1 ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ SECRETARIA MUNICIPAL DA CIDADANIA G ERÊ NC IA EXEC UT IVA DA SAÚ DE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE ASSUNTOS DESTE INFORME Agravos notificados e confirmados, Mossoró – 2010. INFORME EPIDEMIOLÓGICO Hepatites Virais – Análise Nº 03 dos casos no município de Mossoró/RN no período de MOSSORÓ – RN 2007 a 2010. VIGILÂNCIA À SAÚDE Doenças Sexualmente Transmissíveis em Mossoró – 2009 e 2010 Dengue - Avaliação Epidemiológica Informe Epidemiológico Oficial da Prefeitura Municipal de Mossoró – RN, Secretaria Municipal da Cidadania, Gerência Executiva da Saúde, Departamento de Vigilância à Saúde; nº 03, janeiro-julho/2011. Os dados são provenientes dos diversos setores do Departamento de Vigilância e seus respectivos Sistemas de Informação, podendo estar sujeitos à revisão. As análises são de responsabilidade do corpo técnico do Departamento de Vigilância em Saúde. Elaboração de texto: Luciane Barreto Araújo. 2 Tabela 01. AGRAVOS NOTIFICADOS E CONFIRMADOS, MOSSORÓ – 2010. AGRAVO NOTIFICADOS CONFIRMADOS Ac. Trab. c/ exposição a material biológico 89 89 Acidente de Trabalho Grave 111 111 Acidente por Animais Peçonhentos 69 69 AIDS criança 01 01 AIDS adulto 38 38 Atendimento Anti-Rábico 833 833 Caxumba 03 03 Dengue 202 133 Doença Meningocócica e outras Meningites 05 04 Esquistossomose 01 01* Gestante com HIV 03 03 Hanseníase 105 105 Hepatites Virais 53 45 Intoxicação Exógena 16 13 Leishmaniose Visceral 25 25 Leptospirose 01 01 Ler DORT 01 01 Rubéola 06 0 Sarampo 0 0 Sífilis congênita 22 19 Sífilis em Gestante 28 28 Tétano Acidental 01 01 Tuberculose 76 76 Varicela 123 123 Violência Doméstica, sexual e / ou outras violências 04 04 1.816 1.726 TOTAL Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – MARÇO, 2011. Dados sujeitos à alterações. *Caso importado 3 HEPATITES VIRAIS – ANÁLISE DOS CASOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN NO PERÍODO DE 2007 A 2010. As hepatites virais são um importante problema de saúde pública no Brasil. De acordo com o A B C D E do diagnóstico para Hepatites Virais do Ministério da Saúde, hepatite é um termo genérico que significa inflamação do fígado. Pode ser causada por medicamentos, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, álcool, substâncias tóxicas e vírus. São doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, vírus hepatotrópicos designados por letras do alfabeto (vírus A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E). No período de 2007 a 2010 foram notificados 285 casos suspeitos de hepatites virais no município de Mossoró. Destes, 222 foram confirmados, sendo 181 (81,53%) por confirmação laboratorial e 41 (18,46%) por confirmação clínico epidemiológica. Entre os 222 casos confirmados, 147 casos (66,21%) foram no sexo masculino e 75 (33,78%) no feminino. Com relação a classificação etiológica 94 casos(42,34%) foi por vírus A, 102 casos (45,94%) por vírus C, e, apenas 12 casos (5,40%) por vírus B – gráfico 01. Gráfico 01. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITES VIRAIS POR CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 04.05.2011. Dados sujeitos à alterações. 4 HEPATITE A O vírus A é a causa mais freqüente de hepatite viral aguda no mundo, transmitida basicamente pela via fecal oral, atinge mais freqüentemente crianças e adolescentes. A água e os alimentos contaminados com fezes com vírus A são os grandes veículos de propagação da doença. Entre os 222 casos de hepatites virais no município de Mossoró, 94 casos foi por vírus A. A faixa etária na qual o diagnóstico foi mais freqüente foi de 1 a 9 anos com 61 casos da doença (64,89%) – gráfico 02. Com relação ao sexo, 53 casos (43,61%) foram no sexo masculino e 41 casos (43,61%) no feminino. O gráfico 03 nos mostra a distribuição dos casos por ano de diagnóstico. Na tabela 02 está a distribuição dos casos por bairros/localidade. Vale destacar a ocorrência de alguns surtos, onde os principais podem ser descritos/visualizados na tabela 03. Frente aos mesmos foi realizado um trabalho integrado entre a vigilância epidemiológica e ambiental para investigação dos casos humanos, identificação dos fatores de risco para o adoecimento, prevenção e medidas de controle, assim também como coletas de amostras de água para análise nos locais de ocorrência dos casos. Gráfico 02. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE “A”, SEGUNDO FAIXA ETÁRIA, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 12.03.2011. Dados sujeitos à alterações. 