Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. RELATÓRIO E CONTAS 2015 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 1. Convocatória da Assembleia Geral 2. Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola de Ferreira do Alentejo 2.1. Estrutura de Governo Societário 2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola 2.3. Assembleia Geral 2.4. Conselho de Administração 2.5. Órgãos de Fiscalização 2.5.1. Conselho Fiscal 2.5.2. Revisor Oficial de Contas 2.6. Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização (DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, CRL.) 2.7. Política de Remuneração de Colaboradores 3. Enquadramento Macroeconómico 3.1. Economia Internacional 3.2. Economia Nacional 3.3. Mercado Financeiro 3.4. Principais Riscos e Incertezas para 2016 3.5. Crédito Agrícola: Evolução Recente 4. Introdução 5. Atividade e Evolução da CCAM de Ferreira do Alentejo 5.1. Recursos alheios 5.2. Financiamentos 5.3. Análise dos principais Rácios 5.4. Recursos Próprios e Resultados 5.5. Evolução das Principais Rúbricas 5.6. Movimento dos Sócios durante o Ano de 2015 6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício 7. Considerações Finais 8. Documentos Contabilísticos e Mapas Anexos 8.1 . Demonstrações Financeiras Individuais 8.1.1.Balanço 8.1.2.Demonstração de Resultados 8.1.3.Demonstração de Alterações no Capital Próprio 8.1.4.Demonstração do Rendimento Integral 8.1.5.Demonstração dos Fluxos de Caixa 2 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.2 . Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais 9. PARECER DO CONSELHO FISCAL 10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 3 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 1. 4 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 2. Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola de Ferreira do Alentejo 2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário Composição da Mesa da Assembleia Geral (triénio 2013/2015) Presidente: Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira Vice-Presidente: Eduardo José Pereira de Carvalho 5 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Secretário: Manuel Sobral Duarte Composição actual da Mesa da Assembleia Geral (triénio 2016-2018) Presidente: Luís António Pita Ameixa Vice-Presidente: José da Palma Guerreiro Secretário: Francisco Páscoa Niza Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. No triénio 2013/ 2015 o Conselho de Administração foi composto por 3 membros. 6 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Composição do Conselho de Administração Presidente: Josué Cândido Ferreira dos Santos Vogal: José da Palma Guerreiro Vogal: Alexandre Maria Sobral Machado Actualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o triénio 2016/ 2018. Composição do Conselho de Administração Presidente: Josué Cândido Ferreira dos Santos Vogal: Alexandre Maria Sobral Machado Vogal: António Manuel Dias Conduto Revez Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindolhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. Reuniões do Conselho de Administração 7 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 4 vezes por mês, tendo realizado um total de 54 reuniões em 2015. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma: Presidente: Josué Cândido Ferreira dos Santos Vogal: Alexandre Maria Sobral Machado Vogal: António Manuel Dias Conduto Revez 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento. 2.5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente. Composição do Conselho Fiscal (triénio 2013/2015) Presidente: Albano da Rocha Fialho Vogal: Francisco Páscoa Niza Vogal: José Lourenço Manguito Suplente: Nuno Filipe Paiva Bidarra de Carvalho Pancada Suplente: António Augusto Narciso Fragoso 8 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Composição atual do Conselho Fiscal (triénio 2016/2018) Presidente: Albano da Rocha Fialho Vogal: Vera Cristina Chacoto Piedade Vogal: José Coroa Gulipa Dias Frazão Suplente: Nuno Filipe Paiva Bidarra de Carvalho Pancada Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por mês, tendo realizado, em 2015, um total de 12 reuniões. 2.5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato do Revisor Oficial de Contas foi de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo: Efectivo: ISABEL PAIVA, MIGUEL GALVÃO & ASSOCIADOS, SROC, LDA. Representada por: João Miguel Pinto Galvão, ROC n.º 587 Suplente: José Luís Guerreiro Nunes, ROC n.º 1098 2.6. Política de remuneração 2.6.1. Em 31 de Março de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. A referida Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição está alinhada com as remunerações fixadas em 16 de Junho de 2010 em Assembleia Geral Extraordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo. 2.6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. 9 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, CRL Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos: a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a nova redacção do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014. 2. PRINCÍPIOS GERAIS Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. 10 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos: a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS 11 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: 5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”). 5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração. 12 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 7. REMUNERAÇÕES PAGAS Assim se divulgam, de acordo com o estabelecido no artigo 3.º da Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho, as remunerações auferidas pelos respectivos Órgãos e elementos em 2015: Conselho Fiscal Presidente do Conselho Fiscal Vogal do Conselho Fiscal Vogal do Conselho Fiscal Fixa 1.633,92 € 1.633,92 € 1.497,76 € Remuneração Variável - € - € - € Total 1.633,92 € 1.633,92 € 1.497,76 € 4.765,60 € Conselho de Administração Presidente do Conselho de Administração Vogal do Conselho de Administração Vogal do Conselho de Administração Fixa 49.560,56 € 38.123,54 € 7.216,48 € Remuneração Variável - € - € - € Total 49.560,56 € 38.123,54 € 7.216,48 € 94.900,58 € Revisor Oficial de Contas Fixa Revisor Oficial de Contas 8.856,00 € Remuneração Variável Total - € 8.856,00 € 8.856,00 € 13 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 2.7.Política de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui 1 hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. 4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores. 5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. 6. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato. 7. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir. 8. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2015 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Colaboradores Fixa 65.072,16€ Remuneração Variável 0.00 € Total 65.072,16 € 14 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 3.1 ECONOMIA INTERNACIONAL Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 evoluções distintas. Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetária0 s acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em 2015. Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas. Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central 15 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme). Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento. Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). 16 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas. Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente. 17 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 3.2.ECONOMIA NACIONAL Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015 Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro. Indicadores macroeconómicos (2013-2015) Procura Externa EUR/USD Taxa de Câmbio Preço do Petróleo (euros) tav tav tav 2013 1,3 3,1 -4,1 Produto Interno Bruto Consumo Privado Consumo Público Formação Bruta de Capital Fixo Exportações Importações tav tav tav tav tav tav -1,4 -1,7 -1,8 -6,6 6,1 2,8 0,9 2,1 -0,7 2,3 3,4 6,2 1,6 2,7 0,1 4,8 5,3 7,3 tav vma tav % tav tav tav 0,4 4,5 n.d. 16,2 n.d. 2,6 1,7 0,7 6,9 2,3 13,9 -1,3 2,1 1,1 0,6 7,0 0,8 11,8 0,0 2,4 1,6 % % % % 0,37 0,29 1,93 6,13 0,16 0,21 0,54 2,69 0,05 0,00 0,53 2,41 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor Taxa de Poupança (%) Empregabilidade (sector privado) Taxa de Desemprego Remunerações por Trabalhador (sector privado) Balança Corrente e de Capital (%PIB) Balança de Bens e Serviços (%PIB) Taxa de referência do BCE (média) Euribor 3 meses (média) Yield das OT Alemãs 10 anos (média) Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) 2014 4,6 0,1 -9,5 2015E 3,9 -6,4 -29,7 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual 18 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA. O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis. A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração. Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016) O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015. 19 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco. A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem. Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia. 3.2.1.Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014). 