Belo Horizonte, 17 de setembro de 2010. Comércio Exterior: Brasil é notificado pela UE sobre retenção de carne processada – Portal DBO Frigorífico alega que produto apreendido foi embarcado antes do inicio do plano de ação determinado pelo Mapa. O Ministério da Agricultura informou nesta quinta feira, 16, que foi notificado pela DGSanco, Direção Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia sobre a retenção de um lote de 20 toneladas de carne processada com quantidade de vermífugo acima do limite aceito pelo bloco europeu. O Mapa confirmou que o produto tem origem em um frigorífico de Lins, interior de SP,mas não identificou a empresa. Segundo fontes da Agência Estado, trata-se da unidade de Bertin, atualmente incorporada ao grupo JBS. A alegação do frigorífico é a de que a carne embargada pelo bloco foi produzida em junho, portanto antes do plano de ação imposto pelo Ministério da Agricultura, que prevê entre outras coisas, respeito ao prazo de carência entre a aplicação do vermífugo e o abate do animal e maior rigor nas análises. Por conta da alegação do frigorífico em relação à data, a assessoria do Mapa informou o caso não será tratado como "mais um" episódio sobre o problema. O ministério avalia o tema como um problema pontual e descarta a análise de que se trata de um risco sistêmico. Por enquanto, não há intenção de suspender as exportações dessa ou de qualquer outra planta para a Europa, assim como foi feito, inicialmente por iniciativa do governo brasileiro, mas que agora depende da aprovação americana, no caso dos Estados Unidos. PI: tecnologia para o controle de gases poluentes será apresentada na França – Página Rural Está comprovado: o plantio direto, associado ao sistema integrado lavourapecuária, com rotação a cada quatro anos, é a alternativa mais eficaz para o controle da emissão de gases poluentes pela agricultura, como o dióxido de carbono, o grande vilão do aquecimento global. A pesquisa avaliou sistemas de produção agrícola desenvolvidos nos municípios de Santo Antônio de Goiás, em Goiás; e em Bom Jesus, no Piauí. O pesquisador Luiz Fernando Leite, da Embrapa Meio-Norte, responsável pelo estudo, trabalhou com cinco situações de cultivo em Santo Antônio de Goiás: plantio direto mais integração lavoura-pecuária utilizando rotação de soja e braquiária a cada dois e a cada quatro anos; preparo convencional – com grade pesada e niveladora – mais integração lavoura-pecuária usando arroz e braquiária a cada três anos; plantio direto de soja e milho; e plantio convencional de soja. Do município de Bom Jesus, ele pesquisou os sistemas de plantio direto de soja e milho; plantio direto e integração lavoura-pecuária com rotação de braquiária e soja a cada dois anos; e preparo convencional de soja. Tanto no Goiás como no Piauí, os estudos revelaram que houve seqüestro de carbono apenas nos sistemas de plantio direto mais a integração lavoura-pecuária a cada dois e quatro anos. O resultado é importante, segundo o pesquisador, para subsidiar o programa de agricultura de baixo carbono, implementado no País pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Embrapa. O trabalho é um aprofundamento da pesquisa iniciada em 2006, com modelos de simulação em computador. A conclusão desse estudo, com o título Modelagem do Sequestro de Carbono em Sistema Integração Lavoura-Pecuária no Brasil, será apresentada por Luiz Fernando Leite no 4º Simpósio Internacional sobre Estabilização da Matéria Orgânica. O evento, que acontecerá de 19 a 23 deste mês, na península de Presqu’ile de Giens, no sul da França, é promovido pelo Instituto Nacional Francês para Pesquisa na Agricultura, e reunirá cientistas de vários países. O plantio direto é caracterizado pelo o não uso de máquinas e implementos na lavoura. Ou seja: ao invés da utilização de grades e arados, o produtor planta diretamente sobre os restos das culturas da safra passada. Já a integração lavoura-pecuária consiste na diversificação da produção, buscando o aumento e a eficiência na utilização dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. O melhor é que o consórcio de culturas ou cultivos múltiplos que, nesse sistema, permite, durante