Public ação da ThyssenKrupp Elevadores | Ano 5 | nº 8 O elevador que pode se adaptar a qualquer projeto O avanço tecnológico e as condições de uma economia globalizada levaram a ThyssenKrupp Elevadores a desenvolver um projeto ambicioso. Seja no Brasil ou na China, nos Estados Unidos ou na Alemanha, o synergy, novo modelo sem casa de máquinas da companhia, reúne a qualidade técnica dos melhores fornecedores do mundo. A concepção do projeto é toda baseada numa plataforma mundial onde os principais componentes do elevador, como a máquina de tração, foram escolhidos pela eficiência técnica, independente da origem de fabricação. “O resultado é um projeto único em termos de controle tecnológico, que se adapta às necessidades e particularidades de cada mercado”, afirma Fábio Speggiorin, gerente do Centro de Desenvolvimento de Produtos da ThyssenKrupp Elevadores Brasil. Para manter a padronização tecnológica, a empresa buscou alternativas de manufatura e compra nas diversas plantas e fornecedores da ThyssenKrupp no mundo. Além de um equipamento com melhor performance, o synergy também oferece vantagens comerciais diante do leque de facilidades de negociação entre os fornecedores. “Um produto padronizado também facilita a reposição de peças e a assistência técnica”, atesta Paulo Henrique Estefan, vice-presidente Comercial da ThyssenKrupp Elevadores. Segundo Estefan, a tecnologia do roomless evoluiu e no futuro esses equipamentos vão dominar o mercado hoje ocupado pelos elevadores tradicionais (com casa de máquinas). “O mercado de elevadores sem casa de máquinas está crescendo e a expectativa é muito positiva diante das vantagens que o synergy oferece”. Sinergia O projeto do synergy foi d e s e n vo l v i d o c o m a participação de todos os Centros de Pesquisa e Te c n o l o g i a da ThyssenKrupp Elevadores no mundo. Por isso, o resultado reflete a total sinergia entre as equipes da companhia e que acabou influindo também no nome do novo equipamento. proposta foi reunir as vantagens já presentes nos elevadores sem casa de máquinas, como a liberação de uma área nobre do edifício para o projeto arquitetônico, e agregar novas tecnologias para maximizar o potencial do projeto. A máquina gearless, por exemplo, ficou mais compacta e leve (em média pesa 180 quilos), a partir de um design especialmente desenvolvido para o synergy. Sem engrenagem, a máquina também apresenta rendimento superior devido ao motor com ímãs permanentes que aumentam a eficiência do elevador. Para os passageiros, a mudança TK Elevadores Americas Business Unit será percebida na qualidade das viagens. A gearless opera silenciosamente, devido ao inversor que controla com precisão o movimento do elevador, ampliando o conforto durante o deslocamento do equipamento. Outro aspecto inovador do synergy é o dimensionamento mais compacto do poço do elevador a partir do design de alguns componentes que ficaram menores, reduzindo o espaço antes ocupado acima da cabina. tk Lançamento mundial da TKE reúne soluções inovadoras Localizado dentro do poço do elevador, o regulador de velocidade desenvolvido para o synergy, atende essas características. Além da redução de espaço, a modularidade dos componentes também alivia o peso sobre a cabina, melhorando o rendimento do elevador com redução no consumo de energia. A cabina do elevador também acompanha essa tendência. É mais leve, pois não necessita de estrutura metálica para alçar os cabos de aço que passam por baixo dos painéis. A disposição dos cabos é feita com suspensão inferior, através de polias que minimizam as vibrações e o ruído dentro da cabina, além de aumentar a vida útil dos cabos de aço. Sem a casa de máquinas, o quadro de comando do elevador é instalado no último andar do edifício ao lado da cabina, permitindo, desta forma, livre e fácil acesso dos técnicos de manutenção. Na parte superior da cabina, a área para a manutenção também é livre de obstáculos para a realização de diagnósticos sobre o desempenho do