8 ano

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Módulo 35. Socialismo
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Módulo 35. Socialismo
Introdução
Juntamente com as grandes alterações conjunturais e
estruturais nos planos econômico, político e social que
marcaram a virada do século XVIII para o século XIX,
originaram-se pensamentos e teorias que procuravam,
por uma vertente, justificar e regulamentar a ordem
burguesa estabelecida e, por outra, reformá-la ou
condená-la. Dessa forma, tivemos a elaboração das
doutrinas liberais e das teorias socialistas, inaugurando a
história da ciência da economia política.
As Correntes Socialistas
A crescente organização e reação operária aos resultados
mais gerais da Revolução Industrial fizeram surgir críticos
ao capitalismo selvagem que estava apoiado na
exploração do capital sobre o trabalho. Buscando novas
formulações sociais e a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária, surgiram os teóricos socialistas,
que se dividiram em grupos distintos: os socialistas
utópicos, os anarquistas e os socialistas científicos ou
marxistas.
As primeiras idéias socialistas no final do século XVIII e
início do século XIX, sobretudo na França e Inglaterra,
constituíram o socialismo utópico, assim chamado por
acreditar na possibilidade de alcançar uma organização
social de caráter comunista sem a "luta de classes",
através de reformas graduais e pacíficas. Os principais
socialistas utópicos foram os franceses: conde Henrique
de Saint-Simon (1760-1825), o filho de comerciante,
Charles Fourier (1772-1837) e o inglês Robert Owen,
artesão que viveu de 1771 a 1858 e conhecia em
profundidade a situação do proletariado.
Os socialistas utópicos tiveram seguidores entre alguns
dos principais líderes e organizadores de entidades
trabalhistas e movimentos proletários, tais como Augusto
Blanqui, Luís Blanc e Proudhon, o qual, por seu turno,
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deu uma importante contribuição para a elaboração das
teses socialistas do seu tempo.
Por volta do final de 1848, o pensamento socialista
adquiriu mais clareza e vigor nas suas formulações
teóricas, tanto no que dizia respeito às críticas à
burguesia vencedora e ao capitalismo selvagem
dominante, como também às propostas de organização
da sociedade comunista que deveria emergir,
necessariamente, da "luta de classes" e da "ditadura do
proletariado". Surgiu então o socialismo científico, cujos
mais expressivos exemplos foram seus idealizadores: Karl
Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895).
Karl Marx e Friedrich Engels foram os teóricos e
organizadores do movimento operário. Os principais
resultados de suas obras e atuações no plano
revolucionário foram constatados historicamente apenas
nos movimentos de libertação do século XX. Contudo,
mesmo no século XIX, os dois pensadores alemães
participaram da organização da "Liga Comunista" (1847) e
acompanharam de perto os movimentos revolucionários
europeus de 1848.
Por volta da segunda metade do século XIX, o socialismo
científico, pela atuação de Marx e Engels, permitiu ao
proletariado a organização da sua primeira associação
internacional: a "Associação Internacional dos
Trabalhadores" (I Internacional), fundada em Londres
(1864).
Sem sombra de dúvida, a obra mais importante de Marx e
a base do socialismo científico é O capital, em que faz a
crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa, como
também estabelece os princípios básicos da análise
marxista. Porém, historicamente, o "Manifesto
Comunista" (1848), publicado por Marx e auxiliado por
Engels, conclamando o proletariado à luta pelo
socialismo, teve singular significado para os movimentos
operários do século XIX, tal como a Comuna de Paris
(1871).
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Módulo 35. Socialismo
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Outra das correntes ideológicas de cunho socialista que
surgiam no século XIX foi o anarquismo, que pregava a
supressão de toda a forma de governo, defendendo a
liberdade na sua plenitude. Entre seus fundadores,
destaca-se Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Em sua
obra, O que é a propriedade, utilizou seus pressupostos
de socialista utópico para elaborar a crítica ao
capitalismo, enfatizando o respeito à pequena
propriedade e propondo a organização de cooperativas e
de instituições financeiras que concedessem empréstimos
sem juros aos empreendimentos produtivos, como
também crédito gratuito aos trabalhadores em geral. Ao
propor a implantação de uma sociedade sem classes,
livre da exploração selvagem do capital sobre o trabalho,
alcançar-se-ia uma sociedade de homens livres e iguais.
Proudhon propunha também a destruição do Estado e o
estabelecimento, no seu lugar, de uma República de
Pequenos Proprietários, estabelecendo assim os
princípios do anarquismo.
A Igreja Católica, buscando não ficar marginalizada do
movimento social, por intermédio de alguns setores mais
progressistas, defendeu a existência de uma Igreja mais
liberal, separada do Estado. Com isso, atraiu
simpatizantes, em especial no meio burguês, inquietado
pelo crescimento das organizações e movimentos
proletários de caráter socialista.
