desempenho de genótipos de trigo irrigado em ensaio preliminar de

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AÇÃO DE HERBICIDAS SOBRE MICRORGANISMOS SOLUBILIZADORES DE
FOSFATO INORGÂNICO DE SOLO RIZOSFÉRICO DE CANA-DE-AÇÚCAR
Amanda Azarias Guimarães (Bolsista PIBIC/CNPq); Marcelo Rodrigues dos Reis (Pósgraduando DS); Maurício Dutra Costa (Docente colaborador); Marco Antonio Moreira de
Freitas (Bolsista IC/projeto); Antonio Alberto da Silva (Orientador)
Objetivou-se avaliar, com este trabalho, o impacto dos herbicidas ametryn e
trifloxysulfuron-sodium, isolados ou em mistura, e 2,4-D na atividade dos microrganismos
solubilizadores de fosfato inorgânico e a densidade populacional de bactérias e fungos do
solo rizosférico de cana-de-açúcar. Plantas de cana-de-açúcar com três a quatro folhas
completamente expandidas foram aspergidas com soluções de 2,4-D, ametryn,
trifloxysulfuron-sodium e ametryn+trifloxysulfuron-sodium nas doses de 1,30; 1,00; 0,0225
e 1,463+0,0375 kg ha-1 respectivamente. Utilizou-se o delineamento inteiramente
casualizado no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Nas parcelas
foram avaliados os efeitos dos herbicidas e, nas subparcelas, o efeito tempo após a
aplicação dos herbicidas. Aos 15, 30, 45 e 60 dias após a aplicação (DAA), amostras de
solos rizosférico e não-rizosférico foram coletadas e, em seguida, analisadas, estimando-se
a densidade populacional de bactérias e fungos, a atividade potencial de solubilização de
fosfato inorgânico e a solubilização relativa de fosfato inorgânico. O 2,4-D reduziu a
densidade populacional bacteriana do solo em todas as épocas de avaliação, demonstrando
a maior sensibilidade desse grupo de organismos a este composto. Todos os herbicidas
provocaram redução na densidade populacional fúngica do solo somente aos 15 DAA. O
trifloxysulfuron-sodium e o 2,4-D favoreceram as maiores atividades de solubilização de
fosfato inorgânico aos 15, 30 e 45 DAA e aos 15 e 30 DAA, respectivamente, sem, no
entanto, afetar a biomassa microbiana do solo. Maior solubilização relativa de fosfato
inorgânico foi observada em amostras de solos tratados com a mistura
ametryn+trifloxysulfuron-sodium, indicando alterações no sistema solo. Evidenciou-se
neste trabalho que a aplicação dos herbicidas na parte aérea de plantas de cana-de-açúcar
afeta o número de microrganismos e a atividade de solubilização de fosfato na rizosfera.
(CNPq)
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AÇÃO DO GLYPHOSATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO INICIAL DA
FERRUGEM (Puccinia psidii) DO EUCALIPTO
Miler Soares Machado (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Leonardo David Tuffi Santos (PósDoutorando); Rodrigo Neves Graça (Pós-Graduando); Acelino Couto Alfenas (Docente
Colaborador); Lino Roberto Ferreira (Orientador); Francisco Affonso Ferreira (Docente
Colaborador); Giselle Lima Ferreira (Estagiário Voluntário)
O contato do glyphosate com o eucalipto pode apresentar conseqüências importantes na
resistência à ferrugem (Puccinia psidii) do eucalipto, uma vez que esse produto atua na rota
do ácido chiquímico, principal responsável na formação de compostos ligados à defesa das
plantas. Entretanto, pesquisas revelam que o glyphosate diminui a severidade dessa doença
e o número de estruturas reprodutivas do patógeno, em clones expostos a deriva desse
herbicida. No presente estudo, objetivou-se avaliar o efeito do glyphosate na germinação e
na formação de apressórios de P. psidii. No primeiro ensaio as doses de 0; 21,6; 43,2; 86,4;
172,8, 345,6 e 691,2 g ha-1 de glyphosate foram espalhadas na superfície abaxial de folhas
jovens, previamente dispostas em gerbox com papel toalha umedecido. A calda do
herbicida foi preparada contendo três gotas de Silwett®, sendo aplicado 25 µL/folha. No
segundo ensaio as soluções contendo as mesmas doses foram aplicadas na base do pecíolo
da folha, em algodão umedecido com água deionizada. As folhas utilizadas nos dois
ensaios foram destacadas de plantas do clone UFV 07, suscetível à doença. Decorridas 48
horas após aplicação do ghyphosate, as folhas foram inoculadas com solução de
urediniósporos (1,5 mL de Tween 80 (0,1%) + 4 mg de urediniósporos de P. psidii) e,
posteriormente, submetidas a condições ideais para germinação do fungo por 48 h. A
aplicação direta do glyphosate sobre as folhas foi prejudicial ao fungo já na menor dose,
indicando a sensibilidade do patógeno ao herbicida. No caso da aplicação do glyphosate na
base do pecíolo a inibição da germinação é observada em todas as doses e na formação de
apressório quando da aplicação de doses superiores a 86,4 g ha-1 de glyphosate. Esses
resultados confirmam a ação do glyphosate nas fases iniciais do desenvolvimento do fungo
P. psidii, ressaltando o efeito sistêmico do herbicida.
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ACÚMULO DE NUTRIENTES EM FRUTOS DE CAFEEIRO EM DUAS
ALTITUDES DE CULTIVO: MICRONUTRIENTES
Ana Paula Neto (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Bruno Galveas Laviola (Pós-Graduando);
Herminia Emilia Prieto Martinez (Orientador)
Os micronutrientes, apesar de requeridos em pequenas quantidades, são de grande
importância para o crescimento, desenvolvimento e produção do cafeeiro. Este estudo foi
realizado visando estabelecer a curva de acúmulo de B, Cu, Fe, Mn e Zn em frutos de
cafeeiro arábico da antese à maturação em duas altitudes, bem como, determinar a variação
na concentração dos elementos em folhas dos ramos produtivos. O experimento foi
constituído da variedade de cafeeiro (Coffea arabica L.) Catuaí IAC 44 cultivada a 720 e
950 m de altitude, no município de Martins Soares-MG. O delineamento experimental foi
inteiramente ao acaso, com 3 repetições, usando um esquema de parcela subdividida no
tempo. Como resultados, verificou-se que o aumento da altitude influenciou no ciclo
reprodutivo do cafeeiro, demandando maior tempo para formação dos frutos. O consumo de
nutrientes pelos frutos, assim como, o enchimento de grãos foi mais crítico em condições
de menor altitude, já que a planta necessitou completar estes processos em menor espaço de
tempo. No estádio de expansão rápida a porcentagem de acúmulo de micronutrientes foi
maior na altitude de 720 m, comparado à altitude de 950 m. De modo geral, a altitude
influenciou na variação das concentrações foliares de nutrientes, apesar de não se ter
observado um padrão de resposta da concentração foliar ao aumento da altitude. Concluise que a altitude influenciou na extensão do ciclo, bem como no acúmulo de
micronutrientes em frutos e na variação da concentração em folhas de cafeeiro.
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ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DA REAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA
(Glycine max (L.) MERRILL) QUANTO AO OÍDIO (Erysiphe diffusa)
Eder Matsuo (Bolsista PIBIC/CNPq); Tuneo Sediyama (Orientador); Fabio Daniel
Tancredi (Pós-Graduando); Rita de Cássia Teixeira (Membro Externo/Técnico); Cosme
Damiao Cruz (Docente Colaborador); Marcia Ribeiro Toledo (Pós-Graduando)
A análise de adaptabilidade e estabilidade permite identificar genótipos de comportamentos
previsíveis e que sejam responsivos às variações ambientais, em condições específicas ou
amplas. Objetivou-se avaliar a adaptabilidade e estabilidade de reação de linhagens de soja
(Glycine max (L.) Merrill) quanto a resistência ao oídio (Erysiphe diffusa). O experimento
foi conduzido em condições de casa de vegetação da Universidade Federal de Viçosa, com
plantio de 36 linhagens, no período de setembro a novembro de 2006. As cultivares UFV16 e FT-Estrela foram utilizadas, respectivamente, como padrão de resistência e
suscetibilidade. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições,
sendo cada repetição representada por uma planta. Avaliou-se, semanalmente, o folíolo
mais infectado (folíolo) e a porcentagem de folíolos infectados (planta), após aparecimento
dos sintomas, por meio de notas visuais. A análise de adaptabilidade e estabilidade foi
realizada segundo o modelo de Lin e Binns (1988) modificado por Carneiro (1998). As
variáveis apresentaram todos os efeitos significativos a 1% de probabilidade pelo teste F.
Na avaliação do folíolo, as linhagens CH123390HM e CH1346142HP, comparando com
UFV-16, comportaram-se como resistentes e menos previsíveis, quanto à infecção da
doença, porém de baixa previsibilidade em relação à FT-Estrela. Todavia, as linhagens
CH119P, CH110C e CH110E, em relação à FT-Estrela, foram consideradas suscetíveis ao
oídio e de maior previsibilidade, em ambientes geral e desfavorável ao desenvolvimento do
patógeno. Em ambiente favorável, as linhagens CH110C, CH119P e CH110E apresentaram
índice de adaptabilidade e estabilidade semelhante à FT-Estrela. Na avaliação da planta, as
linhagens CH132390HM e CH110D comportaram-se como menos suscetíveis e de baixa
estabilidade, nos três ambientes. Todavia, a linhagem CH119P comportou-se como
suscetível, de maior previsibilidade nos ambientes geral e desfavorável e de mediana
estabilidade no ambiente favorável. Conclui-se que as linhagens menos suscetíveis
(CH123390HM e CH1346142HP) apresentaram-se como de baixa previsibilidade à
ocorrência de oídio.
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ALTURA DA PODA AFETANDO A RECUPERAÇÃO DE MUDAS DE CAFEEIRO
PRODUZIDAS EM SISTEMA HIDROPÔNICO
Ana Paula Neto (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Bruno Galveas Laviola (Pós-Graduando);
Diego Rigueira Domingos (Pós-Graduando); Herminia Emilia Prieto Martinez (Orientador)
Com finalidade de se reaproveitarem as mudas que passaram da época de plantio nos
viveiros, vem sendo recomendada sua poda, a fim de reduzir prejuízos e restabelecer o
equilíbrio funcional entre parte aérea e sistema radicular. Assim, o objetivo deste trabalho
foi avaliar o efeito da altura da poda no aproveitamento de mudas de cafeeiro cultivadas em
sistema hidropônico em duas soluções nutritivas. Para este experimento foram utilizadas
mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.) da variedade Oeiras que apresentavam entre 10 a 12
pares de folhas verdadeiras. O experimento foi realizado em um esquema de parcela
subdividida no espaço, com 2 parcelas e 3 subparcelas em um delineamento inteiramente ao
acaso, com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por calhetões que recebiam
soluções nutritivas com 1 e 2 forças iônicas. As subparcelas foram compostas por podas na
altura do 1º, 2º e 3º par de folhas. Ao comparar as alturas das podas em cada solução
nutritiva, verifica-se que a melhor foi aquela realizada à altura do 3º par de folhas, a
qual proporcionou melhor vigor e desenvolvimento comparativamente às outras alturas
avaliadas. Com relação à concentração da solução nutritiva, observou se melhor resposta
das mudas podadas no terceiro par de folhas à solução com duas forças iônicas.
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ATIVIDADE MICROBIANA EM SOLO CULTIVADO COM CANA-DE-AÇÚCAR
APÓS APLICAÇÃO DE HERBICIDAS
Amanda Azarias Guimarães (Bolsista PIBIC/CNPq); Marcelo Rodrigues dos Reis (Pósgraduando DS); Marco Antonio Moreira de Freitas (Bolsista IC/projeto); Evander Alves
Ferreira (Pós-graduando DS); Antonio Alberto da Silva (Orientador)
Objetivou-se neste trabalho avaliar o impacto de herbicidas na atividade respiratória da
microbiota, na biomassa microbiana e no quociente metabólico em solo cultivado com
plantas de cana-de-açúcar (var. RB867515). Para isso, utilizou-se o delineamento
inteiramente casualizado no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Nas
parcelas, avaliou-se o efeito dos herbicidas e, nas subparcelas, o efeito tempo, expresso em
dias após aplicação dos herbicidas (DAA). Os herbicidas utilizados foram: 2,4-D (1,30 kg
ha-1), ametryn (1,00 kg ha-1), trifloxysulfuron-sodium (0,0225 kg ha-1) e a mistura
-1
ametryn
, respectivamente). Realizou-se a
aspersão dos herbicidas, em pós-emergência, aos 60 dias após a brotação das gemas do
material propagativo de cana-de-açúcar. Aos 15, 30, 45 e 60 DAA, amostras de solo
rizosférico foram coletadas e imediatamente analisadas em relação às seguintes
características microbiológicas: taxa respiratória (TR), carbono da biomassa microbiana
(BM), quociente metabólico (qCO2) e acúmulo total de C-CO2 evoluído do solo (ATC). A
TR do solo foi influenciada pela aplicação dos herbicidas avaliados, porém, a sua resposta
foi muito variável. O ametryn aplicado isolado ou em mistura com trifloxysulfuron-sodium
propiciou maiores TRs, ao passo que o 2,4-D pouco influenciou na TR do solo. Maiores
acúmulos de C-CO2 aos 60 DAA foram verificados em solos que receberam aplicação de
trifloxysulfuron-sodium, ametryn e da mistura de ambos os produtos. A BM do solo foi
sensível à aplicação dos herbicidas, sendo reduzida aos 15 DAA e dos 15 aos 60 DAA pela
presença do ametryn isolado ou em mistura, respectivamente. Esses tratamentos resultaram
em maiores valores de, qCO2 aos 45 e 60 DAA, respectivamente, indicando efeito negativo
sobre o equilíbrio do solo. Evidenciou-se neste trabalho que a aplicação de herbicidas na
parte aérea das plantas de cana-de-açúcar afeta a taxa respiratória, a biomassa microbiana e
o quociente metabólico na rizosfera. (CNPq)
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ATRIBUTOS FÍSICO-QUÍMICOS EM FRUTOS DE DIFERENTES DIÂMETROS
DA LARANJEIRA PÊRA IAC 2000
Pedro Henrique Monteiro Matarazzo (Estagiário Voluntário); Igor Moraes Liu (Estagiário
Voluntário); Gabriel Nogueira Decarlos (Estagiário Voluntário); Danieele Fabiola Pereira
da Silva (Pós-Graduando); Luiz Carlos Chamhum Salomao (Docente Colaborador); Dierlei
Dos Santos (Pós-Graduando); Dalmo Lopes de Siqueira (Orientador)
A laranja ´Pêra IAC 2000´ apresenta maturação mais tardia em relação aos outros clones de
Pêra, caracterizando-se por atender ao mercado consumidor de fruta in natura, como
também, a indústria de suco concentrado congelado. O objetivo do trabalho foi avaliar as
características fisico-químicas de laranja ´Pêra IAC 2000´ com diferentes diâmetros. Os
frutos foram colhidos na coleção de citros da UFV, em Viçosa-MG e classificados pela
máquina de beneficiamento de citros do Setor de Fruticultura em julho de 2007. O
experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com cinco
tratamentos (frutos menores que 5,4 cm; entre 5,4 a 5,7 cm; entrer 5,7 a 6,0 cm; entre 6,0 a
6,3 cm e acima de 6,6 cm de diâmetro) e cinco repetições (com 5 frutos por repetição). Os
dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a
5% de probabilidade. Avaliaram-se massa do fruto, espessura da casca, número de
sementes, Sólidos Solúveis Totais (SST), Acidez Total Titulável (ATT) e rendimento de
suco (%). Frutos com maior diâmetro apresentaram cascas mais espessas e maior número
de sementes que os de menor diâmetro. Apesar disso, frutos de maior diâmetro
apresentaram maior rendimento de suco. Observou-se uma relação inversa entre diâmetro
do fruto e Sólidos Solúveis Totais, apresentando menores valores os frutos com maior
diâmetro, ou seja, frutos com diâmetro acima de 6,6 cm tiveram em média 10,1 ° Brix,
enquanto frutos com 5,4 cm de diâmetro chegaram a 12,7° Brix. Os frutos de menor
diâmetro apresentaram maiores valores médios de ATT, 0,85 contra 0,73 nos de maior
diâmetro. A massa dos frutos foram diretamente proporcionais ao diâmetro dos frutos
(CNPq)
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AVALIAÇÃO DA MUCUNA CINZA COMO ADUBO VERDE PARA A
PRODUÇÃO ORGÂNICA DE BRÓCOLI
Merci Pereira Fardin (Bolsista PIBIC/CNPq); Ricardo Henrique Silva Santos (Orientador)
Foi determinada a taxa de decomposição do adubo verde Mucuna pruriens, a taxa de
mineralização do N fornecido pelo adubo verde ao longo do desenvolvimento do brócolis, a
taxa de transferência de N do adubo verde para a cultura do brócolis e foi ainda realizada a
comparação das perdas de N-NH3 do adubo verde. O composto orgânico utilizado no
plantio apresentou 48,36% de umidade e 0,66 kg L-1 de densidade. Já as plantas de mucunacinza apresentaram valores de 16,85; 16,85; 2,18; 43,25; 7,2; 2,26 e 1,07 (g/kg) para C/N,
N, P, K, Ca, Mg e S, respectivamente. A evolução da área em cm2 do dossel das plantas que
receberam as doses de mucuna (0, 4, 8, 12 t ha-1 de adubo verde todas elas acompanhadas
de 12 t ha-1 de composto) e os tratamentos controle (25 t ha-1 de composto, 150 t ha-1 de
sulfato de amônia e testemunha absoluta sem adubação). Inicialmente a área do dossel das
plantas adubadas com 0 e 12 t ha-1 de adubo verde foram maiores que as adubadas com 4 e
8 t ha-1 de adubo verde. Entretanto, após a terceira semana, as adubações com 0 t ha-1 de
adubo verde não favoreceram o crescimento na mesma proporção que os demais
tratamentos 4 e 8 t ha-1 de adubo verde que possibilitaram áreas de dossel maiores. A
decomposição do adubo verde apresentou tempo de meia vida da massa seca de 37,66 dias,
com constante K estimada de 0,01840. Verificou-se que nos tratamentos de associação
composto-doses de adubo verde as perdas percentuais de N por volatilização foram
menores que com a adubação mineral. Houve aumento das perdas conforme se aumentava a
dose de leguminosa na área. Todavia, esses aumentos não foram proporcionais. A dose
mais alta de adubo verde resultou em aumento desproporcional das perdas de N por
volatilização. As doses de adubo verde não resultaram em diferenças na produtividade de
brócolis produzido organicamente, embora resultassem em teores de N mineral no solo
mais elevados que a ausência de sua aplicação. A adubação mineral resultou nos maiores
teores foliares de N, assim como também na maior produtividade e quantidade de N
exportada pela colheita.
