toxoplasmose congenita e o risco para a perda auditiva

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1
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
ANA FLÁVIA PRADO DA SILVA REIS
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA E O RISCO PARA A PERDA AUDITIVA:
ESTUDO DE CASO
CURITIBA
2014
2
ANA FLÁVIA PRADO DA SILVA REIS
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA E O RISCO PARA A PERDA AUDITIVA:
ESTUDO DE CASO
Estudo de Caso apresentado a Curso
Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti
Paraná, como requisito parcial para obtenção
título de bacharel Fonoaudiologia sob
orientação da Prof Dra Adriana Lacerda.
CURITIBA
2014
de
do
do
a
3
RESUMO
A audição desempenha papel importante no desenvolvimento do ser humano. A
identificação da perda auditiva e a reabilitação precoce são essenciais para o
desenvolvimento da fala, da linguagem e outras funções cognitivas durante a idade
escolar. Umas das causas de perda auditiva em crianças é a toxoplasmose congênita.
A toxoplasmose é uma protozoose de ampla distribuição geográfica, causada pelo
Toxoplasma gondii. O parasita atinge o bebê por via placentária causando danos de
diferentes graus de gravidade dependendo principalmente do período gestacional em
que a mulher se encontra, podendo resultar, inclusive, em morte fetal ou em graves
manifestações clínicas.
OBJETIVO: este estudo de caso tem por objetivo apresentar o caso de um neonato
portador de toxoplasmose congênita atendido em um serviço de alta complexidade do
SUS e seus desdobramentos.
MÉTODO: o estudo de caso refere-se a um neonato reconhecido pelas iniciais R.M.S,
do sexo feminino nascida na cidade de Paranavaí em cinco de outubro de dois mil e
onze na maternidade pública Santa Casa de Paranavaí. O neonato foi encaminhado
pelo SUS para clínica de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná para realizar
acompanhamento audiológico por encaminhamento do otorrinolaringologista devido
hipoacusia percebida pelos pais.
RESULTADOS: os resultados demonstram com relação aos dados trazidos pela mãe
na anamnese, que a mãe teve toxoplasmose congênita gestacional onde a criança teve
de ficar internada durante quarenta dias após o nascimento devido a esta intercorrência
também devido a prematuridade, já que RNS nasceu de trinta e cinco semanas. O
neonato não apresentou respostas em nenhum dos sons não calibrados exceto em
82dBNPS (sino) onde demonstrou atenção, e as medidas da imitância acústicas
mostraram curva timpanometrica do tipo “AR”. Não foram obtidos potenciais evocados
de tronco cerebral com clicks em 97dBNA em ambas orelhas, sugerindo
comprometimento das vias auditivas de tronco cerebral bilateralmente.
4
CONCLUSÃO: podemos concluir que no presente estudo que foi diagnosticado e
realizado os devidos encaminhamentos para protetização e reabilitação em até um ano
de idade, no entanto não foi realizado no tempo sugerido pela Diretriz de Atenção à
Saúde da Criança.
Palavras-chave: perda auditiva, triagem neonatal, toxoplasmose congênita.
5
ABSTRACT
Hearing plays an important role in human development. The identification of
hearing loss and early rehabilitation are essential for the development of speech,
language and other cognitive functions at school age. One of the causes of hearing loss
in children is congenital toxoplasmosis. Toxoplasmosis is a protozoan infection of wide
geographical distribution, caused by Toxoplasma gondii. The parasite reaches the baby
through the placenta causing damage of varying severity depending primarily on the
gestational period when the woman is and can result even in fetal death or severe
clinical manifestations.
OBJECTIVE: This case study aims to present the case of a neonate with congenital
toxoplasmosis in a service attended high complexity of the NHS and its aftermath.
METHOD: The case study refers to a neonate recognized the initials RMS, females born
in the city from Paraná in five October two thousand and eleven in the public hospital
Santa Casa from Paraná. The neonate was referred by the NHS for Speech Therapy
Clinic of the University Tuiuti to perform audiologic referral by the otolaryngologist
because of perceived parental deafness.