O resultado foi o avanço da doutrina social da Igreja, que
objetivava alcançar a justiça social por meio da
solidariedade cristã. A encíclica Rerum Novarum, do Papa
Leão XIII, foi o maior exemplo desse novo
posicionamento. Seguindo a mesma orientação acerca
das questões sociais, destacaram-se Pio XI
(Quadragesimo Anno), João XXIII (Mater et Magistra) e
Paulo VI (Populorum Progressio).
As idéias de Proudhon, apesar de terem um caráter, para
muitos, reformista, influenciaram Leon Tolstoi (1828-1910)
e, em especial, Mikhail Bakunin (1814-1876), que se
tornou o líder do anarquismo terrorista ao indicar a
violência como o caminho para atingir a sociedade sem
desigualdades e com a total abolição do Estado.
O anarquismo e o socialismo científico têm em comum o
objetivo final: alcançar o comunismo, estágio em que se
atingiria a sociedade sem classes e a supressão total da
exploração e do Estado. Contudo, para os seguidores de
Marx, antes desse estágio faz-se necessária uma etapa
intermediária socialista em que o Estado, baseado numa
"ditadura do proletariado", implantaria as medidas que,
com o seu desenvolvimento, culminariam no comunismo.
Por sua vez, para os anarquistas, tendo como objetivo
central a derrubada em definitivo do Estado, das classes
sociais, das tradições e instituições, o comunismo seria
instalado, de imediato, pelas reformas ou revoluções.
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Os pensadores socialistas Friedrich E ngels (à esque rda) e Karl Marx
Resumo
• As transformações socioeconômicas ocorridas na
Europa, ao longo dos séculos XVIII e XIX, cujo fator
principal foi a Revolução Industrial, foram as responsáveis
diretas pelo aparecimento do socialismo.
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• O socialismo teve precursores – os utópicos. Pregavam
a busca da igualdade social sem apresentar meios
práticos para atingi-la.
• O socialismo: seus maiores teóricos foram Karl Marx e
Engels, que defendiam a abolição da propriedade privada
dos meios de produção, buscando a igualdade social.
• Doutrina social da Igreja: o Papa Leão XIII com a
encíclica Rerum Novarum.
• O anarquismo (Proudhon, Bakunin, Tolstoi)
preconizando o fim do Estado, também conhecido como
“comunismo libertário”.
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Módulo 30. Revolução Industrial
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Módulo 30. Revolução Industrial
Por volta da segunda metade do século XVIII
, teve
início, na Inglaterra, um processo de desenvolvimento
industrial que se convencionou chamar de Revolução
Industrial. Esse conjunto acelerado de transformações
não deve ser compreendido apenas como uma revolução
técnica, mas, sobretudo, como o estabelecimento
definitivo do modo de produção capitalista.
A Revolução Industrial foi a etapa de complementação do
processo de transição, pois marcou o momento final do
processo de expropriação dos produtores diretos
(artesãos e pequenos proprietários), a partir daí
transformados em trabalhadores assalariados
(proletariado).
A burguesia passou à condição de classe detentora dos
meios de produção (máquinas).
influenciaram o pioneirismo inglês. A Revolução Inglesa
do século XVII, ao permitir à burguesia e a setores da
gentry alcançar o poder político, possibilitou a derrubada
dos vestígios e entraves feudais que persistiam na
sociedade e economia inglesas.
Os cercamentos intensificaram-se, promovendo e
garantindo a plena propriedade capitalista no campo, e
provocaram um grande êxodo rural em direção aos
centros urbanos, onde crescia a maquinofatura.
Podemos relacionar também os efeitos dos Atos de
Navegação, que permitiram aos ingleses o controle,
desde o século XVII, de grande parte dos mercados
mundiais. Nesse contexto de aumento dos mercados
ingleses, ficou evidente o limite da manufatura e a
crescente necessidade da mecanização da produção.
Fatores
Os fatores ou condições para a eclosão da Revolução
Industrial foram resultantes das transformações ocorridas
ao longo da Idade Moderna.
A acumulação de capital, gerada a partir do
desenvolvimento mercantil e da exploração dos mercados
coloniais, promoveu na Europa Moderna, e em especial
na Inglaterra, a formação de uma rica burguesia
interessada na intensificação dos investimentos no setor
de produção.
A existência de matérias-primas, caso, por exemplo, do
algodão produzido na América, incentivou o
aprimoramento do sistema maquinofatureiro, direcionado
para a produção de artigos de consumo de massa.
Dentro do processo de formação do sistema fabril, foi
fator fundamental a formação de um contingente de mãode-obra disponível. Esse grupo de trabalhadores foi
gerado a partir da expropriação das terras e das formas
artesanais de produção, que resultaram no forte processo
de urbanização e proletarização da massa.
Processo pré-industrial de fiação de lã, na Ingla te rra.
