Comércio Exterior: Brasil é notificado pela UE sobre retenção de

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Belo Horizonte, 17 de setembro de 2010.
Comércio Exterior: Brasil é notificado pela UE sobre
retenção de carne processada – Portal DBO
Frigorífico alega que produto apreendido foi embarcado antes do
inicio do plano de ação determinado pelo Mapa.
O Ministério da Agricultura informou nesta quinta feira, 16, que foi notificado pela
DGSanco, Direção Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia sobre
a retenção de um lote de 20 toneladas de carne processada com quantidade de
vermífugo acima do limite aceito pelo bloco europeu. O Mapa confirmou que o
produto tem origem em um frigorífico de Lins, interior de SP,mas não identificou a
empresa. Segundo fontes da Agência Estado, trata-se da unidade de Bertin,
atualmente incorporada ao grupo JBS.
A alegação do frigorífico é a de que a carne embargada pelo bloco foi produzida
em junho, portanto antes do plano de ação imposto pelo Ministério da Agricultura,
que prevê entre outras coisas, respeito ao prazo de carência entre a aplicação do
vermífugo e o abate do animal e maior rigor nas análises.
Por conta da alegação do frigorífico em relação à data, a assessoria do Mapa
informou o caso não será tratado como "mais um" episódio sobre o problema. O
ministério avalia o tema como um problema pontual e descarta a análise de que se
trata de um risco sistêmico. Por enquanto, não há intenção de suspender as
exportações dessa ou de qualquer outra planta para a Europa, assim como foi
feito, inicialmente por iniciativa do governo brasileiro, mas que agora depende da
aprovação americana, no caso dos Estados Unidos.
PI: tecnologia para o controle de gases poluentes será
apresentada na França – Página Rural
Está comprovado: o plantio direto, associado ao sistema integrado lavourapecuária, com rotação a cada quatro anos, é a alternativa mais eficaz para o
controle da emissão de gases poluentes pela agricultura, como o dióxido de
carbono, o grande vilão do aquecimento global. A pesquisa avaliou sistemas de
produção agrícola desenvolvidos nos municípios de Santo Antônio de Goiás, em
Goiás; e em Bom Jesus, no Piauí.
O pesquisador Luiz Fernando Leite, da Embrapa Meio-Norte, responsável pelo
estudo, trabalhou com cinco situações de cultivo em Santo Antônio de Goiás:
plantio direto mais integração lavoura-pecuária utilizando rotação de soja e
braquiária a cada dois e a cada quatro anos; preparo convencional – com grade
pesada e niveladora – mais integração lavoura-pecuária usando arroz e braquiária
a cada três anos; plantio direto de soja e milho; e plantio convencional de soja.
Do município de Bom Jesus, ele pesquisou os sistemas de plantio direto de soja e
milho; plantio direto e integração lavoura-pecuária com rotação de braquiária e
soja a cada dois anos; e preparo convencional de soja. Tanto no Goiás como no
Piauí, os estudos revelaram que houve seqüestro de carbono apenas nos
sistemas de plantio direto mais a integração lavoura-pecuária a cada dois e quatro
anos.
O resultado é importante, segundo o pesquisador, para subsidiar o programa de
agricultura de baixo carbono, implementado no País pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e a Embrapa. O trabalho é um aprofundamento da
pesquisa iniciada em 2006, com modelos de simulação em computador.
A conclusão desse estudo, com o título Modelagem do Sequestro de Carbono em
Sistema Integração Lavoura-Pecuária no Brasil, será apresentada por Luiz
Fernando Leite no 4º Simpósio Internacional sobre Estabilização da Matéria
Orgânica. O evento, que acontecerá de 19 a 23 deste mês, na península de
Presqu’ile de Giens, no sul da França, é promovido pelo Instituto Nacional Francês
para Pesquisa na Agricultura, e reunirá cientistas de vários países.
O plantio direto é caracterizado pelo o não uso de máquinas e implementos na
lavoura. Ou seja: ao invés da utilização de grades e arados, o produtor planta
diretamente sobre os restos das culturas da safra passada. Já a integração
lavoura-pecuária consiste na diversificação da produção, buscando o aumento e a
eficiência na utilização dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente.