RESULTS: The results demonstrate regarding the data provided by the mother during
the interview, the mother had gestational toxoplasmosis where the child had to be
hospitalized for forty days after birth due to this complication also due to prematurity,
because infants born thirty and five weeks. The neonate showed no responses in any of
uncalibrated sounds except 82dBNPS (bell) which showed attention, and measures the
acoustic impedance showed tympanometric curve type " AR “. Not brainstem evoked
potentials were obtained in 97dBNA clicks in both ears, suggesting impairment of the
auditory pathways of the brainstem bilaterally.
6
CONCLUSION: We conclude that in the present study were diagnosed and performed
the appropriate referrals for prosthetics and rehabilitation at a year old, however it was
not done in time Suggested Guidelines for Care of Children's Health.
Keywords: Neonatal hearing loss, screening, congenital toxoplasmosis.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................08
2 OBJETIVO...................................................................................................................14
3 MÉTODO......................................................................................................................15
4 RELATO DECASO......................................................................................................16
5 DISCUSSÃO................................................................................................................18
6 CONCLUSÃO..............................................................................................................22
REFERÊNCIAS...............................................................................................................23
ANEXOS.........................................................................................................................27
8
1 INTRODUÇÃO
A audição desempenha papel importante no desenvolvimento do ser humano. O
sistema auditivo periférico apresenta-se totalmente formado ao nascimento, enquanto o
sistema auditivo central irá amadurecer até os dois anos de idade. Este período
corresponde ao de maior plasticidade neuronal da via auditiva, e o amadurecimento
depende da quantidade e da qualidade dos estímulos externos captados. A
identificação da perda auditiva e a reabilitação precoce são essenciais para o
desenvolvimento da fala, da linguagem e outras funções cognitivas durante a idade
escolar.(SOUZA, 2007)
A perda auditiva na infância é um importante problema de saúde pública, sendo
estimado que um a três para cada 1000 nascidos vivos, e de dois a quatro para cada
100 egressos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) cada um confirmar
1000 ou 6000 nasce com deficiência auditiva. As perdas auditivas podem ser
classificadas quanto ao tipo (neurossensorial, mista ou condutiva), lateralidade,
simetria, característica clínica (sindrômica ou não), momento de aquisição (congênita,
peri ou pós-natal), hereditariedade (genética ou não), momento de manifestação (prélingual, peri lingual ou pós-lingual) (CECATTO, GARCIA, COSTA, ABDO, REZENDE,
RAPOPPOT, 2003).
Umas das causas de perda auditiva em crianças é a toxoplasmose congênita. A
toxoplasmose é uma protozoose de ampla distribuição geográfica, causada pelo
Toxoplasma gondii. A transmissão congênita ocorre principalmente quando a mulher
adquire a primo-infecção durante a gestação. O parasita atinge o bebê por via
placentária
causando
danos
de
diferentes
graus
de
gravidade
dependendo
principalmente do período gestacional em que a mulher se encontra, podendo resultar,
inclusive, em morte fetal ou em graves manifestações clínicas. A infecção fetal poderia
ser atenuada ou prevenida quando há tratamento materno após um diagnóstico
precoce na gestação (CANTOS, PRANDO, SIQUEIRA, TEIXEIRA, 2000).
9
Quando a infecção materna ocorre antes da décima quinta semana de gestação, a taxa
de transmissão para o concepto é menor do que 5%, porém, em geral, a doença é
grave no recém-nascido. Por outro lado, se a infecção materna ocorre no final da
gravidez, a infecção fetal ocorre com maior frequência (até 80% dos fetos), mas o
recém-nascido é assintomático ou apresenta doença menos grave.
As infecções congênitas, como a toxoplasmose, podem causar deficiência
auditiva no neonato e podem estar associadas ao aparecimento tardio da perda auditiva
ou a progressão da perda auditiva já existente ao nascimento. Assim o
acompanhamento audiológico das crianças com infecções congênitas torna-se
essencial para a identificação precoce e desenvolvimento da criança.
