agro 3 Artigo Polyanna _1

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Agronomia/Agronomy
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SUPRESSÃO DE PLANTAS DANINHAS PELA COBERTURA COM ADUBOS VERDES EM
SOLO DE CERRADO
PANTALEÃO1, P. S.; LACA-BUENDÍA2, J. P.; BRITO3, L. F., GODINHO4, N. C. A.; BERNARDES5, A. de G.
1
Eng. Agr., Rua Armando Tucci, 1482, Bairro Santa Mônica, Uberlândia, fone: (34) 96733270, e-mail: [email protected];
Eng.Agr., M.Sc., Travessa Felipe Camarão, 58, Bairro Fabrício, CEP: 38065-140-Uberaba-MG, fone: (34) 33145332, e-mail:
[email protected];
3
Graduado do curso de Agronomia das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. do Tutuna, 720, Bairro Tutunas , fone: (34) 33184188, email : [email protected];
4
Graduado do curso de Agronomia das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. do Tutuna, 720, Bairro Tutunas , fone: (34) 33184188, email : [email protected];
5
Graduado do curso de Agronomia das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. do Tutuna, 720, Bairro Tutunas , fone: (34) 33184188, email : [email protected]
2
RESUMO: Com o objetivo de comparar a cobertura do solo com diferentes adubos verdes, utilizando a produção de massa
verde e seca da parte aérea na supressão das plantas daninhas, em área de cerrado, foi instalado o presente experimento no ano
agrícola 2009, na Fazenda Escola das Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU, localizada em Minas Gerais. Os
tratamentos consistiam na utilização de quatro adubos verdes: Crotalaria juncea L., Stizolobium aterrimum L., Pennisetum
glaucum (L.) R. Br. e Calopogonium mucunoides L., e a testemunha (Pousio). Para determinação de massa seca e verde dos
adubos verdes e o número das espécies de plantas daninhas existentes em cada parcela utilizou-se a área útil de 1,0 m2. Para
cada parcela calculou-se os valores quantitativos das plantas daninhas em densidade, densidade relativa, frequência, frequência
relativa, abundância, abundância relativa e o índice de importância relativa. Os adubos verdes que apresentaram os maiores
valores de massa verde e seca foram Milheto e Mucuna-preta. As principais espécies de plantas daninhas encontradas foram
Digitaria decumbens, Eleusine indica, Commelina benghalensis, Alternanthera ficoidea, Ipomoea grandifolia, Brachiaria
decumbens, Amaranthus hybridus e Indigofera hirsuta. A Mucuna-preta foi o adubo verde que teve maior efeito de supressão
sobre as plantas daninhas que ocorreram, seguido do Milheto e o Calopogônio foi o adubo verde que menos suprimiu as
plantas daninhas. As cinco principais plantas daninhas que não sofreram a supressão com os adubos verdes estudados foram
Capim-colchão com densidade absoluta de 14.422 perfilhos m-2 e índice de valor de importância de 217%; seguido de Apagafogo com densidade absoluta de 6 plantas m-2 e índice de valor de importância de 13%; Trapoeraba com densidade absoluta de
18,5 plantas m-2 e índice de valor de importância de 12%; Pé-de-galinha com densidade absoluta de 48 plantas m-2 e índice de
valor de importância de 10% e Caruru com densidade absoluta de 5 plantas m-2 e índice de valor de importância de 8%.
Palavras-chaves: Leguminosas. Espécies de plantas daninhas. Fitossociologia. Produção de massa verde e seca.
ABSTRACT: With the goal of comparing soil coverage of different green fertilizers, using the production of green mass and
aboveground dry in suppression of weeds, in Cerrado area, was installed this experiment in crop year 2009 in Fazenda Escola
das Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU, located in Minas Gerais. Green fertilizers were studied Crotalaria juncea L.,
Stizolobium aterrimum L., Pennisetum glaucum (L.) r. Brrown, and Calopogonium mucunoides L., compared to a witness (Setaside) treatment. For determination of green dry mass green fertilizers and the number of existing weed species in each plot
has been used 1.0 m2 floor area. For each parcel was a quantitative value of weed density, relative density, frequency,
frequency, relative abundance, relative abundance and the index of relative importance. The goal of this work was to compare
the groundcover for different green fertilizers, using the production of green mass and aboveground dry and weed suppression,
in Cerrado area. Green fertilizers that showed the greatest values of green mass and drought were Millet and Mucuna-black.
The main species of weeds found were Digitaria decumbens, Eleusine indica, Commelina benghalensis, Alternanthera
ficoidea, Ipomoea grandifolia, Braquiaria decumbens, Amaranthus hybridus and Indigofera hirsuta. The Mucuna-black was
the green fertiliser obtained more weed suppression that occurred, followed by Millet and those that have less suppression
were Calopogônio. The five major weed which have not undergone the abolition with the fertilizers green studied were
Crabgrass with absolute density 14.422 perfilhos m-2, and index value of importance of 217%; followed by Erase-fire with
absolute density of 6 plants m-2 and index value of importance of 13%; absolute pitch Trapoeraba 18.5 plants m-2 and index
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value of importance of 12%; Crow's foot with absolute density of 48 plants m-2 and index value and importance of 10% with
absolute density Caruru 5 plants m-2 and index value of importance of 8%.
Key-words: Legumes. Weed Species. Phytosociology. Production of green mass and drough.
INTRODUÇÃO
A adubação verde é uma prática milenar conhecida
por gregos, romanos e chineses antes da Era Cristã.
Tremoços, ervilhas, favas, lentilhas, vicias e outras
leguminosas eram usadas há mais de 3.000 anos A.C.
(MARTIN; LEONARD, 1949, citado por CARVALHO;
AMABILE, 2006).
A adubação verde pode ser definida como a prática
de se incorporar (ou não) a massa vegetal não decomposta,
de plantas cultivadas no próprio local ou fora dele com a
finalidade de preservar e/ou recuperar a produtividade das
terras (MUZILLI, 1986). Os adubos verdes são plantas
intencionalmente cultivadas com o objetivo de serem
incorporadas ao solo, como fonte de matéria orgânica para
melhorar a produtividade (Igue et al., 1984), cuja magnitude
varia com a quantidade e com a qualidade do adubo verde,
condições edafoclimáticas e práticas culturais utilizadas
(ARF et al., 1999).