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EUCALIPTO
AO
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AVALIAÇÃO DA
GLYPHOSATE
SENSIBILIDADE
DE
CLONES
DE
Frederico Alfenas Silva Valente Paes (Bolsista PIBIC/CNPq); Lino Roberto Ferreira
(Orientador); Aroldo Ferreira Lopes Machado (Pós-Graduando); Leonardo David Tuffi
Santos (Pós-Graduando); Giselle Lima Ferreira (Não Bolsista); André Luís da Silva
Quirino (Estagiário Voluntário)
Observações a campo e relatos na literatura demonstram a ocorrência de sensibilidade
diferencial entre os genótipos de eucalipto ao glyphosate. Objetivou-se, neste trabalho,
avaliar o comportamento de 4 clones de eucalipto, cedidos pela Cenibra SA (57, 386, 1207
e 1213), submetidos a diferentes doses do herbicida (0; 43,2; 86,4; 129,6 e 172,8 g ha-1 de
glyphosate). O experimento foi conduzido no esquema fatorial 5X4, com 4 repetições,
sendo as mudas de eucalipto transplantadas para vasos com capacidade de 6 L, contendo
solo. Após 30 dias do transplante, o glyphosate, nas diferentes doses, foi aplicado
diretamente sobre as plantas evitando o contato com o seu terço superior. Em avaliações
realizadas aos 7, 14, 21, 28 e 50 DAA, não foi verificado diferenças entre os clones para as
características avaliadas. Plantas de eucalipto submetidas à dose de 43,2 g ha-1 de
glyphosate, não diferiram da testemunha sem herbicida. A dose de 172,8 g ha-1 de
glyphosate proporcionou maior intoxicação nas plantas de eucalipto em todas as épocas
avaliadas, com menor crescimento em altura e menor acúmulo de massa seca aos 50 DAA.
Na dose de 86,4 g ha-1 de glyphosate, verificou-se sintomas de intoxicação das plantas aos
7 DAA, com aparente recuperação na avaliação realizada aos 50 DAA, porém houve
redução do crescimento em altura e de acúmulo de massa seca. Conclui-se que o glyphosate
a partir de 86,4 g ha-1 provoca intoxicação com conseqüente redução do crescimento das
plantas de eucalipto, independente do clone avaliado. (CNPq ; CENIBRA).
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AVALIAÇÃO DE CARACTERES VEGETATIVOS E DE FRUTIFICAÇÃO DE 28
ACESSOS DO BANCO DE GERMOPLASMA DE HORTALIÇAS DA UFV E TRÊS
CULTIVARES COMERCIAIS
Victor de Souza Almeida (Bolsista PIBIC/CNPq), Walyston Pereira Batista (Estagiário
Voluntário), João Marcos dos Santos Junior (Estagiário Voluntário), Ernani Gomes Santana
(Estagiário Voluntário), José Fernando Jurca Grigolli (Bolsista PROBIC/FAPEMIG),
André Pugnal Mattedi (Pós-Graduando MS), Derly José Henriques da Silva (Orientador)
A caracterização e avaliação visam identificar possíveis fontes de genes para serem
utilizados em programas de melhoramento e acessos duplicados dentro de uma coleção.
Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar características da fase vegetativa e de
frutificação de 28 acessos do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV. O
experimento foi realizado no campo experimental do Departamento de Fitotecnia da UFV,
com 3 repetições em delineamento de blocos casualizados. Avaliaram-se 28 acessos do
BGH-UFV e três cultivares comerciais: Débora Plus, Fanny e Santa Clara. Os dados
obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Skott Knott a 5% de
probabilidade, utilizando-se o programa Genes. Os caracteres estudados na fase vegetativa
foram: comprimento da folha (Cfo); largura da folha (Lfo); diâmetro da nervura central da
ráquis (DNC); comprimento do entrenó (CE); diâmetro do entrenó (DE) e, na fase de
frutificação foram: comprimento do fruto (Cfru); largura do fruto (Lfru); largura da cicatriz
do pedicelo (LCP); largura do eixo central (LEC); número de lóculos (NL) e espessura do
mesocarpo (EM). Na fase vegetativa, destacou-se os acessos BGH-2276, 2283, 2287, 2299
e 2316 com menores médias de CE e as demais iguais às três testemunhas, podendo assim,
serem utilizados em programas de melhoramento visando cultivares com menor
comprimento do entrenó. Já na fase de frutificação, foi verificado no acesso BGH-2302,
Cfru, Lfru e LCP igual à testemunha Débora Plús e Santa Clara. No acesso BGH-2318,
obteve-se EM estatisticamente igual à testemunha Fanny e LCP menor que todas elas e
portanto pode ser considerado fonte de genes para programas de melhoramento com
objetivo melhorar a aparência externa do fruto e aumentar o período pós colheita, pois
menor LCP diminui a perda de água e aumenta o período pós-colheita.
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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PRECOCE NA REGIÃO DA ZONA
DA MATA MINEIRA
Thaís Silva Sales (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador); Joao Carlos
Cardoso Galvão (Docente Colaborador); Leandro Vagno de Souza (Pós-Graduando);
Rodrigo Oliveira de Lima (Estagiário Voluntário); Julliane Luiza Fuscaldi (Estagiário
Voluntário); Jeferson Julio de Andrade (Bolsista Probic/Fapemig); Manoel Mota dos
Santos (Pós-Graduando); Pedro Henrique Alves Marra (Bolsista PIBIC/CNPq); Marco
Aurélio Fagundes Portes (Bolsista PIBIC/CNPq)
O estudo do comportamento de cultivares de milho é importante, pois é uma forma de
orientar agricultores na escolha os cultivares mais produtivos e adaptados a região. O
objetivo deste trabalho foi avaliar cultivares de milho precoce para as condições
edafoclimáticas na Região da Zona da Mata Mineira. Os 50 cultivares de milho foram
plantados no ano agrícola de 2006/2007, na Estação Experimental de Coimbra pertencente
ao Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. Utilizou-se o
delineamento experimental em blocos ao acaso, com duas repetições. As parcelas foram
constituídas de duas linhas de cinco metros de comprimento, espaçadas de 0,9 metros.
Como adubação de plantio foi aplicado 350 kg.ha-1 da fórmula 8-28-16 e em cobertura 260
kg.ha-1 de uréia, quando as plantas atingiram quatro folhas desenvolvidas. Os demais tratos
culturais foram feitos segundo as recomendações técnicas para o cultivo da cultura do
milho. Foram avaliadas as seguintes características: produtividade de grãos, prolificidade,
altura de planta, altura de espiga, número de espigas. Os cultivares de milho apresentaram
média de produtividade de grãos de 9493 kg.ha-1, variando de 6344 kg.ha-1 (AS1567) a
11413 kg.ha-1 (DKB390). Os cultivares com produtividade de grãos acima de 8667 kg.ha-1
não diferiram estatisticamente pela DMS– t. Neste grupo, verificou-se a presença de todos
os tipos de cultivares (variedades, híbridos duplos, triplos e simples), evidenciando que o
tipo de cruzamento não deve ser o único critério na escolha do cultivar a ser plantado e a
importância da avaliação continua de novos cultivares na região alvo. Conclui-se que os
cultivares de milho precoce apresentam alto potencial de produção para a região da Zona da
Mata Mineira.
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AVALIAÇÃO DE FAMÍLIAS DE MEIO IRMÃOS MATERNOS DA POPULAÇÃO
DE MILHO (Zea mays L.) UFV-7
Gustavo Pires de Oliveira (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
Leandro Vagno de Souza (Pós-Graduando); Rodrigo Oliveira de Lima (Bolsista
PIBIC/CNPq); Jeferson Julio de Andrade (Bolsista Ic/Projeto); Rodrigo Cabral Adriano
(Bolsista Ic/Projeto); Pedro Henrique Alves Marra (Estagiário Voluntário); Helder Medice
Junior (Estagiário Voluntário); Marco Aurélio Fagundes Portes (Estagiário Voluntário);
Marcelo Oliveira Soares (Estagiário Voluntário)
O objetivo do trabalho foi avaliar a variabilidade genética e o potencial produtivo de
famílias de meio irmãos maternos de milho. O experimento foi conduzido durante ano
agrícola de 2006/07 na Universidade Federal de Viçosa-MG na Estação Experimental de
Coimbra-MG. Onde se realizou um ciclo de seleção com a variedade de milho (Zea mays
L.) UFV-7 no delineamento experimental látice 10x10 com duas repetições. As parcelas
foram constituídas de uma linha com quatro metros de comprimento espaçadas em 0,9 m
com espaçamento de 0,2 m entre covas e estande estimado de 60000 plantas.ha-1. A
adubação de plantio foi de 350 kg.ha-1 de NPK 08-28-16 e em cobertura aplicou-se 100
kg.ha-1 de nitrogênio na forma de uréia. Foram avaliadas 198 famílias de meio irmãos
maternos da variedade UFV-7. As características avaliadas foram: peso de grãos, altura de
plantas, altura de espiga, número de plantas, número de espigas e prolificidade. A média de
produtividade de grãos da população foi de 9212 kg.ha-1 e a média das famílias
selecionadas foi de 11556 kg.ha-1, tendo assim um ganho de seleção de 1406 kg.ha-1. Para a
característica número de plantas não houve diferença significativa. A relação CVg/CVe de
0,87 indica facilidade de seleção de famílias superiores para peso de grãos. Conclui-se
portanto que a população apresenta variabilidade genética e potencial para obter ganho de
produtividade. (FAPEMIG, CNPq e CAPES)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE TRIGO DURO SOB IRRIGAÇÃO NO
ESTADO DE MINAS GERAIS
Luiz Fernando Favarato (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Valterley Soares Rocha
(Orientador); Adérico Júnior Badaró Pimentel (Estagiário voluntário); Juarez Campolina
Machado (Pós-graduando DS); Davi Melo de Oliveira (Pós-graduando MS); Adeliano
Cargnin (Membro externo/CPAC).
O trigo duro (Triticum durum L.) é a mais importante espécie de trigo tetraplóide. É
empregado na fabricação de massas alimentícias para a produção de espaguetes e
macarrões. Os esforços do melhoramento desta espécie para as condições de Minas Gerais
são ainda incipientes, necessitando de trabalhos de avaliação e identificação de genótipos
superiores. O presente trabalho teve por objetivos avaliar genótipos de trigo duro
introduzidos do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT),
juntamente com os genótipos de trigo comum, Pioneiro e Embrapa 22. O experimento foi
realizado no ano de 2006, no campo experimental da Universidade Federal de Viçosa, em
condições de irrigação por aspersão. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados
com três repetições para cada tratamento, sendo a parcela experimental constituída de cinco
linhas de cinco metros de comprimento espaçadas de 0,20m. Os dados de produtividade de
grãos foram submetidos à análise de variância e em seguida foi feito o teste de médias. A
fonte de variação tratamentos foi significativa pelo teste F a 1% de probabilidade. Pode-se
inferir, portanto, que há diferença entre os genótipos avaliados para a produtividade de
grãos. A linhagem IVI 04067 foi a mais produtiva com desempenho relativo superior a
cultivar de trigo comum mais produtiva (Pioneiro). A cultura de trigo duro constitui em
uma alternativa para o cultivo no inverno sob irrigação por aspersão no estado de Minas
Gerais. (FAPEMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO IRRIGADO EM MINAS GERAIS NOS
ANOS DE 2005 E 2006
Luiz Fernando Favarato (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Valterley Soares Rocha
(Orientador); Adérico Júnior Badaró Pimentel (Estagiário voluntário); Juarez Campolina
Machado (Pós-graduando DS); Davi Melo de Oliveira (Pós-graduando MS); Adeliano
Cargnin (membro externo/CPAC)
A comparação entre as novas linhagens desenvolvidas e as cultivares já existentes é uma
das fases mais importantes em um programa de melhoramento, sendo determinante na
escolha dos novos genótipos a serem recomendados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
desempenho de linhagens de trigo em cultivo irrigado com produtividade de grãos
superiores às cultivares já recomendadas. Foram conduzidos sete experimentos, sendo
quatro no ano de 2005 (Lavras, Rio Paranaíba, Viçosa e Uberaba) e três em 2006 (Viçosa,
São Gotardo e Uberaba), denominados de ensaio de Valor de Cultivo e Uso de Minas
Gerais (VCU-MG). Em 2005 e 2006 foram avaliadas 15 e 23 linhagens, respectivamente.
Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas foram
constituídas de cinco linhas de 5 metros de comprimento e semeadas no espaçamento de
0,20 metros entre linhas. Foram avaliados os dados referentes à característica produtividade
de grãos, em kg ha-1. Constataram-se diferenças no desempenho das linhagens com a
variação dos locais e dos anos. Os locais de Lavras e Viçosa em 2005 e Viçosa em 2006
são considerados como desfavoráveis ao cultivo do trigo, porém, são ambientes importantes
para avaliação final de linhagens. Considerando a média dos quatro locais de avaliação, no
ano de 2005, nenhuma linhagem superou a produtividade média da melhor testemunha
(Pioneiro); entretanto seis delas apresentaram média geral superior ou igual à média geral
do ano e, portanto, foram mantidas e avaliadas no ano de 2006. Em 2006, sete linhagens
apresentaram produtividade média de grãos superior a melhor testemunha (Pioneiro),
considerando a média dos locais. As linhagens VI 98053, VI 98107, VI 00219 e IVI 01041
foram os destaques dos genótipos avaliados no ensaio de Valor de Cultivo e Uso em Minas
Gerais no sistema irrigado nos anos de 2005 e 2006.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE EUCALIPTO COM APLICAÇÃO DE
PREPARADOS HOMEOPÁTICOS
Lívia Cristina Cavalher Atz de Vilhena Moraes (Estagiária voluntária); Pâmela Cristina
Zanutto (Estagiária voluntária); Vicente W. D. Casali (Orientador)
A utilização de técnicas menos impactantes nos sistemas agrossilviculturais é a tendência
mundial, por isso a utilização de preparados homeopáticos nesses sistemas vem sendo
estudada como tecnologia ecologicamente adequada. O presente trabalho teve como
objetivo estudar a interação entre os preparados homeopáticos e o desenvolvimento de
mudas de Eucalypto urophylla. Foi realizado no período de maio de 2007 a julho de 2007,
na casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. As
aplicações foram feitas em intervalos de um dia e os preparados utilizados foram:
Phosphorus, Calcarea carbonica, Kali muriaticum, Magnésia carbônica, nas dinamizações
CH3 e CH12 e água e álcool dinamizado CH3. Foi realizada a análise parcial dos dados
pela análise da variância (ANOVA), e aplicou-se o teste F, a 5% de probabilidade, as
médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (a 5% de probabilidade) e pelo teste de
Duncan, pelo programa SAEG. Dos dados obtidos verificou-se que Phosphorus nas duas
dinamizações (CH3 e CH12) se sobressaiu em relação às demais homeopatias nas variáveis
de peso da parte aérea e peso total. A homeopatia Calcarea carbonica CH12 inibiu as
plantas conforme as mesmas variáveis, diferindo da testemunha água. O trabalho terá
prosseguimento tendo em vista que outros efeitos de patogenesia dos preparados podem
aparecer.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
BIODEGRADAÇÃO DE GLYPHOSATE EM SOLO RIZOSFÉRICO DE Glycine
max, Canavalia ensiformis E Stizolobium aterrimum
Cintia Maria Teixeira Fialho (Não Bolsista); Antonio Alberto da Silva (Orientador); Jose
Barbosa dos Santos (Membro Externo/Docente); Juraci Alves de Oliveira (Docente
Colaborador); Edson Aparecido dos Santos (Pós-Graduando); Evander Alves Ferreira (PósGraduando)
Avaliou-se neste trabalho a degradação de glyphosate em função da atividade rizosferica
das espécies Glycine max (soja var. BRS245-RR), Canavalia ensiformis e Stizolobium
aterrimum. Aos 60 dias após a emergência das plantas citadas, cultivadas em vasos
contendo substrato (solo + fertilizantes), colheu-se essas plantas e coletou-se amostras de
substrato. Esse material foi acondicionado em frascos e tratado com 14C-glyphosate. Após
32 dias de incubação determinou-se a taxa de desprendimento total de C-CO2, a biomassa
microbiana, o quociente metabólico e porcentagem de degradação do glyphosate
radiomarcado liberado na forma de 14C-CO2. Observou-se que solo rizosferíco de plantas
de soja apresentou a maior quantidade em massa de microrganismos, independentemente da
adição de glyphosate. Todavia na presença do herbicida, este tratamento foi o mais afetado
quanto a essa característica. Microrganismos da rizosfera de C. ensiformis produziram a
menor quantidade de 14C-CO2 liberado enquanto que, para aqueles provenientes da
rizosfera de S. aterrimum a quantidade liberada chegou a mais de 1,3 % do total de carbono
proveniente da atividade respiratória. A rizosfera de S. aterrimum também proporcionou a
maior eficiência na degradação de glyphosate por unidade de biomassa microbiana.
