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Mastites
Introdução
No ano 2.000 o Brasil teve uma produção global de cerca de 20 bilhões de litros de leite, com uma
produção média de 5 Kg/ vaca e 47 litros/produtor.
O número de produtores de leite foi de 1.182.000, sendo que somente 800.000 produziram leite
excedente para comercialização, ao contrário de muitos países que produzem quantidades muito
superiores com menor número de produtores e vacas.
Em entrevista à Revista Balde Branco em abril de 1988, o Dr. Robert J. Harmon, professor do Animal
Sciense da University of Kentucky-USA, considerado um dos pesquisadores mais renomados no controle
da Mastite bovina no mundo, declarou que os prejuízos anuais causados pela Mastite dentro da fazenda
nos Estados Unidos, alcança a cifra de US$ 1,5 bilhão de dólares.
O custo por vaca fica ao redor de US$ de 184,00 e que cada caso clínico gera um prejuízo de US$
100,00, pela redução da produção e perda por descarte.
Apesar da baixa produtividade leiteira no Brasil, organizações como Láctea Brasil, Leite Brasil, Governo
Federal e Institutos de pesquisa vêm promovendo mudanças positivas em toda a cadeia produtiva do
leite.
Vários fatores, tais como, condições de exploração, clima, instalações, alimentação, mão-de-obra,
potencial genético e zootécnico, políticas comerciais (taxas de importação e normas de qualificação de
leite importado) e sanidade, estavam tornando a atividade de produção de leite no Brasil muitas vezes
improdutiva e quase sempre onerosa.
Dentre os problemas sanitários que aparecem na Bovinocultura de leite, as doenças infecto-contagiosas
são talvez as mais importantes.
Mastites, doenças da reprodução e infecções do casco são os principais exemplos deste problemas.
As conseqüências econômicos negativas causadas pelas Mastites são extremamente elevadas, pois além
de deixarmos de arrecadar divisas para o País, temos os nossos problemas sociais agravados pela baixa
produção, baixa qualidade do leite e seus derivados, principalmente quando são analisados os aspectos
nutricionais e de contaminação por patógenos e resíduos de antibióticos, não contribuindo para a
melhoria da desnutrição e mortalidade infantil.
A Mastite ou mamite é uma enfermidade da glândula mamária, que se caracteriza por processo
inflamatório, quase sempre decorrente da presença de microorganismos infecciosos, interferindo
diretamente na função do órgão, uma vez que uma vaca com mastite tem a sua produtividade de leite
diminuída, podendo chegar a nível de perda entre 15 e 20 % em relação à produção láctea normal.
As mastites interferem também na qualidade do leite, observando-se teores menores de açúcares,
proteínas e minerais como a lactose, caseína, gordura, cálcio, fósforo e um aumento significativo de
imunoglobulinas, cloretos e lipases, ficando o leite impossibilitado de ser consumido e utilizado para
fabricação de seus derivados como iogurtes, queijos etc., sem considerar os prejuízos causados pela
condenação do leite na plataforma da usina.
Na bovinocultura de carne, os problemas são um pouco diferentes, porém não se sabe até que ponto uma
infecção de úbere possa interferir na produtividade de um rebanho de corte, principalmente em novilhas
de primeira cria e vacas mais velhas, pela interferência exercida no seu desempenho reprodutivo.
Existe uma doença do úbere das vacas chamada de Mamilite, causada por um grupo de vírus,
comprometendo a produção de leite e aumentando a incidência de Mastites.
A Mamilite são lesões primárias causadas por vírus como os da febre aftosa e da pseudovaríola,
caracterizando-se pelo aparecimento de vesículas, pústulas ou até crostas, de dois a dez centímetros e
consequentemente possibilitando infecções secundárias por bactérias patogênicas que levam ao
aparecimento de mastites de controle muito difícil.
O Diagnóstico de uma Mamilite só é feito por um laboratório especializado, pois não existem sintomas
clínicos que possam identificar a doença.