Conforme Pereira; Burle; Resck (1992), ao se
decidir por uma planta condicionadora de solo, ou adubo
verde, a sua utilização em agroecossistema, devem-se
considerar as seguintes características: grande produção de
fitomassa e de sementes; ter o ciclo compatível com o
sistema de produção; ter sementes de fácil produção e
colheita; ser tolerante a pragas e a doenças; apresentar
enraizamento profundo; tolerância ao alumínio tóxico; ser
boa extratora de nutrientes; ser infectiva e efetiva na
absorção de nitrogênio atmosférico (leguminosas); ser
tolerante à seca; e proporcionar aumento expressivo no
rendimento das culturas subsequentes.
Segundo Favero et al. (2000), as leguminosas têm
sido as preferidas para adubação verde, principalmente pela
fixação de nitrogênio atmosférico por bactérias,
principalmente do gênero Rhizobium sp., que vivem em
simbiose com suas raízes, apresentando grande quantidade de
massa e sistema radicular pivotante, podendo extrair
nutrientes das camadas profundas.
As plantas daninhas interferem diretamente ou
indiretamente nas culturas, sendo qualquer ser vegetal que
cresce onde não são desejadas. Elas crescem juntamente com
as culturas e interferem no seu desenvolvimento reduzindo a
produção devido à competição por água, luz, CO2, nutrientes
e ainda podem exercer inibição química sobre o
desenvolvimento das plantas, conhecida como alelopatia
(LORENZI, 1990).
Com a adubação verde e o acúmulo de palha pode
ocorrer à supressão das plantas daninhas, este é um
fenômeno que reduz temporariamente o seu crescimento.
Este efeito, embora não provoque a morte, mantém as plantas
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daninhas em estado de impossibilidade de competição com
as espécies cultivadas, ou seja, seu crescimento, por um
determinado período, fica inibido, reduzindo, de forma
significativa, sua ação sobre a cultura principal (SALTON;
HERNANI; FONTES, 1998).
Em área com acúmulo de fitomassa na superfície do
solo, a infestação de plantas daninhas é afetada por fatores
físicos, químicos e biológicos. Dentre os fatores físicos
destacam-se a dificuldade da emergência da planta daninha,
que apresenta pouca reserva nas suas sementes para
atravessar a camada de fitomassa e a dormência das
sementes que necessitam de luz para germinarem. A
produção de inibidores bioquímicos, diretamente pelos restos
vegetais ou pelos microorganismos que se desenvolvem
durante seu processo de decomposição, pode também inibir a
germinação e a emergência de algumas espécies (HECTOR,
2004).
De acordo com Costa et al. (1993), a definição de
adubação verde é a prática conservacionista pela qual certas
espécies de plantas são cultivadas e, a seguir, incorporadas
ou mantidas na superfície do solo, em determinado estádio
fenológico, com a finalidade de assegurar ou aumentar a
capacidade produtiva do solo. Quando essas plantas são
incorporadas ao solo, elas atuam como condicionadores
físicos, químicos e biológicos, podendo ser denominadas de
plantas condicionadoras de solo.
Os benefícios que a adubação verde promove são:
proteção do solo contra erosão hídrica e eólica; a cobertura
protege o solo de chuvas de alta intensidade, do impacto das
gotas das chuvas, mantendo ou influindo na agregação do
solo, promovendo melhor porosidade e, consequentemente,
melhor permeabilidade e retenção de água; infiltração de
água, devido ao efeito da cobertura e do sistema radicular,
reduzindo dessa forma as enxurradas e o transporte de solo,
fertilizantes e pesticidas; contribuição na formação e na
manutenção da matéria orgânica, facilitando a produção de
compostos húmicos importantes na troca de bases de ação
iônica. Um aspecto prático no Cerrado, onde a fração
orgânica é de grande importância, é o efeito do veranico.
Num solo cultivado e com maior teor de húmus e
consequentemente melhor agregação, em geral, as plantas
são menos afetadas pela ação desse fenômeno (PEREIRA et
al. (1992), citados por CARVALHO; AMABILE, (2006)).
Os resíduos das plantas no solo tendem a contribuir
para uma melhoria da estruturação do solo, por um aumento
da estabilidade dos agregados estáveis em água (ação
cimentante da matéria orgânica, efeito dos polissacarídeos e
hifas de fungos); elevação dos índices de infiltração de água;
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aumento da porosidade do solo, melhor aeração, menores
perdas de água por evaporação pelo efeito da cobertura morta
na superfície e diminuição da densidade do solo pelo efeito
da matéria orgânica (CALEGARI, 1998).
As diferentes espécies de adubos verdes bem como
seus resíduos tendem a causar importantes efeitos na
fertilidade do solo, sendo que seus principais efeitos são:
acúmulo de matéria orgânica ao longo dos anos; incremento
na formação de ácidos orgânicos, fundamentais no processo
de solubilização dos minerais do solo; maior disponibilidade
de macro e micronutrientes nas camadas superiores do perfil
do solo; contribuição para o aumento da CTC (dependente de
pH) do solo; diminuição dos efeitos tóxicos do alumínio e
manganês através da formação de complexos; incremento na
mobilização dos nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que
se encontram nas camadas mais profundas do perfil do solo,
através da elevada capacidade de reciclagem de nutrientes
que dessa forma, colocando-se em condições de serem
aproveitados pelas culturas posteriores (CALEGARI, 1998).
Através da formação de cobertura morta, e pelos
seus efeitos físicos e químicos (alelopáticos), os adubos
verdes afetam qualitativa e quantitativamente distintas
infestações de espécies invasoras (CALEGARI, 1998).