O melhor é que o consórcio de culturas ou cultivos múltiplos que, nesse sistema,
permite, durante o ano e numa mesma área, a produção de grãos no período das
chuvas, que no estado do Piauí é de novembro a abril, e de forrageira para o gado
bovino na entressafra – de maio a outubro -, além de palhada em quantidade e
qualidade para a viabilidade do plantio direto.
MS: Campo Grande poderá sediar Congresso Mundial
da Carne em 2011 – Página Rural
A Capital de Mato Grosso do Sul pode ser o centro de encontro de visitantes do
mundo todo interessados em discutir a pecuária no próximo ano. Será anunciada
entre os dias 26 e 29 de setembro, durante o XVIII Congresso Mundial da Carne,
em Buenos Aires, a próxima cidade anfitriã do evento e Campo Grande é a
principal concorrente.
Uma reunião realizada hoje (16), na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato
Grosso do Sul (Famasul), reuniu produtores rurais e representes de diversas
instituições com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte,
Sebastião Guedes. O objetivo era tratar sobre as oportunidades que o evento
representa para a pecuária brasileira.
De acordo com Guedes, o País concilia quantidade com qualidade, pois apesar de
grande, o rebanho brasileiro está entre os melhores do mundo. “A pecuária no
Brasil é muito rica, com diversos segmentos como a criação extensiva, de
confinamento e até mesmo orgânica. O que devemos mostrar aos outros países é
que apesar de termos muitos animais, nós cuidamos deles sem perder a
competitividade”, afirma.
Outra questão levantada pelo presidente da Comissão da Pecuária é que o Brasil
é o único país onde a maior parte do rebanho é composta de variedades do zebu,
que é considerada a carne mais nutritiva e segura para a saúde em termos de
composição lipídica, ou seja, os valores de gordura presentes. “No Brasil temos
qualidade, tecnologia e o Congresso da Carne ao vir para cá será como uma
vitrine de oportunidades”, avalia Guedes.
Juntamente com os representantes da Famasul estará presente no Congresso na
Argentina com um grupo de 25 pessoas entre produtores e representantes de
instituições. Na manhã desta quinta-feira, estiveram presentes na reunião
representantes da Associação Brasileira de Pecuária (Abrapec), Sebrae,
Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), Sindicato Rural de Campo
Grande, Sindicato Rural de Três Lagoas, Secretaria de Produção (Seprotur) e
Convention Bureau.
Tecnologia a serviço da rentabilidade - Agrolink
Com granjas modernas e foco total em genética e nutrição, suinocultores da
Copacol vêm registrando ótimos índices de produtividade. A Agroceres PIC é a
principal fornecedora de material genético da cooperativa.
A retomada do crescimento da atividade suinícola no País está abrindo novas e
boas oportunidades para os suinocultores brasileiros. A combinação entre oferta
ajustada, demanda aquecida e custos de produção em níveis adequados tem
garantido boas margens de rentabilidade aos produtores. Para aqueles que, ao
longo do tempo, investiram em tecnologia e no aperfeiçoamento de seu sistema
produtivo, visando à busca de maior eficiência, no entanto, os resultados
econômicos têm sido mais expressivos.
Esse é o caso dos suinocultores da Cooperativa Agroindustrial Consolata – a
Copacol, de Cafelândia, no Paraná. Com granjas modernas e foco total em
genética e nutrição, os produtores de suínos da Copacol vêm registrando ótimos
índices de produtividade.
Levantamento realizado pela Divisão de Produção Animal da cooperativa para
avaliar o desempenho zootécnico de seus suinocultores mostra resultados
impressionantes. Para se ter uma ideia, a média dos 10% melhores suinocultores
da Copacol no quesito conversão alimentar (ajustada para 100 quilos) atingiu a
marca de 2,071. Já no quesito ganho de peso diário (GPD) a média desses
mesmos suinocultores foi de 939,4 gramas.
“Esses resultados seriam impossíveis sem o excelente trabalho de atualização
genética, de assistência técnica e de capacitação dos suinocultores feitos pela
Copacol”, explica Emerson Paulo De Bastiani, Supervisor da Integração de Suínos
e Leite da Copacol. “O desempenho que estamos apresentando hoje são frutos de
um trabalho iniciado há cinco anos quando a Copacol decidiu construir sua
Unidade Produtora de Leitões e verticalizar a produção de suínos”, completa. O
levantamento de Desempenho Zootécnico foi realizado pela equipe da Copacol
entre setembro de 2009 e julho de 2010 em granjas com genética 100%
Agroceres PIC.
