MATERIAL SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL E PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 1. IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IIDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNDAS PARA O DESENVOLVIMETNO PNUD, 2010) . A seguir o IDH municipal das cidades da Amurel. Tabela IDH da região AMUREL IDHM IDHM Ranking IDHM IDHM IDHM Município Renda Longevidade Educação 2010 2010 2010 2010 2010 227 º 145 º 265 º 876 º 420 º 2738 º 289 º 1266 º 508 º 1081 º 25 º 1904 º 420 º Armazém (SC) Braço do Norte (SC) Capivari de Baixo (SC) Grão Pará (SC) Gravatal (SC) Imaruí (SC) Imbituba (SC) Jaguaruna (SC) Laguna (SC) Pedras Grandes (SC) Rio Fortuna (SC) Sangão (SC) Santa 0,77 0,743 0,882 0,698 0,778 0,746 0,881 0,716 0,767 0,724 0,87 0,716 0,736 0,749 0,846 0,63 0,757 0,726 0,877 0,681 0,667 0,67 0,834 0,53 0,765 0,734 0,868 0,703 0,721 0,719 0,83 0,628 0,752 0,715 0,871 0,682 0,728 0,715 0,87 0,621 0,806 0,848 0,85 0,727 0,7 0,725 0,853 0,554 0,757 0,726 0,843 0,71 453 º 719 º 1052 º 53 º Rosa de Lima (SC) São Ludgero (SC) São Martinho (SC) Treze de Maio (SC) Tubarão (SC) 0,755 0,756 0,834 0,683 0,742 0,754 0,83 0,654 0,729 0,729 0,881 0,602 0,796 0,788 0,866 0,74 Fonte: Adaptado do PNUD, 2010. 2. Comunidade Carente O texto abaixo foi retirado do site: http://www.lenderbook.com/comunidade/ Comunidade é um grupo de pessoas que convivem num mesmo espaço restrito por dimensões bem definidas com estrutura dominante própria, cultura tipificada, linguajar por vezes definido com características locais, leis próprias, regras sociais de conduta e comportamento diferenciadas de outras localidades e identidade visual marcante. Uma comunidade é um subconjunto da sociedade que a integra. A comunidade traz para si somente as normas que a sociedade impõe que convém ao grupo. Quando a norma tem força de lei a comunidade tem tendência de se organizar clandestinamente – à margem da lei. No núcleo de uma comunidade está a presença marcante de um ícone que a representa em termos de influência perante outras comunidades e a sociedade como um todo. O poder está na mão daqueles que detêm grande parte do capital da comunidade, e que se sente na obrigação de efetuar a partilha dos bens com os membros do grupo. Esta relação de troca entre o poder dominante de um núcleo e os populares é uma forma de manter uma rede de relacionamentos cujo dominante se sentirá protegido pelos populares que retribuirão com informações, consumo de seus produtos, acobertamento de ações clandestinas em relação ao referencial da sociedade quando marginalizados pela lei e fidelidade. Este último é conquistado pela troca de favores no sentido do poder dominante fazer as vezes de estado. O poder dominante oferece abrigo para os simpatizantes, alimentação, ajuda para que os iguais, ou populares, possam suportar suas despesas, proteção contra facções rivais que querem destruir a estrutura montada de uma comunidade, oferece transporte para idosos, serviço de comunicação como pontos de informações e encaminha os populares a serviços médicos quando necessários. O preço da submissão é a lealdade aos ideais do poder dominante. Nenhuma outra estrutura é tão forte ou poderosa quanto a um núcleo de comunidade, pois ela influencia diretamente sobre a vida das famílias quase sempre marginalizadas pela sociedade por estarem à margem da independência financeira. Ao contrário do que se pensa, nas comunidades existem sub-núcleos de esfera de influência que na sua grande maioria é formada por pequenos comerciantes que têm o aval da estrutura dominante local para desenvolver as atividades de negócios, quase sempre sem amparo legal da sociedade, sob um esquema de forte proteção institucionalizada do poder local. A hierarquia em uma comunidade é muito próxima uns dos outros. Os níveis se comunicam com grande facilidade e a vida de cada um é percebida por todos do grupo ou grande parte dele. Assim, quando alguém do grupo se destaca logo todos ficam sabendo e o poder dominante controla esta ascensão para observar se há perigo em sua hegemonia na estrutura do poder ou será mais um aliado na manutenção da ordem pública no conglomerado em questão. Na maioria das comunidades as residências estão próximas umas das outras. Existe uma estrutura de ajuda mútua onde todos se beneficiam pelo mutualismo e respeito ao próximo. Os vizinhos são conhecidos e geralmente freqüentam os lares dos conhecidos da divisão territorial a sua volta. Existem comunidades que as estruturas físicas da construção