Comportamento e Sexualidade do Adolescente com TEA

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COMPORTAMENTO E SEXUALIDADE
DO ADOLESCENTE COM TEA E SEU
MANEJO COMPORTAMENTAL
BRIANE MURARI SANTOS TONTINI
PSICÓLOGA / PEDAGOGA / ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL,
PSICOPEDAGOGIA E NEUROPSICOLOGIA.
NOV./2015
CONCEITO DE ADOLESCÊNCIA E
SEXUALIDADE
Adolescência é considerada um ciclo vital,
é
uma
etapa
intermediária
do
desenvolvimento humano, entre a infância
e a fase adulta. Ocorrem transformações
corporais, hormonais e até mesmo
comportamentais.
Não se pode definir com exatidão o início e
fim da adolescência (ela varia de pessoa
para pessoa), porém, na maioria dos
indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20
anos de idade (período definido pela OMS
– Organização Mundial da Saúde).
Adolescência e puberdade - Muitas pessoas
confundem adolescência com puberdade. A
puberdade é a fase inicial da adolescência,
caracterizada pelas transformações físicas e
biológicas no corpo dos meninos e meninas.
É durante a puberdade (entre 10 e 13 anos entre
as meninas e 12 e 14 entre os meninos) que
ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais.
Estes ficam preparados para a reprodução.
“Sexualidade” pode ser considerado como o
traço mais íntimo do ser humano e como tal, se
manifesta diferentemente em cada fase da vida
do indivíduo. Tema complexo e interdisciplinar.
Envolve aspectos: biológicos,
psicológicos, sociais e culturais.
fisiológicos,
Varia de acordo com a realidade e as
experiências vivenciadas por cada um.
SEXUALIDADE NA INFÂNCIA
DOS 02 AOS 03 ANOS: AS CRIANÇAS TOMAM
CONSCIÊNCIA DE SUA IDENTIDADE SEXUAL (MENINO E
MENINA). INICIAM O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E
INTERIORIZAÇÃO DAS FUNÇÕES QUE A SOCIEDADE
CONSIDERA PRÓPRIAS PARA CADA GÊNERO – PAPEL
SEXUAL.
A IDENTIDADE SEXUAL PASSA A SER UMA CATEGORIA
PERMANENTE, TALVES A MAIS IMPORTANTE DOS
JULGAMENTOS QUE FAZ DE SI MESMO. JÁ O PAPEL
SEXUAL SE DEFINE AO LONGO DO CICLO VITAL DAS
PESSOAS.
DOS 03 AOS 04 ANOS: MANIFESTAM INTERESSES SEXUAIS
ATRAVÉS DE PERGUNTAS, OBSERVAÇÕES, EXPLORAÇÃO DO
PRÓPRIO CORPO. EXPRIMEM EM COMPORTAMENTOS A SUA
SEXUALIDADE.
DIFERENÇAS DA SEXUALIDADE INFANTIL EM RELAÇÃO A
ADULTA:
- ÓRGÃOS GENITAIS POUCO DESENVOLVIDOS;
- CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS ACABARAM DE SURGIR;
- QUANTIDADE DE HORMÔNIOS NO SANGUE É MUITO
PEQUENA;
- SENSAÇÕES DE PRAZER NÃO REPRESENTA SIGNIFICADO
ESPECÍFICO;
- ESTÍMULOS ERÓTICOS NÃO PROVOCAM ATRAÇÃO SEXUAL, AO
MENOS DE FORMA CLARA E CONSISTENTE.
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA
• Desejo sexual e estímulos adquirem valor erótico;
• Buscam satisfação sexual através da auto estimulação ou do
contato com os outros;
• Sistema de crenças, organização social e a própria capacidade
de controle da pulsão ou a habilidade para encontrar
companheiro sexual, definem o comportamento sexual ;
• Surge a paixão e compromissos relacionais de diversos tipos;
• Desejo, interesses sexuais e a capacidade de apaixonar-se
mantém-se durante todo ciclo vital.