o ano e numa mesma área, a produção de grãos no período das chuvas, que no estado do Piauí é de novembro a abril, e de forrageira para o gado bovino na entressafra – de maio a outubro -, além de palhada em quantidade e qualidade para a viabilidade do plantio direto. MS: Campo Grande poderá sediar Congresso Mundial da Carne em 2011 – Página Rural A Capital de Mato Grosso do Sul pode ser o centro de encontro de visitantes do mundo todo interessados em discutir a pecuária no próximo ano. Será anunciada entre os dias 26 e 29 de setembro, durante o XVIII Congresso Mundial da Carne, em Buenos Aires, a próxima cidade anfitriã do evento e Campo Grande é a principal concorrente. Uma reunião realizada hoje (16), na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), reuniu produtores rurais e representes de diversas instituições com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte, Sebastião Guedes. O objetivo era tratar sobre as oportunidades que o evento representa para a pecuária brasileira. De acordo com Guedes, o País concilia quantidade com qualidade, pois apesar de grande, o rebanho brasileiro está entre os melhores do mundo. “A pecuária no Brasil é muito rica, com diversos segmentos como a criação extensiva, de confinamento e até mesmo orgânica. O que devemos mostrar aos outros países é que apesar de termos muitos animais, nós cuidamos deles sem perder a competitividade”, afirma. Outra questão levantada pelo presidente da Comissão da Pecuária é que o Brasil é o único país onde a maior parte do rebanho é composta de variedades do zebu, que é considerada a carne mais nutritiva e segura para a saúde em termos de composição lipídica, ou seja, os valores de gordura presentes. “No Brasil temos qualidade, tecnologia e o Congresso da Carne ao vir para cá será como uma vitrine de oportunidades”, avalia Guedes. Juntamente com os representantes da Famasul estará presente no Congresso na Argentina com um grupo de 25 pessoas entre produtores e representantes de instituições. Na manhã desta quinta-feira, estiveram presentes na reunião representantes da Associação Brasileira de Pecuária (Abrapec), Sebrae, Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), Sindicato Rural de Campo Grande, Sindicato Rural de Três Lagoas, Secretaria de Produção (Seprotur) e Convention Bureau. Tecnologia a serviço da rentabilidade - Agrolink Com granjas modernas e foco total em genética e nutrição, suinocultores da Copacol vêm registrando ótimos índices de produtividade. A Agroceres PIC é a principal fornecedora de material genético da cooperativa. A retomada do crescimento da atividade suinícola no País está abrindo novas e boas oportunidades para os suinocultores brasileiros. A combinação entre oferta ajustada, demanda aquecida e custos de produção em níveis adequados tem garantido boas margens de rentabilidade aos produtores. Para aqueles que, ao longo do tempo, investiram em tecnologia e no aperfeiçoamento de seu sistema produtivo, visando à busca de maior eficiência, no entanto, os resultados econômicos têm sido mais expressivos. Esse é o caso dos suinocultores da Cooperativa Agroindustrial Consolata – a Copacol, de Cafelândia, no Paraná. Com granjas modernas e foco total em genética e nutrição, os produtores de suínos da Copacol vêm registrando ótimos índices de produtividade. Levantamento realizado pela Divisão de Produção Animal da cooperativa para avaliar o desempenho zootécnico de seus suinocultores mostra resultados impressionantes. Para se ter uma ideia, a média dos 10% melhores suinocultores da Copacol no quesito conversão alimentar (ajustada para 100 quilos) atingiu a marca de 2,071. Já no quesito ganho de peso diário (GPD) a média desses mesmos suinocultores foi de 939,4 gramas. “Esses resultados seriam impossíveis sem o excelente trabalho de atualização genética, de assistência técnica e de capacitação dos suinocultores feitos pela Copacol”, explica Emerson Paulo De Bastiani, Supervisor da Integração de Suínos e Leite da Copacol. “O desempenho que estamos apresentando hoje são frutos de um trabalho iniciado há cinco anos quando a Copacol decidiu construir sua Unidade Produtora de Leitões e