Módulo 35. Socialismo Página 1 de 1 Módulo 35. Socialismo Introdução Juntamente com as grandes alterações conjunturais e estruturais nos planos econômico, político e social que marcaram a virada do século XVIII para o século XIX, originaram-se pensamentos e teorias que procuravam, por uma vertente, justificar e regulamentar a ordem burguesa estabelecida e, por outra, reformá-la ou condená-la. Dessa forma, tivemos a elaboração das doutrinas liberais e das teorias socialistas, inaugurando a história da ciência da economia política. As Correntes Socialistas A crescente organização e reação operária aos resultados mais gerais da Revolução Industrial fizeram surgir críticos ao capitalismo selvagem que estava apoiado na exploração do capital sobre o trabalho. Buscando novas formulações sociais e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, surgiram os teóricos socialistas, que se dividiram em grupos distintos: os socialistas utópicos, os anarquistas e os socialistas científicos ou marxistas. As primeiras idéias socialistas no final do século XVIII e início do século XIX, sobretudo na França e Inglaterra, constituíram o socialismo utópico, assim chamado por acreditar na possibilidade de alcançar uma organização social de caráter comunista sem a "luta de classes", através de reformas graduais e pacíficas. Os principais socialistas utópicos foram os franceses: conde Henrique de Saint-Simon (1760-1825), o filho de comerciante, Charles Fourier (1772-1837) e o inglês Robert Owen, artesão que viveu de 1771 a 1858 e conhecia em profundidade a situação do proletariado. Os socialistas utópicos tiveram seguidores entre alguns dos principais líderes e organizadores de entidades trabalhistas e movimentos proletários, tais como Augusto Blanqui, Luís Blanc e Proudhon, o qual, por seu turno, file://D:\pages\5017.htm deu uma importante contribuição para a elaboração das teses socialistas do seu tempo. Por volta do final de 1848, o pensamento socialista adquiriu mais clareza e vigor nas suas formulações teóricas, tanto no que dizia respeito às críticas à burguesia vencedora e ao capitalismo selvagem dominante, como também às propostas de organização da sociedade comunista que deveria emergir, necessariamente, da "luta de classes" e da "ditadura do proletariado". Surgiu então o socialismo científico, cujos mais expressivos exemplos foram seus idealizadores: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Karl Marx e Friedrich Engels foram os teóricos e organizadores do movimento operário. Os principais resultados de suas obras e atuações no plano revolucionário foram constatados historicamente apenas nos movimentos de libertação do século XX. Contudo, mesmo no século XIX, os dois pensadores alemães participaram da organização da "Liga Comunista" (1847) e acompanharam de perto os movimentos revolucionários europeus de 1848. Por volta da segunda metade do século XIX, o socialismo científico, pela atuação de Marx e Engels, permitiu ao proletariado a organização da sua primeira associação internacional: a "Associação Internacional dos Trabalhadores" (I Internacional), fundada em Londres (1864). Sem sombra de dúvida, a obra mais importante de Marx e a base do socialismo científico é O capital, em que faz a crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa, como também estabelece os princípios básicos da análise marxista. Porém, historicamente, o "Manifesto Comunista" (1848), publicado por Marx e auxiliado por Engels, conclamando o proletariado à luta pelo socialismo, teve singular significado para os movimentos operários do século XIX, tal como a Comuna de Paris (1871). 10/8/2008 Módulo 35. Socialismo Página 1 de 1 Módulo 35. Socialismo Outra das correntes ideológicas de cunho socialista que surgiam no século XIX foi o anarquismo, que pregava a supressão de toda a forma de governo, defendendo a liberdade na sua plenitude. Entre seus fundadores, destaca-se Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Em sua obra, O que é a propriedade, utilizou seus pressupostos de socialista utópico para elaborar a crítica ao capitalismo, enfatizando o respeito à pequena propriedade e propondo a organização de cooperativas e de instituições financeiras que concedessem empréstimos sem juros aos empreendimentos produtivos, como também crédito gratuito aos trabalhadores em geral. Ao propor a implantação de uma sociedade sem classes, livre da exploração selvagem do capital sobre o trabalho, alcançar-se-ia uma sociedade de homens livres e iguais. Proudhon propunha também a destruição do Estado e o estabelecimento, no seu lugar, de uma República de Pequenos Proprietários, estabelecendo assim os princípios do anarquismo. A Igreja Católica, buscando não ficar marginalizada do movimento social, por intermédio de alguns setores mais progressistas, defendeu a existência de uma Igreja mais liberal, separada do Estado. Com isso, atraiu simpatizantes, em especial no meio