Sexualidade pode ser considerada um
característica geral experimentada por todo o
ser humano e não necessita de relação
exacerbada com o sexo, uma vez que se define
pela busca de prazeres, sendo estes não apenas
os explicitamente sexuais.
Pode-se entender como constituinte de
sexualidade, a necessidade de admiração e
gosto pelo próprio corpo por exemplo, o que
não necessariamente signifique uma relação
narcísica de amor incondicional.
A sexualidade inclui a busca de prazer,
descoberta das sensações proporcionadas pelo
contato ou toque, atração por outras pessoas
(de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito
de obter prazer pela satisfação dos desejos do
corpo, entre outras características. Está ligada a
aspectos genéticos, culturais e sociais. O meio
influencia diretamente na sexualidade de cada
um.
SEXO E SEXUALIDADE
Muitas vezes se confunde o conceito de
sexualidade com o do sexo propriamente dito.
É importante salientar que um não
necessariamente precisa vir acompanhado do
outro. Cabe a cada um decidir qual o momento
propício para que esta sexualidade se manifeste
de forma física e seja compartilhada com outro
indivíduo através do sexo, que é apenas uma das
suas formas de se chegar à satisfação desejada.
“CADA CULTURA E SOCIEDADE
DETERMINAM OS COMPORTAMENTOS
SEXUAIS DE MODO DISTINTO ATRAVÉS
DOS COSTUMES, DA RELIGIÃO, DA MORAL
E DAS LEIS CIVIS”.
O ADOLESCER
• PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA (12 aos
18 anos – ECA, 11 aos 20 anos): marca
a transição entre a infância e a idade
adulta; é o momento de busca pela
identidade.
• Caracteriza-se por alterações em
diversos níveis: físico, mental e social;
• As transformações mais aparentes são
as corporais, em razão das alterações
hormonais;
• Representa para o indivíduo um
processo de distanciamento de formas
de comportamento e privilégios típicos
da infância para a aquisição de
características e competências que o
capacitem a assumir os deveres e
papéis sociais do mundo adulto.
Steinberg propõe uma divisão do período da
adolescência em três fases:
(1) Adolescência inicial, dos 11 aos 14 anos ou pré puberdade;
(2) Adolescência média, dos 15 aos 17 anos ou puberdade;
(3) Adolescência final, dos 18 aos 21. Essa última fase
sobrepõe-se à "juventude" em sentido estrito, que marca o
início da idade adulta, definida por Oerter e Montada como
a fase entre os 18 e os 29 anos de idade. (pós-puberdade).
ADOLESCÊNCIA INICIAL OU
PRÉ-PUBERDADE - 11 AOS 14 ANOS
• Desenvolvimento físico acelerado (fase do
estirão);
• Aspecto emocional confuso,
com oscilações de humor na busca
de identificar-se;
ADOLESCÊNCIA MÉDIA OU
PUBERDADE – 15 AOS 17 ANOS
• MATURIDADE DOS ÓRGÃOS
REPRODUTORES;
ADOLESCÊNCIA FINAL OU
PÓS-PUBERDADE - 18 AOS 21
• FASE QUE DEVE DEMONSTRAR RESPONSABILIDADE DIANTE
DAS COBRANÇAS DO MEIO SOCIAL (ESCOLHA
PROFISSIONAL, PRIMEIRO EMPREGO);
• ESTRUTURAÇÃO DOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS E
AFETIVOS;
• FORMAÇÃO DA IDENTIDADE;
• NECESSIDADE CADA VEZ MENOR DA AJUDA INTELECTUAL
DOS ADULTOS.
MUDANÇAS CORPORAIS/FÍSICAS
• O desenvolvimento dos órgãos sexuais
masculinos e femininos. Estes ficam preparados
para a reprodução.
• Meninos: aparecimento de pêlos pubianos, crescimento
do pênis e testículos, engrossamento da voz, crescimento
corporal, surgimento do pomo-de-adão e a primeira
ejaculação.