equipamento. E, na falta de energia, o técnico libera o freio automaticamente para movimentar a cabina através de um sistema no-break, possibilitando o resgate manual de passageiros quando as cargas estiverem desbalanceadas, ou seja, diferente de 50% da carga nominal da cabina. O design compacto é um dos diferenciais da máquina gearless. Acabamento personalizado A disposição especial dos cabos com suspensão inferior é utilizada para minimizar o espaço acima do poço, além de diminuir as vibrações e o ruído dentro da cabina ILUSTRAÇÃO: CURTIS Apesar de ser um projeto mundial, o synergy foi concebido para receber acabamentos personalizados, no sentido de atender as particularidades de cada País ou região. “Esta é uma preocupação constante da companhia para evitar a adoção de conceitos que não se encaixam na cultura de cada localidade”, avalia Estefan. No Brasil, os clientes poderão escolher entre as grifes de cabinas Amazon e, em breve, Export, linhas modulares que se adaptam às necessidades de cada projeto a partir de vários opcionais. O synergy atende projetos de obras novas ou de modernização que necessitem de elevadores com capacidade para até oito pessoas. Em breve, a empresa passará a especificar também os modelos para seis, dez e 14 passageiros. No Brasil, dois projetos pilotos com o synergy já estão em pleno funcionamento, um deles no edifício sede do Grupo Randon, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul e outro no edifício residencial Acervo Alto de Pinheiros, em São Paulo, obra da construtora Sinco com incorporação da Klabin Segall, Cyrela e Tecnisa. O outro projeto com o synergy é o edifício comercial Eldorado Business Tower, também em São Paulo e que a construtora Gafisa entregará em outubro. No mundo, o synergy encontra-se em operação em obras localizadas na Alemanha, China, Coréia do Sul, Espanha, EUA e França. TKE em movimento é uma publicação da ThyssenKrupp Elevadores – Fone: (51) 3480.7200 – Site: www.thyssenkruppelevadores.com.br Coordenação: Rodrigo Barleze – Jornalista Responsável: Alzira Hisgail – Mtb 12.326 – Redação: Isabel Silvares, Jaqueline Motta e Marli Souza Produção Editorial: Ateliê de Textos – Telefax: (11) 3675.0809 – Site: www.ateliedetextos.com.br Projeto gráfico e edição de arte: Emphasis Design Gráfico – Tel.: (51) 3333.3461 – e-mail: [email protected] DEMK - 8029 - 02/07/07 2 TKE em movimento EDITORIAL Soluções integradas No mundo globalizado, onde a informação chega rapidamente através da Internet e pode ser compartilhada com a mesma agilidade, a troca de idéias é uma necessidade cada vez mais presente no dia-a-dia das empresas. Integrar soluções que possam se adequar às necessidades da maioria dos clientes, independente dos limites geográficos que os separam, é um dos desafios a ser enfrentado pelas grandes corporações. A ThyssenKrupp Elevadores, após a realização de estudos com a participação de todos os centros de pesquisa da companhia no mundo, começa a transpor esta barreira com o lançamento do synergy. Um mundo, uma empresa, uma solução, está é a concepção inovadora deste produto. A partir de know-how tecnológico mundial, o desempenho do synergy é adequado para todos os mercados e possui uma excelente relação custoxbenefício para quem vai construir ou modernizar os elevadores. Além disso, atende as necessidades dos clientes no que se refere ao desempenho, baixo consumo de energia, conforto durante as viagens e segurança. Compartilhar idéias e experiências e antecipar soluções também é nossa proposta a partir dos temas abordados nesta edição do TKE em Movimento. O ciclo de palestras promovido pelo Centro de Tecnologia de Edificações em São Paulo, com a participação dos principais setores da indústria da construção civil brasileira, é um deles e algumas conclusões já servem de lição. O cenário que se projeta é de boas oportunidades, mas que vão exigir ainda mais profissionalismo do setor no que tange à gestão do processo construtivo. Neste sentido, destacamos a importância da