têm aparência de bairros de classe média (B2), outras preservam traços de classes mais baixas (D e E). Nas comunidades existem pessoas que pertencem a todas as classes econômicas, mas a grande maioria é carente de recursos. A simplicidade é uma componente muito importante na vida dos comuns. Todos são iguais, não importa o nível hierárquico. Outra componente interessante é a honestidade entre os iguais. Assim, um membro da comunidade não pode “passar a perna” em outro da mesma comunidade. A estrutura religiosa tem livre acesso dentro das comunidades. Geralmente a força da igreja é neutra em relação aos núcleos de poder de uma comunidade. É livre a manifestação da fé seja ela o que for. Não se verifica com freqüência a exclusão de grupos religiosos de qualquer natureza ou sua interferência na vida dos comuns. O poder de polícia do estado é visto de forma negativa pelos populares. Geralmente existem conflitos entre eles, e membros queridos das comunidades acabam por perderem suas vidas deixando indignado uma grande parcela dos populares que detinham certo carisma por estas pessoas que na visão deles as protegiam, ajudavam nas horas mais difíceis e respeitavam as regras sociais da localidade. Verifica-se que o nível da educação está elevando dentro das comunidades, porém é ainda mais baixa se levada em consideração toda a sociedade. As dificuldades financeiras impõem uma triste realidade para os populares que quase sempre sem alternativas buscam formas ilícitas de desenvolverem atividades. A sociedade externa à comunidade quase sempre marginaliza o comum. Isto fortalece mais ainda os núcleos de influência dos populares onde as pessoas encontram refúgio e quase sempre ocupação. Os valores são calcados na resistência das idéias, na preservação à vida através da conduta livre dentro das comunidades. O referencial é o opressor: aquele que não transfere a “parte do bolo” e que canaliza todos os esforços para continuar impondo a sua forma de pensar e sentir. Então o repúdio à sociedade germina como uma forma de expressar o ressentimento pela marginalização do sistema. As atividades de comércio não-legalizadas como os ambulantes, engraxates, flanelinhas e pedintes são desempenhas na maioria das vezes por pessoas ligadas à comunidades pela falta de opção por não conseguirem trabalhos ditos legais para sustentarem suas famílias. Mas existem advogados, médicos, doutores, psicólogos, pedagogos e odontólogos nas comunidades. Estas pessoas, na maioria das vezes, contaram com o esforço da família e dos amigos para concluírem os estudos. Mas pelas estatísticas oficiais o número de cidadãos que moram em comunidades que atingiram o nível superior ainda é bastante pequeno. A intervenção do estado promove o conflito uma vez que ela desvincula laços de amizade, gera desconforto pela presença de pessoas estranhas no meio, impede o comércio de atividades ditas não legalizadas, mas que não ferem o princípio da lei, como uma padaria que não tem o cadastro nacional de pessoa jurídica, e promove a ociosidade na comunidade. O estado como protagonista de sua falta de mobilidade dentro das comunidades deveria preocupar-se em desenvolver ações de integração com os comuns. Possibilitando o acesso a informação, à saúde, à educação, ao esporte, a melhores moradias respeitando o princípio que une aqueles indivíduos dentro de cada contexto social. Não se engane que a formação de comunidades pertence apenas aos mais fracos. Os mais ricos também formam suas próprias comunidades que na maioria das vezes o lugar de encontro é diferente do lugar de residência. Aqui estão inseridos os clubes, salões de festas, congressos e comunidades virtuais. As comunidades virtuais são acessíveis a todos da sociedade e até mesmo pessoas de outras sociedades, porém o padrão exigido para participar delas requer um mínimo de estrutura física e de equipamentos necessária para a troca de ideias. E a grande maioria dos indivíduos que possui menos condição de vida fica fora deste canal de relacionamento. Com o advento da internet as comunidades virtuais se espalharam. Existe em grande parte das comunidades virtuais a presença hierárquica de um número limitado de moderadores que irão definir o que é interessante mostrar ao grupo as informações coletadas pelos seus membros. Outros, porém selecionam os membros pelo interesse demonstrado em entrevistas. A democratização da tecnologia levou ao surgimento do negócio de lan house onde uma pessoa que não possui equipamento e nem estrutura para ter um computador possa