gestão estratégica de pessoas através dos fatores motivacionais à

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08 e 09 de agosto de 2014
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS ATRAVÉS DOS FATORES
MOTIVACIONAIS À LUZ DA TEORIA DE HERZBERG: ESTUDO DE
CASO NO CEFET/RJ.
Monaliza da Silva Souza
(LATEC/UFF)
Júlio Vieira Neto (UFF)
(LATEC/UFF)
Marcelo de Sousa Nogueira
(CEFET)
Resumo
O presente estudo teve como propósito examinar, sob a perspectiva dos
servidores técnico-administrativos do Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ, se a teoria proposta por
Frederick Herzberg pode, mesmo após mais de 50 anos, auxiliar na
compreensão dos elementos que tornam o indivíduo mais propenso à
motivação ou não. As abordagens metodológicas propostas se baseiam em um
estudo qualiquantitativo, usando métodos de pesquisa exploratórios e como
meios de investigação a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso. A análise
dos resultados sustenta, em parte, a Teoria proposta, pois, de acordo com os
servidores pesquisados, quase todos os fatores que são mais valorizados foram
os chamados “motivacionais”, com exceção do fator “promoção”. Além disso,
o fator “relacionamento interpessoal”, – classificado como higiênico – foi
visto como um fator motivacional no CEFET/RJ, fato que contraria a Teoria
de Herzberg. Contudo, observou-se, que a classificação da Teoria pode
auxiliar os gestores do CEFET/RJ a criar ferramentas para melhoria do clima
organizacional e para a aplicação de uma Gestão Estratégica de Pessoas.
Palavras-Chave: Gestão Estratégica de Pessoas, Herzberg, Motivação,
Serviço Público Federal.
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1 INTRODUÇÃO
A gestão de pessoas em qualquer modelo institucional é um processo complexo,
considerando a diversidade humana. Contudo, quando uma instituição estabelece um projeto
de Gestão Estratégica de Recursos Humanos, e é capaz de pô-lo em prática com sucesso, pode
obter com isso inúmeros ganhos na melhoria da produtividade e na qualidade de seus
produtos e serviços garantindo, assim, uma vantagem competitiva sustentável no mercado.
As ferramentas capazes de fazer com que os funcionários possam produzir mais e
melhor estão relacionadas com a competência da instituição em motivá-los. Todavia, motivar
um indivíduo não é uma tarefa simples de se concretizar, pois é preciso identificar os
elementos que o impulsionam, algo que é absolutamente intrínseco, que está dentro de cada
um, ou seja, nasce das suas necessidades interiores (VERGARA, 2010).
Os administradores muitas das vezes confundem-se em suas estratégias e gerenciam as
necessidades básicas do trabalhador, aplicando somente programas de incentivos de estímulos
externos, acreditando, que assim, estão motivando seus colaboradores, quando muito estão
contribuindo para satisfazê-los ou não deixá-los insatisfeitos. De acordo com Marras (2003),
satisfazer o funcionário, é fundamentalmente diferente de motivar, porque, segundo o autor, o
trabalhador pode estar satisfeito, mas não necessariamente motivado.
A motivação é um fenômeno que diversos autores propuseram-se a estudar e tentaram
após exaustivas análises explicar o comportamento humano no intuito de ajudar aos gestores a
lidar com toda a complexidade que o ser humano representa neste ambiente. A partir desses
estudos formaram-se diversos questionamentos, que resultaram em diversas abordagens,
apresentadas por teorias, intuitivas ou dedutivas, na busca por suas resoluções.
Sob o ponto de vista da abrangência e do pioneirismo a Teoria das Hierarquias das
Necessidades de Maslow, a teoria das Expectativas de Vroom e a Teoria dos Dois Fatores de
Herzberg são as teorias que abordam a motivação humana que mais se destacam devido ao
impacto e influência que tiveram nas pesquisas sobre este tema (NAVARRO, 2009).
A importância da Teoria de Herzberg - base para este estudo - se deve ao fato de que
mesmo após mais de 50 anos da sua publicação é ainda extremamente relevante e suscita
diversas pesquisas emergentes, tanto no ramo da psicologia como da gestão empresarial. Estas
pesquisas destacam a adequação da teoria à realidade contemporânea e sua utilidade à
compreensão daquilo que impulsiona o indivíduo querer trabalhar mais em prol do sucesso da
organização.
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1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA
Este artigo responde a seguinte questão: A compreensão da motivação dos servidores
técnico-administrativos do CEFET/RJ através dos fatores apresentados pela Teoria de
Herzberg pode fornecer subsídios para que os gestores e tomadores da decisão estabeleçam
um planejamento estratégico visando o aumento da motivação de seus servidores?