Assim, são conhecidos os efeitos da aveia preta,
centeio, azevém, ervilhacas, nabo forrageiro, espérgula,
Crotalária juncea, mucunas, guandu, calopogônio, feijão-deporco, entre outros, no controle de diferentes espécies de
plantas invasoras, sendo importante o uso e o manejo desses
adubos verdes em rotação para diminuir populações de
algumas invasoras, e também um dos métodos mais valiosos
e baratos no controle de nematóides, além dos inúmeros
outros benefícios que proporcionam desde que se opte por
espécies adequadas (CALEGARI, 1998).
Padovan [s.d.] considera que as espécies
utilizadas como adubos verdes são estratégicas em sistemas
de rotação de culturas, para cultivos entre as culturas de
interesse econômico, bem como para consórcios,
proporcionando expressivos benefícios, como: reciclagem
de nutrientes lixiviados em profundidade, ou seja,
recuperação de nutrientes que seriam perdidos para as
camadas mais profundas do solo, auxiliando no fornecimento
de nitrogênio fixado diretamente da atmosfera por
leguminosas, intensificando as atividades biológicas do solo;
melhorias na descompactação do solo, na estruturação e na
circulação de ar no solo; diminuição na variação da
temperatura do solo (temperatura mais constante); Melhoria
do aproveitamento e eficiência de adubos e corretivos
auxiliando na recuperação de solos de baixa fertilidade.
Kochhann; Denardir (2000), citados por Castro;
Prezotto (2008) comentam que as espécies utilizadas para a
adubação verde do solo devem ser selecionadas pela
produção de sementes, pelo potencial de produção de
fitomassa, pela propriedade de reciclagem ou incorporação
de nutrientes ao solo, pela velocidade e uniformidade do
desenvolvimento vegetativo e pelo risco de se tornar planta
daninha e pelas facilidades de manejo, especialmente quanto
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à compatibilidade do ciclo com as demais espécies
cultivadas.
O cultivo dessas plantas visa, principalmente,
promover a diversidade biológica dos agroecossistemas de
cerrado, aumentar a fitomassa vegetal dos sistemas de
produção, incrementar a quantidade e melhorar a qualidade
da matéria orgânica do solo, reciclar mais eficientemente os
nutrientes, proporcionar cobertura ao solo na entressafra,
protegendo-o dos principais agentes de degradação,
consequentemente, promover seu uso sustentável. Algumas
dessas espécies apresentam múltiplos usos e podem ser
usadas na alimentação humana e animal (BURLE et al.,
2006).
O Calopogônio mucunoides possui potencialidades
alelopáticas e que a parte aérea, seguida das raízes, se
constitui na principal fonte de substâncias químicas com
atividades potencialmente alelopáticas, solúveis em água
(SOUZA FILHO; RODRIGUES; RODRIGUES, 1997).
Segundo Souza Filho; Alves; Figueredo (2003) devem-se
utilizar manejos que possibilitam manter essa leguminosa
forrageira em idade de quatro semanas de crescimento,
quando as plantas acumulam maiores quantidades de
substâncias químicas com atividade potencialmente
alelopática na parte aérea.
A principal vantagem da Crotalaria juncea é a sua
acelerada velocidade inicial de crescimento resultando uma
rápida cobertura do solo com efeito superior às plantas
invasoras, promovendo uma liberação mais rápida do terreno
para estabelecimento da cultura comercial (BURLE et al.,
2006).
Suzuki; Alves (2006) observaram que o milheto e a
crotalária obtiveram o melhor desempenho na produção de
massa seca em relação aos outros tratamentos, com valores
de 11,834 kg ha-1 e 9,837 kg ha-1, respectivamente, porém
em épocas de verão onde os adubos verdes apresentam maior
produtividade.
Já Assis (2008) avaliando a Crotalária (Crotalaria
juncea), Feijão Guandu (Cajanus cajan (L) Millsp), Milheto
(Pennisetum glaucum (L.) R. Br.), Aveia-preta (Avena sativa
L.), Braquiarão (Brachiaria brizantha), e nenhuma cultura
(pousio). Foi observado que a crotalária obteve o terceiro
resultado de produção de massa verde com 14,9 t ha-1 e 2,8 t
ha-1 de massa seca.
Segundo Ferraz; Lopes (2003), a mucuna-preta
produz cerca de 35,0 t ha-1 de fitomassa verde, e fixa cerca
de 120 a 157 kg ha-1 ano-1 de N.
Carvalho et al. (2004), em experimento realizado
nos anos agrícolas de 1997/1998 e 1998/1999,concluíram
que a Mucuna-preta apresentou de 6,0 a 8,0 t ha-1 quando o
manejo ocorreu no florescimento pleno.
Essa espécie apresenta efeito alelopático sobre a
tiririca (Cyperus rotundus), planta daninha de difícil
controle. O seu efeito sobre fungos fitopatogênicos do solo
também tem sido estudado (FERRAZ; LOPES, 2003).
Segundo Ferraz et al. (2003), a mucuna-preta possibilita a
melhoria na fertilidade e textura do solo, além do seu efeito
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benéfico nos sistemas de rotação de culturas, que visam
reduzir populações de algumas espécies de nematóides.
Favero et al. (2001), nos anos agrícolas de 1995/96
e 1996/97, avaliaram cinco espécies de leguminosa como
plantas de cobertura: feijão-de-porco (Canavalia ensiformes),
feijão-bravo-do-ceará (Canavalia brasiliensis), mucuna-preta
(Mucuna aterrima), lab-lab (Dolichos lablab) e guandu
(Cajanus cajan) e a testemunha, na qual a parcela
permaneceu em pousio após o preparo do solo, havendo
crescimento das plantas espontâneas. Observou-se que
a mucuna-preta destacou-se das demais quanto à capacidade
de recobrir o solo e abafar as plantas espontâneas.
O milheto (Pennisetum glaucum L. R. Br.)
dependendo da época do ano, das condições chuvosas e do
fotoperíodo, podem-se conseguir até 70,0 t ha-1 de fitomassa
verde (PEREIRA FILHO et al., 2003).
O milheto contribui para o controle de invasoras,
principalmente, pela competição por água, nutrientes e luz e,
porque cobre rapidamente o solo. Com base em resultados de
ensaios conduzidos no Mato Grosso do Sul, constatou-se que
o milheto produziu 5,5 e 9,9 t ha-1 de matéria seca aos 57 e
72 dias após a semeadura, representando 110 kg ha-1 dia-1 de
acúmulo de matéria seca (SALTON; PITOL; ERBES, 1993).
