Professora Priscila F Binatto Citologia - Maio/2015 CAP. 9 “METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO AERÓBIA E FERMENTAÇÃO” Organelas Produtoras de energia • Mitocôndrias • Organização Morfológica • Função • Respiração Celular • Cloroplastos • Organização Morfológica • Função • Fotossíntese Mitocôndrias Presentes em praticamente todas as células eucarióticas. Organelas arredondadas ou alongadas, localizadas geralmente próximas a regiões do citoplasma que necessitam de muita energia. É em seu interior que ocorre a respiração celular, para obtenção de energia para os seres vivos. Em seu interior na matriz mitocondrial existe DNA e RNA, diversas enzimas e ribossomos. Plantas e animais sexuados: DNA mitocondrial herança materna. Organização geral das mitocôndrias Matriz mitocôndrial: Enzimas, DNA mitocondrial, RNAs Membrana ribossomos, interna: Cristas, Proteínas envolvidas na (1) cadeia respiratória, (2) síntese de ATP e (3) transporte Membrana externa: Proteínas formadoras de canais (porinas), enzimas envolvidas na síntese de lipídios Espaço intermembranas: Enzimas Espaço intermembranoso: contêm várias enzimas que utilizam o ATP proveniente da matriz para fosforilar outros nucleotídeos. Eletromicrografia de uma mitocôndria de uma célula pancreática CAP. 9 “METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO AERÓBIA E FERMENTAÇÃO” Energia para o trabalho celular • Respiração aeróbia glicose + oxigênio + água C6H12O6 6 O2 6 H2O gás carbônico + água + energia 6 CO2 12 H2O • Fermentação glicose C6H12O6 álcool etílico + gás carbônico + energia 2 C2H5OH 2 CO2 Obtenção de nutrientes pelos seres vivos • Autótrofos Realização de fotossíntese • Heterótrofos Obtenção da glicose pronta a partir de outra fonte O papel do ATP ATP: Trifosfato de adenosina, é um nucleotídeo encontrado em todas as células vivas. Formado por uma base nitrogenada, a adenina, uma pentose, que é a ribose, e três fosfatos. ATP: moeda energética gerada na respiração e na fermentação C C C C C RESPIRAÇÃO C adenina energia ADP (1) (2) Pi ribose adenosina adenosina monofosfato (AMP) ATP adenosina difosfato (ADP) adenosina trifosfato (ATP) TRABALHO CELULAR (3) Processos Energéticos Celulares Respiração Celular Objetivo: produção de ATP (energia); O gás oxigênio atua como agente oxidante de moléculas orgânicas; Moléculas principalmente de glicose são degradadas, formando gás carbônico, água e liberação de energia; A equação geral da respiração aeróbia da glicose é: C6H12O6 + 6O2 + 30ADP + 30Pi 6CO2 + 6H2O + 30ATP Respiração aeróbia: modificação mais profunda da glicose • Glicólise • Ciclo de Krebs • Fosforilação Oxidativa (cadeia transportadora de elétrons) Glicólise Sequência de dez reações químicas catalisadas por enzimas livres no citosol. Nessa etapa uma molécula de glicose é quebrada em duas de ácido pirúvico com saldo líquido de duas moléculas de ATP. GLICOSE 2 NAD 2 NADH2 ÁCIDO PIRÚVICO (3C) 2 (ADP + Pi) 2 ATP ÁCIDO PIRÚVICO (3C) Glicólise A equação não está balanceada e mostra apenas os principais reagentes e produtos. CAP. 9 “METABOLISMO ENERGÉTICO: RESPIRAÇÃO AERÓBIA E FERMENTAÇÃO” Oxidação do ácido pirúvico NADH2 NAD ÁCIDO PIRÚVICO (3C) ACETIL-CoA (2C) CO2 Ácido Pirúvico + CoA + NAD+ CoA Acetil-CoA + NADH + CO2 + H + Ciclo de Krebs Sequência de oito reações que ocorre na matriz mitocondrial. Nessa etapa são liberadas duas moléculas de CO2, elétrons de alta energia e íons