1.2 OBJETIVO
Apresentar um estudo sobre a percepção dos técnicos-administrativos que não
possuem Função Gratificada (FG) ou Cargo de Direção (CD)1 do CEFET/RJ Unidade
Maracanã em relação à importância e utilização da Gestão Estratégica de Pessoas e dos
fatores higiênicos e motivacionais na Instituição, com base na Teoria de Herzberg.
Fornecendo subsídios para que os gestores possam estabelecer políticas e ações para criar um
ambiente motivador no trabalho visando melhorar a qualidade dos serviços prestados.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Neste tópico são apresentados os aspectos relevantes da revisão da literatura, fonte de
impacto direto sobre os estudos realizados. Na qual os assuntos de Gestão Estratégica de
Pessoas, Motivação e as principais Teorias Motivacionais, incluindo a Teoria de Herzberg –
fundamento da pesquisa - identificam os conceitos precípuos que serviram como base para a
construção do estudo de caso.
2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
A Gestão Estratégica de Pessoas (GEP) visa alinhar a gestão de pessoas ao
planejamento estratégico da organização, ou seja, definir as políticas e diretrizes em relação
1
Funções com retribuições pecuniárias de livre nomeação e exoneração pelo Diretor Geral, para exercer as
funções de chefes de departamentos e setores e de diretores da Instituição.
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ao setor de Recursos Humanos que serão úteis para aumentar a habilidade dos funcionários e,
consequentemente, da empresa (MARCONI, 2005), indo além da estreita tarefa de planejar,
selecionar, treinar e avaliar.
Teo e Crawford (2005) destacam que há três níveis de responsabilidade na
Administração de Recursos Humanos: a estratégica, a gerencial e a funcional ou operacional.
Para estes autores, a gerência de Recursos Humanos (RH) deve preocupar-se não somente
com as práticas pré-determinadas no nível operacional que certamente desempenham um
importante papel no progresso da organização no nível gerencial. Mas, os autores esclarecem
que além desse papel, as práticas de RH, devem ser ativamente envolvidas com o
desenvolvimento das estratégias do negócio (nível estratégico), adicionando valor a esta
importante função.
Assim, diferentemente da Administração de RH tradicional que ocorre no nível táticooperacional, a GEP está relacionada diretamente à cúpula da instituição e tem por objetivo
assessorá-la, de modo a alterar o perfil dos resultados. (MARRAS, 2003).
Para Lacombe e Tonelli (2001) esse modelo de gestão avalia o ambiente externo e
interno, reconhecendo o impacto que os profissionais envolvidos podem gerar, levando em
consideração que o principal recurso disponível a uma empresa é o capital humano.
2.1.1 Atuação da Gestão Estratégica de Pessoas no Setor Público
O Setor Público possui algumas peculiaridades que o distingue das empresas privadas
cujo principal foco, em sua grande maioria, se resume em obter um retorno financeiro
positivo.
Para Costin (2010) estas distinções faz-se presente no modelo de remuneração, de
contratação, de avaliação de desempenho, entre outros. Além disso, segundo Marconi (2005),
a falta de clareza nas políticas de Gestão de Pessoas (GP) e nas diretrizes aliada a pouca
tecnologia empregada no setor público ajudam a manter a imagem burocrática criada e faz
com que as atividades mais estratégicas sejam deixadas em segundo plano, limitando as
tarefas desempenhadas a rotina de um “departamento pessoal”.
Percebe-se que o modelo tradicional de GP ainda é utilizado na maioria das
organizações e a GEP é muito incipiente em suas estruturas, sejam elas públicas ou privadas
(MELLO E AMÂNCIO FILHO, 2010). Na administração pública federal, este
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posicionamento estratégico nas políticas e funções de RH ainda está em curso (SILVA E
MENESES, 2012).
Siqueira e Mendes (2009, p. 248) reconhecem que “o desenvolvimento da gestão de
pessoas no setor público é prioridade”, pois, segundo os autores, há a necessidade de
promover a motivação e rever o modelo de gestão aplicado.
Diante disso, é mister salientar que para alcançar os resultados positivos é preciso que
a gestão aprimore a composição e o perfil de suas respectivas forças de trabalho e que saiba
conjugar estrategicamente o lado humano com suas metas organizacionais buscando a
melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados (SIQUEIRA E MENDES, 2009).