Outro fator de importância no processo da revolução foi a
existência de mercados consumidores. Gerados desde a
Revolução Comercial, foram condição básica para o
desenvolvimento fabril, pois contribuíram para a
reprodução do sistema e crescimento da produção que,
nesse momento, passou a determinar com seu ritmo a
ampliação dos mercados consumidores.
O berço da Revolução Industrial foi a Inglaterra, pois esta
nação se enquadrava por excelência nas condições
descritas anteriormente.
Além das condições gerais descritas, outros fatores
Máquina de fiar algodão James Hargreaves, 1764
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Ocorreu com isso novo descompasso, pois, agora,
produziam-se mais fios do que a demanda. A solução
surgiu no ano de 1785, com a invenção de E. Cartwright,
que criou o primeiro tear mecânico. Essa nova invenção
passou a exigir uma nova forma de energia, a qual foi
conseguida por James Watt com o aperfeiçoamento da
máquina a vapor. Essa solução marcou uma definitiva e
básica alteração: a substituição da força humana pela
força motriz, inicialmente marcada pela energia do vapor.
Máquina de fiar hidráulica Richard Ark wrigt, 1768
A Difusão da Industrialização
A Revolução Industrial, inicialmente, ficou restrita à
Inglaterra (século XVIII), mas, ao longo do século XIX,
expandiu-se pela Europa e por outras regiões do mundo.
O primeiro país a se industrializar na Europa, utilizando
basicamente capitais e técnicas inglesas, foi a Bélgica, a
partir de 1830.
Máquina a vapor James Watt, 1776-1782
A Evolução Técnica
O primeiro setor em que surgiram modificações que
levaram à maquinofatura foi o da produção têxtil. No ano
de 1733, John Kay inventou a lançadeira volante, o que
permitiu o aumento da capacidade de tecer, produzindo
um descompasso técnico, pois a produção da fiação não
conseguia atender à demanda.
Esse problema foi resolvido por James Hargreaves, com
a criação de uma máquina conhecida como spinningjenny, que acelerou a produção de fios para os teares.
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A França, por volta de 1850, após a Revolução Francesa
e um processo lento de evolução de suas pequenas
oficinas e manufaturas, começou o seu processo de
industrialização.
No ano de 1870, após concluir seu processo de
unificação, a Alemanha introduziu a maquinofatura num
processo marcado pela velocidade e liderança do Estado.
A Prússia comandou tanto o processo de unificação
política como a industrialização alemã (Via Prussiana).
Também, logo após o processo de unificação política, por
volta de 1870, teve início, no norte da Itália (Piemonte), o
processo italiano de mecanização.
Fora da Europa, a industrialização atingiu os Estados
Unidos e o Japão (final do século XIX).
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Módulo 30. Revolução Industrial
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Módulo 30. Revolução Industrial
No caso norte-americano, o processo deu-se
principalmente após a Guerra de Secessão (1861-65),
que integrou o país e permitiu a industrialização, em
especial no norte.
O Japão, ao final do século XIX, sob os efeitos da
Revolução Meiji, conseguiu a eliminação dos vestígios
feudais e, com forte influência do modelo alemão de
industrialização, promoveu suas mudanças estruturais.
Conseqüências
Os resultados
da Revolução Industrial foram
estruturais e de grande repercussão em todos os âmbitos
da História da civilização moderno-contemporânea.
As inovações técnicas promoveram o desenvolvimento da
produção em massa e a especialização ou divisão do
trabalho.
O capitalismo, até então baseado na circulação de
mercadorias e na acumulação primitiva de capitais, seria
superado pelo capitalismo industrial, cujos fundamentos
seriam a produção e a prática do liberalismo econômico.
O aumento demográfico deveu-se às transformações nas
técnicas agrícolas e à concentração urbana, resultantes
do êxodo rural (cercamentos). Nesse contexto, podemos
observar a crescente urbanização e o surgimento de
novos grupos e problemas sociais.
Revoltas Operárias.
Em 1811, explodiu um violento movimento liderado por
Ned Ludlam (movimento ludita), que espalhou o terror nos
centros industriais ingleses. Na década de 30 (século XIX)
surgiu o movimento swing, com intensa agitação nas
zonas rurais, associado ao movimento cartista, com forte
atuação nos centros urbanos.
A organização do movimento operário progrediu
lentamente a partir das Trade Unions e do
desenvolvimento do pensamento socialista ao longo do
século XIX.
Resumo
Revolução Industrial– Fatores
– Os fatores econômicos e sociais da Revolução Industrial
foram: mercado consumidor, matéria-prima e
disponibilidade de mão-de-obra (cercamentos).
– O controle do Estado pela burguesia (Revolução Inglesa
– século XVII).
Dentro dessa nova configuração social, podemos denotar
duas classes sociais predominantes: de um lado, a
burguesia industrial que passava a ocupar o papel de
classe dominante; e, do outro, o proletariado, formado
pela massa de trabalhadores assalariados das indústrias
(operariado).
