RBTI / Artigo de revisão Estenose de Traquéia após Intubação Prolongada* Long-Term Post Intubation Tracheal Stenosis. Antônio Almeida Chagas Filho¹, Fábio Santana Machado², Mariano Janiszewski³. SUMMARY BACKGROUND AND OBJECTIVES: Tracheal stenosis is a rare but serious complication of tracheal intubation and tracheotomy. Its incidence has been increasing in the last twenty years. Diagnosis is sometimes difficult to establish. This objective is to present the causes of tracheal stenosis, diagnosis, treatment and prevention. CONTENTS: Flexible bronchoscopy is often necessary to confirm the diagnosis and may influence treatment. The ideal curative treatment is surgical resection of the stenosis with termino-terminal anastomosis. In patients presenting definitive or transitory contraindications to this treatment there is place for intervetional endoscopy. CONCLUSIONS: Rigid bronchoscopy enables mechanical dilatation of the stenosis which can be associated with laser. In selected cases interventional bronchoscopy can be curative. However in all cases management of such lesions remains multidisciplinary. Key Words: Tracheal intubation; tracheal stenosis; tracheotomy. A traquéia é um importante órgão do corpo humano que provê a insuflação e desinsuflação das vias aéreas através de seu lúmen. As anormalidades da traquéia levam a problemas que são verdadeiros desafios para os médicos, geralmente resultando em obstrução, isto é, traqueoestenose, traqueomalácia ou lesão traqueal vegetante1. A estenose traqueal corresponde usualmente a uma complicação de intubação prolongada, traumática ou lesão traqueal externa2. O aumento progressivo de pacientes submetidos a tratamento ventilatório prolongado através da intubação orotraqueal, nasotraqueal ou tubos de traqueostomia, tem levado a lesões iatrogênicas da laringe e traquéia, em graus variáveis e muitas vezes de difícil solução. A estenose de traquéia é definida quando há uma diminuição do seu lúmen em 10% ou mais, evidenciada por métodos de imagem (planigrafia ou tomografia computadorizada) ou traqueoscopia3. EPIDEMIOLOGIA Na década de 1970, a estenose traqueal pós-intubação apresentava uma incidência de 12% a 20%, diminuindo para 4% a 8% na década de 19803. O tempo de intubação é um indicador importante para estenose. Strong e col.4 encontraram uma incidência de estenose traqueal entre 5% e 6% nos pacientes intubados por mais de oito dias. Os estudos prospectivos mais recentes apresentam uma incidência de estenose traqueal após intubação de 10% a 19%, sendo que estenoses significativas ocorrem em 1% dos pacientes5. ETIOLOGIA A etiologia da estenose traqueal pode ser classificada de acordo com sua fisiopatologia em traumática, infecciosa, inflamatória, neoplásica e iatrogênica6. A causa mais comum de estenose de traquéia em adultos é iatrogênica por lesão após intubação6. As causas menos comuns são6: a) Inflamatórias: granulomatose de Wegener, policondrite, amiloidose, lúpus, etc.; b) Infecciosas :tuberculose, difteria, etc.; c) Neoplásicas: a neoplasia primária mais freqüente é o carcinoma de células escamosas e a secundária é o carcinoma da tireóide; d) Traumáticas : traumatismos mecânicos, lesões por produtos químicos, etc. FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da estenose traqueal envolve diversos fatores, entretanto, a lesão inicial da mucosa (hiperemia e edema) é seguida por um processo inflamatório reparador e, posteriormente, estreitamento cicatricial do lúmen7. Os principais fatores que predispõem à lesão da mucosa respiratória no nível do anel cricóide são: a) Tempo de intubação traqueal; b) Antecedentes de intubação traqueal difícil ou traumática; c) Intubações repetidas; d) Material do tubo; e) Efeito pistão, (caracterizado por uma inadequada fixação da cânula e pelos movimentos espontâneos do paciente); 1. Pós-Graduado do Curso de Pós-Graduação Lato Senso. “Curso de Especialização em Terapia Intensiva para Adultos” do Hospital Israelita Albert Einstein, Centro de Terapia Intensiva Albert Einstein, Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. 