2.2 MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Ao longo das últimas décadas muitos autores desenvolveram diversas teorias na busca
da compreensão do termo “motivação” e na definição dessa expressão. Contudo, os
entendimentos não apresentam uma única definição e muitos estudiosos do comportamento
humano têm publicado diversas pesquisas que ressaltam a importância desse fenômeno que
impulsiona cada indivíduo a reagir de maneira distinta aos diversos fatores organizacionais.
De acordo com Robbins (2000, p. 242):
Motivação é a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforço em
favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de
satisfazer alguma necessidade individual. A motivação geral está relacionada com
esforço em direção a alguma meta; [...].
Esta preocupação, de certa forma, sempre esteve presente entre os profissionais de
recursos humanos, nos mais variados ramos (SACHUK, 2002), mas atualmente, após a
manifestação de diversas dificuldades enfrentadas pelas empresas é que o tema vem ganhando
notoriedade (BERGAMINI, 2008).
Entretanto, há algumas divergências sobre esse tema, principalmente em relação a sua
natureza, onde alguns autores afirmam que a motivação ocorre através de fatores extrínsecos e
outros acreditam ser os fatores intrínsecos o seu principal propulsor. Para Vergara (2010) a
motivação é um fator intrínseco, ou seja, é um potencial interno de cada pessoa que o
impulsiona na direção de alguma coisa. Para essa autora (p. 42), “ninguém motiva ninguém”,
pensamento também compartilhado por Bergamini (2008, p. xii) quando diz que “nunca se
conseguiu motivar ninguém”.
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Rodriguez e Arruda (2012) acreditam que não é correto utilizar os fatores extrínsecos,
como a remuneração, para estimular o desempenho do funcionário, pois, segundo os autores,
existem interdependências entre as recompensa e os motivos não podem ser vistos de forma
isolada. Vergara (2010), afirma inclusive que a propulsão externa não é capaz de motivar
alguém, no mais é possível apenas estimular ou incentivar. A autora também diz que isto
ajuda a explicar porque algumas pessoas motivam-se por um determinado fator e outras não.
Em atenção a isso, a motivação no trabalho tem sido uma importante área de interesse
para os psicólogos,
pesquisadores e administradores (WRIGHT, 2001; PERRY,
HONDEGHEM E WISE, 2010), inclusive no âmbito da administração pública (PERRY E
WISE, 1990; ZHANG, YAO E CHEONG, 2011). Segundo Perry, Hondeghem e Wise (2010),
nas últimas duas décadas, as pesquisas sobre Motivação no Setor Público (MSP) tem crescido
significativamente e para Bright (2009), os recentes avanços no estudo deste campo tem
ajudado a relacionar a motivação no setor público às características demográficas, motivos,
produtividade, entre outras.
De acordo com Perry e Wise (1990), a preocupação com a qualidade e o conteúdo dos
serviços públicos é bastante antiga. Não obstante, as relações sociais ainda são moldadas
sobre estruturas e culturas burocráticas (PARK, 2012) e, por isso, apesar de existirem
organizações que apresentam excelente desempenho e altíssimo nível de qualidade em seus
serviços prestados, diversos autores ainda expõem os órgãos públicos com uma imagem
negativa que prestam serviços burocratizados e de fraco desempenho (RAINEY E
STEINBAUER, 1999).
A MSP pressupõe que os motivos originais encontrados nos funcionários públicos são
diferentes daqueles do setor privado (PERRY, HONDEGHEM E WISE, 2010), pois há a
preocupação em participar na elaboração das políticas públicas e de servir o interesse público
da sociedade (PERRY E WISE, 1990; HOUSTON, 2000; PERRY, HONDEGHEM E WISE,
2010).
Em consideração a essas afirmações, as estratégias capazes de motivar os funcionários
públicos devem dar atenção à diversidade e a complexidade da força de trabalho do setor
público, disponibilizando incentivos tangíveis, além de oferecer oportunidades aos
interessados nas motivações intrínsecamente relevantes, como o crescimento pessoal e
profissional do servidor, reconhecendo sua importância e sua contribuição para realização dos
objetivos organizacionais (BRIGHT, 2005; 2009).
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2.3 PRINCIPAIS TEORIAS MOTIVACIONAIS
As teorias motivacionais tem sido objeto de estudo por parte dos pesquisadores, uma
vez que estas teorias representam os posicionamentos e tendências do ambiente e o
conhecimento dessas teorias auxilia a sensibilização da administração em reconhecer a sua
funcionalidade “no processo de produção e no crescimento psicológico de seus recursos
humanos” (PEREZ-RAMOS, 1990, p. 138).