Para a burguesia, houve uma melhoria das condições de
vida pelo surgimento de grande quantidade de
mercadorias, que permitiram maior conforto (ferrovias,
telégrafo, barcos a vapor).
Por seu turno, o proletariado passou a conviver com uma
situação dramática, resultante do processo de
industrialização. Os artesãos foram expropriados e
arruinados pelo novo modelo de produção, sendo
conduzidos pela fome e miséria à proletarização. O
regime rígido e extremamente disciplinador da fábrica
obrigava homens, mulheres e até mesmo crianças a
jornadas de trabalho que beiravam as dezoito horas por
dia. Sem conforto, sujeitos a baixos salários, sem leis
trabalhistas e pouco organizados inicialmente, os
trabalhadores sofriam a profunda exploração de um
capitalismo "selvagem" fundamentado na "mais valia". Em
conseqüência dos problemas sociais gerados pela
Revolução Industrial, começaram a surgir as primeiras
Revolução Industrial– Difusão
– A Revolução Industrial foi um processo exclusivo da
Inglaterra durante o século XVIII e início do XIX.
– A difusão da industrialização na Europa teve a seguinte
seqüência: Bélgica, França, Alemanha, Itália.
– A industrialização, retardada nesses países, é resultado
de problemas de ordem econômica e política.
– Fora da Europa tivemos, na segunda metade do século
XIX, os EUA e o Japão.
Revolução Industrial– Conseqüências
– A Revolução Industrial provocou intensa urbanização,
crescimento demográfico e proletarização dos artesãos.
– As condições de vida e trabalho da classe trabalhadora
eram desumanas.
– Organização das primeiras Trade Unions e
desenvolvimento do socialismo.
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
Desde a época em que os primeiros colonizadores,
provenientes da Inglaterra, chegaram à Virgínia e
começaram a movimentar-se em direção ao oeste, esta
foi uma nação imperial conquistadora.
Paul Kennedy – Universidade de Yale
O Nascimento de uma Nação
Após derrotarem os ingleses na guerra de
independência , os colonos americanos passaram a
debater a formação de um país a partir das 13 colônias.
Em 1787, foi aprovada a Constituição, dando origem à
República dos Estados Unidos da América, de caráter
federativo e presidencialista, estabelecendo a existência
de três poderes independentes: executivo, legislativo e
judiciário.
O chefe do executivo seria o presidente da República,
eleito para um mandato de quatro anos; duas casas
formariam o legislativo, ou Congresso: a Câmara dos
Representantes e o Senado. Uma Corte Suprema,
composta por nove juízes indicados pelo presidente,
decidiria os conflitos entre o Estados e entre estes e a
União. Praticamente todos estes princípios constitucionais
permaneceram inalterados até os dias atuais.
Logo após a aprovação da Constituição, foram realizadas
as eleições presidenciais, saindo vitorioso George
Washington, rico proprietário rural da Virgínia e um dos
líderes da guerra de independência. Washington
governou o país de 1789 até 1797, portanto , dois
mandatos.
Em seu governo foram criados os partidos políticos: o
Partido Federalista, formado por comerciantes, armadores
e financistas, em sua maioria, do norte, e defensores do
protecionismo alfandegário e da limitação popular em
questões políticas, e o Partido Republicano Democrático,
formado por pequenos proprietários e trabalhadores,
defendendo o federalismo e maior participação popular,
ampliando o sufrágio, pois nesta época o voto era
censitário.
Durante o governo do presidente James Madison, ocorreu
aquilo que os americanos chamam de a Segunda Guerra
da Independência. As razões do conflito com a Inglaterra
vinham se arrastando e acumulando há muito tempo. Os
ingleses – diziam os americanos – estavam armando os
índios para que eles atacassem os americanos que
estavam estabelecendo-se no noroeste, fronteira com o
Canadá. Outro fator do conflito foi representado pela
necessidade de a marinha inglesa ter marinheiros para a
sua guerra contra Napoleão e, para
file://D:\pages\3797.htm
tal, apresava navios americanos e retirava deles a
tripulação, usando-a em seus navios de guerra.
Em vista da repetição continuada desses episódios, os
Estados Unidos declararam guerra à Inglaterra. Foram
dois anos de guerra, de 1812 a 1814. Os americanos
venceram, mas tiveram a sua capital – Washington –
invadida e incendiada pelos ingleses. Pela Paz de Gand a
Inglaterra reconheceu a derrota.
Essa guerra serviu para que a sociedade americana
fortalecesse o patriotismo e a união entre os Estados.
Durante a guerra, diminuíram as importações da Europa,
favorecendo o crescimento manufatureiro dos Estados do
norte, fazendo com que os empresários passassem a
exigir cada vez mais em tarifas alfandegárias
protecionistas.
A Marcha para Oeste
Na presidência de James Monroe (1817 – 1825), os
partidos políticos, federalista e democrático, aproximaramse numa conciliação de interesses, pois o presidente,
apesar de pertencer ao Partido Democrático, realizou uma
política econômica do agrado dos federalistas, com altas
tarifas alfandegárias e fortalecimento do Banco dos
Estados Unidos. Esse período é conhecido como “a era
dos bons sentimentos”.
