretamente a original das linhas de 5 a 7. e. O fragmento das linhas de 8 a 15 é um longo perío­ do, que, para maior clareza, poderia corretamente ser subdividido. Uma redação possível seria: Existe clareza de que tem havido redução do número de mulheres sem instrução no país, tanto em termos absolutos quanto em relativos. Apesar disso, é bom mencionar certos fa- Com relação às informações do texto II, assinale a al­ ternativa correta. a. Os dados estatísticos expostos no texto compro­ vam que a escolaridade da mãe tem importância inexpressiva na taxa de mortalidade infantil, se comparada à carência de saneamento básico da família. b. Os índices atuais de renda, educação, saneamento básico e mortalidade infantil nos diversos estratos sociais são pouco preocupantes na perspectiva do poder público brasileiro. c. A taxa de mortalidade infantil dos filhos das mães de menor instrução é superior a dez vezes o va­ lor da taxa de mortalidade dos filhos das mães de maior instrução. d. Mesmo na situação em que as mães têm um ní­ vel educacional mínimo (quatro anos), o índice de mortalidade infantil do grupo é mais de cinco vezes superior ao de crianças de mães com mais de doze anos de instrução. e. O índice de analfabetismo da população feminina brasileira tem-se mantido estável nos últimos trinta anos. Texto III, para responder às questões 7 e 8. Ser como o rio que deflui Silencioso dentro da noite. Não temer as trevas da noite. Se há estrelas nos céus, refleti-las. E se os céus se pejam de nuvens, Como o rio as nuvens são água, Refleti-las também sem mágoa Nas profundidades tranquilas. Manuel Bandeira. O rio. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967, p. 334. 7. No texto III, as expressões “deflui” (verso 1) e “se pe­ jam” (verso 5) têm sentido de, respectivamente, a. decai e se envergonham. b. se enche e se constituem. c. decola e se escondem. d. corre e se enchem. e. se detém e se apresenta. 8. Assinale a alternativa correta a respeito da estrutura semântico-sintática do texto III. a. A construção “refleti-las”, empregada duas vezes no poema, equivale a refleti + as (ou seja: refleti (tu) + as). 9 LÍNGUA PORTUGUESA 5 BRUNO PILASTRE b. O verso 4 estaria corretamente reescrito com a se­ guinte estrutura: Se houverem estrelas nos céus, refleti-las. c. O verso 6 estaria correto e preservaria o sentido original com a seguinte reescritura: Porque o rio as nuvens são água. d. O termo “las”, que aparece no verso 4 e no 7, re­ fere-se, respectivamente, a “trevas” e a “nuvens”. e. Os verbos no infinitivo são empregados, no texto, com valor de imperativo (modo que indica ordem, pedido, conselho). 35 40 GABARITO 45 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. c b a d e c d e 50 55 SES-DF/ SUPERIOR Texto I, para responder às questões de 1 a 4. O sabão que aqui lava não lava como lá 1 5 10 15 20 25 30 A tendência de adaptar produtos para atender às particularidades de um país começou nos anos 1950 com a indústria automobilística e tornou-se crucial depois da globalização. Hoje, multinacionais do setor de bens de consumo lideram os investimentos nessa direção. A medida é estratégica quando se trata de con­ quistar mercado em países emergentes, onde a classe média ainda alarga suas fronteiras. No Brasil, nada menos do que 20 milhões de pessoas foram alçadas à classe C nos últimos três anos, dando novo contorno à sociedade de consumo. Isso é o que compensa os altos gastos com aquilo que o jargão do marketing chama de segmentação. O processo pode ser simples, como a adição de açúcar à receita de um biscoito, ou implicar a completa transformação de um produto. Tudo para con­ templar hábitos ou até condições climáticas que variam de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão con­ tinental, muda quase tudo de uma região para outra. O segmento de bens de consumo abarca alimen­ tos, bebidas e produtos de higiene e limpeza — basi­ camente tudo o que se encontra em um supermer­ cado. Ele é composto, grosso modo, de quinze grandes empresas no mundo. Apenas duas dessas compa-nhias globais, a Procter & Gamble e a Unilever, produ­ zem mercadorias tão variadas como sorvete, xampu, detergente, ração para cachorro e pilha. Ambas estão esparramadas por mais de uma centena de países e, juntas, faturam algo como 140 bilhões de dólares por ano — quase o mesmo que todo o setor de eletrônicos. 10 60 65 70 75 A Nestlé criou, em 2005, um leite em pó exclusi­ vamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas que são deficientes na alimentação local, e ainda o embalou em saco plástico, para baixar o preço. Com tais ajustes, já vende nessa única região brasileira quantidade de leite em pó equivalente à que con­ some a população inteira de um país como o México. No Brasil, não há algo como um perfil único do consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é preciso levar em conta os hábitos regionais e a diversidade do clima — coisas que não se acham, por exemplo, em países menores e culturalmente mais homogêneos. Para uma empresa como a L’Oréal, a maior do mundo no setor de produtos de beleza, isso significa produzir uma variedade quatro vezes maior de xampus e condicionadores do que em outros países. Só para cabelos cacheados, há cinco variações. A velha expressão “ao gosto do fre­ guês” nunca fez tanto sentido no mundo dos negócios. O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a entender por que uma empresa global como a Unile­ ver precisa adaptar um mesmo produto para vendê­ -lo em diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum outro lugar a espuma é tão abundante — um sinal para os brasileiros de que a roupa será bem lavada. A cor azul, outra particularidade local, é associada à limpeza, uma vez que, por muito tempo, se usou no país o anil para alvejar as roupas. Na Argentina, Ala: a ausên­ cia de espuma é uma adaptação ao tipo de máquina de lavar mais comum no país. Como o aparelho tem uma abertura na frente — e não em cima, como os modelos brasileiros —, a espuma poderia transbordar e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz pou­ quíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma verdadeira obsessão para os chineses, que temem que os resíduos do sabão na roupa causem alergia. Na Inglaterra, Persil: a versão líquida domina o mer­ cado inglês e o de outros países europeus. Conside­ rada mais simples de usar e sem deixar pó no chão, adéqua-se bem à realidade de pessoas que costumam lavar a própria roupa. Em El Salvador, Xtra: quase nin­ guém tem máquina de lavar, daí o sabão ser em barra e redondo — feito para deslizar num tipo de tanque horizontal e sem ondulações, o mais comum no país. Dado o apreço por perfumes na América Central, a concentração deles no sabão é a mais alta do mundo. Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações). 1. Assinale a alternativa que interpreta corretamente in­ formações do texto I. a. No Brasil, por volta de 20 milhões de pessoas atin­ giram a classe C nos últimos três anos, em virtude da segmentação de bens de consumo. b. A globalização foi decisiva na segmentação de bens de consumo por parte das multinacionais. c. O sabão em pó Omo recebe nome diferente em cada país onde é vendido, para evitar a identifica­ ção do produto pelos consumidores. d. O povo inglês é mais trabalhador que os demais, já que as pessoas costumam lavar a própria roupa. e. A L’Oréal, a maior empresa do mundo, produz cinco variações de xampus e de condicionadores para os consumidores de seus produtos em todos os países. 3. 4. Assinale a alternativa correta com relação ao texto I. a. O título do texto é explicitamente desenvolvido no quinto parágrafo do texto. b. É correto afirmar que o texto I é literário, com pre­ dominância de metáforas, o que se constata já no título. c. Os dados numéricos apresentados no texto são inevitavelmente precisos. d. A segmentação dos produtos de consumo pauta­ -se, sem exceção, em longos processos de alta complexidade. e. Sabendo que o título do texto remete a um poema bastante conhecido na literatura brasileira, é cor­ reto afirmar que o desconhecimento acerca desse poema impede o entendimento adequado do texto. Assinale a alternativa em que a alteração feita mantém a correção gramatical de passagens do texto I, segun­ do a linguagem formal. a. adeqúa-se bem na realidade (linha 70). b. oram alçadas em classe C (linha 9-10). c. equivalente à qual consome a população (linha 36-37). d. No Brasil, não tem algo como um perfil único do consumidor (linhas 38 e 39). e. coisas que não se encontram, por exemplo, em pa­ íses menores (linhas 41 e 42). O termo ao qual se refere o “que” ou o “onde”, no texto I, está corretamente determinado em a. “onde a classe média ainda alarga” (linhas 7 e 8), em que “onde” = “mercado” (linha 7). b. “Isso é o que compensa” (linha 11), em que “que” = “sociedade de consumo” (linha 11). c. “que são deficientes” (linha 33), em que “que” = “vi­ taminas” (linha 33). d. “altos gastos com aquilo que o jargão” (linhas 11 e 12), em que “que” = “jargão” (linha 12). e. “equivalente à que consome” (linha 36), em que “que” = “região brasileira” (linha 35). 20 25 30 35 40 45 50 55 Internet: <www.acertomedico.com>. Acesso em 31/3/2011. 5. De acordo com o texto II, assinale a alternativa correta. a. Negócio e exploração mercantil são termos que se confundem, uma vez que se baseiam em algo co­ mum: a falta de ética profissional. b. Novas indicações do bom médico pelo paciente a amigos e conhecidos são causas de maior confian­ ça e de maior fidelidade do paciente. c. A demonstração, por parte do médico, da arrogân­ cia de quem detém o poder da cura cria no pacien­ te certo temor e admiração, o que gera fidelidade. d. Há várias estratégias que o profissional pode ado­ tar para pôr em prática o marketing médico. e. O uso da complexa terminologia médica no trato com o paciente leva-o à idolatria do profissional, pois o que não se entende gera respeito; assim, o médico deve usar tal técnica como base do marke­ ting profissional. 6. Assinale a alternativa que apresenta declaração cor­ reta, segundo a norma-padrão, acerca de passagens do texto II. a. Na linha 1, o “se” pode ser retirado, sem prejuízo gramatical para a frase, pois aproxima a escrita da fala informal praticada pelos brasileiros. Texto II, para responder às questões 5 e 6. 1 5 10 15 Antigamente, o sonho de se formar em medi­ cina agregava mais que a vocação de curar: invaria­ velmente representava o início de uma carreira sólida, financeiramente próspera e de grande estabilidade. O tempo passou, e a realidade, agora, surpreende os médicos contemporâneos com novas exigências que extrapolam o âmbito da saúde. Quem quiser a sonhada prosperidade precisa entender o mercado, conhecer seu público-alvo e adotar medidas para obter e fidelizar pacientes. Em resumo, praticar marketing médico. A manutenção do profissional, de seu consultório ou clínica é, sim, um negócio. E precisa ser encarada como tal, sem preconceitos ou medos. A palavra negócio não é sinônimo direto de exploração mercantil, tampouco exclui os conceitos de ética, dedicação e humanismo. Ao contrário: médicos que entenderam o que é, de fato, o marketing aplicado à atividade que desenvolvem pas­ saram a dar a seus pacientes um atendimento melhor. Ampliar o relacionamento com os pacientes, me- lhorar a comunicação, oferecer mais e melhores servi­ ços, adotar práticas de gestão que agilizem e facilitem o atendimento são algumas das ações que compreendem o famoso “marketing médico”. Quando isso é feito de forma criteriosa e ética, os resultados são sempre positivos. Na prática, toda vez que o médico se coloca no lugar do paciente e dispensa a ele o tratamento que gostaria de receber, já está trabalhando bem o seu marketing. Se está disposto a esclarecer diagnósticos e tratamentos, sem usar a complexa terminologia a que está acostumado; se assume uma postura de quem está servindo o paciente com seu conhecimento, e não com a arrogân­ cia de quem detém o poder da cura… bem, está aqui alguém que sabe aplicar a base do marketing médico. As demais medidas surgem como consequência de quem realmente está disposto a prestar um aten­ dimento eficaz e marcante. E, aí, vale aplicar ferra­ mentas já consagradas, estudar um pouquinho de marketing e administração e buscar suporte espe­ cializado. Além disso, usar a criatividade: telefonemas para o paciente atendido nos plantões, bus­ cando informações acerca de possíveis melhoras da sua saúde durante o tratamento, tirando dúvidas relativas às medicações indicadas; envio de cartões de aniversário, entre outras. Atitudes simples assim fazem que o paciente se sinta prestigiado e estabele­ cem um novo nível no relacionamento com o médico. Quando o paciente e o médico se comuni­ cam bem, há mais clareza, mais confiança, me­ lhores resultados no tratamento e, consequentemente, maior fidelidade e novas indicações. Afinal, o paciente tem inúmeras opções de pro­ fissionais proporcionadas pelo plano de saúde. Em um primeiro momento, irá buscar aquele que, de al­ guma forma, for mais conveniente a ele, seja pela proximidade geográfica seja por indicação rece­ bida. Mas, se não gostar do atendimento que rece­ ber, voltará, sem pestanejar, ao catálogo até encon­ trar o médico que, de fato, cativar sua fidelidade. 11 LÍNGUA PORTUGUESA 2. BRUNO PILASTRE b. Na linha 12, o “sim” sugere que há pessoas contrá­ rias à ideia de que a manutenção, pelo profissio­ nal, de seu consultório ou de sua clínica seja um negócio. c. Na linha 14, a palavra “tampouco” pode ser corre­ tamente grafada como tão pouco. d. Na linha 17, o acento grave do “à” pode ser retira­ do, sem prejuízo gramatical para a frase. e. Na linha 26, o pronome “ele” cria ambiguidade ir­ recuperável, pois nem o contexto é capaz de es­ clarecer se esse pronome se refere a “médico” ou a “paciente”. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. b a e c d b 12 RACIOCÍNIO LÓGICO S U M ÁRI O ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS FICTÍCIOS.............................................................................................................................................141 DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES (No decorrer do conteúdo) COMPREENSÃO E ELABORAÇÃO DA LÓGICA DAS SITUAÇÕES, POR MEIO DE: RACIOCÍNIO VERBAL; RACIOCÍNIO MATEMÁTICO (QUE ENVOLVA, DENTRE OUTROS, CONJUNTOS NUMÉRICOS RACIONAIS E REAIS – OPERAÇÕES, PROPRIEDADES, PROBLEMAS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES, NAS FORMAS FRACIONÁRIA E DECIMAL; CONJUNTOS NUMÉRICOS COMPLEXOS; NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS; RAZÃO E PROPORÇÃO; DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA; PORCENTAGEM). RACIOCÍNIO SEQUENCIAL; ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL................................................................................................................................104 FORMAÇÃO DE CONCEITOS; DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS. COMPREENSÃO DO PROCESSO LÓGICO QUE, A PARTIR DE UM CONJUNTO DE HIPÓTESES, CONDUZ, DE FORMA VÁLIDA, A CONCLUSÕES DETERMINADAS (No decorrer do conteúdo) CONJUNTOS NUMÉRICOS I = {X / X é dízima não periódica} CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS ℕ = {0; 1; 2; 3; 4; 5; ...} Propriedades dos Números Naturais • A soma de dois números naturais quaisquer é um número natural. • O produto de dois números naturais quaisquer é um número natural. • Se n é um número natural, então n+1 é um número natural tal que: –– n e n + 1 são chamados de “números naturais consecutivos”; –– n é o antecessor de n + 1; –– n + 1 é o sucessor de n. CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS ℤ = {0; + 1; + 2; + 3; + 4; + 5; ... } 1 1 3 R = ℚ ∪ I = ...; −5; −1; − ;0; ; ;1, 45; π;... 2 2 4 Observações: 1) Número racional é todo aquele que pode ser escrito na forma de a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0. b 2) Número irracional é todo aquele que NÃO pode ser a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ escrito na forma de b 0. 3)ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ. 4) ℚ ∩ I = ∅. 5) Resumo: R I Propriedades dos Números Inteiros ROBERTO VASCONCELOS • Todo número natural é inteiro, isto é, N ⊂ Z. • A soma de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • A diferença entre dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • O produto de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • Se n é um número natural, então n+1 é um número natural tal que: –– n e n+1 são chamados de “números inteiros con­ secutivos”; –– n é o antecessor de n+1; –– n+1 é o sucessor de n. • Todo número inteiro possui sucessor e antecessor. • Para todo número inteiro x existe o inteiro y, deno­ minado “oposto de x ”, tal que x + y = y + x = 0. Indi­ caremos o oposto de x por - x. N Z Q INTERVALOS REAIS Certos subconjuntos de R, determinados por desigual­ dades, têm grande importância na Matemática: são os inter­ valos. Assim, dados dois números reais, a e b, com a > b, tem-se: 1. Intervalo aberto de extremos a e b: ]a,b[ a b ou ( a,b ) ou ( a,b ) ou {x ∈ R / a < x < b} CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS OU FRACIONÁRIOS 2. Intervalo fechado de extremos a e b: 1 3 ℚ= ...; −5; − ;0; ;1, 45;... 2 4 a b [a;b]{x ∈ R / a ≤ x ≤ b} p Q = / p ∈ ℤ e q ∈ ℤ* q CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS { } I= ...; − 10; 3 2; 4 3; π;... Indicamos o conjunto de todos os números irracionais pelo símbolo I. 14 3. Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremos a e b: a b [a,b[ ou [a,b ) ou {x ∈ R / a ≤ x < b} 4. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e b: e. I, II e III. Solução a b ]a,b] ou ( a,b] ou {x ∈ R / a < x ≤ b} Para todo n ∈ Z temos que 2n é sempre par e 2n - 1 é sempre ímpar. Logo A= {..., −6, −4, −2,0,2, 4,6,...} e B= {..., −5, −3, −1,1,3,5,...} . 