verticalizar a produção de suínos”, completa. O levantamento de Desempenho Zootécnico foi realizado pela equipe da Copacol entre setembro de 2009 e julho de 2010 em granjas com genética 100% Agroceres PIC. Desempenho expressivo - O que chama a atenção é que esses resultados não são isolados. A performance dos demais suinocultores integrados à Copacol é igualmente expressiva. O levantamento demonstra que a média geral registrada pelos suinocultores da cooperativa para conversão alimentar foi de 2,1 e GPD de 916,7 gramas, índices nada desprezíveis. De acordo com De Bastiani, todos esses indicadores foram obtidos com cevados oriundos do cruzamento dos reprodutores AGPIC 415 e fêmeas Camborough 25, alimentados em comedouros automáticos. “Os animais da Agroceres PIC apresentam ótima conversão alimentar e ganho de peso diário e qualidade de carcaça”, afirma De Bastiani. “Mas é preciso ressaltar o serviço de assistência técnica prestado pela Agroceres PIC aos nossos suinocultores. Ele foi determinante para a obtenção desses resultados”, completa. Fundada em 1963, a Copacol é hoje uma das maiores cooperativas do País e atua em vários segmentos do agronegócio como produção de grãos (milho, soja, trigo e café), avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e piscicultura. Na área suinícola, a Copacol conta com 90 associados integrados e 2750 matrizes em produção. A cooperativa produz cerca de 7500 suínos por mês, todos são abatidos na Coopercentral Frimesa. A Agroceres PIC é a principal fornecedora de material genético da Copacol. Atualmente, 80% dos animais abatidos pela cooperativa são da genética Agroceres PIC. Oferta reduzida de animais para abate explica a atual valorização do boi gordo - Agrolink O boi continua em alta. Nesta semana, atingiu o patamar de US$ 53 (cerca de R$ 91,50) por arroba. Há um mês estava em US$ 51 (cerca de R$ 88,10, pela cotação da moeda americana na quarta-feira). Não resta dúvida de que essa é uma ótima notícia para o pecuarista. Afinal, os preços patinaram durante praticamente três anos. E a receita em alta é um alívio para as contas, que estavam no vermelho. A combinação de fatores que sustentam os preços do boi gordo permanece a mesma. A demanda está aquecida por conta da melhoria de renda, a escassez de chuvas prejudica a qualidade dos pastos (atrasando a terminação do gado) e a recuperação do plantel não consegue o ritmo necessário. Não fosse a melhoria -incontestável- da qualidade genética do rebanho nacional, a oferta de animais estaria ainda menor. Dois aspectos merecem análise mais detalhada. Em primeiro lugar, o aumento do abate de fêmeas. Atualmente, está em torno de 35%, percentual considerado próximo do ideal. Porém, em vários momentos nos últimos anos, o índice se aproximou de 50%. Com isso, caiu a produção de bezerros, que se tornam bois gordos após cerca de dois anos. O momento é de recuperação do rebanho. Mas não é possível acelerar demais esse processo. A genética de qualidade sem dúvida ajuda. Não fossem os investimentos de criadores em gado mais produtivo e haveria ainda menos animais à disposição dos frigoríficos. Os pecuaristas querem ser bem remunerados. E estão sendo neste momento. Mas não desejam algo irreal. Há um teto de preço para a carne bovina, e especialistas acreditam que esse patamar está próximo. Essa situação também provoca reações indesejáveis do mercado. A redução da oferta de gado para abate é apontada como motivo de fechamento de algumas unidades frigoríficas. Sem entrar no mérito da gestão dessas indústrias, não é bom negócio para o pecuarista ter menos opções para vender os bois. O segundo aspecto que considero importante passa pelo melhoramento genético da pecuária brasileira. Os números falam por si e isso foi explorado em análises anteriores. Com o mesmo rebanho -cerca de 177 milhões de cabeças, segundo a consultoria AgraFNP, ou 210 milhões, segundo o Ministério da Agricultura-, produzimos cada vez mais carne, em que pese o abate de fêmeas já mencionado. Em 2010, o Brasil deve chegar a 10 milhões de toneladas. Nesse cenário, somente o aumento da oferta de gado de confinamento pode mudar o atual patamar de preços. Mas há estimativas