Corrêa; Sharma (2004) confirmaram os resultados
de Salton; Pitol; Erbes (1993), obtendo uma produção da
parte aérea, que atingiu 5,0 e 6,0 t ha-1.
O alto conteúdo de K (33,5 g kg-1) associado à sua
elevada produção de matéria seca caracteriza essa espécie
como altamente eficiente em reciclar potássio, sendo seu uso
recomendado nesse sentido para solos arenosos em que esse
elemento é bastante lixiviado (SALTON; KICHEL, 1998).
Finholdt et al. (2009), estudaram os adubos verdes:
Crotalária (Crotalaria juncea), feijão-guandu (Cajanus cajan
(L) Millsp), Milheto (Pennisetum glaucum (L) R. Br.), aveia
preta (Avena sativa L.), braquiarão (Brachiaria brizantha) e
a testemunha sendo o solo em pousio, verificando-se que o
Milheto foi o adubo verde que apresentou melhor resultado
na cobertura do solo e na produção de massa verde e seca da
parte aérea, observando-se 58,1 t ha-1 e 7,0 t ha-1,
respectivamente.
Este trabalho teve como objetivo comparar a
cobertura do solo com diferentes adubos verdes, utilizando a
produção de massa verde e seca da parte aérea na supressão
das plantas daninhas, em área de cerrado
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no ano agrícola
2009 (safra Outono/inverno), na Fazenda Escola das
Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU, localizada em
Minas Gerais nas coordenadas geográficas 19º44’13” de
latitude sul e 47º57’27” de longitude a oeste de
Greenwich, com altitude média de 780 m (EMBRAPA,
1999).
O solo é do tipo Latossolo Vermelho distrófico,
textura média, com 72% de areia, 22% de argila e 6% de
silte. O relevo é predominantemente suave ondulado com
declividades médias variando de 2 a 8%. Os resultados da
análise de solo podem ser observados na Tabela, 1).
As análises foram feitas no Laboratório de
Análise de Solos da FAZU, antes da implantação do
experimento.
O clima da região, segundo classificação de
Köeppen, é tropical quente úmido com inverno frio e seco,
as médias anuais de temperatura, precipitação e umidade
relativa foram de 22,5ºC, 1.630,3 mm e 66,8%,
respectivamente (EMBRAPA, 1999).
O delineamento experimental utilizado foi em
blocos ao acaso, sendo cinco tratamentos e quatro
repetições, totalizando 20 parcelas.
TABELA 1 – Resultados da análise química do solo (camada de 0 a 20 cm) da área experimental.
pH
Al
Ca
Mg
T
P
P rem
K
M.O.
H2O
cmolc dm-3
mg dm-3
dag kg-1
6,22
0,0
1,48
0,58
4,82
2,2
5,2
61
2,81
Fonte: Dados obtidos através da análise realizada no Laboratório de Análise de Solos da FAZU
Cada parcela foi constituída de cinco fileiras de
5,0 m de comprimento x 2,0 m de largura, e espaçadas de
0,40 m entre elas. A área útil foi tirada a bordadura e
aproveitada à área interna de cada adubo verde.
Cada tratamento foi constituído de um adubo
verde, sendo: Crotálaria (Crotalaria juncea L.), Mucunapreta (Stizolobium aterrimum L.), Milheto (Pennisetum
glaucum (L.) R. Br.) e Calopogônio (Calopogonium
mucunoides L.), comparados com a testemunha ou Pousio.
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
V
%
46,01
O plantio foi realizado no dia 12 de Setembro de
2009. Foi feito gradagem na área antes do plantio, não foi
contadas as plantas daninhas existentes antes de instalar o
experimento. A semeadura de cada adubo verde foi
realizada manualmente. Não foi realizado nenhum tipo de
adubação, controle de plantas daninhas, e nenhum controle
de pragas e doenças.
Quando as espécies de adubos verdes atingiram
50% de floração em 14 de Dezembro de 2009, foi
realizada a coleta da massa verde, sendo feita uma coleta
Agronomia/Agronomy
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por parcela. Os adubos verdes foram cortados na altura do
solo, utilizando-se o método do “quadrado-inventário”,
aplicado através de um quadrado de 1,0 x 1,0 m = 1,0 m2,
colocado ao acaso. Dentro das áreas ocupadas pelos
adubos verdes, o material colhido foi colocado
separadamente dentro de sacos de papel após serem
cortados, em seguida foi realizada a pesagem de cada
amostra, evitando perdas de umidade.
Feita a pesagem da massa verde, as amostras
foram colocadas todas juntas em uma estufa com
temperatura forçada de 70°C, permanecendo por 72 horas,
até peso constante. Após a retirada realizou a pesagem
determinando a massa seca de cada uma das parcelas.
A contagem das plantas daninhas foi realizada a
partir do material cortado para medir a massa verde e seca,
separando de cada parcela de adubo verde as plantas
daninhas existentes, espécie por espécie.
A única espécie de planta daninha que foi pesada
foi o capim-colchão, para a determinação do número de
perfilhos por m2. Foi feita a contagem e a pesagem de 100
perfilhos por três vezes, pesados para se ter uma média do
peso, determinando-se a quantidade de perfilhos por m2
dentro de cada parcela.
De acordo com Mueller-Dombois; Ellemberg
(1974) e Braun-Blanquet (1950) foram avaliados os
valores quantitativos de densidade absoluta e relativa,
frequência absoluta e relativa, abundância absoluta e
relativa e o índice de importância relativa, obtidos através
das seguintes fórmulas:
Densidade =
Número total de indivíduos por espécie__
Número total de quadrados obtidos (área total)
Densidade relativa =
Densidade das espécies
x 100
Densidade total de todas as espécies
Frequência =
Número de parcelas que contém a espécie
Número total de parcelas utilizadas
Frequência relativa =
Frequência da espécie
x 100
Frequência total de todas as espécies
Abundância =
Número total de indivíduos por espécie___
Número total de parcelas que contêm as espécies
Abundância relativa =
Abundância da espécie
x 100
Abundância total de todas as espécies
Índice de valor de importância relativa (IVI)= Densidade Relativa + Frequência Relativa + Abundância Relativa.