5. Intervalo incomensurável fechado à esquerda em a: a [a, +∞[ ou [ +∞ ) ou {x ∈ R / x ≥ a} Daí segue que A ∩ B = ∅ ; A é o conjunto dos números ℤ. pares; B é o conjunto dos números ímpares e B ∪ A = Portanto, todos os itens estão corretos. Letra “e”. = n,n ∈ N B = 5n,n ∈ N} {x ∈ R / x = x ℤ / , R.2. Se e A =∈ x então o número de elementos de A ∩ B é: a.3 b. 4 c.5 d.6 e.7 20 a ]a, +∞[ ou ( a, +∞ ) ou {x ∈ R / x > a} Solução 7. Intervalo incomensurável fechado à direita em a: a ]−∞,a] ou ( −∞,a] ou {x ∈ R / x ≤ a} 8. Intervalo incomensurável aberto à direita em a: ]−∞,a[ 20 seja um Os possíveis valores inteiros de x, tal que x número natural são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Logo, A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}. Temos também que B = {0, 5, 10, 15, 20, ...}. Portanto, A ∩ B = {5, 10, 20}. Daí segue que n (A ∩ B). Letra “a”. a EXERCÍCIOS ou ( −∞,a ) ou {x ∈ R / x < a} (GRUPO 1) 9. Intervalo incomensurável de − ∞ a + ∞: 1. a ]−∞, +∞[ ou ( −∞, +∞ ) ou R Considere a e b números naturais quaisquer. Podemos afirmar corretamente que: a. a será um número natural. 2 b. a será um número natural. b EXERCÍCIOS RESOLVIDOS c. R. 1. Sejam os conjuntos A = {2n | n ∈ Z} e B = {2n 1 | n ∈ Z}. Sobre esses conjuntos, pode-se afirmar: I –A ∩ B = ∅ II –A é o conjunto dos números pares. III –B ∪ A = Z Está correto o que se afirma em: a. I e II, apenas. b. II, apenas. c. II e III, apenas. d. III, apenas. a será um número natural. d. a x b será um número natural. e. a - b será um número natural. 2. Considere os seguintes subconjuntos de números naturais: N = {0,1,2,3, 4,...} P = {x ∈ N: 6 ≤ x ≤ 20} = A = B = C {x ∈ P: x é par} {x ∈ P: x é divisor de 48} {x ∈ P: x é múltiplo de 5} 15 RACIOCÍNIO LÓGICO 6. Intervalo incomensurável aberto à esquerda em a: O número de elementos do conjunto ( A − B ) ∩ C é: a. 2 b. 3 c. 4 d. 5 e. 6 3. Considere a equação 4x + 12y = 1.705. Diz-se que ela admite uma solução inteira se existir um par ordenado (x, y), com x, y ∈ Z, que a satisfaça identicamente. A quantidade de soluções inteiras dessa equação é: a. 0 b. 1 c. 2 d. 3 e. 4 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS As operações com números racionais englobam o estudo das mesmas com os inteiros e consequentemente com os naturais. Daremos ênfase ao estudo das operações envolvendo frações. Multiplicação de Frações Para multiplicarmos duas ou mais frações, devem-se: 1º – multiplicar os numeradores, encontrando o novo numerador; 2º – multiplicar os denominadores, encontrando o novo denominador. Exemplo 2 5 3 2 ⋅ 5 ⋅ 3 30 ⋅ = ⋅ = 3 4 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7 84 Divisão envolvendo Frações Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri­ meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor). Exemplos 1) 3 4 3 7 3 × 7 21 ÷ = × = = 5 7 5 4 5 × 4 20 ADIÇÃO E/OU SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES ROBERTO VASCONCELOS 2) 15 ÷ Com denominadores iguais Conserva-se o denominador, adicionando ou sub­ traindo os numeradores. Exemplo 4 7 9 4+7−9 2 + −= = 15 15 15 15 15 Substituem-se as frações dadas por outras, equiva­ lentes, cujo denominador será o MMC dos denominadores dados. Exemplo: 1 3 4 m.m.c ( 2; 4;9 ) = 36 18 27 16 18 − 27 + 16 7 − + = − + = = 2 4 9 36 36 36 36 36 Como encontrarmos que a fração 16 , por exemplo, é 30 até que ela se torne irredutível, 36 30 2 15 3 5 = : : isto é, não possa mais ser simplificada: = . 36 2 18 3 6 Simplificar a fração Podemos simplificar também uma fração encontrando o MDC entre o numerador e o denominador da mesma. Dessa forma, chegaremos a fração irredutível através de uma única simplificação. Vamos simplificar a fração 24 = 12 Logo: Basta pegarmos o 24, dividirmos pelo número 3 e em seguida multiplicarmos por 2 para encontrarmos o número 16. Mais adiante poderemos encontrar uma fração equivalente a outra usando proporção. Isto é, poderemos fazer: 16 Para simplificarmos uma fração há necessidade de que o numerador e o denominador sejam divisíveis por um mesmo número. Nesse caso, basta dividirmos ambos (numerador e denominador) por esse valor, gerando assim uma fração equivalente à primeira. Exemplo IMPORTANTE (o que nos dá x = 16). Simplificando Frações Exemplo Com denominadores diferentes 2 equivalente à fração ? 3 4 15 7 15 × 7 105 = × = = 7 1 4 1× 4 4 2 x = 3 24 36 60 . Temos que mdc (36;60) 36 12 3 : = . 60 12 5 Multiplicando Frações (simplificando antes do produto) Antes de realizarmos o produto das frações, podemos simplificar as frações envolvidas na multiplicação. Portanto, o número procurado é 60. Regra Geral Podemos simplificar qualquer numerador com qualquer denominador das frações envolvidas. 2 × 5 4 × 3 7 = ? Solução Vamos simplificar o 2 e 4 por 2 e o 27 e 3 por 3, daí: 2 27 × 5 4 × 3 7 = 1 9 × 5 2 2 1 do seu salário com alimentação e 5 3 do que sobra com lazer. Sabendo que o salário de Paulo é de R$ 1.080,00, qual a quantia, em reais, que ele gasta com lazer? Exemplo 27 R. 5. Paulo gasta × 1 7 = 1 1080 ⋅ 1080 = = 360 → gasta com alimentação. 3 3 5 1.080 – 360 = 720 → lhe sobra. 126 IMPORTANTE Quando vamos traduzir um problema escrito para a linguagem matemática devemos lembrar que as preposições “da”, “de” e “do” devem ser substituídas pela multiplicação. 2 2 ⋅ 720 ⋅ 720 = = 288 → gasta com lazer. Portanto, 5 5 Paulo gasta R$ 288,00 do seu salário com lazer. EXERCÍCIOS Exemplos 3 1 . minha idade 3 2) “ 2 2 . certo número de certo número,...” ⇒ 5 5 3) “ 4 4 . meu salário do meu salário,...” ⇒ 7 7 (GRUPO 2) 1. 7 2 3 dos dos de 120, obtém-se: Calculando-se os 3 5 4 a. 95 b. 87 c. 84 d. 21 e. 16,8 2. 2 Um copo cheio de água pesa 385g. Com da água 3 pesa 310g. Pergunta-se: a. Qual é o peso do copo vazio? 3 b. Qual é o peso do copo com de água? 5 3. Pedro e Luís tinham, em conjunto, a importância de 3 de seu dinheiro e Luís R$ 690,00. Pedro gastou 5 1 do que possuía, ficando ambos com quantias gastou 4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS R. 3. Qual é o número que somado à sua terça parte é igual a 28? Solução Seja x o número que procuramos. Logo, temos: 1 x 3⋅x + x x + ⋅ x = 28 ⇒ x + = 28 ⇒ = 28 ⇒ 3 3 3 4x 28 ⋅ 3 = 28 ⇒ x = ⇒ x = 21 3 4 Portanto, o número procurado é 21. iguais. Pedro tinha a quantia de: a. R$ 510,00 R. 4. Determine o número tal que somado com a metade da sua terça parte menos a quinta parte do seu dobro é igual a 46. b. R$ 270,00 c. R$ 450,00 d. R$ 350,00 Solução Seja x o número que procuramos. Logo, temos: x+ 1 x 1 x 2x ⋅ − ⋅ ( 2x ) = 46 ⇒ x + − = 46 ⇒ 2 3 5 6 5 30x + 5x − 12x 23x =46 ⇒ =46 ⇒ 30 30 46 ⋅ 30 = ⇒ = x x 60 23 e. R$ 380,00 4. Uma pessoa depois de ter percorrido correndo um percurso e em seguida caminhado 1 de 5 3 do que fal­ 4 tava, percebeu que ainda faltavam 320 metros para o final do trajeto. A extensão total do circuito é de: a. 1,2 km b. 1,4 km 17 RACIOCÍNIO LÓGICO 1) “ 1 da minha idade,...” ⇒ c. 1,6 km 3 dos frascos de cada caixa eram do sabor limão e 8 d. 1,8 km e. 2,0 km 5. Toda a produção mensal de latas de refrigerante de cer­ ta fábrica foi vendida a três lojas. Para a loja A, foi ven­ dida metade da produção; para a loja B, foram vendidos 2 da produção e para a loja C, foram vendidas 2500 5 unidades. Qual foi a produção mensal dessa fábrica? a. 4.166 latas b. 20.000 latas c. 25.000 latas d. 10.000 latas e. 10.100 latas 6. Quando colocaram 46,2 litros de gasolina no tanque do carro de Horácio, observou-se que o ponteiro do marca­ dor, que antes indicava estar ocupado 1 da quantidade 5 3 . Nessas condições, é cor­ 4 reto afirmar que a capacidade total desse tanque, em li­ tros, é: do tanque, passou a indicar ROBERTO VASCONCELOS c. 90 d. 96 e. 120 Da renda mensal de uma determinada família, tinado para o aluguel da casa, 1 é des­ 6 1 para a alimentação e 4 1 é usado na educação das crianças. Descontado da 8 renda mensal o dinheiro do aluguel, da alimentação e da educação, a família deposita 1 do que sobra na 5 poupança, restando, ainda, R$ 440,00 para despesas diversas. Com base nessas informações, determine, em reais, 7% da renda mensal da família. 8. 9. Quando meu irmão tinha a idade que tenho hoje, eu 1 da idade que ele tem hoje. Quando eu tiver tinha 4 a idade que meu irmão tem hoje, as nossas idades somarão 95 anos. Hoje, a soma de nossas idades, em anos, é: a. 53 b. 58 c. 60 d. 65 e. 75 Uma sorveteria adquiriu frascos de concentrados de limão e morango. Os produtos foram entregues, em­ balados em 10 caixas com 24 frascos em cada caixa. 18 10. Em uma barraca que vende ferramentas para trabalho no campo, um trabalhador gastou um total de R$ 86,00 na compra de 3 pás, 2 enxadas e 2 foices. Se o preço 6 do preço de cada en­ 5 4 do preço de cada foice, então o preço de xada e a 5 cada de cada pá correspondeu a a. b. c. d. e. pá foi R$ 9,00. pá foi R$ 12,00. enxada foi R$ 12,00. enxada foi R$ 15,00. foice foi R$ 16,00. 11. Paulo e Cezar têm algum dinheiro. Paulo dá a Cezar 1 do que R$ 5,00 e, em seguida, Cezar dá a Paulo 3 a. 70 b. 84 7. os restantes do sabor morango. O número de frascos de sabor morango adquiridos por essa sorveteria foi: a. 90 b. 120 c. 150 d. 180 e. 200 possui. Assim, ambos ficam com R$ 18,00. A diferença entre as quantias que cada um tinha inicialmente é: a. R$ 7,00 b. R$ 9,00 c. R$ 8,00 d. R$ 10,00 e. R$ 11,00 12. Uma videolocadora classifica seus 1.000 DVDs em lan­ çamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de catálogo locados foi: a. 80 b. 100 c. 130 d. 160 e. 180 13. Numa visita ao zoológico, Zilá levou algumas bananas que distribuiu a três macacos. Ao primeiro, deu a me­ tade do que levou e mais meia banana; ao segundo, a metade do restante e mais meia banana; ao tercei­ ro, a metade do restante e mais meia banana. Se, as­ sim, ela distribuiu todas as bananas que havia levado, quantas bananas recebeu o segundo macaco? a. 8 b. 5 c. 4 d. 2 e. 1 estava com apenas 1 de sua capacidade e o açude B com 4 1 . Para reduzir custos de manutenção, o 5 produtor resolveu passar 3 da água do açude B para 4 o açude A e trabalhar apenas com este último. Após esta operação, sendo V litros as capacidades destes açudes quando estão cheios, então, para que o açude A fique completo falta? a. 3V Litros. 4 b. 2V Litros. 5 c. 2V Litros. 3 d. 3V Litros. 5 e. 4V Litros. 5 15. Em uma promoção de final de semana, uma monta­ dora de veículos colocou à venda “n” unidades, ao preço unitário de R$ 20.000,00. No sábado foram vendidos 1 2 dos veículos, no domingo do que res­ 7 9 tou, sobrando 300 veículos. Nesse final de semana, se os “n” veículos tivessem sido vendidos, a receita da montadora, em milhões de reais, seria de: Exemplo I) Dízimas Simples: 45 a) 1,= 145 − 1 144 16 = = 99 99 11 3, 1 b)= 31 − 3 28 = 9 9 = c) 8,36 836 − 8 828 92 = = 99 99 11 COMEN T ÁRI Numa dízima periódica simples, montamos a fração geratriz onde: o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte não periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período. II) Dízimas Compostas: = d) 1,245 1245 − 12 1233 137 = = 990 990 110 = e) 0,842 842 − 84 758 379 = = 900 900 450 f) 0,004 = RACIOCÍNIO LÓGICO 14. Um produtor rural possui dois açudes, A e B, de igual capacidade, utilizados para armazenagem de água para irrigação. Durante o período de estiagem, o açude A 4−0 4 1 = = 900 900 225 a. 7,6 b. 8,4 c. 7 d. 9,5 e. 9 COMEN T ÁRI Numa dízima periódica composta, o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte NÃO periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período, seguido(s) por um “0” para cada algarismo não periódico. DÍZIMA PERIÓDICA Uma dízima periódica é um número decimal com expansão infinita oriundo de uma divisão inexata. IMPORTANTE NUNCA devemos efetuar operações com dízimas periódicas. IMPORTANTE 1) O travessão em cima dos algarismos indica que aquele grupo de algarismos é o período da dízima. 2) Algarismo não periódico é todo número que separa a vírgula do período. EXERCÍCIO RESOLVIDO Fração Geratriz É a fração que gera a dízima periódica. É com ela que devemos realizar as operações no lugar da dízima periódica. R. 6. Determine o valor da expressão: 1,7 ⋅ 0, 4 (1, 2 ) 2 19 Solução 1,7 ⋅ 0, 4 = 2 1, 2 ( ) 16 4 ⋅ 9 9 = 2 11 9 48 4 4 81 ⋅ ⋅ = 3 9 121 121 Lembrete: 17 − 1 16 = 9 9 = 1,7 0, 4 = 1,2 = 4−0 4 = 9 9 12 − 1 11 = 9 9 NÚMERO MISTO É todo número racional (fracionário) que é representado por uma parte inteira e outra fracionária. Transformação de Número Misto em Fração ROBERTO VASCONCELOS x ×+ y → z⋅x + y = z→ z Exemplos 1 4 ⋅ 3 + 1 13 3 = •= 4 4 4 2 5 ⋅ 7 + 2 37 7 = •= 5 5 5 7 8 ⋅ 1 + 7 15 1 = •= 8 8 8 Transformação de Fração em Número Misto • 18 5 18 3 ⇒ 15 3 ⇒ 3 5 5 3 • 81 2 81 1 ⇒ 80 40 ⇒ 40 2 2 1 • 27 4 27 3 ⇒ 24 6 ⇒ 6 4 4 3 20 INFORMÁTICA S U M ÁRI O CONCEITOS BÁSICOS DO HARDWARE, PERIFÉRICOS DE UM MICROCOMPUTADOR E SOFTWARE......154 CONCEITOS DE TECNOLOGIAS RELACIONADAS À INTERNET E INTRANET, PROTOCOLOS WEB, WORLD WIDE WEB, NAVEGADOR INTERNET (INTERNET EXPLORER), BUSCA E PESQUISA NA WEB......214 CONCEITOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA, VÍRUS E ATAQUES A COMPUTADORES...............................219 CORREIO ELETRÔNICO (MICROSOFT OUTLOOK – VERSÃO 2007): CONCEITOS; APLICATIVOS; ENVIO E RECEBIMENTO DE MENSAGENS; ARQUIVOS ANEXOS; UTILIZAÇÃO DE LISTAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MENSAGENS...........................................................................................................................................217 CONHECIMENTO EM MICROSOFT OFFICE: WORD, EXCEL E POWER POINT.............................184/195/207 CONHECIMENTOS BÁSICOS EM AMBIENTES WINDOWS: XP SP3 E MICROSOFT WINDOWS..........238/244 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS E MÉTODOS DE ACESSO........................................243/254 HARDWARE E SOFTWARE A informática é uma ciência que nasceu da necessidade de automatizar trabalhos rotineiros e repetitivos como os cál­ culos matemáticos. Para isso, a informática estuda como as informações podem ser coletadas, tratadas e comunicadas da forma mais rápida, segura e precisa possível. A principal máquina que auxilia a informática é o computador. PROCESSAMENTO DE DADOS Hardware É a parte física, palpável, ou seja, são os dispositivos físicos como a CPU, a placa-mãe, entre outros. Software É a parte lógica, não palpável, ou seja, são os progra­ mas como o Windows, o Word, entre outros. Peopleware É qualquer usuário. Bits e Bytes HENRIQUE SODRÉ Nos computadores digitais, todas as informações são armazenadas na forma de bits. O bit é a menor informação que pode ser armazenada e pode assumir dois valores: 0 ou 1. Para que o caractere “A” seja formado, por exemplo, é necessário o seguinte conjunto de bits: 01000001. Ou seja, para que um caractere seja formado, são necessários 8 bits. E esse conjunto de bits constitui uma outra unidade que é o Byte. Portanto, 1 caractere = 8 bits (b) = 1 Byte (B) Existem os múltiplos dos bits e Bytes que serão apre­ sentados na tabela a seguir: 22 CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO) É o “cérebro” do computador. Tem como função buscar os dados para serem processados utilizando-se das instru­ ções contidas em memória e, se necessário, salvar o resul­ tado onde as instruções indicarem. Marcas e Modelos O processamento de dados é um sistema com ele­ mentos coordenados e relacionados que possibilitam extrair informações de um conjunto de dados. Por exemplo, em uma eleição temos os votos de cada cidadão como os dados que serão inseridos nas urnas eletrônicas. E, após o tratamento desses dados, será comunicada a informação de quais foram os eleitos presidente, senador e deputado federal, por exemplo. O sistema de processamento de dados é dividido em três partes: Hardware, Software e Peopleware. O conjunto de: 4 bits 4B 1024B 1024KB 1024MB 1024GB HARDWARE Forma: 1 Nibble 1 Word 1KB (Kilobyte) 1MB (Megabyte) 1GB (Gigabyte) 1TB (Terabyte) As duas principais marcas de processadores são Intel e AMD. Os principais modelos da marca Intel são: Celeron Atom, Pentium 4, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2 Quad, Corei7, Xeon e Itanium. Os principais modelos da marca AMD são: Sempron, Phenom, Athlon XP, Athlon 64, Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Turion, Opteron. Arquitetura Interna Os processadores são divididos em 3 partes: • UC (Unidade de Controle): gerencia os demais componentes do computador como memória princi­ pal e dispositivos de entrada e saída; • ULA (Unidade Lógica e Aritmética): realiza ope­ rações de comparação com os dados (menor que, maior que, igual, AND, OR) e cálculos (como soma e multiplicação); • Registradores: são utilizados para armazenar as informações enquanto não estão sendo utilizadas pela ULA. Os registradores são o tipo de memória mais rápido do computador. Os processadores, para realizarem suas funções, necessitam de um conjunto de instruções e, com relação à Arquitetura de Instruções, os processadores podem ser clas­ sificados em CISC ou RISC. A arquitetura CISC (Complex Instructions Set Computer) é mais cara, mais lenta e possui uma maior quantidade de instruções. A arquitetura RISC (Reduced Instructions Set Computer) surgiu da observação de que apenas 20% das instruções contidas na arquitetura CISC são as mais utilizadas, ou seja, a arquitetura RISC surgiu como uma maneira de agilizar o funcionamento do processador. A arquitetura RISC é mais barata, mais rápida e possui uma menor quantidade de instruções. Para traba­ lhos mais complicados, a arquitetura CISC se sai melhor. Enquanto que, para trabalhos mais simples, a arquitetura RISC se sai melhor. Hoje, os processadores são híbridos, ou seja, são essencialmente CISC e possuem uma parte RISC. Clock É um dispositivo gerador de pulsos. A quantidade de pulsos que é gerada em cada segundo é medida em Hertz (Hz). O processador possui clock Interno e Externo. • Clock Interno: o desempenho do processador é influenciado pela quantidade de núcleos, quanti­ dade de bits (“palavra do processador”), memória cache, clock interno, entre outros itens. Conside­ rando apenas o clock interno, quanto maior o clock interno, maior será a quantidade de informações processadas por segundo, ou seja, maior será a quantidade de operações realizadas