pré-instalação para a montagem do elevador e o compromisso das construtoras com esta importante etapa do processo. Ainda sobre o aquecimento do mercado imobiliário, convidamos o presidente da Ademi-PE, Eduardo Correia de Carvalho. Ele é o entrevistado desta edição e avalia as mudanças a partir da realidade local que já começa a sentir os efeitos da abertura de novas oportunidades a partir do crédito mais abundante para o financiamento imobiliário. Paulo Henrique Estefan Vice-presidente Comercial da ThyssenKrupp Elevadores TKE em movimento Roberto de Souza* ESPAÇO LIVRE Gestão da construção em um mercado aquecido O mercado imobiliário está em franca expansão, o que implica em significativa elevação do volume de obras. O maior número de metros quadrados de área construída vai, por sua vez, provocar o aumento da demanda por materiais, equipamentos, engenheiros, empreiteiros, projetos, consultorias e outros serviços de apoio à construção. Para manter os custos de obra sob controle e sem prejuízo da qualidade e dos prazos, as empresas construtoras vão ser colocadas frente a alguns novos desafios de gestão da produção. Em primeiro lugar surge o desafio de desenvolver novas formas de parceria com seus fornecedores de projetos, reconhecendo no projeto uma função estratégica que agrega valor tanto ao negócio imobiliário quanto ao processo de racionalização da obra, redução do desperdício e aumento da produtividade. “Trata-se de um novo cenário com inúmeros desafios e oportunidades” Na mesma linha surge o exercício de novos modos de associação das construtoras com seus fornecedores de materiais, equipamentos e serviços. Neste caso, tratase de garantir quantidade, qualidade e preços em um mercado aquecido e demandado. No caso específico dos empreiteiros, ressalta-se outro aspecto: a necessidade das construtoras encontrarem mecanismos de apoio aos prestadores de serviços de obras para elevarem sua capacitação empresarial e a qualificação dos seus operários. Isso pode ocorrer via criação de Programas de Capacitação de Empreiteiros - como uma “universidade da obra”. Não menos importante será o desafio das construtoras no que se refere à manutenção de suas equipes de engenharia e produção. Em um mercado aquecido, a disputa por profissionais tende a se acirrar, provocando não só a rotatividade dos mesmos, como o aumento de seus salários. Neste caso tornam-se fundamentais os programas de desenvolvimento, motivação e remuneração variável, procurando-se a criação de vínculos com aqueles profissionais considerados essenciais para a empresa. De forma geral, poderíamos denominar estas ações, como “programa de fidelização de colaboradores”. No campo da gestão de projetos e obras, algumas novas ações também devem ser incluídas na agenda das construtoras. Uma delas consiste no exercício da pré-engenharia – como o nome diz, antes do início da obra –, procurando integrar projetos, orçamentos, tecnologia construtiva, planejamento, movimentação e logística do canteiro, de para poder racionalizar e otimizar os recursos e o tempo em favor da redução de custos. Ao longo da obra, a principal ação consiste na aplicação de instrumentos de gestão integrada, contemplando programação da produção, controle de prazos, gestão da qualidade, segurança e meio ambiente, aliados a um forte controle de custos. Esta prática mantém a produção dentro do planejado e, com certeza, irá resultar na satisfação dos clientes finais e dos acionistas. Trata-se de um novo cenário com inúmeros desafios e oportunidades. Certamente as empresas da cadeia produtiva da construção têm a competência necessária para entender e atender as demandas desses novos tempos. * Roberto de Souza é engenheiro civil com mestrado e doutorado em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE). 