Desempenho expressivo - O que chama a atenção é que esses resultados não
são isolados. A performance dos demais suinocultores integrados à Copacol é
igualmente expressiva. O levantamento demonstra que a média geral registrada
pelos suinocultores da cooperativa para conversão alimentar foi de 2,1 e GPD de
916,7 gramas, índices nada desprezíveis.
De acordo com De Bastiani, todos esses indicadores foram obtidos com cevados
oriundos do cruzamento dos reprodutores AGPIC 415 e fêmeas Camborough 25,
alimentados em comedouros automáticos. “Os animais da Agroceres PIC
apresentam ótima conversão alimentar e ganho de peso diário e qualidade de
carcaça”, afirma De Bastiani. “Mas é preciso ressaltar o serviço de assistência
técnica prestado pela Agroceres PIC aos nossos suinocultores. Ele foi
determinante para a obtenção desses resultados”, completa.
Fundada em 1963, a Copacol é hoje uma das maiores cooperativas do País e atua
em vários segmentos do agronegócio como produção de grãos (milho, soja, trigo e
café), avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e piscicultura. Na área
suinícola, a Copacol conta com 90 associados integrados e 2750 matrizes em
produção. A cooperativa produz cerca de 7500 suínos por mês, todos são
abatidos na Coopercentral Frimesa. A Agroceres PIC é a principal fornecedora de
material genético da Copacol. Atualmente, 80% dos animais abatidos pela
cooperativa são da genética Agroceres PIC.
Oferta reduzida de animais para abate explica a atual
valorização do boi gordo - Agrolink
O boi continua em alta.
Nesta semana, atingiu o patamar de US$ 53 (cerca de R$ 91,50) por arroba. Há
um mês estava em US$ 51 (cerca de R$ 88,10, pela cotação da moeda americana
na quarta-feira).
Não resta dúvida de que essa é uma ótima notícia para o pecuarista. Afinal, os
preços patinaram durante praticamente três anos. E a receita em alta é um alívio
para as contas, que estavam no vermelho.
A combinação de fatores que sustentam os preços do boi gordo permanece a
mesma. A demanda está aquecida por conta da melhoria de renda, a escassez de
chuvas prejudica a qualidade dos pastos (atrasando a terminação do gado) e a
recuperação do plantel não consegue o ritmo necessário.
Não fosse a melhoria -incontestável- da qualidade genética do rebanho nacional, a
oferta de animais estaria ainda menor.
Dois aspectos merecem análise mais detalhada. Em primeiro lugar, o aumento do
abate de fêmeas. Atualmente, está em torno de 35%, percentual considerado
próximo do ideal.
Porém, em vários momentos nos últimos anos, o índice se aproximou de 50%.
Com isso, caiu a produção de bezerros, que se tornam bois gordos após cerca de
dois anos.
O momento é de recuperação do rebanho. Mas não é possível acelerar demais
esse processo. A genética de qualidade sem dúvida ajuda. Não fossem os
investimentos de criadores em gado mais produtivo e haveria ainda menos
animais à disposição dos frigoríficos.
Os pecuaristas querem ser bem remunerados. E estão sendo neste momento.
Mas não desejam algo irreal. Há um teto de preço para a carne bovina, e
especialistas acreditam que esse patamar está próximo.
Essa situação também provoca reações indesejáveis do mercado. A redução da
oferta de gado para abate é apontada como motivo de fechamento de algumas
unidades frigoríficas.
Sem entrar no mérito da gestão dessas indústrias, não é bom negócio para o
pecuarista ter menos opções para vender os bois.
O segundo aspecto que considero importante passa pelo melhoramento genético
da pecuária brasileira.
Os números falam por si e isso foi explorado em análises anteriores. Com o
mesmo rebanho -cerca de 177 milhões de cabeças, segundo a consultoria
AgraFNP, ou 210 milhões, segundo o Ministério da Agricultura-, produzimos cada
vez mais carne, em que pese o abate de fêmeas já mencionado. Em 2010, o
Brasil deve chegar a 10 milhões de toneladas.
Nesse cenário, somente o aumento da oferta de gado de confinamento pode
mudar o atual patamar de preços. Mas há estimativas de queda de 10% nessa
prática neste ano, por conta da valorização do boi magro na primeira metade do
ano -algo que se mantém, aliás.