de queda de 10% nessa prática neste ano, por conta da valorização do boi magro na primeira metade do ano -algo que se mantém, aliás. Com menos bovinos confinados, o pecuarista deve continuar bem remunerado por mais algum tempo. E essa é uma excelente perspectiva. Embrapa Soja atualiza manuais de doenças da soja e identificação de insetos – Agrolink A Embrapa Soja lança novas edições com atualizações no Manual de Identificação de Doenças e no Manual de Identificação de Insetos e Outros Invertebrados da Cultura da Soja. Elaborados recentemente, os dois documentos auxiliam a identificação e o controle de doenças e pragas nesta cultura de importância econômica para o agronegócio brasileiro. A correta identificação é essencial para o controle das pragas agrícolas. Dessa maneira, o Manual de Identificação de Insetos e Outros Invertebrados tem como objetivo facilitar a orientação das mais importantes espécies de invertebradospragas encontradas na cultura da soja. Com base nas imagens contidas nessa publicação é possível ter acesso às principais informações sobre insetos e outros invertebrados e orientar para o seu controle. Em sua segunda edição, o documento apresenta novas pragas de ocorrência mais recente, sendo útil para agricultores, estudantes e profissionais que desenvolvem suas atividades relacionadas à cultura da soja. Resultado do esforço da equipe de fitopatologia da Embrapa Soja, o Manual de Identificação de Doenças de Soja apresenta em imagens e num formato leve, informações sobre as principais doenças que atacam a lavoura. A quarta edição da publicação foi revista e apresenta a doença Fogo Selvagem, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. tabaci, que após vários anos sem ser constatada, apareceu em áreas do Paraná na safra 2009/2010. Cada publicação é comercializada a R$ 15,00. Os manuais podem ser adquiridos no setor de vendas de publicações da Embrapa Soja. Telefone: (43) 3371-6119 E-mail: [email protected] Vírus da raiva tem variante sequenciada O Brasil tem conseguido controlar há mais de uma década a raiva urbana, que é transmitida principalmente pelo contato com cães. Mas, apesar de controlada, variantes do vírus continuam circulando por meio de animais silvestres, particularmente uma transmitida por morcegos que se alimentam de sangue (hematófagos). Pesquisadores brasileiros deram um passo importante no estudo do problema ao concluir o sequenciamento completo do genoma dessa variante mantida pela espécie Desmodus rotundus. De acordo com Silvana Regina Favoretto, pesquisadora científica do Instituto Pasteur e Coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Raiva do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que orientou o estudo, o sequenciamento abre caminho para novos trabalhos científicos. “O sequenciamento possibilitará identificar uma série de informações novas em estudos evolutivos e marcadores geográficos e moleculares. Também poderá ajudar a compreender por que outros hospedeiros – como humanos, animais silvestres e até morcegos com hábitos diferentes dos hematófagos – são tão vulneráveis a essa variante”, disse à Agência FAPESP . Silvana desenvolveu a pesquisa intitulada “Estudo genético do vírus da raiva mantida por populações de morcegos hematófagos Desmodus rotundus por meio do sequenciamento completo do genoma viral”, apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular. A pesquisa compreende também a tese homônima de Angélica Cristine de Almeida Campos, cujo trabalho, sob orientação de Silvana, é realizado no ICB-USP e vinculado ao Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia, que reúne alunos da USP, do Instituto Butantan e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Segundo Silvana, que tambémj é professora credenciada do programa, das quase 1,2 mil espécies de morcegos somente três – Desmodus rotundus, Diphylla eucaudata e Diaemus yungii – são hematófagos. “Os morcegos Desmodus rotundus são os mais bem adaptados à invasão do homem ao seu habitat. A variante do vírus da raiva mantida por esse morcego é a mais importante do ponto de vista econômico e de saúde pública, ao atingir animais de criação (rebanhos) e