UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO MIZANDRA PRATES DA ROCHA OBTENÇÃO DA 1ª CNH NA MEIA-IDADE MACEIÓ - AL 2014 MIZANDRA PRATES DA ROCHA OBTENÇÃO DA 1ª CNH NA MEIA-IDADE Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Manoel Ferreira do Nascimento Filho MACEIÓ - AL 2014 MIZANDRA PRATES DA ROCHA OBTENÇÃO DA 1ª CNH NA MEIA-IDADE Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. APROVADO EM ____/____/____ ___________________________________________________ PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO ORIENTADOR: ___________________________________________________ PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA BANCA EXAMINADORA DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus, á minha familía e amigos por me apoiarem nesta caminhada e acreditarem no meu sucesso. AGRADECIMENTOS Ao longo dessa caminhada é impossível deixar de agradecer várias pessoas que cruzaram meu caminho. Agradeço primeiramente a Deus por nos conceder a oportunidade e sabedoria para vencer cada obstáculo que compõe as nossas vidas. Aos familiares e amigos, pelo incentivo e pela compreensão nos momentos de tensão e crise. Aos colegas de trabalho e colegas de sala, por partilharem das dificuldades e das alegrias da profissão alimentando o nosso sonho de uma educação melhor. Obrigada a vocês que compartilharam dos prazeres e dificuldades desta jornada, me ajudaram e acreditaram na minha vitória. “Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece.” (Franz Kafka) RESUMO Pode-se afirmar que uma das maiores realizações dos seres humanos foi o aumento do tempo de vida, que foi acompanhado de uma evolução substancial na saúde das populações. O foco então deste trabalho é identificar o perfil do adulto que busca da 1ª CNH na meia-idade, investigar o que o motivou a utilização da CNH e verificar se a obtenção da CNH pode contribuir para melhoria da qualidade de vida. Trata-se de uma Pesquisa descritiva que tem como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos, portanto uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Os pertencentes na meia-idade que tem como objetivo conseguir a primeira CNH têm enfrentado dificuldades como: impedimento para se deslocar, falta de adequação do transporte publico má sinalização nas vias para pedestres, maior risco de acidentes, dependência de terceiros e o fato de entrarem em estado de exaustão com maior facilidade. Os resultados obtidos desta pesquisa foram satisfatórios, pois houve a possibilidade de identificar a importância à obtenção desse documento, pois, em alguns cargos e funções que vem sendo ocupados por estes, a CNH tem sido exigida para que possam ter acesso a essas funções e em consequente poderem complementar a renda familiar ou, até mesmo, responsabilizarem-se por ela. Nos dias de hoje existem cada vez mais pessoas vivendo nessa etapa. Daí a obrigação de enxerga-la de maneira singular. Pois, essa singularidade torna-se mais exuberante quando se avaliam ambas as dimensões associadas ao contexto de integralidade do idoso. Palavras-chave: Meia-idade, Primeira CNH, Dificuldades. ABSTRACT It can be argued that one of the greatest achievements of human beings was the increase in lifespan, which was accompanied by a substantial evolution in the health of populations. The focus of this work is then to identify the profile of the adult who seeks the 1st CNH in midlife, investigating what motivated the use of CNH and verify that the license to drive can contribute to improving the quality of life. This is a descriptive study that has as main objective the description of the characteristics of certain populations or phenomena, so one of its features is the use of standard techniques of data collection, such as questionnaires and systematic observation. The belonging in middle age which aims to get the first CNH have faced difficulties as impediment to travel, lack of adequate public transport poor signage on the roads for pedestrians, increased risk of accidents, dependence on third parties and the fact that coming into depleted state with greater ease. The results obtained in this study were satisfactory, since it was possible to identify the importance of obtaining this document, because in some positions and functions that have been occupied by them, CNH has been required to have access to these functions and consequent can supplement the family income or even take responsibility for it. Nowadays there are more people living in this step. Hence the obligation sees it in a unique way. For this uniqueness becomes more exuberant when evaluating both dimensions associated with the context of completeness of the elderly. Keyword: Midlife, First CNH, Difficulties. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Dados quali-quantitativos da pesquisa que mostram aspectos da vida dos entrevistados.. ...............................................................28 Tabela 2 – Características sócio=econômicas dos indivíduos pesquisados. ......29 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 12 2.1 Psicologia e Trânsito .................................................................................... 12 2.2 O Cotidiano no Trânsito................................................................................ 14 2.3 Principais Aspectos do Envelhecimento .................................................... 19 2.4 Idoso como Condutor de Veículo ................................................................ 21 2.5 O Ingressante na Meia-Idade que tem Interesse em Adquirir a Primeira CNH ............................................................................................... 23 3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 26 3.1 Ética ................................................................................................................ 26 3.2 Tipo de Pesquisa ........................................................................................... 26 3.3 Universo ......................................................................................................... 26 3.4 Sujeitos da Amostra ...................................................................................... 26 3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ............................................................... 27 3.6 Plano para Coleta dos Dados ....................................................................... 27 3.7 Plano para a Análise dos Dados .................................................................. 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 28 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 33 APÊNDICE ............................................................................................................ 38 ANEXO ................................................................................................................. 