burguês, inquietado pelo crescimento das organizações e movimentos proletários de caráter socialista. O resultado foi o avanço da doutrina social da Igreja, que objetivava alcançar a justiça social por meio da solidariedade cristã. A encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, foi o maior exemplo desse novo posicionamento. Seguindo a mesma orientação acerca das questões sociais, destacaram-se Pio XI (Quadragesimo Anno), João XXIII (Mater et Magistra) e Paulo VI (Populorum Progressio). As idéias de Proudhon, apesar de terem um caráter, para muitos, reformista, influenciaram Leon Tolstoi (1828-1910) e, em especial, Mikhail Bakunin (1814-1876), que se tornou o líder do anarquismo terrorista ao indicar a violência como o caminho para atingir a sociedade sem desigualdades e com a total abolição do Estado. O anarquismo e o socialismo científico têm em comum o objetivo final: alcançar o comunismo, estágio em que se atingiria a sociedade sem classes e a supressão total da exploração e do Estado. Contudo, para os seguidores de Marx, antes desse estágio faz-se necessária uma etapa intermediária socialista em que o Estado, baseado numa "ditadura do proletariado", implantaria as medidas que, com o seu desenvolvimento, culminariam no comunismo. Por sua vez, para os anarquistas, tendo como objetivo central a derrubada em definitivo do Estado, das classes sociais, das tradições e instituições, o comunismo seria instalado, de imediato, pelas reformas ou revoluções. file://D:\pages\5018.htm Os pensadores socialistas Friedrich E ngels (à esque rda) e Karl Marx Resumo • As transformações socioeconômicas ocorridas na Europa, ao longo dos séculos XVIII e XIX, cujo fator principal foi a Revolução Industrial, foram as responsáveis diretas pelo aparecimento do socialismo. 10/8/2008 Módulo 35. Socialismo Página 1 de 1 Módulo 35. Socialismo • O socialismo teve precursores – os utópicos. Pregavam a busca da igualdade social sem apresentar meios práticos para atingi-la. • O socialismo: seus maiores teóricos foram Karl Marx e Engels, que defendiam a abolição da propriedade privada dos meios de produção, buscando a igualdade social. • Doutrina social da Igreja: o Papa Leão XIII com a encíclica Rerum Novarum. • O anarquismo (Proudhon, Bakunin, Tolstoi) preconizando o fim do Estado, também conhecido como “comunismo libertário”. file://D:\pages\5019.htm 10/8/2008 Módulo 30. Revolução Industrial Página 1 de 1 Módulo 30. Revolução Industrial Por volta da segunda metade do século XVIII , teve início, na Inglaterra, um processo de desenvolvimento industrial que se convencionou chamar de Revolução Industrial. Esse conjunto acelerado de transformações não deve ser compreendido apenas como uma revolução técnica, mas, sobretudo, como o estabelecimento definitivo do modo de produção capitalista. A Revolução Industrial foi a etapa de complementação do processo de transição, pois marcou o momento final do processo de expropriação dos produtores diretos (artesãos e pequenos proprietários), a partir daí transformados em trabalhadores assalariados (proletariado). A burguesia passou à condição de classe detentora dos meios de produção (máquinas). influenciaram o pioneirismo inglês. A Revolução Inglesa do século XVII, ao permitir à burguesia e a setores da gentry alcançar o poder político, possibilitou a derrubada dos vestígios e entraves feudais que persistiam na sociedade e economia inglesas. Os cercamentos intensificaram-se, promovendo e garantindo a plena propriedade capitalista no campo, e provocaram um grande êxodo rural em direção aos centros urbanos, onde crescia a maquinofatura. Podemos relacionar também os efeitos dos Atos de Navegação, que permitiram aos ingleses o controle, desde o século XVII, de grande parte dos mercados mundiais. Nesse contexto de aumento dos mercados ingleses, ficou evidente o limite da manufatura e a crescente necessidade da mecanização da produção. Fatores Os fatores ou condições para a eclosão da Revolução Industrial foram resultantes das transformações ocorridas ao longo da Idade Moderna. A acumulação de capital, gerada a partir do desenvolvimento mercantil e da exploração dos mercados coloniais, promoveu na Europa Moderna, e em especial na Inglaterra, a formação de uma rica burguesia interessada na intensificação dos investimentos no setor de produção. A existência de matérias-primas, caso, por exemplo, do algodão produzido na América, incentivou o aprimoramento do sistema maquinofatureiro, direcionado para a produção de artigos de consumo de massa. Dentro do processo de formação do sistema fabril, foi fator fundamental a formação de um contingente de mãode-obra disponível. Esse grupo de trabalhadores foi gerado a partir da expropriação das terras e das formas artesanais de produção, que resultaram no forte processo de urbanização e proletarização da massa. Processo pré-industrial de fiação de lã, na Ingla te rra. Outro fator de