iBahia - Salvador - BA 01/10/2013 - 09:14 Estimulantes de apetite: Quando tomar? Quais os riscos e benefícios? Preocupadas com a falta de apetite de seus filhos, muitas mães lançam mão dos famosos estimulantes de apetite. Será que eles podem ser prejudiciais à saúde? Da Redação Divulgação A falta de apetite é um problema recorrente em crianças. Quantas mães ficam apreensivas porque seus filhos não se alimentam bem ou não querem comer? Ou chega a adolescência e a dificuldade de ganho de peso também é motivo de preocupação? Além disso, mesmo alguns adultos desejam ‘encorpar’, ganhar massa muscular, mas não conseguem. E, então, o que fazer? Infelizmente, a maioria dessas pessoas não consulta um especialista antes de iniciar um tratamento com estimulantes de apetite, sejam eles apenas fortificantes ou mesmo fármacos. Isso pode levar a uma solução falsa do problema porque, ao término do uso do terapêutico, pode haver o retorno à condição inicial, além de possíveis efeitos colaterais, prejudiciais à saúde. O que são estimulantes de apetite? E como atuam no organismo? Os estimulantes de apetite são os populares remédios para engordar. Existe uma variedade deles no mercado e cada um tem sua particularidade. Eles podem apresentar-se na forma de fortificantes, como o conhecido Biotônico Fontoura, ou como medicamentos, a exemplo do profol, cobavital, buclina, que não são hormônios ou esteróides. Sua função é a de auxiliar no aumento da ingestão calórica e, dessa forma, no ganho de peso. Os fortificantes são, em sua maioria, compostos por vitaminas como as do complexo B (B1, B2, B3, B6 e B12), minerais como ferro, cálcio e fósforo e, alguns com aminoácidos (arginina, glutamina, lisina, triptofano). Essas formulações são eficazes quando a falta de apetite é causada por deficiência de nutrientes, a exemplo da anemia. Já os demais tipos de estimulantes podem também conter vitaminas e minerais, mas sua fórmula conterá droga orexígena (estimulante de apetite) como cloridrato de buclizina ou de ciproheptadina que são antihistamínicos (antialérgicos) e atuam no sistema nervoso, aumentando a vontade de comer. Conhecendo alguns estimulantes de apetite - dessa forma, você poderá reconhecer quais são os fortificantes, polivitamínicos, diferenciando-os das substâncias orexígenas. TABELA Riscos & Contraindicações: Os possíveis riscos da ingestão de estimulantes de apetite estão relacionados aos princípios ativos. De um modo geral, os polivitamínicos não apresentarão efeitos adversos, porém os demais, se ingeridos sem indicação de um profissional e/ou em excesso, poderão causar de leves a graves efeitos colaterais, especialmente, em crianças, gestantes e idosos. "De um modo geral, os polivitamínicos não apresentarão efeitos adversos, porém os demais, se ingeridos sem indicação de um profissional e/ou em excesso, poderão causar de leves a graves efeitos colaterais, especialmente, em crianças, gestantes e idosos". A ingestão de grandes quantidades pode sobrecarregar órgãos como baço, fígado e até a medula óssea. É por isso que não é raro crianças apresentarem intoxicação pelo consumo de estimulantes de apetite. Portanto, deve-se sempre consultar um médico antes do uso! Os efeitos colaterais mais comuns são sonolência, distúrbios do humor e a perda da capacidade de concentração que, por sua vez, podem levar ao mau desempenho escolar ou no ambiente de trabalho. Além disso, sem o exame e prescrição médica, eles podem mascarar sintomas de doenças graves, como alguns tipos de tumores. A maioria desses fármacos é contraindicada para mulheres grávidas ou quaisquer pessoas com hipersensibilidade aos princípios ativos das fórmulas; pessoas com glaucoma, retenção urinária ou distúrbios renais têm contraindicação para alguns estimulantes de apetite; hipertensos devem estar atentos às formulações, pois a presença de cafeína e ginsen podem lhes causar sérios distúrbios. Existe indicação, com evidência científica, para portadores de fibrose cística e alguns tipos de câncer. Entretanto, mesmo nesses casos, o uso de estimulantes de apetite não é a primeira opção, lançando-se mão desse artifício apenas quando a inapetência (falta de apetite) e a astenia (fraqueza muscular; fadiga; perda ou diminuição da força física) levarem a um grau de má nutrição que não pôde ser revertido apenas com a dieta e acompanhamento pelo nutricionista. Então, como estimular o apetite sem utilizar esses medicamentos? No caso de adolescentes e adultos, o melhor caminho é procurar um médico para uma completa avaliação do estado de saúde e, então, buscar um nutricionista, pois ele poderá atuar na reeducação alimentar e diretamente na dieta mais adequada a cada caso e indivíduo, de acordo coma a condição fisiopatológica. O mesmo deve ser feito para crianças, mas muitos artifícios podem ser usados também: - Dê o exemplo. Forçar não resolve! Estabeleça horários e insista juntamente com seu próprio exemplo, porque as crianças tendem a acompanhar os hábitos da família; - Convide-as a participar do preparo. Acompanhar todo o processo suscitará neles a curiosidade e interesse pelos diversos alimentos, animando-os a comer; - Ofereça pratos visualmente atrativos: colorido, desenhos com os alimentos, tendo sempre frutas, legumes e verduras em casa, mesmo as que eles digam que não gostam; - Evitem comer na frente da televisão ou computador e não ofereça nem permita beliscar antes das refeições. Assim como para emagrecer, não existe nenhuma fórmula mágica para ganhar peso. Estimulantes de apetite devem ser utilizados apenas quando houver indicação e é preciso associá-los a uma dieta balanceada e de acordo com a necessidade fisiopatológica de cada indivíduo. Além disso, é essencial o acompanhamento com especialista e associação à atividade física para o ganho de massa magra. A educação alimentar ainda é a melhor escolha! www.achixclip.com.br www.inovsi.com.br