H+. São formados no Ciclo de Krebs: 2 CO2 3 NADH 1 FADH2 GTP Ciclo de Krebs molécula de 2C (acetil-CoA) MITOCÔNDRIA MATRIZ MITOCONDRIAL sai 1 H e forma-se NADH2 molécula de 4C (ácido oxalacético) molécula de 6C (citrato) sai 1 H e forma-se NADH2 sai formando CO2 molécula de 5c (a - cetoglutarato) molécula de 4C (malato) sai 1 H e forma-se NADH2 entra H2O sai formando CO2 molécula de 4C (fumarato) * GTP = uma molécula equivalente, energeticamente, ao ATP sai 1 H e forma-se FADH2 molécula de 4c (succinato) formação de GTP* Fosforilação Oxidativa Produção de ATP: adição de fosfato ao ADP para formar ATP é uma fosforilação. É chamada de oxidativa porque ocorrem diversas oxidações sequenciais , nas quais o grande agente oxidante é o gás oxigênio. 2 NADH + 2 H+ + O2 2 NAD+ + 2 H2O 2 FADH2 + O2 2 FAD + 2 H2O Cadeia respiratória NADH e FADH2 (ciclo de Krebs) liberam os elétrons energizados e os íons H+, que a partir daí passam por uma série de proteínas transportadoras (citocromos e quinonas) presentes nas membranas internas da mitocôndria. Durante a passagem através da cadeia respiratória, os elétrons perdem energia que é, então, armazenada em moléculas de ATP. Ao final da cadeia respiratória, os elétrons menos energizados e os íons H+combinam-se com átomos provenientes do gás oxigênio, formando seis moléculas de água. NADH2 e FADH2 e- nível de maior energia ATP ADP + Pi nível de menor energia eH20 Cadeia respiratória (Cadeia transportadora de elétrons) Produção de ATP Saldo energético da respiração aeróbia Por molécula de glicose, na prática, a quantidade de ATPs gerados é de aproximadamente: 2 da glicólise + 2 do ciclo de Krebs + 26 da fosforilação oxidativa = 30 ATPs Plastos Organelas citoplasmáticas também chamados de plastídios, presentes apenas em células de plantas e de algas, se originam de pequenas bolsas presentes em células embrionárias chamadas proplastos. Podem ser de três tipos básicos: Leucoplastos (incolores): presentes em raízes e caules tuberosos. Função: armazenamento de amido. Cromoplastos (amarelos ou vermelhos): responsáveis pelas cores dos frutos, flores e folhas que ficam avermelhadas e amareladas no outono e de algumas raízes como a cenoura. Função: atrair animais polinizadores e comedores de frutos. Cloroplastos (verdes): responsáveis pelo processo de fotossíntese. Possuem um pigmento chamado clorofila. Onde ocorre a fotossíntese? • Nos organismos mais simples (cianobactérias) Hialoplasma • Nas células eucarióticas Cloroplastos Nos cloroplastos, mais precisamente onde? epiderme folha em corte transversal células fotossintetizadoras núcleo epiderme vacúolo cloroplasto estroma tilacóide interior do tilacóide granum membrana do tilacóide tilacóide Fotossíntese: Esquema Geral 3 1 2 luz 4 6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6 clorofila As etapas da fotossíntese • Fase de claro (fotoquímica): Tilacoides • Fase de escuro (química): Estroma CO2 luz O2 H2O CO2 H2O ATP clorofila fluxo de elétrons no tilacóide 3 ciclo das pentoses (Calvin-Benson) no estroma ADP + Pi NADPH2 1 2 NADP+ CH2O fase de claro (nos tilacóides) fase de escuro (no estroma) 4 glicose Fotoquímica (Fase Clara) Ocorre a fostoforilação, um processo de produção de ATP que utiliza energia luminosa. A luz estimula a clorofila, que libera elétrons para uma cadeia transportadora constituida de citocromos na membrana dos tilacoides. A transferência de eletrons entre