• Meninas: surgimento da menstruação (menarca), o
desenvolvimento das glândulas mamárias (crescimento
dos seios), aparecimento de pêlos na região pubiana e
axilas, e crescimento da região da bacia.
MUDANÇAS HORMONAIS
• Além de favorecer o aparecimento de acnes,
os
hormônios
acabam
influenciando
diretamente no comportamento e nas
emoções dos adolescentes;
• O humor e o comportamento podem variar
muito e rapidamente. Agressividade, tristeza,
felicidade, agitação, preguiça são comuns
entre
muitos
adolescentes.
HORMÔNIOS
• MENINOS:
FSH
(hormônio
folículo
estimulante), LH (hormônio luteinizante) e
testosterona;
• MENINAS: estrogênio e
progesterona.
MUDANÇAS EMOCIONAIS E
COMPORTAMENTAIS
• Necessidade de fazer parte de um grupo. As
amizades são importantes e dão aos
adolescentes a sensação de fazer parte de um
grupo de interesses comuns;
• Identificação menos
conflitante e mais amigável.
COMPORTAMENTOS ESPERADOS NA
ADOLESCÊNCIA
•
•
•
•
•
ALTERAÇÃO DE HUMOR;
OPOSIÇÃO;
QUESTIONADOR DAS REGRAS;
BUSCA POR GRUPOS DE AMIGOS;
TENTA AFASTAR-SE DO CONVÍVIO FAMILIAR
- ISOLAMENTO;
• CONFLITO GERACIONAL;
• ONIPOTÊNCIA E CONDUTA DE RISCO.
POSSÍVEIS PONTOS DE CONFLITO
• Sexualidade e comportamento sexual do
adolescente;
• Questões de namoro;
• Amizades inapropriadas;
• Contestação e oposição;
• Álcool e drogas;
• Desempenho escolar;
• Flerta com grupos de risco;
• Infantilização e condutas/atitudes familiares.
A ESCOLA DEVE ESTAR ALERTA PARA...
• QUESTÕES FÍSICAS OU EMOCIONAIS
IMPORTANTES;
• ELEVADO GRAU DE ANSIEDADE;
• MEDOS INADEQUADOS;
• BAIXA AUTOESTIMA;
• SENTIMENTO DE MENOS VALIA;
• PROBLEMAS INTRAPESSOAIS E DE
RELACIONAMENTO;
• ISOLAMENTO SOCIAL / EXCLUSÃO
•
•
•
•
•
COMPORTAMENTO HOSTIL;
DEPRESSÃO;
MENTIRAS CONSTANTES;
CONDUTA AGRESSIVA OU VIOLENTA;
TRANTORNOS PSICOLÓGICOS IMPORTANTES
COMO FOBIAS, TDAH, OSCILAÇÕES DE
HUMOR, ETC.;
• COMPORTAMENTO/CONDUTA DE RISCO;
• FURTOS;
DIÁLOGO ABERTO, PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA E
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO SÃO AS AÇÕES
MAIS EFETIVAS.
TEA - ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE
Em decorrência das alterações precoces no
funcionamento do cérebro, há alterações
na:
- comunicação (principalmente não verbal),
- interação social recíproca;
- comportamentos e interesses restritos e
repetitivos.
DIFICULDADES...
•
•
•
•
•
Controle de impulsos,
Percepção de si mesmos,
Definição de prioridades,
Capacidade de planejamento,
Compreensão de ideias muito complexas e
abstratas,
• Utilização de novas estratégias para enfrentar
problemas (Déficit de habilidades sociais),
• Expressar e reconhecer as emoções e sentimentos
de si e do outro (respostas racionais).
TEORIA DA MENTE
Desenvolvido pelos autores Baron-Cohen
(1995), trata-se da possibilidade de nos
colocarmos no lugar do outro e compreender
seus estados mentais. Isso é primordial para dar
sentido ao comportamento humano e fazermos
entender as pistas que predizem a forma de
reação esperada de um indivíduo em dado
contexto.