Contudo, considerando o qCO2, a soja foi mais eficiente na degradação do herbicida pelo
efeito rizosférico. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CÂMARA ÚMIDA PARA MELHORAR A GERMINAÇÃO DE SEMENTES E
CRESCIMENTO DE ALFACE E SALSA NO SISTEMA DE HIDOROPONIA
CAPILAR COM TNT, SEM AREJAMENTO COM COMPRESSOR ELÉTRICO.
Diego Luís Ramos (Estagiário Voluntário), Marcelo Maia Pereira (Pós- Graduando MS),
Paulo Roberto Gomes Pereira (Orientador), Daniel Nolasco Machado (Pós- Graduando
MS), Manuela Ribas Meneghitti (Estagiaria Voluntária); Roberto de Aquino Leite (Docente
Colaborador)
A Agricultura Urbana encontra-se em expansão e com isso a necessidade de informações
técnicas torna-se importante. Com este objetivo, tem sido testado o uso do cultivo de
plantas em hidroponia capilar com tecido não tecido (TNT). Neste sistema, em as sementes
são depositadas na superfície do TNT umedecido por capilaridade com solução nutritiva,
ocorre grande variação na germinação. Assim, foi realizado o experimento com objetivo de
avaliar diferentes meios para melhorar a germinação de alface (Lactuca sativa L.) babá de
verão e salsa (Petroselium crispum L.) graúda portuguesa. O experimento foi conduzido em
casa de vegetação do laboratório de nutrição de plantas do DFT/UFV, no período de vinte e
três de março á sete de maio de 2007. Foram testados seis tratamentos para cada espécie:
T1 Câmara úmida com plástico transparente sombreado, T2 câmara úmida com plástico
transparente não sombreado, T3 câmara úmida com plástico leitoso sombreado, T4 câmara
úmida com plástico preto sombreado, T5 sem câmara úmida sombreado, T6 sem câmara
úmida não sombreada, com três repetições cada tratamento. Foram utilizados TNT preto
40x40cm, isopor 10x10cm e recipientes com 1,7L de solução STEINER modificada, uma
força. A retirada das câmaras, exposição à luz direta dos tratamentos e a contagem das
sementes germinadas foram feitas no quarto dia para alface e décimo primeiro para salsa. A
colheita foi realizada depois de quarenta e cinco dias sendo feitas pesagens de matéria
fresca e seca da parte aérea. A temperatura máxima média foi de 33ºCe a mínima de 18ºC.
Com base na germinação e crescimento posterior, recomenda-se para a alface e salsa a
utilização de câmara úmida com plástico transparente e em local sombreado até completar a
germinação. (Projeto Inovação CENTEV/SEBRAE/FAPEMIG).
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DA SOJA E DE PLANTAS DANINHAS
Marco Antonio Moreira de Freitas (Bolsista IC/Projeto); Antonio Alberto da Silva
(Orientador); Germâni Concenço (Pós-Graduando); Jose Barbosa dos Santos (Membro
Externo/Docente); Cintia Maria Teixeira Fialho (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Amanda
Azarias Guimarães (Bolsista IC/Projeto); Alexandre Ferreira da Silva (Pós-Graduando)
Objetivou-se com este trabalho avaliar as características relacionadas à capacidade
fotossintética e à eficiência do uso da água por plantas de soja, de Brachiaria plantaginea
e de Bidens pilosa. As plantas se desenvolveram por 55 dias após a emergência em
condições de campo, quando então foram realizadas as avaliações. Para isso foi utilizado
um analisador de gases no infravermelho (IRGA). Foram avaliados a concentração de CO 2
sub-estomática (Ci), taxa fotossintética (A), temperatura da folha (T-folha), condutância
estomática (Gs), pressão de vapor (E-an) e taxa de transpiração (E) sendo calculado ainda o
CO2 consumido (ΔC) a partir dos valores de CO2 de referência e CO2 na câmara de
avaliação, e a eficiência do uso da água (EUA), a partir da quantidade de CO 2 fixado pela
fotossíntese e de água transpirada no mesmo período. Foram avaliadas a área foliar (AF),
massa seca foliar (MSF), caulinar (MSC) e total (MST). Com estas variáveis foram
calculadas a taxa de crescimento (TC), razão de área foliar (RAF), razão de peso foliar
(RPF) e área foliar específica (AFE). Os dados foram submetidos à análise de variância
pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade, sendo efetuado teste de Duncan a 5%. A B.
plantaginea quando comparada com as demais espécies apresentou elevada eficiência nas
características fisiológicas, como maior Ci, T-folha e EUA, e menor Gs e E, Além de
apresentar também maior área e massa seca foliar. Não foram observadas diferenças entre
espécies para as características A, ΔC, E-an, MST, TC, AFE, RAF e RPF. De acordo com
os resultados apresentados concluiu-se que a planta daninha B. plantaginea apresenta
maior eficiência tanto nas características fotossintéticas, como nas referentes ao uso da
água, o que era esperado para uma planta de metabolismo C4. B. pilosa, uma planta daninha
altamente competitiva, apresentou características fisiológicas semelhantes à cultura da soja.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERÍSTICAS
FISIOLÓGICAS
DA
GLYPHOSATE E DE PLANTAS DANINHAS
SOJA
RESISTENTE
AO
Cintia Maria Teixeira Fialho (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Antonio Alberto da Silva
(Orientador); Amanda Azarias Guimarães (Bolsista IC/Projeto); Evander Alves Ferreira
(Pós-Graduando); Germâni Concenço (Pós-Graduando); Jose Barbosa dos Santos (Membro
Externo/Docente)
Objetivou-se com este trabalho avaliar as características relacionadas à capacidade
fotossintética e a eficiência do uso da água pela soja (BRS 243 RR) comparada às espécies
de plantas daninhas Brachiaria plantaginea e Bidens pilosa. As avaliações foram realizadas
aos 55 dias após a emergência das plantas (DAE) utilizando-se um analisador de gases no
infravermelho. Foram avaliados a concentração de CO2 sub-estomática (Ci), taxa
fotossintética (A), temperatura da folha (T-folha), condutância estomática (Gs), pressão de
vapor (E-an), taxa de transpiração (E) sendo calculado ainda o CO2 consumido (ΔC) a
partir dos valores de CO2 de referência e CO2 na câmara de avaliação e a eficiência do uso
da água (EUA) a partir dos valores de quantidade de CO2 fixado pela fotossíntese e
quantidade de água transpirada. Por ocasião da colheita das plantas realizadas aos 55 DAE
avaliou-se a área foliar (AF), massa a seca foliar (MSF), massa seca caulinar (MSC) e a
massa seca total (MST), com essas variáveis foram calculadas a taxa de crescimento (TC),
razão de área foliar (RAF), razão de peso foliar (RPF) e área foliar específica (AFE). A B.
plantaginea apresentou elevada eficiência nas características fisiológicas como: maior Ci,
maior T-folha, menor Gs, menor E, maior EUA, área foliar e massa seca foliar. Todavia,
não se observou diferença entre as espécies para as características A, ΔC, E-na, MST, TC,
AFE, RAF e RPF. Conclui-se que B. plantaginea por apresentar maior eficiência nas
características fotossintéticas, principalmente nas referentes ao uso da água é uma espécie
que poderá causar sérios problemas, quando em competição com a cultura da soja, se não
manejada adequadamente. (CNPq)
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CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE 26 ACESSOS DO BANCO DE
GERMOPLASMA DE HORTALIÇAS DA UFV
João Marcos dos Santos Junior (Estagiário Voluntário), Victor de Souza Almeida (Bolsista
PIBIC/CNPq), Ernani Gomes Santana (Estagiário Voluntário), Walyston Pereira Batista
(Estagiário Voluntário), José Fernando Jurca Grigolli (Bolsista PROBIC/FAPEMIG),
André Pugnal Mattedi (Pós-Graduando MS), Derly José Henriques da Silva
(Orientador)
A disponibilização dos recursos genéticos dos bancos de germoplasma para os melhoristas
passa, necessariamente, pela caracterização e avaliação agronômica, fitopatológica,
entomológica etc. Neste sentido diversas instituições têm concentrado esforços na
caracterização dos recursos genéticos que possuem. A UFV através desse e diversos outros
trabalhos está caracterizando os recursos genéticos que possue e disponibilizando estas
informações via rede internacional de computadores, sendo possível de se visualizar esses
trabalhos no site do BGH-UFV, www.ufv.br/bgh. O objetivo deste trabalho foi avaliar 26
acessos do BGH-UFV quanto a caracteres agronômicos. O experimento foi conduzido no
delineamento de blocos casualizados com 3 repetições e três cultivares testemunhas:
Débora Plus, Fanny e Santa Clara. Caracteres avaliados: número de frutos bons (NFB),
peso de frutos bons (PFB), peso médio de frutos (PMF) e índice de precocidade (IP). Foi
efetuada a análise de variância e agrupamento de Skott Knott a 5% de probabilidade. Os
descritores mais variáveis foram PMF e NTF por formarem quatro grupos. Observou-se
que o acesso BGH-2327 possui PMF superior à Santa Clara, e as demais características
iguais a este, sendo indicado como fonte de genes aumento do peso médio de fruto.
Verificou-se no acesso BGH-2338 possui PMFB igual às testemunhas, e menor PFR, o que
pode significar maior capacidade de produção. Foi obtido, no acesso BGH-2286 PFR igual
às testemunhas e maior IP, portanto possível fonte de genes de precocidade.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DA FORMA DA FOLHA UNIFOLIOLADA NA DISTINÇÃO
DE CULTIVARES E LINHAGENS DE SOJA
Márcio Yoshiyuki Kanashiro (Estagiário Voluntário); Tuneo Sediyama (Orientador);
Robson Shigueaki Sasaki (Estagiário Voluntário); Alberto Souza Boldt (Bolsista
PIBIC/CNPq); Ana Paula Oliveira Nogueira (Pós-Graduando); Rita de Cássia Teixeira
(Membro Externo/Técnico); Daniela de Moraes Aviani (Membro Externo/Técnico); Silva
Rizza Ferraz e Campos (Membro Externo/Técnico)
A soja apresenta ampla variabilidade fenotípica, quanto à forma da folha unifoliolada. Os
descritores de soja atualmente utilizados para distinção de cultivares requeridos à proteção
são insuficientes. Desta forma, o presente trabalho objetivou avaliar a forma da folha
unifoliolada para ser utilizada como diferenciadora de cultivares. O experimento foi
conduzido em condições de casa de vegetação, na Universidade Federal de Viçosa, em
janeiro de 2007. Os tratamentos foram constituídos de 25 genótipos de soja procedentes do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Campo Experimental Bacuri,
dispostos em um delineamento em blocos casualizados, com seis repetições. Cada unidade
experimental foi constituída por cinco plantas, cultivadas em vaso contendo 2/3 de solo e
1/3 de matéria orgânica. A profundidade de semeadura foi de 3 cm. No estádio vegetativo
V2 realizou-se a caracterização visual quanto à forma da folha unifoliolada, considerando
as formas acunheada, troncada e auriculada, e em seguida, foram medidos a largura, o
comprimento e a maior distância da direita e esquerda da nervura principal, a partir do
ápice da folha unifoliolada. Determinou-se os coeficientes: largura/comprimento e (valor
médio da distância da direita e esquerda do folíolo)/comprimento da folha. O valor médio
do coeficiente largura/comprimento variou de 0,68 (BRS 216) a 0,92 (BRS 213). O valor
médio do coeficiente (média da distância direita e esquerda do folíolo)/comprimento variou
de 0,97 (BRS 215) a 1,05 (FT-Cristalina), constatando-se que em 16 cultivares ocorreu
maior freqüência de base troncada, em 8 cultivares ocorreu uma maior freqüência de base
acunheada e em 1 cultivar ocorreu uma mesma freqüência de auriculada e troncada.
Conclui-se, que é possível diferenciar cultivares de soja a partir da forma da base da folha
unifoliolada.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DAS LARANJAS DE BAIXA ACIDEZ UTILIZANDO
CURVA DE MATURAÇÃO DOS FRUTOS
Pedro Henrique Monteiro Matarazzo (Estagiário Voluntário); Daiane Cristina Marques dos
Santos (Pós-Graduando); Cícero Cartaxo de Lucena (Pós-Graduando); Dierlei dos Santos
(Pós-Graduando); Luiz Carlos Chamhum Salomao (Docente Colaborador); Dalmo Lopes
de Siqueira (Orientador); Danieele Fabiola Pereira da Silva (Pós-Graduando)
Embora a quase totalidade da produção do grupo de laranjas doce com baixa acidez seja
destinada ao consumo in natura, parte também é utilizada pela indústria visando à melhoria
da qualidade dos sucos no início da safra, quando os teores de acidez para os cultivares
utilizados pela indústria são elevados. O objetivo do trabalho foi estabelecer a curva de
maturação de três variedades de laranjas doce de baixa acidez [Citrus sinensis (L.) Osbeck]
da coleção de Citros da UFV, no período de 27 de abril a 08 de junho de 2007. As
variedades foram: ‘Serra d’água’, ‘Lima’ e ‘Piralima’. Previamente foram marcadas três
plantas de cada variedade, e quinzenalmente cinco frutos de cada planta foram colhidos e
levados ao Laboratório de Análise de Frutas onde foram feitos a extração do suco,
determinação dos Sólidos Solúveis Totais (SST), Acidez (A) e Ratio SST/A) em triplicata,
obtendo-se as curvas que descrevem o comportamento das variáveis ao longo do tempo.
Analisando SST, a variedade ‘Lima’ e ‘Piralima’, inicialmente, apresentaram valores
próximos a 10,0 enquanto a ‘Serra d’ Água’, 9,0. Ao final, ‘Lima’, ‘Piralima e ‘Serra
d’água’ apresentaram valores de 12, 11 e 10 respectivamente. Para a acidez, ‘Lima’ e
‘Piralima’ apresentaram inicialmente valores próximos de 0,45 % de ácido cítrico,
atingindo ao final valores de 0,26%. A ‘Serra d’ água’, partiu de 0,38 % e atingiu valor
final de 0,23 %. Os valores do Ratio, no início do trabalho, estavam próximos de 20. O
valor médio foi de 50 para ‘Lima’ e ‘Serra d’ água’, e de 40 para a ‘Piralima’. Avaliando o
teor de suco ao longo do período, observou-se que ‘Serra d’ água’ apresentou teor superior
aos demais cultivares, por volta dos 55%, sendo que, a ‘Lima’ foi intermediária com 51 %,
e a ‘Piralima’ variando de 45 a 48 % de suco. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DE 163 ACESSOS DE TOMATEIRO DO BGH-UFV À
PINTA PRETA DO TOMATEIRO
José Fernando Jurca Grigolli (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Bruno Oliveira Soares
(Estagiário Voluntário); Daniel Pedrosa Alves (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Mirian
Maristela Kubota (Estagiário Voluntário); Victor de Souza Almeida (Bolsista
PIBIC/CNPq); Tiago de Sá Cardoso (Estagiário Voluntário); Gabriel Belfort Rodrigues
(Pós-graduando DS); Derly José Henriques da Silva (Orientador); Eduardo Seiti Gomide
Mizubuti (Co-Orientador)
O BGH-UFV é uma importante ferramenta para programas de melhoramento. Portanto, a
sua caracterização é fundamental. Este trabalho teve como objetivo caracterizar 163 acessos
de tomateiro do BGH-UFV à Pinta Preta do Tomateiro (Alternaria solani). No experimento
em laboratório foi utilizada a técnica dos folíolos destacados. Os folíolos foram inoculados
e, após 24 horas de incubação, foram inspecionados diariamente para detecção de
surgimento de lesões. Foi determinado o período de incubação, ou seja, o período de tempo
decorrido entre a inoculação e o aparecimento de sintomas, com base nas avaliações visuais
de surgimento de sintomas. Adicionalmente, avaliou-se a área lesionada em cada folíolo,
com medições a cada três dias até 15 dias após o aparecimento de sintomas. A área
lesionada foi estimada por meio das medidas de diâmetros da lesão em dois sentidos
opostos (perpendiculares entre si). Os dados coletados foram submetidos à análise
estatística para seleção dos melhores genótipos de cada grupo de 50. A classificação dos
acessos em resistente, intermediário e suscetível foi realizada, a priori, dividindo-se a
distribuição dos valores de área lesionada média dos 163 genótipos avaliados em três
classes: resistentes - diâmetro médio entre 9,6 e
19,5 mm; e suscetíveis - diâmetro médio >19,5 mm. Os valores-limite de cada classe foram
determinados em função da amplitude dos valores de diâmetro médio da lesão. Dos 163
genótipos avaliados, 75,0% foram classificados como resistentes; 18% como de resistência
intermediária; e 7% como suscetíveis. (FAPEMIG/CNPq)
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERZAÇÃO DE 50 ACESSOS DE TOMATEIRO DO BGH-UFV À PINTA
PRETA DO TOMATEIRO
José Fernando Jurca Grigolli (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Daniel Pedrosa Alves
(Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Mirian Maristela Kubota (Estagiário Voluntário); Bruno
Oliveira Soares (Estagiário Voluntário); Victor de Souza Almeida (Bolsista PIBIC/CNPq);
Tiago de Sá Cardoso (Estagiário Voluntário) Gabriel Belfort Rodrigues (Pós-graduando
DS); Derly José Henriques da Silva (Orientador); Eduardo Seiti Gomide Mizubuti (CoOrientador)
O Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV pode ser uma importante fonte de genes
para futuros programas de melhoramento. Dessa forma, a caracterização, tanto agronômica
quanto fitopatológica, é de fundamental importância. O objetivo deste trabalho foi
caracterizar 50 acessos de tomateiro do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV
(BGH-UFV) à Pinta Preta do Tomateiro (Alternaria solani). Utilizaram-se 50 acessos de
tomateiro do BGH-UFV, além das testemunhas Débora, Fanny e Santa Clara. O
delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com três repetições e cinco plantas por
parcela, sendo apenas três as úteis. A inoculação foi realizada com uma mistura de cinco
isolados do patógeno. Avaliou-se a severidade (porcentagem da área foliar lesionada) da
doença nas plantas, que, posteriormente, obteve-se a curva de progresso da doença de onde
se calculou a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Foram realizadas
cinco avaliações, sendo a primeira 48 horas após a inoculação e as outras a cada três dias.