As primeiras teorias a respeito eram quase todas dominadas pelo pressuposto que os
únicos incentivos disponíveis aos gestores eram os monetários, porque se acreditava que só
assim era possível motivar os funcionários (SCHEIN, 2004). A partir de então diversas teorias
motivacionais foram abordadas e aprimoradas, sendo o conhecimento destas de extrema
importância não apenas como objeto científico, como também no processo de produção e no
crescimento psicológico dos indivíduos que pertencem à organização (PEREZ-RAMOS,
1990).
Neste estudo serão abordadas algumas das principais teorias propostas por autores
renomados, sobretudo no campo acadêmico. Assim, devido a sua relevância e abrangência
destacam-se pensadores como Maslow (1954), Herzberg (1959) e Vroom (1964).
Navarro (2009) ressalta que as teorias desses três célebres pesquisadores ainda são
muito utilizadas e as suas importâncias devem ser destacadas devido à imensa quantidade de
pesquisas que elas despertam e a consequente procura pela melhoria contínua do
desenvolvimento humano.
2.3.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow
A teoria proposta por Abraham H. Maslow está descrita na obra “Motivação e
Personalidade” publicado em 1954. Neste estudo Maslow “considera o ser humano na sua
totalidade e dá ênfase à integração dinâmica dos aspectos biológicos, psicológicos e sociais”
(SACHUK, 2002, p. 59). Bergamini (2008) ressalta que esse modelo foi um dos primeiros a
valorizar as características intrínsecas da motivação, propondo a necessidade como fonte de
energia.
Maslow percebeu a motivação humana através de seu conceito de hierarquia das
necessidades, onde ele propôs segmentar estas necessidades em cinco grupos que vão das
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necessidades fisiológicas mais básicas até as necessidades mais elevadas de auto realização
em uma hierarquia de importância, visualizadas em uma pirâmide, (SILVA E MADRUGA,
2007), figura 1, considerando que a natureza da motivação pode ser diferente em
determinadas situações, de acordo com a sociedade e a cultura vivenciada.
Figura 1 - Pirâmide de Maslow.
Fonte: Stoner e Freeman, 2009, p. 324.
2.3.2 Teoria dos Dois Fatores de Herzberg
Herzberg, Mausner e Snyderman (1959), considerando que o trabalho é algo
imprescindível na vida do ser humano, que demanda boa parte de seu tempo útil e que este é
na verdade a fonte da satisfação ou da dor do indivíduo, propuseram em seu livro intitulado
“A motivação para trabalhar” um estudo de extrema importância para o entendimento da
motivação humana no trabalho.
A pesquisa fora realizada em uma amostra de aproximadamente 200 entrevistados no
pólo industrial da cidade de Pittsburgh nos Estados Unidos, entre contadores e engenheiros.
A principal metodologia da pesquisa foi realizada através de uma entrevista com um
questionário semiestruturado, a qual permitiu que os pesquisadores pudessem satisfazer os
requisitos da pesquisa, dando alguma liberdade aos entrevistados (HERZBERG, MAUSNER
E SNYDERMAN, 1959).
As respostas foram tabuladas e classificadas e suas constatações resultaram na Teoria
da Motivação-Higiene (ROBBINS, 2000). Assim, de acordo com os resultados, certificou-se
que “as variáveis que contribuíam para a satisfação parecia ser diferente das variáveis que
contribuíram para a insatisfação” (SACHAU, 2007, p. 379).
Contudo, uma importante
distinção foi feita pelo próprio Herzberg (1987) destacando que a satisfação não é o oposto da
insatisfação, pois na verdade o oposto da satisfação é a não satisfação e o oposto da
insatisfação é a não insatisfação.
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A Teoria de Herzberg distingue a satisfação e a motivação no trabalho (BEZERRA et
al., 2010), determinando que os fatores que contribuem para a não insatisfação no trabalho
são os denominados fatores higiênicos, os quais estão diretamente relacionados com as
condições do trabalho em si; enquanto que àqueles que influenciam a motivação são os
chamados fatores motivacionais, relacionados com o desenvolvimento da atividade e que
afeta a produtividade do indivíduo (SACHUK, 2002).
Herzberg, Mausner e Snyderman (1959) destacaram como fatores higiênicos: a
política e administração da empresa, a supervisão técnica, as condições físicas de trabalho, o
salário, o status, a segurança no trabalho, os fatores na vida pessoal e o relacionamento
interpessoal (com o superior, o subordinado e com os colegas). Enquanto que os principais
fatores motivacionais encontrados são: a realização, o reconhecimento, o trabalho em si, a
responsabilidade, a promoção e a possibilidade de crescimento.