acessar a internet alugando o equipamento por hora conectada. Isto fez com que mais pessoas das classes mais baixas pudessem participar deste fenômeno social que modificou a forma de convívio entre pessoas. Ao contrário das comunidades físicas, a comunidade virtual não vê padrão de classe social, não está ligada a estruturas de poder, quase sempre não entra em conflito com o estado (a menos que desempenhe caráter paramilitar, tráfico de drogas e entorpecentes, incite sobre a prática de delitos ou atente contra a ordem do estado) que terá o seu funcionamento bloqueado por decisão judicial. Como forma de promover uma melhor equidade das informações de uma sociedade, a comunidade virtual sai na frente. Ela não tem obstáculos à socialização. Isto não quer dizer que as comunidades físicas correm um sério risco de desmontar suas estruturas de dominação e poder por parte dos núcleos de influência, mas sim que o acesso a informação torna-se mais democrático e passível de melhorar a relação entre grupos. A tendência geral é que a troca de informações que possibilitem o melhor conhecimento das comunidades físicas, dos bairros, das cidades do interior, dos centros urbanos e dos núcleos de classe alta. Os preconceitos de uma estrutura física com outra devem ser minimizados à medida que as pessoas passam a se conhecer e a respeitarem mutuamente. Outra forma de comunidade é o isolamento de ideias pela hegemonia de um pensamento espiritual que eleve o adepto a uma categoria de ser que busca a purificação da alma e do corpo contra tudo aquilo que ele admite como perverso na sua concepção do existir. Neste grupo estão inseridas as comunidades religiosas. Nas comunidades religiosas o isolamento é um fator importante, pois ele defende uma ruptura com o mundo ou sociedade para atender os ensinamentos de uma carta magma ou livro base para todo o ensinamento. Os valores, nestas comunidades, são seculares, e passam de geração para geração obedecendo aos ensinamentos dos seus criadores. Existem tutores responsáveis por gerenciar a aplicação das regras de comportamento e quem não se adequar às regras impostas a todos é convidado a retirarse da comunidade como uma forma disfarçada de banimento. A fé move o pensamento dos adeptos. O mestre é o referencial e os adeptos têm a tendência de copiar seus modelos neurais de pensamento. Quase sempre não existem reformulações dos dogmas e preceitos a seguir. São estruturas fechadas que abrem para a retomada de novos adeptos em muitos casos. Tem a tendência de resolverem seus problemas sociais entre si, não importando ao estado que intervenha na forma de vida que escolheram viver. Quase sempre seguem as leis da sociedade, o que os tornam um ponto neutro na esfera social. Outra forma de comunidade é a científica. Formada pela estrutura pensante e quase sempre está ligada a forma dominante do estado, composta por pesquisadores, doutores, cientistas, desenvolvedores, consultores e analistas se preocupam por provar por processos empíricos as realidades do mundo. Suas provas e pressupostos não têm contestação quando seus experimentos são elaborados dentro dos padrões e normas aceitos pela ética e cientificismo. As mudanças que estas comunidades provocam em sociedade são enormes, pois elas têm por natureza a habilidade de influenciar valores, tomada de decisões, mudança de paradigmas, mudança de critérios e afetam a forma que as pessoas vêem a vida e seus relacionamentos. As comunidades científicas são as mais isoladas fisicamente. Eles geralmente encontram-se em congressos, workshop, teleconferências, revistas de artigos científicos, universidades e centros de pesquisa. Tem um elevado padrão de vida, possuem um linguajar próprio, tem grande prestígio na sociedade e em termos de hierarquia possuem uma diferenciação pelo grau de estudo que cada um possui. Quase sempre as comunidades científicas estão do lado da lei. Quando conseguem provar teorias que contradizem as leis, essas têm uma tendência de passarem por uma forte reflexão por parte da sociedade com a finalidade de adequar o novo conhecimento à nova realidade trazido pelo meio científico. Quando estão fora da lei, a utilização do conhecimento é canalizada para a construção de projetos que vão contra os princípios da carta magma que rege uma nação. Observe que as comunidades entre si não possuem muitas divergências. Os conflitos ocorrem em relação ao estado quando algum princípio máximo que o estado impõe é afetado pelas atitudes dos comuns em suas relações dentro do grupo e suas relações