No caso das pessoas com TEA, é fundamental
termos claro que a inabilidade para reconhecer e
entender pensamentos, crenças, desejos e
intenções de outras pessoas não se relaciona a
uma ausência de empatia – terrível insulto às
pessoas acometidas pelo transtorno – ou da
indiferença com os sentimentos dos outros, mas de
um comportamento social inesperado, fruto de
falha na teoria da Mente.
Uma das consequências do comprometimento e
atraso nas habilidades da teoria da Mente é a
tendência a fazer uma interpretação literal do
que é dito por alguém e confusões na
interpretação de metáforas.
Temos de reconhecer o grau de esforço mental
exigido às pessoas com TEA para processar
informação social – utilização de mecanismos
cognitivos para compensar a insuficiência das
competências da teoria da Mente.
Além da sensação de estar sendo injustiçado
(devido a muitas experiências sociais, nas quais
eles encontram um maior grau de gracejos
provocatórios e deliberados do que seus pares),
limitado êxito social, baixa autoestima e
exaustão
podem
contribuir
para
o
desenvolvimento de uma depressão clínica.
ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE DA
PESSOA COM TEA
• O DESENVOLVIMENTO DO PERÍODO DA
ADOLESCÊNCIA SEGUE O CURSO PREVISTO COM
TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS, BIOLÓGIAS E
PSICOLÓGICAS - INTENSAS;
• PENSAM E PROJETAM MUITAS VEZES O
NAMORO OU RELACIONAMENTOS AFETIVOS;
• “VONTADE” DE PERTENCER A UM GRUPO
SOCIAL (BARREIRAS/ISOLAMENTO/SOFRIMENTO
PSÍQUICO);
• SEXUALIDADE, PODE SER FONTE DE CONFLITO
PELA INABILIDADE SOCIAL OU PELA
DIFICULDADE EM LIDAR COM AS EMOÇÕES E
SENTIMENTOS (DÉFICIT DE HABILIDADES
SOCIAIS);
• CONFLITOS COM RELAÇÃO A OPÇÃO SEXUAL
(DÚVIDA E CONFUSÃO);
• DIFICULDADES EM PROJETAR-SE PARA O
FUTURO – ESCOLHA PROFISSIONAL, FUNÇÃO
LABORAL.
MASTURBAÇÃO EM SALA DE AULA
- Observar se este comportamento é comum
em crianças da faixa etária que está
ocorrendo;
- Antes de qualquer análise, devemos saber a
frequência com que isso ocorre;
- Verificar se há uma queixa por parte dos pais
e/ou outros adultos que o observam;
- Se o aluno deixa de realizar outra atividade
(brincadeira) que o agrade muito, preferindo
permanecer com a auto-estimulação.
ORIENTAÇÕES:
• Muitas vezes a criança se automanipula em
função de coceira causada por fungo ou
bactéria;
• Não retirar a mão da criança diretamente de
seus órgãos genitais, isso poderia focá-la ainda
mais;
• Chamar sua atenção para outros estímulos de
forma bastante clara e o mais natural possível;
• Se for necessário, mudá-la de ambiente,
convidá-la a ir para o pátio, parque, tomar
água, etc.;
• Jamais julgá-la interferindo de forma negativa
e/ou pessoal: “que feio, não faça isso, isso é
sujo”.
Há uma tendência bastante grande de
respondermos a esse tipo de situação de acordo
com a nossa forma de encarar a sexualidade,
conforme as orientações e mitos que trazemos de
nossas aprendizagens.
• À escola caberá a função de encaminhar a
situação como conduziria tantas outras, com
objetividade,
carinho
e
compreensão,
lembrando sempre que a criança não dá a esse
ato o mesmo sentido que o adulto dá;
• Caso o comportamento persista de forma
exagerada e a equipe considerar que está
realmente caracterizada uma dependência
emocional do aluno na auto estimulação,
recomendaria um contato com a família,
sugerindo num primeiro momento, uma
conversa com o pediatra, ou neuropediatra se
a criança já estiver em acompanhamento.