por segundo. Atualmente, o clock interno é medido em GHz. • Clock Externo: quanto maior o clock externo, maior será a quantidade de informações trocadas por segundo entre o processador e o chipset da placa-mãe. Atualmente, o clock externo é medido em MHz. Barramento FSB x Barramento Hyper Transport O barramento utilizado para a troca de informações entre os processadores da marca Intel e o chipset da placa­ -mãe é o barramento FSB (Front Side Bus ou Barramento Frontal). O barramento utilizado para a troca de informações entre os processadores da marca AMD e o chipset da placa­ -mãe é o barramento Hyper Transport. No FSB, a comunica­ ção ocorre somente em um sentido, ou seja, do processador para o chipset ou do chipset para o processador. Porém, no Hyper Transport, a comunicação pode ocorrer nos dois sen­ tidos simultaneamente. Quantidade de Núcleos O aumento do desempenho dos processadores era obtido, principalmente, com o aumento do clock interno do proces­ sador. Porém, os engenheiros já encontram certa dificuldade para aumentar o clock interno. Para se ter uma ideia, a Intel atingiu a marca de 3 GHz no final de 2002 e no início de 2007 ainda estava em 3,8 GHz. Além disso, o aumento do clock interno faz o processador consumir cada vez mais energia. Uma solução apresentada para o aumento do desempenho do computador foi tentar agregar processadores. Processamento Paralelo Virtual Atualmente, os Sistemas Operacionais são mul­ titarefa, ou seja, são capazes de executar vários pro­ gramas ao mesmo tempo. Na verdade, o usuário tem a sensação de estar executando diversos programas ao mesmo tempo, mas o que realmente ocorre é que os pro­ gramas são executados em pequenos intervalos de tempo compartilhando o uso do processador, porém, em uma velo­ cidade impressionante. No final de 2002, a tecnologia HT (Hyper-Threading) criada pela Intel permitiria que com apenas um único núcleo fosse possível executar duas linhas de programa ao mesmo tempo aproveitando-se de seções ociosas do processador. O ganho com a utilização da tecnologia HT gira em torno de 10 a 30%. Recurso de Execução do Processador Um processador Intel com tecnologia HT pode executar duas sequências de instruções de maneira paralela, utilizando recursos não utilizados Figura 2: Processador de núcleo simples sem HT Intel® Procesor with HT Technology Multiprocessamento Processador de núcleo simples com HT. Na década de 90, com o objetivo de aumentar o desem­ penho dos computadores, foi utilizada uma técnica conhe­ cida como multiprocessamento. Essa técnica consistia em dois processadores encaixados na placa-mãe trabalhando em conjunto e gerenciados pelo Sistema Operacional. O mul­ tiprocessamento era utilizado principalmente em servidores. Processamento Paralelo Real Nos processadores de núcleo duplo, duas linhas de programa são executadas ao mesmo tempo em núcleos distintos apresentando um ganho de quase 100%, quando comparado aos processadores de núcleo único. Um processador Intel Dual-Core possibilita que cada sequência de instrução possa ser processada em seu próprio núcleo de execução para que haja uma verdadeira execução em paralelo. Intel® Dual-Core Procesor Placa-mãe para dois processadores. Processador single core com HT X Processador dual-core. 23 INFORMÁTICA Intel Procesor with HT Technology Palavra do Processador É a quantidade de bits que o processador consegue trabalhar de uma só vez. Atualmente existem processadores de 32 bits e processadores de 64 bits. A ideia seria a de que quanto mais bits o processador trabalha por vez, maior é o seu desempenho. PLACA-MÃE Barramentos do Sistema Podem ser divididos em Barramentos de Dados, de Endereços e de Controle. • Barramentos de Dados: transfere os dados e ins­ truções dos programas que estão sendo executa­ dos. A largura do Barramento de Dados determina a palavra que um processador pode manipular por vez. Essa palavra é medida em bits. Por exemplo, um processador AMD Athlon 64 consegue mani­ pular palavras de 64 bits, ou seja, o processador consegue receber 64 bits de uma só vez para pro­ cessá-los. Já o Athlon XP só consegue manipular palavras de 32 bits, ou seja, o processador conse­ gue receber 32 bits de uma só vez para processá­ -los. Portanto, quanto maior for a largura do Barra­ mento de Dados mais rápida será a execução dos programas. • Barramentos de Endereços: transfere os endere­ ços das posições de memória que serão acessadas pela CPU. A largura do Barramento de Endereços determina o tamanho máximo de memória principal que o processador pode gerenciar. • Barramentos de Controle: responsável por enviar sinais de controle e sincronia que são emitidos da Unidade de Controle do CPU para os demais com­ ponentes do computador. Barramentos de Expansão É a peça onde são encaixados todos os outros compo­ nentes do computador como CPU, memória RAM, placa de vídeo, por exemplo. Chipset É o conjunto de circuitos que gerencia todo o tráfego de dados que passam pelos barramentos da placa-mãe. Exis­ tem dois chipsets na placa-mãe: HENRIQUE SODRÉ • Ponte Norte (Northbridge): é o chip maior. Con­ trola o tráfego das informações dos componentes mais rápidos. Exemplos de barramentos ligados ao chipset Ponte Norte: FSB, AGP, PCIe, entre outros. • Ponte Sul (Southbridge): é o chip menor. Controla o tráfego das informações dos componentes mais lentos. Exemplos de barramentos ligados ao chip­ set Ponte Sul: IDE, SATA, PCI, USB, PS/2, entre outros. Barramentos São os circuitos que se localizam na placa-mãe e inter­ ligam os diversos componentes do computador. Os barra­ mentos podem ser divididos em Barramentos do Sistema e Barramentos de Expansão. 24 São os circuitos que ligam os componentes ao Chipset. Existem os barramentos internos e os barramentos exter­ nos. Os barramentos internos são destinados aos compo­ nentes que ficam no interior do gabinete. Os barramentos externos são destinados aos componentes que ficam no exterior do gabinete. Para que os barramentos internos e externos possam ser exemplificados, é necessário primeiro conhecer o que é comunicação paralela e o que é comuni­ cação serial. a) Comunicação Serial X Paralela Na comunicação serial, as informações são envia­ das bit a bit, ou seja, um bit de cada vez. Na comunicação paralela, os bits percorrem caminhos paralelos entre si e chegam ao destino ao mesmo tempo, ou seja, são transmi­ tidos vários bits por vez. Portanto, a comunicação paralela foi criada para aumentar a velocidade de transmissão dos bits. Porém, com o alto clock atual, a comunicação paralela sofre limitações de uso devido a dois fatores: interferência eletromagnética de um fio para o outro e a impossibilidade de confecção de fios de tamanhos iguais. Esses dois fato­ res levam a comunicação paralela a ter problemas de trans­ missão com clocks elevados. Esses problemas não ocorrem em uma comunicação serial. Resumindo, a tendência é a de que a comunicação paralela seja substituída pela comuni­ cação serial. barramento USB utiliza comunicação serial e per­ mite a conexão de até 127 dispositivos em uma só porta (utilizando HUBs USB). A taxa de transmissão pode chegar a 1,5MB/s para o padrão USB 1.1 e a 60MB/s para o padrão USB 2.0. b) Barramentos Internos • ISA: barramento antigo e em desuso. O barra­ mento ISA não é plug-and-play. Era utilizado para as placas de modem, rede, som e vídeo. O barra­ mento ISA utiliza comunicação paralela e a taxa de transferência pode chegar a 16MB/s; • PCI: o barramento PCI substituiu o ISA. Portanto, passou a ser utilizado para as placas de modem, rede, som e vídeo. O barramento PCI utiliza comu­ nicação paralela e a taxa de transferência pode chegar a 133MB/s, além de ser plug-and-play; • AGP: o barramento AGP substituiu o PCI somente para as placas de vídeo. Utiliza comunicação para­ lela e a taxa de transferência do barramento AGP pode chegar a 2,1GB/s; • PCIe (PCI-Express): barramento que está substi­ tuindo os barramentos PCI e AGP. Existem as varia­ ções PCI-X1, PCI-X4, PCI-X8 e PCI-X16. As mais utilizadas são a PCI-X1 (modem, rede e som) e a PCI-X16 (vídeo). O barramento PCI-X utiliza comu­ nicação serial e a taxa de transferência do barra­ mento PCI-X pode chegar a 250MB/s para a varia­ ção PCI-X1 e a 4GB/s para a PCI-X16; • IDE: barramento que pode ser utilizado para uni­ dades de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra­ mento IDE utiliza comunicação paralela e a taxa de transmissão pode chegar a 133MB/s; • SCSI: barramento que pode ser utilizado para uni­ dade de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra­ mento SCSI utiliza comunicação paralela e a taxa de transmissão pode chegar a 320MB/s; • SATA: barramento que substituiu o IDE. O barra­ mento SATA utiliza comunicação serial e a taxa de transmissão pode chegar a 300MB/s; • SERIAL SCSI: barramento que substituiu o SCSI. O barramento SERIAL SCSI utiliza comunicação serial e a taxa de transmissão pode chegar a 600MB/s. Slots, Portas e Socket • Slots: são os locais de encaixe na placa-mãe para os componentes que ficam no interior do gabinete como a placa de vídeo, por exemplo. Os slots estão ligados aos barramentos internos. • Portas: são os locais de encaixe na placa-mãe para os componentes que ficam fora do gabinete como a impressora, por exemplo. As portas estão ligadas aos barramentos externos. • Socket: é o local da placa-mãe em que o processa­ dor é encaixado. Cooler Equipamento responsável pelo resfriamento a ar do processador. É o equipamento responsável por deixar a temperatura do processador a níveis toleráveis, pois quanto maior for a temperatura que o processador atingir, menor será o seu tempo de vida útil. A temperatura ideal para o processador varia de acordo com marca e modelo, mas con­ sidera-se a temperatura de 25º como um valor tolerável para os processadores de um modo geral. MEMÓRIAS Memória é qualquer componente capaz de armazenar informações. As memórias que iremos abordar são: princi­ pal, secundária, cache e virtual. Memória Principal Existem dois tipos de memória principal: ROM e RAM. c) Barramentos Externos A memória ROM é uma memória gravada de fábrica que contém informações básicas para o funcionamento do computador. A memória ROM permite apenas a leitura dos dados contidos nela, fica localizada na placa-mãe e é uma memória não volátil (ou seja, funciona mesmo se o compu­ tador estiver desligado). Atualmente é possível alterar as informações contidas na ROM normalmente por processos elétricos, mas essa memória volta a ser somente de leitura após as alterações serem realizadas. a) Conteúdo da Memória ROM • BIOS (Basic Input Output System): é a parte res­ ponsável por ativar o funcionamento do computa­ dor. A BIOS ativa o processo de BOOT (inicializa­ ção) do computador. 25 INFORMÁTICA Memória ROM (Read Only Memory) • DIN: barramento em desuso. Era utilizado pelos teclados; • PS/2: barramento que substituiu o DIN para o caso dos teclados e o serial para o caso dos mouses. O barramento PS/2 utiliza comunicação serial; • SERIAL: barramento utilizado para equipamentos de baixa velocidade como o mouse. É um barra­ mento antigo e em desuso que utiliza comunica­ ção serial. A taxa de transferência pode chegar a 14,4KB/s; • PARALELA: barramento utilizado para equipamen­ tos de alta velocidade como impressora e scanner. É um barramento antigo e em desuso que utiliza comunicação paralela. A taxa de transferência pode chegar a 1,2MB/s; • USB (Universal Serial Bus): barramento que pode ser utilizado para conectar qualquer dispositivo. O • POST (Power On Self Test): é a parte responsá­ vel por fazer um autoteste na máquina, verificando a presença e o funcionamento dos equipamentos conectados. • SETUP (Configuração): é a janela que permite realizar certas configurações básicas para o com­ putador como alterar a sequência de boot, tama­ nho da memória compartilhada, entre outros. As informações de alteração realizadas pela janela do SETUP são guardadas na CMOS. A CMOS é uma memória que só funciona enquanto estiver ener­ gizada (ou seja, é uma memória volátil) e permite tanto a leitura quanto a alteração dos dados guarda­ dos nela. A CMOS guarda informações de relógio­ -calendário, quantidade de memória RAM, tipo de processador instalado, número e tipo de drives de disquetes, informações sobre a quantidade e tipo de HDs instalados, parâmetros relacionados com a velocidade de acesso à memória, senha de acesso à janela do SETUP, entre outras informações. Para que o conteúdo da CMOS não seja perdido quando o computador é desligado, a CMOS é energizada por uma bateria que é encaixada na própria placa­ -mãe. b) Tipos de ROM HENRIQUE SODRÉ • ROM (Read Only Memory): não pode ser alterada em hipótese alguma. • PROM (Programmable Read Only Memory): é uma das ROM mais antigas, a PROM é gravada por meio de fusíveis que ao serem queimados não per­ mitem uma regravação posterior, ou seja, os dados só poderão ser lidos. • EPROM (Electrically Programmable Read Only Memory): a EPROM é gravada por equipamentos especiais e todo o seu conteúdo pode ser apagado por uma exposição contínua do chip à luz ultravio­ leta por alguns minutos. Após a exposição, a memó­ ria EPROM poderá ser gravada novamente. Tanto para gravação quanto para apagar o seu conteúdo, o chip de memória EPROM deve ser retirado do cir­ cuito. • EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory): o conteúdo da memória EEPROM pode ser apagado aplicando-se um certo valor de voltagem em seus pinos de programação. A EEPROM apresenta a vantagem de que seu chip não precisa ser retirado do circuito para apagar o seu conteúdo e também para que sejam gravados os dados. Esta memória é apagada byte a byte (um por vez). • FLASH-ROM ou FEPROM (Flash Erasable Programmable Read Only Memory): o conteúdo da memória FEPROM pode ser apagado e gravado várias vezes. A FLASH ROM apresenta a vantagem de permitir que vários bytes sejam apagados ao mesmo tempo. 26 Memória RAM (Random Access Memory) A memória RAM é a Memória de Acesso Aleatório. Essa memória permite que as informações possam ser lidas, apa­ gadas ou gravadas, porém ela só funciona enquanto o com­ putador estiver ligado, ou seja, é uma memória volátil. Por­ tanto, as informações que se encontram apenas na RAM serão perdidas ao se desligar ou reiniciar o computador. O tempo de acesso às informações contidas na RAM é menor do que o do HD. A memória RAM é responsável por guardar algumas informações do sistema operacional e dos progra­ mas que estão sendo executados evitando-se o acesso fre­ quente ao HD. a) Tipos de RAM • SRAM (Static Random Access Memory): é uma memória que não precisa de refresh, ou seja, não precisa de que o CPU reenvie os dados constante­ mente a ela para que o seu conteúdo não seja per­ dido. São mais rápidas e mais complexas do que as DRAM, o que as tornam mais caras. São utilizadas na memória cache. • DRAM (Dynamic Random Access Memory): é uma memória que precisa de refresh, ou seja, pre­ cisa de que o CPU reenvie os dados a ela constan­ temente para que não se perca o seu conteúdo. São mais simples do que as SRAM, o que as deixam mais baratas. Os principais tipos de DRAM em escala crescente de velocidade são: SDRAM (Synchronous Dynamic RAM), DDR-SDRAM (Double Data Rate RAM Synchronous Dynamic RAM), DDR2-SDRAM e DDR3-SDRAM. b) Tipos de Encapsulamento de DRAM • DIP (Dual In-line Package): encapsulamento antigo. Os chips de RAM tinham que ser encaixados na placa-mãe e corria-se o risco de os pinos do chip entortarem. • SIPP (Single In-Line Pin Package): encapsula­ mento antigo. Com esse tipo de encapsulamento surgiram os primeiros módulos de memória. Com o SIPP ainda havia o problema de pinos entortando no momento do encaixe na placa-mãe. • SIMM (Single In-Line Module Memory): encap­ sulamento antigo. Os primeiros módulos de memó­ ria com encapsulamento SIMM possuíam 30 pinos e eram capazes de fornecer 32 bits de dados. Os mais recentes possuíam 72 pinos. Eram instalados aos pares. • DIMM: encapsulamento em uso. Os módulos de memória com encapsulamento DIMM possuem atualmente 240 pinos e são capazes de fornecer 64 bits de dados. Não há a necessidade de serem instalados aos pares. Memória Secundária (auxiliar ou de massa) A Memória Secundária é responsável por armazenar as informações mesmo quando o computador está desli­ gado, ou seja, é uma memória não volátil. • RAID 1: também conhecido como Espelhamento. O RAID 1 funciona adicionando HDs paralelos aos HDs principais existentes no computador. Assim, se um computador possui 2 discos, pode-se aplicar mais um HD para cada um, totalizando 4. Os discos que foram adicionados trabalham como um espe­ lho dos outros dois. Daí o nome de “espelhamento”, pois um HD passa a ser uma cópia praticamente idêntica do outro. Dessa forma, se um dos HDs apresentar falha, o outro imediatamente pode assu­ mir a operação e continuar a disponibilizar as infor­ mações. A consequência nesse caso, é que a gra­ vação de dados é mais lenta, pois é realizada duas vezes. No entanto, a leitura dessas informações é mais rápida, pois é possível acessar duas fontes. Por esta razão, uma aplicação muito comum do RAID 1 é seu uso em servidores de arquivos. Os Discos Rígidos podem ser chamados também de Hard Disks ou Winchesters. São formados por discos con­ cêntricos que armazenam as informações por magnetismo. Os discos são divididos fisicamente em trilhas e estas são formadas por setores. A velocidade com que esses discos giram é medida em rpm (rotações por minuto). Atualmente, a velocidade de giro é de 7200rpm e pode chegar a 10000rpm. Os HDs possuem uma interface de controle para que as informações possam sair do HD e serem transmitidas para a placa-mãe. Essas interfaces são IDE, SCSI, SATA e SERIAL SCSI. A explicação de cada uma delas está no tópico sobre barramentos internos. A capacidade dos HDs atualmente é de 120GB a 1TB. A tecnologia que permite ampliar os recur­ sos dos HDs, combinando vários deles, é chamada de RAID (Redundant Array of Inexpensive Disks). • RAID 0: também conhecido como