importância no processo da revolução foi a existência de mercados consumidores. Gerados desde a Revolução Comercial, foram condição básica para o desenvolvimento fabril, pois contribuíram para a reprodução do sistema e crescimento da produção que, nesse momento, passou a determinar com seu ritmo a ampliação dos mercados consumidores. O berço da Revolução Industrial foi a Inglaterra, pois esta nação se enquadrava por excelência nas condições descritas anteriormente. Além das condições gerais descritas, outros fatores Máquina de fiar algodão James Hargreaves, 1764 file://D:\pages\3661.htm 10/8/2008 Módulo 30. Revolução Industrial Página 1 de 1 Módulo 30. Revolução Industrial Ocorreu com isso novo descompasso, pois, agora, produziam-se mais fios do que a demanda. A solução surgiu no ano de 1785, com a invenção de E. Cartwright, que criou o primeiro tear mecânico. Essa nova invenção passou a exigir uma nova forma de energia, a qual foi conseguida por James Watt com o aperfeiçoamento da máquina a vapor. Essa solução marcou uma definitiva e básica alteração: a substituição da força humana pela força motriz, inicialmente marcada pela energia do vapor. Máquina de fiar hidráulica Richard Ark wrigt, 1768 A Difusão da Industrialização A Revolução Industrial, inicialmente, ficou restrita à Inglaterra (século XVIII), mas, ao longo do século XIX, expandiu-se pela Europa e por outras regiões do mundo. O primeiro país a se industrializar na Europa, utilizando basicamente capitais e técnicas inglesas, foi a Bélgica, a partir de 1830. Máquina a vapor James Watt, 1776-1782 A Evolução Técnica O primeiro setor em que surgiram modificações que levaram à maquinofatura foi o da produção têxtil. No ano de 1733, John Kay inventou a lançadeira volante, o que permitiu o aumento da capacidade de tecer, produzindo um descompasso técnico, pois a produção da fiação não conseguia atender à demanda. Esse problema foi resolvido por James Hargreaves, com a criação de uma máquina conhecida como spinningjenny, que acelerou a produção de fios para os teares. file://D:\pages\3662.htm A França, por volta de 1850, após a Revolução Francesa e um processo lento de evolução de suas pequenas oficinas e manufaturas, começou o seu processo de industrialização. No ano de 1870, após concluir seu processo de unificação, a Alemanha introduziu a maquinofatura num processo marcado pela velocidade e liderança do Estado. A Prússia comandou tanto o processo de unificação política como a industrialização alemã (Via Prussiana). Também, logo após o processo de unificação política, por volta de 1870, teve início, no norte da Itália (Piemonte), o processo italiano de mecanização. Fora da Europa, a industrialização atingiu os Estados Unidos e o Japão (final do século XIX). 10/8/2008 Módulo 30. Revolução Industrial Página 1 de 1 Módulo 30. Revolução Industrial No caso norte-americano, o processo deu-se principalmente após a Guerra de Secessão (1861-65), que integrou o país e permitiu a industrialização, em especial no norte. O Japão, ao final do século XIX, sob os efeitos da Revolução Meiji, conseguiu a eliminação dos vestígios feudais e, com forte influência do modelo alemão de industrialização, promoveu suas mudanças estruturais. Conseqüências Os resultados da Revolução Industrial foram estruturais e de grande repercussão em todos os âmbitos da História da civilização moderno-contemporânea. As inovações técnicas promoveram o desenvolvimento da produção em massa e a especialização ou divisão do trabalho. O capitalismo, até então baseado na circulação de mercadorias e na acumulação primitiva de capitais, seria superado pelo capitalismo industrial, cujos fundamentos seriam a produção e a prática do liberalismo econômico. O aumento demográfico deveu-se às transformações nas técnicas agrícolas e à concentração urbana, resultantes do êxodo rural (cercamentos). Nesse contexto, podemos observar a crescente urbanização e o surgimento de novos grupos e problemas sociais. Revoltas Operárias. Em 1811, explodiu um violento movimento liderado por Ned Ludlam (movimento ludita), que espalhou o terror nos centros industriais ingleses. Na década de 30 (século XIX) surgiu o movimento swing, com intensa agitação nas zonas rurais, associado ao movimento cartista, com forte atuação nos centros urbanos. A organização do movimento operário progrediu lentamente a partir das Trade Unions e do desenvolvimento do pensamento socialista ao longo do século XIX. Resumo Revolução Industrial– Fatores – Os fatores econômicos e sociais da Revolução Industrial foram: mercado consumidor, matéria-prima e disponibilidade de mão-de-obra (cercamentos). – O controle do Estado pela burguesia (Revolução Inglesa – século XVII). Dentro dessa nova configuração social, podemos denotar duas classes sociais predominantes: de um lado, a burguesia industrial que passava a ocupar o papel de classe dominante; e, do outro, o proletariado, formado pela