Os resultados de Herzberg e seus colaboradores desencadearam uma séria de
contestações e por isso muitos estudos não conseguem apoiá-la incondicionalmente
(BASSETT-JONES E LLOYD, 2005).
Uma das contestações diz respeito ao fato de a teoria tratar o trabalho como uma
forma de acumulação de capital, tendo o indivíduo apenas como instrumento, ou seja, o
estudo deve ser feito “para que os indivíduos trabalhem mais e melhor em benefício da
organização” (SACHUK, 2002, p.67).
Outros, como afirmam Lundberg, Gudmundson e Andersson (2009), contestam a
classificação dos fatores entre motivacionais e higiênicos. Alguns concluíram, por exemplo,
que ao contrário do que Herzberg propõe as relações interpessoais devem ser consideradas
como um fator motivacional, por poder levar ao crescimento psicológico (SACHAU, 2007).
Morgeson e Humphrey (2006) em sua pesquisa enfatizaram que o relacionamento interpessoal
ou “apoio social” é um fator que faz com que a execução das tarefas torne-se mais
interessante produzindo benefícios motivacionais e até de capacitação.
Mas talvez a crítica mais importante seja feita ao fator salário sendo considerado como
higiênico, mesmo porque o resultado dessa pesquisa contrariava amplamente o paradigma do
“homus economicus” até então dominante (BASSETT-JONES E LLOYD, 2005). Contudo
como ressalta Sachau (2007) esta critica é na verdade uma má interpretação, pois em nenhum
momento Herzberg afirmou que a recompensa financeira não seja importante e que de fato
não seja usado comumente para “mover” os funcionários.
Entretanto, ainda de acordo com Sachau (2007), foram feitas algumas advertências na
pesquisa: os gerentes que usam o fator salário para “motivar” não devem esperar um
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trabalhador animado para desenvolver trabalhos entediantes; os gerentes precisam ter “bolsos
profundos”, porque sempre será exigido cada vez mais; os gerentes podem vir a descobrir que
os funcionários só se preocupam com este tipo de retorno e prescindem a organização.
Após estas diversas críticas Herzberg publicou em 1968 uma reposta auspiciosa, o
artigo "Mais uma vez: Como você motiva os funcionários?" que teve sua última reimpressão
em 1987. Nele, Herzberg (1987) estabelece a distinção entre impulso e motivação. Sendo, de
acordo com Bassett-Jones e Lloyd (2005), o primeiro de natureza animal, que reage a um
estímulo feito para atender a necessidades biológicas básicas e o segundo seria uma energia
ou desejo intrínseco do indivíduo que o leva a se “mover”. Ou seja, se o indivíduo realiza
algo em troca de um incentivo, na verdade ele está reagindo a um estímulo externo que lhe
causou um impulso (BASSETT-JONES E LLOYD, 2005).
O fato é que os resultados de ambas as pesquisas sugerem que os indivíduos
motivados estão mais propensos a cooperar com ideias inovadoras e a difusão do
conhecimento, contribuindo para o sucesso organizacional (BASSETT-JONES E LLOYD,
2005).
Dessa forma, através desse conhecimento a organização pode, portanto, ter a sua
disposição ferramentas adequadas para diagnosticar as condições intrínsecas e extrínsecas
presentes em sua estrutura organizacional que afetam a satisfação e assim elaborar um devido
planejamento estratégico (BERGUE, 2007).
Sachau (2007) considera que o uso ou a
reutilização desta teoria pode ser usado como uma ferramenta de crescimento e
desenvolvimento do empregado.
2.3.3 Teoria das Expectativas de Vroom
A teoria das expectativas desenvolvida por Victor Vroom (1964), talvez tenha sido a
crítica mais forte a Teoria de Herzberg (BASSETT-JONES E LLOYD, 2005). Essa teoria
também conhecida com Teoria da Instrumentalidade, leva em consideração as diferenças
individuais, o valor distinto que cada pessoa dá a um mesmo tipo de recompensa,
relacionando expectativa e recompensa.
Segundo Accetta (2005), esta teoria fundamenta-se em três conceitos precípuos: a
valência, a instrumentalidade e a expectativa. A valência, ainda segundo esta autora, traduz-se
na preferência individual a um determinado resultado, causado por um dado comportamento,
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que varia de indivíduo para indivíduo; a instrumentalidade está relacionada com aquilo que o
indivíduo considera que precisa ser feito para obtenção daquele resultado, se a ação requerida
levará efetivamente a recompensa; e a expectativa é confiança que o trabalhador tem que se
esforçar, atingirá o resultado desejado.