Na Europa, com a derrota de Napoleão Bonaparte, foi
organizada a Santa Aliança, que elaborou a Doutrina da
Legitimidade, qual seja, a defesa do retorno dos territórios
ocupados por Napoleão durante as guerras dos seus
países legítimos. Dessa forma, a Espanha teria o direito
de recuperar as suas antigas colônias na América, agora
países independentes.
Adaptado de: Albuquerque, Manoel Maurício de et
alii. Atlas histórico escolar. 8 ed. Rio de Janeiro, MEC,
1991.
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
O presidente James Monroe, apoiado secretamente pela
Inglaterra, que não queria se indispor com os países da
Santa Aliança, fez um pronunciamento contra as
tentativas de recolonização de qualquer país da América,
surgindo, assim, a Doutrina Monroe, em 1823, sintetizada
na frase “a América para os americanos”.
Um pouco antes, os americanos já se expandiam em
direção ao oeste, baseados na ideologia do “Destino
Manifesto”
. O primeiro grande passo para essa
expansão foi a compra da Louisiana à França, durante o
governo napoleônico, em 1803. Em seguida os Estados
Unidos adquiriram a Flórida, em 1819, da Espanha e,
depois , em 1853, o território de Gadsden, do México. Em
1867, também por meio da compra, foi adquirido da
Rússia o Alasca.
Porém, a expansão territorial não se limitou apenas à
compra, mas também à conquista por ocupação e pela
guerra.
A população da costa atlântica aumentava continuamente
pelos grupos de imigrantes e passou a se deslocar em
direção ao oeste, onde havia terras férteis e baratas. Na
primeira metade do século XIX, o governo vendia por um
dólar o acre de terra.
Caravanas de carroças passaram a se dirigir para oeste
em levas sucessivas. Entretanto, passaram a encontrar a
resistência dos índios que viam suas terras serem
ocupadas pelos brancos, como também a mortalidade em
massa de manadas de búfalos
, fonte principal de
sua alimentação. Com a utilização, pelos brancos, de
armas de fogo, de artimanhas – como dar bebida
alcoólica, armas de fogo aos índios e provocar guerras
entre tribos – e o uso da cavalaria, os indígenas das
planícies foram sendo pouco a pouco empurrados para as
chamadas “reservas do Estado”.
Os pioneiros, marchando cada vez mais para oeste,
passaram a ocupar terras no México, que, inicialmente,
não se preocupou muito, mas o aumento considerável de
americanos ocupando cada vez mais terras levou as
autoridades mexicanas a tentar barrar essa expansão. Os
americanos entraram em conflito com o governo
mexicano e proclamaram a República Independente do
Texas, em 1836, que correspondia às terras ocupadas
por eles. Enquanto isso, mais pioneiros chegavam e
dirigiam-se para a Califórnia, também território mexicano.
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A gravura mostra alguns dos principais pilares
desenvolvidos a partir do século XIX e responsáveis
pela sociedade americana: a caravana, a ferrovia, o
telégrafo (repare nos postes ao longo da estrada), o
trabalho e a escola.
Em 1844, o presidente James Polk, interessado na
anexação desses territórios, arranjou uma encrenca com
o México, que serviu de pretexto para o início do conflito
armado. A guerra durou dois anos (1846 a 1848) e o
México foi derrotado. A paz foi firmada pelo Tratado de
Guadalupe-Hidalgo de 1848, pelo qual os Estados Unidos
tiveram o direito de anexar o Texas, a Califórnia e os
territórios que deram origem aos atuais Estados de
Nevada, Utah, Colorado, Arizona e Novo México; a
fronteira entre os dois países passou a ser o rio Grande.
Logo depois da guerra, os americanos descobriram ouro
na Califórnia, desencadeando uma verdadeira “corrida ao
ouro”. A população da região passou de 20 000
habitantes em 1848 para quase 400 000 em 1860.
O Texas tornou-se um imenso criadouro de gado,
abastecendo o norte e também exportando. Assim foi
incentivada a construção de estradas de ferro, que seriam
o meio utilizado para o transporte do gado, abandonandose dessa forma, aos poucos, o transporte por terra de
imensas manadas, pelos cowboys.
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
Em 1862, foi promulgada a Lei de Cessão de Terras
(Homestead Act), que dava 160 acres de terras ao
cidadão que ocupasse e produzisse no espaço de cinco
anos.
A Guerra de Secessão
A expansão para o oeste, o crescimento da indústria nos
Estados do norte e o aumento da população devido à
imigração alteraram profundamente as estruturas
econômicas e sociais do país. Enquanto isso, os Estados
do sul permaneciam com a sua economia baseada na
plantation do algodão e com uma sociedade escravista e
aristocratizada.