externas ao grupo. Nem toda relação dentro do grupo é permitida pelo estado, que é o conflito em primeira instância que é a interferência estatal na forma em que os comuns escolheram influenciar suas vidas. Em segunda instância está a influência do grupo sobre a sociedade. No segundo caso o grupo tudo fica marginalizado quando a relação de influência é ilícita e quase sempre o estado faz poder do sua força de polícia para restabelecer o padrão aceito pela sociedade. Convém lembrar que o estado é a representação da sociedade, então por que as comunidades, que estão inseridas no contexto não primam por estarem dentro da lei? É por que nem toda comunidade possui um número expressivo de membros para influenciar as decisões de estado. Os conceitos entre comunidades de vida, educação, religião, comércio e convívio social podem variar drasticamente de uma cultura para outra. O conflito social não acontece porque o estado está presente na repartição do conhecimento. Ele tenta levar um pouco de cada um para que todos possam ter uma ideia do complexo social em que vivemos isto tudo através da rede oficial de ensino. Os unificadores da sociedade são o idioma, a moeda, o patriotismo e a educação. O idioma se estabelece pela formação de uma norma culta onde todas as vertentes das comunidades devem espelhar nela. A moeda surge como uma base de troca capaz de uniformizar as relações de permuta por bens e serviços. O patriotismo está ligado a unidade nacional, onde o espaço territorial pertence a toda a sociedade. E a educação é o aspecto referencial do conhecimento global da sociedade que visa preparar cada indivíduo para sua perpetuação. Os unificadores dentro da comunidade são a regionalização do idioma, o sistema hierárquico e a culturalização. Com a regionalização do idioma os membros da comunidade conseguem transmitir suas ideias de forma clara para si e de forma obscura para não-membros. O sistema hierárquico define as estruturas de poder e grau de conhecimento entre os comuns. Com a culturalização cada comunidade cria uma identidade própria que a represente perante a sociedade. Os unificadores entre comunidades são o idioma oficial, a moeda e a educação. Com o idioma oficial as pessoas trocam ideias e os grupos traduzem em seus idiomas regionalizados a essência de que precisam para que as informações sejam úteis dentro dos seus grupos. A moeda aparece como um forte elemento para base de troca também entre grupos. E a educação unifica a forma de pensar embora para cada grupo exista uma diferença de embasamento, em termos de premissas teóricas, que permitem ter visões distintas de mundo sobre um mesmo conceito abordado pela educação oficial. Nem todo indivíduo pertence a uma comunidade, mas todo o indivíduo pertence a uma sociedade. A sociedade é complexa, a comunidade pode ser ou não complexa. A sociedade é a união de todas as comunidades e indivíduos que não estão inseridos em comunidade. Uma pessoa pode pertencer a mais de uma comunidade. E uma comunidade pode ser subconjunto de outra (é o caso de comunidades médicas ter como subconjunto uma comunidade de pediatras). Fonte: http://www.lenderbook.com/comunidade/ 3. Empreendedorismo social O texto abaixo foi retirado do site: Pastoral da Criança apud Angonese (2010). O empreendedor social é a pessoa que tem o perfil de ajudar a provocar mudanças sociais, visando buscar soluções para os problemas da comunidade, problemas ambientais e até mesmo econômicos. O objetivo do empreendedor social não é gerar lucro, mas ganho em qualidade de vida. 1 INTRODUÇÃO Algumas pessoas às vezes investem seus recursos (financeiros, emocionais) na nobre intenção de mitigar o sofrimento de outras pessoas, dando a essas uma oportunidade de mudar seu quadro social, muitas vezes lamentável. Tais pessoas com tino para a ajuda social praticam um tipo de empreendedorismo social, baseado em certas características, que elevam o padrão de vida de comunidades. Ou seja, o empreendedor social é a pessoa que tem o perfil de ajudar a provocar mudanças sociais, visando buscar soluções para os problemas da comunidade, problemas ambientais e até mesmo econômicos. O objetivo do empreendedor social não é gerar lucro, mas ganho em qualidade de vida. Assim, pode-se dizer que empreendedores sociais são reformadores e revolucionários que, em vez de buscarem melhorar sua própria vida financeira, buscam melhorar o ambiente inteiro por suas ações. O presente trabalho aborda o assunto a partir da ótica da pesquisa bibliográfica. Para seu desenvolvimento, baseou-se