Termografia infravermelha indica aumento da temperatura cutânea

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Termografia infravermelha indica aumento da temperatura cutânea após
Ultrassom continuo: Estudo piloto
João Guilherme Calió, Natanael Teixeira Alves de Sousa, Rinaldo
Roberto de Jesus Guirro
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, SP.
Objetivos
Resultados
Verificar a influência da aplicação do Ultrassom
terapêutico (UST) na temperatura cutânea
lombar por meio da termografia infravermelha.
Há pouca evidência para justificar o uso do
UST no tratamento da dor lombar e a elevação
da temperatura tecidual é citada como um fator
na produção dos efeitos terapêuticos [1]. Neste
estudo obteve-se aumento de 5,15°C na
temperatura cutânea após aplicação do UST
(1,39°C/min). O mesmo não foi verificado após
aplicação com equipamento desligado, onde o
aumento médio foi de 0,52°C. Quanto ao efeito
residual, notou-se uma tendência ao equilíbrio
com a temperatura inicial nos dois grupos, mais
rapidamente nos primeiros 5 min, onde a
temperatura do grupo experimental caiu 1,5°C
e no placebo aumentou 0,78°C. Pesquisadores
encontraram um aumento de 1,9°C na lombar,
após 1,5 W/cm², por 10 min [2]. No presente
estudo observaram-se uma elevação da
temperatura superficial de 5,15°C, na mesma
intensidade, em apenas 4 minutos. Isto
demonstra a capacidade do UST em elevar
também a temperatura superficial, podendo
esta ser útil na determinação dos efeitos do
aquecimento gerado pelo UST.
Métodos/Procedimentos
Participaram do estudo 6 indivíduos saudáveis
do gênero masculino (idade média de 22,3
anos e IMC médio de 23,28), sem uso de
medicamento e sem episódios frequentes de
dor lombar. O estudo foi realizado na
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em
ambiente com temperatura controlada entre 22
e 23 ºC e umidade média de 50%. A área de
aplicação do UST foi demarcada fixando com
fita adesiva, um retângulo de EVA com uma
abertura de 7,0 x 3,5 cm, com a borda rente ao
processo espinho de L4-L5. Os dados de
temperatura foram adquiridos com termógrafo
digital infravermelho da câmera FLIR, T300
com sensibilidade de até 0,05°C, posicionado a
70 cm da maca. O sujeito permaneceu em
decúbito ventral por 20 min para estabilização
da temperatura corporal e depois coletou-se a
primeira imagem termográfica. Em seguida, 5
ml de gel aquoso foi depositado na área
demarcada, aguardou-se 10 min para
estabilização e coletou-se nova imagem.
Aplicou-se UST (modelo Sonacel ExpertBioset), na frequência de 1MHz, intensidade de
1,5 W/cm², no modo continuo por 4 min em
paravertebrais a direita. Novas imagens foram
coletadas imediatamente após aplicação do
UST e 5, 10 e 15 min depois. Para controle os
mesmos procedimentos foram realizados na
região contralateral com o equipamento
desligado. Os resultados foram analisados por
estatística descritiva utilizando software FLIR
ThermoScan.
Conclusões
O UST terapêutico foi capaz de elevar a
temperatura superficial cutânea em uma média
de 5,15°C, podendo indicar uma ação
terapêutica também em nível superficial.
Referências Bibliográficas
[1] Morrisette DC, Brown D, Saladin ME.
Temperature change in lumbar periarticular tissue
with continuous ultrasound. J Orthop Sports Phys
Ther. 2004 Dec;34(12):754-60.
[2] Schlager O, Gschwandtner ME, Herberg K, et al.
Correlation of infrared thermography and skin
perfusion in Raynaud patients and in healthy
controls. Microvasc Res. 2010 Jul;80(1):54-7.
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