3 ACONTECE Projeto sofisticado Considerado um bairro em transição, a Vila Romana, em São Paulo, conta com mais um empreendimento luxuoso: o edifício New York Club. Projetado pelo renomado escritório Itamar Berezin Arquitetura e Urbanismo para a incorporadora Vivenda Nobre, o edifício residencial tem a participação da ThyssenKrupp no fornecimento dos elevadores. Para atender os dois prédios - Soho e Village - serão instalados seis elevadores, três para cada torre, de 25 paradas. Os equipamentos escolhidos são da grife Export com quadro de comando Frequencedyne que atingem velocidade de até 105 metros por minuto e possuem capacidade para transportar até dez pessoas. O diferencial da cabina Export é que permite ao cliente escolher opcionais de acabamento para o revestimento interno, incluindo piso e teto, agregando valor à decoração do projeto. Benefícios como conforto, nivelamento preciso e baixo consumo de energia, valorizam ainda mais o empreendimento de alto padrão. As botoeiras escolhidas são do modelo Top Line, que possuem acabamento com sinalização visual através de led eletrônico. Com um simples toque se auto-ilumina e indica o registro da chamada. Esses modelos contam com números e código Braile em relevo, atendendo as normas para portadores de deficiência visual. Outra novidade são os indicadores de pavimento dos elevadores sociais em LCD, ou seja, tela de cristal líquido de alta resolução. SP Projeto diferenciado no New York Club, obra da Vivenda Nobre, em São Paulo-SP Agilidade e segurança Capital Center, torre à direita, em São Paulo-SP A ThyssenKrupp Elevadores fechou contrato com a construtora Bueno Netto para o fornecimento de quatro elevadores para o Capital Center, torre de escritórios localizada na Vila Olímpia, em São Paulo. Vizinho ao edifício Aspen, onde a ThyssenKrupp já instalou três elevadores de 17 paradas, o Capital Center terá elevadores de 18 paradas, com capacidade para até 20 passageiros e velocidade de 150 metros por minuto. As cabinas são da Grife Art Collection, top de linha, que contam com acabamento em aço inoxidável escovado. O empreendimento também optou por utilizar a tecnologia ADC XXI, sistema de antecipação de chamadas, indicado para edifícios onde há alto fluxo de pessoas, pois reduz o tempo de espera, proporcionando maior agilidade no atendimento. Dois terminais computadorizados, que serão instalados em cada pavimento, registrarão os chamados dos passageiros e indicarão qual o elevador que irá atender a solicitação. O projeto do Capital Center conta com a assinatura do escritório Botti Rubin Arquitetos Associados e a previsão de entrega está programada para o final do mês de dezembro. SP Parceria de sucesso Considerada uma das mais belas cidades do nordeste brasileiro, Fortaleza-CE, promete ficar ainda melhor. Numa parceria que já dura 25 anos, a ThyssenKrupp fechou contrato com a Diagonal Empreendimentos para atender seis grandes edifícios na região. No total serão 17 equipamentos, distribuídos em cinco condomínios residenciais e um comercial. Uma das obras em destaque é o luxuoso Edifício Renaissance. O projeto residencial conta com equipamentos que contemplam conforto e sofisticação. Composto por duas torres, os edifícios Da Vinci e Michelângelo terão elevadores da grife Export, com quadro de comando Frequencedyne, com capacidade para 10 passageiros e velocidade de 105 metros por minuto. A cabina Export conta com um conceito inovador, onde o cliente pode unir tecnologia, estética e modernidade para melhor atender a qualquer tipo de empreendimento, principalmente os de alto padrão. As botoeiras são outro diferencial. O modelo High Protection é produzido com material exclusivo - aço inoxidável escovado e botões em material especial - oferecendo maior resistência a danos causados por uso inadequado do equipamento. CE Edifício Renaissance, em Fortaleza-CE 4 TKE em movimento ACONTECE Novos empreendimentos FOTOS: DIVULGAÇÃO A ThyssenKrupp assinou contrato para fornecer 22 elevadores a serem instalados em sete novos edifícios nas cidades de Cuiabá e Rondonópolis, em Mato Grosso. Serão construídos seis edifícios residenciais, sendo três deles localizados dentro de um condomínio; e um