DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA C/H: 30 PROFA. LAUDECIA ARAGÃO COSTA PERGUNTA CENTRAL DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO PAIS COMO resolver/eliminar/tratar o problema de aprendizagem do meu filho? PSICOPEDAGOGO POR QUE aprendizagem? o sujeito sofre desse problema de CONCEITUANDO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICO – um conjunto de dados, formado a partir de sinais e sintomas, do histórico clínico e dos exames complementares, é analisado pelo profissional de saúde e sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento para a eventual intervenção e/ou previsão da evolução, baseados no quadro apresentando. INTERVENÇÃO – ato ou efeito de intervir e indica uma intercessão ou mediação em alguma situação adversa. No âmbito da medicina, uma intervenção é um procedimento feito com o objetivo de tratar o paciente. DIAGNÓSTICO INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICO PSICOPEDAGÓGICA (OBSERVAÇÃO) (AÇÃO) CONSIDERAÇÕES INICIAIS QUANTO AOS TERMOS Psicopedagogia: a área do conhecimento que estuda como as pessoas constroem o conhecimento. A PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA tem como objetivo central reconhecer e atender as alterações de aprendizagem sistemática e/ou assistemática, de natureza patológica. Psicopedagogo: é o profissional que procurará compreender as mensagens, muitas vezes implícitas, sobre os motivos que levam as pessoas a obterem resultados insuficientes ao esforço aplicado em sua busca pela aprendizagem, seja ela sistemática ou não. Diagnóstico psicopedagógico: forte conotação médico-psicológica que centra-se na identificação de doenças e no seu tratamento visando à cura. Muitos autores têm preferido adotar a expressão Avaliação psicopedagógica, pois há um deslocamento do enfoque médico para o enfoque educacional. Quando falamos de diagnóstico, referimo-nos a uma atividade limitada à busca de patologias nos indivíduos como causa explicativa de seus desajustes ou dificuldades e, portanto, relacionada com um modelo médico-explicativo de conduta. Se falamos de avaliação, referimo-nos a um tipo de informação muito mais amplo sobre a pessoa, que não fica centrado exclusivamente no indivíduo, mas também no seu ambiente e na interação entre ambos, e que não utiliza como procedimento principal e quase único os testes psicológicos ou a avaliação clínica [médica]. (SOLÉ, 2001, p. 188, grifo nosso). SOLÉ, Isabel. Orientação educacional e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO Todo diagnóstico Psicopedagógico é uma investigação, é uma pesquisa do que não vai bem no sujeito; Todo diagnóstico é esclarecimento de uma queixa, do próprio sujeito, da família, da escola; Nesta investigação não se pretende rotular o sujeito, mas sim se obter uma compreensão global da sua forma de aprender e dos desvios neste processo; AS ÁREAS DE AVALIAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO ÁREA EMOCIONAL: Avalia a condição afetiva do aprendiz frente a situações de aprendizagem nos âmbitos: escolar, familiar e pessoal. Objetivos: Investigar os conteúdos afetivos constitutivos do vínculo com a aprendizagem; Subsidiar a análise do papel que o aprendente ocupa no contexto social, as suas relações na família, na escola, bem como os seus conflitos, desejos, sonhos, rejeições, tristezas, alegrias, dúvidas, medos, dentre outros significados, inclusive na área cognitiva. ÁREA MOTORA: Analisa o perfil neuro-sensório motor do aprendiz; Objetivos: Avaliar o estágio de desenvolvimento sistemas: nervoso, sensório e motor. dos ÁREA PEDAGÓGICA: Avalia o processo da gênese da escrita, da leitura e do cálculo. Objetivos: Observar o desenvolvimento da aprendizagem do aprendente, nos aspectos: Escrita – Posição do papel, postura para escrever e segurar os instrumentos, erros ortográficos, velocidade