Houve diferença significativa entre os tratamentos, havendo assim, variabilidade entre eles.
Os dados foram submetidos à análise de variância, seguidos pelo teste de Scott-Knott, à 5%
de significância. Os genótipos que apresentaram as menores médias para AACPD foram
BGH-2008, BGH-2018, BGH-2026, BGH-2032, BGH-2035, BGH-2054, BGH-2057 e
BGH-2069, mas as testemunhas também permaneceram no grupo de média desses acessos.
O nível de tolerância dos cultivares existentes no mercado é aquém do necessário para
admiti-los como um método de controle da pinta-preta. Assim, os acessos que
permaneceram no mesmo grupo de média que as testemunhas não são considerados
resistentes. Encontrar genótipos com alto nível de tolerância para essa doença é difícil por
ser quantitativa a sua herança. Desta forma, avaliar mais acessos do BGH-UFV quanto a
resistência à pinta-preta é de suma importância. (FAPEMIG)
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE LARANJAS DOCE DE BAIXA ACIDEZ
Tiago Barbosa Struiving (Estagiário Voluntário); Danieele Fabiola Pereira da Silva (PósGraduando); Dierlei dos Santos (Pós-Graduando); Cícero Cartaxo de Lucena (PósGraduando); Gabriel Nogueira Decarlos (Estagiário Voluntário); Daniel Lucas Magalhães
Machado (Estagiário Voluntário); Daiane Cristina Marques dos Santos (Pós-Graduando);
Luiz Carlos Chamhum Salomao (Docente Colaborador); Dalmo Lopes de Siqueira
(Orientador); Pedro Henrique Monteiro Matarazzo (Estagiário Voluntário)
O trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar os frutos de três variedades de
laranja doce de baixa acidez. Foram analisados o tamanho dos frutos, massa dos frutos,
espessura da casca, quantidade de sementes, rendimento de suco, Sólidos Solúveis Totais
(SST), Acidez (A), Ratio e cor da casca e polpa pelo método instrumental através do ângulo
h° que define a coloração básica, onde 0° = vermelho; 90° = amarelo e 180° = verde. As
variedades estudadas foram: ‘Serra d`água’, ‘Piralima’ e ‘Lima’. Os frutos foram obtidos
em junho de 2007 da coleção de citros do Pomar da UFV em Viçosa-MG, sendo colhidos
15 frutos de cada variedade, sendo cinco por planta. Os maiores frutos foram da ‘Serra
d`água, seguido da ´Lima´ e ´Piralima´, com 69,0; 65,0 e 57,3 mm respectivamente. A
massa dos frutos seguiu a mesma tendência, alcançando os valores de 188,0, 166,0 e 121,0
g para ‘Serra d`água, ´Lima´ e ´Piralima´ respectivamente. A variedade ‘Serra d`Água
apresentou o menor número médio de sementes por fruto (7,7), ao passo que ‘Lima’ e
‘Piralima’ apresentaram 18,1 e 9,1 respectivamente. Em relação a espessura de casca,
‘Serra d`Água apresentou o maior valor médio (5,5 mm). O menor rendimento de suco foi
observado para a variedade ‘Lima’ (41,9 %), e maior para Piralima (44,6%). O menor Ratio
foi de 21,00 para a ‘Serra d’ água’, enquanto que a ‘Piralima’ e ‘Lima’, foram de 100 e 184,
respectivamente. Com relação a coloração dos frutos, a ‘Piralima’ apresentou valores que
indicam proximidade do vermelho, tanto para casca quanto para polpa. Enquanto que, as
outras variedades apresentaram coloração semelhantes entre si para cor da casca e da polpa,
próximas do amarelo. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE LARANJAS DOCE PRECOCE
Tiago Barbosa Struiving (Estagiário Voluntário); Gabriel Nogueira Decarlos (Estagiário
Voluntário); Daiane Cristina Marques dos Santos (Pós-Graduando); Cícero Cartaxo de
Lucena (Pós-Graduando); Dierlei dos Santos (Pós-Graduando); Daniel Lucas Magalhães
Machado (Estagiário Voluntário); Pedro Henrique Monteiro Matarazzo (Estagiário
Voluntário); Dalmo Lopes de Siqueira (Orientador); Danieele Fabiola Pereira da Silva
(Pós-Graduando); Luiz Carlos Chamhum Salomao (Docente Colaborador)
Este trabalho teve o objetivo de caracterizar os frutos de nove cultivares de laranjeiras
doces precoces provenientes da coleção de citros da UFV em Viçosa-MG. Previamente
foram marcadas três plantas de cada cultivar, sendo colhidos 15 frutos (5 por planta),
avaliando-se as dimensões do fruto, espessura da casca, número de sementes, rendimento
de suco, determinação de Sólidos Solúveis Totais (SST), Acidez (ATT), Ratio (SST/ATT)
e cor da casca e da polpa, estas últimas determinadas por meio de um colorímetro KonicaMinolta, modelo CR-10, medindo-se o ângulo h° que define a coloração básica, onde
0°=vermelho; 90°=amarelo e 180°=verde. Os frutos foram colhidos no período de 27 de
abril a 31 de agosto de 2007 em intervalos quinzenais e levados ao Laboratório de Análise
de Frutas onde procedeu-se à extração do suco. Os cultivares estudados foram: ´Campista´,
´Bahia´, ´Baianinha´, ´Barão´, ´Rubi´, ‘´Kona´, ´Salustiana´, ´Hamlim´ e ´Kahilily White´.
Os maiores frutos foram de ´Baianinha´ com 75,1 mm de diâmetro, os quais não
apresentaram sementes. Os menores frutos foram de ´Rubi´ com 56,5 mm de diâmetro e,
apresentando 11 sementes por fruto. ´Kona´ apresentou maior número de sementes com
aproximadamente 17 sementes por frutos. ´Salustiana´ e ´Campista´ apresentaram menor
espessura da casca com valores médios de 4,0 e 5,6 mm, respectivamente.. O maior
rendimento de suco foi observado em ´Bahia´ com 49,2%, ao passo que o menor
rendimento foi observado em ´Barão´ com 37,9%. Todos os cultivares encontravam-se no
ponto de colheita com exceção da variedade ´Kahilily White´, considerando o Ratio e o
rendimento de suco como critério de colheita. A coloração mais intensa para a cor da casca
foi para o cultivar ´Hamlin´, enquanto que, para a cor da polpa, a cor amarelo-alaranjado foi
observado em ´Kona´ com h° de 98,6. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DE SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES EM
CEBOLA (Allium cepa L.)
Daniel Rodrigues Ribeiro (Bolsista IC/Projeto); Rachel Soares Ramos (Bolsista
IC/Projeto); Sanzio Mollica Vidigal (Membro Externo/Técnico); Paulo Roberto Gomes
Pereira (Orientador); Marinalva Woods Pedrosa (Membro Externo/Técnico); Ana Paula
Fialho (Bolsista IC/Projeto)
A identificação dos sintomas de deficiência nutricional em plantas é um importante
instrumento no auxílio à fertilização na busca pela maximização da produção das plantas,
sendo influenciada por vários fatores como idade da planta, cultivar, condições climáticas e
outros fatores relacionados ao crescimento e a absorção de nutrientes. O presente trabalho
teve como objetivo induzir e caracterizar os sintomas visuais de deficiência de
macronutrientes em cebola. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do
Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa no período de julho a
agosto/07. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com três repetições, sendo
três plantas por vaso, contendo 5L de solução nutritiva. Os tratamentos foram solução de
Hoagland completa e com omissão de N, P, K, Ca, Mg, S. Utilizou-se a cultivar Baia
Periforme. As mudas passaram por um período de adaptação em solução nutritiva 50% e
transferidas para os tratamentos correspondentes. A observação dos sintomas foi feita
diariamente sendo que a ordem de aparecimento dos sintomas foi N, Ca, P, S, Mg e K. Os
principais sintomas de deficiência encontrados nas plantas de cebola foram: N: folhas com
coloração verde-clara uniforme, crescimento reduzido e aspecto encurvado; Ca:
retorcimento e invaginação do limbo foliar, murcha e secamento das folhas, aparecimento
de pontos necróticos, bulbificação precoce e sistema radicular subdesenvolvido; P: folhas
velhas e intermediárias com aspecto retorcido e ponteiros necrosados e escurecidos; S:
folhas jovens com amarelecimento gradual de baixo para cima, brotação com aspecto
bastante encurvado e sistema radicular pouco desenvolvido; Mg: pontos necróticos, linhas
cloróticas e retardo na bulbificação; K: sistema radicular pouco desenvolvido e
amarelecimento em forma de estrias. O estudo permitiu a indução e caracterização dos
sintomas de deficiência que poderá contribuir para adequação do manejo da fertilização da
cebola em busca da melhoria da produção. (FAPEMIG/EPAMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO DE SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA EM REPOLHO (Brassica
oleracea var. capitata)
Rachel Soares Ramos (Bolsista IC/Projeto); Daniel Rodrigues Ribeiro (Bolsista
IC/Projeto); Sanzio Mollica Vidigal (Docente Colaborador); Paulo Roberto Gomes Pereira
(Orientador); Marinalva Woods Pedrosa (Membro Externo/Técnico); Ana Paula Fialho
(Bolsista IC/Projeto)
Para o diagnóstico do estado nutricional de plantas a análise visual dos sintomas torna-se
importante ferramenta operacional, permitindo a identificação de deficiências minerais, na
busca pela otimização da fertilização e contribuindo para maximização da produção das
plantas. O presente trabalho teve como objetivo induzir e caracterizar os sintomas visuais
de deficiência de macronutrientes em repolho. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa durante os
meses de julho e agosto de 2007. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com
três repetições, sendo duas plantas por vaso e sete tratamentos: solução nutritiva de
Hogland completa (testemunha) e com omissão de N, P, K, Ca, Mg e S. o híbrido de
repolho utilizado foi o Shutoko. As mudas passaram por um período de adaptação em
solução nutritiva 50% e foram transferidas para soluções correspondentes aos tratamentos.
A observação dos sintomas foi feita diariamente sendo que a ordem de aparecimento dos
sintomas foi N, Ca, S, Mg, K e P. Nas plantas deficientes em N foram observadas folhas
com crescimento reduzido, aspecto esbranquiçado e coloração arroxeada. Em plantas com
falta de Ca observou-se aparecimento de pontos esbranquiçados, evoluindo para necróticos,
morte das folhas mais jovens e sistema radicular subdesenvolvido. Em plantas carentes em
S as folhas jovens apresentaram-se sob forma de concha e com bordos arroxeados. Sob
deficiência de Mg as plantas apresentaram folhas com pontos brancos evoluindo para
manchas esbranquiçadas e clorose internerval. Nas plantas deficientes em K as folhas
apresentaram-se com pecíolo escurecido e clorose nos bordos das folhas mais velhas. Nas
plantas em que foi omitido o P o pecíolo e nervuras apresentaram-se arroxeadas. Com o
estudo foi possível induzir e caracterizar os sintomas de deficiência em repolho, o que pode
contribui para aperfeiçoar a produção através de um manejo adequado da fertilização.
(FAPEMIG/EPAMIG).
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE FRUTOS CITRICOS APIRÊNICOS
Daniel Lucas Magalhães Machado (Estagiário Voluntário); Gabriel Nogueira Decarlos
(Estagiário Voluntário); Dierlei dos Santos (Pós-Graduando); Daiane Cristina Marques dos
Santos (Pós-Graduando); Dalmo Lopes de Siqueira (Orientador); Danieele Fabiola Pereira
da Silva (Pós-Graduando); Cícero Cartaxo de Lucena (Pós-Graduando); Tiago Barbosa
Struiving (Estagiário Voluntário); Luiz Carlos Chamhum Salomao (Docente Colaborador);
Pedro Henrique Monteiro Matarazzo (Estagiário Voluntário)
O objetivo deste trabalho foi caracterizar os frutos de oito cultivares apirênicos de citros de
mesa quanto ao tamanho do fruto, peso, presença de granulação, número de lóculos,
presença de sementes, rendimento de suco e cor da casca e polpa pelo método instrumental
através do ângulo h° que define a coloração básica, onde 0°=vermelho; 90°=amarelo e
180°=verde. As avaliações foram realizadas em laranjas ´Navelate´, ´Navelina´ e
´Salustiana´ (Citrus sinensis (L.) Osbeck); de tangerinas ´Clemenules´, ´Marisol´
(C. reticulata Blanco) e satsuma ´Okitsu´ (C. unshiu Marcovitch); e de híbridos ´Nova´
[C. clementine x (C. paradisi x C. tangerina)] e ´Ortanique´ (tangor natural
provavelmente entre C. sinensis (L.) Osbeck e C. reticulata Blanco) . As plantas estavam
com quatro anos de idade, enxertadas sobre Citrumeleiro ‘Swingle’, cultivadas em casa de
vegetação. A colheita dos frutos e posteriores análises foram realizadas no dia 05 de maio
de 2007, com exceção do híbrido ‘Ortanique’ que foi colhido e caracterizado no dia 30 de
agosto. Foram colhidos 15 frutos por variedade, sendo cinco frutos por planta. Nenhuma
das variedades apresentou sementes. As variedades ´Clemenules´, ´Nova´, ´Okitsu´ e
´Marisol´, apresentaram os frutos granulados, sendo que as demais tiveram teor de suco
superior a 40 %. A ´Navelate´ e ´Navelina´ tiveram cascas com aproximadamente 6,00 mm.
Todas as variedades apresentaram frutos de tamanho adequado ao comércio, sendo
Navelina, ´Navelate´ e ‘Ortanique’, com peso médio superior a 300 g e os demais, muito
próximos dos 200 g, com exceção da ‘Marissol’, cujo peso foi de 130 g. Para coloração da
casca observou-se que as variedades ‘Okitsu’ e ‘Clemenules’ apresentaram menores valores
de h° 80,6 e 83,3 respectivamente, enquanto a ´Navelate´ se destacou com 114,7° indicando
amarelo mais intenso. Para coloração da polpa a ‘Clemenules’ obteve valor médio de h°
102,3, enquanto a ‘Okitsu’ foi de 83,8. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CICLO DE SELEÇÃO DA POPULAÇÃO DE MILHO UFV 7
Marco Aurélio Fagundes Portes (Bolsista PIBIC/CNPq), João Carlos Cardoso Galvão
(Orientador), Glauco Vieira Miranda (Docente colaborador), Leandro Vagno de Souza
(Pós-graduando DS), Manoel Mota dos Santos (Pós-graduando DS), Pedro Henrique Alves
Marra (Bolsista PIBIC/CNPq), Rodrigo Oliveira de Lima (Estagiário voluntário), Rodrigo
Cabral Adriano (Estagiário voluntário), Jeferson Júlio Andrade (Bolsista PIC-Caixa),
Gustavo Pires Oliveira (Estagiário voluntário)
A seleção recorrente visa o aumento das médias de características de interesse econômico
por meio de recombinação de famílias superiores, ciclo após ciclo, sem perda da
variabilidade genética da população. O objetivo deste trabalho foi predizer ganhos na
população de milho UFV 7. No ano agrícola de 2.006/07 foram plantas 100 progênies de
meios-irmãos maternos de milho, na Universidade Federal de Viçosa, Departamento de
Fitotecnia, campus de Florestal. O experimento foi realizado com duas repetições em
delineamento látice 10x10. As parcelas foram constituídas por uma linha de 4,0 m
comprimento, espaçadas em 0,9 m. A adubação de plantio utilizada foi 308 kg.ha-1 de 0420-20 e a de cobertura consistiu de 400 kg.ha-1 de 20-00-20, quando as plantas atingiram o
estádio de quatro folhas. As características avaliadas foram: produtividade de grãos (PG),
altura de plantas (AP), altura de espigas (AE), número de plantas (NP), número de espigas
(NE) e prolificidade (PRL). Para as características: PG, AP, AE, NP e NE houve diferença
significativa a 5% de probabilidade. Foi realizada seleção direta para a caraterística PG,
sendo selecionadas as dez progênies de melhor desempenho. O ganho de seleção foi de
10,81% para PG, sendo a média esperada para o próximo ciclo de 5.144 kg.ha-1. Para as
demais características avaliadas, e que apresentaram diferença estatística, o ganho de
seleção de maior destaque foi no NE, com acréscimo esperado de 10,03%. O ganho de
seleção para AP, AE e NP, foi de respectivamente: 3,79%, 4,53% e 0,94%. Os resultados
indicam a presença de variabilidade genética, logo a população apresenta potencial para o
melhoramento. (FAPEMIG, CNPq e Capes)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
COMPONENTES DE PRODUÇÃO DA CULTIVAR DE FEIJÃO OURO NEGRO
EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA E MOLÍBDICA
Bruna Mendes de Oliveira (Bolsista IC/projeto), Tricia Costa Lima (Pós-graduando DS),
José Eustáquio de Souza Carneiro (Orientador), Lêlisângela Carvalho da Silva (Pósgraduando DS), Geraldo Antônio de Andrade Araújo (Docente colaborador)
O nitrogênio é fundamental para a produtividade do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) e, seu
metabolismo pode ser prejudicado em condições de deficiência de molibdênio. O objetivo
desse estudo foi verificar o efeito da adubação nitrogenada e molíbdica na cultura do feijão,
em duas épocas de plantio. Os experimentos foram conduzidos em condições de campo, na
estação experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa,
em Coimbra-MG, de dezembro/2003 a março/2004 (safra das "águas") e abril/2004 a
julho/2004 (safra da "seca"), com a cultivar Ouro Negro. Utilizou-se o delineamento de
blocos casualizados, em esquema fatorial (2x2x2), com quatro repetições, sendo as parcelas
constituidas por quatro linhas de cinco metros, espaçadas de 0,5 metros. Os tratamentos
foram: nitrogênio no plantio (0 e 20 kg ha-1), nitrogênio em cobertura (0 e 30 kg ha-1) e
molibdênio (0 e 80 g ha-1); utilizou-se como fontes de nitrogênio e molibdênio, o sulfato de
amônio e o molibdato de sódio, respectivamente. Foram avaliados o número de plantas m-2;
o número de vagens planta-1; o número de sementes vagem-1; a massa de 100 grãos (g) e; a
produtividade de grãos (kg ha-1). Com a aplicação de Mo, independente da aplicação de
nitrogênio, observou-se aumento da produtividade nas duas épocas de plantio, enquanto
que a aplicação de nitrogênio em cobertura, quando não se realizou adubação molíbdica,
incrementou o número de sementes por vagem na época das águas. Para as demais
características não foram observados efeitos significativos nas épocas estudadas.