Dessa maneira, o funcionário estará mais motivado se acreditar que o esforço exercido
será considerado e levará a recompensas desejadas. Com isso, os gestores poderão determinar
as recompensas que são valorizadas por cada empregado e o desempenho desejado, tornandoo possível de ser atingido e também analisar os fatores que podem agir contra eficácia para ter
certeza que a recompensa oferecida é adequada (STONER E FREEMAN, 2009).
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Os procedimentos metodológicos utilizados durante a pesquisa foram determinados
com o propósito de encontrar a solução do problema e responder aos objetivos sugeridos.
A metodologia utilizada nesta pesquisa, segundo a classificação proposta por Gil
(2009, 2010), de acordo com os fins, denomina-se exploratória, e quanto aos meios foram
utilizados a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso aplicado na Instituição pesquisada.
Além disso, pode-se definir a pesquisa realizada como quali-quantitativa, pois foram
utilizados procedimentos qualitativos e quantitativos, onde seus dados foram coletados por
entrevistas e questionários semiestruturados e os resultados foram analisados, posteriormente,
através de meios estatísticos, relacionando-os com a realidade da Instituição em análise.
A pesquisa considerou o processo censitário, procurando coletar dados da maior
quantidade possível dos servidores que correspondem aos elementos de interesse deste estudo.
A elaboração da pesquisa bibliográfica teve por base os principais artigos disponíveis
que versam sobre o tema, consolidados através de uma análise bibliométrica realizada na base
Scopus disponível, dentre outras, no Portal de Periódicos Capes, utilizando-se as palavras
“motivation” e “Herzberg” como palavras-chaves.
A pesquisa foi realizada no CEFET/RJ - localizado no município do Rio de Janeiro na
Unidade Maracanã, sua Unidade Sede. Esta Instituição é uma autarquia em regime especial
vinculada ao Ministério da Educação que detém autonomia administrativa, patrimonial,
financeira, didática e disciplinar e oferta curso de ensino médio-técnico, de graduação e pós-
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graduação, sendo especializado na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e
modalidades de ensino.
O estudo de caso desta dissertação foi elaborado através de um caso único, tendo
como objeto de pesquisa os servidores técnico-administrativos sem FG ou CD que trabalham
na Instituição pesquisada.
Foi necessário distinguir o público que não possui FG ou CD, pois se trata de dois
públicos distintos. Ademais, como se trata de uma pesquisa de percepção, aqueles que
possuem FG ou CD tendem a ter uma visão diferente da Instituição, já que estes se encontram
em uma posição hierarquicamente superior, mesmo que temporariamente, e, além disso, o seu
trabalho foi, de alguma forma, reconhecido e convertido a meios financeiros.
3.1 INSTRUMENTO DA PESQUISA
A coleta de dados, para a realização da pesquisa, foi feita através de entrevistas com
questionários dirigidos aos servidores técnico-administrativos sem FG ou CD da Instituição
em análise.
O modelo de questionário aplicado aos servidores técnico-administrativos, seguindo a
classificação de Richardson (1999), combina as perguntas fechadas e abertas permitindo que o
entrevistado tivesse mais liberdade em suas respostas.
As perguntas elaboradas foram baseadas naquelas aplicadas por Herzberg, Mausner e
Snyderman (1959) quando da elaboração da Teria dos Dois Fatores, que é a base da pesquisa,
e no referencial teórico pesquisado.
A primeira parte objetivou coletar dados sobre a percepção dos servidores a respeito
da aplicação da Gestão Estratégica de Pessoas no CEFET/RJ de acordo com o referencial
teórico exposto. A segunda parte analisa os fatores higiênicos da Teoria apresentada em nove
questões. Posteriormente, na terceira parte, em seis questões, constou a análise sobre os
fatores motivacionais da Teoria de Herzberg.
Na elaboração do questionário foi utilizada a escala de Likert, que se trata de uma
escala utilizada para medição da percepção sendo qualificada com medidas categóricas
(MARTINS, 2010). Nesse sentido, a referida escala foi desenvolvida com cinco pontos
utilizando-se um grau de 1 a 5, considerando, que segundo Gil (2009), a construção desta
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escala é de simples elaboração e de caráter ordinal, facilitando, assim, o tratamento dos dados
e a análise dos resultados por meios estatísticos.
Durante a pesquisa o entrevistado manifestou sua opinião seguindo uma graduação
quanto a utilização e a importância dos fatores pesquisados em seu ambiente de trabalho.