da escrita, etapas de desenvolvimento do grafismo, qualidade da escrita, etc.; Leitura – Velocidade, ritmo, postura e dificuldades; Cálculo – Relações de tamanho, conceito de permanência de quantidade, compreensão das quantidades e dos signos visuais (números). ÁREA COGNITIVA: Avalia o estágio de desenvolvimento cognitivo relacional do aprendente. Objetivo: Analisar o desenvolvimento do raciocínio lógico, o estágio das operações do pensamento, atenção e concentração. AS DUAS DIMENSÕES DO DIAGNÓSTICO DIMENSÃO TÉCNICA DIMENSÃO CLÍNICA A escuta da queixa Enigma: por quê? Relação psicopedagogo e paciente Manejo científico Investigação Pesquisa Coleta de dados Manejo científico Compreensão global do sujeito que aprende Manejo clínico Transferência Manejo clínico Autonomia do sujeito DIMENSÃO TÉCNICA – ASPECTOS GERAIS Todo diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma investigação, uma pesquisa do que não vai bem com o sujeito em relação ao processo de aprendizagem. Trata-se, portanto, de esclarecer uma queixa. A queixa pode ser formulada: pelo próprio sujeito, pela família, pela escola, por outros profissionais que atendem o sujeito. Podem existir semelhanças e diferenças na formulação da queixa. Isto deve ser levado em conta pelo psicopedagogo que deve delimitá-la com clareza. QUEIXA APRENDIZAGEM Não aprender. Aprender com dificuldade. Aprender com lentidão. Não revelar o que aprendeu. Fugir de situações de aprendizagem. Entre outras. COMPORTAMENTO Agitação. Agressividade. Impulsividade. Desinteresse. Apatia. Timidez. Fobia social. Entre outros. ATIVIDADE Das 12 queixas apresentadas, escolher 3 delas e formular uma primeira hipótese diagnóstica para cada uma. Responder: para vocês, existe diferença entre ouvir a queixa e escutar a queixa? Se sim, qual a diferença? QUEIXAS: A ELABORAÇÃO DAS PRIMEIRAS HIPÓTESES A partir da formulação da queixa, o psicopedagogo deve elaborar as primeiras hipóteses investigativas. Vejamos quais hipóteses poderiam ser elaboradas a partir das queixas seguintes: socialização da atividade. 1. Parece que ele não guarda nada. 2. Não tiro nota boa porque relaxo. Não presto atenção. Só consigo quando alguém ajuda. 3. Ele não faz nada na sala, não fixa em nada, não presta atenção na aula. 4. Não sou inteligente a ponto de olhar o professor explicando e entender na hora. QUEIXAS: A ELABORAÇÃO DAS PRIMEIRAS HIPÓTESES 5. Lê bem, mas não consegue escrever. É ótimo na matemática, mas sempre foi mal em português. 6. Erro na escrita porque faço muito rápido, não sei fazer devagar. Não gosto de ler livro. O que eu gosto mais é da aula de música. Não gosto de dividir, não sei conta de dividir. 7. Vai sempre mal na escola, mas eu também era assim e hoje estou muito bem. Estou aqui porque a escola mandou. 8. Estudo, na hora da prova dá nervoso e eu esqueço. Estou me esforçando. Nas matérias não vou nada bem. Não sei conseguir resultado melhor. Não gostei da professora, gritava muito. 9. Ele é cabeça-dura que nem eu! Lá em casa, ninguém sabe nada. Acho que não adianta... QUEIXAS: A ELABORAÇÃO DAS PRIMEIRAS HIPÓTESES 10. Não estudo, não tenho paciência para estudar. Só agora, na 5ª série, é que as matérias são mais difíceis. Na prova final, vou estudar feito um condenado! 11. Acho que está tudo bem! Não sei por que a professora disse para eu trazer ele aqui. 12. Eu não queria aprender a ler e a escrever. Tenho medo de tirar nota baixa, repetir ano e perder os amigos. Tive dificuldade no colégio A, não era bom o ensino; aí, minha mãe me tirou e pôs em outra escola; aí, o segundo colégio não era bom e minha mãe botou em outro; aí, ela não gostou e eu voltei para o primeiro. AS ETAPAS DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO ENTREVISTA FAMILIAR EXPLORATÓRIO SITUACIONAL (E.F.E.S) ENTREVISTA DE ANAMNESE SESSÕES LÚDICAS PROVAS E TESTES