(CNPq/Fapemig/Capes)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MILHO SUPER-PRECOCE NA
ZONA DA MATA MINEIRA
Elton Eduardo Novais Alves (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
João Carlos Cardoso Galvão (Docente Colaborador); Leandro Vagno de Souza (PósGraduando); Rodrigo Oliveira de Lima (Estagiário Voluntário); Manoel Mota dos Santos
(Pós-Graduando); Úrsula Ramos Zaidan (Estagiário Voluntário); Pedro Henrique Alves
Marra (Bolsista PIBIC/CNPq); Jeferson Julio de Andrade (Estagiário Voluntário); Rodrigo
Cabral Adriano (Estagiário Voluntário)
A cultura do milho é de grande importância no Brasil e ocupa uma área expressiva em
Minas Gerais, onde se cultivam próximo de 1,2 milhões de hectares, com produtividade
média de 3.994 Kg.ha-¹, superando em 30% a média nacional. Assim, este trabalho teve
como objetivo estudar o comportamento de cultivares de milho super-precoce na região da
Zona da Mata Mineira. O experimento foi conduzido no ano agrícola de 2006/2007, na
Universidade Federal de Viçosa, na Estação Experimental de Coimbra. Os 30 cultivares
super-precoces de milho foram plantados no dia 01/11/2006. No experimento foi utilizado
o delineamento experimental de blocos ao acaso com duas repetições. Cada parcela foi
constituída de duas linhas com cinco metros de comprimento cada, espaçadas em 0,90
metros, com estande final estimado em 55555 plantas.ha-¹. A adubação de plantio foi de
350 kg.ha-¹ da formulação N-P-K 08-28-16 e a adubação de cobertura foi feita quando as
plantas atingiram o estádio de seis folhas, aplicando 260 kg.ha-¹ de uréia. As características
avaliadas foram: a produtividade de grãos, altura de plantas e espigas. A produtividade de
grãos dos cultivares avaliados variou de 8252 Kg.ha-¹ (Dx911) a 11520 Kg.ha-¹ (2B150CL)
com média de 9588 kg.ha-¹. Os cultivares superiores que não diferiram estatisticamente
entre si em produtividade de grãos foram o 2B150CL (11520 kg.ha-¹), ASR39 (11400
kg.ha-¹), XBX70002 (10746 kg.ha-¹), Dx914 (10741 kg.ha-¹), AL-Piratininga (10556
kg.ha-¹), XB6010(10510 kg.ha-¹), GNSX3010 (10428 kg.ha-¹), DKB330 (10167 kg.ha-¹) e
AS724 (9957 kg.ha-¹). Entre os cultivares mais produtivos, a altura da planta variou de
1,99m a 2,53m e da espiga de 1,05m a 1,46m, sendo a media geral dos cultivares de 2,22m
para altura de planta e 1,23m para altura da espiga. Conclui-se que entre os cultivares de
milho super-precoces avaliados, há cultivares com adaptação adequada para plantio
na região da Zona da Mata Mineira.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE MILHO EM
DIFERENTES CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MINAS GERAIS
Úrsula Ramos Zaidan (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
Rodrigo Oliveira de Lima (Pós-Graduando); Rodrigo Oliveira de Lima (Estagiário
Voluntário); Manoel Mota dos Santos (Pós-Graduando); Marcelo Oliveira Soares (PósGraduando); Elton Eduardo Novais Alves (Estagiário Voluntário); Jeferson Julio de
Andrade (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Rodrigo Cabral Adriano (Estagiário Voluntário);
Thaís Silva Sales (Estagiário Voluntário)
O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento de híbridos experimentais de milho
desenvolvidos pelo Programa Milho® UFV no Estado de Minas Gerais. Os 49 cultivares de
milho, sendo 44 híbridos experimentais sintetizados Programa Milho® UFV e cinco
testemunhas foram plantados em novembro de 2006. Os experimentos foram conduzidos
em três locais de Minas Gerais: Coimbra (Zona da Mata Mineira), Florestal (transição
mata-cerrado) e Capinópolis (Cerrado). Utilizou-se o delineamento experimental em blocos
ao acaso, com três repetições. Cada parcela experimental foi constituída de uma linha de
quatro metros de comprimento, espaçadas de 0,9 m. Foram avaliadas as seguintes
características: produtividade de grãos, altura de plantas e espigas e prolificidade. Foi
verificada diferença estatística pelo teste F, a 1% de probabilidade para todas as
características avaliadas, com exceção para prolificidade. Para produtividade de grãos
verificou – se que houve variabilidade entre os três locais ao nível de 1% de probabilidade.
A média de produtividade de grãos dos híbridos experimentais de milho foi superior a
média geral em todos locais. A produtividade média de grãos dos híbridos em Coimbra
(9339 kg.ha-1) foi superior a Florestal (4272 kg.ha-1) e Capinópolis (6297 kg.ha-1). A
interação híbridos experimentais x ambientes não apresentou significância, evidenciando
que os alguns híbridos sintetizados pelo Programa Milho® UFV tiveram ranqueamento
semelhante em todos os locais. Conclui – se que há híbridos experimentais de milho
desenvolvidos pelo Programa Milho® UFV com potencial de cultivo para diferentes
condições edafoclimáticas do estado de Minas Gerais.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
COMPRIMENTO DO EPICÓTILO COMO DESCRITOR FENOLÓGICO DA
SOJA
Robson Shigueaki Sasaki (Estagiário Voluntário); Tuneo Sediyama (Orientador); Márcio
Yoshiyuki Kanashiro (Estagiário Voluntário); Alberto Souza Boldt (Bolsista PIBIC/CNPq);
Ana Paula Oliveira Nogueira (Pós-Graduando); Rita de Cássia Teixeira (Membro
Externo/Técnico); Silvana Rizza Ferraz e Campos (Membro Externo/Técnico); Daniela de
Moraes Aviani (Membro Externo/Técnico)
Desde 25 de abril de 1997, quando sancionada a Lei nº. 9456, tornou-se possível à proteção
de cultivares. A cultivar deve ser distinta, homogênea e estável. Na caracterização de
cultivares de soja são utilizados descritores os quais se tornaram insuficientes para a
distinguibilidade. Neste contexto, objetivou-se a avaliação de comprimento do epicótilo
como possível descritor fenológico na diferenciação de cultivares de soja. Foi realizado um
experimento, na Universidade Federal de Viçosa, com plantio em janeiro e avaliações em
fevereiro de 2007, nos estádios V1 e V3. Os tratamentos foram constituídos de 25
cultivares de soja procedentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento e
do Campo Experimental Bacuri, dispostos em um delineamento em blocos casualizados,
com seis repetições. Cada unidade experimental foi constituída por cinco plantas,
cultivadas em vaso contendo 2/3 solo e 1/3 de matéria orgânica. A profundidade de
semeadura foi de 3 cm. Nos estádios V1 e V3 mediu-se, com paquímetro digital, o
comprimento do epicótilo de todas as plântulas. Os dados foram submetidos à análise
estatística com o programa Genes. O comprimento do epicótilo entre cultivares foi
significativo ao nível de 1% de probabilidade para ambos os estádios avaliados. A média
para comprimento de hipocótilo em V1 variou de 75,38 mm (BRS-216) até 136,71 mm (MSOY 9001), enquanto que em V3 variou de 76,5 mm (BCR110A) até 136,45 mm (M-SOY
9001). Concluiu-se, portanto, que é possível utilizar o comprimento do epicótilo com
descritor fenológico da soja.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CORRELAÇÃO E ANÁLISE DE TRILHA PARA PRODUÇÃO DE MATÉRIA
SECA DA PARTE AÉREA EM LINHAGENS DE MILHO
William Fialho dos Reis (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador); João
Carlos Cardoso Galvão (Docente Colaborador); Aurélio Vaz de Melo (Pós-Graduando);
Leandro Vagno de Souza (Pós-Graduando); Rodrigo Cabral Adriano (Bolsista
PIBIC/CNPq); Rodrigo Oliveira de Lima (Bolsista PIBIC/CNPq); Tiago Costa Rosso
(Estagiário Voluntário); Priscila Lopes Ferreira (Estagiário Voluntário); Jeferson Julio de
Andrade (Bolsista PIC-Caixa)
O Brasil é um dos maiores produtores de milho do mundo, contribuindo com cerca de 6%
da produção, mas ainda apresenta baixa produtividade, principalmente devido à baixa
fertilidade dos solos. Com isso a identificação de cultivares superiores na utilização de
nutrientes como o fósforo, é de extrema importância para os programas de melhoramento.
Objetivou-se no presente trabalho avaliar as correlações genéticas entre a produção de
matéria seca da parte aérea com as características secundárias, identificando seus efeitos
diretos e indiretos. Foram avaliadas 20 linhagens de milho, em ambientes contrastantes de
fósforo. Todas pertencentes aos grupos de origem C13 e C15 do banco de germoplasma do
Programa Milho® UFV. Os ensaios foram realizados na Universidade Federal de Viçosa
(UFV), Departamento de Fitotecnia, na estação experimental Diogo Alves de Mello. Sendo
conduzidos em casa de vegetação. O plantio foi realizado no dia 22/05/2006, e as
avaliações ocorreram quando as plantas atingiram o estádio vegetativo de quatro folhas.
Cada ensaio foi composto de três repetições, em blocos inteiramente ao acaso, sendo que
cada vaso com duas plantas constituiu uma parcela. Realizou-se a análise de trilha e a
correlação genética associando a matéria seca da parte aérea (MSPA) com as variáveis
explicativas: comprimento de raiz (CR), diâmetro de caule (DC), matéria seca de raiz
(MSR), concentração de fósforo na parte aérea (CPPA) e concentração de fósforo na raiz
(CPR). Com isso foi possível observar que a variável MSR foi a que mais influenciou a
MSPA, apresentando correlação total de 0,91 e 0,85 para os ambientes de alto e baixo
fósforo, respectivamente. Sendo assim pode-se concluir que a característica matéria seca de
raiz pode ser utilizada para a identificação de genótipos superiores para a produção de
MSPA. (CNPq)
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CORRELAÇÃO FENOTÍPICA ENTRE TAMANHO DE
COMPRIMENTO DE HIPOCÓTILO E EPICÓTILO EM SOJA
SEMENTE
E
Alberto Souza Boldt (Bolsista PIBIC/CNPq); Tuneo Sediyama (Orientador); Ana Paula
Oliveira Nogueira; Rita de Cassia Teixeira; Eder Matsuo; Raphael de Avelar Barbosa
Lopes
O trabalho objetivou avaliar a correlação fenotípica entre tamanho de semente e
comprimento de hipocótilo e epicótilo em três cultivares de soja. O ensaio foi conduzido no
período de janeiro a fevereiro de 2007, em condições de casa-de-vegetação do
Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. Foram avaliadas as
cultivares Conquista, MSOY 9001 e P98C81. Sementes das cultivares Conquista e P98C81
foram submetidas a peneiras de diferentes orifícios redondos. Foram utilizadas sementes
retidas em maior quantidade em apenas três peneiras. Para a cultivar P98C81 as peneiras
P17, P16 e P15 (6,75, 6,35 e 5,95mm de diâmetro) apresentaram respectivamente 12,88%,
59,37% e 22,18% das sementes. Para a cultivar Conquista as peneiras P18, P17 e P16 (7,14,
6,75 e 6,35mm de diâmetro) apresentaram respectivamente 13,46%, 37,58% e 40,38% das
sementes. Foram amostradas de 80 sementes retidas em peneiras com maiores quantidades
de sementes, mais 80 sementes de amostras aleatórias (A) para as cultivares Conquista e
P98C81. Para a cultivar MSOY 9001 foram utilizadas apenas 80 sementes de amostra
aleatória, consistindo na testemunha adicional ao experimento em razão de ter apresentado
boa estabilidade em ensaios anteriores. O delineamento experimental utilizado foi em
blocos ao acaso com seis repetições, sendo as parcelas constituídas de cinco plantas
cultivadas em vasos de 3 litros. As características avaliadas foram comprimento, largura e
espessura da semente; comprimento de hipocótilo nos estádios VC, V1 e V2 e
comprimento de epicótilo nos estádios V1, V2 e V3. Foram estimadas as correlações com o
auxílio do programa computacional GENES e estimados os coeficientes de correlação
fenotípica para as características estudadas. As medidas comprimento, largura e espessura
de semente apresentaram correlações significativas com todos os caracteres estudados,
variando de 0,671 a 0,950. Concluiu-se que o tamanho da semente apresenta correlações
fenotípicas positivas e elevadas com comprimento de hipocótilo e epicótilo.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CORRELAÇÕES FENOTÍPICAS, GENOTÍPICAS E AMBIENTAIS ENTRE
CARACTERES DE HÍBRIDOS TOP CROSS DE MILHO
Julliane Luiza Fuscaldi (Estagiário Voluntário); João Carlos Cardoso Galvão (Orientador);
Glauco Vieira Miranda; Leandro Vagno de Souza; Rodrigo Oliveira de Lima; Jeferson
Julio de Andrade; Manoel Mota dos Santos; Rodrigo Cabral Adriano; Helder Medice
Junior; Patrícia Helena Ribeiro
Em um programa de melhoramento, o conhecimento da grandeza das associações entre
caracteres de interesse é de fundamental importância na obtenção de populações
melhoradas. O objetivo deste trabalho foi determinar as correlações fenotípicas, genotípicas
e ambientais entre caracteres quantitativos dos híbridos top cross de milho. O experimento
foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa, na Estação Experimental de Coimbra,
MG, no ano agrícola 2006/2007. Foram avaliados 308 híbridos top cross de milho,
divididos em sete grupos de 44 híbridos utilizando-se cinco cultivares comerciais como
testemunhas comuns a cada grupo. O delineamento experimental utilizado foi de blocos
casualizados, com três repetições, sendo cada parcela constituída de uma linha de quatro
metros de comprimento, espaçada em 0,9 metro. Foi realizada a análise agrupada dos
experimentos. Houve diferença significativa para todas as características avaliadas, quais
sejam, produtividade de grãos, altura de planta, altura de espiga, número de plantas, número
de espigas, prolificidade. Na maioria dos pares de caracteres, as correlações genotípicas
foram superiores as fenotípicas, evidenciando maior contribuição dos fatores genéticos, em
relação aos de ambientes. A correlação genotípica foi positiva entre produtividade de grãos
e todas as outras características avaliadas, exceto prolificidade. A correlação de ambiente
foi alta apenas entre os caracteres produtividade de grãos e número de espiga, altura de
planta e altura de espiga. Isso indica que os caracteres em questão são influenciados pelas
mesmas diferenças de condições ambientais. Conclui-se que a seleção para aumento
produtividade de grãos acarretará no aumento das outras características avaliadas, com
exceção de prolificidade.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CORRRELAÇÃO FENOTÍPICA ENTRE CARACTERES AGRONÔMICOS E DE
QUALIDADE DO FRUTO DE 26 ACESSOS DE TOMATEIRO DO BANCO DE
GERMOPLASMA DE HORTALIÇAS DA UFV
Victor de Souza Almeida (Bolsista PIBIC/CNPq), João Marcos dos Santos Junior
(Estagiário voluntário), Ernani Gomes Santana (Estagiário voluntário), Walyston Pereira
Batista
(Estagiário
voluntário),
José
Fernando
Jurca
Grigolli
(Bolsista
PROBIC/FAPEMIG), Andre Pugnal Mattedi (Pós-graduando MS), Derly José Henriques
da Silva (Orientador).
A determinação da diversidade genética existente nos bancos de germoplasma permite,
entre outros, a caracterização de acessos, a identificação de genitores superiores e o grau de
associação entre as características, de modo a auxiliar as seleções durante a evolução o
programa de melhoramento. Este trabalho objetivou avaliar o grau de associação entre
características agronômica e de qualidade de fruto em 26 acessos. O experimento foi
conduzido em blocos casualizados com 3 repetições, 26 acessos de tomateiro do BGH-UFV
e três testemunhas: Débora Plus, Fanny e Santa Clara. Caracteres avaliados: número de
frutos bons (NFB), peso de frutos bons (PFB), peso médio de frutos (PMF), índice de
precocidade (IP); acidez titulável (AT), sólidos solúveis totais (SST, medidos em °Brix),
acidez total (pH) e Sabor (relação entre SST/AT). Foi feita análise de correlação de
Pearson. Foi observado que existe correlação negativa entre PFB e A.T. (-0.4093);
portanto, ao selecionar acessos com maior peso de frutos bons, possivelmente pode-se
selecionar também acessos com maior sabor (Sabor = SSt/AT), pois, a correlação entre a
acidez do fruto e Sabor é inversamente proporcional (-0.6216). Também se obteve
correlação positiva entre PMF e pH. Esta não é interessante, uma vez que maior pH
favorece o desenvolvimento de microorganismos nocivos à conservação pós-colheita.