40 11 1 INTRODUÇÃO Seguir os passos para a obtenção da primeira habilitação é um processo maçante para todas as idades, são etapas que requer conhecimentos, concentração dedicação e a cada dia o caminho para tal vai se estreitando, com mais exigências tanto do candidato quanto dos condutores por si só. Além disso, o desejo de obter a tão sonhada CNH se torna uma conquista grandiosa para os diversos públicos que a almeja. Para o adulto na meia-idade, dirigir é manter sua autonomia e independência. Podendo se locomover para onde entender ou tiver necessidade. Ainda se sentindo útil em meio à sociedade e ao seu circulo de amizades. Como se trata de uma temática bastante extensa será observado apenas o interesse pela obtenção da 1ª CNH em pessoas que possuírem enquadramento na meia-idade, que leva em consideração pessoas de quarenta á sessenta e cinco anos de idade. Assim, os pertencentes da meia-idade que tem como objetivo conseguir a primeira CNH têm enfrentado empecilhos como: dificuldade para se deslocar, falta de adequação do transporte publico, má sinalização nas vias para pedestres, maior risco de acidentes, dependência de terceiros e o fato de entrarem em estado de exaustão com maior facilidade. Desse modo, observa-se que essa parcela da população sinta a necessidade de acesso a 1ª CNH até mesmo para que seja iniciado um processo da realização pessoal. Com isso, este estudo tem por objetivo, compreender os fatores que levam pessoas que possuem idade de quarenta a sessenta e cinco anos a obter a CNH, além de Identificar o perfil do idoso que busca da 1ª CNH na meia-idade, investigação da utilização da CNH, verificar se a obtenção da CNH pode contribuir para melhoria da qualidade de vida. A estrutura do presente trabalho tem como objeto a melhor compreensão do tema, este é organizado com os seguintes pressupostos: revisão bibliográfica, onde constam pesquisas de autores renomados sobre o tema; materiais e métodos, onde são descritos os respaldos usados no trabalho; resultados e discussão em que consta a descrição minuciosa da pesquisa em campo e o desfecho com as considerações finais. Dá importância a este fenômeno significa olhar com outros olhos um perímetro da sociedade que também é importante para o seu desenvolvimento. 12 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Para a construção dos pressupostos teóricos que serviram como base referencial para a realização da pesquisa que se dará após a consolidação deste projeto, foi efetuada uma busca na literatura na qual procurou artigos e livros indexados em arquivos computadorizados e bases de dados. Devido à quantidade de literatura encontrada, relacionada ao objetivo do estudo, foi decido que houvesse uma divisão em subcategorias para melhor compreensão: 2.1 Psicologia e Trânsito Etimologicamente, a palavra psicologia é oriunda do grego psykhê (alma) e logos (ciência), portanto, é comumente considerada como a ciência da alma. Conforme Bock; Furtado; Teixeira (2001), os gregos entendiam que alma, por ser parte imaterial do ser humano, abarca todo sem abstrato, ou seja, o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. Em tempos recentes, a psicologia não mais é concebida como no passado, quando a psicologia era associada à ideia de espírito ou metafísica, mas, por volta do século XIX, na Alemanha, segundo autores acima citados, foram definidos: seu objeto de estudo; seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, os métodos de estudo de seu objeto; as teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001). Teles (2003) define a psicologia como: Uma observação para compreender o homem, seu comportamento para facilitar a convivência consigo próprio e com o outro. Pretende fornecer-lhe subsídios para que ele saiba lidar consigo mesmo e com as experiências da vida. É, pois, a Ciência do comportamento, compreendida esta em seu sentido mais amplo. Por essa razão, nos dias atuais, a psicologia é utilizada como subsídio para a compreensão dos mais diversos comportamentos humanos nas instituições públicas e privadas. No contexto do trânsito, a psicologia tem sido utilizada em larga escala, pois este espaço tem sido palco de encontros que podem levar o indivíduo 13 aos mais variados tipos de comportamentos, podendo desencadear desajustes danosos, tanto para ele quanto para à sociedade. Rozestraten (1981) enfatiza que a Psicologia do Trânsito surgiu a partir da década de 1950 e 1960 em virtude das numerosas pesquisas em diversos institutos, laboratórios e centros de pesquisa. No Brasil, segundo Hoffman (2003, p. 21), a Psicologia do Trânsito pode ser dividida em quatro fases, a saber: [...] a primeira compreende o período das primeiras aplicações de técnicas de exame psicológico até a regulamentação da Psicologia como profissão; a segunda corresponde à consolidação da Psicologia do Trânsito como disciplina científica; a terceira pode ser caracterizada como aquela em que foi verificado um notável desenvolvimento da Psicologia do Trânsito em vários âmbitos e sua presença marcante no meio interdisciplinar; a quarta etapa é marcada pela aprovação do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 23/09/97) e por um período de maior sensibilização da sociedade e dos próprios psicólogos do trânsito na discussão sobre políticas públicas de saúde, educação e segurança relacionadas à circulação humana. Portanto, atualmente, a Psicologia do Trânsito pode ser definida, conforme Madeira (2009), como uma área da Psicologia que estuda, através de métodos científicos válidos, os comportamentos humanos no trânsito e os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que os provocam ou os alteram. Surgiu como área aplicada com a criação de instituições de seleção e treinamento industrial de trânsito. Hoffman (2003, p. 21), por sua vez, define Psicologia do Trânsito como: O estudo do comportamento do usuário das vias e dos fenômenos/processos psicossociais subjacentes ao comportamento. O conceito é amplo, pois o comportamento do condutor tem sido estudado em relação a uma diversidade de questões, tais como: procura visual, dependência de campo; estilo de percepção; atitudes; percepção de risco; procura de emoções, atribuição, estilo de vida, e carga de trabalho/trabalho penoso; estresse e representação social. Estas questões indicam a pluralidade de abordagens que constituem a fundamentação teórica para a pesquisa em Psicologia do Trânsito. Rozestraten (1988) acredita que a Psicologia do Trânsito investiga o comportamento dos participantes do trânsito indistintamente, não excluindo ninguém. Segundo o autor é uma das Psicologias aplicadas mais abrangentes e mais extensas, uma vez que analisam as causas dos acidentes de trânsito, os fatores associados à ocorrência de acidentes, políticas públicas e de controle do comportamento no trânsito, entre outros. Dessa forma, pode-se afirmar que, de 14 maneira geral, o objetivo