Com menos bovinos confinados, o pecuarista deve continuar bem remunerado por
mais algum tempo. E essa é uma excelente perspectiva.
Embrapa Soja atualiza manuais de doenças da soja e
identificação de insetos – Agrolink
A Embrapa Soja lança novas edições com atualizações no Manual de
Identificação de Doenças e no Manual de Identificação de Insetos e Outros
Invertebrados da Cultura da Soja. Elaborados recentemente, os dois documentos
auxiliam a identificação e o controle de doenças e pragas nesta cultura de
importância econômica para o agronegócio brasileiro.
A correta identificação é essencial para o controle das pragas agrícolas. Dessa
maneira, o Manual de Identificação de Insetos e Outros Invertebrados tem como
objetivo facilitar a orientação das mais importantes espécies de invertebradospragas encontradas na cultura da soja. Com base nas imagens contidas nessa
publicação é possível ter acesso às principais informações sobre insetos e outros
invertebrados e orientar para o seu controle. Em sua segunda edição, o
documento apresenta novas pragas de ocorrência mais recente, sendo útil para
agricultores, estudantes e profissionais que desenvolvem suas atividades
relacionadas à cultura da soja.
Resultado do esforço da equipe de fitopatologia da Embrapa Soja, o Manual de
Identificação de Doenças de Soja apresenta em imagens e num formato leve,
informações sobre as principais doenças que atacam a lavoura. A quarta edição
da publicação foi revista e apresenta a doença Fogo Selvagem, causada pela
bactéria Pseudomonas syringae pv. tabaci, que após vários anos sem ser
constatada, apareceu em áreas do Paraná na safra 2009/2010.
Cada publicação é comercializada a R$ 15,00. Os manuais podem ser adquiridos
no setor de vendas de publicações da Embrapa Soja.
Telefone: (43) 3371-6119
E-mail: [email protected]
Vírus da raiva tem variante sequenciada
O Brasil tem conseguido controlar há mais de uma década a raiva urbana, que
é transmitida principalmente pelo contato com cães. Mas, apesar de controlada,
variantes do vírus continuam circulando por meio de animais silvestres,
particularmente uma transmitida por morcegos que se alimentam de sangue
(hematófagos).
Pesquisadores brasileiros deram um passo importante no estudo do problema
ao concluir o sequenciamento completo do genoma dessa variante mantida
pela espécie Desmodus rotundus.
De acordo com Silvana Regina Favoretto, pesquisadora científica do Instituto
Pasteur e Coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Raiva do Laboratório de
Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo (ICB-USP), que orientou o estudo, o
sequenciamento abre caminho para novos trabalhos científicos.
“O sequenciamento possibilitará identificar uma série de informações novas em
estudos evolutivos e marcadores geográficos e moleculares. Também poderá
ajudar a compreender por que outros hospedeiros – como humanos, animais
silvestres e até morcegos com hábitos diferentes dos hematófagos – são tão
vulneráveis a essa variante”, disse à Agência FAPESP .
Silvana desenvolveu a pesquisa intitulada “Estudo genético do vírus da raiva
mantida por populações de morcegos hematófagos Desmodus rotundus por
meio do sequenciamento completo do genoma viral”, apoiado pela FAPESP na
modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular. A pesquisa compreende também a
tese homônima de Angélica Cristine de Almeida Campos, cujo trabalho, sob
orientação de Silvana, é realizado no ICB-USP e vinculado ao Programa de
Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia, que reúne alunos da USP, do
Instituto Butantan e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Segundo Silvana, que tambémj é professora credenciada do programa, das
quase 1,2 mil espécies de morcegos somente três – Desmodus rotundus,
Diphylla eucaudata e Diaemus yungii – são hematófagos. “Os morcegos
Desmodus rotundus são os mais bem adaptados à invasão do homem ao seu
habitat. A variante do vírus da raiva mantida por esse morcego é a mais
importante do ponto de vista econômico e de saúde pública, ao atingir animais
de criação (rebanhos) e também humanos”, explicou.