CA
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CRESCIMENTO DE RAÍZES DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ RESISTENTE E
SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC EM COMPETIÇÃO
Giselle Lima Ferreira (Estagiaria Voluntária); Antônio Alberto da Silva (Orientador);
Germani Concenço (Pós-graduação); Francisco Affonso Ferreira (Docente colaborador);
Leandro Galon (Pós-graduação); Evander Alves Ferreira (Pós-graduação); Alexandre
Ferreira da Silva (Pós-graduação); Ignacio Aspiazu (Pós-graduação)
Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial competitivo de biótipos de capim-arroz
resistente e suscetível ao quinclorac no ambiente do solo, como forma de inferir qual o
biótipo possui maior potencial de extração de recursos. O experimento foi instalado em
ambiente semi-protegido, constando de diferentes densidades de plantas dos biótipos de
capim-arroz resistente (R) e suscetível (S) ao herbicida quinclorac, oriundos da região
arrozeira de Itajaí/SC. Foram semeadas três sementes do biótipo de capim-arroz
considerado como tratamento, no centro da unidade experimental. Na periferia foram
semeadas dez sementes do biótipo oposto ao do tratamento (central). Dez dias após a
emergência (DAE) foi efetuado o desbaste, deixando-se apenas uma planta no centro da
unidade experimental, e o número de plantas do biótipo oposto de acordo com o tratamento
(0, 1, 2, 3, 4 ou 5 plantas). O delineamento experimental utilizado foi o completamente
casualizado, em esquema fatorial 2 x 6 com quatro repetições. Aos 40 DAE, foram
avaliados o comprimento, volume, massa fresca, massa seca e conteúdo de água das raízes
das plantas. Os dados obtidos foram submetidos à analise de variância, e em caso de
significância efetuou-se o teste de Duncan para avaliar o efeito do aumento na densidade de
plantas, o teste da Diferença Mínima Significativa (DMS), para avaliar diferenças entre
biótipo resistente e suscetível, além da matriz de correlação. Conclui-se que a imposição
de competição no ambiente das raízes pode afetar mais o biótipo resistente ao quinclorac
que o suscetível, sendo esta característica essencial para a sobrevivência do biótipo,
principalmente sob escassez do recurso.
CA
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CRESCIMENTO DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ EM CONDIÇÃO DE
COMPETIÇÃO
Ênio Tito Borges (Estagiário Voluntário); Antonio Alberto da Silva (Orientador); Germani
Concenço (Pós-graduando); Leandro Galon (Pós-graduando); Ingnaco Aspiazu (Pósgraduando); Evander Alves Ferreira (Pós-graduando); Alexandre Ferreira da Silva (Pósgraduando)
O capim-arroz (Echinochloa spp.) está amplamente distribuído em todo território brasileiro,
tem crescimento agressivo e apresenta similaridade morfológica com as plantas da cultura,
o que dificulta a aplicação de métodos alternativos de controle, sendo considerado como a
segunda espécie daninha mais problemática do arroz irrigado. Objetivou-se com este
trabalho avaliar o crescimento de biótipos de capim-arroz resistente e suscetível ao
quinclorac em competição entre biótipos e dentro do mesmo biótipo. Para isso plantas de
biótipos de capim-arroz resistente e suscetível ao quinclorac foram cultivadas em diferentes
arranjos na unidade experimental. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x
6, com quatro repetições em delineamento experimental completamente casualizado. Aos
45 dias após emergência determinou-se a área foliar e massa seca da parte aérea, separados
em folhas e colmos; calculando-se a seguir a taxa de crescimento (TC), área foliar
específica (AFE), índice de área foliar (IAF), razão de peso foliar (RPF) e razão de área
foliar (RAF). Para as variáveis massa seca, taxa de crescimento, índice de área foliar, razão
de peso foliar e razão de área foliar, não foram observadas diferenças resistentes e
suscetíveis independente do arranjo de semeadura.. Todavia, o biótipo suscetível
apresentou maior área foliar específica que o resistente tanto quando cultivado isolado,
como em comunidade. Concluiu-se que não existem diferenças marcantes entre os biótipos
resistente e suscetível ao quinclorac quanto ao potencial de crescimento em condição de
competição.
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CULTIVO DE FLOR-DE-SEDA EM DIFERENTES SUBSTRATOS
Carolina Queiroz Samartini (Estagiário Voluntário); Affonso Henrique Lima Zuin
(Orientador); Sabrina Aparecida Pinto; Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos Santos
Zigocactus truncatus é uma cactácea herbácea e epífita, cuja parte aérea é formada por
segmentos denominados artículos, que podem ser destacados para formar novas plantas. É
de origem brasileira, cultivada em vasos à meia-sombra ou à sombra. Sua floração é muito
ornamental, ocorrendo normalmente no mês de maio, sendo especialmente comercializada
nessa época para presente. Geralmente é cultivada em solo rico em matéria orgânica e bem
drenado. São poucos os estudos sobre o cultivo desta espécie, carecendo de pesquisa. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de Zigocactus truncatus em diferentes
substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de
Viçosa, em blocos casualizados com 6 repetições e 7 tratamentos, sendo eles T1 – fibra de
coco, T2 – vermiculita, T3 – casca de café carbonizada, T4 – bagaço de cana carbonizado,
T5 – pó de xaxim, T6 – substrato comercial (Bioplant®) e T7 – casca de arroz carbonizada.
Foram avaliados aos 8 meses de condução, ocorrida a primeora florada: a altura da planta
(cm), número de ramos, tamanho de artículos (cm), matéria fresca vegetal (g), volume de
artículos (ml), e o volume total da planta (ml). Para todas as características avaliadas exceto
para o tamanho de artículos, o substrato comercial propiciou o melhor desenvolvimento da
flor-de-seda. O tamanho de artículos se manteve estatisticamente igual para a maioria dos
tratamentos diferindo apenas no T3. Este tratamento (T3), apresentou menor média para
todas as características observadas por apresentar baixa capacidade de retenção de água.
Conclui-se que o substrato comercial Bioplant® foi o melhor para o desenvolvimento destas
plantas entre os testados e que estudos sobre outras misturas de substratos ainda se fazem
necessários para se obter adequada produtividade com menor custo.
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DESCRITORES ADICIONAIS NA CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES E
LINHAGENS DE SOJA (Glycine max (L.) MERRILL)
Márcio Yoshiyuki Kanashiro (Estagiário Voluntário); Tuneo Sediyama (Orientador);
Robson Shigueaki Sasaki; Alberto Souza Boldt; Ana Paula Oliveira Nogueira; Rita de
Cássia Teixeira; Daniela de Moraes Aviani; Silvana Rizza Ferraz e Campos
A distinguibilidade de cultivares de soja requerida à proteção é feita com base em trinta e
oito descritores. Contudo, estes se tornaram insuficientes para distinguir as cultivares. Desta
forma, o trabalho objetivou a caracterização de descritores adicionais para diferenciação de
cultivares e linhagens de soja. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de
Viçosa, em condições de casa de vegetação, com semeadura realizada em janeiro e as
avaliações em fevereiro de 2007. Os tratamentos foram constituídos de 25 genótipos de soja
procedentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento e do Campo
Experimental Bacuri, dispostos em um delineamento em blocos casualizados, com seis
repetições. Cada unidade experimental foi constituída por cinco plantas, cultivadas em vaso
contendo 2/3 de solo e 1/3 de matéria orgânica. Avaliaram-se as características:
comprimento do primeiro internódio, comprimento da raque e do pecíolo da primeira folha
trifoliolada e altura da planta no estádio V3. Os dados foram submetidos à análise
estatística com o programa Genes. Verificou-se efeitos significativos ao nível de 1% de
probabilidade para todas as características analisadas. A média para comprimento do
primeiro internódio variou de 28,4 mm (BRS-216) até 58,5 mm (110D). Para o
comprimento do pecíolo, a média variou de 49,8 mm (110F) até 78,4 mm (BRS 215). O
comprimento médio da raque variou de 6,0 mm (BCR-390) até 12,6 mm (Msoy 9001). A
altura média da planta variou de 20,9 cm (BRS 243RR) até 43,6 cm (BRS-214). Concluiuse, que existem variabilidades para comprimento do primeiro internódio, comprimento da
raque e do pecíolo da primeira folha trifoliolada e altura de plantas no estádio V3, podendo
essas características serem úteis para distinguir cultivares de soja.
CA
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DESEMPENHO AGRONÔMICO DA VARIEDADE DE MILHO UFV 7 EM
DIFERENTES CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS
Anna Rita Marcondes dos Santos (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda
(Orientador); Luciana Gonçalves Chaves; João Carlos Cardoso Galvão; Leandro Vagno de
Souza; Rodrigo Oliveira de Lima
O potencial de produção de uma variedade depende de fatores genéticos e de condições
ambientais favoráveis, que exercem grande influência nas características morfológicas das
plantas. O objetivo foi avaliar o desempenho agronômico das famílias de meios-irmãos
maternos de milho em três regiões de Minas Gerais. Os experimentos foram conduzidos
nos municípios de Coimbra(Zona da Mata Mineira), Florestal(Transição Mata-Cerrado), e
Capinópolis(Cerrado), que se diferem nas condições de altitude e edafoclimáticas. Foram
avaliadas 100 famílias de meios-irmãos maternos de milho, com delineamento em blocos
casualisados, com duas repetições. Cada parcela foi constituída de uma linha de quatro
metros de comprimento, espaçadas em 0.9 m. As características avaliadas foram:
produtividade de grãos(PG), altura de plantas(AP), e de espigas(AE) e prolificidade(PRL).
Em relação à produtividade de grãos o experimento conduzido em Coimbra apresentou 66
famílias de meios-irmãos com PG superior à média geral dos experimentos 8441 kg/ha ,
sendo que em Florestal e Capinópolis nenhuma das 100 famílias conseguiram superá-la.
Para a característica AP a maior média entre os experimentos foi 205 cm, sendo
ultrapassada por 84 das famílias em Coimbra, 13 em Capinópolis, e nenhuma em Florestal.
Quanto a AE, em Coimbra, 53 famílias superaram a média 115 cm, Capinópolis apenas 9
apresentaram AE inferior a esta e em Florestal todos estiveram abaixo da média. Para a
PRL a maior média foi 1,45 espigas/planta, sendo ultrapassada por 4 famílias em Coimbra e
por 1 família em Florestal e Capinópolis. Pela análise de variância individual, pode-se
detectar a existência de variabilidade genética nos três ambientes e homogeneidade entre as
variâncias residuais. Pela análise conjunta a interação genótipo x ambiente foi significativa
ao nível de 1% de probabilidade. Conclui-se que é de grande importância que as avaliações
sejam feitas nas regiões onde será lançada a variedade devido às diferenças no desempenho
agronômico em cada ambiente.
CA
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DESEMPENHO DE GENÓTIPOS DE TRIGO IRRIGADO
PRELIMINAR DE LINHAGENS EM MINAS GERAIS
EM ENSAIO
Adérico Júnior Badaró Pimentel (Estagiário voluntário); Moacil Alves de Souza
(Orientador); Luiz Fernando Favarato (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Davi Melo de
Oliveira (Pós-graduando MS); Juarez Campolina Machado (Pós-graduando DS); Adeliano
Cargnin (Membro externo/CPAC)
A expansão da triticultura no Brasil–Central só é possível com o desenvolvimento de
cultivares com alta capacidade produtiva e que sejam adaptadas às condições climáticas da
região. Dessa forma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar e selecionar
linhagens de trigo irrigado, em ensaio preliminar de linhagens, que apresentem
características agronômicas favoráveis ao cultivo em Minas Gerais. Os ensaios foram
conduzidos em dois ambientes: Viçosa, em 2005 e 2006, onde foram avaliados 49 e 27
genótipos, respectivamente e São Gotardo no ano de 2006, com avaliação de 25 genótipos.
Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com três repetições para cada um dos
tratamentos. Cada parcela foi constituída por cinco linhas de 5m de comprimento,
espaçadas de 0,20m. As variáveis analisadas em 2005 foram produtividade de grãos, peso
hectolítrico, altura de plantas e peso de mil grãos. Em 2006, além da produtividade de grãos
e altura de plantas, avaliou-se a duração do ciclo até o florescimento e reação à ferrugem da
folha e helmintosporiose. Os dados foram submetidos à análise de variância e posterior
teste de médias. No ensaio de Viçosa em 2005, 21 genótipos obtiveram bom desempenho
no experimento, apresentando produtividade de grãos estatisticamente superior à melhor
testemunha do experimento (BRS 207) e peso hectolítrico igual ou superior a esta última.
Nos ensaios de 2006 nenhum genótipo apresentou produção de grãos estatisticamente
superior à melhor testemunha de cada local, mas 13 genótipos obtiveram rendimento médio
relativo na produção de grãos superior à melhor testemunha presente nos dois locais
(Pioneiro). Os genótipos VI 03231 e VI 03236 se destacaram em todos os experimentos
preliminares de linhagens que foram conduzidos em Minas Gerais, podendo recomendá-los
para o ensaio regional. (FAPEMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DESEMPENHO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE MILHO NA ZONA DA
MATA MINEIRA
Patrícia Helena Ribeiro (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
Leandro Vagno de Souza; João Carlos Cardoso Galvão; Rodrigo Oliveira de Lima; Rodrigo
Cabral Adriano; William Fialho dos Reis; Manoel Mota dos Santos; Jeferson Julio de
Andrade; Gustavo Pires de Oliveira
Os programas de melhoramento de milho estão constantemente buscando híbridos mais
produtivos e economicamente rentáveis. Para isso é importante avaliação em diversas
regiões edafoclimáticas. Sendo assim o objetivo do presente trabalho foi avaliar o
desempenho de híbridos experimentais de milho na Zona da Mata Mineira. Os 49 híbridos
experimentais de milho foram plantados no ano agrícola 2006/2007 na Estação
Experimental de Coimbra pertencente ao Departamento de Fitotecnia da Universidade
Federal de Viçosa. Utilizou-se o delineamento experimental em látice 7x7, com três
repetições. As parcelas foram constituídas de uma linha de 4,0m de comprimento, no
espaçamento de 0,9 m entre linhas e 0,2m entre covas, com estande final de 66000 plantas
ha-1 após o desbaste. Para adubação foram utilizados 350 Kg ha-1 da fórmula 8-28-16 no
plantio e 100 Kg ha-1 N de adubação nitrogenada em cobertura. Foram avaliadas as
seguintes características: produtividade de grão (PG), altura de planta (AP), altura de espiga
(AE), número de plantas por parcela (NP), número de espigas por parcela (NE) e
prolificidade (PRL). Foi verificada diferença significativa a 1% de probabilidade, pelo teste
F para todas as características. A produtividade média de grãos foi 9090 Kg ha-1.
Destacando-se a testemunha AG1051(12224 kg.ha-1) e o híbridos 05-5332 (10868 kg.ha1), 05-5324 (10591 kg.ha-1) e 05-5343 (10391 kg.ha-1). Sendo os valores da média geral
para AP 257cm, AE 157cm, NP 18 planta.parcela-1, NE 24 espigas.parcela-1 e PRL 1,30
espiga.planta-1. Dentre os híbridos de maior PG , a AP variou de 276 a 230 cm. Conclui-se
que os híbridos de milho do Programa Milho® apresentam potencial produtivo para
condições edafoclimáticas da Zona da Mata Mineira.
CA
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DESEMPENHO DE POPULAÇÕES SEGREGANTES DE FEIJÃO VERMELHO
PROVENIENTES DO SEGUNDO CICLO DE SELEÇÃO RECORRENTE
Gislâyne Maíra Pereira de Faria (Estagiária voluntária), José Ângelo Nogueira de Menezes
Júnior (Pós graduando DS), José Eustáquio de Souza Carneiro (Orientador), Vanessa Maria
Pereira e Silva (Pós graduanda DS), Marilene Santos de Lima (Pós graduanda DS), Renato
Domiciano Silva Rosado (Pós graduando MS), Pedro Crescêncio Souza Carneiro
(Colaborador)
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de vinte populações segregantes de
feijão vermelho do programa de seleção recorrente da Universidade Federal de Viçosa. O
programa de seleção recorrente iniciou-se com cruzamentos envolvendo a cultivar
Vermelhinho, amplamente utilizada pelos produtores da Zona da Mata de Minas Gerais, e
linhagens de grãos tipo carioca de alto potencial produtivo. As populações em estudo são
oriundas da recombinação das 20 melhores famílias do primeiro ciclo (C0), utilizando um
dialelo circulante de modo que cada família participasse de dois cruzamentos. As
populações obtidas foram avaliadas quanto à produtividade de grãos em três épocas, na
safra da “seca” de 2004, 2005 e 2007, no delineamento em látice triplo 5 x 5 e parcelas
constituídas de quatro linhas de 4m. Também foram obtidas notas de aspecto do grão e
arquitetura de planta. De modo geral obteve-se boa precisão experimental para todos os
caracteres avaliados, com estimativas de CV´s variando de 5,82 a 11,06%. A variabilidade
entre as populações, para produtividade de grãos, ficou evidenciada nos anos de 2004 e de
2007, pela significância observada (P≤0,05) para a fonte de variação populações. Para
aspecto do grão e arquitetura de planta, avaliados somente em 2007, verificou-se
variabilidade entre as populações. Considerando a análise conjunta verificou-se que a
interação populações x anos foi não significativa, indicando que estas apresentaram
desempenhos consistentes nos diferentes anos. Entretanto, observou-se efeito significativo
para populações e testemunhas. Já o contraste populações vs. testemunhas foi não
significativo, indicando que não houve diferença significativa entre a média das populações
e a média das testemunhas. Assim pode-se perceber o alto potencial das populações para
seleção de famílias que superem as testemunhas. Observou-se também que todas as
populações apresentaram desempenho semelhante ao da testemunha padrão Ouro
Vermelho, pelo deste de Dunnett (P≤0,05). (CNPq/CAPES/FAPEMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DESEMPENHO DE VARIEDADES DE MILHO NA REGIÃO DA ZONA DA
MATA MINEIRA
Renan Rodrigues Coelho (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
João Carlos Cardoso Galvão; Leandro Vagno de Souza; Rodrigo Oliveira de Lima; Tiago
Costa Rosso; Jeferson Julio de Andrade; Rodrigo Cabral Adriano; Julliane Luiza Fuscaldi;
Manoel Mota dos Santos
As variedades de polinização aberta de milho constituem-se em uma alternativa ao uso de
híbridos, principalmente por agricultores que não possuem capital para adquirir sementes
híbridas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de variedades de milho na
Região da Zona da Mata Mineira. As 36 variedades de milho foram plantadas no dia
02/11/2006, na Estação Experimental de Coimbra, pertencente ao Departamento de
Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, conduzido pelo Programa Milho® UFV. As
características avaliadas foram: altura de planta e espiga, número de plantas e espiga,
prolificidade e produtividade de grão. Cada parcela experimental foi constituída de duas
linhas de quatro metros de comprimento, espaçadas de 0.9 m. A adubação de plantio foi de
350 kg.ha-1 de 08-28-16 e em cobertura de 117 kg.ha-1de uréia por ocasião da quarta folha.