principalmente em textos e artigos científicos que discorrem sobre o tema e aludem ao fato de as pessoas empregarem seus recursos e seu conhecimento para o desenvolvimento social a partir de ações sustentáveis. A técnica usada foi a da leitura, do fichamento e do resumo de textos/artigo. A abordagem é exploratória e a natureza é aplicada, visando ampliar o conhecimento do assunto sem esgotá-lo. 2 EMPREENDEDORISMO SOCIAL O Empreendedorismo Social é uma vertente do empreendedorismo em que os atores, em vez de trabalharem para mudar alguma situação particular, inovando para criar produtos ou serviços cujo fito seja o lucro, empregam recursos financeiros, emocionais, criativos, inovadores para melhorar o ambiente em que vivem. De acordo com Melo Neto e Froes apud Aveni (2010), o empreendedorismo social apresenta pelo menos cinco características, que o diferencia dos outros tipos de empreendedorismo: a) é coletivo e integrado; b) produz bens e serviços para a comunidade local e global; c) tem o foco na busca de soluções para os problemas sociais e necessidades da comunidade; d) sua medida de desempenho são o impacto e transformação social; e) visa a resgatar pessoas da situação de risco social e promovê-las, e a gerar capital social, inclusão e emancipação social. Partindo das observações postas, compreende-se o empreendedor social como uma pessoa que tem o perfil de ajudar a provocar mudanças sociais, visando buscar soluções para os problemas da comunidade, problemas ambientais e até mesmo econômicos. O objetivo do empreendedor social não é gerar lucro, mas ganho em qualidade de vida. Segundo Leadbeater apud Aveni (2010): Empreendedores sociais são como empresários nos métodos que eles utilizam, mas eles são motivados por objetivos sociais ao invés de benefícios materiais... Sua grande habilidade é que eles, com freqüência, fazem as coisas a partir de quase nada, criando formas inovadoras de promoção de bem estar, saúde, habitação, que são tanto de baixo custo, quanto efetivas se comparadas aos serviços governamentais tradicionais. Para Melo Neto e Froes (2002), o empreendedorismo social pode ser visto como um modelo de desenvolvimento humano, social e sustentável, segundo o qual o foco é mudado, ou seja, em vez da geração de lucros e dividendos para aumentar o patrimônio da organização, prima-se pelo desenvolvimento da comunidade, para a sociedade civil. A sociedade sustentável poderá ser viabilizada por fomentos de ações de empreendedorismo de cunho social e estratégias de inserção social que sejam também sustentáveis, podendo ser desenvolvidas através do "empoderamento" das comunidades, segundo Melo Neto e Froes (2002): Uma comunidade "empoderada" é terreno fértil para a criação, o gerenciamento e o desenvolvimento de empreendimentos. Portanto, as ações de empoderamento proporcionam uma base econômica capaz de assegurar o surgimento de novos empreendimentos, bem como sua sustentabilidade. A base social garante a solidariedade, o que viabiliza o surgimento de empreendimentos cooperativos, em um processo de transformação da sociedade que se caracteriza pela presença dos seguintes elementos: a) aumento do nível de conhecimento da comunidade local com relação aos recursos existentes, capacidades e competências disponíveis em seu meio; b) aumento do nível de consciência da comunidade com relação ao seu próprio desenvolvimento; c) mudança de valores das pessoas que são sensibilizadas, encorajadas e fortalecidas em sua auto-estima; d) aumento da participação dos membros da comunidade em ações empreendedoras locais; e) aumento do sentimento de conexão das pessoas com sua cidade, terra e cultura; f) estímulo ao surgimento de novas idéias que incluem alternativas sustentáveis para o desenvolvimento; g) transformação da população em proprietária e operadora dos empreendimentos sociais locais; h) inclusão social da comunidade; i) melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Assim, pode-se dizer que empreendedores sociais são reformadores e revolucionários que, em vez de buscarem melhorar sua própria vida financeira, buscam melhorar o ambiente inteiro por suas ações. Sua ação é concentrada na obtenção de vantagens para a comunidade e visa a transformar o próprio modo de agir das pessoas envolvidas a partir de ações organizadas através do capital social, capital humano e capital produtivo. O capital social pode ser entendido como o potencial de atuação da sociedade envolvida, percebido através de suas diversas formas de associação. O capital