Essa variante pertence ao gênero Lyssavirus e é encontrada em uma região
que compreende do meio norte do México até o norte da Argentina – com
exceção da Cordilheira dos Andes. Os estudos genéticos são uma excelente
alternativa para compreender por que outros hospedeiros são tão vulneráveis a
essa variante genética distinta do vírus e por que, até hoje, não foi observada
uma variante diferente em Desmodus rotundus.
“Há pouco mais de 15 anos só conseguíamos saber se alguém tinha raiva ou
não. Todas as variantes do vírus já circulavam entre nós, mas, como não
sabíamos o tipo atribuíamos normalmente à variante mantida por populações
de cães”, disse Silvana.
O sequenciamento poderá ajudar a identificar como o vírus evolui e se mantém
circulante com tanto sucesso. “Outras regiões genéticas são observadas,
mutações podem ser encontradas e, talvez, possam explicar o que essa
variante viral tem de diferente quando comparada a outras, como as mantida
por canídeos, por primatas não humanos, como saguis, ou ainda por outros
morcegos não hematófagos”, disse. A sequência completa da variante do vírus
da raiva será depositada em breve no banco do National Center for
Biotechnology Information (NCBI).
Padronização de um novo método
Uma das dificuldades para se realizar o sequenciamento foi o tipo de material
genético. Diferentemente de alguns vírus, o da raiva é do tipo RNA, mais
suscetível a mutações. “Os vírus de DNA são bastante estáveis à temperatura e
possuem mecanismo de correção, ao contrário dos vírus de RNA, que são
altamente instáveis. Quando a enzima erra ao copiar o genoma, ocorrem
mutações”, explicou Angélica.
Segundo a doutoranda no ICB-USP, para os vírus de RNA é preciso realizar
uma reação que facilite a manipulação da molécula no laboratório, chamada de
síntese de DNA complementar (cDNA). “Fazemos um molde do vírus, que é de
RNA na forma de DNA para que, em seguida, ele possa ser amplificado de
maneira que a quantidade de material genético seja muito aumentada,
possibilitando fazer o sequenciamento genético”, disse.
Existem enzimas que já realizam essa síntese, mas são muito caras e utilizadas
geralmente para fragmentos pequenos. Mas, ao desenvolver e padronizar a
nova técnica, foi possível a obtenção do cDNA viral completo de uma única vez
e fazer a análise em um único fragmento, com a mesma enzima utilizada
rotineiramente para os fragmentos pequenos.
“Pelo método tradicional, teríamos de realizar a síntese de cDNA pelo menos
cinco vezes. Com a nova técnica desenvolvida, analisamos a mesma
quantidade de material de uma vez só, com economia de tempo e dinheiro. É a
primeira vez que esse procedimento é descrito para o vírus da raiva”, afirmou
Angélica.
Esse resultado da pesquisa, que envolve a técnica de amplificação do genoma
da variante sequenciada, foi encaminhado para publicação internacional.
“Estamos escrevendo outros artigos sobre achados da pesquisa”, disse Silvana.
Ao cruzar informações disponíveis em banco de dados, foram feitas análises
filogenéticas. “Quando comparamos os sítios antigênicos [regiões que
estimulam o sistema de defesa e são importantes para o desenvolvimento das
vacinas] da variante do vírus da raiva do morcego hematófago, percebemos
que havia diferenças em relação aos sítios antigênicos da variante do vírus
mantida por cães”, explicou.
“Essas diferenças entre as variantes mantida por cães e por Desmodus
rotundus são substituições de aminoácidos. Esse é um dos achados da tese”,
contou Silvana. Segundo a pesquisadora, as células do sistema imunológico
reconhecem o corpo estranho, que é o antígeno (vírus), e o organismo começa
a produzir anticorpos.
Silvana explica que o vírus é neurotrópico, ou seja, apresenta uma atração para
se multiplicar no sistema nervoso do hospedeiro e não aparece no sangue de
pacientes (viremia). O vírus é transmitido pela saliva de qualquer animal
doente, incluindo humanos. Por isso, o cão é um hospedeiro eficiente devido ao
hábito de morder.
“Quando chega ao sistema nervoso central ele se multiplica e estabelece a
doença até matar o individuo. É uma doença letal, mas, se o indivíduo tomar a
vacina rapidamente, dá tempo de o organismo produzir os anticorpos para
neutralizar o vírus antes que ele chegue ao sistema nervoso central”, disse.