20 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Depósitos de particulares Valores em mil milhões euros 10,1% Depósitos totais de clientes 3,9% 2,3% 2,4% 3,1% 1,5% 1,5% 129 129 131 133 138 2011 2012 2013 2014 2015 600 500 -3,8% 400 300 + 200 162 156 163 159 168 Depósitos de empresas 100 0 2011 2012 3,8% 0,1% 700 2013 Volume de depósitos Fonte: Banco de Portugal 2014 6,3% 3,0% 0,2% 2015 -14,7% -19,0% Variação homóloga 33 27 29 30 30 2011 2012 2013 2014 2015 Variações homólogas YoY (12 meses) 3.2.2.Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015) Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (3,6%), ambos em termos homólogos. Valores em mil milhões euros Crédito a particulares Crédito bruto total -2,3% -3,6% -4,9% -4,5% -8,8% -2,8% -4,2% -5,9% -5,3% -7,9% 150 142 136 124 119 2011 2012 2013 2014 2015 + 265 249 236 210 201 2011 2012 2013 2014 2015 Crédito a empresas -3,5% Volume de crédito Fonte: Banco de Portugal -7,2% -6,3% -5,0% -13,9% Variação homóloga 115 107 100 86 82 2011 2012 2013 2014 2015 Variações homólogas YoY (12 meses) 21 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país. Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015 Particulares 5.825 Aveiro 1.323 Beja 6.477 Braga 924 Bragança 1.492 Castelo Branco 3.975 Coimbra 1.748 Évora 5.004 Faro 905 Guarda 4.309 Leiria 43.432 Lisboa 903 Portalegre 17.694 Porto 4.179 Santarém 9.618 Setúbal 1.697 Viana do Castelo 1.371 Vila Real 2.576 Viseu 2.728 Reg. Autónoma Açores 3.046 Reg. Autónoma Madeira 119.226 Total Crédito Empresas 2.985 445 3.805 238 410 1.276 708 1.722 287 2.528 45.766 329 12.765 1.513 2.104 644 332 1.020 1.161 1.552 81.590 Total 8.810 1.768 10.282 1.162 1.902 5.251 2.456 6.726 1.192 6.837 89.198 1.232 30.459 5.692 11.722 2.341 1.703 3.596 3.889 4.598 200.816 Var. 2014/2015 Peso total % Particulares Empresas 4,4% -4,3% -3,9% 0,9% -4,4% -9,9% 5,1% -3,2% 1,1% 0,6% -4,6% -2,1% 0,9% -4,7% -4,2% 2,6% -3,6% -2,0% 1,2% -0,8% -4,3% 3,3% 0,0% -10,9% 0,6% -3,8% -2,0% 3,4% -3,3% -2,8% 44,4% -3,3% -5,5% 0,6% -4,7% 1,9% 15,2% -4,7% -1,6% 2,8% -1,0% 0,4% 5,8% -2,9% 4,7% 1,2% -5,6% -0,5% 0,8% -6,5% -12,9% 1,8% -3,0% -23,0% 1,9% -5,4% -14,6% 2,3% -8,9% -25,6% 100% -3,6% -5,0% Total -4,2% -5,9% -1,7% -4,1% -4,6% -3,2% -1,8% -3,0% -3,4% -3,1% -4,4% -3,1% -3,4% -0,7% -1,6% -4,2% -7,8% -9,6% -8,4% -15,3% -4,2% Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105 Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido % Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5% Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4% Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7% 119.226 -3,6% 100% 4,2% Total Fonte: Banco de Portugal 22 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Valores em milhões de euros Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015 Actividade económica Var. Dez. 2014/2015 Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4% Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3% Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4% Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1% Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4% Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7% Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9% Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7% Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6% Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0% Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6% Outros Total -10,1% 12.909 15,8% 8,6% -5,0% 81.591 100% 15,4% Fonte: PIN Mercado 3.3.MERCADOS FINANCEIROS No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013. Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis 23 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública. Mercados de dívida 3,5 Reunião Fed 3 Abrandono negociações Mercados acionistas 160% Referendo e controlo de capitais 150% 2,5 140% 2 130% 1,5 120% 1 110% 0,5 100% Black Monday Escândalo VW 90% Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50 Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p. O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%. Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE. No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p.. No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de acções por 24 dezembro 15 novembro 15 outubro 15 setembro 15 agosto 15 julho 15 junho 15 maio 15 abril 15 março 15 fevereiro 15 80% janeiro 15 dezembro 15 novembro 15 outubro 15 setembro 15 agosto 15 julho 15 junho 15 maio 15 abril 15 março 15 fevereiro 15 janeiro 15 0 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities. Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro. No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica. Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE. Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo. Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa. O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países. No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em 25 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano. Cotação do Brent e WTI 80 60000 70 1,3 1,25 1,2 50000 60 USD 40000 30000 1,15 1,1 50 1,05 40 20000 1 OPEC Não OPEC 0,95 EUR/USD Brent Crude (WTI) A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%. Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD. Principais focos em 2016: A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%. Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016. 1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares. 26 dezembro 15 novembro 15 outubro 15 setembro 15 agosto 15 julho 15 junho 15 maio 15 abril 15 março 15 0,9 fevereiro 15 setembro 15 novembro 15 maio 15 julho 15 março 15 janeiro 15 setembro 14 novembro 14 maio 14 julho 14 março 14 janeiro 14 setembro 13 novembro 13 maio 13 julho 13 março 13 janeiro 13 setembro 12 novembro 12 maio 12 20 julho 12 0 março 12 30 janeiro 12 10000 janeiro 15 '000 barris/dia Produção total de petróleo 70000 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016. 3.4. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016 O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3.5. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE RESULTADO E BALANÇO 3.5.1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) 2 European Securities and Markets Authority 27 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados. Balanço Em milhares de euros Activo Aplicações em Inst. de Crédito e disp. Crédito a Clientes (líquido) Crédito a Clientes (bruto) Imparidades Aplicações em Títulos (líquido) Activos Não Correntes Detidos para Venda Outros Activos Total Activo Passivo + Capital Recursos de bancos centrais e OIC's Recursos de Clientes Outros Passivos Subordinados Outros Passivos Total Passivo Capitais Próprios Total do Capital Próprio + Passivo 2014 2015 Variação Abs. % 501.641 421.057 -80.584 -16,1% 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4% 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5% 837.401 873.773 36.372 4,3% 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4% 429.010 445.441 16.431 3,8% 748.529 885.955 137.426 18,4% 13.266.600 13.056.712 -209.888 1.116.382 10.620.337 142.534 219.011 12.098.264 1.168.335 13.266.600 -1,6% 625.817 -490.565 -43,9% 10.969.821 349.485 3,3% 120.409 -22.125 -15,5% 168.118 -50.893 -23,2% 11.884.166 -214.098 -1,8% 1.172.546 4.211 0,4% 13.056.712 -209.887 -1,6% Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação Abs. % 2014 2015 Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares 457.014 208.789 400.181 155.052 -56.833 -53.737 -12,4% -25,7% Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2% Comissões líquidas Resultado de operações financeiras Outros resultados de exploração 128.522 171.767 5.864 130.193 101.989 25.445 1.671 -69.778 19.581 1,3% -40,6% 333,9% Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3% Custos de estrutura Custos de pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações 300.475 164.986 121.298 14.190 300.838 166.516 121.152 13.170 363 1.529 -146 -1.021 0,1% 0,9% -0,1% -7,2% Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8% Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9% Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1% Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131% Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o 28 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente. Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%. O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%. Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros) 56,5 41,3 24,5 1,5 2012 2013 2014 2015 Valores em milhões de euros Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15 Caixas Associadas 9 18 28 50 Caixa Central 13 1 2 5 SICAM (Consolidado) 22 20 31 57 Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo. 29 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% 251 248 245 -3 -1,2% Comissões líquidas 132 129 130 2 1,3% Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0% Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4% Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9% Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3% Margem Financeira *excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente: i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas; ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações; iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos. É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas. 30 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central 2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26% 2,13% 2,04% 1,89% 1,78% 1,66% 1,53% 1,40% 1,25% 0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12% dez-14 jan-15 0,06% 0,05% fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 0,05% jul-15 Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05% ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 Euribor 6 meses Euribor 3 meses Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício. Valores em milhões de euros Caixas Associadas Margem Financeira Comissões Líquidas Res. Op. Financeiras Margem Complementar Produto Bancário 263 109 1 32 404 Caixa Central -18 22 98 116 100 SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503 Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%. Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Custos de Estrutura Valores em milhões de euros, excepto percentagens 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% 0,1% 302 300 301 0,4 Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9% Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1% 15 14 13 -1,0 -7,2% Amortizações 31 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens Correcção de valor em crédito de clientes Imparidade de outros activos 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% 106 160 101 -59 -37% 44 40 26 -14 -36% Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37% Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4% 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. - Rácio de cobertura do crédito vencido Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria. Evolução da carteira de crédito Crédito total sobre clientes Crédito e juros vencidos Valores em milhões de euros, excepto percentagens 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% 8.199 8.147 8.430 282 3,5% 658 672 668 -4 -0,5% Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014). Evolução do Activo Líquido (em milhões de euros) 13.748 13.267 13.057 12.969 2012 2013 2014 2015 O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 32 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%). Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5% Imparidades 707 837 874 36 4,3% 7.492 7.310 7.556 246 3,4% Crédito líquido O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros. Valores em milhões de euros Activo Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219 Caixa Central 6.020 5.765 255 SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173 É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal. 33 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Valores em milhões de euros, excepto percentagens Evolução do crédito e recursos de clientes 2013 2014 2015 Δ Abs. Δ% 7.492 7.310 7.556 246 3,4% Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3% Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. - Crédito a Clientes 3.5.2.Outros Factos Relevantes Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: • O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; • O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; • A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; • O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”; 34 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 • A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola. Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais. A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B. O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”. Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014. No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015. A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do 35 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola. Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%). No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação. Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas: • “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e • “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa. O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook. 36 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos. Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como: • Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; • Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em motociclismo; • João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; • Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes; • 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta; • Entre outros eventos e atletas. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris. 37 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 4. INTRODUÇÃO O olhar sobre o ano de 2015 não pode ser separado do contexto económico e financeiro que caracterizou os últimos anos. De acordo com Sr. Governador do Banco de Portugal (BdP): “A situação do sistema bancário em 2010 refletia o prosseguimento ao longo de mais de uma década de uma política em que o sistema bancário acumulou risco subprovisionado e imparidades insuficientes.”3. Tal diagnóstico assenta num conjunto de elementos de natureza estatística que traduzem ao tempo uma realidade preocupante, balizada entre os elevados níveis de endividamento e o reduzido provisionamento da banca em geral, da qual os anos seguintes vieram a dar testemunho. Efetivamente, nos anos seguintes marcados pela crise, o sistema bancário foi obrigado a ajustar-se decorrendo desse ajustamento a necessidade de aumento dos seus capitais. Processo que, apesar dos progressos feitos, ainda hoje não apresenta contornos totalmente definidos. Esta situação, na presença do novo quadro de supervisão, convoca um conjunto de desafios ao sistema financeiro português que procuram articular a salvaguarda do próprio sistema com um impacto na promoção do crescimento económico. Por outro lado, o ano de 2015 continuou a ser um ano marcado pelos elevados níveis de incumprimento, com particular relevo para o segmento de crédito a consumidores tendo mesmo sido registado de agravamento do seu rácio. Um aspeto que merece observação tem a ver com a antiguidade do incumprimento. De acordo com o BdP “A antiguidade do incumprimento mantém-se em níveis elevados, com o crédito vencido há mais de 3 anos a representar já metade do total dos montantes vencidos”4. É por isso compreensível que o enfoque seja dirigido para o reforço da prevenção das situações de incumprimento. Medida emblemática desta realidade foi o regime jurídico do crédito aos consumidores que embora em vigor há mais de 5 anos ainda continua a ser alvo algumas dificuldades de aceitação prática dos clientes, mas que conduziu a 3 Desafios para o sistema financeiro e competitividade da economia – Comunicação de Carlos da Silva Costa (Governador do Banco de Portugal) na Conferência do ISEG subordinada ao tema “Renovar o modelo competitivo em Portugal”, em 06 de janeiro de 2016. 4 Mercado de crédito aos consumidores: Evolução recente e principais desafios – Comunicação de Maria Lúcia Leitão (Diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal) na Conferência Anual da ASFAC, em 03 de dezembro de 2015. 38 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 uma inegável melhoria naquilo a que chamamos a concessão responsável de crédito a consumidores. Sublinhados os principais traços caraterizadores da nossa actividade, é com total serenidade e confiança no trabalho que desenvolvemos diariamente junto dos nossos associados e clientes que submetemos à apreciação as contas relativas ao ano económico de 2015. 39 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 5. ACTIVIDADE E EVOLUÇÃO DA C.C.A.M. Nos quadros seguintes podemos encontrar com detalhe as variações mais significativas nos elementos que contribuíram para a formação do resultado do exercício, bem como, as oscilações mais relevantes nas estruturas de activos, passivos e capitais, em comparação com o período homólogo. Evolução da actividade da CCAM Rubrica 2014-12-31 Juros de Crédito * 1.148.290 € Juros de Aplicações Caixa Central * 314.510 € Juros de Recursos de Clientes * Valores em Euros Variação período 2015-12-31 homólogo 1.181.304 € 2,88 % 266.997 € -15,11 % -38,07 % 332.674 € 206.037 € 1.129.312 € 1.238.264 € 9,65 % 487.720 € 479.749 € -1,63 % 31.246 € 3.560 € -77,25 % 1.633.358 € 1.722.270 € 5,44 % 728.138 € 717.946 € -1,40 % 505.625 € 512.822 € 1,42 % G.G.A. - Com fornecimentos (710) 49.972 € 50.792 € 1,64 % G.G.A. - Com avenças e honorários (71180) 70.266 € 78.766 € 12,10 % Margem Financeira Saldo de Comissões Outros Resultados de Exploração Produto Bancário Custos com Pessoal G.G.A. - Com serviços (711) Gastos Gerais Administrativos Custos de Funcionamento 555.598 € 563.614 € 1,44 % 1.283.737 € 1.281.560 € -0,17 % Resultado Bruto de Exploração 259.105 € 396.254 € 52,93 % Provisões e Imparidades 941.360 € -787.482 € -183,65 % -646.044 € 840.255 € -230,06 % Resultado Líquido Dados de Estrutura Rubrica Disponibilidades e Aplicações Crédito a Clientes (Bruto) Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Crédito a Clientes (Líquido) Total Crédito Vencido Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido Crédito Vencido + 90 Dias Grau de Cobertura do C.V. por Provisões Crédito Vencido + 90 Dias / Total Crédito Vencido Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) Provisões e Imparidades Acum. Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) Total Activo Líquido Recursos de Clientes e Outros Empréstimos Situação Liquida Passivo + Situação Líquida Fundos Próprios Totais (*) 2014-12-31 18.541.450 € 25.483.366 € 3.047.744 € 22.435.621 € 3.975.601 € Valores em Euros Variação período 2015-12-31 homólogo 18.937.266 € 2,14 % 23.433.140 € -8,05 % 2.140.253 € -29,78 % 21.292.887 € -5,09 % 2.616.744 € -34,18 % 2.980.936 € 2.140.242 € -28,20 % 3.839.739 € 74,98 % 2.483.452 € 81,79 % 94,91 % -35,32 % 9,08 % -1,73 % 3.890.171 € 163.058 € 3.727.112 € 47.867.186 € 36.181.511 € 10.404.001 € 47.867.186 € 9.734.256 € 57,68 % 60,01 % 57,58 % 1,70 % -1,78 % 8,51 % 1,70 % 0,40% 96,58 % 2.467.118 € 101.904 € 2.365.213 € 47.068.954 € 36.837.068 € 9.588.173 € 47.068.954 € 9.697.398 € 40 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Chamamos a atenção para a rubrica de Disponibilidades e Aplicações em instituições de crédito, atingiram em 2015 o valor de 18.937.266 euros, traduzindo um aumento de 2,14% comparativamente a 2014. Indicadores de Rentabilidade Rácio Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio Custos com Pessoal / Activo Líquido F.S.Terceiros / Activo Líquido Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 2014-12-31 2,53 % 1,09 % 3,65 % 1,33 % 1,18 % -1,45 % 2015-12-31 2,74 % 1,06 % 3,81 % 1,29 % 1,18 % 1,86 % Rend. Méd. Caixas Agrícolas 2,16 % 0,89 % 3,32 % 1,02 % 0,82 % 0,41 % 5.1. Recursos Alheios A rúbrica de recursos de clientes sob a forma de depósitos à ordem, depósitos a prazo e poupanças, registou durante o exercício de 2015 um ligeiro decréscimo (-1,78%) face a 2014. Actividade Comercial (Recursos) Indicador Recursos de Clientes e Outros Empréstimos Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management) Seguros de Capitalização CA Vida TOTAL 2014-12-31 36.837.068 € 170.470 € 2015-12-31 36.181.511 € 328.430 € Variação período homologo -1,78 % 92,66 % 93.102 € 231.930 € 149,11 % 8.919.209 € 46.019.851 € 9.345.909 € 46.087.781 € 4,78 % 0,15 % 5.2. Financiamentos O total de empréstimos no final de 2015 sofreu um decréscimo de 7,92% relativamente ao período homólogo. Financiamentos Rácio Crédito Total Crédito Total/Depósitos 2014-12-31 25.330.082 € 68,97 % 2015-12-31 23.323.830 € 64,54 % Variação período homólogo -7,92 % -6,42 % 5.3. Análise dos Principais Rácios No decorrer do exercício de 2015, o Crédito Vencido Liquido ponderado sobre o Crédito Total Líquido, registou uma redução significativa face a 2014 tal como o Crédito Vencido Bruto há mais de 90 dias ponderado sobre o Crédito Total. 41 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Chamamos a atenção para o Rácio de Solvabilidade (36,00 %), confortavelmente acima do mínimo de referência. O Rácio de Transformação (64,54%) encontra-se dentro do limite recomendado. O Rácio de Produtividade (Produto Bancário/ Nº de Empregados) é de 132.482 euros, muito acima do valor mínimo recomendado. O Rácio de Eficiência (76,99%) regista valores acima dos valores de referência. Rácios Normativo Caixa Central Rácio Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total Rácio de Eficiência Produtividade: Activo Líquido/Nº Empregados Produto Bancário/Nº Empregados Comissões Líquidas/Produto Bancário Garantias obtidas para o crédito concedido Rácio de Solvabilidade Rácio de Transformação Orientação ≤ 3% ≤ 5% <60% > € 3.000.000 > € 110.000 > 20% Reais> 65% ≥ 8% <85% 2014-12-31 4,50 % 15,16 % 84,14 % 2015-12-31 2,27 % 10,65 % 76,99 % Variação período homólogo -49,56 % -29,75 % -8,50 % 3.620.688 € 125.642 € 29,86 % 82,94 % 36,30% 68,97 % 3.682.091 € 132.482 € 27,86 % 83,59 % 36,00% 64,54 % 1,70 % 5,44 % -6,70 % 0,78 % 0,3 p.p -6,42 % 5.4. Recursos Próprios e Resultados A C.C.A.M. de Ferreira do Alentejo, Crl. apresenta no fim do exercício de 2015, após dedução das Amortizações, Provisões e Impostos sobre os Lucros, um Resultado Líquido de 840.255,42 euros. A situação líquida ascende hoje a 10.404.000 euros, o que reflecte, a solidez económica e financeira da instituição. 42 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 5.5. Evolução das Principais Rúbricas RECURSOS ALHEIOS DEPÓSITOS À ORDEM DEPÓSITOS A PRAZO DEPÓSITOS TOTAIS Montante 17.063.066 Evolução % -3,80% Montante 24.810.874 Evolução % Montante Evolução % FINANCIAMENTOS E APLICAÇÕES CRÉDITO CONCEDIDO (Líquido) APLICAÇÕES EM INST. DE CRÉDITO 2011 Montante 2012 2013 16.877.353 -1,09% 14.054.607 -16,73% 23.446.662 21.253.153 2014 (Euros) 2015 16.111.916 14,64% 16.737.689 3,88% 20.612.851 19.399.516 0,17% -5,50% -9,36% -3,01% -5,89% 41.873.940 40.324.015 35.307.760 36.724.767 36.137.205 -1,49% -3,70% -12,44% 4,01% -1,60% 2011 2012 2013 2014 2015 30.727.175 28.237.363 25.381.643 22.435.622 21.292.887 Evolução % -5,03% Montante 16.429.795 Evolução % -7,57% -8,10% 17.063.809 3,86% -10,11% 12.813.693 -24,91% -10,11% 16.952.210 32,30% -5,09% 17.595.922 3,80% 43 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 RECURSOS PRÓPRIOS OU EQUIPARADOS 2011 2012 2013 2014 2015 CAPITAL SOCIAL 7.231.820 7.658.755 7.875.820 7.876.530 7.890.770 RESERVAS 2.265.852 2.385.933 2.358.676 2.368.994 2.285.068 RESULTADOS TRANSITADOS -11.306 -11.306 -11.306 -11.306 -612.093 RESULTADOS 561.388 291.876 14.512 -646.045 840.255 SITUAÇÃO LIQUIDA TOTAL Montante Evolução % 10.047.754 10.325.258 10.249.008 9.588.173 10.404.001 5,70% 2,76% -0,74% -6,45% 8,51% 44 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 5.6. Movimento dos Sócios durante o Ano de 2015 - Sócios existentes em 31.12.2014 ........ ........ 2.431 - Admitidos durante o ano de 2015 ........ ........ 23 ........ ........ 2.454 Soma - Sócios falecidos ..................................... - Sócios demitidos a seu pedido - Sócios anulados ........ ........ 7 ..................................... 0 Soma ........ ........ SÓCIOS EXISTENTES EM 31.12.2015 ASSOCIADOS EVOLUÇÃO 4 11 2.443 2011 2012 2013 2014 2.495 0 2.461 -1,36% 2.458 -0,12% 2.431 -1,10% 2015 2.443 2.443 0,49% 2.500 2.480 2.460 2.440 Série1 2.420 2.400 2.380 Série1 1 2.495 2 2.461 3 2.458 4 2.431 5 2.443 45 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO De acordo com o estipulado nos estatutos e demais legislação em vigor, é intenção do Conselho de Administração da C.C.A.M. de Ferreira do Alentejo, Crl. propor à Digníssima Assembleia Geral que relativamente ao Exercício de 2015 o Resultado Liquido de €840.255,42 (Oitocentos e quarenta mil duzentos e cinquenta e cinco euros e quarenta e dois cêntimos), tenha a seguinte distribuição: Resultados Transitados............................... €612.092,66 Reserva Legal ........................................... €223.162,76 Reserva para Educação e Formação…..…… €2.500,00 Reserva para Mutualismo …………………. €2.500,00 Total:..................................................... €840.255,42 Solicita-se à Assembleia Geral que da Reserva Legal seja transferida a verba de €159.230,00 para Capital Social, sendo reconvertida em 31.846 títulos de capital de valor nominal de €5,00 em nome da CCAM. Propõe-se que seja aprovada a verba de €-10.841,00 inscrita em “Diferenças por Alterações de Políticas Contabilísticas”, para Resultados Transitados Aprovados. Ferreira do Alentejo, 24 de Fevereiro de 2016 O Conselho de Administração Josué Cândido Ferreira dos Santos Alexandre Maria Sobral Machado António Manuel Dias Conduto Revez 46 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Terminado o ano de 2015 é, uma vez mais, tempo de lembrar todos os que, com o seu empenho e entrega permitiram garantir a estabilidade económica desta Organização. Em primeiro lugar destacaremos os nossos associados e depositantes. A eles, um muito obrigado pela sua preferência e dedicação. Continua esta Caixa Agrícola a ser servida por um quadro de empregados excelentes, unidos num esforço comum em prol da instituição, com empenho e dedicação exemplares, recetivos à inovação, com a finalidade de melhor servir os associados e clientes e simultaneamente na procura constante da melhoria dos indicadores da instituição que servem, a todos um agradecimento reconhecido pelo seu profissionalismo e colaboração. A todas as entidades com quem contactamos, nomeadamente: IFAP, Banco de Portugal, Cartório Notarial, Conservatória do Registo Civil e Predial e Repartição de Finanças, o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo agradece reconhecidamente. Igualmente uma palavra de muito apreço ao digníssimo Conselho Fiscal, pela forma empenhada, dedicada, e de convergência crítica no apoio ao Conselho de Administração. A todos o nosso obrigado e a certeza de que tudo faremos para o engrandecimento da Caixa. Ferreira do Alentejo, 24 de fevereiro de 2016 O Conselho de Administração Josué Cândido Ferreira dos Santos Alexandre Maria Sobral Machado António Manuel Dias Conduto Revez 47 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 2015 48 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.1.1.Balanço Balanço em Base Individual NCA CCAM de Ferreira do Alentejo Ano: 2015 Mês: Dezembro BALANÇO Valores em Euros Valor Bruto Notas 1 Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 Activos financeiros detidos para negociação 7 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 Activos financeiros disponíveis para venda 9 Aplicações em instituições de crédito 10 Crédito a clientes 11 Investimentos detidos até à maturidade 12 Activos com acordo de recompra 13 Derivados de cobertura 14 Activos não correntes detidos para venda 15 Propriedades de investimento 16 Outros activos tangíveis 17 Activos intangíveis 18 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 Activos por impostos correntes 20 Activos por impostos diferidos 20 Outros activos 21 Total de Activo Passivo Recursos de bancos centrais 22 Passivos financeiros detidos para negociação 23 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 Recursos de outras instituições de crédito 25 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 Responsabilidades