humano, nesse caso, compreende os valores individuais, as atitudes, a gama de conhecimentos e as habilidades individuais e mesmo de uma determinada comunidade. E o capital produtivo, por sua vez, se constitui dos recursos tangíveis e intangíveis, capazes de gerar riquezas e de possibilitar a criação de oportunidades de trabalho, emprego e renda para as pessoas de uma comunidade (FRANCO, 2000). Segundo Dornelas (2010), empreendedor é um indivíduo que apresenta características como: Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz, utilização de recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico, que tem potencial para saber os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. Ou seja, o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. O empreendedorismo social apresenta basicamente as mesmas características, sendo que, de acordo com Oliveira (2004), a ideia de empreendedorismo social tem que apresentar algumas características fundamentais. A primeira é ser uma idéia inovadora, a segunda uma ideia que seja realizável, terceiro que seja auto-sustentável, quarto que envolvam várias pessoas e segmentos da sociedade, principalmente a população atendida, quinto que provoque impacto social e que possa ser avaliada os seus resultados. Os passos seguintes é colocar esta idéia em prática, institucionalizar e gerar um momento de maturação até ser possível a sua multiplicação em outras localidades, criando assim um processo de rede de atendimento ou de Franquia Social, e até se tornando em política publica. Dentro do entendimento enunciado por Oliveira (2004), a seguir apresenta-se um caso bem-sucedido de empreendedorismo social iniciado no Brasil e que, de tal importância, foi exportado para alguns países: a Pastoral da Criança, criada por Zilda Arns. 3 CASOS DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL 3.1 A PASTORAL DA CRIANÇA 3.1.1 Zilda Arns [1] A doutora Zilda Arns Neumann, médica pediatra e sanitarista, foi uma empreendedora social. Em seu trabalho, fundou e coordenou a Pastoral da Criança, fundou e coordenou a Pastoral da Pessoa Idosa, dois organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nascida em Forquilhinha (SC), mãe de cinco filhos e avó de dez netos, escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde. Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns criou a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Assim, desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e pães que alimentaram milhares, narrados no evangelho de João (6: 1-15). A educação das mães por líderes comunitários capacitados revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças facilmente preveníveis e a marginalidade das crianças. Em 2004, a Dra. Zilda Arns recebeu da CNBB outra missão semelhante, fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Pelo trabalho social que desenvolveu, Zilda Arns foi agraciada com as seguintes condecorações: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina. Antes de sua morte, em 2009, numa situação de ajuda humanitária no Haiti, Zilda se tornara Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios, e foi homenageada por diversas outras Instituições, Universidades, Governos e Empresas. 3.1.2 O trabalho de Zilda Arns Segundo Mendes (2010), Zilda Arns representou de forma excelente o espírito do empreendedorismo social por seu altruísmo, legando à sociedade brasileira um trabalho de resgate das pessoas da miséria e de condições subumanas de vida. O trabalho da doutora Zilda Arns foi iniciado no município de Florestópolis (PR), "onde [...] morriam 127 crianças para cada mil nascidas vivas, mas depois de um ano de atividades, fez o índice cair para 28 mortes para cada mil crianças nascidas vivas" (MENDES, 2010). Em mais de vinte anos de trabalho, a Pastoral da Criança atua em 42 mil comunidades pobres, está presente em 4.066 municípios, conta com 260 mil voluntários e assiste cerca de 2 milhões de crianças e 95 mil gestantes. A Pastoral da Criança não é uma instituição que apenas assiste as pessoas nessas necessidades, mas que também "ajuda a construir uma visão duradoura" na sociedade e que "permitiu a recuperação de milhares de pessoas em diferentes países com o mais nobre dos empreendimentos: salvar vidas e promover a esperança" (MENDES, 2010). De acordo com Angonese (2010), o trabalho de Zilda Arns foi inovador e revolucionário, "tanto do ponto de vista ferramental quanto organizacional", destacando-se o seguinte: Programa de alimentação alternativa – baseado no