Deste modo, a estrutura das perguntas consideraram os graus estabelecidos no quadro 1.
Escala
1
2
3
4
5
Grau de Utilização
Não utiliza;
Pouco utilizado;
Razoavelmente utilizado;
Utilizado;
Muito utilizado.
Grau de Importância
Nenhuma importância;
Pouca importância;
Importância razoável;
Importância;
Muita importância.
Quadro 1 – Utilização da Escala de Likert na pesquisa
3.1.1 Aplicação do instrumento de pesquisa
O questionário foi aplicado através de entrevistas a aproximadamente 38% dos
respondentes. Para os demais, devido às especificidades dos setores e a não disponibilidade
de tempo dos servidores, os questionários foram entregues em mãos, explicando-lhes o
objetivo da pesquisa e as peculiaridades das questões, dando-se ênfase aos conceitos
observados como ambíguos, sendo então recolhidos em outro momento.
Após a aplicação dos questionários foram coletados dados de 159 questionários
respondidos, dos quais 61 foram respondidos por entrevistas e 98 foram entregues aos
respondentes.
Como o universo pesquisado era composto por 220 servidores, logo, a
aplicação do questionário obteve uma taxa de retorno de mais de 72%.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Tomou-se como objetivo para a análise dos dados a corroboração entre o referencial
teórico e os dados coletados, para validação interna do constructo.
No gráfico 1 observa-se o resultado da primeira parte da pesquisa onde se verificou a
percepção dos servidores a respeito da aplicação da GEP no CEFET/RJ.
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Nota-se que 60% dos respondentes (96 servidores), atribuíram alta importância da
GEP para o CEFET, porém apenas 8% dos respondentes, ou seja, 13 servidores reconhecem a
existência da GEP dentro de um grau aceitável de utilização na Instituição.
Além disso, no campo das observações, dois servidores destacaram que há uma
necessidade de maior investimento em planejamento na Gestão de Pessoas, isso remete a
Marras (2003) que destaca que a GEP tem como foco principal o desenvolvimento das pessoas, e
assim, contribui, para a otimização dos resultados da organização. Foi apontado também que é
preciso mais interação entre o setor de RH e os servidores técnico-administrativos e também a
adoção de políticas voltadas para a melhoria da motivação.
Gráfico 1 – Grau de Utilização e Importância da GEP de acordo com o Quadro 1
Fonte: A autora
Nos fatores higiênicos a pesquisa mostra no gráfico 2 que 65% dos respondentes
atribuíram o grau 5 dentro da escala utilizada para o fator “segurança no trabalho” e 64% do
público percebem também o fator “relacionamento interpessoal - com os colegas” como
muito utilizado na Instituição.
E os fatores higiênicos “salário” e “status” foram os menos percebidos, mostrando a
insatisfação a respeito desses fatores e apontando uma lacuna que pode ser explorada pelos
gestores desta Instituição.
Esse resultado demonstra que os servidores pesquisados, em sua maioria, se sentem
seguros devido ao atributo legal da estabilidade dado aos servidores públicos. Fato que,
segundo Bergamini (2008), deve ser analisado com cautela, pois a estabilidade pode trazer
acomodação, uma vez que não se preocupam com empregabilidades, pelo contrário, eles
tendem a se sentir mais confortáveis e até mais satisfeitos, mas não mais motivados por isso.
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Além disso, apesar de Herzberg, Mausner e Snyderman (1959) classificaram as
“relações interpessoais” como um fator higiênico, existem críticas com relação a essa
classificação, pois como Sachau (2007) aponta esse pode ser um fator motivacional por poder
levar a um crescimento psicológico e dessa forma trazer uma satisfação em longo prazo.
Gráfico 2 – Grau de Utilização dos Fatores Higiênicos
Fonte: A autora
Dentre os fatores motivacionais, observa-se no gráfico 3 que a “realização
profissional” e a “responsabilidade” foram os fatores mais indicados pelos servidores na
Instituição, tendo sido atribuído o grau 5 por 48% e 47% dos servidores pesquisados,
respectivamente. Contudo o fator “promoção” teve o maior percentual de “não-utilização”,
demonstrando descontentamento ao atendimento desse fator, que para Herzberg, Mausner e
Snyderman (1959) é um fator motivacional, que se atendido gera satisfação ao funcionário.
Em relação ao fator “realização profissional”, houve uma observação em comum feita
pelos servidores e que merece destaque a fim de que a Instituição avalie as melhorias a serem
feitas. Os servidores afirmam se frustrar ao não conseguir mudar de setor para desenvolver
uma atividade relacionada ao seu perfil ou sua formação acadêmica, exclusivamente por
questões políticas, o que, por conseguinte os desmotivaram. Bergamini (2008), relata que o
atendimento a este tipo de questão impulsiona as pessoas a trabalhar com mais entusiasmo.