Para todas as características avaliadas houve diferença significativa a 5% de probabilidade.
Os cultivares de milho apresentaram produtividade de grãos média de 8585 kg.ha -1, sendo
que 21 variedades apresentaram produtividade de grão superior a média do ensaio. Dentre
os cultivares mais produtivos destacaram o CMS Sintético Nacional e o SHS 500EX com
produtividades de 10317 kg.ha-1 e 10177 kg.ha-1, respectivamente. Os cultivares mais
produtivos foram também os que apresentaram maior altura de plantas, a qual foi próxima
da média 230 cm. Conclui-se que há variedades de milho com desempenho satisfatório para
Região da Zona da Mata de Minas Gerais.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DESENVOLVIMENTO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR
Izabel Cristina Rodrigues de Figueiredo (Bolsista PIBIC/CNPq); Fernando Almeida
Santos; Marcio Henrique Pereira Barbosa (Orientador); Luiz Alexandre Peternelli
Na indústria perde-se muito por moer algo que não é cana, causando desgastes, buchas,
entupimentos e incrustações, reduzindo a vida útil dos equipamentos, prejudicando a
fermentação, a fabricação de açúcar, aumentando o arraste de sacarose, influindo na cor do
açúcar, enfim, muitos são os reflexos negativos na industrialização. O presente trabalho
teve como principal objetivo selecionar clones que proporcionem melhor qualidade de
matéria-prima. Para isto avaliou-se PC, AR, ATR, fibra, amido, cor e dextrana. Os clones
RB965911, RB988015, RB008348, RB985621, RB965902 e RB975932 se destacaram para
produtividade de açúcar/área. Para o caráter AR, os clones RB988015, RB975933,
RB975947, RB965911, RB987930, RB008304, RB008309 que apresentam valores abaixo
de 0,8% são considerados de boa qualidade, enquanto que teores acima disso estão
relacionados com a perda da qualidade da cana e menor eficiência na recuperação da
sacarose. Para o caráter amido dois grupos diferem estatisticamente entre si. Sendo que os
clones RB988015, RB986414, RB965911, RB987930, RB975949, RB008304, RB985454,
RB965902, RB965920, RB975269 e RB008348 com média de 63,9, confrontam com os
demais clones de média de 89,6 e as testemunhas. Os clones RB975933, RB975947,
RB986414, RB987930, RB975949, RB008304, RB975932, RB975950, RB975269 com
média de 5594 e a testemunha RB855156 (5614) apresentam-se como grupos homogêneos
e com o menor índice para o caráter cor. Para dextrana, dois grupos diferem
estatisticamente entre si. O grupo dos clones RB988015, RB975933, RB008309,
RB975932, RB965920 e RB985621 com média de 108,5 e a testemunha RB835486
(142,4) confrontam com o grupo dos demais clones de média 76,9 e a testemunha
RB855156 (86,9). (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DESENVOLVIMENTO RADICULAR DE FLOR-DE-SEDA CULTIVADA EM
DIFERENTES SUBSTRATOS
Carolina Queiroz Samartini (Estagiário Voluntário); Sabrina Aparecida Pinto; Affonso
Henrique Lima Zuin (Orientador); Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos Santos
Zigocactus truncatus, também conhecido por flor-de-seda, é uma das cactáceas mais
cultivadas em vaso, amplamente difundida no mercado nacional e internacional. O cultivo
de plantas em vaso exige redobrada atenção com a interação entre planta, vaso e substrato.
As características físicas e químicas adequadas do substrato são fundamentais para permitir
bom desenvolvimento radicular. Este trabalho objetivou avaliar diferentes substratos quanto
ao desenvolvimento radicular de flor-de-seda. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação da Universidade Federal de Viçosa. O delineamento experimental utilizado foi
em blocos casualizados com 6 repetições e 7 tratamentos, sendo eles T1 – fibra de coco, T2
– vermiculita, T3 – casca de café carbonizada, T4 – bagaço de cana carbonizado, T5 – pó
de xaxim, T6 – substrato comercial (Plantmax ®) e T7 – casca de arroz carbonizada. Após
a primeira florada, foram avaliados aos oito meses após plantio: a altura da planta (cm), o
número de raízes, comprimento de raízes (cm), matéria fresca de raízes (g) e volume de
raízes (ml). Os dados observados mostraram que para todas as características mensuradas o
substrato comercial mostrou-se superior aos demais, como esperado, pois se trata de
composição de diferentes materiais e é enriquecido com micro e macronutrientes. Os
substratos alternativos que mais se aproximaram a este foram a vermiculita e o pó de
xaxim, que apresentaram umidade adequada durante toda a condução do experimento,
mantendo suas características físicas visualmente quase inalteradas. As menores médias
para todas as características foram observadas no T3 (casca de café carbonizada). Concluise que o desenvolvimento radicular nos substratos alternativos testados não supera o
desenvolvimento no substrato comercial já utilizado para outras espécies ornamentais, e
que os melhores dentre os substratos alternativos testados foram a vermiculita e o pó de
xaxim.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DINÂMICA DE NUTRIENTES EM FOLHAS E FRUTOS DE CAFÉ
Júnia Maria Clemente (Bolsista PIBIC/CNPq); Bruno Galveas Laviola (Pós-graduando
DS); Hermínia Emília Prieto Martinez (Orientadora)
O conhecimento da dinâmica de nutrientes em folhas e frutos é importante recurso para
ajustes de adubação ao longo do ciclo fenológico do cafeeiro. Pouco se sabe sobre
variações nos fluxos de nutrientes para folhas e frutos devidas a variedades e condições de
cultivo tal como a altitude. Para avaliar essa dinâmica em diferentes altitudes realizou-se
um experimento no Centro Experimental da Heringer em Manhuaçu, utilizando cafeeiros
Catuaí com cinco anos de idade estabelecidos em sistema convencional de cultivo, sem
irrigação. O experimento foi instalado em blocos ao acaso e com parcelas subdivididas no
tempo, com três repetições; as altitudes de 720, 800, 880 e 950metros constituíram o fator
em estudo. Foram coletados folhas e frutos durante a expansão do fruto nas quatro altitudes
e realizadas análises químicas para obter as concentrações de macro e micronutrientes e
matéria seca. Observou-se que o aumento da altitude influenciou no ciclo reprodutivo do
cafeeiro bem como no acúmulo de N, P e K em frutos. O acúmulo de N, P e K foi mais
precoce em menores altitudes. Percebe-se que a adubação deve começar tão logo se inicie a
expansão do fruto, principalmente, em menores altitudes em que o ciclo se completa em
menor tempo. Em alguns casos a fase de expansão rápida apresentou maiores taxas de
acúmulo diário de N P e K, mas a fase de granação, por ser mais longa foi a que apresentou
maior requerimento nutricional. Observaram-se variações nas concentrações foliares de N,
P e K nas altitudes citadas, porém não se verificou um padrão de resposta definido.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DISCRIMINAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA BASEADA EM DESCRITORES
ADICIONAIS
Alberto Souza Boldt (Bolsista PIBIC/CNPq); Tuneo Sediyama (Orientador); Ana Paula
Oliveira Nogueira; Rita de Cassia Teixeira; Robson Shigueaki Sasaki; Márcio Yoshiyuki
Kanashiro
O presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de novos descritores discriminarem
cultivares de soja. O ensaio foi conduzido no período de janeiro a fevereiro de 2007, em
condições de casa-de-vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de
Viçosa. Foram avaliadas as cultivares Conquista, MSOY 9001 e P98C81. Sementes das
cultivares Conquista e P98C81 foram submetidas a peneiras de orifícios redondos. Foram
utilizadas sementes retidas em maior proporção em apenas três peneiras. Para a cultivar
P98C81 as peneiras P17, P16 e P15 (6,75, 6,35 e 5,95mm de diâmetro) apresentaram
respectivamente 12,88%, 59,37% e 22,18% das sementes. Para a cultivar Conquista as
peneiras P18, P17 e P16 (7,14, 6,75 e 6,35mm de diâmetro) apresentaram respectivamente
13,46%, 37,58% e 40,38% das sementes. Foram amostradas 80 sementes retidas em
peneiras com maiores quantidades de sementes, mais 80 sementes de amostra aleatória (A)
para as cultivares Conquista e P98C81. Para a cultivar MSOY 9001 foram utilizadas
apenas 80 sementes de amostra aleatória, consistindo na testemunha adicional ao
experimento em razão de ter apresentado boa estabilidade em ensaios anteriores. O
delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com seis repetições, sendo as
parcelas constituídas de cinco plantas cultivadas em vasos de 3 litros de capacidade. As
características avaliadas foram comprimento, largura e espessura da semente; comprimento
de hipocótilo nos estádios VE, VC, V1 e V2; comprimento de epicótilo nos estádios V1,
V2 e V3; largura e comprimento das folhas unifolioladas e comprimento do pecíolo e da
raque do primeiro trifólio. Foi realizada análise discriminante de Anderson para as
características estudadas. A taxa de classificação correta para os novos descritores foi:
Conquista-A (100%), MSOY 9001 (100%) e P98C81-A (83,33%), Conquista-P18 (100%),
Conquista-P17 (83,33%), Conquista-P16 (100%), P98C81-P17 (100%), P98C81-P16
(100%) e P98C81-P15 (83,33%). Concluiu-se que os novos descritores mostraram-se
eficientes na discriminação das cultivares.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DIVERSIDADE GENÉTICA DE CULTIVARES COMERCIAIS DE MILHO NA
REGIÃO DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS
Pedro Henrique Alves Marra (Bolsista PIBIC/CNPq); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
João Carlos Cardoso Galvão; Leandro Vagno de Souza; Manoel Mota dos Santos; Rodrigo
Oliveira de Lima; Marco Aurélio Fagundes Portes; Rodrigo Cabral Adriano; Gustavo Pires
de Oliveira; Julliane Luiza Fuscaldi
Em programas de melhoramento genético de milho, informações sobre a diversidade
genética são importantes para a seleção de genitores. Este trabalho teve como objetivo
estudar a diversidade genética de cultivares comerciais de milho oriundos de diferentes
programas de melhoramento. O experimento foi instalado na Universidade Federal de
Viçosa, Departamento de Fitotecnia, conduzido na Estação Experimental de Coimbra-MG.
O delineamento experimental utilizado foi em látice simples 6x6 com duas repetições. Cada
parcela foi constituída de duas fileiras de quatro metros de comprimento, espaçadas em 0,9
m com estande final estimado em 55000 plantas por hectare. Aplicou-se no plantio a
adubação de 350 kg ha-1 de 08-28-16 e em cobertura 260 kg ha-1 de uréia por ocasião da
quarta folhas. Avaliaram-se os seguintes caracteres: número de espigas, altura de plantas e
espigas, prolificidade e produtividade de grãos. Para estudar a diversidade genética entre os
cultivares comerciais de milho utilizou-se o método de agrupamento de Tocher e a
distância de Mahalanobis como medida de dissimilaridade. Foi verificada diferença
significativa para todas as características avaliadas, pelo teste F nível de 5% de
probabilidade. A média de produtividade dos cultivares foi de 9493 kg ha-1 . Por meio do
método de agrupamento de Tocher, os cultivares de milho foram agrupados em nove
grupos divergentes. Sendo que as médias de produção nos grupos variaram entre 6344 kg
ha-1 (grupo 7) a 10033 kg ha-1 (grupo 9). Dentre os sete cultivares com melhor
desempenho, cinco encontram-se em grupos distintos, apresentando divergência e potencial
para serem utilizados em programas de melhoramento de milho. Conclui-se que há
divergência genética entre os cultivares comerciais de milho, sendo os cultivares DKB390,
CMS2C18ECS (HT m) e EJS 14(HS) os mais divergentes geneticamente.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
DIVERSIDADE GENÉTICA EM MILHO EM AMBIENTES DE ALTA E BAIXA
DISPONIBILIDADE DE NITROGÊNIO
Jeferson Julio de Andrade (Bolsista PIC-CAIXA); João Carlos Cardoso Galvão
(Orientador); Glauco Vieira Miranda; Leandro Vagno de Souza; Gustavo Pires de Oliveira;
Rodrigo Oliveira de Lima; Helder Medice Junior; Rodrigo Cabral Adriano; Pedro Henrique
Alves Marra; Marco Aurélio Fagundes Portes
A seleção de linhagens em condições de baixa disponibilidade de nitrogênio (N) e que
tenham divergência genética entre estas são de suma importância para obtenção de híbridos
superiores nesse ambiente. Com isso o objetivo desse trabalho foi avaliar a diversidade
genética de linhagens endogâmicas de milho em dois ambientes, alta e baixa
disponibilidade de N. Foram avaliadas, trinta linhagens endogâmicas de milho,
provenientes do banco de germoplasma do Programa Milho® UFV. As plantas foram
colhidas no estádio da quarta folha completamente desenvolvida quando se avaliou
características do sistema radicular, parte aérea e eficiência de utilização de nitrogênio. O
ensaio foi instalado no delineamento inteiramente casualizado, com duas repetições. As
parcelas foram constituídas de vasos de cinco dm3 preenchidos com areia. A fertilização
utilizada foi feita com solução nutritiva de Hoagland completa e modificada para
nitrogênio, nos ambiente de alto e baixo N, respectivamente. A divergência genética foi
estudada pelo método de Tocher, usando a distância de Mahalanobis como medida de
dissimilaridade. A análise da contribuição relativa das características mostrou que as
características que mais contribuíram para diversidade genética foram matéria seca
radicular (45,04%) e razão parte aérea/raiz (47,63%) em alto N e conteúdo de N na raiz
(19,37%), conteúdo de N na parte aérea (29,33%) e conteúdo de N total (45,43%) em baixo
N. Já as que menos contribuíram para variabilidade genética foi o teor de N na parte aérea
(0,06%) em alto N e o volume do sistema radicular (0,04%) em baixo N. No ambiente sem
estresse, as linhagens foram agrupadas em seis grupos e em estresse formaram-se três
grupos. Conclui-se que a análise de divergência genética deve-se ser realizada no ambiente
específico, visando identificar genitores com potencial para cada ambiente. (CNPq,
FAPEMIG, CAPES e CEF)
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EFEITO DA CIANAMIDA HIDROGENADA E DO FRIO NA SUPERAÇÃO DA
DORMÊNCIA DE SEMENTES DE TRÊS CULTIVARES DE PESSEGUEIRO
Ricardo Leite Pina Pereira (Graduando); Américo Wagner Júnior; José Osmar da Costa e
Silva; Carlos Eduardo Magalhães dos Santos; Leonardo Duarte Pimentel; Marcos Antonio
Dell´Orto Morgado; Luisa Lorentz Magalhães Pissioni; Claudio Horst Bruckner
(Orientador)
O pessegueiro apresenta dormência nas sementes, necessitando de baixas temperaturas para
superação deste processo, podendo este frio ser fornecido em condições naturais ou
artificiais. A cianamida hidrogenada é utilizada nas fruteiras de clima temperado para
quebra da dormência das gemas e trouxe resultados promissores na germinação da videira.