da Psicologia do Trânsito consiste em estudar e analisar o comportamento humano relacionado ao trânsito, sobretudo, no que se refere ao comportamento dos sujeitos que compõem o contexto viário, sejam estes ativos ou passivos, isto é, pedestres, motorista, ciclista ou motociclista. Entretanto, na concepção de Rozestraten (1988), um dos teóricos da área que mais disciplina a matéria, os processos que envolvem a Psicologia do Trânsito não são tão simples, pois incluem: atenção, detecção, diferenciação, percepção, tomada e processamento de informações, memória de curto e longo prazo, aprendizagem, conhecimento de normas e de símbolos, motivação, tomada de decisões, habilidade para executar manobras rápidas, capacidade de reagir prontamente ao feedback, previsão de situações, bem como uma série de atitudes em relação aos outros usuários, às normas de segurança, ao limite de velocidade, entre outros. Assim, é a Psicologia do Trânsito que vai atuar no sentido de conhecer os comportamentos individuais e sociais, contribuindo para um melhor conhecimento do homem e buscando respostas para as mais variadas situações, com o auxílio de diversas áreas do conhecimento, quais sejam: engenharia de estradas e de veículos, medicina do trabalho, estatística, física, ergonomia, sociologia, psicopedagogia, bem como o direito e a criminologia. Como se observa, a Psicologia do Trânsito oferece subsídios para o ser humano e para a sociedade acerca de uma variedade de comportamentos nas mais diversas situações existentes em relação ao trânsito, oferecendo diretrizes educativas e sugerindo implementações para melhorá-la a mobilidade no contexto viário, visando a segurança e a redução dos riscos de acidentes. 2.2 O Cotidiano no Trânsito Com o aumento significativo do número de automóveis, foi necessária a criação de leis que regulamentassem a sua circulação. Foi, a partir de conflitos entre o crescente número de usuários, que o Estado se viu na obrigação de criar leis que ordenassem o sistema de trânsito. No nosso país, ao conjunto dessas leis dá-se o nome de Código Nacional do Trânsito. Aos poucos, os automóveis foram trazendo muitas transformações culturais e sociais, pois de objetos de luxo passaram a se tornar um objeto utilitário do 15 cotidiano das pessoas. No início, eram inacessíveis ao grande público, assegurando a sensação de pertencimento a um grupo restrito e privilegiado, e sendo associados ao consumo da elite, na medida em que ofereciam status aos seus proprietários. A transformação se deu, principalmente, em áreas como distribuição da população, moradia, valores e linguagem, o que gerou uma transformação de comportamentos. Pela mobilidade que permitem, os automóveis modificaram também o ritmo de vida das pessoas, tornando-se uma exigência do mundo moderno. Em suma, além de úteis, os automóveis são meios que servem para economizar tempo, encurtar distâncias e proporcionar independência e prestígio aos seus proprietários. Teorias específicas da Psicologia enfatizam o comportamento humano no trânsito considerando a motivação como elemento chave. A percepção de riscos envolvidos no trânsito é um fator importante que é mediado pelo contexto, e os acidentes de trânsito decorrem dos riscos que o ser humano aceita, e a aceitação de riscos aumentam na mesma proporção em que aumenta a implementação de dispositivos de segurança. Na relação do indivíduo em trânsito, os riscos são permanentes. Isso indica que os riscos precisam ser detectados, decodificados, além de significativos, para que o indivíduo tome decisões no trânsito compatíveis com a situação de risco em questão. Se o risco não é percebido como tal, as decisões e comportamentos não serão compatíveis com a segurança que a situação exige. A maioria dos casos, os principais envolvidos em acidentes são pessoas do sexo masculino. Os jovens são as principais vítimas, e a faixa etária que contém um número mais significativo destas, com 24,32% do total, é a que vai dos 15 aos 24 anos (DENATRAN, 1997). Klein (1994) mostra o predomínio masculino de mortes no trânsito, em especial no grupo de 20 a 64 anos, que atinge cinco vezes mais homens do que mulheres. No período de 1977 a 1989, a tendência média da mortalidade ocorridos em acidentes foi de leve ascensão, quase exclusivamente em razão do aumento das mortes de vítimas do sexo masculino (em todas as faixas etárias), exceto no Rio de Janeiro, onde o sexo feminino também apresentou tendência crescente (MELLO-JORGE & LATORRE, 1994). Considerando os acidentes fatais, que acontecem em estradas e nas cidades, vemos que os homens são responsáveis por mais de 90%, sendo a participação da mulher menor que 10%. Dessa forma, as Seguradoras do Mercado Brasileiro, concluíram que, se os riscos são menores com as condutoras, nada mais 16 justo que um plano com custos menores para o seguro de automóvel das mulheres. Em alguns casos, os descontos podem chegar até a 30% no preço do seguro. Murray & Lopez (1996), ao analisarem a mortalidade no sexo masculino, utilizando o cálculo de anos potenciais de vida perdidos, observaram que os acidentes constituem a segunda causa de morte precoce no mundo todo. Em alguns países, os óbitos entre homens de 15 a 24 anos representam metade ou mais das mortes por todas as causas, havendo uma diminuição após os 25 anos de idade (WHO, 1976). A concepção de acidente na antiguidade centrava-se na idéia de que os fenômenos da natureza e os eventos que ocorriam sem a suposta intervenção humana estavam diretamente ligados à interposição divina. Sem um conhecimento prévio e específico acerca desses fenômenos, a imaginação era utilizada como fonte inspiradora na criação de histórias, surgindo assim mitos e lendas, que permearam durante muitos anos diversas culturas. Mesmo diante das novas descobertas e conhecimentos, essa cultura mística teve grande influência social na compreensão dos acidentes, mantendo a ideia de que o acidente ocorria a partir de ações aleatórias, considerando-o inclusive como uma situação inevitável, uma fatalidade, um infortúnio. Posteriormente, novas contribuições visam tornar o acidente passível de ser previsível e prevenido, utilizando-se para isso de medidas positivas que viessem a melhorar os desfechos, tanto em números e gravidade dos acidentes quanto da qualidade de vida das vítimas após os acidentes (BLANK, 2005). Com base em um sistema de organização das relações de causa entre os agentes (a energia mecânica, física, entre outras) e as vítimas (pessoas), a identificação dos acidentes tornou-se possível, assim como ocorre na identificação e no tratamento preventivo das doenças infecciosas (WAKSMAN et al, 2008). Arriscar-se, ousar, agir impulsivamente são atitudes muito comuns ao ser humano. Desejos, vontades, intenções que surgem de forma repentina, sem um conhecimento prévio sobre a situação, fazem com que as ações aconteçam de forma irrefletida, promovendo muitas vezes resultados desastrosos. Na maioria das vezes este tipo de ação é percebido socialmente como um comportamento de coragem e é acolhido culturalmente como atos de heroísmo e consequentemente de admiração. Pesquisadores empenham-se nos estudos referente a este tipo de comportamento de risco e à forma como a sociedade os percebe, visando orientação para uma conduta segura. 