De acordo com a Diretriz de Atenção à Saúde da Criança, a toxoplasmose
congênita é uma zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, com vários
hospedeiros, entre eles o gato (hospedeiro definitivo), roedores, ovinos, caprinos, suíno
e o homem. A forma congênita ocorre por transmissão transplacentária, quando a
gestante apresenta infecção aguda ou imunossupressão, situação em que pode reativar
e infectar o feto. Somente em casos confirmados de toxoplasmose por meio de exames
laboratoriais, que se segue a conduta de avaliação auditiva utilizando Potencial
Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com retornos que devem ocorrer a cada 3
meses ou de acordo com a solicitação da especialidade envolvida, pelo menos nos
primeiros dois anos de vida, e em casos de suspeita ou de casos em investigação a
avaliação audiológica não faz parte da conduta.
Segundo a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, publicada no ano de
2004, para que as questões de saúde auditiva ganhem capilaridade na atenção básica,
é fundamental que o fonoaudiólogo trabalhe junto às equipes utilizando-se de diferentes
estratégias para que esta questão seja incorporada no cotidiano das diversas
ESF(equipe de saúde da família). AS equipes de saúde da família podem desenvolver
ações de promoção, proteção e reabilitação à saúde auditiva na gestação como o
controle dos fatores que interferem no desenvolvimento do feto (hipertensão, diabetes,
utilização de drogas ototóxicas e outros); imunização e controle de doenças que podem
levar a infecções congênitas (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus); orientação
10
sobre a elevação da cabeça do bebê durante a mamada para prevenir alterações de
ouvido médio.
Em outubro de 2004 é publicada a portaria GM 2073, instituindo a Política
Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, com o objetivo maior de proteger, recuperar a
saúde e garantir a qualidade de vida e autonomia das pessoas com deficiência auditiva.
Entre as diretrizes propostas para as ações de saúde auditiva em âmbito
nacional está a organização de uma linha de cuidados, com ações de promoção,
prevenção, tratamento e reabilitação na atenção básica e especializada; a importância
de identificar os determinantes e condicionantes das principais patologias e situações
de risco que levam à deficiência auditiva; a definição de critérios mínimos para o
funcionamento e a avaliação dos serviços que realizam reabilitação auditiva.
O Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal, que contempla o Exame de
Emissões Otoacústicas, também conhecido como Teste da Orelhinha começou a ser
realizado em Curitibanos a partir de 2005. No ano seguinte, a partir da criação da Lei
Municipal nº. 3.836/2006, passou a ser disposto à clientela da saúde pública municipal,
através de convênio entre a clínica e a Prefeitura, com cobertura do Sistema Único de
Saúde (SUS). A partir da aprovação da lei, todos os recém-nascidos em Curitiba,
através de atendimentos do SUS, recebem o exame de forma gratuita.
O exame é realizado, em crianças a partir de 24 horas de vida. Através de uma
sonda colocada na orelha do bebê, são emitidos estímulos sonoros e, na captação do
retorno (eco), é avaliado o funcionamento do aparelho auditivo das crianças. A
utilização de um aparelho tecnológico de alta fidelidade permite que o resultado seja
obtido na hora. O exame é indolor e pode ser realizado com a criança dormindo. Em
caso de crianças do considerado grupo de risco, ou seja, nascidas prematuramente, de
mães que tenham tido complicações na gestação ou no parto ou, ainda, que tenham
caso de surdez e outros problemas de mal funcionamento auditivo na família, o
acompanhamento é feito até um ano de idade, com consultas que variam entre quinze
dias e três meses, inclusive durante tratamento especializado que, se necessário, vai
11
determinar utilização de aparelho de amplificação sonora individual ou outras
providências.
De acordo com a triagem auditiva neonatal universal descrita na Diretriz de
Atenção à Saúde da Criança, o desenvolvimento auditivo segue etapas graduais de
complexidade, tendo início já na vida intrauterina. Para que uma criança adquira a
linguagem e desenvolva sua fala, deve ser capaz de detectar sons, localizá-los,
discriminá-los, memorizá-los, reconhecê-los e finalmente compreendê-los. Em caso de
deficiência auditiva é necessário identificá-la no neonato, mesmo que em sua história
não sejam encontrados indicadores de risco que potencializem a probabilidade desse
agravo ter ocorrido (COMUSA, 2009).