Segundo a Dra. Maristela Pituco, do Laboratório de Viroses do Instituto Biológico de São Paulo, os
principais vírus causadores da Mamilite em vacas leiteiras são o HVB-2 com maior incidência,
Pseudovaríola e varíola bovina, Vaccinia e Febre aftosa.
São responsáveis pela redução na produção de leite de cerca de 20%, sendo uma doença comum onde
não exista um bom manejo de ordenha e um bom controle sanitário e de higiene, principalmente em
propriedades que tenham animais de alta produção leiteira.
O vírus HVB-2 é um herpes vírus bovino de ocorrência mundial, não transmissível aos humanos, em que
o animal tem como sintomas um inchaço em várias áreas do corpo e apresenta pequenas bolhas
cutâneas (vesículas), que após um certo tempo, são invadidas por bactérias e se transformam em
pústulas e na fase final em crostas.
A sua transmissão é feita de vaca para vaca, através de contaminação das mãos do ordenhador e
equipamentos.
A infecção por HVB-2 tem a duração de 3-4 semanas e fica latente por toda a vida do animal,
reaparecendo sempre quando existe um estress, ocorrendo assim a infecção dos outros animais do
rebanho.
A Pseudovaríola e a Varíola bovina, são causadas pelos vírus Parapox e Orthopox e aparecem sempre
entre o outono e a primavera, com um período de infecção de mais ou menos 6 semanas.
Os sintomas são pequenas bolhas no corpo do animal (pápulas), sem líquido no seu interior, que em
determinado tempo secam e caem, deixando lesões circulares ou marcas.
É uma doença mais complicada, pois pode ser transmitida para o ordenhador, que apresenta nódulos em
suas mãos e compromete totalmente a produção pois o animal sente muita dor ao ser ordenhado.
É um vírus muito potente que permanece no rebanho leiteiro, provocando várias reinfestações.
Quanto às Mamilites e a Varíola bovina causadas pelos vírus Vaccinia não são muito comuns e têm
algumas particularidades, Varíola bovina está mais restrita à Europa e o vírus Vaccinia está distribuído
por todo o mundo e sempre relacionado com os ordenhadores que tenham recebido vacinação humana.
Segundo a Dra. Maristela, a explicação para a infecção transmitida por humanos vacinados contra a
varíola, é que as vacinas humanas são fabricadas com vírus atenuados, sendo que as feridas são muito
semelhantes e durante 3 a 4 semanas infectam para sempre o animal.
As lesões que provocam no homem e no animal podem ser localizadas ou generalizadas.
Mamilites provocas pelo vírus da febre aftosa, ainda aparecem, apesar dessa doença estar em processo
de erradicação no País, em que os sintomas são muito semelhantes, o que torna o diagnóstico
laboratorial necessário para identificação da doença.
Algumas medidas profiláticas e curativas podem ser tomadas para controle da Mamilite, principalmente
quando se sabe que são responsáveis pelo aparecimento das mastites, devido às contaminações
secundárias das feridas por bactérias oportunistas.
Medidas Profiláticas
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Não deixar entrar na propriedade animais com lesões nos tetos.
Sempre que comprar vacas de outros rebanhos, deixá-las em quarentena, para depois juntá-las
ao rebanho.
Não deixar de fazer higiene das instalações, como lavagem, aplicação de desinfetantes etc..
Colocação de pedilúvios na entrada e saída da sala de ordenha.
Não deixar de efetuar o pré e o pós dip, com uso de desinfetantes apropriados.
Retirar do rebanho as vacas que contenham lesões e ordenhá-las por último, sempre utilizando
luvas descartáveis.
Medidas curativas
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Proceder a limpeza e desinfecção das feridas, para evitar contaminação secundária por
bactérias.