As análises estatísticas foram realizadas pelo
software SISVAR e as médias foram comparadas
utilizando o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade
(FERREIRA, 2008).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pelos resultados obtidos pode-se observar que os
adubos verdes que apresentaram os maiores valores de
fitomassa verde foram: Milheto e Mucuna-preta, com 58,4
t ha-1 e 53,0 t ha-1, respectivamente e não teve diferença
estatística em relação à Crotalária (Tabela. 2).
TABELA 2 –Fitomassas verde e seca dos adubos verdes estudados no município de Uberaba/MG, 2009.
Tratamentos
Fitomassa verde (t/ha-1)
Fitomassa seca (t/ha-1)
(*)
Milheto
58,4a
17,4ª
Mucuna-preta
53,0ab
10,0b
Crotalária
25,4ab
4,6b
Calopogônio
4,0c
1,3b
C. V. (%)
34,5
23,7
(*) Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%.
Dados transformados para análise estatística a √(x+1).
Já para a fitomassa seca, encontrou-se que o
Milheto apresentou o maior valor com 17,4 t ha-1.
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
O Milheto foi o adubo verde que apresentou
melhor resultado na cobertura do solo e na produção de
fitomassa verde e seca da parte aérea, observando-se 58,1 t
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ha-1 e 7 t ha-1, respectivamente. Estes resultados estão de
acordo com os obtidos por Finholdt et al. (2009) em
relação à fitomassa verde.
Suzuki; Alves (2006) observaram que o Milheto e
a Crotalária tiveram o melhor desempenho na produção de
massa seca em relação aos outros tratamentos, com valores
de 11,834 kg ha-1 e 9,837 kg ha-1, respectivamente, porém
em épocas de verão em que os adubos verde apresentam
maior produtividade.
O Milheto foi a planta de cobertura que mais
produziu matéria seca da parte aérea, atingindo 5,0 e 6,0 t
ha-1, respectivamente, nos anos agrícolas 1999 e 2000
(CORRÊA; SHARMA, 2004) sendo menor que a
quantidade de matéria seca (17,4 t ha-1) determinada no
presente trabalho (Tabela, 2).
Já em experimento realizado por Assis (2008)
estudando os seguintes adubos verdes: Crotalária
(Crotalaria juncea), Feijão Guandu (Cajanus cajan (L)
Mill sp), Milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br.), Aveia
Preta (Avena sativa L.), Braquiarão (Brachiaria brizantha)
e a testemunha, ou pousio, onde não foi estabelecida
nenhuma cultura Concluiu-se que o milheto foi o adubo
verde que apresentou melhor resultado na cobertura do
solo e na produção de fitomassa verde e seca da parte
aérea, com 58,1 e 7,0 t ha-1, respectivamente, tendo a
menor incidência de plantas daninhas, provavelmente
devido ao seu rápido desenvolvimento. Este experimento
foi realizado no mesmo local que o presente trabalho,
concordando com os resultados obtidos.
Em solos de mesmas características, o resultado
obtido na produção de fitomassa verde da crotalária foi de
39,33 t ha-1, citado por Fontanétti (2006), sendo superior
ao resultado obtido no presente trabalho.
Carvalho et al. (2004) observaram que a Mucunapreta apresentou de 6,0 a 8,0 t ha-1 quando o manejo
ocorreu no florescimento pleno, discordando dos dados
observados no presente trabalho.
Por outro lado, o uso de leguminosas para
adubação verde promove modificações na dinâmica de
sucessão das espécies espontâneas. Em trabalho realizado
por Favero et al. (2001), observa-se que entre as espécies
estudadas, a Mucuna-preta é a de maior potencial para
recobrimento de solo e supressão de plantas espontâneas.
Este potencial da Mucuna-preta em reduzir a população de
plantas espontâneas é reconhecido na literatura. Brandão
(1940) destaca a agressividade desta espécie como a
principal característica na supressão de invasoras.
Por outro lado, Lorenzi (1984) e Medeiros (1989)
destacam o seu efeito alelopático, que inibe o crescimento
de outras espécies, e prevalece desde o início do ciclo até o
seu final.
A diminuição na produtividade de matéria seca
em plantas espontâneas na presença das leguminosas de
cobertura, como já discutido, deve-se aos efeitos de
concorrência entre elas, ou seja, abafamento, competição
por nutrientes, água, luminosidade e oxigênio e,
possivelmente, também aos efeitos alelopáticos
provocados pelas leguminosas cultivadas sobre as plantas
espontâneas.
A importância
dessa
competição,
especialmente a alelopática, como mecanismos de suprimir
plantas espontâneas, é destacada por vários pesquisadores
(OVERLAND,
1966;
LORENZI,
1984;
MEDEIROS, 1989).
Comparou-se o do Índice de valor de importância
relativa IVI (%) entre massa seca e verde dos adubos
verdes utilizados (Fig. 1).
80
60
40
20
0
Crotalária
Mucunapreta
Milheto
IVI TOTAL
Calopogônio
MASSA SECA (t.ha-¹)
MASSA VERDE (t.ha-¹)
FIGURA 1 – Comparação do Índice de valor de Importância Relativa IVI (%), entre massa seca
massa verde dos adubos verdes estudados.
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
Agronomia/Agronomy
A emergência de plantas daninhas foi
relativamente igual em todos os tratamentos, mas quando
comparada a quantidade de fitomassa seca, o Milheto
seguido pela Mucuna-preta foram os adubos verdes que
mais obtiveram resultado sobre a supressão de plantas
daninhas, enquanto a área com Calopogônio foi observada
a maior incidência de plantas daninhas (Tabela, 3).
As principais espécies de plantas daninhas
encontradas nas áreas de adubos verdes foram: Capimcolchão (Digitaria decumbens), Capim-pé-de-galinha
(Eleusine indica), Trapoeraba (Commelina benghalensis),
Apaga-fogo (Alternanthera ficoidea), Corda-de-viola
(Ipomoea
grandifolia),
Braquiária
(Braquiaria
decumbens), Caruru (Amaranthus hybridus) e Anil
(Indigofera hirsuta).