massa de trabalhadores assalariados das indústrias (operariado). Para a burguesia, houve uma melhoria das condições de vida pelo surgimento de grande quantidade de mercadorias, que permitiram maior conforto (ferrovias, telégrafo, barcos a vapor). Por seu turno, o proletariado passou a conviver com uma situação dramática, resultante do processo de industrialização. Os artesãos foram expropriados e arruinados pelo novo modelo de produção, sendo conduzidos pela fome e miséria à proletarização. O regime rígido e extremamente disciplinador da fábrica obrigava homens, mulheres e até mesmo crianças a jornadas de trabalho que beiravam as dezoito horas por dia. Sem conforto, sujeitos a baixos salários, sem leis trabalhistas e pouco organizados inicialmente, os trabalhadores sofriam a profunda exploração de um capitalismo "selvagem" fundamentado na "mais valia". Em conseqüência dos problemas sociais gerados pela Revolução Industrial, começaram a surgir as primeiras Revolução Industrial– Difusão – A Revolução Industrial foi um processo exclusivo da Inglaterra durante o século XVIII e início do XIX. – A difusão da industrialização na Europa teve a seguinte seqüência: Bélgica, França, Alemanha, Itália. – A industrialização, retardada nesses países, é resultado de problemas de ordem econômica e política. – Fora da Europa tivemos, na segunda metade do século XIX, os EUA e o Japão. Revolução Industrial– Conseqüências – A Revolução Industrial provocou intensa urbanização, crescimento demográfico e proletarização dos artesãos. – As condições de vida e trabalho da classe trabalhadora eram desumanas. – Organização das primeiras Trade Unions e desenvolvimento do socialismo. file://D:\pages\3663.htm 10/8/2008 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Página 1 de 1 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Desde a época em que os primeiros colonizadores, provenientes da Inglaterra, chegaram à Virgínia e começaram a movimentar-se em direção ao oeste, esta foi uma nação imperial conquistadora. Paul Kennedy – Universidade de Yale O Nascimento de uma Nação Após derrotarem os ingleses na guerra de independência , os colonos americanos passaram a debater a formação de um país a partir das 13 colônias. Em 1787, foi aprovada a Constituição, dando origem à República dos Estados Unidos da América, de caráter federativo e presidencialista, estabelecendo a existência de três poderes independentes: executivo, legislativo e judiciário. O chefe do executivo seria o presidente da República, eleito para um mandato de quatro anos; duas casas formariam o legislativo, ou Congresso: a Câmara dos Representantes e o Senado. Uma Corte Suprema, composta por nove juízes indicados pelo presidente, decidiria os conflitos entre o Estados e entre estes e a União. Praticamente todos estes princípios constitucionais permaneceram inalterados até os dias atuais. Logo após a aprovação da Constituição, foram realizadas as eleições presidenciais, saindo vitorioso George Washington, rico proprietário rural da Virgínia e um dos líderes da guerra de independência. Washington governou o país de 1789 até 1797, portanto , dois mandatos. Em seu governo foram criados os partidos políticos: o Partido Federalista, formado por comerciantes, armadores e financistas, em sua maioria, do norte, e defensores do protecionismo alfandegário e da limitação popular em questões políticas, e o Partido Republicano Democrático, formado por pequenos proprietários e trabalhadores, defendendo o federalismo e maior participação popular, ampliando o sufrágio, pois nesta época o voto era censitário. Durante o governo do presidente James Madison, ocorreu aquilo que os americanos chamam de a Segunda Guerra da Independência. As razões do conflito com a Inglaterra vinham se arrastando e acumulando há muito tempo. Os ingleses – diziam os americanos – estavam armando os índios para que eles atacassem os americanos que estavam estabelecendo-se no noroeste, fronteira com o Canadá. Outro fator do conflito foi representado pela necessidade de a marinha inglesa ter marinheiros para a sua guerra contra Napoleão e, para file://D:\pages\3797.htm tal, apresava navios americanos e retirava deles a tripulação, usando-a em seus navios de guerra. Em vista da repetição continuada desses episódios, os Estados Unidos declararam guerra à Inglaterra. Foram dois anos de guerra, de 1812 a 1814. Os americanos venceram, mas tiveram a sua capital – Washington – invadida e incendiada pelos ingleses. Pela Paz de Gand a Inglaterra reconheceu a derrota. Essa guerra serviu para que a sociedade americana fortalecesse o patriotismo e a união entre os Estados. Durante a guerra, diminuíram as importações da Europa, favorecendo o crescimento manufatureiro dos Estados do norte, fazendo com que os empresários passassem a exigir cada vez mais em tarifas alfandegárias protecionistas. A Marcha para Oeste Na presidência de James Monroe (1817 – 1825), os