citocromos está ligada a síntese de ATP. Os elétrons podem retornar para a clorofila (fotofosforilação cíclica) ou não (fotofosforilação acíclica). São formados na fase clara: O2 NADH ATP Fotofosforilação cíclica aceptor de elétrons e- e- aceptor de elétrons clorofila e- e- citocromos luz ATP ADP Fotofosforilação acíclica Os elétrons transferidos pela clorofila não retornam para esse pigmento, sendo captados pelo NADP. A água é quebrada o que fornece elétrons para a clorofila, libera gás oxigênio e dois prótons, que serão captados pelo NADP. Assim, a fotofosforilação acíclica produz ATP (pela cadeia transportadora de elétrons) e NADPH. fotossistema II cadeia de transporte de elétrons fotossistema I FASE DE CLARO FASE DE ESCURO cadeia de transporte de elétrons NADP+ NADPH2 ADP + P 2 H2O ATP clorofila a CO2 4 eclorofila b O2 + 4 H+ açúcar Fase de escuro (química) CO2 é reduzido a glicose, processo endotérmico (Ciclo de CalvinBenson ). O agente redutor é o NADPH que transfere elétrons para o ciclo enquanto que o ATP fornece energia para o processo. A glicose é o produto do ciclo de Calvin. • Ciclo de Calvin-Benson estroma tilacóide carboidratos ADP + Pi reações da fase de escuro ATP NADP reações da fase de claro NADPH2 CO2 O2 H2O Fatores externos que influenciam a fotossíntese Concentração de CO2 Aumentando-se a concentração de CO2 verifica-se que ocorre um aumento na velocidade da fotossíntese, até se atingir um ponto de saturação, pois as enzimas que catalisam a captação do CO2 ficam saturadas. Fatores externos que influenciam a fotossíntese Temperatura O aumento de temperatura estimula o aumento da fotossíntese até um certo ponto, quando, então, as enzimas correm o risco de desnaturação. Fatores externos que influenciam a fotossíntese Intensidade luminosa Mantendo-se constantes a concentração de CO2 e a temperatura, pode-se verificar que com o aumento da intensidade luminosa, ocorre um aumento da velocidade da fotossíntese. Isso acontece até um certo ponto, pois o fator limitante pode ser a quantidade de clorofila (ponto de saturação luminosa – PSL). Comparação fotossíntese e respiração Características Fotossíntese Armazenamento de e nas ligações dos átomos de carbono da glicose, com utilização da luz do Sol. Substâncias consumidas CO2 e H2O O2 e glicose Substâncias liberadas Energia (e) Respiração Liberações de e por rompimento das ligações entre os átomos de carbono da glicose. glicose e O2 CO2 e H2O Comparação fotossíntese e respiração energia luminosa glicose fotossíntese oxigênio respiração cloroplasto mitocôndria gás carbônico ATP água trabalho celular Bactérias fazem fotossíntese? CO2 + 2 H20 + luz clorofila (CH2O) + H20 + O2 Bactérias fazem quimiossíntese? bacterioclorofila CO2 + 2 H2S + luz (CH2O) + H20 + 2 S CAP. 10 “METABOLISMO ENERGÉTICO: FOTOSSÍNTESE E QUIMIOSSÍNTESE” Diferença entre fotossíntese e quimiossíntese • Na fotossíntese, a energia é proveniente da luz do sol • Na quimiossíntese, a energia é proveniente de uma reação química inorgânica Responda: • O que você entende por seqüestro de carbono? • O que o seqüestro de carbono tem a ver com fotossíntese? • Como o seqüestro de carbono pode ajudar a atenuar o aquecimento global? • O desmatamento auxilia ou prejudica o seqüestro de carbono? • O que fazer para haver mais seqüestro de carbono? ANIMAÇÕES http://teca.cecierj.edu.br/arquivo/animacao/46182.swf http://www.planetabio.com/citoplasma.swf