2. Coordenador e Professor do “Curso de Especialização em Terapia Intensiva para Adultos” do Hospital Israelita Albert Einstein, Centro de Terapia Intensiva Albert Einstein, Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. 3. Professor do Curso de Pós-Graduação Lato Senso. “Curso de Especialização em Terapia Intensiva para Adultos” do Hospital Israelita Albert Einstein, Centro de Terapia Intensiva Albert Einstein, Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. *Recebido do Hospital Israelita Albert Einstein, Centro de Terapia Intensiva Albert Einstein, Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Apresentado em 18 de novembro de 2004. - Aceito para publicação em 28 fevereiro de 2005 Endereço para Correspondência: Dr. Antônio Almeida Chagas Filho - Rua Agenor de Lima Franco, 116/72 A - 05537-120 São Paulo, SP - Fones: (11) 3746-9174 – (11) 9112-4551 - E-mail: [email protected] 40 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva RBTI / Artigo de revisão f) Intubação demasiadamente alta, com a ponta do tubo no terço superior da traquéia; g) Infecção do trato respiratório superior; h) Inadequado manuseio da enfermagem8. A pressão de perfusão capilar da mucosa traqueal (20 a 40 mmHg) é o aspecto crucial para o entendimento fisiopatológico da lesão da mucosa. Toda vez que o tubo traqueal ocasionar pressão na mucosa superior à sua pressão de perfusão capilar (tubo mal posicionado ou balonete do tubo traqueal muito insuflado), necrose isquêmica e ulceração da mucosa poderão ocorrer. As ulcerações na fase seguinte irão confluir, levando a uma necrose estromal profunda e pericondrite após aproximadamente 96 horas. A condrite propiciará a necrose da cartilagem. Quando o processo agressor é removido no estágio de pequena ou moderada erosão, a regeneração da mucosa ocorre normalmente. Entretanto, situações de cicatrização incompleta favorecerão o aparecimento de metaplasia escamosa do epitélio ciliado normal. Ulcerações mais extensas cicatrizam por segunda intenção com formação de granulações e progressivamente de granuloma. Nos casos com lesões extensas há a formação de tecido fibroso que pode evoluir com tecido cicatricial contraído. Esta seqüência é a base fundamental do desenvolvimento da estenose subglótica e estenose posterior da glote7,9. O tubo traqueal oral ou nasal sempre repousa e exerce pressão sobre a região posterior da laringe, local onde se localizam os três maiores sítios de lesão na mucosa7: a) Cartilagem aritenóide (acometida na superfície medial, processo vocal e articulação cricoaritenóidea); Figura 1 – Demonstração dos Locais mais comuns para Ocorrência de Estenose da Traquéia por Lesões dos Tubos Laringotraqueal e de Traqueostomia6. Áreas de formação de estenose por tubos de traqueostomia e laringotraqueais Lesão da corda vocal Lesão cricóide e subglótica Local de traqueostomia (uma forma de estenose) Local de contato da ponta do tubo de traqueostomia com a parede da traquéia Volume 17 - Número 1 - Janeiro/Março 2005 QUADRO CLÍNICO Os pacientes com estenose discreta podem evoluir com pneumonia recorrente ou dispnéia progressiva ao exercício, o que pode ser confundido com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. O aumento do grau de estenose levará ao aparecimento de