Papel ecológico
Segundo Silvana, não se pode encarar o morcego hematófago como vilão ou
responsável pela raiva, porque esse animal também sofre com a doença. “O
problema é que invadimos o habitat dele e causamos desequilíbrios
ecológicos”, disse, destacando que eliminá-los por completo não é uma saída
prudente.
No Brasil, assim como em outros países onde ocorre a raiva transmitida por
esses morcegos, o Ministério da Agricultura padronizou e regulamentou o uso
de uma pasta vampiricida de efeito anticoagulante que provoca a morte de
morcegos hematófagos, com a finalidade de controlar em número as
populações. “Mas esses morcegos, assim como outras espécies, têm um papel
ecológico importante”, afirmou Angélica.
Manter os animais domésticos vacinados é muito importante, segundo Silvana.
Pessoas que são atacadas por animais, silvestres ou não, devem procurar o
serviço de saúde para ser orientado quanto à necessidade de vacinação. “Isso
é uma falha muito grande na educação em saúde. Muita gente poderia não ter
morrido se fizesse isso”, disse ao destacar o dia 28 de setembro Dia Mundial da
Raiva.
JBS prevê que EUA reabrirão mercado – Diário de
Cuiabá
O diretor de estratégia do Grupo JBS, Antonio Jorge Camardelli, avalia que a
reabertura do mercado norte-americano para a carne processada brasileira deverá
ocorrer até outubro. "A expectativa é essa, pois a missão de auditores dos
Estados Unidos fica aqui até 22 ou 23 de setembro. Teremos um período de
maturação e uma alteração no ciclo de controle já estabelecido por auditorias
passadas devido à magnitude dos problemas", disse Camardelli. Os Estados
Unidos suspenderam a compra em junho, após devolverem lotes com resíduos do
vermífugo ivermectina acima do permitido. A unidade do Bertin, do Grupo JBS, em
Lins (SP), deve ser visitada ainda nesta semana.
Feijão sobe e pode atingir preço histórico - Folha de São
Paulo
Em apenas dez dias, produto teve alta de 73% no campo; previsão é que saca
supere recorde de R$ 300, de 2008
Vendido entre R$ 3 e R$ 5 em supermercados, o feijão poderá custar cerca de R$
15 por quilo para os consumidores
Os apreciadores de feijão podem preparar o bolso para os próximos meses. O
produto teve alta brusca de 73% em apenas dez dias no campo, e as próximas
semanas serão de novos aumentos.
A saca de feijão de melhor qualidade chegou a R$ 200 ontem e pode superar o
recorde histórico de R$ 300, do início de 2008, segundo avaliação de Marcelo
Eduardo Lüders, presidente do conselho do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão).
"Estamos vendo apenas a ponta do iceberg", diz ele.
Comercializado atualmente entre R$ 3 e R$ 5 por quilo nos supermercados, o
feijão poderá custar cerca de R$ 15 para os consumidores nos próximos meses,
acrescenta.
A alta ao consumidor deve chegar rápida porque, ao perceber o aumento de preço
no campo, o varejo antecipa o reajuste de preços até para o produto adquirido
com valores menores, diz Lüders.
Essa alta brusca se deve a vários fatores, que vão desde a menor presença do
governo nas compras do produto até os efeitos climáticos nas áreas de produção.
A oferta de produto não acompanhou a demanda e deverá haver deficit de 13
milhões a 14 milhões de sacas no mercado. Desse volume, entre 3 milhões e 4
milhões de sacas terão de ser importadas da China, dos Estados Unidos e do
Canadá.
Parte do deficit vai ser compensada via preços. Ou seja, o produto vai subir até o
valor que o consumidor estiver disposto a pagar.
O consumo mensal brasileiro é de 5 milhões de sacas, e o brasileiro é um
tradicional consumidor de feijão carioquinha, não encontrado no mercado externo.
LEILÃO
O cerne da alta do feijão começou em novembro, quando o governo deixou de
fazer AGF (Aquisição do Governo Federal) da produção da primeira safra, diz
Lüders.
Devido aos preços baixos e ao estoque no mercado, o produtor reduziu a área de
plantio na segunda safra. Na terceira safra -são feitas três ao ano-, o clima não foi
favorável na Bahia e no Centro-Oeste. Agora, a quebra chega às lavouras de São
Paulo.