A Mucuna-preta apresentou o menor número de
plantas daninhas, identificando-se apenas a presença de
plantas daninhas Poaceas (capim-colchão e braquiária),
sendo que as plantas daninhas de folhas largas
(Dicotiledôneas) não foram encontradas quando foi
cultivado este adubo verde, seguido pelos locais com
plantio de Milheto em que a área apresentou menor
controle das plantas daninhas Poaceas (capim-colchão, pé-
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
36
de-galinha), que não apresentou controle sobre as
dicotiledôneas.
Pelas análises fitossociológicas das plantas
daninhas quando se utilizou a Crotalária, verificou-se que
as cinco principais plantas daninhas que não sofreram a
supressão com a Crotalária foram o Capim-colchão,
seguido pelo Apaga-fogo, Pé de galinha, Trapoeraba, e
Caruru (Tabela, 4).
Pelos resultados das análises fitossociológicas das
plantas daninhas quando se utilizou a Mucuna-preta,
verificou-se que as três principais plantas daninhas que não
sofreram a supressão com a Mucuna-preta foram a
Braquiária, seguidas pelo Capim-colchão, e Capimcarrapicho (Tabela, 5).
Agronomia/Agronomy
37
TABELA 3 – Número total de plantas daninhas presentes no estudo de supressão de adubos verdes no município de
Uberaba/MG, 2009.
PLANTAS
Crotalária
Mucuna-preta Milheto Calopogônio Pousio
TOTAL
DANINHAS (plantas m-2)
Capim-colchão
Capim-pé-de-galinha
Trapoeraba
Apaga-fogo
Corda-de-viola
Braquiária
Caruru
Anil
Capim- carrapicho
Capim-arroz
Capim-fino
Picão-preto
Beldroega
Amendoim-bravo
Pincel
Jetirana
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
60.730
76
7
28
0
0
42
15
61
26.030
237
28
93.176
170
113
180.006(*)
530
259
6
17
6
27
0
2
0
0
2
0
8
0
0
60.881
0
0
37
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
65
13
22
0
3
0
0
0
10
1
0
0
0
17
184
40
0
5
13
12
13
13
0
12
0
1
1
0
26.405
27
50
0
6
24
14
15
8
1
11
1
0
0
93.616
100
94
52
50
43
32
28
23
17
11
10
1
17
181.367
TABELA 4 – Valores de Densidade, Frequência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) encontrados na
cultura da Crotalária no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHAS – CROTALÁRIA
Espécie
Capim-colchão
Capim-pé-de-galinha
Caruru
Densidade
Frequência
Abundância
Número Número
IVI
total de
de
Absoluta
Relativa
Relativa
Relativa
(%)
Absoluta
Absoluta
indivíduos parcelas (plantas m-2)
(%)
(%)
(%)
60.730
3
20.243,3(*)
99,62
0,15
15
20.243,3
99,62
214,23
76
3
25,3
0,125
0,15
15
25,3
0,12
15,25
27
2
13,5
0,07
0,1
10
13,5
0,07
10,13
Corda-de-viola
17
1
17,0
0,08
0,05
5
17,0
0,08
5,17
Amendoim-bravo
8
1
8,0
0,04
0,05
5
8,0
0,04
5,08
Trapoeraba
7
2
3,5
0,02
0,1
10
3,5
0,02
10,03
Apaga-fogo
6
4
1,5
0,01
0,2
20
1,5
0,01
20,02
Braquiária
6
1
6,0
0,03
0,05
5
6,0
0,03
5,06
Picão-preto
2
2
1,0
0,005
0,1
10
1,0
0,005
10,01
Capim-carrapicho
2
1
2,0
0,01
0,05
5
2,0
0,01
5,02
20
20.321,2
100
1,00
100
20.321,2
100
300
60.881
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
Agronomia/Agronomy
38
TABELA 5 – Valores de Densidade, Frequência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) ncontrados na
cultura da Mucuna-preta no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHAS – MUCUNA-PRETA
Espécie
Braquária
Número
total de
indivíduo
s
Número
de
parcelas
37
2
28
4
2
Capim Crrapicho
67
TOTAL
(*)
-2
Número de perfilhos m .
1
7
Capim-colchão
Densidade
Frequência
Abundância
Absoluta
Relativa Absolut Relativa
Relativa
(plantas mAbsoluta
(%)
a
(%)
(%)
2
)
18,5
67,27
0,28
28,57
18,5
67,27
7,0
(*)
IVI
(%)
163,12
25,45
0,57
57,14
7,0
25,45
108,05
2,0
7,273
0,14
14,28
2,0
7,273
28,83
27,5
100
1,00
100
27,5
100
300
Acredita-se que a supressão de plantas
espontâneas, observada pela Mucuna-preta, está
relacionada à barreira física exercida sobre estas plantas
não desejadas, especialmente impedindo a chegada de luz,
uma vez que plantas de crescimento prostrado/trepador
proporcionam maior cobertura ao solo (CALEGARI,
2002). Além disto, este efeito também pode ser atribuído à
alelopatia (COSTA, 1995).
Pela análise dos resultados das análises
fitossociológicas das plantas daninhas quando se utilizou o
Milheto, verificou-se que as cinco principais plantas
daninhas que não sofreram a supressão com o Milheto,
foram a Trapoeraba, Capim-colchão, Jetirana, Caspim-pé
de galinha e Capim-fino (Tabela,6).