partidos políticos, federalista e democrático, aproximaramse numa conciliação de interesses, pois o presidente, apesar de pertencer ao Partido Democrático, realizou uma política econômica do agrado dos federalistas, com altas tarifas alfandegárias e fortalecimento do Banco dos Estados Unidos. Esse período é conhecido como “a era dos bons sentimentos”. Na Europa, com a derrota de Napoleão Bonaparte, foi organizada a Santa Aliança, que elaborou a Doutrina da Legitimidade, qual seja, a defesa do retorno dos territórios ocupados por Napoleão durante as guerras dos seus países legítimos. Dessa forma, a Espanha teria o direito de recuperar as suas antigas colônias na América, agora países independentes. Adaptado de: Albuquerque, Manoel Maurício de et alii. Atlas histórico escolar. 8 ed. Rio de Janeiro, MEC, 1991. 10/8/2008 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Página 1 de 1 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX O presidente James Monroe, apoiado secretamente pela Inglaterra, que não queria se indispor com os países da Santa Aliança, fez um pronunciamento contra as tentativas de recolonização de qualquer país da América, surgindo, assim, a Doutrina Monroe, em 1823, sintetizada na frase “a América para os americanos”. Um pouco antes, os americanos já se expandiam em direção ao oeste, baseados na ideologia do “Destino Manifesto” . O primeiro grande passo para essa expansão foi a compra da Louisiana à França, durante o governo napoleônico, em 1803. Em seguida os Estados Unidos adquiriram a Flórida, em 1819, da Espanha e, depois , em 1853, o território de Gadsden, do México. Em 1867, também por meio da compra, foi adquirido da Rússia o Alasca. Porém, a expansão territorial não se limitou apenas à compra, mas também à conquista por ocupação e pela guerra. A população da costa atlântica aumentava continuamente pelos grupos de imigrantes e passou a se deslocar em direção ao oeste, onde havia terras férteis e baratas. Na primeira metade do século XIX, o governo vendia por um dólar o acre de terra. Caravanas de carroças passaram a se dirigir para oeste em levas sucessivas. Entretanto, passaram a encontrar a resistência dos índios que viam suas terras serem ocupadas pelos brancos, como também a mortalidade em massa de manadas de búfalos , fonte principal de sua alimentação. Com a utilização, pelos brancos, de armas de fogo, de artimanhas – como dar bebida alcoólica, armas de fogo aos índios e provocar guerras entre tribos – e o uso da cavalaria, os indígenas das planícies foram sendo pouco a pouco empurrados para as chamadas “reservas do Estado”. Os pioneiros, marchando cada vez mais para oeste, passaram a ocupar terras no México, que, inicialmente, não se preocupou muito, mas o aumento considerável de americanos ocupando cada vez mais terras levou as autoridades mexicanas a tentar barrar essa expansão. Os americanos entraram em conflito com o governo mexicano e proclamaram a República Independente do Texas, em 1836, que correspondia às terras ocupadas por eles. Enquanto isso, mais pioneiros chegavam e dirigiam-se para a Califórnia, também território mexicano. file://D:\pages\3798.htm A gravura mostra alguns dos principais pilares desenvolvidos a partir do século XIX e responsáveis pela sociedade americana: a caravana, a ferrovia, o telégrafo (repare nos postes ao longo da estrada), o trabalho e a escola. Em 1844, o presidente James Polk, interessado na anexação desses territórios, arranjou uma encrenca com o México, que serviu de pretexto para o início do conflito armado. A guerra durou dois anos (1846 a 1848) e o México foi derrotado. A paz foi firmada pelo Tratado de Guadalupe-Hidalgo de 1848, pelo qual os Estados Unidos tiveram o direito de anexar o Texas, a Califórnia e os territórios que deram origem aos atuais Estados de Nevada, Utah, Colorado, Arizona e Novo México; a fronteira entre os dois países passou a ser o rio Grande. Logo depois da guerra, os americanos descobriram ouro na Califórnia, desencadeando uma verdadeira “corrida ao ouro”. A população da região passou de 20 000 habitantes em 1848 para quase 400 000 em 1860. O Texas tornou-se um imenso criadouro de gado, abastecendo o norte e também exportando. Assim foi incentivada a construção de estradas de ferro, que seriam o meio utilizado para o transporte do gado, abandonandose dessa forma, aos poucos, o transporte por terra de imensas manadas, pelos cowboys. 