FIQUE POR DENTRO

Informativo do Sindicato das Indústrias de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado de MG
Nº 381 – 24 de setembro de 2010.
FIQUE POR DENTRO!
INDÚSTRIA NACIONAL TEM PRIMEIRO SEMESTRE HISTÓRICO
Após enfrentar a crise mundial no último ano, o setor industrial brasileiro chegou ao fim de junho comemorando um crescimento
recorde de 16,2%, na comparação com o mesmo período de 2009. Os mais pessimistas podem argumentar que o resultado é fruto
de uma base fraca de comparação, uma vez que os índices de 2009 foram comprometidos pela crise econômica. O argumento
procede. Mas economistas destacam que o importante a ser avaliado, nesse caso, não são os números, mas a tendência que eles
refletem. "A base de comparação é a pior possível, mas a atividade industrial no primeiro semestre foi muito intensa. O setor
conseguiu reagir o que ainda faltava para se alcançar os patamares pré-crise", avalia o economista Mauro Sayar.
Para o gerente de Economia e Finanças da Fiemg, Guilherme Velloso Leão, o comportamento do nível de utilização da capacidade
instalada (UCI) na indústria brasileira é um bom termômetro de como a economia retomou o crescimento. Conforme a Pesquisa
Index CNI, divulgada em junho, a UCI Brasil ficou em 82,5%, nível muito próximo do verificado no primeiro semestre de 2008. "Até
junho, a indústria geral e a construção civil já contrataram quase 1,5 milhão de novos trabalhadores. Nenhum setor contrata nessa
proporção, principalmente na indústria, se não houver um horizonte favorável", avalia Guilherme.
O bom desempenho industrial na primeira metade do ano foi favorecido, principalmente, pelo mercado interno aquecido. Os
grandes investimentos públicos e privados levaram ao crescimento dos níveis de emprego, da massa salarial e da renda da
população.
Perspectivas
Se a economia brasileira vai tão bem frente a outros gigantes, como os Estados Unidos e a União Europeia, é possível apostar em
um crescimento de longo prazo? Especialistas recomendam cautela. "A economia brasileira e mundial ainda mostra sinais dúbios,
que podem criar gargalos ao tão desejado crescimento sustentado", alerta Guilherme Velloso Leão.
O coro é engrossado pelo economista Mauro Sayar. "É difícil fazer prognósticos porque muitos setores ainda sentem falta das
exportações. Não vejo sinais de uma nova recessão, mas uma expansão acentuada também não deve ser esperada", ressalta.
Independente do cenário de médio e longo prazo, porém, a economia brasileira deve chegar ao fim deste ano batendo recordes.
Dos mais esperançosos aos mais pessimistas, o consenso é que o PIB irá crescer acima dos 7% em 2010. Mais uma vez, reflete-se aí
a fraca base de comparação, já que 2009 foi um ano para ser esquecido. Todavia, há sempre um alento: "isso mostra, pelo menos,
que nos recuperamos. Muitas economias ainda não conseguiram", conclui Sayar.
CONGRESSO EMPRESARIAL DE INOVAÇÃO
Nos dias 5 e 6 de outubro, o Sistema Fiemg realizará no Expominas o Congresso Empresarial de Inovação, com o intuito de mobilizar
o setor empresarial para a importância da inovação como fator essencial para a competitividade das empresas e também
apresentá-la na sua dimensão mais ampla, não apenas tecnológica. Os participantes do Congresso terão a oportunidade de
conhecer casos de sucesso de empresas que usam a inovação como diferencial competitivo durante a apresentação de painéis.
Haverá ainda a palestra “Liderança e comportamento para a inovação” do administrador de empresas e autor de diversos livros
sobre carreira e gestão empresarial, Max Gehringer. Da Itália, país referência no assunto, virá o professor e coordenador do grupo
“Design Avançado” do Instituto Politécnico de Mião, Flaviano Celaschi. Ele irá apresentar a palestra “Inovação nas pequenas e
médias empresas: ferramentas de design para inovar em produtos e negócios”.
“O congresso é uma ação de continuidade à Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). O movimento lançado em 2009 pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) que tem como meta duplicar, em quatro anos, o número de empresas inovadoras no
país”, ressalta o gerente do Núcleo de Apoio à Inovação do IEL, Célio Cabral. Durante o evento e com a participação de todo o
público presente será escrita a Carta da Indústria Mineira para a Inovação que servirá de base para ações do Sistema Fiemg sobre o
tema. O Congresso é realizado em parceria com a Feira de Inovação Tecnológica (Inovatec).
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