chiado ou estridor aos mínimos esforços. O estridor aparecerá quando o lúmen da traquéia for inferior a 5 mm. A cianose é uma manifestação tardia6. A estenose de traquéia é relativamente incomum. Contudo, todo paciente com história de intubação prévia ou traqueostomia nos últimos dois anos e que apresente sintomas pulmonares, deve ser considerado como caso suspeito. A estenose subglótica ou traqueal é sintomática apenas quando ocorre uma redução do lúmen superior a 60%. Habitualmente, os sintomas de obstrução das vias aéreas superiores aparecem após dois meses da extubação, entretanto, isto poderá prolongar-se por até dois anos6,9. DIAGNÓSTICO Paciente com história de sintomas respiratórios e antecedentes de intubação traqueal prolongada são os mais importantes indicadores de estenose traqueal. Diante desse quadro, o médico deve investigar esta hipótese6,10,11. O diagnóstico pode ser confirmado por meio endoscópico (laringoscopia e broncoscopia) e por radiografia simples (radiografia do tórax, radiografia lateral do pescoço e tomografia simples)6. A tomografia linear tem sido recomendada como método de escolha, mas é um exame de imagem muito mais difícil de se conseguir do que a tomografia computadorizada. A fluoroscopia tem sido de grande ajuda para demonstrar malácia e avaliar a função das cordas vocais. A tomografia computadorizada não é muito utilizada para o diagnóstico de estenose de traquéia, exceto em casos de neoplasia. A ressonância nuclear magnética (RNM) pode ser de maior valor por permitir a visualização das lesões de partes moles10,11. TRATAMENTO Segmento de malácia Local do cuff do tubo de traqueostomia (estenose circunferencial) b) Glote posterior (acometida na região interaritenóidea); c) Cartilagem cricóide (acometida na superfície anterior da lâmina posterior). Local do cuff laringotraqueal (estenose circunferencial) Local de contato da ponta do tubo laringotraqueal com a parede da traquéia Medidas profiláticas para evitar seqüelas laringotraqueais à intubação: 1. Tratamento clínico: Caledón e Col3 utilizaram infiltração de acetato de triancinolona na zona da cicatriz cirúrgica e Ruiz-Esquide e col.8 trataram a estenose subglótica com doses elevadas de dexametasona por via venosa. No trabalho de Abo e col.12 foi demonstrado benefício no uso da inalação com dipropionato de beclometasona, tendo sido este tratamento utilizado em situações com contra-indicação cirúrgica. 2. O controle da pressão do balonete três vezes ao dia pode contribuir para prevenir lesões isquêmicas e o desenvolvimento de estenose traqueal. A pressão do balonete de alto volume 41 RBTI / Artigo de revisão e baixa pressão deve permanecer entre 18 e 25 mmHg, para prevenir lesões isquêmicas e conseqüente estenose traqueal13. O trabalho de Granja e col.13 avaliou o desenvolvimento de estenose traqueal após intubação, traqueostomia ou ambas. Foi feito um estudo prospectivo em pacientes submetidos à intubação traqueal durante mais de oito horas e à traqueostomia percutânea. A pressão do balonete foi registrada no momento da intubação e a cada oito horas, tentando deixá-la no máximo em 25 mmHg. Foram estudados 95 pacientes, 58 homens e 37 mulheres, 16 foram submetidos a traqueostomia percutânea, com idade média de 54 anos, APACHE II médio de 16,3 e tempo médio de intubação de 7,3 dias. Os pacientes foram avaliados seis meses após a alta hospitalar através de laringotraqueofibroscopia que demonstrou cicatrizes mínimas sem redução da luz traqueal, as quais estavam presentes apenas nos pacientes submetidos a traqueostomia percutânea e não se visualizou nenhuma alteração nos pacientes submetidos a intubação traqueal. Conclui-se que o controle da pressão do balonete três vezes ao dia parece contribuir para prevenir lesões isquêmicas e o desenvolvimento da estenose traqueal. 