comercial. Todos contarão com a tecnologia de última geração da ThyssenKrupp que, em parceria com a Construtora São Benedito, MTM Construções e a SM Empreendimentos atribuirá um conceito de modernidade e conforto aos moradores e usuários dos edifícios. O acabamento dos elevadores será com as cabinas da grife Sky Lux e os equipamentos serão dotados de quadro de comando da linha Frequencedyne, sistema inteligente que permite o monitoramento preciso de todo o movimento do elevador (aceleração, velocidade nominal, desaceleração, parada e nivelamento) durante a viagem. Os equipamentos terão velocidade média de 105 metros por minuto e capacidade para transportar dez passageiros nos prédios residenciais e oito no comercial. Os edifícios começam a ser entregues a partir de setembro de 2007. MT Edifício residencial American Park, em Cuiabá-MT Exclusivo e moderno A ThyssenKrupp conquistou um importante contrato para a obra do edifício Verano Ponta Negra, no bairro de Ponta Negra, em Natal-RN. O empreendimento, que está sendo erguido pela Construtora Capuche, funcionará com três elevadores que atenderão aos 27 andares da Torre I do empreendimento. Os equipamentos são da grife Export, com quadro de comando Frequencedyne, que atingem velocidade média de 90 metros por minuto e possuem capacidade para transportar até oito pessoas. O acabamento dos elevadores terá um toque de sofisticação com revestimento em aço inoxidável escovado e design moderno e exclusivo. As botoeiras Softpress, por exemplo, possuem sinalização visual por meio de lead eletrônico que se auto-ilumina com o toque, indicando o registro da chamada. Números e sinais em alto-relevo e código Braile também compõem esse modelo. O prazo de entrega dos equipamentos, que servirão aos moradores dos 98 apartamentos, sendo quatro deles adaptados para portadores de necessidades especiais, é junho de 2008. PE Verano Ponta Negra, edifício residencial em Natal-RN Vista privilegiada Com 35 andares, o recém-lançado residencial Poême, em Recife-PE, já é uma referência pela altura, mas é a tecnologia aplicada na construção que faz a diferença. O empreendimento tem toda fiação preparada para automação predial, dando ao cliente as condições para acender a luz por controle remoto ou celular, acessar a casa via internet, entre outras facilidades. A medição de água é individualizada e o condomínio utiliza sistema de shafts – dutos verticais abertos que abrigam instalações elétricas e de telecomunicações, viabilizando manutenção rápida e sem a necessidade de quebras de paredes. Construído pela Romarco Construtora e Incorporadora, o empreendimento leva também a assinatura da ThyssenKrupp nos três elevadores que servem o edifício. Os equipamentos atingem 105 metros por minuto de velocidade e têm capacidade para transportar até dez passageiros, a partir do quadro de comando Frequencedyne. A grife de cabina é Export com revestimento em aço inoxidável, altura de 2400m e botoeiras High Protection que são resistentes às agressões externas. Para otimizar o tráfego de passageiros, os elevadores são dotados de sistema de comando em grupo, evitando assim, que dois elevadores atendam a mesma chamada com desperdício de tempo e de energia elétrica. PE Edifício Poême, referência da Romarco, em Recife-PE TKE em movimento 5 SEGURANÇA Processo integrado na obra A evolução do processo construtivo transformou o canteiro de obras. Hoje cada etapa é previamente definida e o fornecimento de materiais é controlado para garantir a rapidez na execução, evitar entulhos e retrabalhos. Com a montagem do elevador não é diferente, mas antes dessa etapa é fundamental que algumas exigências previstas em contrato sejam cumpridas para que o resultado final tenha a qualidade desejada. Denominada fase de pré-instalação, essa etapa engloba todas as tarefas que a construtora deve realizar para a montagem do elevador de acordo com o projeto executivo da ThyssenKrupp Elevadores. As dimensões do poço do elevador, o layout da casa de