representadas por títulos 27 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 Derivados de cobertura 14 Passivos não correntes detidos para venda 29 Provisões 30 Passivos por impostos correntes 20 Passivos por impostos diferidos 20 Instrumentos representativos de capital 31 Outros passivos subordinados 32 Outros passivos 33 Ano Provisões, imparidade e amortizações 2 342.990 998.354 1.500 Valor líquido Ano anterior 3=1-2 342.990 998.354 443.995 1.084.470 0 17.012.986 22.435.622 273.727 17.595.922 23.433.140 2.140.253 272.227 17.595.922 21.292.887 3.890.171 163.058 3.727.112 2.365.214 1.901.114 125.299 2.355.186 1.362.506 125.299 0 327.041 450.995 0 34.136 538.608 0 2.355.186 0 327.041 416.859 557.207 0 2.236.843 5.053 539.345 388.219 51.693.938 3.826.752 47.867.186 47.068.954 598.417 36.181.511 11.271 36.837.069 193.808 75.300 4.906 202.085 5.110 409.243 425.246 37.463.186 37.480.781 35 35 36 36 36 7.890.770 7.876.530 -52.028 1.725.003 -21.938 2.379.626 36 840.255 -646.045 Total de Capital 10.404.001 9.588.173 Total de Passivo e Capital 47.867.186 47.068.954 Total de Passivo Capital Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Acções próprias Resultado do exercício Dividendos antecipados 49 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.1.2. Demonstração de Resultados Valores em Euros RUBRICA Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares MARGEM FINANCEIRA Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) Resultados de reavaliação cambial (líquido) Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração PRODUTO BANCÁRIO Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS Impostos Correntes Diferidos RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Notas 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 17 e 18 30 30 30 30 20 20 2015 2014 1.448.605 210.341 1.238.264 1.404 525.611 45.863 1.463.641 334.329 1.129.312 1.403 534.337 46.617 697 -147.085 149.242 1.722.270 717.946 563.614 44.456 -8.277 -869.862 677 -17.000 31.247 1.633.359 728.139 555.599 90.517 -12.946 945.777 221 90.436 1.183.736 343.481 131.380 212.101 840.255 -9.809 18.339 -682.256 -36.211 14.390 -50.601 -646.045 50 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.1.3. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 8.1.4. DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. 51 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.1.5 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 52 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 8.2. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 2015 53 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 1. INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de Ferreira do Alentejo) é uma instituição de crédito constituída em 22 de junho de 1913 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Avenida General Humberto Delgado, n.º 40, em Ferreira do Alentejo e através de uma rede de 2 balcões situados nos concelhos de Ferreira do Alentejo e Alvito. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. 54 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de fevereiro e nº 12/2005 de 30 de dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de dezembro de 2011. Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de dezembro de 2015, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Direção da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96. Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. Com o objetivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras proforma). 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência 55 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: 56 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - iii) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos ativos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com exceção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a 57 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros ativos e passivos financeiros Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a 58 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. 59 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2013, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de zero Euros, descritos na Nota 32. vi) Imparidade em ativos financeiros A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados. No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os 60 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros transacionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: • As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor refletidas em resultados. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objetivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à atividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspetos: • Objetivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efetuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efetuados testes de eficácia prospetivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a 61 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 cobertura é eficaz, a Caixa reflete igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é refletido em rubricas de “Resultados em ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são refletidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no ativo e passivo, respetivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são refletidas nas rubricas onde se encontram registados esses ativos e passivos. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: • Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objetivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objetivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são refletidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros ativos tangíveis Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio Despesas em edifícios arrendados Equipamento informático e de escritório Mobiliário e instalações interiores Viaturas 50 10 4 a 10 6 a 10 4 62 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Ativos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da Caixa. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Ativos tangíveis disponíveis para venda Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: • A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do ativo nesta rubrica. Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o setor bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes 63 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiuse a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do 64 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício. m) Locação financeira Os ativos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 65 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 3. INTRODUÇÃO DA S NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global positivo/ negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de janeiro de 2007 no montante de 0 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos: Valor Bruto Impacto Fiscal Valor Líquido Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com o PCSB 6.001.715 Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 Activos intangíveis IAS 38 Responsabilidades com pensões IAS 19 Prémio de antiguidade IAS 19 Encargos com saúde IAS 19 Impostos diferidos IAS 12 Provisões IAS 37 Activos detidos para venda IFRS 5 (…) Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital Diferimento de comissões associadas a operações de crédito Reavaliação de instrumentos financeiros derivados De cobertura De negociação Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura Mais valias potenciais Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizado IAS 39 (…) - - - - Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com as NCA 6.001.715 4. RELATO POR SEGMENTOS Não aplicável 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras 31-12-2015 31-12-2014 341.804 1.186 342.990 442.991 1.004 443.995 Depósitos à Ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a receber 342.990 443.995 66 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades 31-12-2014 819.428 178.902 985.814 98.533 998.330 1.084.348 24 122 998.354 1.084.470 Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Sucursais de outras instituições de créditos nacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Outras instituições de crédito Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não Aplicável 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 67 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 9. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Empréstimo Subordinado-Obrigações CAVIDA Instrumentos de capital - MOBITRAL 31-12-2014 272.227 1.500 1.500 - (1.500) (1.500) 272.227 - Outros Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros Crédito e outros valores a receber Imparidade 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-12-2015 Aplicações em Instituições de Crédito no País: No Banco de Portugal: (…..) 