10/8/2008 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Página 1 de 1 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Em 1862, foi promulgada a Lei de Cessão de Terras (Homestead Act), que dava 160 acres de terras ao cidadão que ocupasse e produzisse no espaço de cinco anos. A Guerra de Secessão A expansão para o oeste, o crescimento da indústria nos Estados do norte e o aumento da população devido à imigração alteraram profundamente as estruturas econômicas e sociais do país. Enquanto isso, os Estados do sul permaneciam com a sua economia baseada na plantation do algodão e com uma sociedade escravista e aristocratizada. A eleição de Abraham Linc oln tornou a guerra civil quase inevitável. Atrás de Lincoln v ê-se a bandeira da União, com 34 estrelas. Os nortistas luta ram sob esta bandeira durante a primeira metade da guerra. Isso porque Lincoln recusou-se a eliminar as estrelas que representavam os Estados do Sul. Com a vitória de Lincoln, a Carolina do Sul retirou-se da União, sendo seguida por mais dez Estados escravistas que, reunidos em assembléias, formaram os Estados Confederados da América, elegendo Jefferson Davis como presidente e a capital do novo país passou a ser Richmond, no Estado da Virgínia. Guerra da Secessão nos Estados Unidos Neste contexto, aumentavam as divergências: o norte desejava o fim do trabalho escravo e tarifas alfandegárias protecionistas, enquanto o sul brigava pela manutenção, e até ampliação para os territórios anexados, do trabalho escravo e a prática do liberalismo, ou seja, do livre-cambismo. Nas eleições de 1860, o Partido Democrático e o sul dividiram-se entre dois candidatos, possibilitando a vitória do Partido Republicano (formado, em 1854, por democratas dissidentes e federalistas), com o candidato Abraham Lincoln. A vitória teve, também, a colaboração da imensa massa de imigrantes naturalizados e de seus filhos, já cidadãos americanos. A plataforma de Lincoln compreendia a defesa de tarifas protecionistas e a manutenção da unidade nacional. file://D:\pages\3799.htm A Confede ração elegeu Jefferson Davis seu presidednte. Ex-solda do, Davis tentou conciliar os papéis de presidente e comandante militar. Assim, ele interferiu muitas vezes nas decisões de seu comando militar, inclusive recusando-se a demitir generais incompetenes. Isso foi desastroso para os sulistas. 10/8/2008 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Página 1 de 1 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX No dia 12 de abril de 1864, tropas confederadas atacaram o Forte Sumter, próximo à cidade de Charleston. Foi o início da guerra. Inicialmente os sulistas conseguiram algumas vitórias em virtude do elemento surpresa e, até certo ponto, de certa incompetência de alguns oficiais do norte. Mas, com o desenrolar da guerra, o norte foi obtendo vitórias sucessivas, graças a uma série de fatores: a população do norte era de 22 milhões de habitantes, enquanto a do sul era de 9 milhões; o norte possuía indústrias que produziam armamentos e navios – usados para fazer bloqueio no litoral, impedindo que o sul recebesse armas do exterior e exportasse seu algodão – enquanto o sul dependia de importações. Em 1863, durante o conflito, o presidente Lincoln assinou a lei, abolindo o trabalho escravo, desarticulando a produção sulista. Jefferson Davis, presidente do sul, afirmou sobre este ato: “… foi o ato mais execrável da história humana…”. Os sulistas combateram “até o último homem”, quando, em abril de 1865, o comandante do exército confederado Robert Lee rendeu-se em Appomatox diante do general Ulisses Grant, comandante do exército da União. Os Estados Unidos depois da Guerra de Secessão Terminada a guerra que provocou a morte de 600 000 pessoas, um número ainda maior de feridos e estropiados e a devastação de campos e cidades, teve início a recuperação do país, fase conhecida como “a Reconstrução”. Os Estados sulistas foram reintegrados à União, após reconhecerem a abolição da escravidão, e os negros passaram a ter direito ao voto, a partir da promulgação da Emenda XV feita à Constituição. Com a burguesia industrial do norte no poder, conhecida como os “barões gatunos”, os Estados Unidos tiveram um crescente desenvolvimento econômico, facilitado por tarifas protecionistas, contínuo afluxo de imigrantes aumentando o número de trabalhadores, capitais europeus aplicados na produção de aço e construção de file://D:\pages\3800.htm ferrovias, utilização do petróleo e da energia elétrica e imenso progresso das ciências, graças às invenções que se multiplicaram a cada dia. O mercado interno abastecido, os Estados Unidos, continuando a usar o Destino Manifesto, passaram a conquistar o mercado externo. Para isso, usaram suas forças armadas no intuito de “facilitar” a penetração de seus produtos nos mercados e, caso houvesse dificuldades, elas “convenceriam” os governos a aceitar a presença do imperialismo norte-americano. Assim foi em Cuba, na Nicarágua, em Porto Rico, Colômbia (de onde retiraram o Panamá, a fim de construírem o canal) e no Pacífico, onde dominaram o Havaí e as Filipinas. Por outro lado, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos faziam “sucesso” nesta nova etapa expansionista, em seu território crescia o racismo defendido pela KuKlux-Klan, sociedade secreta composta por sulistas racistas e raivosos, que espalhavam o terror e a segregação racial nos Estados do sul. Enquanto isso, nos Estados do norte e do leste, o operariado realizava as suas primeiras greves, que eram reprimidas violentamente. Uma dessas greves ficou famosa: no dia primeiro de maio de 1886, 350 000 operários suspenderam o trabalho e conseguiram a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. Porém, o fato que realmente marcou esse episódio foi a repressão sangrenta feita contra operários em Chicago, especialmente na fábrica de máquinas agrícolas Mc Cormick Harvester. Daí o 1º de maio passou a ser comemorado como o Dia do Trabalhador. 