ENTREVISTAS DE DEVOLUÇÃO E ENCAMINHAMENTO SÍNTESE DIAGNÓSTICA UM LEMBRETE IMPORTANTE O questionário feito na fase anamnese deve ser registrado por escrito. ATIVIDADE Leia o texto AS ETAPAS DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO caracterizá-las. para identificá-las e DIMENSÃO CLÍNICA – ASPECTOS GERAIS No manejo da relação clínica entre psicopedagogo e sujeito deve-se levar em consideração: A especificidade da clínica da criança, do adolescente e do adulto. A escuta psicopedagógica. A dimensão do sintoma. A transferência e a contratransferência. O desejo de aprender. CONHECENDO ALGUNS TESTES UTILIZADOS NOS DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO PROVA DE ANÁLISE E SÍNTESE (FIGURAS INCOMPLETAS) AUTORES: ROSSOLINO E ANDRÉ REY Consigna: “Se este desenho tivesse completo, o que seria?” Idade de aplicação: a partir de 6 anos Quando usar: Dificuldades de leitura e cálculo. Material: 20 cartões da Prova. O que se observa: capacidade de análise e síntese; vocabulário; percepção e discriminação visual; atenção e concentração. PROVA DE RECORTE PARA CRIANÇAS PEQUENAS AUTORA: MIRA STAMBACK (ADAPTAÇÃO DOS CÍRCULOS DE OZERETSKY) Consigna: “Você vai recortar esse caminho sem tocar as bordas, nem sair do caminho, assim... veja” (O Pp corta até o traço perpendicular). “Agora continue e pare (Indicando o outro traço). aqui”. IDADE DE APLICAÇÃO: DE 5 A 6 ANOS QUANDO USAR: DIFICULDADES DE ESCRITA, COORDENAÇÃO VISOMOTORA E COORDENAÇÃO MOTORA FINA. MATERIAL: 3 FOLHAS DA PROVA, TESOURA E CRONÔMETRO. O QUE SE OBSERVA: MÃO USADA PARA RECORTAR, QUALIDADE DO RECORTE, TEMPO DE CADA RECORTE, DESVIOS DA LINHA. EXPLORAÇÃO DA AGNOSIA VISUAL DESENHOS DE DIFICULDADE CRESCENTE AUTORES: BARBIZET & DUIZABO Consigna: “Copie estes desenhos seguindo a ordem do modelo.” Idade de aplicação: A partir de 6 anos Objetivos: noção espacial, motricidade fina, orientação temporal, noção de direita-esquerda, memória visual. Quando usar: Dificuldades de escrita, organização espacial a nível gráfico, dificuldade de memória visual, coordenação visomotora e coordenação motora fina. Material: 1 prancha com os desenhos, 1 folha de papel ofício, lápis preto, borracha. O que se observa: preensão do instrumento, qualidade do desenho, distribuição dos elementos na página. Consigna: “Você está vendo esses desenhos? Os da direita são iguais aos da esquerda, mas estão em outra posição e faltando algo. Você vai completá-los de modo que fiquem iguais. IDADE DE APLICAÇÃO: A PARTIR DE 12 ANOS. QUANDO USAR: PARA AVALIAR A CAPACIDADE DE ABSTRAÇÃO DO APRENDIZ. MATERIAL: 1 FOLHA DE PROVA, LÁPIS PRETO, BORRACHA. O QUE SE OBSERVA: QUALIDADE DA COMPLEMENTAÇÃO DO DESENHO, ÂNGULOS, SEMELHANÇA COM O MODELO, PRESSÃO E PREENSÃO. AVALIAÇÃO RESULTADOS: OBSERVAR O QUE APRESENTA DE ACERTOS E DE ERROS. DOS PROVAS PIAGETIANAS Conservação de números Conservação de matéria Conservação da área Conservação de líquidos Seriação de palitos Inclusão de classe 1. CONSERVAÇÃO DE NÚMEROS Material: 11 círculos vermelhos e 11 círculos azuis (podem ser tampinhas de garrafa, EVA, papelão...) A criança recebera um saquinho com 22 fichas, explicamos a ela que as fichas estavam divididas em dois grupos, um grupo de fichas azuis e outro de ficha vermelha. não deixar explicita, em momento algum, a quantidade de fichas. A criança deve, no decorrer da aplicação da prova, contar a quantidade, se considerar necessário. Montar uma fileira horizontalmente com as fichas azuis e pedir a elas que montem uma fileira igual a nossa. Perguntar se há mais azuis ou mais vermelhas. Confronto: A transformação será feita na frente da criança, ampliando o espaço entre as fichas azuis, perguntar novamente se há mais fichas azuis ou mais fichas vermelhas. 