Fracionamento. Os dados são divididos em pequenos segmentos e distribuídos entre os discos. O RAID 0 não ofe­ rece tolerância a falhas, pois não existe redundân­ cia. Isso significa que uma falha em qualquer um dos HDs pode ocasionar perda de informações. O RAID 0 é usado para melhorar a performance do computador, uma vez que a distribuição dos dados entre os discos proporciona grande velocidade na gravação e leitura de informações. • RAID 0+1: o RAID 0 + 1 é uma combinação dos níveis 0 (Fracionamento) e 1 (Espelhamento), no qual os dados são divididos entre os discos para melhorar o rendimento, mas também utilizam outros discos para duplicar as informações. Assim, é possível utilizar o bom rendimento do nível 0 com a redundância do nível 1. No entanto, é necessário pelo menos 4 discos para montar um RAID desse tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais rápido e seguro, porém o mais caro de ser implantado. A ilustração abaixo ilustra este tipo de RAID: 27 INFORMÁTICA Disco Rígido Blu-ray O Blu-ray é o sucessor do DVD. Devido à sua capaci­ dade, o DVD não consegue armazenar filmes em alta defi­ nição. O Blu-ray consegue armazenar filmes em alta defini­ ção para serem vistos em televisores com tecnologia HD ou FULL HD. A capacidade do Blu-ray pode variar de 25GB a 1TB. O Blu-ray também pode ser utilizado para armazenar dados. Memória Cache Disquete Os Discos Flexíveis de 3 ½ polegadas (ou simples­ mente disquetes) podem ser chamados de Floppy Disks (em inglês). São formados por um disco flexível que arma­ zena as informações por magnetismo. Como nos HDs, esse disco é formado por trilhas e estas são formadas por setores. A capacidade de um disquete é de 1,44MB e possui uma trava de proteção que é ideal para proteger informações de backup. Devido à baixa capacidade de armazenamento, os disquetes estão em desuso. CD (Compact Disc) e DVD (Digital Versatile Disc) Os CDs e os DVDs armazenam as informações por processos ópticos envolvendo o laser. A capacidade de um CD normalmente é de 700MB e a de um DVD é de 4,7GB para os de camada simples e de 8,5GB para os de camada dupla. Podem ser divididos em: • CD-ROM / DVD-ROM: são as mídias que já vêm gravadas de fábrica com as informações. Permitem apenas a leitura dos dados; • CD-R / DVD-R: o R vem de Recordable, ou seja, são as mídias que podem ser gravadas. Podem ser chamadas também de WORM (Write Once, Read Many, ou seja, gravar uma vez, ler várias); • CD-RW / DVD-RW: o RW vem de ReWritable, ou seja, são as mídias que podem ser gravadas e também apagadas; HENRIQUE SODRÉ • DVD-DL: o DL vem de Dual Layer, ou seja, são as mídias de DVD que podem ser gravadas nas duas camadas. Essas mídias precisam de uma grava­ dora de DVD específica. Pen-Drive e Cartões de Memória Os Pen-Drives e Cartões de Memória utilizam memória FLASH para armazenar as informações. A memória FLASH é muito resistente, o que favorece o manuseio e a portabi­ lidade dos Pen-Drives e Cartões de Memória. Os tipos de Cartões de Memória mais conhecidos são: XD, SD, MMC e Memory Stick. 28 A Memória Cache é uma memória feita de SRAM, ou seja, é uma memória muito rápida e cara. Atualmente, todos os processadores já possuem uma pequena quan­ tidade de memória cache que pode variar de 512KB a 4MB dependendo do modelo. A memória RAM guarda as informa­ ções mais utilizadas pelo processador na memória cache. Existem dois níveis principais de cache: L1 e L2. A Cache L1 fica localizada dentro do processador e é mais rápida e menor do que a L2. A L1 trabalha no mesmo ritmo da CPU. A Cache L2 inicialmente ficava localizada fora do processador, mas atualmente já se encontra no interior da CPU. A L2 é mais lenta e maior do que a L1. A L2 trabalha no mesmo ritmo da placa-mãe. Ao buscar uma informação na cache, se ela for encontrada há cache hit. Porém, se a informação não é encontrada na memória cache há cache miss. Memória Virtual Quando a quantidade de Memória RAM é insuficiente para a quantidade de programas que estão sendo execu­ tados, o computador utiliza a Memória Virtual. A Memória Virtual é criada no HD e é gerenciada pelo Sistema Opera­ cional. A memória virtual é mais lenta do que a RAM, pois fica localizada no HD. Quando a memória virtual está sendo utilizada é possível visualizar uma lâmpada (LED) que geral­ mente fica na parte frontal do gabinete com a descrição HDD (Hard Disk Density) piscando com uma frequência muito alta. Essa lâmpada piscando indica que o HD está sendo aces­ sado com muita frequência. E como o acesso ao HD é lento, o desempenho do computador diminui. Para computadores que frequentemente utilizam o recurso da Memória Virtual, é interessante que seja realizado um upgrade na máquina. No caso, aumentar a memória RAM do computador. MATEMÁTICA S U M ÁRI O NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS..................................................................................................272 RAZÃO E PROPORÇÃO; DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA; PORCENTAGEM.......................................................................................................................279/282/286/290 JUROS SIMPLES E COMPOSTOS. TAXAS DE JUROS: NOMINAL, EFETIVA, EQUIVALENTE, PROPORCIONAL, REAL E APARENTE.............................................................................................295/308/309 RENDAS UNIFORMES E VARIÁVEIS;.............................................................................................................322 PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS......................................................327 CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO E INVESTIMENTO.........................................................................................................................................330 INFLAÇÃO, VARIAÇÃO CAMBIAL E TAXA DE JUROS..................................................................................325 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE, MÉTODO DO VALOR PRESENTE..................................................................................................................................330 CONJUNTOS NUMÉRICOS I = {X / X é dízima não periódica} CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS ℕ = {0; 1; 2; 3; 4; 5; ...} ROBERTO VASCONCELOS Propriedades dos Números Naturais • A soma de dois números naturais quaisquer é um número natural. • O produto de dois números naturais quaisquer é um número natural. • Se n é um número natural, então n+1 é um número natural tal que: –– n e n + 1 são chamados de “números naturais consecutivos”; –– n é o antecessor de n + 1; –– n + 1 é o sucessor de n. CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS ℤ = {0; + 1; + 2; + 3; + 4; + 5; ... } 1 1 3 R = ℚ ∪ I = ...; −5; −1; − ;0; ; ;1, 45; π;... 2 2 4 Observações: 1) Número racional é todo aquele que pode ser escrito na forma de a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0. b 2) Número irracional é todo aquele que NÃO pode ser a com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ escrito na forma de b 0. 3)ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ. 4) ℚ ∩ I = ∅. 5) Resumo: R I Propriedades dos Números Inteiros • Todo número natural é inteiro, isto é, N ⊂ Z. • A soma de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • A diferença entre dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • O produto de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro. • Se n é um número natural, então n+1 é um número natural tal que: –– n e n+1 são chamados de “números inteiros con­ secutivos”; –– n é o antecessor de n+1; –– n+1 é o sucessor de n. • Todo número inteiro possui sucessor e antecessor. • Para todo número inteiro x existe o inteiro y, deno­ minado “oposto de x ”, tal que x + y = y + x = 0. Indi­ caremos o oposto de x por - x. N Z Q INTERVALOS REAIS Certos subconjuntos de R, determinados por desigual­ dades, têm grande importância na Matemática: são os inter­ valos. Assim, dados dois números reais, a e b, com a > b, tem-se: 1. Intervalo aberto de extremos a e b: ]a,b[ a b ou ( a,b ) ou ( a,b ) ou {x ∈ R / a < x < b} CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS OU FRACIONÁRIOS 2. Intervalo fechado de extremos a e b: 1 3 ℚ= ...; −5; − ;0; ;1, 45;... 2 4 a b [a;b]{x ∈ R / a ≤ x ≤ b} p Q = / p ∈ ℤ e q ∈ ℤ* q CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS { } I= ...; − 10; 3 2; 4 3; π;... Indicamos o conjunto de todos os números irracionais pelo símbolo I. 30 3. Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremos a e b: a b [a,b[ ou [a,b ) ou {x ∈ R / a ≤ x < b} 4. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e b: e. I, II e III. Solução b ]a,b] ou ( a,b] ou {x ∈ R / a < x ≤ b} Para todo n ∈ Z temos que 2n é sempre par e 2n - 1 é sempre ímpar. Logo A= {..., −6, −4, −2,0,2, 4,6,...} e B= {..., −5, −3, −1,1,3,5,...} . 5. Intervalo incomensurável fechado à esquerda em a: a [a, +∞[ ou [ +∞ ) ou {x ∈ R / x ≥ a} Daí segue que A ∩ B = ∅ ; A é o conjunto dos números ℤ. pares; B é o conjunto dos números ímpares e B ∪ A = Portanto, todos os itens estão corretos. Letra “e”. = n,n ∈ N B = 5n,n ∈ N} {x ∈ R / x = x ℤ / , R.2. Se e A =∈ x então o número de elementos de A ∩ B é: a.3 b. 4 c.5 d.6 e.7 20 6. Intervalo incomensurável aberto à esquerda em a: a ]a, +∞[ ou ( a, +∞ ) ou {x ∈ R / x > a} Solução 7. Intervalo incomensurável fechado à direita em a: a ]−∞,a] ou ( −∞,a] ou {x ∈ R / x ≤ a} 8. Intervalo incomensurável aberto à direita em a: ]−∞,a[ 20 seja um Os possíveis valores inteiros de x, tal que x número natural são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Logo, A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}. Temos também que B = {0, 5, 10, 15, 20, ...}. Portanto, A ∩ B = {5, 10, 20}. Daí segue que n (A ∩ B). Letra “a”. a EXERCÍCIOS ou ( −∞,a ) ou {x ∈ R / x < a} (GRUPO 1) 9. Intervalo incomensurável de − ∞ a + ∞: 1. a ]−∞, +∞[ ou ( −∞, +∞ ) ou R Considere a e b números naturais quaisquer. Podemos afirmar corretamente que: a. a será um número natural. 2 b. a será um número natural. b EXERCÍCIOS RESOLVIDOS c. R. 1. Sejam os conjuntos A = {2n | n ∈ Z} e B = {2n 1 | n ∈ Z}. Sobre esses conjuntos, pode-se afirmar: I –A ∩ B = ∅ II –A é o conjunto dos números pares. III –B ∪ A = Z Está correto o que se afirma em: a. I e II, apenas. b. II, apenas. c. II e III, apenas. d. III, apenas. a será um número natural. d. a x b será um número natural. e. a - b será um número natural. 2. Considere os seguintes subconjuntos de números naturais: N = {0,1,2,3, 4,...} P = {x ∈ N: 6 ≤ x ≤ 20} = A = B = C {x ∈ P: x é par} {x ∈ P: x é divisor de 48} {x ∈ P: x é múltiplo de 5} 31 MATEMÁTICA a ROBERTO VASCONCELOS O número de elementos do conjunto ( A − B ) ∩ C é: a. 2 b. 3 c. 4 d. 5 e. 6 3. Considere a equação 4x + 12y = 1.705. Diz-se que ela admite uma solução inteira se existir um par ordenado (x, y), com x, y ∈ Z, que a satisfaça identicamente. A quantidade de soluções inteiras dessa equação é: a. 0 b. 1 c. 2 d. 3 e. 4 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS As operações com números racionais englobam o estudo das mesmas com os inteiros e consequentemente com os naturais. Daremos ênfase ao estudo das operações envolvendo frações. Multiplicação de Frações Para multiplicarmos duas ou mais frações, devem-se: 1º – multiplicar os numeradores, encontrando o novo numerador; 2º – multiplicar os denominadores, encontrando o novo denominador. Exemplo 2 5 3 2 ⋅ 5 ⋅ 3 30 ⋅ = ⋅ = 3 4 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7 84 Divisão envolvendo Frações Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri­ meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor). Exemplos 1) 3 4 3 7 3 × 7 21 ÷ = × = = 5 7 5 4 5 × 4 20 ADIÇÃO E/OU SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES 2) 15 ÷ Com denominadores iguais Conserva-se o denominador, adicionando ou sub­ traindo os numeradores. Exemplo 4 7 9 4+7−9 2 + −= = 15 15 15 15 15 Substituem-se as frações dadas por outras, equiva­ lentes, cujo denominador será o MMC dos denominadores dados. Exemplo: 1 3 4 m.m.c ( 2; 4;9 ) = 36 18 27 16 18 − 27 + 16 7 − + = − + = = 2 4 9 36 36 36 36 36 Como encontrarmos que a fração 16 , por exemplo, é 30 até que ela se torne irredutível, 36 30 2 15 3 5 = : : isto é, não possa mais ser simplificada: = . 36 2 18 3 6 Simplificar a fração Podemos simplificar também uma fração encontrando o MDC entre o numerador e o denominador da mesma. Dessa forma, chegaremos a fração irredutível através de uma única simplificação. Vamos simplificar a fração 24 = 12 Logo: Basta pegarmos o 24, dividirmos pelo número 3 e em seguida multiplicarmos por 2 para encontrarmos o número 16. Mais adiante poderemos encontrar uma fração equivalente a outra usando proporção. Isto é, poderemos fazer: 32 Para simplificarmos uma fração há necessidade de que o numerador e o denominador sejam divisíveis por um mesmo número. Nesse caso, basta dividirmos ambos (numerador e denominador) por esse valor, gerando assim uma fração equivalente à primeira. Exemplo IMPORTANTE (o que nos dá x = 16). Simplificando Frações Exemplo Com denominadores diferentes 2 equivalente à fração ? 3 4 15 7 15 × 7 105 = × = = 7 1 4 1× 4 4 2 x = 3 24 36 60 . Temos que mdc (36;60) 36 12 3 : = . 60 12 5 Multiplicando Frações (simplificando antes do produto) Antes de realizarmos o produto das frações, podemos simplificar as frações envolvidas na multiplicação. Portanto, o número procurado é 60. Podemos simplificar qualquer numerador com qualquer denominador das frações envolvidas. 2 × 5 4 × 3 7 = ? Solução Vamos simplificar o 2 e 4 por 2 e o 27 e 3 por 3, daí: 2 27 × 5 4 × 3 7 = 1 9 × 5 2 2 1 do seu salário com alimentação e 5 3 do que sobra com lazer. Sabendo que o salário de Paulo é de R$ 1.080,00, qual a quantia, em reais, que ele gasta com lazer? Exemplo 27 R. 5. Paulo gasta × 1 7 = 1 1080 ⋅ 1080 = = 360 → gasta com alimentação. 3 3 5 1.080 – 360 = 720 → lhe sobra. 126 IMPORTANTE Quando vamos traduzir um problema escrito para a linguagem matemática devemos lembrar que as preposições “da”, “de” e “do” devem ser substituídas pela multiplicação. 2 2 ⋅ 720 ⋅ 720 = = 288 → gasta com lazer. Portanto, 5 5 Paulo gasta R$ 288,00 do seu salário com lazer. EXERCÍCIOS Exemplos 1) “ 1 da minha idade,...” ⇒ 3 1 . minha idade 3 2) “ 2 2 . certo número de certo número,...” ⇒ 5 5 3) “ 4 4 . meu salário do meu salário,...” ⇒ 7 7 (GRUPO 2) 1. 7 2 3 dos dos de 120, obtém-se: Calculando-se os 3 5 4 a. 95 b. 87 c. 84 d. 21 e. 16,8 2. 2 Um copo cheio de água pesa 385g. Com da água 3 pesa 310g. Pergunta-se: a. Qual é o peso do copo vazio? 3 b. Qual é o peso do copo com de água? 5 3. Pedro e Luís tinham, em conjunto, a importância de 3 de seu dinheiro e Luís R$ 690,00. Pedro gastou 5 1 do que possuía, ficando ambos com quantias gastou 4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS R. 3. Qual é o número que somado à sua terça parte é igual a 28? Solução Seja x o número que procuramos. Logo, temos: 1 x 3⋅x + x x + ⋅ x = 28 ⇒ x + = 28 ⇒ = 28 ⇒ 3 3 3 4x 28 ⋅ 3 = 28 ⇒ x = ⇒ x = 21 3 4 Portanto, o número procurado é 21. iguais. Pedro tinha a quantia de: a. R$ 510,00 R. 4. Determine o número tal que somado com a metade da sua terça parte menos a quinta parte do seu dobro é igual a 46. b. R$ 270,00 c. R$ 450,00 d. R$ 350,00 Solução Seja x o número que procuramos. Logo, temos: x+ 1 x 1 x 2x ⋅ − ⋅ ( 2x ) = 46 ⇒ x + − = 46 ⇒ 2 3 5 6 5 30x + 5x − 12x 23x =46 ⇒ =46 ⇒ 30 30 46 ⋅ 30 = ⇒ = x x 60 23 e. R$ 380,00 4. Uma pessoa depois de ter percorrido correndo um percurso e em seguida caminhado 1 de 5 3 do que fal­ 4 tava, percebeu que ainda faltavam 320 metros para o final do trajeto. A extensão total do circuito é de: a. 1,2 km b. 1,4 km 33 MATEMÁTICA Regra Geral c. 1,6 km 3 dos frascos de cada caixa eram do sabor limão e 8 d. 1,8 km e. 2,0 km 5. ROBERTO VASCONCELOS Toda a produção mensal de latas de refrigerante de cer­ ta fábrica foi vendida a três lojas. Para a loja A, foi ven­ dida metade da produção; para a loja B, foram vendidos 2 da produção e para a loja C, foram vendidas 2500 5 unidades. Qual foi a produção mensal dessa fábrica? a. 4.166 latas b. 20.000 latas c. 25.000 latas d. 10.000 latas e. 10.100 latas 6. Quando colocaram 46,2 litros de gasolina no tanque do carro de Horácio, observou-se que o ponteiro do marca­ dor, que antes indicava estar ocupado 1 da quantidade 5 3 . Nessas condições, é cor­ 4 reto afirmar que a capacidade total desse tanque, em li­ tros, é: do tanque, passou a indicar c. 90 d. 96 e. 120 Da renda mensal de uma determinada família, tinado para o aluguel da casa, 1 é des­ 6 1 para a alimentação e 4 1 é usado na educação das crianças. Descontado da 8 renda mensal o dinheiro do aluguel, da alimentação e da educação, a família deposita 1 do que sobra na 5 poupança, restando, ainda, R$ 440,00 para despesas diversas. Com base nessas informações, determine, em reais, 7% da renda mensal da família. 8. 9. Quando meu irmão tinha a idade que tenho hoje, eu 1 da idade que ele tem hoje. Quando eu tiver tinha 4 a idade que meu irmão tem hoje, as nossas idades somarão 95 anos. Hoje, a soma de nossas idades, em anos, é: a. 53 b. 58 c. 60 d. 65 e. 75 Uma sorveteria adquiriu frascos de concentrados de limão e morango. Os produtos foram entregues, em­ balados em 10 caixas com 24 frascos em cada caixa. 34 10. Em uma barraca que vende ferramentas para trabalho no campo, um trabalhador gastou um total de R$ 86,00 na compra de 3 pás, 2 enxadas e 2 foices. Se o preço 6 do preço de cada en­ 5 4 do preço de cada foice, então o preço de xada e a 5 cada de cada pá correspondeu a a. b. c. d. e. pá foi R$ 9,00. pá foi R$ 12,00. enxada foi R$ 12,00. enxada foi R$ 15,00. foice foi R$ 16,00. 