Em lesões muito grandes fazer um curativo, utilizando pomadas contendo antibióticos e colocar
uma gaze como compressa. Repetir o tratamento quantas vezes for necessário até que a lesão
cicatrize.
Existem vários agentes causadores da Mamilite e o Médico Veterinário deve estar atento a estas
infecções para que possa assim efetuar um controle.
A primeira medida é coletar material que pode ser o líquido ou um pedaço da ferida e enviar para o
laboratório para que seja feito um diagnóstico correto da doença.
Uma outra medida é a orientação para os ordenhadores, principalmente os itinerantes, que fazem
ordenha em várias propriedades e podem assim disseminar a doença.
Etiologia
Podemos citar como principais causas de mastite as seguintes situações
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Alérgica
Fisiológica
Infecciosa
Metabólica
Psicológica
Traumática
Existem 3 tipos de injúria, que podem levar ao aparecimento de uma Mastite: a química, a física e a
biológica.
Outros fatores são predisponentes e importantes ao aparecimento da infecção da glândula mamária, tais
como:
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Conformação e tamanho do úbere
tamanho e formação dos tetos
Força dos ligamentos suspensórios do úbere
Boa integridade e oclusão dos tetos
Um fator extremamente importante como causador de mastites são as falhas de assepsia durante o
processo de ordenha como contaminação das mãos do ordenhador, problemas com ordenhadeiras
mecânicas, vasilhames contaminados, contaminação ambiental etc..
As mastites infecciosas são importantes porque são autolimitantes, podendo evoluir para casos de
septicemia, sendo altamente contagiosas e não evoluindo para curas expontâneas.
As altas temperaturas e a umidade do ar são condições que favorecem o aparecimento de
microorganismos no ambiente onde são mantidas as vacas.
Mastites são causadas por agentes bacterianos Gram + e Gram -, sendo classificadas em
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Mastites clínicas
Mastites subclínicas
Mastites agudas
Mastites crônicas
As mastites clínicas normalmente são causadas por bactérias provenientes de uma contaminação
ambiental, como a Escherichia coli, Enterobacter sp, Klebsiella sp e outros.
Causam infecções de curta duração, quando comparadas a outros patógenos contagiosos mais
freqüentes, dependentes e altamente contagiosos.
Os agentes bacterianos mais freqüentes e considerados dependentes, altamente contagiosos pois a
própria vaca é a fonte de infecção, são o Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae,
Streptococcus dysgalactiae e Corynebacterium bovis.
As mastites subclínicas são as mais importantes, pois estima-se que, para cada vaca com mastite clínica,
existam nove com mastite subclínica, com uma relação de 1:9 e são as que causam mais prejuízos ao
criador pois diminuem a produção total do leite.
Os fungos e as leveduras também são importantes como agentes causadores de mastites e são
adquiridos durante o processo de uma ordenha sem assepsia.
O aparecimento do Staphylococcus aureus em novilhas é muito preocupante, pois além de ser
altamente contagioso, causa sérios danos no tecido glandular mamário, influindo decisivamente na
produção futura de leite.
Sintomas
A sintomatologia principal de uma mastite, é a interferência na produção de leite, podendo ser total ou
parcial, de acordo com o grau de infecção ou seja:
Mastite subclínica
Talvez seja a mais importante e portanto exige maior atenção com os animais.
Caracteriza-se pela redução na produção total e pela alteração na composição do leite, sem que haja
sinais de processos inflamatórios ou fibrosamento.
Mastite clínica aguda ou Mastite aguda
Apresenta sintomas de um processo inflamatório inicial, como dor, calor e rubor com alterações da
característica do leite.
Mastite clínica crônica ou Mastite crônica
Há uma redução significativa na produção de leite, ausência de sinais de processo inflamatório.
Ocorre alterações na qualidade do leite e um intenso processo de fibrosamento
Diagnóstico
Atualmente vários métodos têm sido desenvolvidos para o diagnóstico das Mastites, sendo que muitos
são importantes para que se identifique de uma maneira bem simples um quarto contaminado.