TABELA 6 – Valores de Densidade, Frequência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) encontrados na
cultura do Milheto no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHA – MILHETO
Espécie
Número Número
total de
de
indivíduos parcelas
61
Trapoeraba
Capim42
colchão
17
Jetirana
Capim-pé15
de-galinha
13
Apaga-fogo
10
Capim-fino
Corda-de5
viola
3
Caruru
1
Picão-preto
167
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
4
Densidade
Absoluta
Relativa
(plantas m(%)
2
)
15,25
18,32
Freqüência
Absoluta
Abundância
Relativa
Relativa
Absoluta
(%)
(%)
IVI
(%)
0,25
25,00
15,2
18,32
61,64
4
10,5(*)
12,61
0,25
25,00
10,5
12,61
50,22
1
17,0
20,42
0,06
6,25
17,0
20,42
47,09
1
15,0
18,02
0,06
6,25
15,0
18,02
42,29
2
1
6,5
10,0
7,81
12,01
0,12
0,06
12,50
6,25
6,5
10,0
7,80
12,01
28,12
30,27
1
5,0
6,01
0,06
6,25
5,0
6,01
18,26
1
1
16
3,0
1,0
83,25
3,60
1,20
100
0,06
0,06
1,00
6,25
6,25
100
3,0
1,0
83,2
3,60
1,20
100
13,46
8,65
300
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
Agronomia/Agronomy
39
Pelas análises fitossociológicas das plantas daninhas
quando se utilizou o Calopogônio, como adubo verde,
verificou-se que as cinco principais plantas daninhas que
não sofreram a supressão com o Calopogônio foram o
Capim-colchão, seguido pelo Apaga-fogo, Pé de galinha,
Trapoeraba e Capim-carrapicho (Tabela, 7).
Pelas análises fitossociológicas das plantas
daninhas quando se utilizou o pousio, verificou-se que as
cinco principais plantas daninhas que se destacaram no
pousio foram o Capim-colchão, seguido pelo Apaga-fogo,
Pé de galinha, Trapoeraba e Beldroega (Tabela, 8).
As plantas daninhas identificadas, que tiveram
infestação na maioria dos tratamentos, apresentaram índice
de valor de importância relativa comparados entre cada
espécie de plantas daninhas de cada tratamento. Verificouse que as cinco principais plantas daninhas que não
sofreram a supressão com os adubos verdes foram o
Capim-colchão, seguido pelo Apaga-fogo, Trapoeraba,
Capim-pé-de-galinha e Caruru (Tabela, 9).
TABELA 7 – Valores de Densidade, Frequência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) encontrados na
cultura do Calopogônio no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHAS – CALOPOGÔNIO
Espécie
Número Número
total de
de
indivíduos parcelas
26.030
Capim-colchão
Capim-pé-de237
galinha
40
Apaga-fogo
28
Trapoeraba
Capim13
carrapicho
13
Caruru
13
Capim-arroz
12
Anil
12
Picão-preto
5
Braquiária
Amendoim1
bravo
1
Pincel
26.405
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
4
Densidade
Frequência
Abundância
Absoluta
Relativa
Relativa
Relativa
(plantas mAbsoluta
Absoluta
(%)
(%)
(%)
2
)
6.507,5(*)
97,94
0,14
13,79
6507,5
97,94
IVI
(%)
209,67
3
79,0
1,19
0,10
10,34
79,0
1,19
12,72
4
3
10,0
9,3
0,15
0,14
0,14
0,10
13,79
10,34
10,0
9,3
0,15
0,14
14,09
10,63
3
4,3
0,06
0,10
10,34
4,3
0,06
10,47
3
1
3
2
1
4,3
13,0
4,0
6,0
5,0
0,06
0,19
0,06
0,09
0,08
0,10
0,03
0,10
0,07
0,03
10,34
3,45
10,34
6,89
3,45
4,3
13,0
4,0
6,0
5,0
0,06
0,19
0,06
0,09
0,08
10,47
3,84
10,46
7,08
3,60
1
1,0
0,02
0,03
3,45
1,0
0,02
3,48
1
29
1,0
6.644,5
0,02
100
0,03
1,00
3,45
100
1,0
6.644,5
0,02
100
3,48
300
TABELA 8 – Valores de Densidade, Freqüência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) encontrados no
Pousio no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHAS POUSIO
Espécie
Capim-colchão
Capim-pé-degalinha
Trapoeraba
Corda-de-viola
Densidade
Absoluta
Relativ
(plantas ma
2
)
(%)
23.294,0(*)
99,24
Frequência
Relativ
Absolut
a
a
(%)
0,13
13,33
Abundância
Relativ
Absolut
a
a
(%)
23.294
99,24
93.176
Númer
o de
parcela
s
4
170
3
56,7
0,24
0,09
10,00
56,67
0,24
10,50
113
50
3
2
37,7
25,0
0,16
0,11
0,09
0,06
10,00
6,67
37,67
25,00
0,16
0,11
10,30
6,88
Número
total de
indivíduos
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
IVI
(%)
212,00
Agronomia/Agronomy
27
Apaga-fogo
24
Anil
15
Capim-arroz
Capim14
carrapicho
11
Beldroega
8
Caruru
8
Capim-fino
7
Picão-preto
1
Amendoim-bravo
93.624
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
40
4
2
2
6,8
12,0
7,5
0,03
0,05
0,03
0,13
0,06
0,06
13,33
6,67
6,67
6,75
12,00
7,50
0,03
0,05
0,03
13,40
6,77
6,73
1
14,0
0,06
0,03
3,33
14,00
0,06
3,45
3
3
1
2
1
31
3,7
2,7
8,0
3,5
1,0
23.472
0,02
0,01
0,03
0,05
0,004
100
0,09
0,09
0,03
0,07
0,03
0,97
10,00
10,00
3,33
6,67
3,33
100
3,67
2,67
8,00
3,50
1,00
23.472
0,02
0,01
0,03
0,02
0,004
100
10,00
10,00
3,40
6,70
3,34
300
Pitelli
(2000) indica que os índices
fitossociológicos são importantes para analisar os impactos
que os sistemas de manejo e as práticas agrícolas exercem
sobre a dinâmica de crescimento e ocupação de
comunidades infestantes em agroecossistemas. Esses
índices são determinados levando-se em conta a densidade
relativa, que reflete a participação numérica de indivíduos
de uma determinada espécie na comunidade; a freqüência
relativa, que se refere à porcentagem que representa a
freqüência de uma população em relação à soma das
freqüências das espécies que constituem a comunidade; e a
importância relativa, que é uma avaliação das culturas,
também, qual espécie proporciona melhor cobertura do
solo no caso de utilizá-la nos sistemas de plantio direto.