A eleição de Abraham Linc oln tornou a guerra civil quase inevitável. Atrás
de Lincoln v ê-se a bandeira da União, com 34 estrelas. Os nortistas
luta ram sob esta bandeira durante a primeira metade da guerra. Isso
porque Lincoln recusou-se a eliminar as estrelas que representavam os
Estados do Sul.
Com a vitória de Lincoln, a Carolina do Sul retirou-se da
União, sendo seguida por mais dez Estados escravistas
que, reunidos em assembléias, formaram os Estados
Confederados da América, elegendo Jefferson Davis
como presidente e a capital do novo país passou a ser
Richmond, no Estado da Virgínia.
Guerra da Secessão nos Estados Unidos
Neste contexto, aumentavam as divergências: o norte
desejava o fim do trabalho escravo
e tarifas
alfandegárias protecionistas, enquanto o sul brigava pela
manutenção, e até ampliação para os territórios
anexados, do trabalho escravo e a prática do liberalismo,
ou seja, do livre-cambismo.
Nas eleições de 1860, o Partido Democrático e o sul
dividiram-se entre dois candidatos, possibilitando a vitória
do Partido Republicano (formado, em 1854, por
democratas dissidentes e federalistas), com o candidato
Abraham Lincoln. A vitória teve, também, a colaboração
da imensa massa de imigrantes naturalizados e de seus
filhos, já cidadãos americanos.
A plataforma de Lincoln compreendia a defesa de tarifas
protecionistas e a manutenção da unidade nacional.
file://D:\pages\3799.htm
A Confede ração elegeu Jefferson Davis seu presidednte. Ex-solda do,
Davis tentou conciliar os papéis de presidente e comandante militar.
Assim, ele interferiu muitas vezes nas decisões de seu comando militar,
inclusive recusando-se a demitir generais incompetenes. Isso foi
desastroso para os sulistas.
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
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No dia 12 de abril de 1864, tropas confederadas atacaram
o Forte Sumter, próximo à cidade de Charleston. Foi o
início da guerra. Inicialmente os sulistas conseguiram
algumas vitórias em virtude do elemento surpresa e, até
certo ponto, de certa incompetência de alguns oficiais do
norte. Mas, com o desenrolar da guerra, o norte foi
obtendo vitórias sucessivas, graças a uma série de
fatores: a população do norte era de 22 milhões de
habitantes, enquanto a do sul era de 9 milhões; o norte
possuía indústrias que produziam armamentos e navios –
usados para fazer bloqueio no litoral, impedindo que o sul
recebesse armas do exterior e exportasse seu algodão –
enquanto o sul dependia de importações.
Em 1863, durante o conflito, o presidente Lincoln assinou
a lei, abolindo o trabalho escravo, desarticulando a
produção sulista. Jefferson Davis, presidente do sul,
afirmou sobre este ato: “… foi o ato mais execrável da
história humana…”. Os sulistas combateram “até o último
homem”, quando, em abril de 1865, o comandante do
exército confederado Robert Lee rendeu-se em
Appomatox diante do general Ulisses Grant, comandante
do exército da União.
Os Estados Unidos depois da Guerra de
Secessão
Terminada a guerra que provocou a morte de 600 000
pessoas, um número ainda maior de feridos e estropiados
e a devastação de campos e cidades, teve início a
recuperação do país, fase conhecida como “a
Reconstrução”. Os Estados sulistas foram reintegrados à
União, após reconhecerem a abolição da escravidão, e os
negros passaram a ter direito ao voto, a partir da
promulgação da Emenda XV feita à Constituição.
Com a burguesia industrial do norte no poder, conhecida
como os “barões gatunos”, os Estados Unidos tiveram um
crescente desenvolvimento econômico, facilitado por
tarifas protecionistas, contínuo afluxo de imigrantes
aumentando o número de trabalhadores, capitais
europeus aplicados na produção de aço e construção de
file://D:\pages\3800.htm
ferrovias, utilização do petróleo e da energia elétrica e
imenso progresso das ciências, graças às invenções que
se multiplicaram a cada dia.
O mercado interno abastecido, os Estados Unidos,
continuando a usar o Destino Manifesto, passaram a
conquistar o mercado externo. Para isso, usaram suas
forças armadas no intuito de “facilitar” a penetração de
seus produtos nos mercados e, caso houvesse
dificuldades, elas “convenceriam” os governos a aceitar a
presença do imperialismo norte-americano. Assim foi em
Cuba, na Nicarágua, em Porto Rico, Colômbia (de onde
retiraram o Panamá, a fim de construírem o canal) e no
Pacífico, onde dominaram o Havaí e as Filipinas.