O objetivo da detecção precoce da deficiência auditiva e intervenção é maximizar
a competência linguística e desenvolvimento da alfabetização para crianças surdas ou
com deficiência auditiva; sem oportunidades adequadas estas crianças sofrerão atraso
em relação aos seus pares quanto ao aprendizado da língua, comunicação, cognição,
leitura e desenvolvimento sócio emocional. Tais atrasos podem resultar em menores
níveis de educação e emprego na vida adulta. Vários estudos apontam a prevalência
das alterações auditivas, variando de 3:800 a 3:1000 nascimentos.
A triagem auditiva neonatal é um procedimento simples, rápido e de baixo custo,
que pode ser aplicado a um grande número de recém-nascidos, com o objetivo de
identificar os indivíduos com maior probabilidade de terem algum distúrbio na função
que está sendo testada. A triagem auditiva neonatal não tem função de diagnóstico,
mas de identificação e encaminhamento dos neonatos para exames mais complexos,
quando estes tiverem resultados considerados inadequados.
São considerados fatores de risco para a perda auditiva peso ao nascimento
inferior a 1.500 g, asfixia neonatal grave: índice de apgar de 0 a 4 no primeiro minuto e
de 0 a 6 no quinto minuto; RN egresso de UTI neonatal; ventilação mecânica por cinco
dias ou mais; infecções congênitas: toxoplasmose; sífilis; rubéola; citomegalovírus,
herpes e HIV; anomalias craniofaciais: incluindo alterações morfológicas do pavilhão e
12
conduto auditivo; antecedentes familiares de deficiência auditiva neurossensorial,
consanguinidade materna; criança pequena para a idade gestacional; Sinais ou outros
achados
associados
a
síndromes;
hiperbilirrubinemia
a
que
indiquem
exsanguineotransfusão; medicação ototóxica (aminoglicosídeos; associação com
diuréticos, agentes quimioterápicos); meningite bacteriana; hemorragia ventricular;
alcoolismo materno ou uso de drogas psicotrópicas na gestação e traumatismo
craniano.
Para realização da Triagem Auditiva Neonatal são adotados fluxos diferenciados,
de acordo com a situação de risco, para bebês egressos de berçários sem fator de risco
para perda auditiva a triagem por emissão otoacústica é realizada na própria
maternidade, o mais próximo possível da alta (a partir de 36 horas) e bebês que
falharem
no
teste
terão
novo
exame
agendado
na
própria
maternidade
preferencialmente, antes de completarem 1 mês de vida. Para bebês que falharem nas
duas testagens serão encaminhados para diagnóstico diferencial em um serviço de alta
complexidade em saúde auditiva, tendo seu diagnóstico concluído no máximo até o
terceiro mês de vida. E para crianças com deficiência auditiva confirmada deverão ter o
tratamento iniciado antes do sexto mês de vida, em programa interdisciplinar.
Em casos de bebês egressos de berçários com fator de risco para perda
auditiva, a Triagem por emissão otoacústica na própria maternidade, o mais próximo
possível da alta (a partir de 36 horas) é recomendada. Os que falharem no teste terão
novo
exame
agendado
na
própria
maternidade
preferencialmente
antes
de
completarem 1 mês de vida. E os que falharem nas duas testagens serão
encaminhados para diagnóstico diferencial em um serviço de alta complexidade em
saúde auditiva, tendo seu diagnóstico concluído no máximo até o terceiro mês de vida.
As crianças com deficiência auditiva confirmada deverão ter o tratamento iniciado
antes do sexto mês de vida, em programa interdisciplinar.