2. CONSERVAÇÃO DE MATÉRIA Materiais: Massa de modelar de duas cores (Compre uma caixa de modelar, pois para essa prova, usou uma vez, não pode usar novamente, pela questão do visual) A criança deve perceber que a mudança de formato do objeto não interfere na quantidade de matéria do qual ele é composto. Apresentar uma caixa de massinha de modelar com seis unidades. Retirar da caixa e mostrar às crianças que todas eram do mesmo tamanho. Pegar uma massinha amarela e outra vermelha (ou outra cor) e fazer duas bolinhas iguais. Em seguida, perguntar à criança em qual das duas bolinhas elas acham que há mais massinha. Confronto: Realizar a transformação, na frente das crianças: pegar a bolinha amarela e fazer no formato de bolinha. Perguntamos se há mais massinha na bolinha vermelha ou na cobrinha amarela. Verificar se as crianças compreendem a prova de conservação da matéria, e as transformações ocorridas perante seus olhares, como acompanharão o processo de transformação. 3. CONSERVAÇÃO DE ÁREA Materiais: 2 pranchas verdes retangulares de 20x25cm (pode ser EVA, papelão, papel cartão...), 8 quadrados vermelhos de 4x4 e 2 vaquinhas (EVA, cartolina, biscuit, de plástico...). Colocar diante das crianças duas placas para representar pastos. Dar a elas duas vaquinhas do mesmo material. Explicar que elas devem colocar as vaquinhas nos pastos. Pegar dois quadrados exatamente do mesmo tamanho para representar a moita de capim que a vaquinha iria comer. Distribuir uma moita de capim em cada pasto. Perguntar em qual dos dois pastos há mais capim. Confronto: Pegar mais dois quadrados do mesmo tamanho e distribuir da seguinte forma: no pasto da esquerda colocar as moitas lado a lado no sentido vertical e no pasto da direita as duas separadas horizontalmente. Perguntar em qual há mais capim. 4. CONSERVAÇÃO DE LÍQUIDOS Materiais: Copo de vidro (um copo transparente) Pegar dois copos cilíndricos do mesmo tamanho, pedir a criança que nos ajude a medir a quantidade de água, de forma que fique igual nos dois copos. Depois de colar a água na mesma altura nos dois copos, perguntar em qual deles há mais água. Confronto: Pegar um copo alto e fino, transportar agua de um dos copos iniciais para esse, em seguida interrogar em qual dos copos há mais água. As crianças que responderem o copo alto e fino ainda não conseguiram estabelecer a equivalência entre os líquidos dos recipientes, o raciocino foi baseado em aspectos visuais. 5. SERIAÇÃO DE PALITOS Materiais: conjunto de 10 palitos com tamanhos diferentes (palito de sorvete) A seriação consiste na capacidade de organizar mentalmente um conjunto de elementos em ordem crescente ou decrescente de tamanho, peso ou volume." (Wadsworthm 1996). A criança recebera palitos de diferentes tamanhos, deverão arruma-los de menor para o maior como uma escadinha, todos juntos. 6. INCLUSÃO DE CLASSE Materiais: 10 margaridas (EVA, desenho, papelão, papel cartão), 3 rosas, 10 coelhos. O material apresentado a criança consiste em um saquinho contendo varias flores e coelhos. Explicar que as flores estavam divididos em dois grupos: um de flores chamadas margaridas e outro de flores chamadas rosa. Colocamos cinco margaridas lado a lado e, na fileira abaixo, três rosas lado a lado. Indagamos: Há mais rosas ou margaridas? A questão seguinte será apresentada desta forma: Se nos tirarmos uma rosa, ficaremos com menos flores, menos rosas ou menos margaridas? Pegar os 10 coelhos que estavam dentro do saquinho com as flores e colocar numa mesma fileira lado a lado, logo abaixo das rosas. Formular uma nova questão: Há mais flores, mais rosas, mais margaridas ou mais animais? Observar todo o comportamento da criança durante a sessão, registrando inclusive as falas. MAS AFINAL, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM QUE NECESSITAM DE UM DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO? A RESPOSTA PARA ESSA PERGUNTA É A SEGUINTE: Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem hiperatividade – TDA/H; Discalculia; Dislalia; Disortografia. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO OS SINTOMAS As pessoas podem apresentar: No Comportamento: agressividade, excitabilidade, hiperatividade, impulsividade, inquietação, irritabilidade ou falta de moderação. Na cognição: dificuldade de concentração, esquecimento ou falta de atenção. No Humor: ansiedade, excitação ou raiva. Também comum: depressão ou dificuldade de aprendizagem. O DIAGNÓSTICO O diagnóstico de TDA/H é complexo e deve ser feito com muita cautela, pois é preciso levar em conta não só os sintomas presentes, mas uma análise extensa e histórica do caso. Essa preocupação deve-se ao fato de outros problemas apresentarem sintomas parecidos. É necessário uma análise histórica desde a infância do indivíduo e a coleta de informações na família, com os pais e professores. Quando ela começa a apresentar dificuldades na algumas diferenças: aprendizagem podemos verificar O imperativo/impulsivo – conversa o tempo todo, não para quieto, derruba os materiais ou outros objetos, não consegue se concentrar em nenhuma tarefa O desatento – parece estar prestando atenção, mas não se concentra. Aparentemente é calmo, mas parece estar longe quando é chamado. O – imperativo/impulsivo/desatento combinação das citadas anteriormente. duas situações O TRATAMENTO Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação, na maioria dos casos, faz parte do tratamento. A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental que no Brasil é uma atribuição exclusiva de psicólogos. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH. O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado em casos específicos onde existem, simultaneamente, Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia). O TDAH não é um problema de aprendizado, como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos. EXEMPLO DE ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNO QUE TEM TDA/H Confeccione tirinhas de cartolina ou outro papel com as vogais, em outra folha copie as palavras que você pretende trabalhar com a criança. No local das vogais use a tirinha para que a criança encontre a letra adequada para formar a palavra. Nessa atividade pode se trabalhar letras maiúsculas e minúsculas. AUTORA: SOCORRO BERNARDES DISCALCULIA O QUE É: distúrbio de aprendizagem causado por má formação neurológica, provocando dificuldade em aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; SINTOMAS: Incapacidade de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, seguir entender sequências, matemáticos, dentre outros. princípios de compreender medida, conceitos relacionar o valor de moedas, O DIAGNÓSTICO O diagnóstico da discalculia é feito através de avaliação clínica. Ladislav Kosc descreveu seis tipos de discalculia que são: Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos. Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos. Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos. Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos. Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens. Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos. O TRATAMENTO O psicopedagogo é o profissional indicado no tratamento da discalculia, que é feito em parceria com a escola onde a criança estuda. Geralmente os professores desenvolvem atividades específicas com esse aluno, sem isolá-lo do restante da turma. EXEMPLO DE ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNOS QUE TEM DISCALCULIA SUDOKU - O objetivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3. Esta atividade desenvolve a estruturação espácio-temporal; promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção visual. DISLALIA O QUE É: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, seja omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas. As