3. Cuidados no uso do balonete (balão do tubo traqueal), verificando o grau e o tempo de insuflação e inspeção da luz da traquéia periodicamente para detectar eventuais lesões. É desejável um balonete que faça corpo com o tubo, de baixa pressão e que se insufle simetricamente. Umidificação do oxigênio através do tubo, com cuidados de limpeza e aspiração são medida adicionais importantes13,14. 4. Uso de tubo e material adequado, de preferência confeccionado com cloreto de polivinil (PVC) ou silicone14. 5. Exame laringotraqueal após extubação, laringoscopia indireta microlaringotraqueoscopia: aspiração para limpeza das secreções, falsas membranas, placas necróticas, injeção de corticosteróide em casos de edemas, retirada de pólipos e granulomas, enfim, de todas as lesões hipertróficas ou necróticas14. RECOMENDAÇÕES 1. As traqueostomias devem ser feitas com o máximo de rigor técnico-cirúrgico, sempre abaixo do primeiro anel traqueal, intubando-se previamente os pacientes com insuficiência respiratória grave2,3,8,10,14. 2. É fundamental evitar a intubação prolongada, preferivelmente abaixo de 72 horas, considerando-se o tempo desde o início da doença básica do paciente e a previsão do momento em que se espera o retorno das funções respiratórias normais2,14. 3. Utilizar sempre cânulas com balonete de alto volume e baixa pressão e manter a pressão de insuflação entre 18 e 25 mmHg13. 4. Nos pacientes com abundante secreção traqueobrônquica a aspiração pelas sondas torna-se difícil dando-se preferência à traqueostomia14. TRAQUEOSTOMIA As alternativas de tratamento dependem do estado do paciente e do grau da lesão traqueal, incluindo: 1. Dilatação endoscópica: procedimento em geral desa- 42 Figura 2 – Algoritmo do Tratamento da Estenose Benigna Traqueobrônquica segundo Brichet15. creditado que necessita de numerosas intervenções, mantendo o paciente com traqueostomia por tempo prolongado. Sua maior indicação são lesões pequenas de partes moles. 2. Ressecção da estenose por via endoscópica. 3. Cirurgia aberta: existem diferentes técnicas1,2,5,6,9,15 4. Observação: pode ou não ser acompanhada do uso de traqueostomia. É utilizada em pacientes com lesões assintomáticas ou pouco sintomáticas, assim como em pacientes que apresentam lesões graves e que são portadores de doenças de base que contra-indiquem a cirurgia. Contra-indicações à ressecção traqueal: inabilidade voluntária da tosse ou expectoração, aspiração intratável, insuficiência respiratória crônica, moderada ou grave, estenose longa ou bifocal. O uso de corticóide é discutido na literatura, podendo ser utilizado na decanulação de pacientes com estenose de traquéia, indicando-se a dexametasona na dose de 0,5 mg/kg a cada seis horas durante 24 horas. Também existem trabalhos com dipropionato de beclometasona inalatório no tratamento da estenose de traquéia após intubação12. A traqueostomia também pode ser uma causa importante de estenose traqueal após intubação, com incidência de 15% a 53%, mas isto pode se dever simplesmente à técnica cirúrgica ou à inabilidade do cirurgião2. É fato que a intubação laringotraqueal prolongada produz maior incidência de estenose laringotraqueal. Presume-se que todo paciente admitido em UTI para assistência ventilatória é um potencial candidato à intubação traqueal e se há suspeita que este receberá ventilação assistida prolongada, deve pensar sempre na possibilidade de realização de traqueostomia precoce, ou seja, quando o procedimento ocorre entre cinco e sete dias após a intubação. Tal procedimento facilita