Para elevar a oferta no mercado, a CONAB fará um leilão hoje, mas "é um produto
de baixa qualidade e tem mercado específico para cestas básicas", diz Vlamir
Brandalizze, do Brandalizze Consulting.
O problema das importações, segundo Lüders, é que o país tem alíquota de 10%
para o produto vindo de fora do Mercosul, tornando-o ainda mais caro. Além disso,
a entrada do feijão vai enfrentar a "morosidade da liberação do produto nos
portos".
Brandalizze diz que essa alta de preços ocorre em momento de reposição de
estoques no varejo, mas a oferta será curta até dezembro.
Parte da área já semeada nas últimas três semanas foi afetada pela seca e deve
ser replantada. Além disso, com a valorização do milho e da soja, muitos
produtores vão repensar o plantio de feijão, um produto de "alto risco".
Missão em Londres(Curtas) - Valor Econômico
O Brasil, maior produtor mundial de café, açúcar e suco de laranja, vai reabrir seu
escritório de representação de commodities em Londres para elevar influência em
organizações internacionais, informou a Bloomberg. O representante do país será
o diplomata Marcos Pinta Gama, que já atuou nas embaixadas de Washington e
de Santiago. O foco será atuar mais fortemente em instituições como a
Organização Internacional do Café, a Organização Internacional do Açúcar e a
Organização Mundial do Cacau.
Exportação crescente
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização
da ONU, as exportações brasileiras de commodities passaram de US$ 26,9
bilhões em 2001 para US$ 109,6 bilhões em 2008. A participação desses produtos
nas exportações brasileiras aumentou de 46% em 2001 para 55% em 2008. "O
Brasil quer elevar seu perfil e desenvolver sua própria agenda nessas
organizações", disse Pinta Gama à Bloomberg.
Café do Brasil na Indy II - Diário do Comércio
A Fórmula Indy foi escolhida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações
e Investimentos (Apex-Brasil), desde o ano passado, para ser uma grande "vitrine"
de exposição dos produtos brasileiros, entre eles o café, cuja ação é coordenada
pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Tanto na temporada atual
quanto em 2009, a marca Cafés do Brasil esteve presente em várias ações. Grãos
de diversas origens brasileiras e vários drinques à base de café puderam ser
degustados durante as corridas.
Empresa defende criação do "Consecitrus" - Valor
Econômico
Além de investir em logística, no aumento da produção de suco de laranja não
concentrado, na diversificação do portfólio de suco e nas parcerias que mantém
com citricultores em São Paulo, a Louis Dreyfus Commodities está envolvida nas
negociações com produtores independentes de laranja para a criação de um novo
ambiente de negociações de preços de fornecimento da fruta para a produção da
bebida que é - e será - seu carro-chefe nessa área de atuação.
Em discussão pela cadeia produtiva paulista, responsável por 80% das
exportações mundiais de suco de laranja, o "Consecitrus" - alusão ao Consecana,
que norteia as negociações entre canavieiros e grupos sucroalcooleiros estabeleceria critérios técnicos, agronômicos e mercadológicos para a definição
do preço da fruta. O objetivo é conferir transparência ao processo e diluir a
crescente tensão entre citricultores e indústrias exportadoras de suco, também
alimentada por investigações das autoridades antitruste sobre a suposta formação
de cartel entre as quatro grandes empresas da área.
"Mais do que um mecanismo de contrato, o "Consecitrus" deve ser um veículo de
informação, de esclarecimentos e convergência de visões. Com isso, haverá
condições para que a cadeia produtiva tome decisões em uma direção comum, e
este é um fator de alinhamento que não tem preço", diz Henrique de Freitas,
diretor-executivo da divisão LDC Juices, globalmente liderada por Kenneth C.
Geld, presidente da Louis Dreyfus Commodities Brasil.
Na opinião de Freitas, o estabelecimento do "Consecitrus" não significa que os
citricultores independentes serão obrigadas a negociar segundo as bases ali
definidas. "O produtor decidirá se seguirá ou não o modelo, mas ainda assim
haverá um balizador de informações à disposição", afirma. Essas negociações
entre indústrias e produtores envolvem contratos de fornecimento de prazo mais
longo, a partir de uma safra.
