A Economia Política Internacional e perspectivas para o Brasil Rodrigo Teixeira Diretor Adjunto da Diretoria Internacional do Ipea 2012 A Economia Política Internacional: perspectiva teórica 1) O pensamento liberal • Economia política clássica: Adam Smith e Ricardo • Modelos de crescimento e teorias do comércio internacional: a noção de convergência A Economia Política Internacional: perspectiva teórica 2) Teorias críticas ao liberalismo: assimetrias entre Centro e Periferia • Teorias do Imperialismo • A visão estruturalista da CEPAL • A Teoria da Dependência • A Economia Política Internacional em perspectiva histórica 1) Décadas de 30 a 60: industrialização acelerada nos países da periferia – Estado Desenvolvimentista 2) Anos 60: as multinacionais e a teoria do desenvolvimento dependente-associado 3) Anos 70: Choques do Petróleo; Fim do sistema de Bretton Woods e do padrão dólar-ouro e crise nos países centrais:Teses sobre a crise da hegemonia dos Estados Unidos 4) anos 80: retomada da hegemonia americana: elevação dos juros nos EUA e crise da dívida na periferia (década perdida) A Economia Política Internacional em perspectiva histórica 4) Globalização financeira: inicia-se nos mercados de câmbio ainda na década de 60, impulsionada pelo comércio, e acelera-se nos anos 80 com as liberalizações e desregulamentações dos mercados financeiros de Reagan e Thatcher: mercados de títulos e ações 5) Consenso de Washington (1988): impulso à abertura comercial e financeira nos países da América Latina e crise do Estado desenvolvimentista. Surgimento dos “mercados emergentes” A Economia Política Internacional em perspectiva histórica Anos 90 e 2000: fluxos de capitais extremamente voláteis; vulnerabilidade externa e instabilidade nos países periféricos: crises bancárias e cambiais. Críticas à teoria liberal: assimetrias devido à inconversibilidade das moedas dos países periféricos Nova dependência: hegemonia das elites ligadas ao sistema financeiro; padrão rentista de acumulação; dependência do ingresso de capitais especulativos;instabilidade macroeconômica e crises frequentes. Dependência sem desenvolvimento A Economia Política Internacional em perspectiva histórica Crise financeira internacional em 2008: abriu oportunidades aos países periféricos e em particular para o Brasil 1) Crescimento lento nos EUA e Europa em contraste com rápida recuperação dos países periféricos 2) Deslocamento do centro dinâmico da economia mundial para a Ásia, em torno da economia chinesa 3) Queda do risco relativo das economias periféricas, escassez de oportunidades nos países desenvolvidos: fluxos de capitais para a periferia: relaxamento da vulnerabilidade externa A Economia Política Internacional em perspectiva histórica Aumento da importância dos países periféricos e disputa por maior poder nas instituições multilaterais: FMI e Banco Mundial - BRICS - G20 - Integração da América do Sul A Economia Política Internacional em perspectiva histórica Brasil: Retomada do debate sobre a importância de um Estado Desenvolvimentista e do planejamento estratégico do Desenvolvimento Desafio do novo desenvolvimentismo se dá num contexto democrático, com foco na inclusão social