Os métodos mais utilizados para diagnóstico de uma infecção mamária, são as seguintes:
Teste da caneca de fundo escuro
O processo consiste no exame em uma bandeja de fundo escuro ou telada, dos primeiros jatos de leite
antes da ordenha, em que se busca a presença de resíduos como grumos, filamentos, coágulos, pus e
sangue.
Este teste é usado para a observação da ocorrência da mastite clínica.
Método pelo uso do CMT (California Mastitis Test).
É uma prova de diagnóstico pela adição de uma substância reativa aos jatos de leite, dentro de uma
bandeja especial, tipo uma raquete. Neste método deve-se desprezar os primeiros jatos de leite.
Ele baseia-se no aumento de células somáticas presentes no leite que reagem com o reativo, um
detergente aniônico.
A avaliação do teste de CMT, segue um padrão determinado sobre o grau do aumento da viscosidade
numerada em uma, duas ou três cruzes.
A avaliação consiste na seguinte classificação:


Leite é considerado normal quando for classificado como traços ou negativo
Leite é considerado anormal quando for classificado como 1, 2 ou 3
Observação - Quando a vaca apresenta Tamis negativo e CMT positivo, a mastite é denominada
subclínica.
No trabalho realizado por Philpot em 1984, estabeleceu-se uma correlação entre os dados de perda da
produção leiteira, com os testes de CMT, com os seguintes resultados:
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CMT +1, perda de 10 a 11%
CMT + 2, perda de 16 a 26%
CMT + 3, perda de 25 a 46%
Para se ter uma avaliação mais ampla, e uma situação do grau de comprometimento de todo o rebanho,
deve-se fazer o CMT nos tanques, observando-se os seguintes dados:
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Negativo - 0%
Traços - 0,6%
Uma + - de 7 a 36%
Três +++ - mais de 80% do rebanho está comprometido
Método por medição do pH
O método se baseia na medição do ph do leite, utilizando-se um papel indicador de pH. O leite com um
pH na faixa de 6,4 e acima de 6,8, portanto com pH alcalino é considerado normal.
É um teste muito subjetivo, pois se o pH está de ligeiramente alcalino acima de 6,8, devido ao
extravasamento do plasma sanguíneo, suspeita-se apenas de um processo inflamatório e no caso de um
processo infeccioso
Profilaxia
Além da higiene, o fundamental para se evitar uma transmissão de mastite é a ordenha de vacas
infectadas, por última ou então serem retiradas do rebanho para tratamento, principalmente em casos de
mastites causadas por Mycoplasma spp ou Staphylococcus aureus, que exigem tratamentos isolados
e específicos.
Na época da reposição do plantel, as fêmeas adquiridas de outras fazendas devem ser consideradas
como fontes em potencial de contaminação, pois não se conhece o estado de sanidade desses animais e
nem o nível higiênico dos locais onde foram ordenhados.
Nesses casos recomenda-se um período de espera para introdução dessas fêmeas no plantel e proceder
a todos os exames necessários para detecção de uma possível fonte de infecção que possa existir.
Nas novilhas, a prevenção deve ser permanente e criteriosa, principalmente com o objetivo de evitar-se
novas infecções, utilizando-se práticas de manejo básicas tais como:

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Controle da mosca-do-estábulo e doméstica por serem excelentes veiculadoras de patógenos
Uso de instalações individuais
Separação das novilhas prenhes das vacas secas e outras medidas de higiene possíveis
Em novilhas com idade de cobertura e prenhes, a prevenção é feita utilizando-se uma infusão
intramamária, com produtos indicados para vacas secas durante a prenhez, 2 a 3 meses antes do parto.
Uma nutrição inadequada, com uma dieta desbalanceada, pode tornar as vacas mais suscetíveis a uma
infecção da glândula mamária.