11. Paulo e Cezar têm algum dinheiro. Paulo dá a Cezar 1 do que R$ 5,00 e, em seguida, Cezar dá a Paulo 3 a. 70 b. 84 7. os restantes do sabor morango. O número de frascos de sabor morango adquiridos por essa sorveteria foi: a. 90 b. 120 c. 150 d. 180 e. 200 possui. Assim, ambos ficam com R$ 18,00. A diferença entre as quantias que cada um tinha inicialmente é: a. R$ 7,00 b. R$ 9,00 c. R$ 8,00 d. R$ 10,00 e. R$ 11,00 12. Uma videolocadora classifica seus 1.000 DVDs em lan­ çamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de catálogo locados foi: a. 80 b. 100 c. 130 d. 160 e. 180 13. Numa visita ao zoológico, Zilá levou algumas bananas que distribuiu a três macacos. Ao primeiro, deu a me­ tade do que levou e mais meia banana; ao segundo, a metade do restante e mais meia banana; ao tercei­ ro, a metade do restante e mais meia banana. Se, as­ sim, ela distribuiu todas as bananas que havia levado, quantas bananas recebeu o segundo macaco? a. 8 b. 5 c. 4 d. 2 e. 1 estava com apenas 1 de sua capacidade e o açude B com 4 1 . Para reduzir custos de manutenção, o 5 produtor resolveu passar 3 da água do açude B para 4 o açude A e trabalhar apenas com este último. Após esta operação, sendo V litros as capacidades destes açudes quando estão cheios, então, para que o açude A fique completo falta? a. 3V Litros. 4 b. 2V Litros. 5 c. 2V Litros. 3 d. 3V Litros. 5 e. 4V Litros. 5 15. Em uma promoção de final de semana, uma monta­ dora de veículos colocou à venda “n” unidades, ao preço unitário de R$ 20.000,00. No sábado foram vendidos 1 2 dos veículos, no domingo do que res­ 7 9 tou, sobrando 300 veículos. Nesse final de semana, se os “n” veículos tivessem sido vendidos, a receita da montadora, em milhões de reais, seria de: Exemplo I) Dízimas Simples: 45 a) 1,= 145 − 1 144 16 = = 99 99 11 3, 1 b)= 31 − 3 28 = 9 9 = c) 8,36 MATEMÁTICA 14. Um produtor rural possui dois açudes, A e B, de igual capacidade, utilizados para armazenagem de água para irrigação. Durante o período de estiagem, o açude A 836 − 8 828 92 = = 99 99 11 COMEN T ÁRI Numa dízima periódica simples, montamos a fração geratriz onde: o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte não periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período. II) Dízimas Compostas: = d) 1,245 1245 − 12 1233 137 = = 990 990 110 = e) 0,842 842 − 84 758 379 = = 900 900 450 f) 0,004 = 4−0 4 1 = = 900 900 225 a. 7,6 b. 8,4 c. 7 d. 9,5 e. 9 COMEN T ÁRI Numa dízima periódica composta, o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte NÃO periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período, seguido(s) por um “0” para cada algarismo não periódico. DÍZIMA PERIÓDICA Uma dízima periódica é um número decimal com expansão infinita oriundo de uma divisão inexata. IMPORTANTE NUNCA devemos efetuar operações com dízimas periódicas. IMPORTANTE 1) O travessão em cima dos algarismos indica que aquele grupo de algarismos é o período da dízima. 2) Algarismo não periódico é todo número que separa a vírgula do período. EXERCÍCIO RESOLVIDO Fração Geratriz É a fração que gera a dízima periódica. É com ela que devemos realizar as operações no lugar da dízima periódica. R. 6. Determine o valor da expressão: 1,7 ⋅ 0, 4 (1, 2 ) 2 35 Solução ROBERTO VASCONCELOS 1,7 ⋅ 0, 4 = 2 1, 2 ( ) 16 4 ⋅ 9 9 = 2 11 9 48 4 4 81 ⋅ ⋅ = 3 9 121 121 Lembrete: 17 − 1 16 = 9 9 = 1,7 0, 4 = 1,2 = 4−0 4 = 9 9 12 − 1 11 = 9 9 NÚMERO MISTO É todo número racional (fracionário) que é representado por uma parte inteira e outra fracionária. Transformação de Número Misto em Fração x ×+ y → z⋅x + y = z→ z Exemplos 1 4 ⋅ 3 + 1 13 3 = •= 4 4 4 2 5 ⋅ 7 + 2 37 7 = •= 5 5 5 7 8 ⋅ 1 + 7 15 1 = •= 8 8 8 Transformação de Fração em Número Misto • 18 5 18 3 ⇒ 15 3 ⇒ 3 5 5 3 • 81 2 81 1 ⇒ 80 40 ⇒ 40 2 2 1 • 27 4 27 3 ⇒ 24 6 ⇒ 6 4 4 3 36 ATENDIMENTO E ÉTICA S U M ÁRI O NOÇÕES DE ATENDIMENTO: LEGISLAÇÃO: LEI N. 8.078/90 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR); LEI N. 10.048/00; LEI FEDERAL N. 10.098/00; DECRETO FEDERAL N. 5.296/04;............................................................................338/382 MARKETING EM EMPRESAS DE SERVIÇOS: MARKETING DE RELACIONAMENTO; ...................................355 SATISFAÇÃO, VALOR E RETENÇÃO DE CLIENTES; ......................................................................................355 PROPAGANDA E PROMOÇÃO; TELEMARKETING; .....................................................................................363 VENDAS: TÉCNICAS, PLANEJAMENTO, MOTIVAÇÃO PARA VENDAS; RELAÇÕES COM CLIENTES; ...332/364 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO VERSUS SEGMENTAÇÃO DO SETOR BANCÁRIO. ...................................369 NOÇÕES DE ÉTICA: CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES; ÉTICA APLICADA: NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL; O PADRÃO ÉTICO NO SERVIÇO PÚBLICO; A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS; CONFLITO DE INTERESSES; ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL...............376 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS PLANEJAMENTO DE VENDAS O planejamento de vendas é um desenvolvimento sis­ temático de ações programadas visando atingir os objetivos da empresa, por meio de processo de análise, avaliação e seleção das melhores oportunidades. Integram o planejamento de vendas: • avaliação das oportunidades de mercado; • estimativa de potencial de mercado; • previsão de vendas; • segmentação de mercado; e • distribuição e logística. O planejamento de vendas deve em primeiro lugar sis­ tematizar ações, aproveitando oportunidades que o mercado oferece, desde que enquadradas dentro da missão e obje­ tivos da empresa. Logo após, os profissionais de vendas devem trabalhar criando modelos que possibilitem a identi­ ficação clara e objetiva do potencial de mercado, que inclui uma avaliação da capacidade de um determinado mercado absorver uma quantidade de produtos ou serviços. MARCOS FREIRE Em relação a uma previsão de vendas, deve-se analisar o mercado, identificando o possível volume de vendas a ser atingido em determinado período tendo por base o estudo de várias variáveis tais como: preço, publicidade, renda dos consumidores, distribuição etc. A segmentação do mercado corresponde a uma subdi­ visão de determinado mercado em partes menores, preser­ vando as características básicas de consumo. Logo a identificação da segmentação de mercado dentro do planejamento de vendas, tem por objetivo gerar subsídios para a organização dos territórios, o zoneamento bem como outros critérios para a formulação de uma estra­ tégia de vendas. Cabe à parte de distribuição e logística efetuar o esco­ amento dos produtos fazendo com que o mesmo chegue o mais rápido possível ao seu destino. O planejamento não deve ser confundido com uma previsão, mesmo sabendo-se que a previsão corresponde a uma parte importante dos procedimentos a serem desen­ volvidos, visto que o planejamento tem relação com o futuro. Quando da elaboração de um planejamento de vendas, deve-se avaliar as oportunidades de mercado, calcular a demanda, estimar o potencial de mercado e o potencial de vendas. Tendo por base o potencial de mercado e o de vendas, será possível determinar a polarização das áreas geográficas envolvidas e, ainda, realizar a previsão de vendas estabelecendo um orçamento de vendas. O planejamento de vendas deve gerar um documento operacional: o plano de vendas, por segmento de mercado e por vias de distribuição previamente selecionadas a partir da avaliação das oportunidades de mercado. 38 As organizações possuem um número muito grande de variáveis, envolvendo o mercado consumidor, e que pode ser de muita importância para tomada de decisão a respeito do planejamento de vendas. Com base nas informações e análise do que pode ocor­ rer, a empresa estabelece objetivos e metas para um deter­ minado período. Os objetivos formam a base do planejamento, além de servirem como instrumentos de controle, já que podem ser utilizados como parâmetros visando ações corretivas. Na sua essência, o planejamento na área de vendas consiste, a partir dos objetivos empresariais, em analisar as situações interna e externa; efetuar uma previsão do que pode acontecer, preparar-se para atender e executar tal previsão e controlar as ações para que tais objetivos sejam alcançados. ESTRATÉGIAS DE VENDAS A estratégia de vendas envolve um processo detalhado para conhecimento das necessidades do mercado consumidor. Após a identificação do mercado consumidor e a poten­ cialidade dos clientes, a gerência de vendas deverá planejar a estratégia de vendas incluindo o programa, as metas e os problemas de grande importância para os clientes. Caberá à equipe de vendas: • descobrir e compreender as necessidades estraté­ gicas do cliente, obtendo detalhes que serão funda­ mentais quando da abordagem; • desenvolver soluções que demonstrem uma abor­ dagem criativa para tratar das necessidades estra­ tégicas do cliente da maneira mais eficiente e eficaz possível; • chegar a um acordo que seja mutuamente benéfico. Tais procedimentos, quando tratados de forma ade­ quada pelo profissional de vendas, criam um relacionamento estratégico com o cliente, facilitando a obtenção das metas estabelecidas. Os objetivos estratégicos para um cliente geralmente incluem redução de custos e/ou aumento da produtividade, vendas e lucros. Na elaboração da estratégia de vendas devem ser observados: • determinação do objetivo do contado de vendas; • desenvolvimento ou revisão do perfil do cliente; • desenvolvimento de um plano de benefícios para o cliente; • desenvolvimento da apresentação de vendas indi­ vidual, com base no objetivo do contato de vendas, no perfil do cliente e no plano de benefícios para o cliente. No contexto de uma perspectiva estratégica, é essen­ cial que o marketing e as vendas estejam perfeitamente interligados. A força de vendas é uma fonte valiosa de infor­ mações com que o marketing deve contar ao projetar estra­ tégias de produtos e de comercialização. Estabelecer objetivos Formular estratégias Estratégia de marketing a) Penetrar em novos mercados geográficos e vender para novos tipos de clientes; ou b) Atuar de movo mais agressivo nos mercados geo­ gráficos existentes. OBJETIVOS DAS VENDAS O objetivo tem-se tornado, então, um instrumento de medição da eficácia da aplicação dos recursos por parte da empresa. O objetivo das vendas visa à participação da empresa no mercado e consequentemente a obtenção do lucro, este último medido sob a forma do retorno dos recursos aplicados. Normalmente quanto maior as vendas, maior o lucro, daí a importância das vendas para um bom desempenho da empresa no mercado e satisfação de seus proprietários. Um mercado em expansão pode propiciar metas mais ambiciosas em relação às vendas e consequentemente maior participação no mercado, garantindo assim para a empresa uma posição de destaque. Para que as vendas atinjam os objetivos estabelecidos, será necessário identificar: • O que vender? • A quem vender? • Quanto vender? Desenvolver táticas As táticas são atividades que devem ser executadas pela equipe de vendas para conduzir a estratégia. Não há tática perfeita, os gerentes devem avaliar a situação e esco­ lher as táticas que considerem compatíveis com a estratégia e que tenham maiores possibilidades de êxito na ocasião. Geralmente quando uma organização modifica sua estratégia, também deve mudar suas táticas. As estratégias de marketing em geral estimulam a demanda de bens e serviços. Dessa maneira, através de estratégias de preços, de propaganda, de produto, de distri­ buição e de logística, e sobretudo por meio de estratégia de vendas, busca-se obter e administrar a demanda para deter­ minado produto ou serviço. Depois que o processo de planejamento estraté­ gico de todo o programa de marketing estiver concluído, o papel da força de vendas estará inteiramente definido. Isto é, as metas, estratégias e táticas adotadas pelos gerentes de vendas geralmente são limitadas e dirigidas pelo plano estratégico de marketing. Meta corporativa Aumentar a participação no mercado dos atuais 9% para 20% em dois anos. Estratégia corporativa (meta corporativa) Intensificar os esforços de marketing nos mercados locais visando aumentar o volume de vendas em R$ 5 milhões no próximo ano. O produto ou serviço a ser vendido deve ser produzido dentro das características que o mercado exige, saber o que os consumidores desejam adquirir é de fundamental impor­ tância para o sucesso do produto. Conhecer o consumidor é uma tarefa que terá em pri­ meiro momento uma divisão do mercado – uma segmen­ tação – pois somente em alguns casos deve-se considerar o mercado como um todo. Conhecer o consumidor é uma tarefa específica que poderá determinar o tamanho do mer­ cado consumidor e partindo dessas informações estabele­ cer o quanto precisa ser vendido. ANÁLISE DO MERCADO Para a elaboração de um programa de vendas, é necessário a determinação do potencial do mercado para fixar os planos e objetivos da empresa. Segundo a Associação Americana de Marketing – potencial de mercado são as vendas esperadas de um bem, um conjunto de bens ou de um serviço, para todo um ramo industrial, num mercado e durante um período determinado. Ao analisar um mercado, devemos trabalhar com alguns fatores que influenciam o desempenho da empresa: • tamanho do mercado; • desejo dos consumidores; • renda dos consumidores; • potencial do mercado – traduz a capacidade máxima de absorção de mercado em determinado momento; • concorrentes. 39 ATENDIMENTO E ÉTICA O marketing tem a responsabilidade de fornecer à equipe de vendas as ferramentas de marketing de que ela precisa para vender com maior eficiência, como a propa­ ganda, os serviços de apoio e as promoções de vendas. Ao modelar a estratégia de administração de força de vendas, os executivos de vendas são orientados e limitados pelo planejamento global da empresa e seu planejamento estratégico de marketing. O planejamento estratégico de todos os níveis de uma empresa deve ser bem integrado e altamente coordenado Em qualquer organização, o planejamento deve iniciar-se no alto escalão e dirigir a toda a organização. Dessa forma, as decisões tomadas pela alta direção, modelam o gerencia­ mento da estratégia do programa de marketing. O planejamento de marketing, por sua vez, determina o rume estratégico da administração da equipe de vendas. Vejamos algumas informações sobre o planejamento estratégico. Uma avaliação das oportunidades de mercado é impor­ tante para o estabelecimento de um programa de vendas, fixando as metas a serem atingidas. O potencial de vendas corresponde a uma parcela do potencial de mercado. Exemplo: Brasília tem 40% de potencial de mercado do tal do País, para um determinado produto; para um mer­ cado estimado em 1.000.000 de unidades, Brasília possui um potencial de 400.000 unidades para o ramo todo. A tarefa da determinação do potencial leva em consi­ deração: • A existência de pessoas; • Com renda; e • Dispostas a gastarem. Conhecendo as variáveis, o gerente de vendas terá condições de estabelecer as metas de vendas para deter­ minado período. TÉCNICAS DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS MARCOS FREIRE Não existe uma fórmula para se vender bem. O que existe são: planejamento, técnicas e estratégias aliadas a esforço e motivação, fazendo com que o profissional sinta­ -se mais seguro e capaz de superar as metas estabelecidas. Um processo de vendas pode ser dividido em três fases: • Pré-venda; • Venda; e • Pós-venda. Na pré-venda desenvolvem-se o planejamento e a concretização de uma série de atividades que auxiliarão o processo de venda. Deve-se identificar o que o mercado deseja, para logo a seguir estabelecer uma busca ao cliente. Quando da pré-venda, alguns itens devem ser trabalha­ dos tais como: prospecção do mercado, potencialidade da clientela, agendamento de visitas e entrevistas, elaboração de proposta comercial, visitas e abordagem, acompanha­ mento da proposta, entre outros. O setor de serviços é uma área importante na econo­ mia de um País. Os produtos e serviços comercializados no mercado financeiro apresenta um diferencial em relação aos demais produtos e serviços ofertados por outros setores da economia, pois pode ser classificado como um serviço de consultoria. Uma poupança, uma previdência privada ou outros investimentos são produtos que os clientes procuram e que necessitam de um acompanhamento por parte do vende­ dor, que deve informar todas as condições, rendimentos e demais questionamentos apresentados pelos clientes. O mercado bancário pode ser dividido em dois setores: pessoas físicas e pessoas jurídicas. Ambos exigem conhe­ cimentos e abordagem diferenciados no atendimento da demanda. Sendo assim, o vendedor de produtos e serviços finan­ ceiros deve enfrentar as duas situações, pois cada uma delas apresentam características diferentes. 