DEPRESSÃO E SUICÍDIO
• FATORES DE RISCO:
Quais pontos devem ser observados por
pais e professores???
- Histórico de tentativas anteriores de
suicídio;
- Depressão ou outros distúrbios mentais;
- Abuso de álcool e drogas;
- Perda ou algum fator recente de
stress;
- Abuso;
- Fácil acesso a métodos letais (como
armas, venenos, medicações, etc.);
- Alunos alvos de Bullying;
- Pressão interna;
- Dificuldades de interação social.
TAXA DE SUICÍDIO POR FAIXA ETÁRIA
Por 100.000 habitantes
Organização Mundial da Saúde. Preventing Suicide: a global imperative. 2014.
Dados brasileiros referentes a 2012.
Entre 2000 e 2012 houve aumento de 10% na taxa de suicídios
totais, sendo de 18% para homens.
Taxa de suicídio, por faixa etária, por estados
Por 100.000 habitantes
Fonte: Ministério da Saúde – Manual de Prevenção ao Suicídio. 2004.
MITOS SOBRE A CONDUTA
DE RISCO
“Quem quer se matar se mata mesmo.”
“Quem quer se matar não avisa.”
“Ele está ameaçando suicídio apenas para
manipular.”
“O suicídio é um ato de covardia (ou de
coragem).”
Adaptado de: Prevenção do suicídio – Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde
mental. Ministério da Saúde, Organização Pan-americana da Saúde, Departamento de Psiquiatria
da Unicamp.
FRASES DE ALERTA
•
•
•
•
•
•
“Eu preferia estar morto.”
“Não posso fazer mais nada.”
“Não aguento mais.”
“Sou um perdedor e um peso para os outros.”
“As pessoas vão ser mais felizes sem mim.”
“Estou cansado desta vida”.
AGRESSIVIDADE EM AMBIENTE ESCOLAR
Comportamentos agressivos e quadros de agitação
podem ser manifestações de quase todos os
diagnósticos psiquiátricos da infância e
adolescência.
Transtorno de conduta, Transtorno desafiador
opositor - TDO, TDAH, TEA, Deficiência mental,
Psicoses, Transtornos de humor, Abuso ou
intoxicação
por
drogas
e
Transtornos
conversivos/dissociativos.
• A alteração aguda de comportamento
geralmente se manifesta por auto ou
heteroagressividade (agressividade contra si
ou contra o outro);
• Observar fatores desencadeantes;
• Manejo verbal;
• A avaliação e o manejo de um aluno agitado,
potencialmente
agressivo
são
tarefas
complexas que exigem dos profissionais
habilidades diversas, que necessitam ser
aplicadas em conjunto e com agilidade;
• A ação mais importante é prevenir o
comportamento agressivo que possa vir a
exigir contenção física.
• Se ocorrer a contenção, os pais deverão ser
imediatamente convocados a vir até a escola,
informados da ação através de registro em
ata, que deverá conter todas as ações da
escola que levaram a contenção.
CONTENÇÃO FÍSICA
A contenção física somente deve ser cogitada
quando houver pessoal bem treinado em
técnicas de contenção física, e existir uma
situação de emergência com ameaça grave à
segurança. Os riscos na utilização de contenção
física são elevados.
• Há uma grande possibilidade de prejuízo para
o aluno ou para a equipe na realização da
contenção;
• Podem resultar em danos a todos envolvidos,
inclusive ações judiciais;
• Existem poucas pesquisas publicadas sobre a
eficácia da contenção física;
• Raras publicações abordam o uso da
contenção em ambientes escolares.