Suplementações alimentares com dietas ricas em vitaminas como A, E e C e microelementos como cobre
e selênio, são excelentes como fontes complementares alimentares, em função das forragens que sofrem
processamento e armazenamento, serem pobres desses nutrientes, principalmente de vitaminas.
Outras medidas preventivas básicas para evitar a exposição dos tetos aos microorganismos e que ajudam
a controlar as mastites, podem ser adotadas como:
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Evitar que as vacas se aglomerem em um mesmo local em locais específicos dos piquetes ou
em pastagens
Utilizar se possível sombreamento móvel, evitando o acúmulo de fezes em um mesmo local,
onde as vacas costumam proteger-se do sol, quando em dias de muito calor
Em piquetes com aguadas e lagoas, cercar bem evitando que as vacas defequem e urinem
nestes locais fazendo lama e contaminando a água
Manter os animais em piquetes limpos e secos, sem sujidades, evitando que os animais se
sujem de barro
Nos sistemas de confinamento intensivo, é necessária a limpeza constante do local
O tipo de cama e piso é fundamental para uma maior prevenção não só de mastite como também de
outras patogenias.
O fornecimento de fontes nutricionais são importantes pela influência direta na criação de um ambiente de
resistência ao aparecimento de uma infecção mamária, exercendo efeito na estimulação dos mecanismos
de defesa das vacas, garantindo-lhes uma boa imunidade contra as bactérias.
Existem algumas vacinas que auxiliam no controle de mastites, através da prevenção de novas infecções,
principalmente causadas por agentes ambientais.
O efeito das vacinas contra as mastites é determinado contra um grupo de microorganismos isolados ou
grupos, em que temos alguns exemplos desses efeitos como:
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Vacinas feitas com uma cepa mutante da Escherichia coli J5, que sofreu uma modificação em
sua estrutura, tem uma cepa antigênica única, porém com aumento de uma imunidade frente a
outras cepas de bactérias Gram A vacinação de vacas contra a Escherichia coli J5 durante o período seco e no parto levam a
uma redução da incidência e a severidade da mastite clínica durante a lactação subsequente,
determinada por coliformes

Vacinas experimentais desenvolvidas com cepas do Staphylococcus aureus, têm sugerido que
novilhas leiteiras vacinadas estão se tornando imunes contra este microorganismo
Finalizando, a profilaxia é o melhor meio para prevenir as mastites, muito mais importante que os
tratamentos, pois é através da prevenção que os danos causados pelas infecções mamárias são
minimizadas e se alcança uma melhor produtividade leiteira.
Tratamento
As mastites são altamente contagiosas, com um índice baixo de cura espontânea, sendo importantíssima
a interferência no desenvolvimento da doença, pelo uso de antimicrobianos de amplo espectro sistêmicos ou de uso local e com total eficácia contra os principais microorganismos causadores da
infecção mamária.
Um processo terapêutico contra as mastites deve ser sempre acompanhado por um Médico Veterinário
que tenha conhecimento de produtos específicos para cada período (como tratamentos de vacas secas e
em lactação), de práticas de higiene e manejo, bem como de processos de ordenha (limpeza de salas de
ordenha, equipamentos, ordenhador etc.).
A terapia mais indicada no controle das mastites é a infusão intramamária de um antibiótico,
acompanhada pelo esgotamento freqüente e total do quarto infectado, podendo utilizar-se a ocitocina
como coadjuvante.
O tratamento de uma mastite subclínica durante a lactação é indicado somente naqueles casos em que o
produtor se sinta ameaçado de uma possível perda do mercado, devido à alta porcentagem de vacas
infectadas.
Quanto à mastite subclínica, cujos sintomas e sinais não são muito aparentes, a terapia tem que ser feita
de uma maneira criteriosa para redução do quadro clínico e eliminação de contaminação em outros
animais.