Para bebês com fator de risco, triagem negativa, mas com suspeita de
deficiência auditiva durante o 1º ano de vida bebês com pelo menos um fator de risco
13
para perda auditiva progressiva ou tardia que passarem na triagem serão
acompanhados pela equipe da atenção básica de referência, com o objetivo de
monitorar o desenvolvimento da audição e linguagem. Caso seja identificada alguma
alteração no desenvolvimento, estas crianças deverão ser avaliadas pelo médico da
equipe da atenção básica. Em caso de suspeita de perda auditiva esta criança será
encaminhada para um serviço de média complexidade (avaliação clínica e exames
complementares) ou para um serviço de alta complexidade em saúde auditiva, para
diagnóstico diferencial e intervenção, se confirmado o diagnóstico de deficiência
auditiva.
E em casos bebês egressos de UTI (unidade de tratamento intensivo) Neonatal,
todo recém-nascido egresso de UTI deve ser testado por PEATE (Potencial Evocado
Auditivo de Tronco Encefálico) para incluir as perdas neurais. O exame será realizado
na própria maternidade, caso possua o equipamento e profissional habilitado para a sua
realização. Maternidades que não possuam condições para realização do teste por
potencial evocado deverão orientar a ida à Unidade de Saúde mais próxima de casa,
para que esta realize o agendamento do exame em um serviço de alta complexidade.
Em caso de falha na primeira testagem os bebês devem ser encaminhados para um
serviço especializado para diagnóstico diferencial. Nesta avaliação é recomendada a
avaliação completa dos dois ouvidos, mesmo que somente um tenha falhado.
14
2 OBJETIVO
Este estudo de caso tem por objetivo apresentar o caso de um neonato, portador
de toxoplasmose congênita, atendido em um serviço de alta complexidade do SUS e
seus desdobramentos.
15
3 MÉTODO
O estudo de caso refere-se a um neonato reconhecido pelas iniciais R.M.S, do
sexo feminino nascida na cidade de Paranavaí em cinco de outubro de dois mil e onze
na maternidade pública Santa Casa de Paranavaí.
O neonato foi encaminhado pelo SUS para clínica de Fonoaudiologia da
Universidade Tuiuti do Paraná para realizar acompanhamento audiológico por
encaminhamento do otorrinolaringologista devido hipoacusia percebida pelos pais.
Na clínica de Fonoaudiologia da universidade Tuiuti do Paraná, foram realizados
os exames de audiometria comportamental, impedanciometria, otoemissões com
aparelho acústicas, e o potencial evocado auditivo de tronco cerebral.
A Clínica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) tem por objetivo
desenvolver o ensino através da prestação de serviços à comunidade de Curitiba e
região no setor público (SUS) e privado. Atua em todas as especialidades da
Fonoaudiologia, incluindo o setor de Audiologia. O setor de Audiologia, conta com
aproximadamente cento e quarenta atendimentos que correspondem a avaliação
otorrinolaringológica, audiológica, teste para protetização e acompanhamento de
pacientes protetizados.
O serviço de Saúde Auditiva da referida instituição, é referência para o
diagnóstico das perdas auditivas e reabilitação em crianças até três anos de idade e em
pacientes com afecções associadas (neurológicas, psicológicas, síndromes genéticas,
cegueira visão subnormal), perdas unilaterais e daqueles que apresentarem dificuldade
na realização da avaliação audiológica em serviço de menor complexidade. Tem como
finalidade prestar assistência multiprofissional especializada às pessoas com doenças
otológicas e em especial às pessoas com deficiência auditiva.
16
4 RELATO DE CASO
Os resultados com relação aos dados trazidos pela mãe na anamnese
demonstram que a mãe teve toxoplasmose gestacional, a criança teve de ficar
internada durante quarenta dias após o nascimento devido a esta intercorrência
também devido a prematuridade, já que RN nasceu de trinta e cinco semanas.
Foi realizado o teste da orelhinha na maternidade que apresentou resultado
normal, porém a percepção da perda auditiva foi por parte dos pais quando ela tinha em
torno de 8 meses de idade, que a levaram a um serviço público da cidade de Paranavaí
onde foi realizado o primeiro exame eletrofisiológico de potencial evocado auditivo de
tronco encefálico que apresentou comprometimento das vias auditivas bilateralmente.