17 Yunes & Rajs (1994) mostram que, nas Américas, entre 1984 e 1994, houve um aumento dos coeficientes de mortalidade, especialmente nas faixas de 15 a 19 e de 20 a 29 anos, tanto em homens, como em mulheres, embora nos homens o maior coeficiente seja noventa e nas mulheres inferior a seis (por cem mil habitantes). Entre 1970 e 1985, a mortalidade proporcional por violências e acidentes, no Município de São Paulo, variou de 8,9% para 13,0% para ambos os sexos; de 12,6% para 18,5% para os homens e de 4,3% para 5,2% para as mulheres. Os óbitos por causas violentas ocupavam, em 1985, o segundo lugar na estrutura das principais causas de mortalidade masculina, sendo especialmente frequentes entre os jovens de 15 a 29 anos (PAGLIARO, 1992). Para Barreiros (2005), a noção de risco varia de acordo com a maturidade do ser humano. O que constitui risco para um organismo mais jovem não necessariamente é considerado risco para um adulto ou organismo mais experiente. Considera ainda que a definição operacional de risco deve estar associada à probabilidade de acidente, um contexto torna-se de risco quando a ocorrência de acidentes ultrapassa significativamente as ocorrências observadas em outros contextos. O utilizador dos espaços é parte do problema: pelos seus comportamentos, pelas suas características, pelo nível de compreensão da própria situação de risco. Outro fator de ocorrência em acidentes é a velocidade que o carro permite atingir oferece ao condutor a oportunidade de experimentar sentimentos de grandeza e fantasia de onipotência; além disso, música no carro favorece a sensação de isolamento e, assim, aumenta a sensação de grande independência. Autores que se preocupam com uma abordagem psicanalítica do problema têm apontado a vulnerabilidade de adolescentes e adultos com personalidade imatura na condução perigosa de veículos motorizados. O carro constitui uma compensação para o ego angustiado e apático e torna-se uma segunda pele do indivíduo. Nesse sentido, o automóvel passa a exercer a função de separar o motorista de seus semelhantes, que são visualizados exclusivamente como oponentes (HILGERS, 1993). Outro aspecto importante de se observar é a influência da publicidade sobre o comportamento e formação de valores. Ainda segundo a OMS (WHO, 1976), frequentemente veiculam-se anúncios que associam carros velozes e altas velocidades com virilidade. Esses anúncios podem ter grande influência no grupo de 18 risco de jovens motoristas, em razão da vulnerabilidade destes, determinada pela própria condição de transformação da personalidade. Erros no julgamento de distância ou de tempo e fatos inesperados, como buracos ou chão escorregadio, convertem-se em acidentes por causa do excesso de velocidade. Quanto ao excesso de velocidade, Hilgers (1993) observa que a falta de fiscalização nas estradas denota um descaso das autoridades. A negação do perigo inerente ao carro também se manifesta na ausência de políticas de transporte adequadas. Em 1989, nas estradas alemãs, existiam seiscentos pontos de controle de velocidade, o que representava um a cada 30.000 km e, assim, a probabilidade de detectar infratores era irrisória. O estudo dos acidentes a partir da sua etiologia, ou seja, compreendendo sua causa, sua origem, podem facilitar e possibilitar a criação de novas estratégias para o seu controle. Os riscos são inerentes à modernidade. A análise da trajetória das análises de risco indica a extensão, a multiplicidade de enfoques e a complexidade do tema. Os acidentes de trânsito são considerados um problema de saúde pública em virtude do elevado índice de mortalidade e das consequências sociais oriundas deste evento. Ao sofrer a ação, o indivíduo passa por problemas físicos e psicológicos, que muitas vezes podem impedi-lo de forma temporária ou permanente de manter suas atividades sociais e ou laborais, o que afeta diretamente seu padrão de vida familiar, financeira e emocional. Este fato ocasiona um aumento no número de pessoas incapacitadas e dependentes do setor previdenciário. De acordo com a Norma Brasileira de Regulamentação NBR 10.697 (ABNT, 1989), o acidente de trânsito é “todo evento não premeditado de que resulte dano em veículo ou na sua carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou áreas abertas ao público. Pode originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na via pública”. Desta forma, os acidentes de trânsito podem ser compreendidos como situações não intencionais, que venham a ocasionar prejuízo a um ou mais elementos do tráfego (veículos, pessoas, cargas, animais) em circulação nas áreas abertas, compreendendo parques, calçadas, além das vias públicas. Para a caracterização de um acidente de trânsito faz-se necessário que ao menos um destes elementos esteja em movimento dentro da área pública estabelecida. A diversidade dos acidentes de trânsito, como citado anteriormente, pode envolver um ou mais 19 elementos, e essa especificação foi caracterizada pela NBR 10.697 a partir do agrupamento de alguns elementos do tráfego, cuja composição dá origem a três conjuntos conforme sua natureza: veículo– pessoa, veículo-veículo e veículo único. O fator humano, como fator contribuinte dos acidentes, tem grande importância, seja em virtude das questões sociais, culturais, econômicas ou até mesmo físicas. Aliado a esta condição, a falta de informação e o sistema normativo jurídico de nosso país contribuem para a falta de respeito ao próximo, dificultando desta forma a melhoria nas interações sociais, necessárias à mobilidade urbana. Além disso, as transformações ocorridas nos grandes centros urbanos, como a circulação humana, a acessibilidade e a estruturação do espaço, tornaram a sociedade refém desse desenvolvimento acelerado. A condição física do indivíduo, a situação socioeconômica, a disponibilidade de tempo, o acesso ao destino em tempo hábil e a oferta de meios de transporte são variáveis de grande influência na condição de vida nas metrópoles (VASCONCELLOS, 2001). Diante desse contexto fragilizado e baseado em um cenário nacional conflituoso em relação à disputa pelo espaço urbano, alguns grupos encontram-se mais vulneráveis em relação ao trânsito em virtude de suas condições físicas e psicológicas. Dentre eles estão os idosos, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e as crianças. 