40 De um lado, têm-se os clientes com total desconheci­ mento dos produtos financeiros, suas aplicações e vanta­ gens. Nesse caso, o vendedor deve atuar como um consul­ tor/orientador, dando maiores detalhes sobre as aplicações e investimentos desejados pela clientela. Por outro lado, existem as empresas (pessoas jurídi­ cas) que apresentam mais exigências e por sua vez deman­ dam maior profissionalismo por parte dos agentes de vendas dos Bancos. A comercialização de produtos no mercado financeiro varia muito em função da situação da economia, pois os clientes aplicadores buscam no mercado financeiro uma maior garantia para seus investimentos, principalmente em época de inflação alta. Atualmente, as instituições financeiras contam com uma estrutura de marketing grandiosa e que oferece um suporte para o pessoal de vendas. O fato de que os clientes (investidores) não têm conhe­ cimento do mercado financeiro, é considerado como um grande desafio para a equipe de vendas de uma instituição financeira. A essência do produto comercializado pelos bancos é a prestação de serviços. Diferenciar nesta variável é uma das recomendações, uma vez que a interação com os clientes representa um dos fatores importantes para a satisfação. No mercado financeiro, a disputa por diferenciais nos serviços é uma realidade. O planejamento para vendas no mercado financeiro obedece aos mesmos critérios de todos os outros plane­ jamentos de vendas, estabelecendo metas e objetivos a serem atingidos. No mercado financeiro deve existir um planejamento para vendas às pessoas físicas e outro para atendimento às pessoas jurídicas (empresas), que exigem mais atenção e dedicação por parte dos funcionários das instituições finan­ ceiras. Os investidores, de um modo em geral, procuram maior rentabilidade para suas aplicações e esperam que os bancos ofereçam melhores oportunidades de ganhos. O item segurança também conta muito e está ligado à estrutura financeira dos bancos, o cliente sente-se mais seguro quando conhece a estrutura do banco, exemplo: Banco do Brasil, Caixa Econômica, HSBC, Santander, Itaú Bradesco e outras grandes instituições. Quanto aos serviços do mercado financeiro cabe às instituições planejar, prever e antecipar-se aos fatos para oferecer maior satisfação aos seus clientes. Deve observar os ambientes interno e externo evitando surpresas desagra­ dáveis para seus clientes, muito embora o mercado finan­ ceiro seja imprevisível. Uma empresa do mercado financeiro para ter sucesso deve tratar seus recursos estratégicos com muito cuidado, analisar as oportunidades de mercado, avaliar a situação do mercado, até maximizar os recursos e obter resultados satisfatórios de vendas, participação no mercado, satisfação do cliente e o lucro desejado. Os gerentes de vendas preocupam-se em motivar seus vendedores em dois níveis. O primeiro é a motivação do vendedor individual e o segundo é a motivação de toda a equipe de vendas. Em ambos os níveis, os gerentes devem determinar quanta motivação é necessária para que o pes­ soal de vendas cumpra com sucesso suas metas de traba­ lho, e quais os métodos de motivação mais adequados para a situação presente. Por fim, eles precisam desenvolver um programa de motivação bem elaborado, que esteja coordenado com outras atividades de gerenciamento de vendas. A motivação corresponde a um estímulo, intensidade, direção e persistência do esforço direcionado a execução de tarefas profissionais por um determinado período. O gerente de vendas deve aumentar a motivação de sua equipe, levando-a a realizar suas atividades profissio­ nais em um alto nível, por meio de desenvolvimento de um composto motivador. São instrumentos motivadores: • Plano Básico de Remuneração • Incentivos Financeiros Especiais • Compensações não Financeiras • Técnicas de Liderança • Procedimentos de Controle Gerencial. A motivação corresponde a uma fonte de energia que alimenta as pessoas na busca de seus objetivos, direcio­ nando as ações, devendo ser constantemente renovada. Para qualquer área de uma organização, a motivação da equipe é fundamental para o bom andamento do trabalho, integração das pessoas, execução das tarefas, produtividade e até mesmo a manutenção do ambiente organizacional. Porém, para os vendedores os aspectos motivacionais são imprescindíveis para mantê-los atuantes no mercado. Importante estudo sobre motivação foi desenvolvido por vários pesquisadores que determinaram os principais fatores que impulsionam os profissionais de vendas para o trabalho, com vontade e garra. São fatores motivacionais segundo Stephen K. Doyle e Benson P.Shapiro: • tarefas claras; • necessidade de realização; • remuneração com incentivos; e • boa administração. PRODUTO, PREÇO, PRAÇA E PROMOÇÃO Como estudamos anteriormente, um plano de marketing é fundamental para o sucesso das vendas, além de compor a estratégia da empresa. A estratégia empresarial define o programa de marke­ ting que por sua vez define as ferramentas do composto de marketing. O composto de marketing corresponde ao conjunto de estratégias usadas desde a concepção do produto ou ser­ viço, até a sua colocação no mercado. Os quatro elementos básicos do composto de marketing são: • • • • Produto. Preço. Praça. Promoção. Produto • • • • • • • • • • • Variedade do produto. Qualidade. Design. Diferenciação. Características. Nome da marca. Embalagem. Tamanho. Assistência Técnica. Garantias. Devoluções. Preço • • • • • Política de preços ou preços de lista. Descontos. Condições de pagamentos. Prazos para pagamentos. Financiamentos. ATENDIMENTO E ÉTICA MOTIVAÇÃO PARA VENDAS Praça • • • • • • Canais de distribuição. Cobertura. Variedades. Localização. Estoques. Transportes. Promoção • • • • • Promoção de vendas. Propaganda. Equipe de Vendas. Relações Públicas. Marketing direto. Ter um bom produto é fundamental para atender as expectativas dos consumidores, no entanto também é fun­ damental ter pontos de distribuição para levar os produtos até os clientes, facilitando assim sua comercialização. Por meio de uma eficiente campanha publicitária o mercado consumidor toma conhecimento dos produtos que estão disponíveis para venda, e despertam interesse em adquiri-los. No entanto, o preço é peça fundamental no pro­ cesso de venda, proporcionando uma relação custo x bene­ fício, que será analisada pelo comprador. VANTAGEM COMPETITIVA A competição no mundo dos negócios é fundamental para o aprimoramento da produção de bens e serviços. O 41 MARCOS FREIRE mundo competitivo exige que as empresas se preparem para o enfrentamento no mercado, onde os consumidores escolherão os melhores produtos e/ou serviços. As empresas com melhores estruturas e mais focadas em seus campos de atuação apresentam condições funda­ mentais para competirem no mercado. Ao elaborar sua estratégia para a competitividade, a empresa não pode deixar de analisar: os Pontos Fortes e os Pontos Fracos da companhia, bem como as Ameaças e as Oportunidades. Os Pontos Fortes e os Pontos Fracos integram os fato­ res internos, enquanto as Ameaças e as Oportunidades fazem parte dos fatores externos. A formulação de uma estratégia competitiva envolve considerar os quatro fatores básicos – Pontos Fracos, Pontos Fortes, Ameaças e Oportunidades – que determi­ nam os limites daquilo que uma companhia pode realizar com sucesso. Os Pontos Fortes e os Pontos Fracos correspondem ao perfil de ativos e as qualificações em relação à concorrência, incluindo recursos financeiros, postura tecnológica, identifi­ cação de marcas etc. As Ameaças e Oportunidades definem bem o meio competitivo, com seus riscos consequentes e recompensas potenciais. Diante desses elementos cabe à organização se prepa­ rar para alcançar uma posição de destaque no mercado con­ sumidor, oferecendo bens/serviços com qualidade, levando vantagens sobre os demais concorrentes. Atualmente, no mercado financeiro, os bancos privados sofrem diretamente com a concorrência dos bancos oficiais, que cumprem ordens do governo, baixando suas taxas de juros, promovendo uma competição acirrada no mercado financeiro. A competitividade no mercado deve ser analisada com bastante atenção, exigindo-se conhecimento do campo de atuação das companhias, fundamentando-se nas informa­ ções e previsões levantadas previamente. Uma organização enxuta e com foco determinado no mercado, leva uma vantagem em termos de competição com as demais. É bom lembrar que para manter uma com­ petitividade é fundamental: Preço, Qualidade e Atendimento. NOÇÕES DE IMATERIALIDADE OU INTANGIBILIDADE; INSEPARABILIDADE E VARIABILIDADE DE PRODUTOS BANCÁRIOS Os serviços pela sua própria natureza são imateriais ou intangíveis. Imaterialidade ou intangibilidade nos serviços bancários decorrem de não podermos “pegar” ou apalpar os mesmos, nem ao menos vê-los. São serviços decorrentes de aplica­ ções financeiras, transferências de numerários, pagamentos ou recebimentos efetuados através de Bancos. São serviços importantes e que se paga por eles, sem ter contato com os mesmos. Os serviços são sempre intangíveis. Inseparabilidade – ocorre porque os serviços são pro­ duzidos e consumidos simultaneamente, não podemos separar. Quando um cliente efetua uma aplicação no mer­ cado financeiro, autoriza um pagamento em débito automá­ 42 tico, etc. São serviços que, além do atendimento pessoal, faz uso de toda a estrutura do sistema de computadores do banco, não podendo separar as etapas. Variabilidade de Produtos – Inúmeros são os produtos oferecidos pelo mercado financeiro através de instituições financeiras. Exemplo: CDB – Certificado de Depósito Ban­ cário, RDB – Recibo de Depósito Bancário, Descontos de Títulos, Hot Money, Empréstimos a Pessoas Físicas e Jurí­ dicas etc. A variabilidade dos produtos e serviços depende que quem, onde e quando são produzidos. MANEJO DE CARTEIRA DE PESSOA FÍSICA E DE PESSOA JURÍDICA Manejar corresponde a administrar ou gerenciar. O manejo de carteiras de pessoas físicas e jurídicas corres­ ponde no mercado financeiro ao gerenciamento dos recur­ sos disponíveis em contas de pessoas físicas e jurídicas. Por meio de contrato de serviços, pessoas físicas e jurí­ dicas autorizam as instituições financeiras (Bancos) através de seus gerentes, administrarem seus recursos efetuando aplicações no mercado financeiro. A confiabilidade, nesse caso, é muito importante para que clientes e instituições financeiras tenham um relaciona­ mento duradouro. A instituição financeira conhecedora do mercado deve efetuar operações que tragam benefícios aos seus clientes, proporcionando-lhes um retorno seguro sobre as aplicações. A administração de carteiras, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas, é um serviço disponibilizado pelos bancos para clientes especiais, e que mantenham contas em suas agências. A responsabilidade do banco é muito grande, visto que está movimentando recursos de terceiros e que devem apresentar uma rentabilidade satis­ fatória. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: DOCUMENTOS BÁSICOS...................................................405 PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO..................................................................................................................................................388 DOCUMENTOS COMERCIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO: NOTA PROMISSÓRIA, DUPLICATA, FATURA. NOTA FISCAL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. DOCUMENTO DE CRÉDITO (DOC): NOÇÕES BÁSICAS..... 422 CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAÇÃO, ENDOSSO, CRUZAMENTO, COMPENSAÇÃO.........406 SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO.......................................................................................................427 TIPOS DE SOCIEDADE: EM NOME COLETIVO, POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, ANÔNIMAS, FIRMA INDIVIDUAL OU EMPRESÁRIA...................................................................................397 ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN): CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL; BANCO CENTRAL DO BRASIL; COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS; CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; BANCOS COMERCIAIS; CAIXAS ECONÔMICAS; COOPERATIVAS DE CRÉDITO; BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS; BANCOS DE INVESTIMENTO; BANCOS DE DESENVOLVIMENTO; SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO; SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL; SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS; SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS; BOLSAS DE VALORES; BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS; SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (SELIC); CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE TÍTULOS (CETIP); SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO; ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO; SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS: SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO; PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR: ENTIDADES ABERTAS E ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA............................................391 TIPOS DE GARANTIAS - GARANTIAS PESSOAIS: AVAL; FIANÇA. GARANTIAS REAIS: ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA; PENHOR; HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS; FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC)...... 428 NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA, NOÇÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA, INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA, FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS.........................................................................388 PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS: DEPÓSITOS À VISTA; DEPÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB); COBRANÇA E PAGAMENTO DE TÍTULOS, BOLETOS E CARNÊS; TRANSFERÊNCIAS AUTOMÁTICAS DE FUNDOS; ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS; HOME BANKING, MOBILE BANKING, BANCO VIRTUAL; CARTÃO DE CRÉDITO (DINHEIRO DE PLÁSTICO); FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO; HOT MONEY; CONTAS GARANTIDAS; CRÉDITO ROTATIVO; DESCONTOS DE TÍTULOS; FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO; LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS); FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO; CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR; EMPRÉSTIMO EM CONSIGNAÇÃO; CADERNETAS DE POUPANÇA; CARTÕES DE CRÉDITO; TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO; PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS; PLANOS E APÓLICES DE SEGUROS.....................................................................................................................................................404 MERCADO FINANCEIRO - MERCADO MONETÁRIO; MERCADO DE CRÉDITO; MERCADO DE CAPITAIS: AÇÕES - CARACTERÍSTICAS E DIREITOS, DEBÊNTURES, DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS, FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE AÇÕES, MERCADO DE BALCÃO; MERCADO DE CÂMBIO: INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR; OPERAÇÕES BÁSICAS; CONTRATOS DE CÂMBIO - CARACTERÍSTICAS; TAXAS DE CÂMBIO; REMESSAS; SISCOMEX....................390 MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO....................................................................................420 PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO Representação Segundo o Código Civil: PESSOAS JURÍDICAS As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. São pessoas jurídicas de direito público interno: • a União; • os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; • os Municípios; • as Autarquias; • as demais entidades de caráter público criadas por lei. São pessoas jurídicas de direito público externo: • os Estados Estrangeiros; • todas as pessoas que forem regidas pelo Direito Internacional Público. São pessoas jurídicas de direito privado: • as associações; • as sociedades; • as fundações; • as organizações religiosas; • os partidos políticos. Em conformidade com o código civil, os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao repre­ sentado. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. O representante é obrigado a provar às pessoas com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Domicílio O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela esta­ belece a sua residência com ânimo definitivo. Caso a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, será considerada como domicílio qualquer uma delas. Ter-se-á por domicílio de pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I – da União, o Distrito Federal; II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; III – do Município, o lugar onde funcione a administra­ ção municipal; IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcio­ narem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos cons­ titutivos. Nos contratos escritos, poderão os contratantes espe­ cificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA O Estado exerce sua atividade através de uma série de medidas conhecidas como políticas econômicas, obje­ tivando promover o desenvolvimento econômico, garantir empregos e sua estabilidade, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior, a estabilidade dos preços e o controle da inflação, além de promover a dis­ tribuição das riquezas e das rendas. Os instrumentos das políticas econômicas são mais eficientes quando aplicados em mercados financeiros bem estruturados e desenvolvidos. As principais políticas econômicas utilizadas pelo Estado são: • Política Monetária; • Política Fiscal; • Política Cambial; • Política de Rendas. 45 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa no nas­ cimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concep­ ção, os direitos do nascituro. Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pes­ soalmente os atos da vida civil: I – os menores de 16 (dezesseis) anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade. Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I – os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos; II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento redu­ zido; III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV – os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regu­ lada por legislação especial. Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos comple­ tos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. INTRODUÇÃO À POLÍTICA MONETÁRIA A Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, com o objetivo de garantir a liquidez ideal do momento econômico. O executor da Política Monetária no país é o Banco Central do Brasil – BACEN, que conta com os instrumentos clássicos: • Depósito compulsório; • Redesconto ou empréstimos de liquidez; • Operações no mercado aberto – open market. A política monetária é considerada expansionista quando eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos no mercado e elevando, em consequên­ cia, os meios de pagamentos, dinamizando o consumo e os investimentos agregados. A política monetária é restritiva quando são reduzidos os meios de pagamentos, retraindo a demanda agregada (consumo e investimento), e consequentemente a atividade econômica. FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS Taxa Básica Financeira – TBF Criada com o objetivo de alongar o perfil das aplicações em títulos. É constituída pela amostra das 30 maiores instituições financeiras do país, considerando a remuneração mensal média, líquida de impostos, dos depósitos a prazo CDB e RDB, com prazo de 30 a 35 dias. A amostra de instituições financeiras é reavaliada a cada início de semestre civil. Taxa Referencial – TR Criada para servir como uma taxa básica referencial de Juros a serem práticos no inicio do mês, e não como um índice que refletisse a inflação do mês anterior. Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP MARCOS FREIRE Aplicada para a remuneração dos recursos do Fundo de Participação PIS/PASEP, do Fundo de Amparo ao Traba­ lhador – FAT, e do Fundo da Marinha Mercante. É calculada com base na meta de inflação calculada pro rata para os 12 meses seguintes, baseada nas metas anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional, acrescida de um prêmio de risco. Seu valor é divulgado via Resolução do Banco Central até o último dia útil de cada trimestre civil, para vigorar no trimestre seguinte. Usada nos financiamentos do BNDES, pode ser usada para qualquer operação dentro dos merca­ dos financeiros e de valores mobiliários, nas condições esta­ belecidas pelo Banco Central e pela CVM. Taxa SELIC É a taxa referencial da economia, e que regula as ope­ rações diárias com títulos públicos federais. Representa a taxa pela qual o Banco Central compra e vende títulos públi­ cos federais ao fazer sua política monetária. 46 É determinada nas reuniões periódicas do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central. As reuniões ocorrem a cada 45 dias, totalizando 8 (oito) ao ano. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de instituições que tem por objetivo manter o fluxo de recursos financeiros entre os poupadores e os investidores, ou seja: entre os agentes superavitários e os agentes deficitários. Entre as instituições que formam o Sistema Financeiro Nacional encontram‑se as instituições financeiras. LEI N. 4.595/1964 – LEI DA REFORMA BANCÁRIA “Art. 17. Consideram‑se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financei­ ros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estran­ geira, e a custódia de valores de propriedade de terceiros”. “Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei e da legis­ lação em vigor, equiparam‑se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer atividade referida neste artigo, de forma permanente ou eventual”. O Sistema Financeiro Nacional está estruturado por dois subsistemas: – o subsistema normativo e o subsistema de intermediação. – o subsistema normativo é composto pelas denomina­ das autoridades que são responsáveis pela regulamentação e ordenamento do sistema financeiro nacional. Órgãos Normativos: • Conselho Monetário Nacional; • Conselho Nacional de Seguros Privados; • Conselho Nacional de Previdência Complementar. As autoridades supervisoras executam as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo elas: • Banco Central do Brasil (BACEN); • Comissão de Valores Mobiliários (CVM); • Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); • Superintendência Nacional de Previdência Comple­ mentar (PREVIC). O subsistema de intermediação é composto pelos agentes especiais, pelas instituições financeiras bancárias e não bancárias e pelas instituições auxiliares. As denominadas instituições financeiras bancárias são aquelas que captam depósitos à vista: • Bancos Comerciais; • Bancos Múltiplos com Carteira Comercial; • Caixa Econômica; • Bancos Cooperativos; • Cooperativas de Crédito. As instituições auxiliares são aquelas que efetuam intermediações entre poupadores e investidores, tendo as Bolsas de Valores como elemento fundamental desse seg­ mento, que conta com as Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliá­ rios. Tais instituições têm como objetivo propiciar liquidez dos títulos emitidos pelas companhias, tais como as ações. Os intermediários financeiros emitem seus próprios passivos, captando poupança diretamente junto ao público, assumindo as responsabilidades e aplicando tais recursos junto as pessoas físicas e jurídicas por meio de empréstimos e financiamentos. Tais intermediações financeiras se desenvolvem de forma segmentada tendo por base algumas subdivisões: • Mercado Financeiro. • Mercado Monetário. • Mercado de Crédito. • Mercado de Câmbio. • Mercado de Capitais. O Mercado Financeiro corresponde ao conjunto de ins­ tituições e instrumentos destinados a oferecer alternativas de aplicações e captações de recursos financeiros. O mer­ cado financeiro além de exercer importantes funções de oti­ mizar a utilização dos recursos financeiros, cria condições de liquidez e administração de riscos. A remuneração dos recursos financeiros emprestados denomina‑se de “juros”. A taxa de juros em termos percen­ tuais corresponde a remuneração dos poupadores e o custo do dinheiro para os tomadores. O mercado financeiro representa o elemento dinâmico no processo de desenvolvimento econômico, pois por meio dele ocorre a elevação das taxas de poupança e de inves­ timentos. De um modo geral, o mercado financeiro divide‑se em outros segmentos: Mercado Monetário – Corresponde às operações de curto e curtíssimo prazo, destinadas a atender às necessi­ dades imediatas de liquidez dos agentes econômicos. Neste mercado são negociados os títulos públicos, Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI), hot money etc. Mercado de Crédito – Corresponde às operações de curto e de médio prazos, direcionadas aos ativos permanen­ tes e capital de giro das empresas. Atuam neste mercado os Bancos Comerciais, os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, Sociedades Financeiras. Mercado de Capitais – Corresponde às operações que visam municiar de forma constante os recursos per­ manentes para financiamento de capital fixo. Atuam nesse mercado as instituições não bancárias além das instituições denominadas auxiliares. No mercado de capitais são comercializadas: ações, debêntures, bônus de subscrição etc. Mercado de Câmbio – Neste mercado ocorre as tran­ sações que envolvem moedas de países diferentes. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O Sistema Financeiro Nacional (SFN) apresenta a seguinte estrutura. 1. Órgãos Normativos: • Conselho Monetário Nacional; • Conselho Nacional de Seguros Privados; • Conselho Nacional de Previdência Complementar. 2. Entidades Supervisoras: • Banco Central do Brasil; • Comissão de Valores Mobiliários; • Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); • Superintendência Nacional de Previdência Comple­ mentar (Previc). 3. Instituições Especiais: • Banco do Brasil; • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); • Caixa Econômica. 4. Instituições Financeiras Monetárias e não Monetárias: • Bancos Comerciais • Bancos Múltiplos • Bancos de Investimentos • Bancos de Desenvolvimento • Bancos de Câmbio • Bolsas de Valores • Sociedades Seguradoras • Sociedades de Arrendamento Mercantil • Sociedades de Capitalização • Entidades Abertas de Previdência Complementar • Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensões). • Demais intermediários financeiros e outros adminis­ tradores de recursos de terceiros. Em conformidade com a Emenda Constitucional n. 40/2003, que alterou o Art. 192 da Constituição Federal, “o Sistema Financeiro Nacional será regulado por leis com­ plementares”. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL Principal órgão normativo do Sistema Financeiro Nacio­ nal responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial do país, não lhes cabendo nenhuma função executiva. É considerado o órgão mais importante do Sistema Financeiro Nacional, atuando como um Conselho de Política Econômica. Foi criado em 31.12.1964 por meio da Lei n. 4.595/1964, a denominada Lei da Reforma Bancária, em substituição a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC). 47 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS As instituições financeiras não bancárias são todas as demais instituições que efetuam intermediações, captam recursos a prazo e atuam de forma permanente no sistema financeiro, ex.: • Bancos de Investimentos; • Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial; • Bancos de Câmbio; • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investi­ mento; • Bancos de Desenvolvimento etc. Atualmente o Conselho Monetário Nacional é composto pelos seguintes membros: • Ministro da Fazenda – Presidente. • Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Presidente do Banco Central do Brasil. Está subordinada ao Conselho Monetário Nacional, a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, que tem como função básica regulamentar as decisões do Conselho Mone­ tário Nacional. De acordo com a Lei n. 9.069/1995, em seu art. 9º, a Comissão Técnica da Moeda e do Cré­dito, criada junto ao Conselho Monetário Nacional, é composta dos seguintes membros: • Presidente do Banco Central do Brasil; • Presidente da Comissão de Valores Mobiliários; • Secretário Executivo do Ministério da Fazenda; • Secretário Executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; • Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda; • Secretário do Tesouro Nacional; • Diretores do Banco Central (quatro) indicados pelo presidente do órgão. A coordenação da comissão cabe ao Presidente do Banco Central do Brasil. Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito: I –propor a regulamentação das matérias de compe­ tência do Conselho Monetário Nacional; II –manifestar‑se, na forma prevista em seu regimento interno, previamente, sobre as matérias de com­ petência do Conselho Monetário Nacional, espe­ cialmente aquelas constantes da Lei n. 4.595 de 31.12.1964; III –outras atribuições que lhes forem conferidas pelo Conselho Monetário Nacional. Atuam junto ao Conselho Monetário Nacional, diversas comissões, que desenvolvem trabalho de assessorias: LEI N. 9.069/1995 – ART. 11 Funcionarão também junto ao Conselho Monetário Nacional as seguintes Comissões Consultivas: MARCOS FREIRE I –de Normas e Organização do Sistema Financeiro; II –de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; III –de Crédito Rural; IV –de Crédito Industrial; V –de Crédito Habitacional, e para Saneamento e In­ fraestrutura Urbana; VI –de Endividamento Público; VII –de Política Monetária e Cambial. Sendo a entidade superior do Sistema Financeiro Nacional, compete ao Conselho Monetário Nacional (CMN): • adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; 48 • regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo surtos inflacionários; • regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do Balanço de Pagamentos do País; • orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e privadas, de forma a garan­ tir condições favoráveis ao desenvolvimento equili­ brado da economia nacional; • propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros de forma a tornar mais efi­ ciente o sistema de pagamentos e mobilização de recursos; • zelar pela liquidez e solvência das instituições Financeiras; • coordenar as políticas monetárias, creditícia, orça­ mentária, fiscal e da dívida interna e externa; e • estabelecer metas de inflação. Complementando essas funções básicas, o Conselho Monetário Nacional também é responsável por um conjunto de atribuições específicas, destacando‑se: • autorização para emissão de papel‑moeda e moeda metálica; • aprovação dos orçamentos monetários preparados pelo Banco Central; • fixar diretrizes e normas da política cambial; • disciplinar o crédito em todas as suas formas; • determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras; • regulamentar as operações de redesconto de liqui­ dez; • estabelecer limites para a remuneração das opera­ ções e serviços bancários; • estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central nas transações com títulos públicos; • regular a constituição, o funcionamento e a fiscali­ zação das instituições financeiras que operam no país. O Conselho Monetário Nacional se reúne uma vez por mês para deliberação sobre assuntos relacionados com a sua competência. Em casos extraordinários os membros do Conselho Monetário poderão reunir‑se mais de uma vez no mês. Todas as matérias aprovadas são regulamentadas por meio de resoluções normativas de caráter público, e que obri­ gatoriamente serão publicadas no Diário Oficial da União, além na página de normativos do Banco Central do Brasil. Os mercados financeiros e de capitais são discipli­ nados pelo CMN e fiscalizados pelo Banco Central (Lei n. 4728/1965) BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN) O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia pertencente ao Ministério da Fazenda, atuando como um órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional, cumprindo e fazendo cumprir todas as disposições do Conselho Mone­ tário Nacional. Por meio do Banco Central, o governo intervém direta­ mente no sistema financeiro e indiretamente na economia. A partir de maio de 2002, o Banco Central deixou de emitir títulos de sua propriedade, passando a fazer política monetária, comprando e vendendo títulos do Tesouro Nacional. O Banco Central do Brasil (BACEN) possui algumas características especiais, tais como: • BANCO EMISSOR – Emite moeda Saneamento do Meio Circulante. • BANCOS DOS BANCOS – Recebe os Depósitos Compulsórios. Efetua os Redescontos de Liquidez. • GESTOR DO SISTEMA FINANCEIRO – Regula­ mentação/Ficalização/Autorização/Penalidades. • EXECUTOR DA POLÍTICA MONETÁRIA – Controle dos Meio de Pagamentos; Controle dos Orçamen­ tos Monetários; Determinação via COPOM da Taxa Selic. • BANQUEIRO DO GOVERNO – Financia o Tesouro Nacional; Administra as Dívidas Públicas Interna e Externa; Gestão das Reservas Internacionais; Representante do País junto às Instituições Finan­ ceiras Internacionais: –– Dealer – É uma instituição credenciada para atuar como representante do Banco Central, facilitando a ligação entre o Bacen, a Secreta­ ria do Tesouro Nacional e as demais instituições que atuam no Sistema Financeiro Nacional. –– Dealer Primário – Tem como atuação o desen­ volvimento do mercado primário de títulos públi­ cos federais (doze instituições no máximo). –– Dealer Especialista – Atua no desenvolvimento do mercado secundário dos títulos públicos federais (dez instituições no máximo). Obs.: A cada semestre um dealer é substituído em cada um dos grupos. Leilões Informais – Go Around: Visa manter o maior nível de competitividade, promovendo a participação de todos os dealers credenciados, quando da operação de venda ou de resgate de títulos. COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM O Copom foi criado com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a meta da taxa básica de juros da economia – Taxa Selic, também denomi­ nada de Taxa Over Selic, é a taxa de referência do mercado, e que regula as operações diárias com os títulos públicos federais. Ao definir a taxa de juros o Copom poderá indicar o seu viés de alta ou de baixa. A taxa de juros fixada pelo Copom é a denominada Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos públicos federais, registrados no SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – que deve vigorar ao longo do período entre as reuniões do Comitê. As reuniões do Comitê ocorre mais ou menos a cada 45 dias, totalizando oito por ano. As reuniões ocorrem ao longo de dois dias, sendo a primeira sessão às terças‑feiras, e a segunda às quartas­ -feiras, quando será anunciada a decisão sobre a nova taxa de juros para o próximo período. Oito dias após o fim de cada reunião do Comitê – às quintas‑feiras da semana subsequente à da reunião – será divulgada a ata da reunião. A divulgação será na página do Banco Central, e junto a imprensa COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia pertencente ao Ministério da Fazenda, que tem por objetivo regulamentar e fiscalizar o mercado de capitais. Opera com autonomia adminstrativa, financeira e patri­ monial, atuando como órgão normativo no mercado de valo­ res mobiliários, incluindo as companhias abertas, os inter­ mediários financeiros e os investidores, além de outros integrantes desse mercado. A CVM tem poderes para dis­ ciplinar, normatizar e fiscalizar todos os segmentos do Mer­ cado de Capitais. A CVM tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro e sua diretoria é composta por um Presidente e quatro Diretores todos nomeados pelo Presidente da República, contando ainda com Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e Brasília. São objetivos da CVM: • estimular a aplicação da poupança no mercado acio­ nário; 49 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS A administração do Banco Central é executada por um presidente e sete diretores, todos nomeados pelo Pre­ sidente da República, após terem seus nomes aprovados pelo Senado Federal. O Banco Central foi criado em 31.12.1964 por meio da Lei n. 4.595/1964, a denominada Lei da Reforma Bancária. Sua sede principal está localizada em Brasília, no entanto possui representações regionais em: Belém, For­ taleza, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. Compete exclusivamente ao Banco Central do Brasil: • emitir papel‑moeda e moeda metálica, obedecendo os limites determinados pelo CMN; • executar os serviços do meio circulante; • receber os recolhimentos compulsórios e voluntá­ rios das instituições financeiras e bancárias; • realizar as operações de redescontos e emprésti­ mos as instituições financeiras; • regular os serviços de compensação de cheques e outros papéis; • exercer o controle do crédito sob todas as formas; • exercer a fiscalização das instituições financeiras; • autorizar o funcionamento das instituições financei­ ras; • estabelecer as condições para o exercício de quais­ quer cargos de direção, nas instituições finanacei­ ras privadas; • vigiar a interferência de outras empresas nos mer­ cados financeiros e de capitais; • controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país; • estabelecer via COPOM, a taxa básica de juros para as operações financeiras – Taxa Selic. • assegurar o funcionamento eficiente e regular das Bolsas de Valores, bem como das instituições auxi­ liares que operam no mercado; • proteger os investidores contra as emissões ilegais e outros tipos de atos que venham prejudicar o mer­ cado de capitais; Cabe a Comissão de Valores Mobiliários disciplinar e fiscalizar as seguintes atividades: • emissão e distribuição de valores mobiliários; • negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; • negociação e intermediação no mercado de deriva­ tivos; • organização e funcionamento das operações nas Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros; • administrar carteiras de custódia de valores mobi­ liários; • fiscalizar as companhias abertas; • normalizar e fiscalizar os fundos de investimentos tanto de renda fixa como de renda variável; • normatizar as auditorias das companhias abertas. São considerados valores mobiliários: • ações, debêntures e bônus de subscrição; • certificados de depósito de valores mobiliários; • cédulas de debêntures; • cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários; • notas comerciais; • cotas de fundos de investimentos em valores mobili­ ários ou de clubes de investimentos; • contratos futuros de opções e outros derivativos. Como podemos observar a CVM é um órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional, com a responsabilidade de promover o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de capitais. A CVM mantém uma estrutura destinada a prestar orientações aos investidores ou acolher denúncias e suges­ tões por eles formuladas. AGENTES ESPECIAIS BANCO DO BRASIL MARCOS FREIRE O Banco do Brasil é uma Sociedade Anônima de Capi­ tal Misto, com seu controle acionário pertencente a União (Tesouro Nacional), sendo o principal agente financeiro do Governo Federal. O Banco do Brasil é um Banco Múltiplo possuindo todas as carteiras que o classifica como tal, além de possuir a Car­ teira do Crédito Rural. É responsável pela execução das políticas financeiras e creditícias do Governo Federal, sendo o responsável direto pela execução da política do Crédito Rural e da política do Preço Mínimo. Também cabe ao Banco do Brasil ser executor do Ser­ viço de Compensação de cheques e outros papéis. 