também humanos”, explicou. Essa variante pertence ao gênero Lyssavirus e é encontrada em uma região que compreende do meio norte do México até o norte da Argentina – com exceção da Cordilheira dos Andes. Os estudos genéticos são uma excelente alternativa para compreender por que outros hospedeiros são tão vulneráveis a essa variante genética distinta do vírus e por que, até hoje, não foi observada uma variante diferente em Desmodus rotundus. “Há pouco mais de 15 anos só conseguíamos saber se alguém tinha raiva ou não. Todas as variantes do vírus já circulavam entre nós, mas, como não sabíamos o tipo atribuíamos normalmente à variante mantida por populações de cães”, disse Silvana. O sequenciamento poderá ajudar a identificar como o vírus evolui e se mantém circulante com tanto sucesso. “Outras regiões genéticas são observadas, mutações podem ser encontradas e, talvez, possam explicar o que essa variante viral tem de diferente quando comparada a outras, como as mantida por canídeos, por primatas não humanos, como saguis, ou ainda por outros morcegos não hematófagos”, disse. A sequência completa da variante do vírus da raiva será depositada em breve no banco do National Center for Biotechnology Information (NCBI). Padronização de um novo método Uma das dificuldades para se realizar o sequenciamento foi o tipo de material genético. Diferentemente de alguns vírus, o da raiva é do tipo RNA, mais suscetível a mutações. “Os vírus de DNA são bastante estáveis à temperatura e possuem mecanismo de correção, ao contrário dos vírus de RNA, que são altamente instáveis. Quando a enzima erra ao copiar o genoma, ocorrem mutações”, explicou Angélica. Segundo a doutoranda no ICB-USP, para os vírus de RNA é preciso realizar uma reação que facilite a manipulação da molécula no laboratório, chamada de síntese de DNA complementar (cDNA). “Fazemos um molde do vírus, que é de RNA na forma de DNA para que, em seguida, ele possa ser amplificado de maneira que a quantidade de material genético seja muito aumentada, possibilitando fazer o sequenciamento genético”, disse. Existem enzimas que já realizam essa síntese, mas são muito caras e utilizadas geralmente para fragmentos pequenos. Mas, ao desenvolver e padronizar a nova técnica, foi possível a obtenção do cDNA viral completo de uma única vez e fazer a análise em um único fragmento, com a mesma enzima utilizada rotineiramente para os fragmentos pequenos. “Pelo método tradicional, teríamos de realizar a síntese de cDNA pelo menos cinco vezes. Com a nova técnica desenvolvida, analisamos a mesma quantidade de material de uma vez só, com economia de tempo e dinheiro. É a primeira vez que esse procedimento é descrito para o vírus da raiva”, afirmou Angélica. Esse resultado da pesquisa, que envolve a técnica de amplificação do genoma da variante sequenciada, foi encaminhado para publicação internacional. “Estamos escrevendo outros artigos sobre achados da pesquisa”, disse Silvana. Ao cruzar informações disponíveis em banco de dados, foram feitas análises filogenéticas. “Quando comparamos os sítios antigênicos [regiões que estimulam o sistema de defesa e são importantes para o desenvolvimento das vacinas] da variante do vírus da raiva do morcego hematófago, percebemos que havia diferenças em relação aos sítios antigênicos da variante do vírus mantida por cães”, explicou. “Essas diferenças entre as variantes mantida por cães e por Desmodus rotundus são substituições de aminoácidos. Esse é um dos achados da tese”, contou Silvana. Segundo a pesquisadora, as células do sistema imunológico reconhecem o corpo estranho, que é o antígeno (vírus), e o organismo começa a produzir anticorpos. Silvana explica que o vírus é neurotrópico, ou seja, apresenta uma atração para se multiplicar no sistema nervoso do hospedeiro e não aparece no sangue de pacientes (viremia). O vírus é transmitido pela saliva de qualquer animal doente, incluindo humanos. Por isso, o cão é um hospedeiro eficiente devido ao hábito de morder. “Quando chega ao sistema nervoso central ele se multiplica e estabelece a doença até matar o individuo. É uma doença letal, mas, se o indivíduo tomar a vacina rapidamente, dá