máquinas e da caixa de corrida são alguns dos itens que a construtora deve executar sob supervisão da fabricante de elevadores. “Quando fechamos o contrato de venda, a construtora fornece os dados referentes ao empreendimento, como, por exemplo, o número de pavimentos que servirão de base para a elaboração do projeto executivo do elevador pela equipe de engenharia”, explica Octávio Luiz Ferraz Leo, coordenador de Instalação da Unidade de Negócios São Paulo da ThyssenKrupp Elevadores. Segundo ele, o cliente tem que seguir à risca o que está definido no projeto executivo. Caso contrário, o poço pode ficar fora da dimensão prevista, por exemplo. Quando isso acontece é preciso alterar o projeto, o que poderá acarretar em atrasos na obra. “Hoje as construtoras adquirem o elevador com várias lajes já prontas. Por isso, a execução do projeto executivo é fundamental para a execução da montagem”, alerta o coordenador da ThyssenKrupp. Contratualmente, a construtora deve observar uma série de itens para a pré-instalação do elevador. São de sua responsabilidade, por exemplo, a liberação de uma área da obra para o armazenamento dos materiais que serão usados pelos técnicos em elevadores, executar as instalações de energia elétrica na casa de máquinas e na caixa de corrida, realizar o acabamento de alvenaria no poço e caiação na caixa de corrida e nos marcos de portas dos andares. Para facilitar a interface entre as demais equipes, a ThyssenKrupp Elevadores desenvolveu um sistema de instalação de marcos de portas que facilita o andamento da obra sem interferir na montagem do elevador. “O sistema consiste na instalação prévia dos batentes das portas, liberando, desta forma, o hall dos elevadores para os acabamentos, como a instalação de soleiras e pisos”, explica Ferraz. Levando em consideração que a pré-instalação se inicia a partir da assinatura do contrato de venda, esta etapa do processo corresponde, em média, a um período de quatro a seis meses. A montagem do elevador, fase seguinte, varia de acordo com as características do equipamento. Segundo Ferraz, em média, a montagem do elevador é executada em 45 dias. Na obra, os técnicos são acompanhados por gestores que são responsáveis pelo apoio técnico e pela segurança na execução do serviço. O principal desafio neste processo é a conscientização do cliente sobre a importância de seu papel. “Dependemos do cliente para executar nosso trabalho com segurança e qualidade. Por isso, é necessário que haja uma sinergia total durante o processo, com ganhos para todos”, finaliza Ferraz. 6 ILUSTRAÇÃO: ADILSON SECCO Pré-instalação garante entrega dentro do prazo e segurança de quem trabalha na montagem do elevador Na seqüência, detalhes da instalação de marcos de portas pela equipe da ThyssenKrupp Elevadores. A precisão do técnico é imprescindível para o correto posicionamento dos marcos antes do arremate que será feito, posteriormente, pela construtora. Com este sistema exclusivo, a ThyssenKrupp Elevadores oferece aos clientes uma solução que agiliza os processos de interface durante a obra TKE em movimento DESTAQUE Parcerias entre construtoras e fornecedores da construção civil O mercado imobiliário brasileiro vive um período promissor como não se via há 20 anos. Impulsionado pela oferta de crédito para o financiamento de novas construções, aumento de capital proveniente de investimentos públicos e privados, principalmente de investidores estrangeiros, o setor prevê um período de crescimento sustentado que já é percebido por todos os envolvidos no processo construtivo. Diante deste cenário, o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) está promovendo uma série de debates com as principais lideranças do setor com o objetivo de traçar um panorama para os próximos anos. Com o patrocínio das grandes empresas, como a ThyssenKrupp Elevadores, o evento realizado no dia 22 de maio, no Blue Tree Convention Ibirapuera, em São Paulo, promoveu o encontro entre construtoras e fornecedores de materiais