Auxilio visual para aulas de Leite – ECONOMIA FINANCEIRA – UFPB: 2000. 7.1 – ESTRUTURA DE PRAZO DA TAXA DE JUROS 1. Variabilidade e Previsão de Taxas de Juros 7.1 – Determinantes da taxa de juros – As diversas teorias da taxa de juros revelam que essa taxa tem múltiplos determinantes que podem ser analisados de ângulos diferentes.. Os seguintes modelos já foram estudados ou mencionados neste curso: a) Fluxos de fundos de empréstimo (basedos nas condições de poupança e investimento – escolha e transformação intertemporais) b) Oferta e demanda de moeda (motivos transacional e especulativo) c) Fluxos de capitais externos (investimentos, empréstimos e financiamentos) d) Arbitragem internacional (diferenciais de taxas internacionais) e) Riscos financeiros e políticos (inadimplência, reinvestimento, moratória) f) Características especificas dos títulos (tributação, prazo, correção, etc.) AS DIVERSAS TEORIAS DA TAXA DE JUROS Condições de poupança e Investimento Fluxos Financeiros Estoque de moeda Oferta e procura i Inadimplência reinvestimento políticos Riscos Arbitragem Diferencial r – r* 7.4 – Variabilidade: Por ter múltiplos determinantes, a taxa de juros está sujeita a grande variabilidade que provocam alterações nos preços dos ativos financeiros, fazendo surgir oportunidades de lucro rápido para os que fazem boas previsões de seu comportamento. 7.3 - Previsão: Embora a previsão da taxa de juros seja um processo complexo, a análise de sua estrutura de prazo, por meio da curva de juros, oferece um dos principais instrumentos de previsão. Tópico 7.1 P. 2 2. Curva de Juros (Curva de rentabilidade) 2.1 - Definição: É uma curva representativa da estrutura de prazo das taxa de juros, revelando a dependência da taxa (i) em relação aos prazos de vencimento (n) de uma série de títulos de características idênticas, esceto os prazos de vencimento. 3. Processo de Obtenção 3.1 - Definição: Para se obter a curva de juros ou curva de rentabilidade), basta plotar no prazo as diversas taxas de juros aplicáveis a um determinado título com características iguais exceto seus prazos de vencimento a decorrer. 3.2 - Exemplo: Considere as rentabilidades (taxas de desconto) da LTN divulgadas pela Gazeta Mercantil no dia 28/05/2000, conforme tabela abaixo. TITULOS PÚBLICOS FEDERAIS Gazeta Mercantil 28/05/00 Mercado Secundário: Fontes: Bancos, ANDIMA Vencimento Prazo Taxa de da LTN Restante (dias) desconto 31/05/2000 05/07/2000 02/08/2000 30/08/2000 14/10/2000 01/11/2000 29/11/2000 06/12/2000 31/01/2000 04/04/2001 02/05/2001 03 38 66 94 139 157 185 192 248 321 339 18,61 18,90 19,05 19,37 19,89 20,35 20,78 20,88 21,43 21,83 21,97 21,0 20,0 19,0 18,0 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 240 255 270 285 300 330 Tópico: 7.1`Pág. 3 4. FORMATOS DE CURVA DE JUROS 4.1 – Instabilidade - As curvas têm formatos diferentes que variam de acordo com as expectativas do mercado. Um curva ascendente denota taxa de juros crescentes e uma descendente, taxas decrescentes. O curva horizontal indica expectativa de taxa constante. Tx crescentes i Tx constantes i Tx decrescentes i Prazo Prazo Prazo 5. Estratégias de Prazo 5. –Explicação – Para um determinado prazo de aplicação (n), um investidor poderá investir seus recursos pelo prazo total ou por frações de prazo que, somadas, totalizem o prazo de aplicação. Para um prazo de 3 mêses, há as seguintes estratégias: a) T(0-3) = Aplicação do presente (t=0) até o fim de prazo (t=3) b) T(01) + T1-2) + T(1-3) = Aplicação períodos sucessivos de um mês cada. b) T (01) + T(1-3) = Aplicação por um mês, seguida de aplicação por dois meses. c) T(0-2) + T(2-3) = Aplicação por dois meses, seguida de aplicação por um mês. A B1 D1 0 B2 C1 D2 1 C2 D2 2 n Na ausência de custos transacionais, as diversas estratégias de aplicação tendem a produzir a mesma rentabilidade devido à arbitragem.