31-12-2014 - - Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário Aplicações a muito curto prazo Depósitos a Prazo - CCCAM 17.475.000 DP - Direitos adicionais de crédito - CCCAM Empréstimos Operações de compra de acordo com revenda Aplicações subordinadas Juros a receber - DP.Prazo - CCCAM 120.921 Juros a receber - DP.Aplicação Direitos adicionais 1 Outras aplicações 17.595.922 17.012.986 17.595.922 17.012.986 - - 17.595.922 17.012.986 Provisões 16.952.210 - 60.776 - 0 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a receber 31-12-2015 31-12-2014 17.360.000 14.535.000 2.302.210 115.000 17.475.000 120.922 17.595.922 115.000 16.952.210 60.776 17.012.986 68 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Crédito interno Empresas e Administração Pública Desconto Empréstimos Crédito em Conta Corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros Créditos - Cartões de Crédito Particulares Crédito à Habitação Consumo Outras Finalidades Empréstimos Crédito em Conta Corrente Descobertos em depósitos à ordem Crédito ao exterior Particulares Consumo Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferido 7.112.507 267.250 1.807 31-12-2014 7.528.001 271.500 13.439 1.697 5.281.505 864.447 - 4.923.343 962.595 - 6.656.045 503.166 7.121.253 506.816 16.504 27.534 20.704.928 21.354.482 2.158 - 183.965 223.538 (74.655) (74.655) (70.255) (70.255) 20.816.397 21.507.765 2.495.447 121.296 2.616.744 23.433.140 3.852.725 122.876 3.975.601 25.483.366 (2.140.242) (11) (2.980.936) (66.808) (2.140.253) 21.292.887 (3.047.744) 22.435.622 Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos Para crédito de cobrança duvidosa Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispunha em 31 de dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 202.085 Euros, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30) e que em 31 de dezembro regista o valor de 193.808 Euros. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2015 31-12-2014 3.099.794 1.232.446 1.515.520 1.515.520 16.069.861 23.433.140 4.289.341 1.068.180 1.407.948 1.407.948 17.309.949 25.483.366 69 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não Aplicável. 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não Aplicável. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não Aplicável. 15. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais Associadas Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis Equipamento Outros 31-12-2015 31-12-2014 3.884.614 5.557 3.890.171 2.461.562 5.557 2.467.118 - - 3.890.171 2.467.118 (157.501) (5.557) (96.348) (5.557) 3.727.112 2.365.214 O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2015 e 2014 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-12-2014 Valor bruto Imparidade Aquisições Activos não correntes detidos para venda Imóveis 2.461.562 (96.348) 1.758.904 Equipamento 5.557 (5.557) Outros 490.213 (101.905) 1.758.904 31-12-2013 Valor bruto Imparidade Aquisições Activos não correntes detidos para venda Imóveis 1.998.173 (91.362) 498.389 Equipamento 5.557 (5.557) Outros 490.213 (96.919) 498.389 31-12-2015 Alienações (335.852) Utilização Dotações Reposições de imparidadede imparidadede imparidade (97.173) 36.020 (335.852) Valor bruto 3.884.614 5.557 3.890.171 Imparidade (157.501) (5.557) (163.058) Valor líquido 3.727.112 3.727.112 31-12-2014 Alienações (35.000) (35.000) Utilização Dotações Reposições de imparidadede imparidadede imparidade (10.000) 5.014 Valor bruto 2.461.562 5.557 2.467.119 Imparidade (96.348) (5.557) (101.905) 70 Valor líquido 2.365.214 2.365.214 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não Aplicável. 17. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: Descrição 31-12-2014 Valor bruto Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Amortizações Amortizações Alienações Aquisições Transferências do exercícioImparidade Regularizaçõese abates acumuladas Imparidade 81.713 614.533 143.679 (353.742) (42.035) - 839.925 (395.777) 122.872 383.451 138.721 201.755 132.592 50.387 19.677 1.049.456 (117.929) (369.808) (138.684) (171.937) (88.367) (32.903) (16.769) (936.398) - - - Outros activos tangíveis: (…) - Activos tangíveis em curso Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento - - - (10.718) (2.805) - - (13.522) 839 2.866 36.084 (2.342) (8.600) (5.589) (10.852) (2.793) (759) (30.934) - - - - - - - - - - - - - 1.889.381 (1.332.175) - 36.084 Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira - - 31-12-2015 Valor líquido 81.713 250.073 98.839 430.626 - - 14.124 (24.351) - - - - - - - - - - - - - - - - (44.456) - - - 538.606 4.625 17.129 10.625 3.440 7.909 37 28.853 40.275 25.317 2.150 107.981 1901115 Descrição 31-12-2013 Valor bruto Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Amortizações acumuladas 31-12-2014 Valor líquido Amortizações Alienações Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates 81.713 614.533 141.019 (343.024) (39.286) - 837.265 (382.310) 121.409 397.959 204.207 202.200 132.592 50.387 19.674 1.128.429 (116.552) (374.690) (204.107) (167.138) (38.315) (30.122) (15.945) (946.869) - - - 2.660 - (10.718) (2.749) - - - 81.713 260.791 101.644 - 2.660 (13.467) 444.148 - 1.462 3.382 3.274 431 8.550 (1.378) (13.007) (3.337) (5.246) (50.052) (2.781) (1.249) (77.050) - 17.890 68.760 447 (17.890) (68.760) (447) 426 87.523 (426) (87.523) 4.942 13.644 37 29.816 44.225 17.484 2.912 113.060 - - - - - - - \ Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira - Outros activos tangíveis: (…) - - - - - - - - - - Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - 1.965.694 (1.329.179) - 11.210 - (90.517) - 87.523 (87.523) 557.208 71 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 18. ATIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: Descrição 31-12-2014 Amortizações acumuladas ImparidadeAquisições Transferências Valor bruto Sistema de tratamento automático de dados (software) 125.299 Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso - 125.299 (125.299) - (125.299) 31-12-2015 Amortizações Alienações do exercício ImparidadeRegularizaçõese abates - - - - - Valor líquido - - 31-12-2013 Descrição Valor Amortizações bruto acumuladas Sistema de tratamento automático de dados (software) 136.726 31-12-2014 Amortizações Imparidade Aquisições (136.726) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso Transferências do exercício Alienações Valor Imparidade Regularizações e abates 11.428 # líquido - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 136.726 (136.726) - - - - - 11.428 - - 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 CA Informática Financeiro (…) CA SegurosFinanceiro (…) CA Vida Financeiro (…) CA - Seguros e Pensões SGPS SA (…) CCCAM Financeiro (…) FENACAM (…) <1 <1 <1 <1 <1 <1 31-12-2015 31-12-2014 7.290,39 50,00 50,00 151.265,40 2.196.520,00 9,98 7.290,39 50,00 32.972,91 0,00 2.196.520,00 9,98 2.355.186 2.236.843 Em 31 de dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:* (em euros) Activo Liquido Caixa Central CA Seguros & Pensões SGPS CA Vida CA Seguros CA Informática Fenacam 6.019.592.808 127.688.794 1.880.125.527 205.881.675 18.573.279 7.269.121 Situação Liquida 254.722.411 127.688.079 80.826.673 48.941.187 7.017.874 4.917.483 Resultado Liquido 4.961.464 -186 6.717.282 9.811.298 395.900 -346.093 *todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados. 72 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2015 e 2014 eram os seguintes: 31-12-2015 Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Em Activos Em Passivos Por prejuízos fiscais reportáveis 31-12-2014 312.146 14.895 327.041 513.540 25.805 539.345 327.041 539.345 50.063 6.017 56.080 25.432 (5.989) (5.053) 14.390 Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta Outros Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 75.300 131.380 - 14.390 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: 2015 Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em 31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015 . Activos tangíveis e imparidade - - - - - . Activos intangíveis - - - - - - 12.715 - 1.212 - - 13.927 968 - - - - 968 1.249 - (1.249) - - - 487.166 - (206.226) - - 280.940 . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde - . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido Provisões para riscos gerais de crédito - Provisões para riscos bancários gerais - - - - - Provisão para aplicações financeiras - - - - - Provisões para imóveis - - - - - 25.125 - 6.081 - - 31.206 - - - - - - Reformas antecipadas - - - - - - Desvios actuariais - - - - - - Contribuição efectuada - - - - - Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos - - . Pensões (…) . Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (5.110) - 204 - - (4.906) . Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - - . Valias fiscais - - - - - - . Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - - . Comissões - - - - - - . Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - - . Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - - . Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - - 522.113 - (199.978) - - 322.135 (…) - 73 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 2015 Impostos correntes Impostos sobre os lucros do exercício Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 2014 131.380 125.363 6.017 131.380 14.390 20.379 (5.989) 14.390 212.101 (50.601) 212.101 (50.601) 343.481 (36.211) 1.183.736 (682.256) 29,02% 5,31% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direção da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como segue: 74 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 21. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Outros metais preciosos Devedores por operações sobre futuros Sector Público Administrativo IVA a recuperar …. Despesas a debitar a clientes Bonificações a receber Outros devedores diversos Outros Activos Outros rendimentos a receber Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros Resp. Pensões e Outros Beneficios Outras Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar Operações activas a regularizar (…) Outras - Iva a Recuperar Imparidade – Outros activos Outros devedores diversos (…) 31-12-2015 31-12-2014 - - - - 140.030 946 924 141.900 75.459 946 1.397 77.803 10.842 8.919 21.683 8.489 1.242 21.004 1.241 31.413 288.092 292.512 288.092 581 293.094 (34.136) (14.090) (34.136) (14.090) 416.859 388.219 22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não Aplicável. 