e serviços. Paulo Ronei Reali, membro do Conselho de Administração da ThyssenKrupp Elevadores foi um dos palestrantes do evento que reuniu cerca de 200 profissionais. Para ele, o mercado da construção civil brasileira vive um novo quadrante e as empresas vão precisar se adequar a uma nova realidade regida, num primeiro momento, pela abertura de capital das grandes construtoras brasileiras com a formação de parcerias em diferentes regiões do País e, num segundo movimento, pela entrada de capital estrangeiro a partir de aquisições e fusões. FOTO: ALEXANDRE PLÁCIDO Líderes do setor se encontram para discutir os novos desafios do mercado Paulo Ronei Reali durante sua apresentação no evento do CTE Para enfrentar este círculo virtuoso com o aumento significativo do volume de obras, a parceria entre construtoras e fornecedores de materiais e serviços é um dos pilares para o crescimento sustentado da construção nos próximos anos, segundo as conclusões do encontro. Para enfrentar este novo ciclo é essencial o planejamento de médio e longo prazo, a garantia dos custos e prazos de construção, a garantia da qualidade dos materiais, dos serviços e do produto final, a preservação do meio ambiente, assim como a elevação da produtividade setorial, concluíram os participantes. Para ter acesso à programação dos eventos basta acessar o site do CTE: www.cte.com.br. PRODUTO FOTO: DIVULGAÇÃO Projeto inovador Primeiro sistema de elevadores panorâmicos duplos do mundo já está em operação na Alemanha A sofisticação tecnológica do Twin, que permite a operação de dois elevadores na mesma caixa de corrida, atingiu ares ainda mais inovadores no projeto do edifício Main Triangel, em Frankfurt, Alemanha. Complexo de escritórios construído em uma área de aproximadamente 30 mil metros quadrados, o edifício é o primeiro do mundo a contar com dois sistemas duplos panorâmicos. Além do aspecto funcional, a opção pelo Twin panorâmico valorizou a estética do projeto assinado pelo escritório alemão Novotny Mähner Assoziierte. As cabinas duplas de vidro funcionam em um eixo aberto, o que permitiu aos arquitetos fazer uso da luz direta. Como são expostas às mudanças climáticas e de temperatura, as cabinas são equipadas com ar condicionado e elementos de aquecimento nas paredes de vidro, garantindo o conforto dos passageiros que podem aproveitar a viagem para desfrutar da paisagem local. O ineditismo do projeto foi capa da edição de maio da revista Elevator World, principal publicação na área de transporte vertical. Além dos modelos panorâmicos, a ThyssenKrupp instalou mais nove elevadores no Main Triangel para o deslocamento dos funcionários e visitantes do edifício. TKE em movimento Twin panorâmico: as duas cabinas se movimentam simultaneamente O primeiro Twin foi instalado pela ThyssenKrupp na Universidade Stuttgart, no início de 2003. O desafio era transportar um número crescente de estudantes no prédio da universidade sem fazer mudanças estruturais. Ainda, na Alemanha, dois sistemas foram instalados no quarteirão de prédios, do Dreischeibenhaus, em Düsseldorf, e outros quatros sistemas serão instalados na BMW, em Munique, como parte do programa de modernização dos elevadores. O elevador Twin também está em fase de implantação no Oceanic Center, em Valência, Espanha, e no Tower Federation de Moscou, na Rússia. 7 ENTREVISTA Eduardo Correia de Carvalho “Nossa gestão procura ampliar as oportunidades de negócios para as empresas associadas” TKE em Movimento: Como o mercado de Pernambuco está reagindo ao boom imobiliário brasileiro? Eduardo Correia Carvalho: O panorama econômico do País com a queda de juros atrelada à segurança jurídica através de instrumentos para evitar casos como o da Encol, impulsionaram os bancos a investirem nos financiamentos imobiliários, ampliando a oferta de crédito. Em São Paulo, os financiamentos já representam 50% dos negócios imobiliários. Em Pernambuco, o efeito dos agentes financeiros também está chegando com velocidade, mas ainda