2.3 Principais Aspectos do Envelhecimento Pode-se afirmar que uma das maiores realizações dos seres humanos foi o aumento do tempo de vida, que foi acompanhado de uma evolução substancial na saúde das populações. Nesse sentido, o que era antes um privilegio de poucos, chegar a uma idade mais avançada, hoje passa a ser a norma mesmo nos países mais pobres. Esta foi uma das maiores conquistas do século XX se transformou num amplo desafio para o este novo século. O envelhecimento da população é uma ambição da maioria das sociedades, porem não basta por si só (LIMA, 2003). Afirma-se então que viver mais, é extraordinário desde que se obtenha qualidade de vida e elevação da autoestima nos anos a mais de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a meia-idade começa oficialmente aos 40 anos. Nesse sentido, a meia-idade não é sinônimo de senilidade. Mas é somente de uma parte da vida. E se tratando de realidade psicológica, não existem datas pré-determinadas que estabeleçam as transições da 20 vida. Cada indivíduo tem suas mudanças de fase de vida de uma maneira única, podendo variar de acordo com sexo, classes sociais, ambiente de vida, relações interpessoais, patologias psicológicas ou sociais, entre tantas outras circunstâncias, que só se tornam impossível determinar o estágio de vida atual do indivíduo sem a realização de uma avaliação, seja por meio de entrevista, teste ou observação. E existem cada vez mais pessoas vivendo nessa etapa. Daí a obrigação de enxerga-la de maneira singular. Pois, essa singularidade torna-se mais exuberante quando se avaliam ambas as dimensões associadas ao contexto de integralidade do idoso. Dessa forma, a meia-idade configura-se como sendo um período de dúvidas, em que a pessoa deixa a vida ativa e começa a possuir período livre ao mesmo tempo em que tem de encarar a perda de identidade profissional. Nessa situação, o idoso passa a enfrentar não somente a negativa da realidade vivida, como a angústia que esse período desencadeia. Neste instante os mecanismos de conservação passam a operar um após o outro em vez de simultaneamente, o que pode levar à descompensação (FAINGUELERNT, 2008). Portanto, torna-se necessário partir de uma visão ampla da qualidade de vida e do reconhecimento da influência de determinantes estruturais para se alcançar uma longevidade saudável e assim viver de forma satisfatória na terceira idade. Ao falar sobre envelhecimento, dois aspectos precisam ser levados em consideração, o envelhecimento biológico e o envelhecimento psíquico: - O envelhecimento biológico é inexorável, ativo e sem retorno, ocasionando maior fragilidade do organismo às ofensivas exteriores e interiores. Existem ênfases de que o processo de envelhecimento possui vários fatores e depende da programação genética e das modificações que ocorrem em nível celular-molecular. Pode existir, consequentemente, abaixamento da capacidade funcional. Os sinais de deficiências funcionais vão aparecendo de maneira discreta no decorrer da vida, sendo chamados de senescência, sem comprometer as relações e a gerência de decisões (MORAES, 2009). - O envelhecimento psíquico ou amadurecimento não progride, como efeito da passagem de tempo. Depende também da passagem do tempo, mas, sobretudo, do esforço pessoal contínuo na busca do autoconhecimento e do sentido da vida. Com o envelhecimento psíquico há uma redução da vulnerabilidade. A pessoa idosa 21 torna-se suficientemente sábia para aceitar a realidade, tolerar a dor ou a perda da independência biológica, pois seus dispositivos de segurança são cada vez mais eficazes na relação com o mundo. É a liberdade plena ou independência psíquica, pois compreende o sentido da vida. Os valores que regem a sua vida são cada vez mais elevados, racionais, inteligentes, enfim, conscientes (CEPAFE, 2002). De acordo com Penna (1992) tradicionalmente a percepção foi conceituada como processo interpretativo, operando sobre os dados sensoriais. Isso significa que percebemos quando adquirimos o conhecimento a partir dos estímulos sensoriais, que são visão, olfato, audição, paladar e tato, tendo como condição necessária a proximidade no tempo e no espaço, seja com um objeto, uma pessoa ou mesmo uma situação. Para a neurociência, a psicologia e a ciência cognitiva, a percepção é a função cerebral que consiste em adquirir, interpretar, selecionar e organizar as informações obtidas para atribuir significado ao que é observado. A atitude fisiológica ou neurológica tem como foco os processos neurocerebrais no momento de uma atividade perceptual. Em meio à diversidade de estímulos oferecidos e mediante os aspectos de interesses individuais, há uma seleção natural 30 que promoverá a percepção (imagem) e a consciência (pensamento, sentimento), levando, desta forma, a um determinado tipo de comportamento (OKAMOTO, 1996). O processo de envelhecimento torna-se então particular, modificável, cuja aquisição ocorre dia após dia. O envelhecer bem-sucedida se dá em decorrência de uma vida bem-sucedida. 2.4 Idoso como Condutor de Veículo O idoso pode perfeitamente dirigir desde que apresente condições físicas e mentais para tanto, condições estas que não se limitam a essa população, uma vez que todos os condutores de veículos automotores devem estar em plena saúde física e mental, incluindo os reflexos, a visão, a audição e senso de perigo (LACERDA, 2012). Atualmente, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, há no país 4,5 milhões de motoristas habilitados com idade entre 40 e 99 anos, 12,85% do total de 35 milhões (DENATRAN, 2010). Para o idoso, dirigir é manter sua autonomia e independência. Podendo se locomover para onde entender ou tiver necessidade. Ainda se sentindo útil em meio 22 à sociedade e ao seu circulo de amizades. O comportamento de dirigir um veículo é composto por múltiplas tarefas. Envolve a tomada de informação, o processamento de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras. Dirigir envolve uma carga mental ou cognitiva, isto é, o motorista precisa atender e depreender vários estímulos que estão em seu ambiente interno (dentro do veículo) e externo (vias, estradas, ambiente em geral). Muitos idosos dirigem sem problemas até o final da vida, outros, porém, evidenciam não ter mais como executar tal tarefa, porém não concordam em parar de dirigir. Nestes casos, a opinião de um médico de confiança pode ser válida, o motorista pode ser declarado inapto ao tentar trocar sua carteira de validade vencida, mas normalmente é a família quem irá ter a responsabilidade de tentar fazer o idoso parar de dirigir por sua própria vontade ou mesmo intervir de forma que ele não faça mais isto (MIRANDA, 2009). Segundo Lucca (2003), muito embora os idosos sejam ainda mais prudentes estes precisam evitar locais nas estradas que não dominam e não devem aumentar a velocidade, devido à perda de cognição, à hipertensão e os problemas na visão, nas articulações e na musculatura podem fazer com que ele tenha de reduzir o uso do carro ou até deixar de dirigir. Portanto a meia-idade