Visualização do documento texto cárie.doc (27 KB) Baixar TEXTO : A CÁRIE Adaptação do texto de Cristina Leite Carvalho A cárie é uma doença transmissível e infecciosa que ataca os dentes resultando na destruição localizada dos tecidos dentários. Como acontece em relação à toda doença infecciosa, um fator imprescindível para o seu aparecimento, mas não suficiente, é a presença de agentes infecciosos específicos. No caso da cárie, uma série de bactérias podem ser consideradas como agentes causadores. Seu caráter transmissível, quer dizer, a capacidade de ser transmitida desde um organismo doente para um outro organismo até então sadio, foi comprovado por meio de pesquisas com animais de laboratório. Mais recentemente, demonstrou-se o caráter infectocontagioso da doença em seres humanos, quando se comprovou que as mães são importantes fontes de transmissão de microorganismos que provocam cárie para os seus filhos. Fatores associados ao aparecimento da cárie A cárie é uma doença multifatorial, ou seja, é necessário a presença de uma série de fatores interligados para o seu desenvolvimento. Em linhas gerais, seguindo um modelo clássico aplicável à explicação de doenças transmissíveis, esses fatores podem ser agrupados em três categorias: fatores do hospedeiro (dente e saliva), fatores ligados ao ambiente (tipo de alimentação) e os microorganismos ou agentes infecciosos presentes na placa dental bacteriana. Para que a doença cárie ocorra, esses fatores devem atuar em condições favoráveis ao seu desenvolvimento: é necessária, em primeiro lugar, a existência dos dentes na boca, a presença de microorganismos cariogênicos na placa bacteriana, e uma dieta rica em carboidratos (açúcares), interagindo durante um certo período de TEMPO, que pode variar entre meses e anos, para produzir as lesões de cárie. Essas lesões, também chamadas de cavidades, são os sinais visíveis da doença e podem variar de tamanho, desde lesões muito pequeninas na superfície do esmalte que só podem ser vistas por meio de microscópios, até a destruição total do esmalte, se não forem devidamente tratadas. Fatores relacionados com a presença da placa dental bacteriana As cáries não podem desenvolver-se sem a presença das bactérias aderidas às superfícies dos dentes. Essas bactérias, quando na presença de nutrientes adequados (principalmente os açúcares), produzem ácidos capazes de dissolver os tecidos dentais e, como conseqüência, iniciam o processo de cárie. Entretanto, a simples presença da placa não é o bastante, sendo necessária a interação de muitos outros fatores para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Em relação aos fatores da placa bacteriana podemos dizer que, mais do que a quantidade de micoorganismos acumulados na mesma, é a composição da sua flora (tipo de microorganismo) o fator mais importante para o desenvolvimento da cárie da cárie. Fatores relacionados com a dieta Os açúcares da dieta, também chamados de carboidratos, servem de alimento e de fonte de energia para as células bacterianas. Dessa forma, eles contribuem pelo menos de duas maneiras para a formação da cárie: por meio da produção de ácidos, seja diretamente a partir da presença de açúcar na boca e na saliva proveniente da alimentação, ou indiretamente por meio da produção de polissacarídeos (reservas alimentares) que ficam armazenados na célula bacteriana para serem utilizados na falta de fontes externas de carboidratos fermentáveis, principalmente os açúcares. Os açúcares mais comuns da dieta humana são a sacarose (açúcar da cana refinado é o mais usado), frutose (açúcar das frutas), lactose (açúcar natural do leite) e a glicose (açúcar do mel). Todos eles podem ser usados como “alimento” (metabolizados) pelas bactérias bucais. Eles estão presentes nos mais variados tipos de alimentos, industrializados ou não, tais como doces, balas, sorvetes, sucos, refrigerantes, frutas, entre outros. A sacarose é, de longe, o açúcar mais utilizado pelo homem. Outros tipos de carboidratos, como o amido encontrado na batata, no pão e nos biscoitos em geral, também podem ser usados pelas bactérias bucais, resultando na produção de ácidos. Alguns substitutos dos açúcares usados nos dias atuais, como os adoçantes não calóricos (sacarina, ciclamato e aspartame) podem ser classificados como não cariogênicos. Outros substitutos, os adoçantes calóricos, como o sorbitol, são de baixa cariogenicidade ou não são cariogênicos como é o caso do xilitol (encontrado em algumas marcas de gomas de mascar). Os diversos tipos de carboidratos, quando facilmente fermentáveis, como a sacarose e a glicose, dependendo da quantidade em que estão presentes nos produtos alimentares, podem determinar um aumento na produção de ácidos pelas bactérias e consequentemente, aumento da cárie dentária. O TEMPO que o alimento fica retido na boca antes de ser removido pela escovação ou pela ação da saliva é outro fator importante para o aparecimento da cárie. Assim, alimentos pegajosos que ficam aderidos aos dentes por longos períodos podem ser considerados muito prejudiciais aos dentes. Em relação à dieta, a freqüência no consumo do açúcar é considerado o fator de maior peso na determinação da doença, ou seja, quanto mais freqüente for a ingestão de açúcares maior é o risco de cárie dentária. 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