enfrentamos algumas barreiras, como a falta de estrutura por parte dos bancos para atender essa nova demanda e de cultura local para obter financiamentos. Mesmo assim, já registramos em um ano um salto de 1% para 15% de novas construções financiadas através de crédito imobiliário. TKE: Qual o perfil das construções que estão sendo erguidas em Pernambuco e quais regiões são as mais valorizadas? ECC: A maior demanda é na região metropolitana, principalmente em Recife na extensão da praia de Boa viagem. A predominância nesta região é de construções luxuosas com três e quatro dormitórios e varanda, uma característica local para se apreciar a vista e a brisa do mar. Por ser um 8 empresas de outras localidades já estão chegando e constituindo parcerias com empresas locais para atuar na região. O conceito que elas estão trazendo é o de grandes condomínios com até dez torres e que não temos por aqui. Como nem todo mundo gosta de morar neste tipo de empreendimento, acredito que o mercado local tem espaço para todos. Mas as empresas locais precisam se preparar para a concorrência no sentido de acompanhar a profissionalização do setor. FOTO: DIVULGAÇÃO Eduardo Correia de Carvalho é sóciodiretor da Exata Engenharia, empresa criada em 1988 e que atua com mais ênfase no segmento residencial de Pernambuco. Hoje, além das obras de incorporação, o principal projeto da construtora é um condomínio residencial de 419 casas que está sendo construído em Igarassu, região metropolitana de Recife. Na Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco – AdemiPE, ele começou como diretor em meados da década de 90 e, em 2006, foi eleito para um mandato de dois anos. Uma das prioridades à frente da associação é abrir as oportunidades de negócios junto aos bancos privados. “Em Pernambuco, o efeito também está chegando com velocidade, mas ainda enfrentamos algumas barreiras, como a falta de estrutura por parte dos bancos para atender essa nova demanda” município pequeno, Recife é uma das cidades com prédios mais altos do País, em média 40 pavimentos. Apartamentos menores, tipo loft, também têm atraído os investidores. Mas, a maior demanda é por habitações para a população com renda de até cinco salários mínimos. No sul da capital, onde será construído o Complexo Industrial e Portuário de Suape, também é promissora com a expectativa de empreendimentos para a moradia tanto de executivos, como de trabalhadores. TKE: Empresas do setor estão abrindo o capital e ampliando sua atuação. Essa realidade já é presente na região? ECC: Sim, uma grande construtora local está abrindo o capital. Por outro lado, TKE: Como classifica o nível de profissionalização do setor em Pernambuco? ECC: Neste quesito, Pernambuco sempre esteve na vanguarda. Prova disso é a tecnologia adota para a construção de edifícios com 40 pavimentos na região urbana. Além disso, a Ademi-PE investiu na qualificação do setor e hoje o Estado possui o maior número de empresas certificadas com a ISO 9000 na região Nordeste. As tecnologias aplicadas na industrialização do setor, como obra seca, racionalização de processos construtivos e preservação do meio ambiente fazem parte do dia-a-dia das empresas da região. TKE: Qual é a representatividade da Ademi-PE? Quais os desafios da sua gestão? ECC: Hoje a Ademi-PE representa 100 incorporadoras e é responsável por toda a regulamentação do mercado local. Nossa gestão vem procurando atuar no sentido de ampliar as oportunidades de negócios para as empresas associadas. Uma das frentes de atuação é a gestão junto aos bancos privados para a abertura de linhas de crédito. Também inserimos a região no mercado internacional, participando do Salão Imobiliário de Lisboa e ocupamos uma diretoria na Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste. A profissionalização do setor também é uma preocupação constante através da realização de seminários que colocam os associados diante dos principais profissionais do País da área imobiliária. TKE em movimento