TABELA 9 – Valores de Densidade, Frequência, Abundância e Índice de valores de importância relativa (IVI) total dos
adubos verdes estudados no município de Uberaba/MG, 2009.
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DAS PLANTAS DANINHAS
Espécie
Número
total de
indivíduos
331.716
Capim-colchão
530
Capim-pé-de-galinha
259
Trapoeraba
100
Apaga-fogo
77
Corda-de-viola
52
Braquiaria
52
Caruru
43
Anil
34
Capim-carrapicho
28
Capim-arroz
23
Picão-preto
23
Capim-fino
17
Jetirana
11
Beldroega
10
Amendoim-bravo
1
Pincel
332.436
TOTAL
(*)
Número de perfilhos m-2.
Número
de
parcelas
23
11
14
16
7
5
10
6
7
3
8
3
3
3
3
1
24
Densidade
Frequência
Abundância
Absoluta
Relativa
Relativa
Relativa
(plantas mAbsoluta
Absoluta
(%)
(%)
(%)
2
)
(*)
14.422,4
99,00
0,96
18,70
14.422,0
99,00
48,2
0,33
0,46
8,94
48,2
0,33
18,5
0,13
0,58
11,38
18,5
0,13
6,2
0,04
0,67
13,01
6,2
0,04
11,0
0,07
0,29
5,69
11,0
0,07
10,4
0,07
0,21
4,06
10,4
0,07
5,2
0,04
0,42
8,13
5,2
0,04
7,2
0,05
0,25
4,88
7,2
0,05
4,8
0,03
0,29
5,69
4,8
0,03
9,3
0,06
0,12
2,44
9,3
0,06
2,9
0,02
0,33
6,50
2,9
0,02
7,7
0,05
0,12
2,44
7,7
0,05
5,7
0,04
0,12
2,44
5,7
0,04
3,7
0,02
0,12
2,44
3,7
0,02
3,3
0,02
0,12
2,44
3,3
0,02
1,0
0,007
0,04
0,81
1,0
0,007
14.567,5
100
5,12
100
14.568,0
100
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43. 2012
IVI
(%)
216,71
9,60
11,64
13,09
5,84
4,21
8,20
4,98
5,76
2,57
6,54
2,54
2,52
2,49
2,48
0,83
300
Agronomia/Agronomy
41
A Mucuna-preta
preta foi a planta de cobertura que
obteve maior sucesso na supressão das plantas daninhas
que ocorreram, seguida pelo Milheto. Já o Calopogônio
causou a menor supressão das ervas. A Mucuna
Mucuna-preta é
uma espécie que exerce alta pressão por abafamento sobre
as plantas espontâneas, com alto potencial para
recobrimento do solo e supressão de plantas espontâneas
(FAVERO et al., 2001).
É provável que a ação do Milheto seja em maior
grau por competição, ainda que haja referências do efeito
alelopático da palha em reduzir a germinação em até 70%
das plantas daninhas (KUMAR, [s.d.], citado por
PEREIRA, 1990).
Almeida; Rodrigues (1984)) verificaram a
existência de efeitos alelopáticos do Milheto (estímulo,
retardamento ou inibição da germinação de sementes) em
diversas coberturas mortas sobre diferentes plantas
daninhas, em experimentos conduzidos em vaso.
Em condições de campo, entretanto,
nto, tais efeitos
dificilmente são comprovados, em virtude da grande
diluição das substâncias alelopáticas no solo e de sua
rápida decomposição pelos microrganismos (SANTOS;
REIS, 2001).
Trezzi; Vidal (2004a) concluem que a presença
de resíduos da parte aérea
rea de milheto é mais importante na
supressão de plantas daninhas que a presença de raízes.
Através do estudo realizado, verificou-se
verificou
grande
diversidade de espécies de plantas daninhas presentes nos
diferentes adubos verdes estudados.
Dentre ass plantas daninhas que apresentaram
menor índice de valor de importância relativa sobre a
emergência dos adubos verdes está a Beldroega (Figura,
10) nterferindo em nenhum dos tratamentos uma vez que
ocorreu somente no pousio, a Jetirana foi encontrada
somente
nte no Milheto, o que não ocorreu com a Braquiária,
já o Capim-colchão
colchão foi encontrado em todos os
tratamentos (Tabela, 3)
A área de solo descoberto (pousio) apresentou
infestação da maioria das plantas daninhas, não
encontrando a presença da Braquiária e Jetirana, as demais
tiveram extrema influência nos resultados obtidos
(Tabela,8).
250
200
150
%
100
50
Pincel
Beldroega
Jetirana
Capim-fino
Capim-arroz
Braquiária
Anil
Capim-carrapicho
Corda-de-viola
Picão-preto
Caruru
Capim pé de galinha
Trapoeraba
Apaga-fogo
Capim-colchão
0
FIGURA 10 – Comparação do Índice de valor de importância relativa (IVI) das
espécies de plantas daninhas encontradas na área estudada.
Trezzi; Vidal (2004b) observaram reduções de
41% de infestação e de 74% de massa seca total de plantas
daninhas comparando as áreas cobertas com culturas à
testemunha descoberta. As plantas daninhas identificadas
nos tratamentoss segundo Meschede; Ferreira; Ribeiro Jr.
(2007), correspondem à espécie de plantas adaptadas, com
rápido crescimento inicial, rusticidade e agressividade.
CONCLUSÃO
•
Os adubos verdes que apresentaram os maiores
valores de fitomassa verde e seca e maior
FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 30-43.
30
2012
•
•
supressão
upressão das plantas daninhas foram o Milheto e
a Mucuna-preta.
O Calopogônio causou a menor supressão das
ervas daninhas.
As plantas daninhas mais difíceis de controlar
pelo uso de adubos verdes, neste experimento
foram Capim-colchão,
colchão, seguido pelo Apaga-fogo,
Apaga
Trapoeraba, capim-pé
capim
de galinha e Caruru e que
devem ser bem controladas em próximos plantios.
Agronomia/Agronomy
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