10/8/2008 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Página 1 de 1 Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX Resumo Em 1787, foi promulgada a Constituição dos Estados Unidos, estabelecendo um regime republicano presidencialista, com três poderes e voto censitário (mais tarde, tornado universal). Surgiram dois partidos políticos: o Federalista (mais tarde, Republicano) e o Democrático Republicano (tornou-se o Partido Democrata). Em 1812, houve a chamada Segunda Guerra de Independência, na qual os ingleses foram novamente derrotados, mas destruíram a cidade de Washington, que teve de ser reconstruída. A partir do governo do presidente James Monroe, responsável pela Doutrina Monroe, tomou ímpeto a expansão para o oeste, embasada na ideologia do Destino Manifesto. O maior prejudicado nesta expansão norte-americana foi o México, que perdeu grande parte de seu território para os Estados Unidos. Em 1861 começou a Guerra de Secessão entre o sul (agrário e escravista) e o norte (industrial e assalariado), terminando em 1865 com a vitória do norte. Após a guerra, houve a unificação do espaço econômico, a consolidação definitiva do capitalismo e o expansionismo imperialista. file://D:\pages\3801.htm 10/8/2008 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Página 1 de 1 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Introdução A independência dos Estados Unidos deve ser entendida como elemento integrante das contradições geradas pelo desenvolvimento do modo de produção capitalista, agora em sua fase industrial e as instituições do Antigo Regime. O absolutismo e o mercantilismo, especialmente um de seus pressupostos, o pacto colonial, estavam sendo criticados pela burguesia ascendente na Europa por meio do movimento denominado Iluminismo; os filósofos e os economistas criticavam severamente os entraves colocados pelo Antigo Regime ao livre desenvolvimento das forças produtivas. É nesse contexto de contradições que os colonos americanos, incentivados pelas idéias iluministas, passaram a lutar contra a opressão mercantilista colocada em prática pela Inglaterra. imposição ou proibição. Durante algum tempo, a Inglaterra não fez valer as práticas mercantilistas sobre as colônias como também não se preocupou muito com sua situação, voltando-se muito mais para outras regiões do mundo. Assim, os colonos norte-americanos gozaram por este período de relativa autonomia em relação à metrópole, o que provocou um certo clima de liberdade. Co mércio Triangular das colônias inglesas na Nova Ingla terra, pos sibilitando grande acumulação de capitais. Co mércio entre colonos e indígenas. Durante mais de um século, as colônias inglesas viveram com relativa autonomia política e ec onô mic a, reflexo da “negligência salutar”. A. Os Fatores da Independência Podemos considerar como os principais fatores da independência das treze colônias inglesas na América: a fácil penetração das idéias liberais do Iluminismo, a Guerra dos Sete Anos e as tentativas da Inglaterra de fortalecer o mercantilismo. Como as colônias foram povoadas por indivíduos que fugiam da falta de liberdade política e religiosa que reinou durante algum tempo na Inglaterra e em outras regiões da Europa, o espírito do colono norte-americano era contrário a qualquer tipo de file://D:\pages\2493.htm Após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a França, a Inglaterra viu-se desgastada financeiramente e, para recuperar o que havia gasto na guerra, resolveu taxar as colônias americanas. Promulgou a Lei do Açúcar e do Melaço, em 1764, que ordenava a captura dos navios que desrespeitassem o pagamento de uma taxa sobre cada galão de melaço. O descontentamento dos colonos aumentou ainda mais quando foi promulgada a Lei do Selo, em 1765, que exigia a selagem em documentos legais, contratos, jornais, livros e licenças. Os colonos protestaram argumentando que era um imposto interno e não externo, como era costume, e que fora um Parlamento, no qual não tinham representação, que votara a lei. Os colonos protestaram, declarando-se, porém, fiéis à Inglaterra e passaram a boicotar o comércio inglês em represália à Lei do Selo, conseguindo sua revogação. 