tempo de o organismo produzir os anticorpos para neutralizar o vírus antes que ele chegue ao sistema nervoso central”, disse. Papel ecológico Segundo Silvana, não se pode encarar o morcego hematófago como vilão ou responsável pela raiva, porque esse animal também sofre com a doença. “O problema é que invadimos o habitat dele e causamos desequilíbrios ecológicos”, disse, destacando que eliminá-los por completo não é uma saída prudente. No Brasil, assim como em outros países onde ocorre a raiva transmitida por esses morcegos, o Ministério da Agricultura padronizou e regulamentou o uso de uma pasta vampiricida de efeito anticoagulante que provoca a morte de morcegos hematófagos, com a finalidade de controlar em número as populações. “Mas esses morcegos, assim como outras espécies, têm um papel ecológico importante”, afirmou Angélica. Manter os animais domésticos vacinados é muito importante, segundo Silvana. Pessoas que são atacadas por animais, silvestres ou não, devem procurar o serviço de saúde para ser orientado quanto à necessidade de vacinação. “Isso é uma falha muito grande na educação em saúde. Muita gente poderia não ter morrido se fizesse isso”, disse ao destacar o dia 28 de setembro Dia Mundial da Raiva. JBS prevê que EUA reabrirão mercado – Diário de Cuiabá O diretor de estratégia do Grupo JBS, Antonio Jorge Camardelli, avalia que a reabertura do mercado norte-americano para a carne processada brasileira deverá ocorrer até outubro. "A expectativa é essa, pois a missão de auditores dos Estados Unidos fica aqui até 22 ou 23 de setembro. Teremos um período de maturação e uma alteração no ciclo de controle já estabelecido por auditorias passadas devido à magnitude dos problemas", disse Camardelli. Os Estados Unidos suspenderam a compra em junho, após devolverem lotes com resíduos do vermífugo ivermectina acima do permitido. A unidade do Bertin, do Grupo JBS, em Lins (SP), deve ser visitada ainda nesta semana. Feijão sobe e pode atingir preço histórico - Folha de São Paulo Em apenas dez dias, produto teve alta de 73% no campo; previsão é que saca supere recorde de R$ 300, de 2008 Vendido entre R$ 3 e R$ 5 em supermercados, o feijão poderá custar cerca de R$ 15 por quilo para os consumidores Os apreciadores de feijão podem preparar o bolso para os próximos meses. O produto teve alta brusca de 73% em apenas dez dias no campo, e as próximas semanas serão de novos aumentos. A saca de feijão de melhor qualidade chegou a R$ 200 ontem e pode superar o recorde histórico de R$ 300, do início de 2008, segundo avaliação de Marcelo Eduardo Lüders, presidente do conselho do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão). "Estamos vendo apenas a ponta do iceberg", diz ele. Comercializado atualmente entre R$ 3 e R$ 5 por quilo nos supermercados, o feijão poderá custar cerca de R$ 15 para os consumidores nos próximos meses, acrescenta. A alta ao consumidor deve chegar rápida porque, ao perceber o aumento de preço no campo, o varejo antecipa o reajuste de preços até para o produto adquirido com valores menores, diz Lüders. Essa alta brusca se deve a vários fatores, que vão desde a menor presença do governo nas compras do produto até os efeitos climáticos nas áreas de produção. A oferta de produto não acompanhou a demanda e deverá haver deficit de 13 milhões a 14 milhões de sacas no mercado. Desse volume, entre 3 milhões e 4 milhões de sacas terão de ser importadas da China, dos Estados Unidos e do Canadá. Parte do deficit vai ser compensada via preços. Ou seja, o produto vai subir até o valor que o consumidor estiver disposto a pagar. O consumo mensal brasileiro é de 5 milhões de sacas, e o brasileiro é um tradicional consumidor de feijão carioquinha, não encontrado no mercado externo. LEILÃO O cerne da alta do feijão começou em novembro, quando o governo deixou de fazer AGF (Aquisição do Governo Federal) da produção da primeira safra, diz Lüders. Devido aos preços baixos e ao estoque no mercado, o produtor reduziu a área de plantio na segunda safra. Na terceira safra -são feitas três ao ano-, o clima não foi favorável na Bahia e no Centro-Oeste. Agora, a quebra chega às lavouras de São Paulo. Para