é caracterizada como a "idade de perdas". Quanto mais se vive mais se perde em nível de função dos órgãos e sentidos, fazendo com que o idoso passe a ter um relacionamento social mais difícil. Outro fator que também precisa ser levado em consideração é o fato de o condutor idoso ser um consumidor de medicamentos, visto que dificilmente encontra-se na meia-idade pacientes que não façam uso de um ou mais medicamentos, por prescrição ou automedicação, e que podem se somar nos seus efeitos colaterais. Os medicamentos comumente usados por pacientes idosos, com efeitos adversos sobre a direção veicular, incluem os benzodiazepínicos, os antidepressivos, os analgésicos opioides, os anti-histamínicos e os hipoglicemiantes, todos agindo direta ou indiretamente sobre o Sistema Nervoso Central, e sobre o ato de dirigir (DETRAN, 2006). Apesar de diversos estudos relacionando ao uso de medicamentos e a direção de veículos, ainda não se é capas de determinar o quanto um medicamento afeta o motorista e até que ponto e dose esse medicamento é seguro ou não ao ser utilizado por motoristas. Os cientistas discordam sobre quais as tarefas relacionadas 23 com a condução são importantes para a segurança rodoviária ou até mesmo como os experimentos devem ser realizados. Não existe nenhum acordo internacional sobre os testes e procedimentos utilizados para a medição dos efeitos dos medicamentos sobre a condução de veículos. Muitos esforços têm sido feitos para se chegar a um consenso sobre o assunto. Entende-se então que dirigir um veículo automotor é uma tarefa difícil, que requer conexão veloz e continuada de uma vasta gama de funções cognitivas, sensório-perceptivas e motoras onde todas estas acabam diminuindo com o passar dos anos, comprometendo à habilidade necessária para dirigir com segurança. 2.5 O Ingressante na Meia-Idade que tem Interesse em Adquirir a Primeira CNH Dirigir é um formidável meio para manutenção do livre-arbítrio e do bemestar de pessoas mais velhas. Dirigir tornou-se uma das escassas áreas na vida de um idoso onde ele pode ir onde quiser. Nesse contexto, percebe-se que o número de motoristas com mais de 40 anos tem aumentado todos os anos, porém, não é estabelecida pelo Código Brasileiro de Trânsito uma idade máxima para parar de dirigir (DENATRAN, 2010). De acordo com Gunther (2003 p. 51), São três as dimensões de antecedentes a partir das quais se tenta predizer o comportamento do condutor são estas os conhecimentos, as práticas e as atitudes. Quanto ao grau de conhecimento, tem-se que, embora o conhecimento das regras de trânsito e de certas leis da física continue sendo considerado importante para atuar como participante no trânsito, ele está longe de ser suficiente, visto que, antes de qualquer coisa, o conhecimento precisa ser colocado em prática, no momento certo. A prática, segundo preditor de comportamento, constitui-se uma habilidade que se adquire no decorrer do tempo. Antes de conceder à pessoa a permissão para dirigir um veículo motorizado, exige-se que ela realize um determinado número de horas de treino e seja submetida a uma prova prática. Por fim, as atitudes, terceiro preditor, apontam para a questão da prontidão, presteza ou disposição de utilizar o conhecimento e a prática em benefício de um comportamento no trânsito de tal forma que nenhuma outra pessoa passar ser prejudicada, colocada em perigo ou, considerando as circunstâncias inevitáveis, impedida ou incomodada mais do que o necessário. De acordo com as normas do CONTRAN a partir dos 65 anos a renovação da CNH é realizada a cada 3 anos, momento em que são avaliados os parâmetros considerados ideais para uma direção veicular segura tanto para o condutor quanto 24 para terceiros. O indivíduo idoso costuma manter sua habilitação e seu automóvel o maior tempo possível, porque ele associa maior independência e bem estar ao fato de permanecer motorista. O idoso neste num processo continuo em que muitas vezes as obrigações permanecem repetitivas, que por eles já foram vivenciados, tendo que revive-las, sem o mesmo vigor, pois suas condições físicas e psicológicas já não são como dantes. Nesta etapa os idosos começam a se deprimir, a se diminuir psicologicamente, achando que o erro foi deles e trazem para si, responsabilidades em excesso, e não dando conta como pensará dar, adoecem e se tornam pessoas com baixa estima. Outro fator levado em consideração ao analisar idosos que se interessam pela habilitação é o esgotamento no uso do transporte publico pois, como se não bastasse esses constrangimentos pelos quais os idosos são obrigados a passar para se locomoverem, ainda há a falta de respeito de alguns motoristas de ônibus que ao identifica-los num ponto não atendem ao pedido de parada passando direto e deixando o idoso sem embarcar. Devido a essa situação, muitos idosos, precisam pedir ajuda a algum cidadão para que este estenda o braço pedindo que o ônibus pare, para que assim possam embarcar. O descaso dos motoristas não cessa por ai, além de se negarem a parar para os idosos, quando param, estacionam o veículo longe da calçada onde se encontra o passageiro complicando ainda mais a locomoção e podendo causar acidentes como queda de um idoso que comprometem a sua mobilidade. Então, é importante refletir sobre o idoso no trânsito, pois se constitui uma parcela da população que tende a enfrentar dificuldades na direção veicular com o passar dos anos. Assim, cabe a todos, sociedade e família, respeitar, proteger, apoiar emocionalmente e agir em conjunto com o idoso para decidir o momento certo de parar de dirigir. Lamounier e Rueda (2005, p. 19, b) explicam que a Psicologia de Trânsito e a Avaliação Psicológica são áreas afins, pois, A avaliação consiste em um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, realizado por meio de estratégias psicológicas como métodos, técnicas e instrumentos que permitem um conhecimento de capacidades cognitivas e sensório-motoras, componentes sociais, emocionais, afetivos, motivacionais, aptidões específicas e indicadores psicopatológicos. 25 Completam ainda os autores acima citados que por meio do processo de avaliação psicológica é possível obter-se informações cientificamente fundamentadas que possibilitam um diagnóstico com vistas a orientar, sugerir e sustentar o processo de tomada de decisão em algum contexto específico. Psicólogos de trânsito utilizam a avaliação psicológica com o intuito de investigar as características psicológicas dos candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou da mudança de categoria. Considerando que a memória, a inteligência e a atenção são três funções cognitivas que estão ligadas a resolução de problemas, o objetivo desse estudo foi verificar a relação entre estes construtos em uma amostra de candidatos à CNH. Nunes e Primi (2010) afirmam que a correlação esperada entre testes que avaliam construtos relacionados deve estar entre 0,20 e 0,50. Considerando que a Memória, a Inteligência e a Atenção são construtos relacionados, os resultados deste estudo estão dentro dos parâmetros presentados por estes autores. 