Registro de aula 7 História 1os anos Lucas Out/13 Nome: Nº: Turma: As grandes navegações Os limites do mundo (Europa Ocidental –século XIV) • Visão de mundo medieval: - Oceano: espaço goegrafico visto como limite do mundo (a representação dessa idéia através do abismo e dos monstros marinhos) - Os limites do mundo conhecido pela Europa Ocidental Ao Sul → Cabo do Bojador (África) A Leste → Império Bizantino A Oeste → Oceano Atlântico. A dimensão mítica/religiosa das terras além do “mundo” conhecido Restrições técnicas → Navegação de Cabotagem (inexistência de embarcações e instrumentos de localização e orientação que possibilitassem o afastamento da costa) Grandes navegações como ruptura Importante: As Grandes Navegações podem ser consideradas como um dos elementos que produziram (como o Renascimento Cultural) uma ruptura na concepção de mundo medieval. Século XV – Portugal dá início as Grandes Navegações em 1415 – processo ligado a todo um desenvolvimento técnico: desenvolvimento de instrumentos de orientação e localização como a bússola e o astrolábio, da produção de embarcações (absorção da tecnologia árabe) e de mapas para novas finalidades (registro de novos territórios e rotas comerciais) – este conhecimento se desenvolveu a partir de experiências praticas, sistematizadas pouco a pouco pelos navegadores portugueses. Os portulanos: Mapas destinados a registrar as novas rotas comerciais. (Utilização de elementos geométricos e trigonometria ara traçar essas rotas no espaço) Os mapas mundi: Mapas destinados a representar o espaço com o máximo de fidelidade. Incorporação dos novos territórios descobertas. As especiarias • • Mediterrâneo como a principal área de encontro de diversas rotas comerciais continentais desde a Idade Antiga. Alta Idade Média – interrupção do acesso europeu ao circuito mediterrânico • • • Cruzadas (século XI) – reintegração dos continentes em um circuito mediterrânico → África (O trigo do Egito - as rotas traansaarianas) – Ásia (a rota da seda/China – as especiarias indianas – os produtos do oriente próximo) – Europa (rotas comerciais com os reinos do Mar do Norte) Predomínio das cidades italianas (Genova e Veneza) 1453 – Queda de Constantinopla (Capital do Império Bizantino – Cristão Ortodoxo) para os Turcos Otomanos – diminuição dos fluxos mercantis. As monarquias Ibéricas e as Grandes Navegações • • Constituição prematura do Aparato de Estado (formação em meio a Guerra de Reconquista) – rei como chefe Militar e responsável pela concessão de Títulos de Nobreza Nobreza recente - no decorrer das batalhas ou como mercadores enriquecidos. • Entrepostos comerciais (parada entre os mercados do Mediterrâneo e do Mar do Norte) com capacidade técnica e científica para a navegação. (Absorção e aperfeiçoamento de técnicas de construção de embarcações e de orientação e localização) • PORTUGAL, 1415 – Tomada de Ceuta – Continuação da Reconquista e Início da Expansão (Questões envolvidas: expansão do cristianismo – pilhagem da nobreza militar – conquista de uma região estratégica da rota comercial transaariana) • Passagem do Cabo do Bojador (1434) – abertura da navegação do Atlântico – Contato com as populações do Golfo da Guiné – primeiras preações de escravos, confrontos com as populações nativas (Gil Eanes Zurara – Crônicas da Guiné) • Importante: O objetivo (sentido) das grandes navegações era ter acesso direto aos mercados produtores de especiarias.(África e Ásia)- quebra do monopólio desse comércio pelo sistema Mediterrânico (Árabes/Cidades Italianas) • África: Interesse no deslocamento das rotas do Saara para a costa Atlântica – Ouro e Escravos (Avanço das áreas conhecidas pelos portugueses – os degredados e os primeiros contatos com as populações nativas) • Formação das primeiras relações de trocas de mercadorias – estendida posteriormente para a Índia e restante da Ásia. O sistema de Feitorias • Relação entre os portugueses (e os demais povos europeus) com as sociedades africanas – relação de estranhamento e de acordos de trocas – não há penetração no continente africano – A coesão dos reinos africanos e a densidade populacional impedem qualquer tentativa de dominação – os europeus tem de negociar sua permanência em território africano. • Deslocamento das rotas para o Atlântico – interesse dos reinos africanos na obtenção de Cavalos, armas e outros produtos de origem européia – reafirmação de seu poder – Preação de grupos inimigos nas zonas fronteiriças. • A cristianização do reino do Congo – relações diplomáticas e interesses no comércio Atlântico. • As feitorias eram praças comerciais militarizadas construídas em áreas onde convergiam os fluxos comerciais . Tal sistema predominou no trato com a África Continental e a Ásia • Expedição de Bartolomeu Dias (Cabo da Boa Esperança) • 1488 e de Vasco da Gama a Índia (1498) leva a constituição de feitorias nas zonas asiáticas produtoras de especiarias (Goa – Índia, Macau – China) – Carreira das Índias • Concorrência com o Império Espanhol (1492 - Expedição de Cristovão Colombo – descoberta da América) – Definição de áreas de poder – 1493 – Bula Inter Coetera (100léguas da ilha de Cabo Verde) – 1494 – Tratado de Tordesilhas (300 léguas de Cabo Verde) As ilhas do Atlântico e o sistema açucareiro • Expansão Marítima e a descoberta de Ilhas no Atlântico (Madeira, Açores, Cabo Verde, São Tomé dos Príncipes) • Áreas estratégicas para a navegação – necessidade de ocupar essas terras (disputa com a Espanha) • Importante: Para ocupar estes territórios era necessário inseri-los no sentido mercantil da empresa expansionista lusitana. Portanto colonizar significava essas transformar essas ilhas em áreas produtoras de alguma especiaria – O AÇUCAR • Histórico do açúcar – A cana-de-açucar é originária da Índia – pelos persas passou a ser produzida no Oriente Médio – através dos árabes no Mediterrâneo – daí para a Península Ibérica • Século XIV : grande interesse pelos principais mercados europeus (Bugres – Bélgica) e no XV (Flanders, SIRG e Inglaterra) Montagem do Sistema Açucareiro a) Organização Administrativa: • Organização do sistema de Capitânias Hereditárias – Concessão de poder e terras a membros da pequena nobreza integrante da Coroa portuguesa – Capitães Donatários • Carta de Doação: Estabelecia a posse da terra sem que a Coroa abrisse mão do seu domínio. • Carta de Foral: Estabelecimento dos direitos e deveres dos Capitães Donatários em relação a Coroa e sobre suas terras. • -Sistema de fisco da Coroa como forma de arrecadação da riqueza produzida b) Organização da Produção açucareira (características gerais) Regime de Terras: Grandes propriedades (latifúndios) Monocultura voltada para a exportação Utilização da Mão de obra escrava na produção de açúcar – criação de uma demanda que será abastecida pelo tráfico de escravos do continente. Síntese: Sistema de plantation