os cuidados da enfermagem e diminui o risco de estenose laringotraqueal3. Existem pacientes de alto risco para estenose laringotraqueal após intubação prolongada, como aqueles com doença do colágeno, como lúpus, hipóxia celular crônica, insuficiência cardíaca e insuficiência respiratória crônica. Estes pacientes de alto risco devem ser submetidos a traqueostomia o mais precocemente possível3. A grande discussão que existe entre os médicos internistas e os otorrinolaringologistas é o momento em que se deve pasRBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva RBTI / Artigo de revisão sar da intubação endotraqueal para a traqueostomia. Para Stauffer3 a intubação translaríngea pode permanecer por 20 dias ou mais sem causar problemas. Em geral os internistas são reacionários à traqueostomia precoce e a indicam em média com duas ou mais semanas de intubação. CONCLUSÃO Os avanços da Medicina Intensiva têm permitido aumento da sobrevida de pacientes com mau prognóstico. Muitos desses pacientes exigem ventilação mecânica invasiva prolongada, resultando em um incremento do número de casos de estenose traqueal. A presença do tubo traqueal desencadeia todos os fenômenos histológicos de agressão e defesa da mucosa traqueal e independem do tempo de intubação. O tempo de intubação parece favorecer o predomínio de lesões destrutivas. A estenose traqueal iatrogênica é uma compilação que pode ser prevenida e potencialmente curável. O aumento da incidência da estenose de traquéia após intubação vem ocorrendo devido ao aumento da pressão do balonete e tração do tubo de ventilação. A prevenção da lesão da traquéia pode ser alcançada mantendo-se a pressão do balonete menor ou igual a 20 cmH2O e estabilizadores para os tubos de intubação traqueal e ventiladores. Quando a lesão da traquéia é diagnosticada, o melhor tratamento é a cirurgia com ressecção da lesão e anastomose término-terminal. RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A estenose de traquéia é rara, mas sua incidência tem aumentado, possivelmente devido ao uso do suporte ventilatório em terapia intensiva envolvendo intubação orotraqueal (IOT) ou traqueostomia. O objetivo deste estudo é apresentar as causas de estenose de traquéia, diagnóstico, tratamento e prevenção. CONTEÚDO: O diagnóstico é difícil de se estabelecer, sendo necessária muitas vezes a broncoscopia ou tomografia computadorizada de pescoço com reconstrução tridimensional. O tratamento curativo de escolha é cirúrgico, com ressecção da estenose e anastomose término-terminal. Os pacientes que apresentam contra-indicações temporárias ou definitivas ao tratamento cirúrgico podem se beneficiar da endoscopia intervencionista. A broncoscopia rígida com dilatação mecânica da estenose traqueal associada ao laser pode ser curativa. CONCLUSÕES: O manuseio da estenose de traquéia em geral é multidisciplinar envolvendo pneumologistas, cirur­ giões de tórax, otorrinolaringologistas, anestesiologistas e intensivistas. Unitermos: Estenose de traquéia; intubação traqueal; traqueostomia. Volume 17 - Número 1 - Janeiro/Março 2005 REFERÊNCIAS 01. Liu HC, Lee KS, Huang CJ et al - Silicone T-tube for complex laryngotracheal problems. Eur J Cardiothoracic Surg, 2002;21:326-330. 02. Contreras M, Iñiguez R - Estenosis traqueal. Rev Otorinolaringol Cir Cabeza Cuello. 1998;58:21-25. 03. Caledón C, Calderón M - Estenosis laringotraqueal. Rev Otorrinolaringol Cir Cabeza Cuello,1998;58:11-19. 04. Martins RHG, Braz JRC, Bretan O et al - Lesões precoces da intubação endotraqueal. Rev Bras de Otorrinolaringol, 1995;61:1-5. 05. Brichet A, Verkindre C, Dupont J et al - Multidisciplinary approach to management of postintubation tracheal stenoses. Eur Respir J, 1999;13:888-893. 