26 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Ética A presente pesquisa segue as exigências éticas e científicas fundamentais conforme determina o Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/96 do Decreto nº 93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos: A identidade dos sujeitos da pesquisa segue preservada, conforme apregoa a Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram coletados dados a respeito dos fatores que levam pessoas que possuem de quarenta a sessenta e cinco anos de idade a obter a primeira CNH, para que se possam obter maiores informações sobre a população pesquisada. 3.2 Tipo de Pesquisa Trata-se de uma Pesquisa descritiva que tem como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos. 3.3 Universo Este estudo foi realizado nas autoescolas da região metropolitana do município de Teixeira de Freitas, Bahia. Essas foram escolhidas, pelo fato de estarem localizadas na cidade mais populosa do estremo sul da Bahia e consequentemente, poderá fornecer uma quantidade de amostra muito maior. 3.4 Sujeitos da Amostra A amostra deu-se pelos os candidatos à obtenção da 1ª CNH que possuírem idade de quarenta a sessenta e cinco anos que foram convidados para participarem da pesquisa. 27 3.5 Instrumentos de Coleta de Dados Construiu-se um instrumento estruturado, um questionário com perguntas objetivas que levavam a repostas fechadas e abertas. Composto por 12 perguntas, que abrange a caracterização dos sujeitos, cujas variáveis incorporadas tais como idade, identificar o perfil do idoso que busca da 1ª CNH na meia-idade, investigação da utilização da CNH na meia-idade e verificar se a obtenção da CNH pode contribuir para melhoria da qualidade de vida. 3.6 Plano para Coleta dos Dados Na oportunidade, o questionário foi entregue pessoalmente aos candidatos a primeira habilitação com idade de quarenta à sessenta e cinco anos, num total de 23 participantes, que concordaram em responder e participar da pesquisa. Foi respondido um questionário. 3.7 Plano para a Análise dos Dados Após a coleta, os dados serão organizados e tabulados, para a confecção de tabelas e verificação sistemática das respostas que serão inseridas, o que irá facilitar a análise e comparação com a literatura existente. Quanto à parte qualitativa recorreu se a análise de conteúdo enquanto técnica para dar sentido às falas dos sujeitos entrevistados. 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO As unidades foram selecionadas por meio de sorteio onde, das dez escolhidas, nove concordaram em participar assinando o TCLE. Nesse sentido discutimos nesse estudo, as repostas dos candidatos à primeira habilitação na meiaidade. O primeiro aspecto que podemos enumerar ao iniciar a distribuição dos questionários, foi à forma bastante receptiva com que o tema deste estudo, foi visto pelos profissionais do transito. O estudo de base quali-quantitativa, nos permitiu a interpretação dos dados quantitativos, buscando o entendimento que mais fosse cabível ao contexto da pesquisa. As respostas abertas, nas quais o entrevistado tem liberdade para expressar livremente sua opinião, nos indicaram a forma como vem sendo explorado, o tema desta pesquisa no cotidiano dos profissionais. Desse modo, efetuamos a inserção das respostas entre comentários. Para alcançar as intencionalidades da pesquisa e facilitar o entendimento do leitor, os resultados foram elencados em tabelas e aclaração das demais perguntas. Os dados quali-quantitativos podem mostrar aspectos da vida dos pacientes para que, dessa forma, possamos compreender melhor sua complexidade e a subjetividade. Tabela 1 – Dados quali-quantitativos da pesquisa que mostram aspectos da vida dos entrevistados.. PERGUNTA RESPOSTA PORCENTAGEM Idade, em média dos entrevistados. DE 40 A 65 ANOS 100% Gênero mais acometido FEMININO 74% Número de filhos EM MÉDIA 3 92% Fonte: Dados da Pesquisa. Teixeira de Freitas/BA. 2012. A média dos que buscam a primeira habilitação na meia-idade entre 40 e 65 anos se deve ao fato de que, este terço da população esta se tornando mais ativa na sociedade, principalmente no mercado de trabalho. E em grande maioria o publico é feminino, isso deve pelo fato de que a grande maioria tem filhos e são responsáveis 29 pela renda familiar. As principais implicações que o tráfego de veículos motorizados traz ao meio urbano e à qualidade de vida do indivíduo moderno. Os acidentes de trânsito surgiram como uma epidemia capaz de produzir muitas mortes, ferimentos e incapacidades, gerando custos financeiros e sociais enormes. Concluímos que os acidentes de trânsito variam significativamente conforme a idade, o sexo, o tipo de personalidade e a cultura de indivíduos neles envolvidos. De um modo ainda mais dramático, os acidentes variam de acordo com o nível de desenvolvimento econômico-social de um determinado país. No contexto de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, a grande diferença nos níveis de AT está estreitamente vinculada à responsabilidade que o poder público tem de implementar políticas adequadas e fazer cumprir a lei. No Brasil, os índices calamitosos de AT estão associados à falta tanto de uma legislação, como de políticas públicas adequadas em relação a esse fenômeno. O Novo Código Nacional de Trânsito constitui um marco dos mais importantes para que haja uma modificação dessa triste realidade. Diante do fato de que os acidentes de trânsito estão fortemente relacionados com falha humana, a despeito das limitações operacionais e das arestas constitucionais que ainda não foram aparadas, o novo código tem o grande mérito de contribuir para tornar o motorista brasileiro mais consciente e responsável ao volante. Tabela 2 – Características sócio=econômicas dos indivíduos pesquisados. PERGUNTA RESPOSTA PORCENTAGEM Possui veiculo próprio SIM 85 % Moram com alguém SIM 100% Renda familiar ACIMA DE 1000 83% 6 MESES 79% Tempo de interesse para adquirir CNH Fonte: Dados da Pesquisa. Teixeira de Freitas/BA. 2012. A maioria dos entrevistados possui carro próprio, o que significava um motivo corriqueiro para que a CNH seja adquirida. A média da renda familiar é o principal causa na busca da meia-idade para a primeira CNH, pois ela proporciona uma oportunidade para que a mesma seja complementada. Todos os participantes moram no seio familiar levando-o mais uma vez ao interesse pela melhora de vida. 30 Assim, é levado em consideração o tempo médio pelo interesse pela CNH, tendo como justificativa o desenvolvimento global em que há a possibilidade de ser observado cada dia mais a participação da meia-idade, ativos no mercado de trabalho. Adquirir uma CNH não é uma tarefa fácil, mas todos participantes