50 O Banco do Brasil atua sob a fiscalização do Banco Central do Brasil. Compete ao Banco do Brasil: • efetuar recebimentos e pagamentos em nome do Governo Federal; • administrar os recursos do Fundo Constitucional do Centro‑Oeste – FCO. • executar a política do preço mínimo para os produ­ tos agropastoris; • execução do serviço da dívida pública consolidada; • realização por conta própria, de operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta do Banco Central nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. O Banco do Brasil também atua no Sistema Financeiro de Habitação, financiando aquisição de imóveis. Ao operar com algumas linhas de crédito de médio e longo prazo destinados a financiamentos empresariais, e finan­ ciamentos de projetos públicos, o Banco do Brasil também desenvolve atividades de Banco de Desenvolvimento. A diretoria do Banco do Brasil é indicada pelo Presi­ dente da República, portanto não tem mandato definido. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) O BNDES é uma empresa pública pertencente ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exte­ rior, que tem como atuação fomentar o desenvolvimento do país, sendo responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal. O BNDES não é Banco, é uma agência de desenvolvi­ mento do Governo Federal, que tem como objetivos básicos: • impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; • fortalecer o setor empresarial nacional; • atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos polos de produção; • promover o desenvolvimento integrado das ativida­ des agrícolas, industriais e de serviços; • promover o crescimento e a diversificação das expor­ tações. As políticas Operacionais do BNDES têm como meta orientar e normatizar a concessão de financiamentos visando priorizar os projetoss que promovam o desenvolvimento com inclusão social, estimulando principalmente aqueles projetos que criem empregos e contribuam para a geração de divisas. O BNDES atua diretamente e por meio de duas subsi­ diárias integrais: I – Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME); II – BNDESPAR – BNDES Participações S.A. (Subsidi­ ária Integral do BNDES). A FINAME financia a comercialização de máquinas e equipamentos, principalmente para a indústria. A BNDES Participações subscreve valores mobiliários no mercado de capitais, injetando seus recursos na aquisi­ ção de ações de empresas. O BNDESPAR também atua no Nas suas operações o BNDES aplica a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, que é fixada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional. O BNDES também financia investimentos em empre­ sas por meio do cartão BNDES com taxas de juros pré‑fixa­ das, podendo uma empresa possuir até 7 (sete) cartões de Bancos emissores diferentes, somando seus limites em uma única transação. Exige‑se que o faturamento bruto da empresa seja de até R$ 90 milhões. Cartão BNDES. É um crédito rotativo pré‑aprovado cujo valor é de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), desti­ nado a Micro. Pequenas e Médias Empresas, para aquisição de pro­ dutos credenciados junto ao BNDES. A amortização do empréstimo varia de 3 a 48 presta­ ções mensais fixas e iguais, sendo que os Bancos emisso­ res podem oferecer outros prazos. O BNDES também possui programas para financia­ mentos às exportações. Participa do desenvolvimento social através de progra­ mas destinados a assistência social, tais como: BNDES Fundo Social – recursos não reembolsáveis para projetos de investimentos em assitência social. Serviços de Educação, Saúde, Assitência Social e Segurança – linha de financiamento para projetos de implan­ tação, modernização e expansão dessas atividades. CAIXA ECONÔMICA A Caixa Econômica – CEF é uma empresa pública pertencente ao Ministério da Fazenda, sendo responsável pelas políticas públicas do Governo Federal, relacionadas ao programas sociais, tais como: Bolsa Família, Minha casa, minha vida. A Caixa Econômica não é Banco, no entanto desen­ volve todas as atividades de um Banco Múltiplo, pois possui Conta Corrente, Poupança, Crédito Imobiliário, Leasing, além de financiamentos e empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. A Caixa Econômica é o principal agente do Sistema Financeiro Nacional – SFN, atuando ativamente no financia­ mento de imoveis, principalmente os destinados as pessoas de baixa renda. Também cabe a Caixa Econômica Federal ser o órgão responsável pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Emprés­ timos, administrando os recursos da Caderneta de Pou­ pança. A CEF desenvolve atividades de financiamentos de programas de saneamento básico e infraestrutura urbana. A CEF efetua as seguintes operações: • Captação de Depósitos à Vista. • Captação de Depósitos a Prazo. • Captação de Recursos através de emissões de Letras Financeiras – LFs. • Captação de Recursos através da Caderneta de Poupança. • Operações de Câmbio (Circular 3.428/2008 – Bacen). • Previdência Privada Aberta. • Títulos de Capitalização. • Empréstimos a Pessoas Fisícas e Juridícas. • Empréstimos Consignados etc. • Administra os recursos do FGTS – Fundo de Garan­ tia por Tempo de Serviços, do PIS – Programa de Integração Social e os recursos do FAS – Fundo de Apoio do Desenvolvimento Social. Também cabe a CEF a administração das loterias (jogos), além do financiamento do crédito educativo. Fundada no Império, a CEF mantém alguns programas sociais como o “penhor de joias”, atividade na qual efetua uma modalidade de empréstimo recebendo como garantia joias e outros metais preciosos. A Caixa Econômica é um Banco Social sendo res­ ponsável por programas sociais, como por exemplo o seguro‑desemprego usando os recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador. Expandindo seu campo de atuação, a Caixa Econômica criou uma subsidiária denominada CaixaPar – Caixa Partici­ pações, que tem por objetivo atuar no mercado de capitais, adquirindo participações acionárias em outras empresas, além de efetuar o lançamento público de ações. A diretoria da CEF é composta por um presidente e 11 (onze) vice‑presidentes, todos nomeados pelo Presidente da República. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) Órgão integrante do Ministério da Fazenda e que tem por objetivo julgar em segunda e última instância, os recursos contra penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e Secreta­ ria de Comércio Exterior. 51 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS mercado acionário concedendo garantias quando do lança­ mento público de ações além de financiar os acionistas na subscrição de novas ações. O BNDES é o principal agente de fomento do governo, utilizando as mais variadas fontes de recursos para promo­ ver o desenvolvimento do país. Alternativamente à concessão de financiamentos, a BNDESPAR pode injetar recursos financeiros em empresas por meio da subscrição de valores mobiliários Os recursos necessários as execuções das políticas operacionais do BNDES provêm de várias fontes entre elas: • FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador; • Fundo PIS‑PASEP; • Fundo Nacional de Desenvolvimento – FND; • Fundo de Garantia das Exportações; • Recursos oriundos de suas atividades – emprésti­ mos concedidos; • Recursos oriundos de empréstimos juntos à orga­ nizações multilaterais de crédito, ou pela emissão de títulos; • Captação com emissão de Letras Financeiras (CMN – Res. 3.933/16.12.2010). O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio­ nal é composto por oito conselheiros, designados pelo Minis­ tro da Fazenda, com mandato de dois anos, podendo serem reconduzidos uma vez. Composição do Conselho: • dois representantes do Ministério da Fazenda; • um representante do Banco Central do Brasil; • um representante da Comissão de Valores Mobiliá­ rios; • quatro representantes das entidades de classe, dos mercados financeiros e de capitais, por elas indica­ dos. O Presidente do Conselho é um dos representantes do Ministério da Fazenda. A vice presidência do Conselho é ocupada por um dos representantes dos órgãos de classe. Junto ao Conselho atuam três Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador Geral da Fazenda Nacional, e um Secretário Executivo nomeado pelo Ministro da Fazenda, que é responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. O Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, proporcionam o apoio técnico ao Conselho de Recur­ sos do Sistema Financeiro Nacional. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio­ nal tem suas instalações na sede do Banco Central do Brasil em Brasília. É bom lembrar que o Conselho de Recursos do Sis­ tema Financeiro Nacional só julga os recursos interpostos das decisões relativas à penalidades administrativas aplica­ das pelo Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliá­ rios e pela Secex. SEGUROS E PREVIDÊNCIA Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) MARCOS FREIRE Órgão responsável pela fixação das diretrizes da polí­ tica de seguros privados, capitalização e previdência privada aberta. É um órgão normativo das atividades securitícias e tem como outras funções: • regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades relacio­ nadas a seguros; • fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitalização e resseguros; • estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguros; • prescrever os critérios de constituição das Socieda­ des Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações; e • disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor. 52 Composição do Conselho Nacional de Seguros Privados: • Ministro da Fazenda – Presidente. • Superintendente da Susep. • Representante do Ministério da Justiça. • Representante do Ministério da Previdência Social. • Representante da Comissão de Valores Mobiliários. • Representante do Banco Central do Brasil. Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC Órgão colegiado que tem como competência a regula­ ção, normatização e coordenação das entidades fechadas de previdência complementar. É um órgão integrante do Ministério da Previdência Social, e que tem como competência: • estabelecer as normas gerais complementares à legislação e regulamentação aplicável às entidades fechadas de previdência complementar; • estabelecer regras para a constituição e o funciona­ mento da entidade fechada,, reorganização da enti­ dade e retirada de patrocinador; • normatizar a transferência de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de reservas entre enti­ dades fechadas; • determinar padrões para a instituição e operação de planos de benefícios, de modo a assegurar sua transparência, solvência, liquidez e equilíbrio finan­ ceiro; • normatizar novas modalidades de planos de bene­ fícios; • estabelecer normas especiais para organização de planos intituídos; • determinar a metodologia a ser empregada nas avaliações atuariais; • fixar limites para as despesas administrativas dos planos de benefícios e das entidades fechadas de previdência complementar; • estabelecer regras para o número mínimo de par­ ticipantes ou associados de planos de benefícios; • estabelecer normas gerais de contabilidade, de atu­ ária, econômico‑financeira e de estatística; • conhecer e julgar os recursos interpostos contra as decisões da Superintendência Nacional de Previ­ dência Complementar – PREVIC, relativas à aplica­ ção de penalidades administrativas; e • apreciar recursos de ofício, interpostos pela Supe­ rintendência Nacional de Previdência Complemen­ tar‑PREVIC, das decisões que concluirem pela não aplicação de penalidades previstas na legislação própria ou que reduzirem a penalidade aplicada. Composição do Conselho: • Ministro da Previdência Social – Presidente • Representantes: –– Superintendência Nacional de Previdência Complementar; –– Secretaria de Políticas de Previdência Comple­ mentar do Ministério da Previdência Social; –– Casa Civil da Presidência da República; O Conselho Nacional de Previdência Complementar deliberará por maioria simples, presentes pelo menos cinco de seus membros. CÂMARA DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Órgão colegiado recursal vinculado do Ministério da Previdência Social, cabendo‑lhe apreciar e julgar, encer­ rando a instância administrativa, os recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Comple mentar – PREVIC. SUPERINTENÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – PREVIC Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social. Fiscaliza e supervisiona as atividades das entidades fechadas de previdência complementar e da execução das políticas para o regime de previdência complementar. Compete a PREVIC: • proceder a fiscalização das atividades das entida­ des fechadas de previdência complementar e suas operações; • apurar e julgar as infrações, aplicando penalidades quando cabíveis; • expedir instruções e estabelcer procedimentos para aplicações de normas relativas a sua área de com­ petência; • autorizar a constituição e o funcionamento das enti­ dades fechadas de previdência complementar; • decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar. Obrigatoriamente tais entidades devem aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado de capitais (Bolsa de Valores). São fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. O objetivo das Entidades Fechadas de Previdência Complementar é manter a estrutura previdênciária de sua associados. Ex: PREVI (Banco do Brasil); FUNCEF (Caixa Econô­ mica); PETROS (Petrobras) etc. ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA São empresas com fins lucrativos, constituídas com a finalidade de explorar a Previdência Privada. Empresas específicas ou Seguradoras podem atuar no segmento de previdência complementar, através de contri­ buições dos participantes. Qualquer pessoa física ou jurídica pode ingressar na previdência complementar, basta escolher o plano e passar a efetuar a contribuição mensal. Tais empresas são fiscalizadas e devem obedecer as normas da SUSEP – Superintendência de Seguros Priva­ dos, órgão que regula o mercado da previdência privada aberta. As entidades de previdência privada aberta obrigatória­ mente devem constituir a denominada reserva técnica, bem como provisões que serão aplicadas no mercado financeiro conforme critérios fixados pelo Conselho Nacional de Segu­ ros Privados; tais recursos devem ser aplicados dentro dos princípios de segurança, rentabilidade, solvência e liquidez. Tais aplicações devem ser efetuadas nos segmentos de renda fixa, renda variável e em imóveis. Além das Seguradoras, várias outras instituições atuam no ramo da Previdência Privada Aberta. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS –– Ministério da Fazenda; –– Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão; –– Entidades Fechadas de Previdência Complemen­ tar; –– Patrocinadores e Insituidores de Planos de Bene­ fícios das entidades de Previdência Complemen­ tar; –– Participantes e Assistidos de Planos de Bene­ fícios das entidades Fechadas de Previdência Complementar. A PREVIC á administrada por uma Diretoria Colegiada consituída por um Diretor Superintendente e quatro direto­ res, todos indicados pelo Ministro da Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República. ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR São entidades constituídas restritas a determinado grupo de trabalhadores, mantidas através de contribuições dos seus associados e de sua mantenedora, que tem como objetivo a valorização de seu patrimônio, sendo denomina­ dos de Fundos de Pensão. 53