Após o médico otorrinolaringologista da cidade de Paranavaí solicitou o uso de
aparelho de amplificação sonora individual e a encaminhou para avaliação audiológica
em um serviço de Saúde Auditiva de Alta Complexidade do SUS, localizado na clínica
de fonoaudiologia da universidade Tuiuti do Paraná com intenção da possível cirurgia
de implante coclear na cidade de Curitiba.
O exame de Potencial Auditivo de Tronco Cerebral foi realizado em doze de
junho de dois mil e doze, na época a recém nascida tinha oito meses. No exame não
foram obtidos potenciais evocados de tronco cerebral com clicks em 97dBNA em
ambas orelhas, sugerindo comprometimento das vias auditivas de tronco cerebral
bilateralmente (Anexo I).
Então foi encaminhada para a realização dos exames de audiometria
comportamental (Anexo II) e impedanciometria (Anexo III) os quais foram realizados em
20/06/2012.
O neonato não apresentou respostas em nenhum dos sons não calibrados
exceto em 82dBNPS (sino) onde demonstrou atenção, e as medidas da imitância
acústicas mostraram curva timpanometrica do tipo “Ar”.
Após a realização dos exames audiológicos que detectaram uma perda auditiva
profunda bilateralmente foi encaminhada para adaptação de aparelho de amplificação
17
sonora individual do tipo retro auricular bilateralmente (Anexo IV) no mesmo serviço
onde foram realizados os exames.
Dois meses após a indicação do aparelho foi realizado contato com os pais para
a adaptação do AASI, nesta data a recém nascida acabava de completar doze meses
de idade, porém foi referido que haviam conseguido um aparelho em outro serviço na
cidade de ponta grossa e o aparelho que seria doado pelo sistema único de saúde foi
devolvido a empresa fornecedora.
R.M.S já tinha sido encaminhada concomitantemente para o serviço de implante
coclear do hospital pequeno príncipe pelo médico otorrinolaringologista da Universidade
Tuiuti do Paraná porém após os pais relatarem a mudança de município não obtivemos
retorno.
18
5 DISCUSSÃO
No presente estudo podemos observar que a toxoplasmose congênita apesar de
exigir cuidados simples para a não contaminação ainda é bastante recorrente, onde as
principais medidas de prevenção são cozinhar bem os alimentos; lavar frutas, legumes
e hortaliças em água corrente tratada; lavar com sabão e água corrente os utensílios de
cozinha que porventura tenham entrado em contato com carnes cruas; beber água
tratada; utilizar luvas e lavar bem as mãos após o manuseio de terra ou areia e
cuidados com o jardim; evitar contato com fezes de felinos. A limpeza dos dejetos dos
animais deve ser feita diariamente, uma vez que os oocistos do toxoplasma se tornam
infecciosos após 24 horas (CARELLOS, MACHADO, 2012).
Segundo um estudo realizado pela Faculdade de medicina de Minas Gerais no
ano de 2007 que mostra a prevalência dos fatores de risco para deficiência auditiva na
população estudada e a sua associação com perda de audição. As principais
características individuais e de tratamento relacionadas com problemas auditivos foram
o uso de medicação ototóxica pelo recém-nascido (34,2%), permanência em
incubadora (17%), ventilação mecânica (14%) e peso menor que 1.500g. A presença de
infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis, herpes AIDS) foi
encontrada em 3,8% das crianças, sendo que entre estas, a maioria (58%) apresentou
toxoplasmose congênita. Quarenta e seis crianças (5,8%) foram classificadas como
pequenas para a idade gestacional. Apenas duas crianças (0,3%) apresentaram
anomalias craniofaciais e 8 (1%) apresentaram alguma síndrome associada à perda
auditiva
neurossensorial ou
condutiva.
Já
54
crianças (6,8%) apresentaram
antecedentes familiares de perda auditiva (TIENSOLI, GOULART, RESENDE,
COLOSIMO, 2007).
