Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina Laboratório de Física 2 Prof. Sidney Alves Lourenço Curso: Engenharia de Materiais Grupo: --------------------------------------------------------------------------------------------------------- QUEDA LIVRE DOS CORPOS Experimento - 3 _____________________________________________________ Introdução Denominamos queda livre a queda de um corpo no vácuo, sob a ação única e exclusiva da gravidade. Este fato torna á experiência um pouco difícil de realizar em sala de aula, pois depende de uma câmara de vácuo. Se, no entanto, usarmos um corpo de forma apropriada, densidade razoavelmente elevada e percorrendo pequenas distâncias verticais, a resistência do ar se torna muito pequena, podendo ser desprezada. Desta forma iremos fazer o experimento aceitando a queda de uma esfera de aço, de uma pequena altura dentro da sala de aula, como um movimento de queda livre. A aparentemente simples natureza do movimento de queda livre tem sido, desde há muito, objeto de interesse da filosofia da natureza. Baseado em observações qualitativas, Aristóteles havia afirmado que “o movimento de queda de qualquer corpo dotado de peso é mais rápido em proporção a seu tamanho”. De baixo de sua autoridade se aceitou esta idéia durante muitos séculos. A autoridade de Aristóteles só foi mudada depois que Galileo Gelilei, sábio italiano do Renascimento nascido em 1564, procurou por experiência descobrir a verdade e a proclamou publicamente. É chamada QUEDA LIVRE, quando se considera desprezível a ação do ar ou ocorre no vácuo. Galileo realizou uma série de experiências sobre a queda livre dos corpos e chegou às seguintes conclusões: 1). Todos os corpos, independente de seu peso ou massa, caem com a mesma aceleração. Próximos da superfície da Terra, a velocidade de queda é proporcional ao tempo, isto é, a aceleração é constante. 2). As distâncias percorridas pelos corpos abandonados em queda livre são proporcionais aos quadrados dos tempos, isto é, a função horária y = f (t) é uma função de segundo grau. Se a aceleração é constante e a função horária é do segundo grau, decorre que a Queda livre dos corpos é um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Um lançamento na vertical só difere da queda livre pelo fato de apresentar uma velocidade inicial vertical. A aceleração de um corpo que cai livremente chama-se aceleração da gravidade e representa-se por g. Ela é levemente variável com a latitude do lugar (distância ao equador), e altitude (medida em relação ao nível do mar). É menor no Equador que nos pólos, devido a rotação da Terra e sua forma não totalmente esférica: Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina 2 no Equador, g = 9,78039 m/s e nos pólos, g = 9,83217 m/s2. O valor normal da o aceleração da gravidade é tomado ao nível do mar, a uma latitude de 45 : g = 9,80665 m/s2. Pólo Norte g = 9,8321 m/s2 Londres g = 9,8118 m/s2 equador g = 9,7804 m/s2 Bueno Airres g = 9,8045 m/s2 Uma equação aproximada para o cálculo de g (em cm/s2), com a latitude (Φ) e altitude (h em metros), é dada por: 2 2 g = 978,049 (1 + 0,0052884 sen Φ - 0,0000059 sen 2Φ) - 0,0003086.h - 0,011 (Eq.1) Objetivos: O objetivo deste trabalho é determinar experimentalmente a aceleração da o gravidade local (Φ= 23 31’ S e h = 576,0 m – Londrina), utilizando-se da queda livre de uma esfera de aço partindo do repouso, e compará-lo com o seu valor teórico. Usando os dados acima obtemos g=978,7 cm/s2. Também temos como objetivo trabalhar a teoria de propagação de erros e a eterminação 2h GM da massa da Terra, sabendo-se que ag 2 ; V r t . Materiais: Cronômetro digital com fonte de tensão DC (0 – 12V). Sensores de acionamento e parada do cronômetro; Trilho vertical em alumínio com tripé; Eletroímã com cabos de ligação e interruptor; Esfera de aço Metodologia: 1. Montar o equipamento (quando este ainda não estiver montado). 2. Acoplar o eletroímã na extremidade do trilho e conectá-lo aos bornes da fonte DC existente no próprio cronômetro, intercalando a chave liga-desliga no circuito. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina 3. Colocar a esfera de aço no eletroímã. 4. Colocar o primeiro sensor START (S1) na posição que fique alinhado com a esfera (de forma a ter uma velocidade inicial praticamente nula). Nesta posição a esfera (sensor) terá uma distância inicial Y0. Levar em consideração o diâmetro da esfera. Colocar o segundo sensor STOP (S2) 10 cm abaixo do primeiro, de forma que: Y = 0,10 m 5. Desligar o eletroímã, fazendo a leitura do tempo gasto ao percorrer esta distância vertical de 10 cm (Y = 0,10 m). 6. Anotar na Tabela abaixo o tempo registrado no cronômetro. 7. Repetir esta operação 6 (seis vezes) e calcular o tempo médio tm. 8. Variar a distância do sensor S2 para 0,2 m, 0,30 m, 0,40 m, e 0,50 m e 0,60 m; repetindo para cada uma destas os procedimentos 6, e 7. 9. Calcular a aceleração. g2 Y (t m ) 2 10. Calculara velocidade final para cada distância. N0 Y 1 2 3 4 5 6 (m) 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 t1 t2 Tempos t3 t4 V g . tm tm (s) g 2 (m/s ) V m/s t5 Aceleração da gravidade Média ATIVIDADES E QUESTIONÀRIO 1. Construir um gráfico da posição final (Y) em função do tempo Y = f(tm) usando os dados da tabela. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina 2. De acordo com a curva obtida no gráfico Y = f(tm), que tipo de equação (linear, exponencial, potência, etc) a representa? ________________________ 3. Linearizar o gráfico e determinar os coeficientes angular e linear do mesmo. 4. Esta reta passa pela origem dos eixos? Por que? . † OBS: para linearizar forme a tabela X(m) X t2 (s2). Coeficiente angular a = __________ Coeficiente Linear b = __________ 5. Se compararmos com a equação do movimento retilíneo para queda dos corpos, Y = (1/2) g t2, com a equação da reta obtida verificamos que A = (1/2) g. Calcule o valor de g. 6. Construir, um gráfico de V = f(tm) e determinar os coeficientes angular e linear do mesmo, através do ajuste de uma função linear. Coeficiente angular a = __________ Coeficiente Linear b = __________ 7. Comparar este valor do coeficiente angular com os valores da tabela. Ele é igual a qual grandeza? __________________________________________________ 8. Qual é o significado físico da área sob o gráfico Vm = f(t)? 9. Construir o gráfico da aceleração em função do tempo, a = f(t). Que forma ele apresenta?_______________________________________________________ 10. O que representa a área sob este gráfico?______________________________ 11. Como se pode classificar este movimento (MU ou MUV)? Justifique. 12. Apresente o erro percentual. Erro percentual (%) = 100 [Valor teórico – Valor experimental] onde, Valor teórico é o calculado pela equação (1). Valor experimental é o obtido nos dois gráficos. 13. Citar alguns motivos que possam justificar o erro percentual.