Por outro lado, ao mesmo tempo em que os Estados
Unidos faziam “sucesso” nesta nova etapa expansionista,
em seu território crescia o racismo defendido pela KuKlux-Klan, sociedade secreta composta por sulistas
racistas e raivosos, que espalhavam o terror e a
segregação racial nos Estados do sul. Enquanto isso, nos
Estados do norte e do leste, o operariado realizava as
suas primeiras greves, que eram reprimidas
violentamente. Uma dessas greves ficou famosa: no dia
primeiro de maio de 1886, 350 000 operários
suspenderam o trabalho e conseguiram a redução da
jornada de trabalho para oito horas diárias. Porém, o fato
que realmente marcou esse episódio foi a repressão
sangrenta feita contra operários em Chicago,
especialmente na fábrica de máquinas agrícolas Mc
Cormick Harvester. Daí o 1º de maio passou a ser
comemorado como o Dia do Trabalhador.
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
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Módulo 32. Os Estados Unidos no Século XIX
Resumo
Em 1787, foi promulgada a Constituição dos Estados
Unidos, estabelecendo um regime republicano
presidencialista, com três poderes e voto censitário (mais
tarde, tornado universal). Surgiram dois partidos políticos:
o Federalista (mais tarde, Republicano) e o Democrático
Republicano (tornou-se o Partido Democrata).
Em 1812, houve a chamada Segunda Guerra de
Independência, na qual os ingleses foram novamente
derrotados, mas destruíram a cidade de Washington, que
teve de ser reconstruída.
A partir do governo do presidente James Monroe,
responsável pela Doutrina Monroe, tomou ímpeto a
expansão para o oeste, embasada na ideologia do
Destino Manifesto. O maior prejudicado nesta expansão
norte-americana foi o México, que perdeu grande parte de
seu território para os Estados Unidos.
Em 1861 começou a Guerra de Secessão entre o sul
(agrário e escravista) e o norte (industrial e assalariado),
terminando em 1865 com a vitória do norte. Após a
guerra, houve a unificação do espaço econômico, a
consolidação definitiva do capitalismo e o expansionismo
imperialista.
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
Introdução
A independência dos Estados Unidos deve ser entendida
como elemento integrante das contradições geradas pelo
desenvolvimento do modo de produção capitalista, agora
em sua fase industrial e as instituições do Antigo Regime.
O absolutismo e o mercantilismo, especialmente um de
seus pressupostos, o pacto colonial, estavam sendo
criticados pela burguesia ascendente na Europa por meio
do movimento denominado Iluminismo; os filósofos e os
economistas criticavam severamente os entraves
colocados pelo Antigo Regime ao livre desenvolvimento
das forças produtivas. É nesse contexto de contradições
que os colonos americanos, incentivados pelas idéias
iluministas, passaram a lutar contra a opressão
mercantilista colocada em prática pela Inglaterra.
imposição ou proibição. Durante algum tempo, a
Inglaterra não fez valer as práticas mercantilistas sobre as
colônias como também não se preocupou muito com sua
situação, voltando-se muito mais para outras regiões do
mundo. Assim, os colonos norte-americanos gozaram por
este período de relativa autonomia em relação à
metrópole, o que provocou um certo clima de liberdade.
Co mércio Triangular das colônias inglesas na Nova Ingla terra,
pos sibilitando grande acumulação de capitais.
Co mércio entre colonos e indígenas. Durante mais de um século, as
colônias inglesas viveram com relativa autonomia política e ec onô mic a,
reflexo da “negligência salutar”.
A. Os Fatores da Independência
Podemos considerar como os principais fatores da
independência das treze colônias inglesas na América: a
fácil penetração das idéias liberais do Iluminismo, a
Guerra dos Sete Anos e as tentativas da Inglaterra de
fortalecer o mercantilismo. Como as colônias foram
povoadas por indivíduos que fugiam da falta de liberdade
política e religiosa que reinou durante algum tempo na
Inglaterra e em outras regiões da Europa, o espírito do
colono norte-americano era contrário a qualquer tipo de
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Após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a
França, a Inglaterra viu-se desgastada financeiramente e,
para recuperar o que havia gasto na guerra, resolveu
taxar as colônias americanas. Promulgou a Lei do Açúcar
e do Melaço, em 1764, que ordenava a captura dos
navios que desrespeitassem o pagamento de uma taxa
sobre cada galão de melaço. O descontentamento dos
colonos aumentou ainda mais quando foi promulgada a
Lei do Selo, em 1765, que exigia a selagem em
documentos legais, contratos, jornais, livros e licenças. Os
colonos protestaram argumentando que era um imposto
interno e não externo, como era costume, e que fora um
Parlamento, no qual não tinham representação, que
votara a lei. Os colonos protestaram, declarando-se,
porém, fiéis à Inglaterra e passaram a boicotar o comércio
inglês em represália à Lei do Selo, conseguindo sua
revogação.
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
Em 1767, com a ascensão de Charles Townshend ao
cargo de primeiro-ministro, representante dos interesses
dos comerciantes ingleses, foram baixadas as Leis
Townshend, que se baseavam no princípio de que se os
colonos não queriam pagar os impostos internos, então
que pagassem os impostos externos. Novamente, os
colonos americanos passaram a boicotar os produtos
ingleses, conseguindo a abolição das Leis Townshend.