trocas mais comuns são: P por B; F por V; T por D; R por L; F por S; J por Z; X por S OS SINTOMAS: Troca de palavras por outras similares na pronúncia; fala errônea das palavras; omissão, substituição ou deformação dos fonemas. O DIAGNÓSTICO Crianças que chupam chupeta e mamam mamadeira por um tempo prolongado, bem como as que chupam o dedo ou mesmo mamam pouco tempo no seio, podem apresentar um quadro de dislalia. A dislalia pode ser subdividida em quatro tipos: Dislalia evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida gradativamente durante o seu desenvolvimento. Dislalia funcional: neste caso, ocorre substituição de letras durante a fala, não pronunciar o som, acrescenta letras na palavra ou distorce o som. Dislalia audiógena: ocorre em indivíduos que são deficientes auditivos e que não conseguem imitar os sons. Dislalia orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo, impossibilitando à correta pronuncia, ou quando há alguma alteração na boca. Até os quatro anos de idade, os erros de linguagem são considerados normais. Todavia, após essa fase, a criança pode vir a ter problemas caso continue falando errado, podendo afetar até a escrita. O caso clássico desse distúrbio é o Cebolinha, personagem da Turma da Mônica. O TRATAMENTO Cada caso exige um procedimento particular para o tratamento da dislalia, mas o trabalho do fonoaudiólogo sobre a falha e dificuldade é indiscutível. A criança será trabalhada e estimulada para desenvolver algumas competências como a sensação e a capacidade de sentir os sons; percepção, ou seja, a aptidão para reconhecer o som; e a elaboração, que é a capacidade de reflexão sobre os sons percebidos. A partir daí, falamos da autoconfiança, bom relacionamento, crescimento pessoal… Acredite! A dislalia tem tratamento, e, para isso, uma equipe interdisciplinar de profissionais baseada em psicopedagogo, fonoaudiólogo, psicólogo entre outros, tem muita importância para o resultado positivo. EXEMPLO DE ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNOS QUE TEM DISLALIA ÁLBUM DE FIGURINHAS – Serve para a avaliação oral. O aluno deverá dizer o nome das figuras que lhes são mostradas. PATO RATO PRATO DISORTOGRAFIA O QUE É: é a dificuldade de aprender e desenvolver linguagem as habilidades escrita. Segundo da a fonoaudióloga Fernanda Marques, “é a alteração na planificação da linguagem escrita, causando transtorno na aprendizagem da ortografia, gramática e redação”. OS SINTOMAS: Traçado incorreto da letra; lentidão; alteração no espaço, sujeira e falta de clareza na escrita; inteligibilidade. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Após uma avaliação fonoaudióloga, a criança terá um plano de tratamento para que o distúrbio não seja um vilão na aprendizagem. É importante estimular a criança com exercícios para os ombros, cotovelos, punhos, mãos e dedos, podendo fazer uso de bolas, petecas, brinquedos… Esses exercícios também poderão ser feitos através de técnicas de percepção corporal como relaxamento, prancha equilíbrio, materiais como argila, tinta, massinha, jogo. de EXEMPLO DE ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNOS QUE TEM DISORTOGRAFIA O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras. Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma. UM LEMBRETE IMPORTANTE A dislexia é um distúrbio genético e neurobiológico que causa uma desordem na chegada de informações para o cérebro. Afeta a área da leitura, escrita e soletração, podendo ser acompanhada ou não por outras dificuldades como a discalculia e a disortografia. ATIVIDADE EM GRUPO Faça uma caixa criativa, de papelão, madeira, ou forrada de tecido, chegou a hora de confeccionar o seu kit de Provas Piagetianas. Elabore atividades que possam ser utilizadas na avaliação psicopedagógica dos transtornos de aprendizagem apresentados anteriormente.