PRINCIPAIS ASPECTOS A SEREM
OBSERVADOS PELA ESCOLA
• RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NA ESCOLA
(ISOLAMENTO SOCIAL);
• VULNERABILIDADE EMOCIONAL, POIS PODEM SE
TORNAR ALVO FÁCIL DE BULLYING;
• PRESENÇA DE POSSÍVEIS TRANSTORNOS MENTAIS
ASSOCIADOS AO TEA: DEPRESSÃO, TRANSTORNO DE
ANSIEDADE,
TRANSTORNO
OBSSESSIVOCOMPULSIVO - TOC, FOBIAS, TRANSTORNO
DESAFIADOR
OPOSITOR/CONDUTA,
ENTRE
OUTROS...
• TRABALHOS ESCOLARES EM EQUIPE;
• DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM (TDA,
INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL, MATEMÁTICA
E TEXTUAL, PRODUÇÃO DE TEXTO, EXPRESSÃO
VERBAL DE CONTEÚDOS);
• OPÇÃO
SEXUAL
(DISCRIMINAÇÃO
E
EXCLUSÃO);
• PREVENÇÃO DE CONDUTAS DE RISCO E DE
SUICÍDIO (NÃO SÓ PARA OS ALUNOS COM
TEA).
O QUE PRECISAMOS ESTIMULAR E
DESENVOLVER NO ALUNO COM TEA...
• Estimular a inteligência emocional;
• Estimular o desenvolvimento das Habilidades
Sociais;
• Mediar as relações sociais;
• Oferecer apoio individualizado nas questões
de ensino-aprendizagem (flexibilizações e
adaptações curriculares);
• Promover a convivência social com seus pares;
• Inclusão escolar, familiar e social (mercado de
trabalho, cursos técnicos e graduações);
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Segundo Gilberto Vitor relaciona-se a habilidades como:
- motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações;
- controlar impulsos, canalizando emoções para
situações apropriadas;
- praticar gratificação prorrogada;
- motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus
melhores talentos, e conseguir seu engajamento a
objetivos de interesses comuns.
“Não basta o sujeito ser um gênio se não souber
lidar com as suas emoções”.
IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES
– Sobrevivência;
– Tomada de decisão;
– Ajuste de limites;
– Comunicação e;
– Interação.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E AS CINCO ÁREAS DE
HABILIDADES SEGUNDO
DANIEL GOLEMAN
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um
sentimento enquanto ele ocorre.
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus
próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um
objetivo é essencial para alcançar suas metas/busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.
HABILIDADES SOCIAIS
Habilidades sociais são o conjunto de
comportamentos necessários para
interagir com os outros de forma
adequada e para enfrentar as
situações difíceis próprias da vida.
Principais motivos que explicam por que crianças/adolescentes
podem não desenvolver algumas habilidades sociais:
1. Não sabem outra forma de (re) agir diferente do seu atual
padrão de comportamento.
2. Sabem (cognitivamente) outras maneiras de se comportar,
mas não as praticaram suficientemente para demonstrar a
habilidade com competência.
3. Tentaram outra forma de comportamento, mas não funcionou
nas primeiras tentativas, assim, assumem que nunca
funcionará.
4. A tensão e a ansiedade na vida real interferem na capacidade
de praticar um comportamento que foi treinado.
Arnold Golstein
Disponível em: <www.behavioradvisor.com/SocialSkills.html
QUAIS AS PRINCIPAIS HS QUE TODOS
PRECISAMOS DESENVOLVER???
•
•
•
•
•
DEMONSTRAR CIVILIDADE;
EMPATIA;
FAZER AMIZADES;
TER AUTOCONTROLE;
SOLUCIONAR PROBLEMAS (ETAPAS PARA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS);
• TOMAR DECISÕES;
• IDENTIFICAR SENTIMENTOS;
• COMUNICAR-SE (PASSIVO-ASSERTIVOAGRESSIVO);
• DESENVOLVER ESTRATÉGIAS DE RECUSA;
• DEFINIR METAS;
• COMPORTAMENTO MAIS ASSERTIVO.
ETAPAS PARA RESOLVER PROBLEMAS
1. PARE – é melhor refletir do que agir de forma
impulsiva.