Seus defensores acreditam que a melhora das relações na cadeia não só diluiria
as tensões de preços, mas ajudaria a controlar as crescentes ameaçadas
fitossanitárias aos pomares paulistas, lideradas pela doença conhecida como
greening. Também colaboraria para o estabelecimento de estratégias conjuntas
para combater a queda da demanda global por suco de laranja e, no futuro, até
para a expansão da demanda doméstica para o suco de laranja engarrafado
vendido no varejo. (FL)
Minas recebe o Programa Aplique Bem - Diário do
Comércio
Agricultores têm acesso às informações sobre o uso correto de defensivos .
O Programa Aplique Bem completa neste mês três anos de trajetória e até outubro
14 cidades mineiras. O projeto é uma parceria entre a Arysta LifeScience e o
Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Durante o treinamento, os agricultores
terão acesso a informações sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas;
a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a regulagem
dos pulverizadores, reduzindo os riscos de impacto ambiental e à saúde humana.
De acordo com o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE) 56% das propriedades rurais do país, um total de 1,4 milhão,
utilizam defensivos de forma inadequada, por isso os treinamentos pretendem
atender e orientar essa demanda.
Assim, com o programa, estima-se que o treinamento correto desses
trabalhadores indica uma redução de 90% nos riscos de contaminação e prejuízos
ao meio ambiente e à saúde humana, além de colaborar economicamente com o
produtor.
"Desde o início do programa, a população rural atendida passou a valorizar mais o
uso de equipamentos de segurança e a racionalizar o uso de insumos na
agricultura. Os resultados foram ganhos econômicos e sociais para os agricultores
que receberam o treinamento", ressaltou a Coordenadora de Stewardship e
Registro da Arysta LifeScience, Líria Hosoe.
Há três anos na estrada, o Tech Móvel já visitou cerca de 500 propriedades e
treinou pelo menos 13 mil produtores em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do
Sul, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
A programação de visitas do Techi Móvel nas regões do Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba é a seguinte: Araguari (hoje), Monte Carmelo (24), Coromandel (20 e
21), Patos de Minas (22 e 23), Ibiá (27), São Gotardo (28, 29 e 1º/10), Campos
Altos (30), Patrocínio (4, 5/, 6, 7 e 08/10), Paracatu (13 e 14), Araxá (15), Perdizes
(18), Santa Juliana (19), Uberaba (20 e 22) e Sacramento (21/10).
Sediada em Tóquio, no Japão, a Arysta LifeScience é a maior empresa privada do
mundo, no mercado de proteção de plantas e ciências da vida, com faturamento
global de US$1,2 bilhões, em 2009, sendo cerca de US$ 300 milhões na Unidade
de Negócios América do Sul. No Brasil, a Arysta LifeScience completou neste ano
42 anos de atuação.
Executivo - Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - IMA - Minas Gerais
Instituto Mineiro de Agropecuária
Diretor Geral: Altino Rodrigues Neto
ATO Nº 270/2010 REMOVE A PEDIDO, nos termos do art. 80, da Lei nº 869, de
05/7/1952, a servidora Luciana de Freitas Ferreira, masp 0977616-2, do município
de Montes Claros para o município de Bocaiúva.
ATO Nº 271/2010 DISPENSA, nos termos da Lei Delegada Nº 175, de 26 de
janeiro de 2007, e o Decreto 44.467, de 16 de fevereiro de 2007 da Função
Gratificada FGI-4, IM 229, a servidora Paula Brayner Souto Maior Lima, masp
1119174-9.
ATO Nº 272/2010 NOMEIA, nos termos do inciso II do artigo 14 da Lei n.º 869, de
5 de julho de 1952, e tendo em vista a Lei Delegada nº 175, de 26 de janeiro de
2007, e o Decreto nº 44.467, de 16 de fevereiro de 2007, para o cargo de
provimento em comissão de recrutamento limitado, DAl 15, IM 12, a servidora
Paula Brayner Souto Maior Lima, masp 1119174-9.
Atos da Diretora de Planejamento, Gestão e Finanças
Eunice José dos Santos
ATO Nº 165/2010 CONCEDE LICENÇA PATERNIDADE, nos termos do Inciso XIX
do Artigo 7º combinado com o parágrafo 3º do art. 39 da CR/1988 e parágrafo 1º
do art. 10 do ADCT/1988, por 05 (cinco) dias ao servidor José César Vidal, masp
1174571-8, a partir de 13-8-2010.
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