A maneira ideal de atacar e controlar a mastite subclínica é através da correta secagem das vacas e o
uso de antibióticos próprios para este período, pois eles curam e previnem as infecções entre a secagem
e o parto.
Nas infecções crônicas, principalmente as causadas por Staphylococcus aureus, o uso de uma
antibioticoterapia sistêmica e intramamária combinadas, aumentam as chances de um sucesso
terapêutico, principalmente se esta for feita com antibióticos específicos, de largo espectro e que tenham
uma duração longa, com alta biodisponibilidade sanguínea.
O importante é que a antibioticoterapia permita a eliminação de todos os microorganismos envolvidos.
Em certos casos de mastite crônica deve-se avaliar a possibilidade de eliminar o animal do plantel para
que não sirva como fonte de contaminação para outros animais.
Durante o tratamento com produtos de uso intramamário deve-se tomar muito cuidado com o tamanho da
cânula que será utilizada.
Cânulas de bico muito longo podem causar lesões no tecido intramamário , como as cânulas tradicionais
(comprimento de 2 a 3 cm), ou quando os tratamentos convencionais, com introdução da cânula mais
profundamente, resultam em uma dilatação temporária do canal do teto, muito além do diâmetro normal
(que é de 0,40 a 1,63 mm).
Com esta ação mecânica traumatiza-se o canal do teto, destruindo a camada de queratina protetora.
Segundo a Dra. Elizabeth Oliveira da Costa, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP,
cânulas curtas ou com inserção parcial (cerca de 2 a 3 mm), quando comparadas com as cânulas
tradicionais e mais longas e inserções mais profundas, reduzem em 58% a ocorrência de mastites, cujos
benefícios são obtidos também em quartos tratados durante a secagem.
O procedimento terapêutico correto para vacas secasé o tratamento de todos os quartos de todas as
vacas do plantel, depois da última ordenha e lactação, sendo uma medida muito segura na prevenção das
mastites, pois dispensa o uso de um diagnóstico e exames laboratoriais para detecção de uma infecção.
Os principais antimicrobianos sistêmicos e de uso local utilizados para tratamento das mastites,
isoladamente ou associados com Antiinflamatórios não hormonais e hormonais, são as Benzilpenicilinas,
Estreptomicinas, Bacitracina de Zinco, Tetraciclinas, Sulfas, Quinolonas e Cefalosporinas.
Para auxiliar os produotres no tratamento dos mais diversos tipos de mastites, a Intervet
desenvolveu protocolos de tratamento de mastite, na qual são oferecidas várias formas de tratamento de
acordo com a gravidade e tipo de mastite:
Fazendas com 2 Ordenhas/dia (347Kb)
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Fazendas com 3 Ordenhas/dia (335Kb)
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Solução Intervet
A INTERVET indica para o tratamento intramamário das infecções da glândula mamária dos bovinos, dois
produtos ou seja:
MASTIJET FORTE® - Indicado para vacas lactantes.
COBACTAN® VL - Indicado para o tratamento de mastite clínica, em vacas lactantes.
COBACTAN® - Indicado no combate as doenças causadas por germes Gram+ e Gram-, sensíveis a
Cefquinoma, principalmente nas mastites clínicas e sub-clínicas.
O COBACTAN® 2,5% Injetável e o COBACTAN®VL podem ser utilizados em terapia combinada no
tratamento de mastites.
NAFPENZAL® S - Indicado para o tratamento e prevenção de mastite subclínica, no período de
secagem.
No tratamento de vacas com Mastites Clínicas Agudas
INTERVET possui uma excelente alternativa para uso parenteral como o FLOXIVET® PLUS,
PENCIVET® PLUS SUPER FORTE e o BORGAL®.
Como tratamento auxiliar no tratamento das Mastites, a INTERVET indica a ORASTINA® FORTE, cujo
principio ativo é um hormônio à base de uma ocitocina sintética, que pode ser utilizada como coadjuvante
no tratamento de uma infecção mamária.
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