elevar a oferta no mercado, a CONAB fará um leilão hoje, mas "é um produto de baixa qualidade e tem mercado específico para cestas básicas", diz Vlamir Brandalizze, do Brandalizze Consulting. O problema das importações, segundo Lüders, é que o país tem alíquota de 10% para o produto vindo de fora do Mercosul, tornando-o ainda mais caro. Além disso, a entrada do feijão vai enfrentar a "morosidade da liberação do produto nos portos". Brandalizze diz que essa alta de preços ocorre em momento de reposição de estoques no varejo, mas a oferta será curta até dezembro. Parte da área já semeada nas últimas três semanas foi afetada pela seca e deve ser replantada. Além disso, com a valorização do milho e da soja, muitos produtores vão repensar o plantio de feijão, um produto de "alto risco". Missão em Londres(Curtas) - Valor Econômico O Brasil, maior produtor mundial de café, açúcar e suco de laranja, vai reabrir seu escritório de representação de commodities em Londres para elevar influência em organizações internacionais, informou a Bloomberg. O representante do país será o diplomata Marcos Pinta Gama, que já atuou nas embaixadas de Washington e de Santiago. O foco será atuar mais fortemente em instituições como a Organização Internacional do Café, a Organização Internacional do Açúcar e a Organização Mundial do Cacau. Exportação crescente Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização da ONU, as exportações brasileiras de commodities passaram de US$ 26,9 bilhões em 2001 para US$ 109,6 bilhões em 2008. A participação desses produtos nas exportações brasileiras aumentou de 46% em 2001 para 55% em 2008. "O Brasil quer elevar seu perfil e desenvolver sua própria agenda nessas organizações", disse Pinta Gama à Bloomberg. Café do Brasil na Indy II - Diário do Comércio A Fórmula Indy foi escolhida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), desde o ano passado, para ser uma grande "vitrine" de exposição dos produtos brasileiros, entre eles o café, cuja ação é coordenada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Tanto na temporada atual quanto em 2009, a marca Cafés do Brasil esteve presente em várias ações. Grãos de diversas origens brasileiras e vários drinques à base de café puderam ser degustados durante as corridas. Empresa defende criação do "Consecitrus" - Valor Econômico Além de investir em logística, no aumento da produção de suco de laranja não concentrado, na diversificação do portfólio de suco e nas parcerias que mantém com citricultores em São Paulo, a Louis Dreyfus Commodities está envolvida nas negociações com produtores independentes de laranja para a criação de um novo ambiente de negociações de preços de fornecimento da fruta para a produção da bebida que é - e será - seu carro-chefe nessa área de atuação. Em discussão pela cadeia produtiva paulista, responsável por 80% das exportações mundiais de suco de laranja, o "Consecitrus" - alusão ao Consecana, que norteia as negociações entre canavieiros e grupos sucroalcooleiros estabeleceria critérios técnicos, agronômicos e mercadológicos para a definição do preço da fruta. O objetivo é conferir transparência ao processo e diluir a crescente tensão entre citricultores e indústrias exportadoras de suco, também alimentada por investigações das autoridades antitruste sobre a suposta formação de cartel entre as quatro grandes empresas da área. "Mais do que um mecanismo de contrato, o "Consecitrus" deve ser um veículo de informação, de esclarecimentos e convergência de visões. Com isso, haverá condições para que a cadeia produtiva tome decisões em uma direção comum, e este é um fator de alinhamento que não tem preço", diz Henrique de Freitas, diretor-executivo da divisão LDC Juices, globalmente liderada por Kenneth C. Geld, presidente da Louis Dreyfus Commodities Brasil. Na opinião de Freitas, o estabelecimento do "Consecitrus" não significa que os citricultores independentes serão obrigadas a negociar segundo as bases ali definidas. "O produtor decidirá se seguirá ou não o modelo, mas ainda assim haverá um balizador de informações à disposição", afirma. Essas negociações entre indústrias e produtores envolvem contratos