Assim, a deficiência auditiva tem sido alvo de vários estudos epidemiológicos
com o objetivo de identificar seus fatores de risco e suas implicações, a fim de elaborar
ações de saúde e assistência adequadas. Todavia, a literatura nacional é rica em
estudos de prevalência de fatores de risco para surdez, mas escassa em estudos que
19
analisam a associação entre cada um destes fatores e o tipo de déficit auditivo
(AZEVEDO, 1993).
Com relação ao diagnóstico da perda auditiva os primeiros dois anos de vida têm
sido considerados como período crítico para a aquisição e desenvolvimento das
habilidades auditivas e da linguagem. Quando a identificação e a intervenção precoces
ocorrem, crianças com deficiência auditiva obtêm grande progresso, são melhores
sucedidas na escola e tornam-se membros mais produtivos na sociedade. Quanto mais
cedo a intervenção e a habilitação iniciam, mais significativos e efetivos são os
benefícios (HANNA, MAIA, 2010).
O futuro de uma criança nascida com deficiência auditiva significativa depende
muito da identificação precoce isto é, diagnóstico audiológico antes dos doze meses de
idade seguida pela intervenção imediata e adequada. Se as crianças deficientes
auditivas não são identificadas precocemente, é difícil para muitas delas adquirirem
habilidades fundamentais de linguagem, sociais e cognitivas que forneçam o
fundamento para posterior escolarização e sucesso na sociedade (YOSHINAGA, 1998).
Há um consenso de que a identificação da deficiência auditiva no primeiro ano
de vida assegura a aquisição e desenvolvimento de linguagem. Portanto, um atraso na
detecção de uma perda auditiva pode trazer sérios danos ao desenvolvimento da
criança, ou seja, quanto mais precocemente for detectada e tratada uma perda auditiva,
melhor será o prognóstico do desenvolvimento da linguagem, das habilidades
acadêmicas e da interação social da criança (RUSSO, SANTOS,1989).
Em 1982 e novamente em 1990, o Joint Committee on Infant Hearing defendeu a
triagem auditiva de bebês por volta dos três meses de idade. Recomendou-se que, o
processo diagnóstico fosse realizado e que a habilitação fosse iniciada por volta dos
seis meses de idade. Em 1995 esse Comitê reforçou sua posição defendendo a
detecção antes dos três meses de idade. Embora o Comitê tenha reconhecido que nem
sempre é possível atender estas diretrizes, a recomendação representa um ideal
20
endossado
e
defendido
pelos
audiologistas,
médicos,
educadores
e
outros
preocupados com a habilitação das crianças surdas ou com dificuldade para ouvir.
A prática real, no entanto, fica um pouco distante deste objetivo. Inúmeros
estudos relatam que as idades atuais da identificação da deficiência auditiva ocorrem
substancialmente após os seis meses de idade. Para crianças com perda auditiva
severa, as idades variaram entre doze, seis e dezenove meses de idade (MANFREDI,
SANTOS,
2002).
As crianças com deficiência auditiva de grau moderado e sem riscos conhecidos
apresentam a maior idade de identificação (quarenta e três meses). A situação pode até
ser pior em crianças com perdas auditivas leves e unilaterais as quais não são
frequentemente identificadas antes dos cinco a seis anos de idade (MAUK, CAGS,
BEHRENS, 1993).
No Brasil, o período de tempo entre a suspeita da família e o diagnóstico
audiológico é muito longo. Geralmente a suspeita ocorre no primeiro ano de vida e o
diagnóstico entre o segundo e terceiro ano de vida, perdendo assim o período crítico de
aquisição e desenvolvimento de linguagem (LICHTIG, COUTO, MONTEIRO, 1997).
A perda auditiva da RMS foi percebida pelos pais e familiares por volta dos oito
meses de vida, onde foi iniciado o processo de avalição audiológica. É importante
ressaltar que período desde o diagnóstico da perda auditiva até o momento da
indicação do aparelho de amplificação sonora individual foi de apenas dois meses. E
descartando o fato de a criança tenha mudado de município, a detecção da perda
auditiva, indicação e adaptação do aparelho teriam sido realizadas antes que a criança
completasse um ano de vida. Entretanto percebe-se que o tempo tanto para o
diagnóstico da perda auditiva quanto para indicação do AASI, não foi realizado em
tempo adequado.