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Gráfico 3 – Grau de Utilização dos Fatores Motivacionais
Fonte: A autora
Em relação ao grau de importância nota-se nitidamente no gráfico 4 que apenas o fator
“status” e “fatores na vida pessoal” não tiveram alta relevância dentre os fatores classificados
como higiênicos, o que corresponde a apenas 16% e 41%, respectivamente, para o grau 5
dentro da escala. Sendo os demais fatores considerados muito importantes na percepção da
maioria dos servidores pesquisados.
Nesse sentido, salienta-se que as definições apresentadas aos servidores quando da
realização do questionário, foram àquelas pela Teoria de Herzberg. Sendo assim, para efeito
dessa pesquisa “status” significa o sentimento dos funcionários quanto a sua posição dentro
da empresa e dentre os “fatores da vida pessoal” incluem-se as situações nas quais algum
acontecimento relativo ao trabalho tenha interferido em sua vida pessoal.
Gráfico 4 – Grau de Importância dos Fatores Higiênicos
Fonte: A autora
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A análise apontou, como se pode notar através do gráfico 5, que dentre os fatores
motivacionais, os mais percebidos foram o “trabalho em si” e a “realização profissional” e,
além disso, quase todos os outros fatores motivacionais também tiveram uma alta valorização,
confirmando a importância dada por Herzberg e seus colaboradores a esses fatores.
Entretanto, a percepção dos servidores em relação ao fator “promoção” demonstra que
na Instituição pesquisada esse fator tende a ter menos relevância para a satisfação e motivação
dos seus servidores, uma vez que a legislação vigente não autoriza que um servidor mude de
cargo sem a realização de um concurso público. Assim, esse resultado contraria em parte a
Teoria de Herzberg, que propõe a “promoção” como um fator motivacional, que se atendido
pode gerar satisfação ao funcionário, fato não observado na Instituição em análise.
Gráfico 5 – Grau de Importância dos Fatores Motivacionais
Fonte: A autora
O tema abordado é algo que tem gerado muita inquietação aos autores e também aos
gestores das empresas que perceberam que a administração estratégica de pessoas contribui
para melhoria do desenvolvimento e da qualidade. Inclusive, no modelo de gestão enfatizado
nesta pesquisa, o setor público carece de estudos especializados que forneçam subsídios que
auxiliem na escolha adequada de uma política de GP própria para atender este peculiar ramo
que é a administração pública (WRIGHT, 2001).
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5 CONCLUSÃO
A Gestão Estratégica de Pessoas (GEP) deve assessorar a cúpula da instituição em
questões como a qualidade do serviço prestado pelos funcionários e o desenvolvimento
individual e organizacional, fator estratégico essencial de vantagem competitiva.
Mesmo após mais de 50 anos de existência, a Teoria de Herzberg auxilia, em parte, a
compreensão da motivação dos servidores técnico-administrativos do CEFET/RJ, pois quase
todos os fatores ditos como motivacionais por Herzberg foram altamente valorizados pelos
servidores pesquisados.
Entretanto, como observado, dentre os fatores motivacionais, houve uma peculiaridade
que distingue essa Instituição, pois o fator “promoção” foi o menos apontando como um fator
de interferência na motivação, o que difere da Teoria de Herzberg apresentada.
Outra questão que suscita dúvidas a respeito da aplicação dessa teoria em relação ao
CEFET/RJ é o fator “relacionamento interpessoal”, principalmente com os colegas, pois notase uma grande valorização deste fator na Instituição, sendo indicado por grande parte dos
respondentes como um fator motivacional.
Esse fato mostra que no CEFET/RJ o fator “relacionamento interpessoal” pode
influenciar valores que não são apenas extrínsecos, mas que também interferem em aspectos
psicológicos do servidor, tornando-o mais motivado, o que contraria os resultados
encontrados na pesquisa de Herzberg, Mausner e Snyderman (1959).
Os resultados corroboram para a compreensão da motivação dos servidores técnicoadministrativos do CEFET/RJ, indicando aos gestores em quais fatores é preciso concentrar
seus esforços a fim de atenderem às expectativas dos servidores, resultando em uma melhoria
do clima organizacional. Além de, em logo prazo, amparar o desenvolvimento de um
adequado ferramental para o planejamento estratégico, com ações que visem preencher as
lacunas apontadas por esta pesquisa.
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