2. DEFINA o problema em questão.
3. PENSE nas alternativas possíveis para a
resolução do problema.
4. ANALISE as vantagens e as desvantagens de
cada alternativa.
5. ESCOLHA uma alternativa e a coloque em
prática.
6. AVALIE sua decisão.
MANEJO COMPORTAMENTAL E
AÇÕES DA ESCOLA
• ACOMPANHAMENTO CONTINUADO DO ALUNO –
CONVERSAS E ORIENTAÇÕES (PROFISSIONAL DE
REFERÊNCIA);
• OBSERVAÇÃO DO ALUNO EM SALA DE AULA E PÁTIO;
• COMPARTILHAR COM O
COORDENADOR/ORIENTADOR ESCOLAR, OU
PROFISSIONAL EXTERNO CONDUTAS FORA DO
PADRÃO PARA AQUELE ALUNO;
• QUE TODOS OS PROFESSORES ESTEJAM ORIENTADOS
A FAZER A MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO NAS
RELAÇÕES SOCIAIS;
• OBSERVAR PRODUÇÕES TEXTUAIS E RESPOSTAS EM
PROVAS;
• ADOLESCENTE HIPERSEXUALIZADO (MOSTRA OS
GENITAIS, FOCO NO TEMA, MASTURBAÇÃO PÚBLICA) ORIENTAÇÃO DIRETA AO ALUNO, CONTATO COM A
FAMÍLIA, BUSCA POR PROFISSIONAL ESPECIALIZADO;
• SE TIVER DÉFICIT COGNITIVO ASSOCIADO OU
SEVERIDADE NO QUADRO – USO DE COLAM OU
CASTRAÇÃO QUÍMICA – MEDICAÇÃO;
• COMPORTAMENTO
AGRESSIVO
OU
DE
GRANDE
DESCONTROLE EMOCIONAL – MANEJO VERBAL E AÇÕES
PAUSADAS, RETIRAR OBJETOS QUE POSSAM FERIR OUTRA
PESSOA OU A ELE PRÓPRIO;
• COM DÉFICIT COGNITIVO ASSOCIADO OU SEVERIDADE NO
QUADRO – INTERVENÇÃO DA PESSOA DE REFERÊNCIA,
ESPAÇO ESPECÍFICO PARA SE ACALMAR (CONTENÇÃO
FÍSICA...)
• PROGRAMAS ESCOLARES DE PREVENÇÃO AO BULLYING;
NECESSIDADE EDUCACIONAL ESPECIALIZADA; FORMAÇÃO
CONTINUADA AOS PROFESSORES (PA); PROJETOS ESCOLARES
QUE ESTIMULEM E TRABALHEM AS HABILIDADES SOCIAIS NA
ESCOLA; PREVENÇÃO DE ABUSOS FÍSICO , PSICOLÓGICO E
SEXUAL.
MENSAGEM FINAL
“ACREDITAMOS QUE A EDUCAÇÃO SOZINHA NÃO
TRANSFORMA A SOCIEDADE, SEM ELA
TAMPOUCO A SOCIEDADE MUDA.
SE A NOSSA OPÇÃO É PROGRESSIVA, SE
ESTAMOS A FAVOR DA VIDA E NÃO DA MORTE,
DA EQUIDADE E NÃO DA INJUSTIÇA, DO DIREITO
E NÃO DO ARBÍTRIO, DA CONVIVÊNCIA COM O
DIFERENTE E NÃO DE SUA NEGAÇÃO, NÃO
TEMOS OUTRO CAMINHO SE NÃO VIVER A NOSSA
OPÇÃO. ENCARNÁ-LA, DIMINUINDO, ASSIM, A
DISTÂNCIA ENTRE O QUE DIZEMOS E O QUE
FAZEMOS”.
(PAULO FREIRE)
CONTATO
BRIANE MURARI SANTOS TONTINI
E-MAIL: [email protected]
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