5 Gráfico 03 CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE “A”, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 12.03.2011. Dados sujeitos à alterações. Tabela 02. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE “A” POR BAIRROS/LOCALIDADE, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Bairro/Localidade Alto São Manoel Abolição Aeroporto Alto da Conceição Barrocas Belo Horizonte Boa Vista Bom Jardim Bom Jesus Bom Pastor Centro D. Jaime Camara Nº de casos 04 06 06 01 12 06 01 01 07 01 01 04 Bairro/Localidade Paredões Promorar Redenção Santa Delmira Santo Antônio Vingt Rosado Walfredo Gurgel Assentamento Nova Esperança Maísa Sítio Barrinha Sítio do Meio Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 12.03.2011. Dados sujeitos à alterações. Nº de casos 01 01 02 04 07 09 01 02 01 06 09 6 Tabela 03. PRINCIPAIS SURTOS DE HEPATITE “A” OCORRIDOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ, NO PERÍODO DE 2007 A 2010. PERÍODO LOCAL Nº CASOS CONFIRMADOS VIGILÂNCIA AMBIENTAL Julho 2009 Creche Maria das Dores Almeida Barreto Barrocas 09 Agosto 2009 Escola Estadual Jerônimo Vingt Rosado Maia – Bairro Vingt Rosado Sítio do MeioResidência da Zona Rural 05 Amostras de água coletadas na creche foram insatisfatórias para coliformes totais* e satisfatórias para coliformes fecais**. Nas residências, apenas uma foi considerada insatisfatória para coliformes fecais e todas satisfatórias para coliformes totais. Amostras de água coletadas na creche e residências foram todas tanto para coliformes fecais e coliformes totais. Abril 2010 09 Amostras de água coletas na residência foram consideradas insatisfatórias tanto para coliformes fecais como para coliformes totais. Fonte: Vigilância Epidemiológica de Mossoró. *Coliformes totais é indicativo da presença de microorganismos patógênos. **Coliformes fecais é indicativo de transmissão de doença por veiculação hídrica. HEPATITE B A principal via de transmissão é a sexual, dá-se também pelo contato com sangue, pelas vias parenteral e percutânea, fluidos corporais e transmissão vertical (de mãe para filho). No período de 2007 a 2010 foram confirmados 12 casos (5,40%) pelo vírus B. Destes, 10 casos (83,33%) no sexo masculino e 2 (16,66%) no feminino. O gráfico 04 nos mostra a distribuição dos casos por faixa etária. O gráfico 05 apresenta a freqüência dos casos pelas prováveis fontes/mecanismos de infecção. 7 Gráfico 04. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE B SEGUNDO FAIXA ETÁRIA, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 04.05.2011. Dados sujeitos à alterações. Gráfico 05. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE B, PELAS PROVÁVEIS FONTES/MECANISMOS DE INFECÇÃO, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 04.05.2011. Dados sujeitos à alterações. 8 HEPATITE C Sua transmissão é através do sangue infectado, principalmente pela via parenteral, sendo a transmissão sexual e vertical pouco freqüente. São consideradas populações de risco acrescido: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993; usuários de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes, complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) ou pipadas (crack); pessoas que compartilham ou utilizam instrumentos não esterilizados para aplicação de piercings, tatuagem, manicure e objetos para higiene pessoal (escovas de dentes, lâminas de barbear e de depilar, etc.). No período de 2007 a 2010 foram confirmados 102 casos pelo vírus C. Destes, 77 casos (75,49%) no sexo masculino e 25 (24,51%) no feminino. O gráfico 06 nos mostra a distribuição dos casos por faixa etária, nele podemos perceber que 78 casos (76,47%) estão concentrados na faixa etária de 50 a 80 anos. O gráfico 07 apresenta a freqüência dos casos pelas prováveis fontes/mecanismos de infecção. Gráfico 06. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE C SEGUNDO FAIXA ETÁRIA, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 04.05.2011. Dados sujeitos à alterações. 9 Gráfico 07. CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE C, PELAS PROVÁVEIS FONTES/MECANISMOS DE INFECÇÃO, MOSSORÓ, 2007 A 2010. Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 04.05.2011. *Dados sujeitos à alterações. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MOSSORÓ – 2009 E 2010. As doenças sexualmente transmissíveis (DST) ocorrem com freqüência em ambos os sexos. Suas conseqüências são ainda piores se considerarmos sua contribuição potencial para a transmissão da infecção pelo HIV. No município de Mossoró é grande a sub notificação de DST, mesmo assim, a equipe de vigilância epidemiológica municipal tem realizado esforços no sentido de melhorar o sistema de informação. Em 31 de Agosto de 2010, o Ministério da Saúde através da Portaria nº 2.472, incluiu a Sífilis Adquirida e a Síndrome do Corrimento Uretral Masculino na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória. A tabela 03 nos mostra as principais DST que foram registradas no município de Mossoró nos anos 2009 e 2010, e, a tabela 04 a distribuição das mesmas segundo sexo. 10 Tabela 03. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, MOSSORÓ – 2009 E 2010. DST AIDS ADULTO AIDS CRIANÇA CONDILOMA GESTANTE HIV + HPV SÍFILIS SÍFILIS EM GESTANTE SÍFILIS CONGÊNITA SÍND. CORR.*CERVICAL SÍND. ÚLCERA GENITAL SÍND. CORR.* URETRAL MASCULINA TOTAL 2009 33 02 12 10 164 16 21 09 01 08 04 280 2010 38 0 14 03 82 53 28 19 21 08 14 280 Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 12.03.2011. *SIND. CORR. = Síndrome do corrimento Dados sujeitos à alterações. Tabela 04. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS SEGUNDO SEXO, MOSSORÓ – 2009 E 2010. DST AIDS ADULTO AIDS CRIANÇA CONDILOMA GESTANTE HIV + HPV SÍFILIS SÍFILIS EM GESTANTE SÍFILIS CONGÊNITA SÍND. CORR.*CERVICAL SÍND. ÚLCERA GENITAL SÍND. CORR.* URETRAL MASCULINA TOTAL Fonte: SINAN NET/MOSSORÓ – 12.03.2011. *SIND. CORR. = Síndrome do corrimento Dados sujeitos à alterações. MASCULINO 42 0 1 0 27 11 0 7 18 106 FEMININO 29 2 25 13 246 42 49 17 22 09 0 454 11 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ. Nos últimos 10 anos o dengue se manifestou de forma endêmica município de Mossoró. Destaca-se a epidemia de 2008 (gráfico 09) pelo maior número de casos confirmados, inclusive de FHD (Febre hemorrágica do dengue) e DCC (dengue com complicação). Nos últimos quatro anos foram registrados casos da doença em quase todos os meses do ano, sempre com predomínio no 1º semestre, provavelmente devido a fatores climáticos, tais como, temperatura, umidade e o aumento da pluviosidade (chuvas), (gráfico 10). Gráfico 09. CASOS CONFIRMADOS DE DENGUE SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO, MOSSORÓ, 2000 A 2011* FONTE: SINAN Mossoró. Dados sujeitos à alterações. *2011: Dados até 12.08.2011 DC = Dengue clássica, FHD = Febre hemorrágica do dengue, DCC = dengue com complicação. 12 Gráfico 10. CASOS CONFIRMADOS DE DENGUE POR MÊS, MOSSORÓ, 2007 A 2011* FONTE: SINAN Mossoró. Dados sujeitos à alterações. *2011: Dados até 12.08.2011 FEBRE HEMORRÁGICA DO DENGUE (FHD) E DENGUE COM COMPLICAÇÃO (DCC). Nos últimos 10 anos foram confirmados 82 casos de febre hemorrágica do dengue (FHD) com registro de seis óbitos e uma letalidade de 7,31% (6/82). Dentre os seis óbitos ocorridos, três (50%) foram na faixa etária de 1 a 9 anos. Os primeiros casos de dengue com complicação (DCC) foram confirmados em 2007. Entre 2007 e 2011(até 12.08.2011l) foram confirmados 203 casos de DCC com registro de um óbito (tabela 05). Avaliando-se os casos de FHD E DCC, no período de 2007 a 2011 (até 12.08.2011) verifica-se que dos 70 casos confirmados de FHD, 44 casos (62,85%) foram na faixa etária de 0 a 9 anos (gráfico 11). Já os casos de DCC, verifica-se que dos 203 casos confirmados, 128 casos (63%) também foram na faixa etária de 0 a 9 anos (gráfico 12). ISOLAMENTO VIRAL Em 2011, no mês de março foram encaminhadas ao Laboratório Central Dr. Almio Fernandes – Lacen/RN, dez amostras para realização do isolamento viral, entre estas, em três amostras foi isolado o DENV 1. 13 Tabela 05. CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS POR FHD E DCC, MOSSORÓ, 2000 A 2011* ANO FHD 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL 0 2 4 5 0 2 1 9 39 7 4 9 82 ÓBITO POR FHD/LETALIDADE 0 1 (50%) 0 0 0 0 0 2 (22,22%) 2 (5,12%) 0 0 1 (20%) 6 DCC 0 0 0 0 0 0 0 14 136 8 18 27 203 ÓBITO POR DCC/ LETALIDADE 1 (7,14%) 1 FONTE: SINAN Mossoró. Dados sujeitos à alterações. *2011: Dados até 12.08.2011 FHD = Febre hemorrágica do dengue, DCC = dengue com complicação. Gráfico 11. CASOS CONFIRMADOS DE FHD POR FAIXA ETÁRIA, MOSSORÓ 2007 A 2011*. FONTE: SINAN Mossoró. Dados sujeitos à alterações. *2011: Dados até 12.08.2011 FHD = Febre hemorrágica do dengue, DCC = dengue com complicação. 14 Gráfico 12 CASOS CONFIRMADOS DE DCC POR FAIXA ETÁRIA, MOSSORÓ 2007 A 2011*. FONTE: SINAN Mossoró. Dados sujeitos à alterações. *2011: Dados até 12.08.2011 DCC = dengue com complicação. 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