Circulação gratuita. Venda proibida. Olá! Todo mundo cresce querendo distância dos mosquitos, não é verdade? Afinal, quem é que gosta de tomar picada?! Mas agora, é hora de olhar com toda atenção para esse bichinho. Na verdade, para um tipo especial dessa família, chamado Aedes aegypti. Ele é ainda menor que os primos, mas apesar do tamanho, pode causar doenças sérias em você e em toda sua família. Só em 2015, esse tal de Aedes já levou mais de 1,5 milhão de brasileiros a ficarem doentes em casa ou no hospital. A boa notícia é que dá para vencê-lo e ajudar a mudar essa situação. Mas como em toda batalha, antes de mais nada, é preciso conhecer o inimigo em detalhes. Só assim é possível se prevenir e se proteger dele dentro e fora de casa. E é exatamente isso o que você vai descobrir nesta cartilha. Aproveite todas as dicas, informações e lembre-se: sua colaboração é muito importante! Boa leitura! Publicação destinada a crianças de 5 a 10 anos, seus pais e familiares. Parte integrante da Campanha “Todos Juntos Contra a Dengue e Zika Dentro e Fora de Casa”, realizada pelas marcas SBP e Repelex, ambas da empresa RB (Reckitt Benckiser). Conteúdo elaborado sob a curadoria do infectologista Jean Gorinchteyn e da dermatologista Adriana Salgado. Criação e Desenvolvimento: Fundamento Marketing. O mosquito e suas doenças O que o Aedes aegypti tem a ver comigo e com a minha família? Você pode não gostar de mosquitos, mas o Aedes aegypti te adora! Assim como adora seu pai, sua mãe, seu irmão, enfim, qualquer ser humano. Por um motivo simples: a fêmea dessa espécie precisa do nosso sangue, porque sem ele, ela não consegue desenvolver seus ovinhos. Isso explica em parte a preferência desse mosquito em viver nas cidades, onde sobram pessoas e, logo, há um verdadeiro banquete à disposição dele. Você sabia? 8 em cada 10 criadouros do Aedes aegypti estão dentro das casas Fonte: Ministério da Saúde O maior problema, porém, é o seguinte: ao picar a pele em busca de sangue, esse mosquito pode nos transmitir um vírus, que por consequência, causa uma doença. Atualmente, no Brasil, o Aedes aegypti é responsável por três doenças: dengue, chikungunya e zika. Todas causam sintomas muito desagradáveis e, se não tratadas, podem até levar à morte. A seguir, confira os sintomas de cada uma delas. Se algum dia sentir no corpo essas reações, converse com seus pais ou responsáveis e procure ajuda médica o mais rápido possível. 3 Principais sintomas das doenças c Febre +38,5°C Início imediato Dor de cabeça: Sempre forte Dor nos olhos: Sempre forte dengue clássica Dor nos músculos: Forte Manchas : 4° dia - 50% dos casos Febre +38°C Início imediato chikungunya Dor nos músculos: Leve Dor nas juntas: Moderada a forte c Febre -38°C Ausente ou febril Manchas : 2°ao 5° dia - 50% dos casos Conjuntivite: 30% dos casos Dor nos músculos: Leve Dor nas juntas: Leve a moderada Coceira: Leve a forte Manchas : 1° ou 2° dia em todos os casos 4 zika c Conjuntivite: 50% a 90% dos casos Fique de olho no mosquito Conheça as características e hábitos do Aedes aegypti O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas patas. A única que pica os humanos é a fêmea do mosquito, pois ela precisa de sangue para alimentar os ovinhos durante a gravidez. O Aedes Aegypti vive em torno de 45 dias e ao longo de sua vida consegue depositar cerca de 1.500 ovos. Assim que os ovinhos estão maduros, eles são pequenos e de cor preta, a fêmea vai colocá-los em vários locais que possam acumular água. Em apenas uma hora em contato com a água, os ovos viram larvas. E, no máximo em 10 dias, já existe um mosquito pronto para voar e picar. Os ovinhos são extremamente resistentes, podendo sobreviver até um ano nos locais que foram colocados, basta um pouco de água para ele continuar o seu desenvolvimento. O mosquito costuma picar mais nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, mas como ele é muito oportunista, pode inclusive picar à noite. A pessoa pode não perceber a picada, pois no momento não dói e nem coça. Quando contaminado, cada mosquito consegue manter apenas um tipo de vírus, portanto não existe risco de um único mosquito transmitir as três doenças. 