aproveitamento de folha e raízes que, em geral, vão para o lixo. Isso foi decisivo na melhoria da nutrição das crianças carentes e na redução da mortandade infantil, rigorosamente mensurada pela Pastoral da Criança; rede de voluntariado formada por pessoas das próprias comunidades que, num sistema altamente organizado, a divisão do atendimento era feito por quadras, orientando as famílias e acompanhando as crianças (ANGONESE, 2010). O trabalho desenvolvido pela médica e sanitarista Zilda Arns demonstra muito mais que o empreendedorismo social em voga, também a liderança exercida por ela. Segundo Angonese (2010), ela "mobilizou pessoas, recursos, governos e a sociedade nacional e internacional em prol da comunidade". O trabalho desenvolvido na Pastoral da Criança serviu de modelo para o programa governamental de Saúde da Família, em que os agentes comunitários de saúde vão de casa em casa atendendo as pessoas. A Pastoral da Criança expandiu sua atuação pelo mundo, desenvolvendo o programa de atendimento em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, Argentina, Paraguai, Honduras, México, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Peru, Panamá, República Dominicana, Colômbia, Guatemala, Filipinas, Guiné e Haiti, além do Brasil. O quadro abaixo apresenta números do trabalho desenvolvido pela Pastoral da Criança: Números da Pastoral da Criança: Famílias assistidas - 1.256.079 Crianças acompanhadas - 1.598.804 Gestantes acompanhadas - 84.617 Comunidades acompanhadas - 41.176 Voluntários - 84.617 O empreendedorismo social desenvolvido pela Pastoral da Criança, iniciada pela Dra. Zilda Arns, atende a todos os requisitos salientados por Oliveira (2004). Trata-se de um trabalho inovador, revolucionário, factível, mobilizador e de forte impacto social quantificado nos números apresentados. Além disso, tornou-se uma franquia social abrangente e modelo para políticas públicas. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O empreendedor social é a pessoa que tem o perfil de ajudar a provocar mudanças sociais, visando buscar soluções para os problemas da comunidade, problemas ambientais e até mesmo econômicos. O objetivo do empreendedor social não é gerar lucro, mas ganho em qualidade de vida. O caso da Pastoral da Criança, instituição filantrópica criada pela médica Zilda Arns, exemplifica bem essa teoria. O trabalho da Pastoral, desenvolvido com base no voluntariado das comunidades, assiste a milhões de crianças e milhares de gestantes no Brasil e no exterior. Os expressivos números da Pastoral da Criança demonstram quão bem sucedidos foram o trabalho e o exemplo da Dra. Zilda Arns. A assistência prestada às mais de 1,2 milhões de famílias espalhadas nas mais de 41 mil comunidades, contando com mais de 84 voluntários, ribombam pelo mundo afora, ecoando uma mensagem tão forte, que as pessoas que não a conheciam chegam a dizer, espantadas: "nossa, ela criou tudo isso?" (ANGONESE, 2010). Sobre o investimento por pessoa, os dados não informam os valores empregados individualmente. Sabe-se, no entanto, que a cota é baixa, pois o programa criado pela Pastoral da Criança serve-se de raízes e cascas, que normalmente vão para o lixo. Por outro lado, os resultados relatados são bastante amplos, pois o alcance da instituição rompeu as fronteiras nacionais, e hoje está presente em pelo menos vinte nações diferentes. Os resultados implícitos e secundários são da ordem do resgate social. Muitas das crianças assistidas fatalmente iriam a óbito, caso os voluntários da Pastoral da Criança não viesse em seu auxílio. A redução da mortandade infantil e a assistência a futuras mães fazem parte de números que exemplificam mudanças de vidas para melhor, demonstrando como o sistema de atendimento a crianças foi revolucionado através de mecanismos inovadores, "tanto do ponto de vista ferramental quanto organizacional" (ANGONESE, 2010). Assim, pode-se dizer que a Pastoral da Criança, através do seu empreendedorismo social, adota uma missão social e a executa. Seu objetivo maior é a geração de valor social, e a instituição funciona porque tem meio para atingir determinado fim, no caso, assistência às famílias, e apresenta a capacidade de atrair recursos filantrópicos e o reconhecimento estatal, tanto que seu modelo serviu como base para o governo brasileiro instituir os programas "saúde da família", ou "Programa de Agentes Comunitários" (PACS). Finalmente, o trabalho de Zilda Arns foi um trabalho de liderança, reconhecido pela "capacidade de mobilizar os outros para que