Entretanto, a Inglaterra, em lugar das leis revogadas,
baixou a Lei do Chá. Essa lei dava o monopólio do
comércio do chá à Companhia das Índias
Orientais, onde vários políticos ingleses tinham interesses
econômicos. Assim, os colonos que faziam o transporte
do chá diretamente das Índias para as colônias foram
eliminados do comércio.
A Lei do Chá provocou o Boston Tea Party: em dezembro
de 1773, um grupo de colonos disfarçados de índios
lançou ao mar mais de 300 caixas de chá enviadas pela
Companhia das Índias Orientais, e que se achavam a
bordo de navios ingleses. Como represália, o rei Jorge III
promulgou as Leis Intoleráveis, que determinavam, entre
outros aspectos, a nomeação do general Gage,
comandante militar inglês da região, como novo
governador; o porto de Boston ficaria interditado até o
pagamento da indenização pelo chá jogado ao mar e
estendia a fronteira do Canadá, fechando,
conseqüentemente, o acesso dos colonos americanos ao
noroeste do continente.
Opondo-se frontalmente às Leis Intoleráveis, os colonos
americanos reuniram-se no Primeiro Congresso de
Filadélfia, em 1774, no qual proclamaram a igualdade de
direitos entre eles e os ingleses da metrópole. As tropas
inglesas, tomando conhecimento de que os colonos
estavam armazenando armas em depósitos perto de
Boston, resolveram prender os responsáveis e apoderarse do armamento, o que provocou pequenos choques
armados, com a morte de alguns ingleses. Isto foi o
estopim para o início da Guerra da Independência.
B. A Guerra da Independência
Em abril de 1775, os colonos americanos resolveram
reunir-se outra vez, apresentando agora um novo caráter:
a separação definitiva entre as colônias e a Inglaterra; o
Segundo Congresso de Filadélfia nomeou George
Washington como comandante das forças americanas e
Thomas Jefferson ficou encarregado de redigir a
Declaração de Independência, que também continha uma
Declaração dos Direitos Humanos. Esse
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documento foi promulgado e publicado em 4 de julho de
1776, tendo a colaboração de John Dickinson, Samuel
Adams, Roger Sherman e outros.
Elab oração da Declaração da Independência, durante o S egundo
Congress o da Filadélfia, em 4 de julho de 1776.
A tomada do Forte Ticonderoga, ainda em 1775, pelos
colonos americanos, marcou o início da Guerra da
Independência contra os ingleses. Em outubro de 1777,
os americanos obtiveram uma grande vitória em
Saratoga, o que permitiu a Benjamin Franklin conseguir o
apoio da França e da Espanha na luta contra os ingleses.
O marquês de La Fayette e o general Rochambeau
desembarcaram nas colônias liderando seis mil soldados
a fim de ajudar os colonos em sua luta contra os ingleses.
A França e a Espanha ajudaram os colonos com o intuito
de enfraquecer a poderosa Inglaterra, que tinha a
supremacia econômica e política em quase todo o mundo,
graças à sua marinha que ocupava os sete mares.
Em Yorktown, a 17 de outubro de 1781, os ingleses foram
definitivamente derrotados. Com o tratado de Versalhes,
feito em 1783, ficava reconhecida a independência dos
Estados Unidos: a Inglaterra cedia à França o Senegal e
algumas ilhas das Antilhas, e a Espanha recebia a Ilha de
Minorca e a região da Flórida.
C. O Surgimento dos Estados Unidos da América
Finalmente em 1787 foi promulgada a primeira
Constituição dos Estados Unidos. Determinava o regime
republicano presidencialista e a divisão de poderes,
denotando a influência da teoria de Montesquieu. Nessa
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
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Módulo 19. A Independência dos Estados Unidos
Constituição mantiveram-se algumas restrições como, por
exemplo, o voto censitário (uma vez que para se obter o
direito de voto era necessário possuir alguma
propriedade) e a escravidão. Isso reflete a hegemonia
política dos latifundiários do Sul após o processo de
independência.
Resumo
A Independência dos Estados Unidos marcou o início da
Era das Revoluções, responsável pela consolidação do
capitalismo e pelas independências das colônias ibéricas.
Entre as suas causas destacam-se a influência do
Iluminismo, a Guerra dos Sete Anos e as tentativas da
Inglaterra em reforçar as práticas mercantilistas sobre as
treze colônias, como a Lei do Selo e a Questão do Chá,
por exemplo.
No Segundo Congresso de Filadélfia, foi promulgada a
Declaração de Independência (4 – 7– 1776).
A guerra da independência terminou em 17 de outubro de
1781, com a derrota dos ingleses na batalha de Yorktown.
Em 1787, foi promulgada a Constituição, dando origem
aos Estados Unidos da América.
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