da pesquisa afirmam que o desejo de poder estar a frente do volante é bem maior que as dificuldades que vêm sendo apresentadas com o passar dos anos nos âmbitos físicos e mentais, a calma e paciência são muitas vezes características marcantes nos condutores da terceira idade e afirmam que o nível de educacional influência na forma como uma pessoa dirige, pois está relacionados a uma boa conduta ano transito. Todos devem ser capazes de mudar posturas e agregar ao trânsito valores de cidadania, cordialidade e respeito. Muitos deles não têm o interesse por motocicletas, por apresentarem menos segurança, instabilidade ao conduzir tal veicula. Os impedimentos visíveis que impossibilitam a direção vêm da maior parte dos casos de doenças cognitivas. O diagnóstico precoce de problemas de saúde também evita que surjam sequelas que levam a limitações. È mais difícil continuar na direção para aqueles que já apresentam alguma dificuldade, porém poderão continuar dirigindo com segurança ao evitar tráfegos intensos e a direção noturna, trafegar por trechos já conhecidos e, se necessário, acompanhados, assim poderão manter-se ativos na direção por mais tempo. Assim, é importante ter em mente que o poder da direção proporciona a muito idosos a forma de se manter conectado ao mundo de forma independente. Por meio do automóvel, mantém seus vínculos sociais, principalmente pelas dificuldades de ter alguém disponível para leva-lo ou o desconforto no uso do transporte público. A perda da capacidade de dirigir representa um choque emocional muito significativo, favorecendo o isolamento social. É importante que o idoso fique atento aos sinais que o próprio corpo demonstra, como menor confiança ao realizar manobras, distração, aumento da agitação ou irritação, reflexos lentos e confusão em locais familiarizados quando dirige são alguns dos sinais para saber se já está no limite, e é preciso que o mesmo tenha o bom senso para decidir a hora de deserta-se da direção. A terceira idade vem demonstrando ativos perante a sociedade e o automóvel vem sendo apresentado como principal instrumento de trabalho de 31 muitos, por muitos buscarem melhorias de vida, vêm no carro uma saída para alavancar objetivos. E, além disso, os idosos tentam estarem aptas as recentes mudanças no perfil da população brasileira em que exigem novas ações de trabalho e educação principalmente para o trânsito. O principal motivo de interesse pela primeira CNH por parte da terceira idade é, no entanto utilizada para o mercado de trabalho. Muitos dos entrevistados apontaram este motivo, principalmente por muitas vezes serem os responsáveis pela renda família, sendo a mesma exigida em alguns cargos e funções que vem sendo ocupados por estes ou assim utilizando sua Habilitação para complementar tal renda. Outro fator relevante é considerar as pesquisas recentes sobre o Desenvolvimento Adulto mostram que grande parte das potencialidades humanas só se manifesta em sua plenitude quando as pessoas atingem um estado de equilíbrio e saúde mental. Estado esse que se efetiva no decorrer do processo transformador da meia-idade. Em inúmeras pesquisas sobre desenvolvimento humano há evidências claras de que, às vezes, basta dar tempo ao tempo para que muitos dos entraves emocionais da juventude e do começo da idade adulta cedam e abram espaço para a capacidade criativa. 32 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, pode-se concluir que a meia-idade é uma etapa natural da vida com características próprias, na qual ainda há possibilidades de mudanças e realização pessoal além de que muitos idosos continuam responsáveis pela renda familiar, tornando assim mais ativo na sociedade e que, pode ser um período interessante de descobertas e renovação. As causas mais comuns que afastam os condutores da meia-idade da direção são as doenças cognitivas. Permanecer no volante até idades recordes é uma questão de atitude responsável. Cabe ao motorista perceber seus limites e o momento em que deve considerar limitar o tempo no trânsito ou parar de dirigir para preservar a sua segurança e de outros condutores. Assim, as décadas que constituem a meia-idade podem vir a confirmar, ou não, os progressos profissionais, a estabilização das relações afetivas de modo geral e especialmente a conjugal. Similarmente, o indivíduo é levado a fazer considerações a respeito das conquistas impetradas na esfera cívica e socioeconômica da vida. 33 REFERÊNCIAS ALVES JÚNIOR, Dirceu Rodrigues. Fúria no trânsito. Disponível em: http://www.transitobrasil.org/artigos/doutrina/furia-no-transito. Acesso em: 29 de setembro de 2012. ALCHIERI, João Carlos. Comportamento humano no trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. BARBOSA da Silva; COSTA, Danyelle Monte Fernandes da. Atitudes frente à avaliação psicológica para condutores: perspectivas de técnicos, estudantes de psicologia e usuários. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 22, n. 2, jun. 2002 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-9893200200 0200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 out. 2012. GIL, Antonio Carlos. 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São Paulo, 2002. 38 APÊNDICE UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP QUESTIONÁRIO DA PESQUISA OBTENÇÃO DA PRIMEIRA CNH NA 3ª IDADE Trabalho de Conclusão de Curso – Pós-graduação em psicologia do transito – 2013 Acadêmicos(a) – Orientadora: Profa. 1 QUAL A SUA IDADE?________ 2 QUAL O SEU SEXO? ( )MASCULINO ( )FEMININO 3 – VOCÊ TEM FILHOS? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? ________________________________ 4 – VOCÊ POSSUI VEICULO PRÓPRIO? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS?___________ 5 – MORA COM ALGUÉM? ( ) SIM ( ) NÃO QUEM? ___________________________________ RENDA FAMILIAR: ( ) MENOS DE 500 ( ) DE 500 A 1000 ( ) ACIMA DE 1000 ( ) ACMA DE 2000 6 – VOCÊ TEM INTERESSE EM ADQUIRIR VEÍCULO PRÓPRIO? ( ) SIM ( ) NÃO QUAL?___________________ 7 – HÁ QUANTO TEMPO SURGIU O INTERESSE POR ADQUIRIR A 1ª CNH? ( ) MENOS DE UM MÊS HÁ UM ANO ( ) MAIS DE UM MÊS ( ) HÁ DOIS ANOS ( ) MAIS DE SEIS MESES ( ) ( ) MAIS DE DOIS ANOS 8 – VOCÊ ACHA QUE O NÍVEL EDUCACIONAL INFLUÊNCIA NA FORMA COMO UMA PESSOA DIRIGE? PORQUE?_________________________________________________________________ ___________ 9 – QUE FATORES LEVARAM VOCÊ A SE INTERESSAR POR ADQUIRIR A 1ª CNH? __________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10 – COMO VOCÊ SE SENTE EM RELAÇÃO A DIREÇÃO? __________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 39 11 – VOCÊ SE MOSTRA INTERESSADO POR PILOTAR MOTOCICLETAS? ( ) SIM ( ) NÃO COMO A FAMÍLIA TEM LIDADO COM A DOR?__________________________________________________________________ 12 – VOCE IRÁ UTILIZAR A CNH PARA USO PESSOAL OU TRABALHO? DE QUE FORMA? __________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 40 ANEXO 41