eles queiram lutar por aspirações compartilhadas" (KOUSSES e POSNER apud ANGONESE, 2010). REFERÊNCIAS ANGONESE, Rosângela. Zilda Arnas: uma empreendedora social. Disponível em «http://WWW.portal.pr.sebrae.com.br». Acesso em 21 de ago. 2010. AVENI, Alessandro. Empreendedorismo Social. UEG – UnU Luziânia, 2010. DORNELAS, José Carlos Assis. Os dez mandamentos do empreendedorismo. Entrevista à Revista Carreira & Sucesso, 2010. FRANCO, Augusto de. Porque precisamos de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável. Brasília: Millennium, 2000. MELO NETO, Francisco de Paulo e FROES, César. Empreendedorismo Social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. MENDES, Jerônimo. Zilda Arns: altruísmo e espírito empreendedor. Disponível em «http://www.administradores.com.br». Acesso em 21 de ago. 2010. OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo social no Brasil: fundamentos e estratégias. Franca-SP: Unesp, 2004 (tese de doutorado). Disponível em «http://www. www.fae.edu/publicacoes». Acesso em 21 de ago. 2010. PASTORAL DA CRIANÇA. Biografia da Dra. Zilda Arns Neumann. Disponível em «http://www.pastoraldacrianca.org.br». Acesso em 21 de ago. 2010. [1] Biografia da Doutora Zilda Arns Neumann – Pastoral da Criança. Fonte: Pastoral da Criança apud Angonese (2010) Bolsa Família (http://www.mds.gov.br/bolsafamilia) O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de atuação os 16 milhões de brasileiros com renda familiar per capitainferior a R$ 70 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos. O Bolsa Família possui três eixos principais: a transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade. Todos os meses, o governo federal deposita uma quantia para as famílias que fazem parte do programa. O saque é feito com cartão magnético, emitido preferencialmente em nome da mulher. O valor repassado depende do tamanho da família, da idade dos seus membros e da sua renda. Há benefícios específicos para famílias com crianças, jovens até 17 anos, gestantes e mães que amamentam. A gestão do programainstituído pela Lei 10.836/2004 e regulamentado pelo Decreto nº 5.209/2004, é descentralizada e compartilhada entre a União, estados, Distrito Federal e municípios. Os entes federados trabalham em conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução. A seleção das famílias para o Bolsa Família é feita com base nas informações registradas pelo município no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, instrumento de coleta e gestão de dados que tem como objetivo identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Com base nesses dados, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas para receber o benefício. No entanto, o cadastramento não implica a entrada imediata das famílias no programa e o recebimento do benefício. Fonte: http://www.mds.gov.br/bolsafamilia A seguir as perguntas mais frequentes sobre o Programa Bolsa Família segundo o site da Caixa Econômica Federal: http://www.caixa.gov.br/Voce/Social/Transferencia/bolsa_familia/ Perguntas Frequentes sobre o bolsa Família Quem pode se beneficiar do Bolsa Família? A população alvo do programa é constituída por famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. As famílias extremamente pobres são aquelas que têm renda per capita de até R$ 70,00 por mês. As famílias pobres são aquelas que têm a renda per capita entre R$ 70,01 a R$ 140,00 por mês, e que tenham em sua composição gestantes, nutrizes, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos. Quais os objetivos do programa? O programa Bolsa Família tem por objetivos combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; combater a pobreza e outras formas de privação das famílias; promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social; e criar possibilidades de emancipação sustentada dos grupos familiares e desenvolvimento local dos territórios. Onde posso me cadastrar? As Prefeituras Municipais são responsáveis em cadastrar, digitar, transmitir, manter e atualizar a base de dados, acompanhar as condições do benefício e articular e promover as ações complementares destinadas ao desenvolvimento autônomo das famílias pobres do município. Deixo de receber outros benefícios como Bolsa Escola e Auxílio-Gás se me cadastrar no Bolsa Família? O Bolsa Família unificou esses benefícios, portanto as famílias integradas ao programa deixam de receber os benefícios do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio-Gás e passam a receber exclusivamente o benefício Bolsa Família.