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não Aplicável. 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável. 75 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário Recursos a muito curto prazo Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo DP a Prazo - TLTRO -CCCAM DP. Direitos Adicionais de Crédito - CCCAM Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Outras instituições de crédito Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura Juros a pagar 31-12-2015 31-12-2014 802 802 597.190 - 10.467 - - - 597.993 11.269 - - - - - - - - 425 2 598.417 11.271 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2015 31-12-2014 802 597.615 598.417 802 10.468 11.271 76 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros Juros a pagar 31-12-2015 31-12-2014 16.737.689 17.165.570 2.233.945 16.111.916 18.176.527 2.436.324 - - 44.307 0 36.181.511 112.302 0 36.837.069 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2015 31-12-2014 24.300.593 11.834.486 30.000 16.432 24.452.722 12.266.510 117.837 36.181.511 36.837.069 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não Aplicável. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não Aplicável. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não Aplicável. 77 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: Saldos em 31-12-2014 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Utilizações Transferências 66.808 2.980.936 3.047.744 11.085 616.152 627.237 (77.883) (1.409.799) (1.487.682) (47.047) (47.047) 202.085 202.085 8.586 8.586 (16.863) (16.863) - 1.500 - - - 115.995 (45.217) (45.217) (40) 117.495 126.456 126.456 (40) 3.367.324 635.823 (1.504.545) (47.087) Reposições e anulações Utilizações Saldos em 31-12-2013 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Reposições e anulações Reforços Reforços - Saldos em 31-12-2015 - 11 2.140.242 2.140.253 - 193.808 193.808 1.500 - 197.194 198.694 2.532.755 Transferências Saldos em 31-12-2014 1.370 2.190.946 2.192.316 74.420 1.848.530 1.922.950 (8.981) (978.001) (986.982) (81.397) (81.397) 858 858 66.809 2.980.936 3.047.745 215.030 215.030 7.521 7.521 (20.467) (20.467) - - 202.084 202.084 1.500 - - - 98.514 100.014 23.353 23.353 (5.014) (5.014) - 2.507.360 1.930.471 (1.007.449) (81.397) 1.500 (858) (858) 115.995 117.495 3.367.324 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não Aplicável. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não Aplicável. 78 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Credores e outros recursos Credores por operações sobre futuros Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Contribuições a entregar – Fundo de Pensões Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados Comissões por operações sobre instrumentos financeiros Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade SAMS Subsídio de morte Remunerações variáveis Responsabilidades com Fundo de Pensões Por gastos gerais administrativos Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Outras Valores a regularizar Posição cambial Operações sobre valores mobiliários a regularizar Outras operações a regularizar 31-12-2014 26.313 13.798 1.411 527 2.736 24.948 13.396 366 522 2.862 570 26.654 535 28.675 91.092 61.897 91.854 56.513 14.425 907 20.426 757 378 982 622 3.141 167.554 180.629 409.243 425.246 79 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: 31-12-2015 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados (Pessoais/Institucionais) Garantias Reais (Activos dados em garantia) Direitos adicionais de crédito -BP Garantias Recebidas Garantias e avales (Pessoais/Institucionais) Garantias Pessoais/Institucionais Garaantias Institucionais - CCAM Garantias Reais (Activos recebidos em garantia) Titulos Recebidos em Garantia - Residentes Garantias Reais - Valores Imobiliários Outros activos Compromissos perante terceiros Contratos a prazo de depósitos Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores 31-12-2014 103.166 134.390 103.166 134.390 15.051.130 15.887.446 625.406 30.842.193 75.300 46.594.028 436.362 33.477.213 50.302 49.851.322 1.623.118 1.489.019 3.112.137 1.780.714 1.646.254 3.426.968 7.612 7.612 24.370 800 25.170 49.816.942 53.437.850 Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição Outras 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a estrutura acionista da Caixa é a seguinte: 31-12-2015 N º de acções % Titulos de Capital por entrada em dinheiro Titulos de Capital por incorporação de Reservas 2014 N º de acções % 45.401 1.532.753 3% 97% 42.553 1.532.753 3% 97% 1.578.154 100% 1.575.306 100% Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de ações próprias. 80 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: 31-12-2015 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (…) Reservas de reavaliação do imobilizado Outras Reservas de reavaliação - Fundo de Pensões Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda (…) Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados aprovados Resultados transitados por aprovar Lucro do exercício 31-12-2014 54514,4 -106542 56776,77 -78715 (52.028) (21.938) 2.332.108 4.988 (601.252) (10.841) 1.725.003 2.332.108 4.988 53.837 (11.306) 2.379.626 840.255 -646.045 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. 81 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Juros de outras disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem (….) Outros créditos: Particulares Habitação Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem 31-12-2014 - - 1.556 1.720 265.518 - 313.104 - 17 367.884 19.743 3.017 2.576 409.489 24.679 10.863 - 67.041 74.340 99.386 110.172 352.584 28.484 9.360 1.214.590 421.528 43.440 9.117 1.421.028 31-12-2015 Crédito externo Particulares Habitação Operações de locação financeira Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Outros juros e rendimentos similares Juros de Crédito Vencido Juros de activos financeiros disponíveis para venda 31-12-2014 - - 159 2 233.629 227 1.448.605 42.085 526 1.463.641 82 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país no estrangeiro Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Juros de passivos financeiros de negociação instrumentos financeiros derivados Juros de derivados de cobertura Juros de passivos subordinados Outras comissões pagas: operações de crédito Outros juros e encargos similares 31-12-2015 31-12-2014 4.304 206.037 1.654 332.675 - - 210.341 334.329 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes Emitidos por não residentes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos No estrangeiro Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos Outros instrumentos de capital 31-12-2015 31-12-2014 - - 1.404 - 1.403 - 1.404 1.403 - - 1.404 1.403 83 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 31-12-2014 Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) Créditos documentários abertos Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Administração de valores Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão Comissão de emissão de unidades de participação Comissão de resgate de unidades de participação Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Montagem de operações Operações de crédito Por operações de factoring Outras operações de crédito Outros serviços prestados Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa Em operações fora de Bolsa Outras operações realizadas por conta de terceiros Outras comissões recebidas 3.307 3.307 6.381 6.381 22.711 22.711 26.327 26.327 - - 437 509 5.467 378 26.528 6.325 320 27.389 72.606 263.642 369.057 100.478 223.988 359.009 - - 130.536 142.621 525.611 534.337 84 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 31-12-2014 - - 15 45.845 411 46.200 3 45.863 6 46.617 Por garantias recebidas Por compromissos assumidos por terceiros Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito Cobrança de valores Administração de valores Outros Por operações realizadas por terceiros Outras comissões pagas 42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável. 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Não Aplicável. 