06. Godin DA, Rodriguez KH, Hebert F - Tracheal stenosis. J La State Med Soc, 2000;152:276-280. 07. Tucori LP - Traumas externos da laringe. 3º Congresso de Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo. Fundação Otorrinolaringologia. Seminários, 2002. 08. Ruiz-Esquide F, Paredes M, Contreras JM - Estenosis subglótica postintubación. Rev Chil Pediatr,1999;70:424-427. 09. Monnier P - Lésions d’intubation: Étiologie, diagnostic et traitment. Rev Méd Suisse Romande,1999;119:891-897. 10. Contreras JM, Paredes M, Bravo P et al - Estenosis traqueal. Rev Otorrinolaringol Cir Cabeza Cuello,1998;58:147-151. 11. Spittle N, McCluskey A - Tracheal stenosis after intubation. BMJ, 2000;321:(7267):1000-1002. 12. Abo M, Fujimura M, Kibe Y et al - Beclomethasone diproprionate inhalation as a treatment for post-intubation tracheal stenosis. Int. Journal Clin Pract, 1999;53:217-218. 13. Granja C, Faraldo S, Laguna P et al - Control de la presión del balón de neumotamponamiento como método de prevención de lesiones laringotraqueales em pacientes críticos intubados. Rev Esp Anestesiol Reanim, 2002;49:137-140. 14. Pinto JA, Felippu AN, Faria CAR et al - Seqüelas laringotraqueais devidas a intubação. Rev Ass Med Bras, 1981;27:231-233. 15. Saueressig MG, Macedo Neto AV, Moreschi AH et al - A correção das estenoses traqueobrônquicas mediante o emprego de órteses. J Pneumol, 2002;28:84-93. 16. Ahmad I, Pahor AL. Post-intubation tracheal stenosis. Hosp Med, 2000;61::508-509. 17. Bock KR, Silver P, Rom M et al - Redution in tracheal lumen due to endotracheal intubation and its calculated clinical significance. Chest, 2000;118:468-472. 18. Dikkers FG - Tracheal stenosis can occur 20 years after intubation. BMJ, 2001;3227282):362 19. Durbin CG Jr - Questions answered about tracheostomy timing? Crit Care Med, 1999;27:2024-2025. 20. Isaacs JH Jr - Emergency cricothyrotomy: Long-term results. Am Surg, 2001;67: 346-349. 21. Le BT, Eyre JM Jr, Holmgren EP et al - ����������������������������������� A tracheostomy complication resulting from acquired tracheomalacia: Case report. J Trauma, 2001;50:120-123. 22. Le TT, Hardeman SH, Kokoska MS - ���������������������������������������� Radiology quiz case: postintubation subglotic and tracheal stenosis. Arch Otolaryngol Head Neck Surg, 2002;128:197199. 23. Lin WY, Chao TH, Wang SJ - Tracheal granuloma after tracheal intubation incidentally detected on Ga-67 imaging. Clin Nucl Med, 2002;27:672-673. 24. Loucks TM, Duff D, Wong JH et al - The vocal athlete and endotracheal intubation: a management protocol. J Voice, 1998;12:349-359. 25. Nagappan R, Parkin G, Wright CA et al - Adult long-segment tracheal stenosis attributable to complete tracheal rings masquerading as asthma. Crit Care Med, 2002;30:238-240. 26. Pereira EDB, Farensin SM, Fernandes ALG - Morbidade respiratória nos pacientes com e sem síndrome pulmonar obstrutiva submetidos a cirurgia abdominal alta. Rev Ass Med Bras, 2000;46:15-22. 27. Prince JS, Duhamel DR, Levin DL et al - Nonneoplastic lesions of the tracheaobronchial wall: Radiologic findings with bronchoscopic correlation. Radiographic, 2002;22:S215-S230. 28. Rumbak MJ, Walsh FW, Anderson WM et al - Significant tracheal obstruction causing failure to wean in patients requiring prolonged mechanical ventilation: A forgotten complication of long-term mechanical ventilation. Chest, 1999;115:1092-1095. 29. Salaroli AF - Lesões traqueais em pacientes entubados – Estudo prospectivo em função do tempo de intubação. Tese: Apresentada à Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas para obtenção do grau de Doutor. Campinas, 1997. 43