5 Ao combate MISSÃO: PREVENÇÃO Impedir o nascimento de novos mosquitos é ainda a melhor estratégia. E para isso, atenção com todo e qualquer recipiente que possa acumular água é fundamental. Abaixo, conheça atitudes simples para cumprir essa tarefa com total sucesso. Convoque os pais e vizinhos! Só a união de todos levará à vitória contra os criadouros desse vilão. Limpe calhas e telhados – podem acumular água das chuvas. Mantenha caixas d’água vedadas – o vento pode abri-las. Ralos limpos e com tela, vasos sanitários com pouco uso sempre fechados. Piscinas e fontes sempre limpas e tratadas com cloro. Pratos de vaso de planta com areia até a borda, bromélias e outras plantas sem acúmulo de água. Limpe garrafas e baldes e deixe-os de boca para baixo. ROCCO Bandejas de geladeira e de ar-condicionado sempre limpas e sem água. 6 Lavar e trocar diariamente a água de bebedouros de animais. Elimine qualquer local ou objetos que acumulem água, como tampinhas de garrafa, latas, sacolas plásticas, pneus, lonas de cobertura e pequenas falhas no piso do quintal, entre outros. Conteúdo destinado aos pais e/ou responsáveis Caros pais, Nesse momento, em que o país vive sob a tripla ameaça das doenças dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, é enorme e justificada a preocupação das pessoas. Afinal, as consequências dessas doenças podem ser gravíssimas, sobretudo em gestantes, com a suspeita de associação do zika vírus à explosão de casos de microcefalia. Mas, como somos parte da solução desse problema, precisamos agir. E assim organizamos esta cartilha, distribuída em escolas públicas e particulares. Nosso principal objetivo é facilitar o acesso ao conhecimento especializado sobre o Aedes aegypti e, sobretudo, ajudar famílias a se protegerem efetivamente e com segurança desse inseto dentro e fora de casa. Esperamos que vocês tenham uma experiência esclarecedora e que possam sair ainda mais preparados para enfrentar essa luta, que é de todos nós. Dengue** 1.649.008 Zika * 1.482.701 Chikungunya* 20.661 Fonte: Ministério da Saúde (*) Dados até 20.01.2016 (**) Números consolidados de 2015 Agente multiplicador Para ajudar no enfrentamento e combate ao Aedes aegypti, converse e compartilhe as informações com seus vizinhos, amigos e familiares. Para saber mais, acesse o site: www.sbpprotege.com.br/minha-casa-protegida 7 Missão: Proteção Como a população de Aedes aegypti em circulação é muito grande, proteger a pele de sua picada é tão importante quanto prevenir os novos criadouros. E essa proteção deve necessariamente acontecer dentro e fora de casa. Descubra suas armas abaixo! Dentro de casa Inseticidas Os inseticidas domésticos são produtos classificados como saneantes – eles matam os insetos. É importante ler a embalagem do produto e verificar se há ação do inseticida contra o Aedes. Alguns produtos protegem por até 12 horas. Repelentes para ambientes Os repelentes para ambientes, como aqueles de tomada, deixam os insetos confusos e assim eles não conseguem voar nem picar. Para total eficácia, é necessário instalar um produto para cada cômodo da casa. Como devem ser usados? Inseticidas Agite bem e pulverize o produto no ambiente por 3 a 6 segundos. Após a aplicação, aguarde cerca de 20 minutos antes de voltar ao ambiente. Não há contraindicação para grávidas, crianças e animais domésticos. Repelentes para ambientes Mantenha o repelente para ambiente a uma distância mínima de 2 metros de qualquer pessoa quando estiver ligado. O produto deve ser utilizado sempre com janelas e portas entreabertas, para que o inseto possa fugir do ambiente. Atenção: Leia antes todas as instruções e orientações no rótulo da embalagem. Perigo: Crianças não devem manipular e/ou utilizar esses produtos. Somente seus pais ou responsáveis podem usar/manipular esses produtos. 8 Fora de casa Repelentes cosméticos Os repelentes cosméticos são produtos para a proteção individual. Depois de aplicado na pele, os repelentes mudam o olfato do mosquito e criam um efeito nuvem, impedindo o inseto de pousar no corpo. Não há contraindicação de uso por grávidas ou lactantes. O DEET, ativo mais facilmente encontrado no mercado, é seguro a esse público e a crianças acima de dois anos. Para menores de dois anos, recomenda-se o uso de barreiras físicas, como telas em portas e janelas, mosquiteiros nos berços e nos carrinhos de passeio, assim como usar roupas compridas e claras que ajudam a afastar o mosquito pela forte luminosidade. Como devem ser aplicados? Os repelentes cosméticos devem ser aplicados diretamente sobre a pele. Indica-se o uso somente nas áreas expostas, como braços, pernas e rosto. Muito cuidado, porém, para não passá-lo sobre os olhos e a boca. Em formato spray, pulverize antes na mão e então aplique no rosto. A aplicação dos repelentes cosméticos em crianças deve ser supervisionada por um adulto. Este deve colocar o produto em suas mãos