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo 31-12-2015 31-12-2014 697 697 (677) (677) 85 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Outros activos tangíveis (…) Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 31-12-2015 31-12-2014 (147.085) - (17.000) - - - (147.085) (17.000) 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 31-12-2015 Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional Ganhos em acções - Invest.Filiais-CA VIDA, SA Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros - Rendas de Imóveis Outros Ganhos e Rendimentos Operacionais Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo Outros encargos e gastos operacionais Outros Impostos 31-12-2014 118.342 1.524 2.881 24.154 94.293 4.450 6.315 7.431 256.509 59.332 69.928 4.307 7.980 15.551 159.979 (14.617) (11.427) (68.949) (12.276) (107.268) (26.727) (14.650) (53.520) (33.835) (128.732) 149.242 31.247 86 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 31-12-2014 99.666 472.122 100.330 481.000 - 2.527 114.317 27.078 112.666 26.638 4.763 4.978 Encargos sociais facultativos - - Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais Outros - - 717.946 728.139 Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família Segurança Social SAMS Outros Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte Outros Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2015 e 2014 apresenta a seguinte composição: Direcção Chefias e gerência Quadros técnicos Administrativos Outros 2015 2014 3 4 3 6 1 3 4 3 6 1 A política de remunerações em vigor para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo é a seguinte: Conselho Fiscal A forma de remuneração adotada consiste no pagamento de uma remuneração fixa, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes. 87 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Conselho de Administração A forma de remuneração adotada em relação aos elementos executivos consiste no pagamento de uma remuneração fixa mensal, indexada por cargo, a um percentual sobre o nível 18 do ACT para o Crédito Agrícola, multiplicada por 14 meses por ano. A forma de remuneração adotada em relação aos elementos não executivos consiste no pagamento de uma remuneração fixa, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes. Revisor Oficial de Contas Remuneração de acordo com contrato celebrado entre as partes, datado de 17 de março de 2010, corrigido pela adenda datada de 09 de novembro de 2012 e coincidente, em termos de duração, com o mandato dos restantes órgãos. Assim se divulgam, de acordo com o estabelecido no artigo 3.º da Lei n.º 28/2009 de 19 de junho, as remunerações auferidas pelos respetivos Órgãos e elementos: Conselho Fiscal Presidente do Conselho Fiscal Vogal do Conselho Fiscal Vogal do Conselho Fiscal Fixa 1.633,92 € 1.633,92 € 1.497,76 € Remuneração Variável -€ -€ -€ Total 1.633,92 € 1.633,92 € 1.497,76 € 4.765,60€ Conselho de Administração Presidente do Conselho de Administração Vogal do Conselho de Administração Vogal do Conselho de Administração Fixa 49.560,56 € 38.123,54 € 7.216,48 € Remuneração Variável - € - € - € Total 49.560,56 € 38.123,54 € 7.216,48 € 94.900,58 € Revisor Oficial de Contas Revisor Oficial de Contas *Inclui IVA a 23% Fixa Remuneração Variável Total = 8.856,00€* - € 8.856,00 € 8.856,00 € 88 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Limpeza Informações Bancos de dados Mão de obra eventual Outros serviços especializados: Estudos e consultas Consultores e auditores externos Tratamento de valores Serviços SIBS Avaliadores externos (…) Outros serviços de terceiros 31-12-2014 24.594 14.221 476 1.777 9.723 50.792 27.117 10.429 647 1.356 10.423 49.973 23.267 40.419 21.918 23.485 20.851 4.702 3.271 19.280 23.574 39.448 24.075 21.759 19.237 3.885 2.708 19.870 78.766 6.822 140.589 4.260 8.747 1.485 70.266 6.254 152.506 1.970 7.778 3.979 14.246 732 30.834 9.905 10.805 31.256 8.881 59.244 512.822 57.375 505.626 563.614 555.599 89 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas: As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas. 2014 Outras empresas do Grupo 2015 Outras empresas do Grupo Associadas Coligadas Associadas Total Coligadas Total Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação - - 998.330 998.330 - - - Activos financeiros disponíveis para venda - - - - Aplicações em instituições de crédito - - 17.475.000 17.475.000 Crédito a clientes Outros activos - - - - - 61.149 952.544 16.952.210 - 952.544 16.952.210 61.149 - 9.086 11.269 497 11.269 9.583 - 1654 16.567 1.654 16.567 Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação - - - - Recursos de outras instituições de crédito - - 598.417 598.417 Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - Responsabilidades representadas por títulos - - - - Passivos subordinados Outros passivos - 8.176 226 8.402 Juros e encargos similares - - 4.304 4.304 Encargos com serviços e comissões - - 16.052 16.052 - Custos: Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - Gastos gerais administrativos - - - 255.690 9.745 265.435 266.997 266.997 - - - 276.272 9.899 286.171 314.511 3.262 500 314.511 1.403 142.621 560 Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração 180.406 2.821 183.227 118.342 218 118.561 - 1.403 139.359 60 1.630 Rendimentos de instrumentos de capital - 1.630 Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - - Garantias recebidas - - - - - - - - Compromissos perante terceiros - - - - - - - - Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - - 90 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 50. PENSÕES DE REFORMA Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de FERREIRA DO ALENTEJO com referência a 31 de dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes: 31/12/2015 31/12/2014 TV – 88/90 EVK 80 (**) “Projected Unit Credit” TV – 88/90 EVK 80 (**) “Projected Unit Credit” Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões (*) 1,40% 1,00% (*) 1,40% 1,00% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% 1,40% 1,40% 2,70% 3,25% 2,30% 2,75% 2,00% 2,25% Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade normal de reforma Método de financiamento atuarial (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : Pré-reformados, reformados e pensionistas : (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013 Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, é o seguinte: 31-12-2015 F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 280,342 F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 137,696 F.2 Com licenças sem vencimento 0 F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento 142,646 91 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM FERREIRA DO ALENTEJO é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 18,164 = Acréscimo anual de responsabilidades 32,638 G.4.2.Ano G.5 G.6 5,937 626 26,075 7,910 0 O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM FERREIRA DO ALENTEJO foi o seguinte: A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM FERREIRA DO ALENTEJO H.1.2 Pelos empregados 243,319 40,391 32,979 7,412 H.2 (+) Capitais recebidos de seguro H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos 4,034 H.9 (+) Participação de resultados no seguro 2,282 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11,369 H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015 (H.7.2015 – A.4.2014) 0 950 0 11,369 5,621 265,917 22,598 O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros 263,745 5,937 -1,474 7,412 6,832 92 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 20,819 0 antecipadas H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 11,369 0 11,369 5,621 280,342 16,597 O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 280,342 10,522 263,310 101 A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte: I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 181,368 147 Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte: RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e perdas atuariais RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -78,714 -27,827 -106,542 Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: 93 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 Prémio de Antiguidade N.1.2014 Com trabalhadores no ativo N.2.2014 Com licenças sem vencimento N.2014 Total Prémio de Antiguidade N.1.2015 Com trabalhadores no ativo N.2.2015 Com licenças sem vencimento N.2015 Total Prémio de Antiguidade O.1. Com trabalhadores no ativo O.2. Com licenças sem vencimento O. Total 31-12-2014 56,513 0 56,513 31-12-2015 61,897 0 61,897 Variação 5,384 0 5,384 94 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Ferreira do Alentejo está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora 2013 2014 2015 Ramos Não Vida Ramo Vida Fundos de Pensões Total CA Seguros CA Vida CA Vida 85.157,94 49.952,47 798,89 135.909,30 85.561,05 52.786,72 1.010,97 139.358,74 132.605,31 45.490,68 2.309,84 180.405,83 % por Origem 2015 73,5% 25,2% 1,3% 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 95 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 52. FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS DE SOLVABILIDADE No exercício de 2015, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes COREP, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: Até 31 de dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação: Em euros Fundos Próprios totais Common equity tier 1* Tier 1* Tier 2 2012 2013 2014 2015 8.614.000 --8.676.000 0 9.010.973 --9.123.801 0 9.697.398 9.586.380 9.586.380 111.019 9.734.256 9.562.400 9.562.400 171.856 0,4% -0,3% -0,3% 54,8% 52.059.165 47.255.675 54.782.442 15,9% 30.668.425 26.227.050 4.441.375 --- 28.381.825 23.996.200 4.385.625 --- 26.407.444 22.286.038 4.121.405 0 26.583.476 22.853.375 3.730.101 0 0,7% 2,5% -9,5% --28,29% 0,00% 28,09% --32,15% 0,00% 31,75% 36,30% 36,30% 0,42% 36,72% 36,00% 36,00% 1,00% 37,00% Posição em risco de ativos e equivalentes Requisitos de fundos próprios Crédito Operacional CVA Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* Tier 1 * Tier 2 Total* Δ 14/15 0,3 0,3 0,6 0,3 *Incorporando o resultado liquido do exercício (a) Até dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013. O Responsável pela Contabilidade: Paula Maria Soares Lebre (TOC Nº83041) O Conselho de Administração: Josué Cândido Ferreira dos Santos Alexandre Maria Sobral Machado António Manuel Dias Conduto Revez 96 P.P P.P P.P P.P Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 9. PARECER DO CONSELHO FISCAL 97 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 98 Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2015 99