de fornecimento de prazo mais longo, a partir de uma safra. Seus defensores acreditam que a melhora das relações na cadeia não só diluiria as tensões de preços, mas ajudaria a controlar as crescentes ameaçadas fitossanitárias aos pomares paulistas, lideradas pela doença conhecida como greening. Também colaboraria para o estabelecimento de estratégias conjuntas para combater a queda da demanda global por suco de laranja e, no futuro, até para a expansão da demanda doméstica para o suco de laranja engarrafado vendido no varejo. (FL) Minas recebe o Programa Aplique Bem - Diário do Comércio Agricultores têm acesso às informações sobre o uso correto de defensivos . O Programa Aplique Bem completa neste mês três anos de trajetória e até outubro 14 cidades mineiras. O projeto é uma parceria entre a Arysta LifeScience e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Durante o treinamento, os agricultores terão acesso a informações sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas; a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a regulagem dos pulverizadores, reduzindo os riscos de impacto ambiental e à saúde humana. De acordo com o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) 56% das propriedades rurais do país, um total de 1,4 milhão, utilizam defensivos de forma inadequada, por isso os treinamentos pretendem atender e orientar essa demanda. Assim, com o programa, estima-se que o treinamento correto desses trabalhadores indica uma redução de 90% nos riscos de contaminação e prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana, além de colaborar economicamente com o produtor. "Desde o início do programa, a população rural atendida passou a valorizar mais o uso de equipamentos de segurança e a racionalizar o uso de insumos na agricultura. Os resultados foram ganhos econômicos e sociais para os agricultores que receberam o treinamento", ressaltou a Coordenadora de Stewardship e Registro da Arysta LifeScience, Líria Hosoe. Há três anos na estrada, o Tech Móvel já visitou cerca de 500 propriedades e treinou pelo menos 13 mil produtores em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A programação de visitas do Techi Móvel nas regões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é a seguinte: Araguari (hoje), Monte Carmelo (24), Coromandel (20 e 21), Patos de Minas (22 e 23), Ibiá (27), São Gotardo (28, 29 e 1º/10), Campos Altos (30), Patrocínio (4, 5/, 6, 7 e 08/10), Paracatu (13 e 14), Araxá (15), Perdizes (18), Santa Juliana (19), Uberaba (20 e 22) e Sacramento (21/10). Sediada em Tóquio, no Japão, a Arysta LifeScience é a maior empresa privada do mundo, no mercado de proteção de plantas e ciências da vida, com faturamento global de US$1,2 bilhões, em 2009, sendo cerca de US$ 300 milhões na Unidade de Negócios América do Sul. No Brasil, a Arysta LifeScience completou neste ano 42 anos de atuação. Executivo - Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - IMA - Minas Gerais Instituto Mineiro de Agropecuária Diretor Geral: Altino Rodrigues Neto ATO Nº 270/2010 REMOVE A PEDIDO, nos termos do art. 80, da Lei nº 869, de 05/7/1952, a servidora Luciana de Freitas Ferreira, masp 0977616-2, do município de Montes Claros para o município de Bocaiúva. ATO Nº 271/2010 DISPENSA, nos termos da Lei Delegada Nº 175, de 26 de janeiro de 2007, e o Decreto 44.467, de 16 de fevereiro de 2007 da Função Gratificada FGI-4, IM 229, a servidora Paula Brayner Souto Maior Lima, masp 1119174-9. ATO Nº 272/2010 NOMEIA, nos termos do inciso II do artigo 14 da Lei n.º 869, de 5 de julho de 1952, e tendo em vista a Lei Delegada nº 175, de 26 de janeiro de 2007, e o Decreto nº 44.467, de 16 de fevereiro de 2007, para o cargo de provimento em comissão de recrutamento limitado, DAl 15, IM 12, a servidora Paula Brayner Souto Maior Lima, masp 1119174-9. Atos da Diretora de Planejamento, Gestão e Finanças Eunice José dos Santos ATO Nº 165/2010 CONCEDE LICENÇA PATERNIDADE, nos termos do Inciso XIX do Artigo 7º combinado com o parágrafo 3º do art. 39 da CR/1988 e parágrafo 1º do art. 10 do ADCT/1988, por 05 (cinco) dias ao servidor José César Vidal, masp 1174571-8, a partir de 13-8-2010.