e em seguida aplicar na criança. Evitar aplicação do repelente na palma das mãos das crianças. Lembre-se: não use o produto por debaixo das roupas nem o aplique sobre as peças. Há risco de manchá-las ou estragar o tecido. Não durma com o repelente. Ao invés disso, conte com inseticidas e repelentes para ambientes. Atenção: Nem todos repelentes cosméticos funcionam contra o Aedes aegypti. Verifique sempre a embalagem. Siga as orientações do fabricante, principalmente com relação à frequência da aplicação e idade recomendada, evitando, assim, possíveis efeitos colaterais. Perigo: crianças não devem manipular esses produtos. Somente seus pais ou responsáveis podem manipular esses produtos. 9 Dúvidas frequentes Soluções e produtos caseiros funcionam? As soluções e produtos caseiros que dizem espantar o mosquito, como óleo de soja e citronela, ervas, frutas cítricas, eucalipto, cedro, cravo, vitaminas, sapo com luz, entre outras invenções, não foram testados e certificados pela ANVISA. Alguns têm efeito de menos de 15 minutos. Além de não protegerem, também podem causar problemas alérgicos e de intoxicação. Não coloque em risco a sua saúde. Posso passar repelente à noite para dormir? Durante a noite, o mais recomendado é dar preferência a meios de proteção como repelentes para ambientes e inseticidas. Além de passarmos mais horas acordados, o Aedes aegypti é normalmente um vetor de hábitos diurnos, então é melhor distribuir as aplicações de repelente cosmético durante o dia, quando o risco da picada é maior. Principalmente porque muitas vezes transitamos por diferentes ambientes nesse período, então a maior exposição ao mosquito justifica mais a proteção individual. Quais as possíveis complicações dessas doenças? Dengue Pode ocorrer piora dos sintomas, ocasionando a dengue hemorrágica, alguns sinais de alerta são: dor forte na barriga; vômitos intensos; sonolência ou desmaio; sangramentos na boca, nariz ou nas fezes. Procure rapidamente auxílio médico/hospitalar. Zika Presença de dormências nas extremidades, dificuldades para caminhar, alterações neurológicas e paralisia facial. Pode ocorrer comprometimento neurológico do bebê durante a gravidez. Possibilidade de desenvolver a síndrome de Guillain Barré, que gera fraqueza muscular e até paralisia, podendo levar à morte. Chikungunya Uma das maiores complicações dessa doença é a dor nas juntas (articulações). Elas chegam a ser tão graves que podem até impedir a realização de movimentos simples, como escrever, lavar a louça, devido a grande inflamação nas juntas (artrite). Em alguns casos, esses sintomas podem demorar até um ano para melhorar. 10 É seguro o uso de repelentes em gestantes e crianças? Não há contraindicação de repelentes para grávidas ou lactantes. O DEET, ativo mais facilmente encontrado no mercado, é seguro a esse público. Entretanto, é recomendado que grávidas sempre consultem antes seus obstetras antes de usar. Já para crianças, é imprescindível verificar a indicação da faixa etária no rótulo do produto. O respeito às orientações do fabricante vale em todos os casos. O zika vírus pode ser transmitido pelo leite materno? Até o momento, não há comprovação científica de que isso ocorra. Mas, o melhor é procurar aconselhamento médico antes de tomar qualquer decisão. Se já está grávida, informe o seu médico que teve a doença e quando isso ocorreu. Qual o período da gravidez com maior risco de microcefalia? A microcefalia provavelmente ocorra entre o final do primeiro e início do segundo trimestres da gestação. Caso a infecção ocorra em outro período, outros comprometimentos podem ocorrer ao bebê, como alterações ou perda da visão, ou retardo do desenvolvimento neurológico. Se a mulher que teve zika quiser engravidar, corre algum risco? As mulheres que tiveram zika antes da gravidez não correm risco de nova contaminação uma vez que estarão protegidas por anticorpos já formados. O que não se sabe ainda é se com o passar dos anos o nível desses anticorpos caem e poderiam desprotegê-las futuramente. Como proteger crianças menores de dois anos? Utilizando-se de: roupas longas e de cores claras - elas ajudam a afastar o mosquito, que tem sensibilidade à claridade; mosquiteiros nos berços e carrinhos; telas nas portas e janelas. Para mais informações, visite o site www.sbpprotege.com.br/dengue Lembre-se: O uso de inseticidas, repelentes para ambientes e cosméticos não dispensa nem substitui as demais medidas de combate ao mosquito, em especial a prevenção contra novos criadouros dentro e fora de casa. 11