31/7/2008 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Página 1 de 1 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Em 1767, com a ascensão de Charles Townshend ao cargo de primeiro-ministro, representante dos interesses dos comerciantes ingleses, foram baixadas as Leis Townshend, que se baseavam no princípio de que se os colonos não queriam pagar os impostos internos, então que pagassem os impostos externos. Novamente, os colonos americanos passaram a boicotar os produtos ingleses, conseguindo a abolição das Leis Townshend. Entretanto, a Inglaterra, em lugar das leis revogadas, baixou a Lei do Chá. Essa lei dava o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais, onde vários políticos ingleses tinham interesses econômicos. Assim, os colonos que faziam o transporte do chá diretamente das Índias para as colônias foram eliminados do comércio. A Lei do Chá provocou o Boston Tea Party: em dezembro de 1773, um grupo de colonos disfarçados de índios lançou ao mar mais de 300 caixas de chá enviadas pela Companhia das Índias Orientais, e que se achavam a bordo de navios ingleses. Como represália, o rei Jorge III promulgou as Leis Intoleráveis, que determinavam, entre outros aspectos, a nomeação do general Gage, comandante militar inglês da região, como novo governador; o porto de Boston ficaria interditado até o pagamento da indenização pelo chá jogado ao mar e estendia a fronteira do Canadá, fechando, conseqüentemente, o acesso dos colonos americanos ao noroeste do continente. Opondo-se frontalmente às Leis Intoleráveis, os colonos americanos reuniram-se no Primeiro Congresso de Filadélfia, em 1774, no qual proclamaram a igualdade de direitos entre eles e os ingleses da metrópole. As tropas inglesas, tomando conhecimento de que os colonos estavam armazenando armas em depósitos perto de Boston, resolveram prender os responsáveis e apoderarse do armamento, o que provocou pequenos choques armados, com a morte de alguns ingleses. Isto foi o estopim para o início da Guerra da Independência. B. A Guerra da Independência Em abril de 1775, os colonos americanos resolveram reunir-se outra vez, apresentando agora um novo caráter: a separação definitiva entre as colônias e a Inglaterra; o Segundo Congresso de Filadélfia nomeou George Washington como comandante das forças americanas e Thomas Jefferson ficou encarregado de redigir a Declaração de Independência, que também continha uma Declaração dos Direitos Humanos. Esse file://D:\pages\2494.htm documento foi promulgado e publicado em 4 de julho de 1776, tendo a colaboração de John Dickinson, Samuel Adams, Roger Sherman e outros. Elab oração da Declaração da Independência, durante o S egundo Congress o da Filadélfia, em 4 de julho de 1776. A tomada do Forte Ticonderoga, ainda em 1775, pelos colonos americanos, marcou o início da Guerra da Independência contra os ingleses. Em outubro de 1777, os americanos obtiveram uma grande vitória em Saratoga, o que permitiu a Benjamin Franklin conseguir o apoio da França e da Espanha na luta contra os ingleses. O marquês de La Fayette e o general Rochambeau desembarcaram nas colônias liderando seis mil soldados a fim de ajudar os colonos em sua luta contra os ingleses. A França e a Espanha ajudaram os colonos com o intuito de enfraquecer a poderosa Inglaterra, que tinha a supremacia econômica e política em quase todo o mundo, graças à sua marinha que ocupava os sete mares. Em Yorktown, a 17 de outubro de 1781, os ingleses foram definitivamente derrotados. Com o tratado de Versalhes, feito em 1783, ficava reconhecida a independência dos Estados Unidos: a Inglaterra cedia à França o Senegal e algumas ilhas das Antilhas, e a Espanha recebia a Ilha de Minorca e a região da Flórida. C. O Surgimento dos Estados Unidos da América Finalmente em 1787 foi promulgada a primeira Constituição dos Estados Unidos. Determinava o regime republicano presidencialista e a divisão de poderes, denotando a influência da teoria de Montesquieu. Nessa 31/7/2008 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Página 1 de 1 Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos Constituição mantiveram-se algumas restrições como, por exemplo, o voto censitário (uma vez que para se obter o direito de voto era necessário possuir alguma propriedade) e a escravidão. Isso reflete a hegemonia política dos latifundiários do Sul após o processo de independência. Resumo A Independência dos Estados Unidos marcou o início da Era das Revoluções, responsável pela consolidação do capitalismo e pelas independências das colônias ibéricas. Entre as suas causas destacam-se a influência do Iluminismo, a Guerra dos Sete Anos e as tentativas da Inglaterra em reforçar as práticas mercantilistas sobre as treze colônias, como a Lei do Selo e a Questão do Chá, por exemplo. No Segundo Congresso de Filadélfia, foi promulgada a Declaração de Independência (4 – 7– 1776). A guerra da independência terminou em 17 de outubro de 1781, com a derrota dos ingleses na batalha de Yorktown. Em 1787, foi promulgada a Constituição, dando origem aos Estados Unidos da América. file://D:\pages\2495.htm 31/7/2008