21
De acordo com a Diretriz de Atenção à Saúde da Criança (SECRETARIA
MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA. CURITIBA, 2012), recomenda-se que o
diagnóstico seja realizado em até 3 meses de vida e que a reabilitação ocorra em até 6
meses de vida. No presente estudo podemos observar que a detecção da perda
auditiva ocorreu antes do primeiro ano de vida.
Foi realizada e triagem auditiva
neonatal na maternidade, porém pelo fato de a recém nascida não ter falhado no teste
da orelhinha, não foi realizado acompanhamento.
Nesse caso, o serviço de triagem neonatal falhou em não ter indicado o
acompanhamento audiológico do neonato, devido aos fatores de risco: prematuridade,
ter estado em UTI e toxoplasmose congênita, como indica Programa de Triagem
Auditiva Neonatal Universal na Diretriz de Atenção à Saúde da Criança (SECRETARIA
MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA.CURITIBA, 2012)
22
6 CONCLUSÃO
A toxoplasmose congênita gestacional apesar de ser uma doença de simples
prevenção ainda acomete grande parte da população trazendo assim sérios e
permanentes danos à saúde auditiva do neonato. Cabe aos profissionais da saúde
principalmente fonoaudiólogos e audiologitas prevenir e orientar a população com
relação aos fatores de risco para a perda auditiva, assim como seguir as
recomendações da Diretriz de Atenção à Saúde da Criança (SECRETARIA MUNICIPAL
DA SAÚDE DE CURITIBA. CURITIBA, 2012) apesar das dificuldades ainda
encontradas em serviços públicos e também privados para detecção de perdas
auditivas.
Sendo assim, podemos concluir que no presente estudo foi diagnosticado e
realizado os devidos encaminhamentos para protetização e reabilitação em até um ano
de idade, no entanto não foi realizado no tempo sugerido Diretriz de Atenção à Saúde
da Criança.
23
7 REFERÊNCIAS
1. ANDRADE, Gláucia Manzan Queiroz de; GOULART, Eugênio Marcos Andrade;
SIQUEIRA, Arminda Lúcia. Triagem neonatal como estratégia para o diagnóstico e
tratamento precoces da toxoplasmose congênita em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina. 2008.
2. AZEVEDO MF, VILANOVA L.C.P, VIEIRA R.M. Desenvolvimento auditivo de
crianças normais e de alto risco. São Paulo: Editora Plexus; 1995.
3. BITTENCOURT A.M, MANTELLO E.B, MANFREDI A.K.S, SANTOS C.B, ISAAC M.L.
Fatores de risco para deficiência auditiva em recém-nascidos acompanhados no
berçário de risco do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo. Fono Atual. 2005.
4. BONFILS P. Spontaneous and evocked otoacoustic emissions in preterm neonates.
Laryngoscope 1992.
5. CANTOS, G.A.; PRANDO, M.D.; SIQUEIRA, M.V. TEIXEIRA, R.M. Toxoplasmose:
ocorrência de anticorpos antitoxoplasma gondii e diagnóstico. Rev. Assoc. Med. Bras.
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27
8 ANEXOS
Exame de Potencial Auditivo de Tronco Cerebral realizado em
12/06/2012
28
Gráfico do Potencial Evocado realizado em
06/12/2012.
29
Exame Audiometria comportamental realizado em
20/06/2012.
30
Exame de impedanciometria realizado em
20/06/2012
31
Gráfico do potencial evocado realizado em
26/06/2012
32
Exame de Ganho de
inserção.
33
Gráfico do potencial evocado auditivo realizado em
06/12/2012
34
Teste de emissões otoacústica transientes e produto de distorção
35
Teste com aparelho de amplificação sonora individual realizado em
09/08/2012
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