Foi avaliado o efeito da cianamida hidrogenada e do frio na superação da endodormência
de sementes de três cultivares de pessegueiro (‘Aldrighi’, ‘Campinas-1’ e ‘Real’). O
trabalho foi realizado no Departamento de Fitotecnia, da UFV - MG. As sementes
utilizadas foram extraídas do endocarpo, desinfestadas em hipoclorito de sódio (0,5%) e
imersas em soluções de cianamida hidrogenada (0%; 0,5%; 1%; 1,5% e 2%), durante 5
minutos. Após a imersão, parte das sementes foi colocada em câmara fria com temperatura
constante de 5°C, umidade rela
Posteriormente, estas foram transferidas para casa de vegetação e semeadas em caixas com
substrato Bioplant®. Outra parte não foi submetida ao frio artificial. Foi utilizado o
delineamento inteiramente casualizado, num fatorial 3 x 5 x 2 (cultivar x dose de cianamida
hidrogenada x frio artificial), com quatro repetições, sendo cada unidade experimental
composta por 10 sementes. Na avaliação diária, verificou-se o início de emissão da
radícula. Computou-se o número de dias necessários para atingir 80% de germinação. Não
houve germinação das três cultivares, quando imersas em solução de cianamida nas
concentrações de 0,5% a 2%, com e sem o uso do frio artificial. As sementes das três
cultivares, imersas em solução de 0% de cianamida hidrogenada e submetidas ao frio
artificial atingiram 80% de germinação aos 44, 41 e 57 dias. Nesta mesma concentração as
três cultivares quando não submetidas ao frio artificial apresentaram germinação inferior a
2%. (CNPq e Capes)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITO DE DOSES DE K NO CRESCIMENTO DO CAFEEIRO
Júnia Maria Clemente (Bolsista PIBIC/CNPq); Hermínia Emília Prieto Martinez
(Orientadora)
O suprimento inadequado de qualquer nutriente compromete o bom desenvolvimento do
cafeeiro, no entanto, a omissão de K limita crescimento, produção e qualidade do
produto.Assim sendo instalou-se um experimento em casa de vegetação no Campo
Experimental da UFV, constituído da variedade do cafeeiro (Coffea arábica) Catuaí
vermelho, sendo as plantas crescidas em solução nutritiva completa até os cinco meses de
idade. Em seguida foram transferidas para calhetões contendo argila expandida, recebendo
quatro irrigações diárias de solução nutritiva com diferentes doses de K. O pH foi mantido
entre 5,5 - 6,5 através de correções semanais, utilizando-se de HCl e NaOH. O
delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos e cinco
repetições totalizando 20 parcelas. O efeito de K sob o crescimento do café nas
concentrações 1,08, 1,61, 3,23, 5,38 mmol/l constituiu o fator em estudo. Aos 30, 57, 86 e
126 dias após transferência para calhetões foram realizadas avaliações da altura, número de
nós do ramo ortotrópico, pares de ramos plagiotrópicos, número de nós dos ramos
plagiotrópicos e diâmetro na posição mediana do caule e então, submetidos a análises de
variância e regressão. Observaram-se aumentos lineares de todas as variáveis com o tempo
para todos os tratamentos. Destaca-se que os coeficientes angulares das retas obtidas para
pares de ramos laterais e número de nós nos ramos plagiotrópicos foram maiores para o
tratamento 1,61 mmol/L de K, indicando maior incremento por unidade de tempo neste
tratamento.Verificou-se efeito significativo das doses de K aos 126 dias, sendo que o
número de nós nos ramos ortotrópicos respondeu a essas doses segundo função quadrática
com ponto de máximo igual a 1,534 mmol/L. Além disso o diâmetro teve resposta linear ao
aumento das doses de K.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITO DE UMA ESCÓRIA SILICATADA E DE UM CALCÁRIO DOLOMÍTICO
NA DISPERSÃO DE ARGILAS DE UM SOLO MUITO ARGILOSO
Bruno Esdras Loureiro Barcelos (Não bolsista), Caetano Marciano de Souza (Orientador),
Vinicius de Moura Santos (Pós-graduando MS), Bruno Cézar Basso (Estagiário
voluntário), Geraldo de Oliveira Cabral Lana (Estagiário voluntário), Alberto Pavan Neto
(Estagiário voluntário)
Uma alternativa viável para a destinação final de alguns subprodutos da atividade industrial
é o seu emprego na agricultura. As escórias silicatadas originadas da produção de aço inox
têm sido usadas como fonte de nutrientes e corretivo de acidez do solo, substituindo os
calcários. A aplicação de corretivos ao solo (calcários ou escórias) provoca desestruturação
e rompimento dos agregados do solo. Estas alterações são manifestadas por compactação e
diminuição da porosidade e infiltração de água no solo. O objetivo do presente trabalho foi
a avaliação do efeito da aplicação de uma escória silicatada na dispersão de argilas
comparativamente a um calcário dolomítico em um solo de textura muito argilosa. O
experimento foi conduzido no laboratório de física do solo do Departamento de Solos da
UFV. Foi adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado. As parcelas
experimentais foram copos plásticos contendo 0,10 dm³ de solo. Foram aplicados ao solo
doses equivalentes a 0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5 e 5,0 Mg.ha-1 de calcário e
da escória silicatada, levando-se em consideração o PRNT destes produtos. O solo contido
nos copos foi mantido na capacidade de campo por 1 mês e posteriormente analisado
quanto a argila dispersa em água pelo método da pipeta. Ambos os produtos causaram
significativa dispersão de argilas no solo. No entanto, a aplicação de calcário resultou em
maior dispersão de argilas que a escória. Conclui-se, portanto, que a correção do solo com a
escória tende a causar menos problemas de ordem física ao solo que os
calcários.(RECMIX)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITO DE UMA ESCÓRIA SILICATADA NA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS NA
CULTURA DO MILHO
Alberto Pavan Neto (Bolsista IC); Vinicius de Moura Santos (Pós-graduando); Caetano
Marciano de Souza (Orientador)
O milho (Zea mays L.) é uma importante cultura em todo o país. É cada vez maior a
incidência de doenças foliares, principalmente em decorrência do cultivo desta espécie
durante todo o ano. Portanto, torna-se necessário buscar formas sustentáveis de prevenção e
controle dessas doenças. O silício apesar de não ser um elemento essencial, é considerado
um elemento útil para o crescimento de muitas gramíneas e também tem sido citado como
importante ferramenta na redução da intensidade de doenças. Buscando-se avaliar o efeito
de uma fonte de silício na cultura de milho, instalou-se um experimento de campo em um
Argissolo Vermelho-Amarelo câmbico cultivado em sistema plantio direto. O delineamento
experimental utilizado foi e de blocos completos casualizados, com três tratamentos
(aplicação ao solo de uma escória silicatada, calcário dolomítico e testemunha sem
corretivo) e quatro repetições. Os tratamentos foram aplicados em cada uma das parcelas
cerca de dois meses antes do plantio. Foram avaliadas dez plantas escolhidas
aleatoriamente de cada parcela, quanto a incidência das seguintes doenças: mancha de
phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis), helmintosporiose (Exserohilum turcicum) e
enfezamento vermelho (Phytoplasma). Atribuíram-se notas de 0 a 9 de acordo com a
incidência da doença, sendo 0 correspondente a ausência de sintomas nas folhas e 9
presença em todas as folhas. Apesar de vários trabalhos mostrarem a eficiência do silício na
redução de incidência de doenças em diversas culturas, neste trabalho não verificou-se
diferença significativa entre os tratamentos estudados (F<0,05). No entanto, outros
trabalhos devem ser desenvolvidos para esta importante cultura, visto que os resultados
aqui apresentados foram obtidos em condições de campo, onde muitas variáveis podem
interferir nos resultados.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITO DE UMA ESCÓRIA SILICATADA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO
EM COMPARAÇÃO COM CALCÁRIO
Bruno Cezar Basso ( Não bolsista); Caetano Marciano e Souza (Orientador); Vinicius de
Moura Santos (Pós Graduando MS); Bruno Esdras Loureiro Barcelos (Estagiário
voluntário); Alberto Pavan Neto (Estagiário voluntário); Geraldo de Oliveira Cabral Lana
(Estagiário voluntário)
O milho é cultivado durante praticamente todo o ano no Brasil e abrange todas as regiões
do país, com diferentes características de clima, solo e nível de tecnologia aplicado. Solos
ácidos, comuns em regiões tropicais, limitam a produção agrícola. A aplicação de calcário é
prática comum para elevar o pH, teores de Ca e Mg e saturação por bases e reduzir Al e Mn
trocáveis no solo. Porém, as escórias silicatadas corrigem a acidez do solo, fornecem silício
às plantas, aumentam a disponibilidade de Ca e P e têm efeito na produtividade de grãos. O
presente trabalho foi realizado na Universidade Federal de Viçosa, em condições de campo.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos casualizados, com três
tratamentos e quatro repetições. Foram aplicados ao solo, uma escória silicatada (PRNT
68%) e um calcário dolomítico (PRNT 83%). Cerca de 2 meses antes da semeadura do
milho os tratamentos foram aplicados. A população utilizada foi de 55.555 plantas por
hectare, com 0,90 m de espaçamento entre linhas. A colheita foi feita apenas na linha
central de cada parcela. Os dados obtidos foram tabulados e foi feita análise de variância
(F<0,05). O milho é considerado uma cultura responsiva à calagem. No entanto, em áreas
sob plantio direto consolidado, especialmente onde o aporte de palha é grande, o milho tem
respondido menos à calagem. As condições em que foi conduzido o experimento foram
ideais para o bom desenvolvimento da cultura e não houve diferença significativa na
produtividade do milho nos diferentes tratamentos. (RECMIX)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITO DO TIPO DE CONDUÇÃO NO RENDIMENTO
CULTIVADO EM SUBSTRATO EM AMBIENTE PROTEGIDO
DO
PEPINO
Carla do Carmo Milagres (Estagiário Voluntário); Laercio Junio da Silva; Paulo Cezar
Rezende Fontes; Derly Jose Henriques da Silva (Orientador); Magno Savio Ferreira
Valente; Raul Carneiro de Araujo Santos; Murilo Rezende Zaparoli
O pepino (Cucumis sativus L.), pertencente à família Cucurbitaceae, é importante em todo o
mundo e bastante cultivado em ambiente protegido. Com o objetivo de avaliar o efeito do
tipo de condução no rendimento do pepino cultivado em substrato em ambiente protegido,
utilizou-se o híbrido ‘Safira’ F1. O experimento foi instalado no setor de Olericultura do
Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. O delineamento foi
inteiramente casualizado, com três repetições. O substrato de cultivo foi feito com 1/3 de
terra de barranco e 2/3 de esterco bovino curtido, sendo colocado sobre lonas formando
sistema de bags, onde as mudas foram transplantadas. A semeadura foi realizada no dia
11/05/2007 e o transplantio no dia 23/05/2007, a última colheita foi feita 106 dias após o
transplantio. O espaçamento entre linhas foi de 1 m e houve variação no espaçamento entre
plantas, sendo 30, 60, 60, 90, 90 cm, e no número de hastes, 1, 2, 3, 2, e 3 hastes para os
tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5, respectivamente. A poda das plantas foi realizada quando
atingiram 10 cm, removendo-se a haste principal, com exceção do tratamento 1. Os dados
foram analisados utilizando-se o software estatístico R. As médias foram comparadas pelo
teste de Tukey a 0,05 de probabilidade. Não houve diferença significativa no número de
frutos/planta, sendo a média dos tratamentos de 17,73. O tratamento 1 foi o que obteve
maior rendimento, 7,50 Kg/m2, sendo diferente estatisticamente apenas do tratamento 5,
com 3,04 Kg/m2. Não houve diferença na produção por planta, sendo a média dos
tratamentos de 3.012,81 g/planta. Quanto à massa de frutos, não houve diferença
significativa e a média dos tratamentos foi de 168,63g. Todos os tratamentos, com exceção
do 5 que foi o pior, tiveram rendimentos similares.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFEITOS DE PERÍODOS DE COMPETIÇÃO NAS CARACTERISTICAS
MORFOLÓGICAS DE GRÃOS DE SOJA EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO
E CONVENCIONAL
Samuel José Sant’Anna (Estagiário Voluntário); Antônio Alberto da Silva (Orientador);
Germani Concenço (Pós-graduação); Francisco Affonso Ferreira (Professor); Leandro
Galon (Pós-graduação); Evander Alves Ferreira (Pós-graduação); Alexandre Ferreira da
Silva (Pós-graduação); Ignacio Aspiazu (Pós-graduação)
Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de períodos de competição de plantas
daninhas com a cultura da soja em sistemas de plantio direto e sistema convencional nas
características morfológicas de grãos soja. Foram realizados três experimentos sendo o
primeiro no sistema de plantio direto com baixa infestação de plantas daninhas, o segundo e
o terceiro em plantio convencional em área com média e alta infestação, respectivamente.
Todos os experimentos foram realizados em condições de campo, entre novembro e março,
no delineamento experimental de blocos casualizados com 10 tratamentos e quatro
repetições. A variedade de soja BRS-243RR foi semeada na profundidade média de 40 mm
com semeadora adubadora SHM 1113 de seis linhas, espaçadas em 0,5 m com população
final aproximada de 250.000 plantas ha-1. Os tratamentos constaram de momentos de
controle de plantas daninhas, a partir de 5, 10, 15, 21, 28, 35, 42 e 49 DAE com glyphosate
na dose de 1.440 g ha-1, além de uma testemunha sempre livre de infestação, e uma
constantemente infestada. Os grãos foram classificados por peneira (peneiras 19, 18, 17, 16
e 15) e classificados também quanto ao peso das sementes. Quando o controle de plantas
daninhas foi realizado até aos 15 DAE o tamanho e o peso das sementes permaneceu
constante. Entretanto com o incremento do período de infestação o valor dessas variáveis
passou a decair até o período máximo de infestação. As plantas que cresceram no sistema
de plantio direto em condições de baixa infestação de plantas daninhas produziram
sementes com maior peso e tamanho do que aquelas cultivadas nos sistemas de plantio
convencional em área com média e alta infestação. Concluiu-se que quanto maior a
infestação de plantas daninhas maior será o efeito negativo sobre os componentes do
rendimento de grãos.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EFICIÊNCIA DE ENRAÍZAMENTO DE ESTACAS APICAIS DE TANGO,
SUBMETIDAS A DIFERENTES VOLUMES DE SUBSTRATOS
Daniel Zimmermann Mesquita (Estagiário Voluntário); Moisés Alves Muniz; José Geraldo
Barbosa (Orientador); Filipe Oliveira Cota
O tango (Solidago canadensis L.), da família Asteraceae, é uma planta ornamental herbácea
e que, devido à beleza de suas inflorescências, é comercializado em vários estados
brasileiros como flor de corte. Apesar de muito cultivada nas mais variadas regiões do país,
poucos estudos têm sido realizados sobre a propagação vegetativa desta planta. Desta
forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de: AIB e diferentes volumes de
substratos no enraizamento de estacas de tango. Estacas de 5 cm de comprimento, foram
coletadas e tiveram 1 cm da sua base imersa em AIB (pó), 2000 ppm e em água e
colocadas para enraizar em 4 volumes diferentes de substratos, utilizando-se o
delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4, com 5 repetições. Foram
utilizados os seguintes volumes de substratos: 9ml, 15ml, 30ml e leito de enraizamento.
Após 21 dias avaliou-se o número de raízes, comprimento de raiz e raízes com
comprimento maior que 2cm. Observou-se interação entre hormônio e número de raiz onde
no volume de 9ml, houve maior rendimento com utilização de AIB. Observou-se diferença
significativa entre os volumes, quanto ao comprimento de raiz e raízes maiores que 2cm,
onde o leito de enraizamento obteve os melhores resultados em relação aos demais
volumes. Pelos resultados obtidos, a maior eficiência de enraizamento foi conseguida pela
utilização do leito de enraizamento com a presença de AIB.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS GENÉTICOS EM UM PROGRAMA DE
SELEÇÃO RECORRENTE PARA TOLERÂNCIA AO CALOR EM TRIGO
Adérico Júnior Badaró Pimentel (Estagiário voluntário); Moacil Alves de Souza
(Orientador); Luiz Fernando Favarato (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Davi Melo de
Oliveira (Pós-graduando MS); Juarez Campolina Machado (Pós-graduando MS); Adeliano
Cargnin (membro externo/CPAC); Josiane Cristina de Assis (Pós-graduando DS)
O desenvolvimento de cultivares tolerante ao calor é um dos principais objetivos dos
programas de melhoramento de trigo, especialmente para as condições do Brasil-Central,
necessitando de métodos de seleção eficientes. Nesse contexto, destaca-se o método da
seleção recorrente, que consiste em um processo dinâmico e contínuo que envolve a
obtenção, avaliação, e seleção de progênies seguido do intercruzamento das melhores. O
objetivo do presente trabalho foi estimar parâmetros genéticos em um programa de seleção
recorrente para tolerância ao estresse térmico em trigo e analisar a eficiência do processo.
Para isto foi conduzido um experimento de fevereiro a maio de 2007 (condição de estresse
térmico) na área experimental da Universidade Federal de Viçosa. Foram avaliadas oito
populações obtidas segundo esquema de dialelo circulante, com trinta famílias em F2:4 cada,
totalizando 240 famílias. Estas foram avaliadas utilizando-se o delineamento em látice, com
duas repetições. As parcelas foram constituídas por três linhas de 3m e espaçamento de
0,20m, com uma densidade de 350 sementes aptas por m2. Foram determinadas as
características: florescimento (dias), altura de plantas (cm), produção de grãos (g/parcela) e
peso de mil grãos (g). As análises de variâncias evidenciaram diferenças significativas entre
os genótipos para todos os caracteres avaliados, o que demonstra haver variabilidade
genética para esses caracteres nas condições de estresse de calor. Constatou-se que a
seleção recorrente não esgotou a variabilidade disponível à seleção, fato este confirmado
pelas estimativas de herdabilidades, com valores superiores a 68% para todos os caracteres.
(FAPEMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
ESTIMATIVA DA ÁREA FOLIAR DE DOZE CULTIVARES DE MANGUEIRA
Emerson Ferreira Vilela (Bolsista PIBIC/CNPq); Pedro Henrique Monteiro Matarazzo;
Gabriel Nogueira Decarlos; Tiago Barbosa Struiving; Daniel Lucas Magalhães Machado;
Dalmo Lopes de Siqueira (Orientador)
Os métodos destrutivos apresentam os inconvenientes de não se aplicarem quando a
quantidade de amostras é limitada ou quando se deseja avaliar outras características, além
da área foliar, ao longo do tempo na mesma amostra. Por outro lado, os métodos nãodestrutivos poupam as amostras e a estimativa da área foliar pode ser determinada
utilizando a relação entre as dimensões lineares da folha e a respectiva área. Este método
destaca-se ainda como uma alternativa simples, barata e acessível, necessitando apenas de
régua e cálculos associados. O objetivo deste trabalho foi determinar as equações que
melhor descrevem a relação entre as dimensões lineares (comprimento e largura máxima) e
a área da folha de doze cultivares de mangueira (Amarelinha (AMA), Carlotinha (CAR),
Extrema (EXT), Felipe (FEL), Haden (HAD), Jasmin (JAS), Sapatinha (SAP), Soares
Gouveia (SGO), Taú (TAU), Tommy Atkins (TOM), Ubá (UBA) e Zill (ZIL)). Para cada
cultivar foram utilizadas 60 folhas de 30 plantas diferentes, nas quais foram avaliados a
área foliar (AF) no aparelho Area Meter, o comprimento (C) e a largura máxima (L) com
auxílio de uma régua graduada. A área foliar dos cultivares de mangueira pode ser estimada
utilizando-se as seguintes equações: AFAMA = 0,6775C.L - 3,0202 (R2 = 0,97), AFCAR =
0,6918 C.L - 1,5892 (R2 = 0,97), AFEXT = 1,4009 C.L + 3,3489 (R2 = 0,97 ), AFFEL =
0,6857 C.L - 2,5102 (R2 = 0,98), AFHAD = 0,7096 C.L - 1,732 (R2 = 0,98), AFJAS = 0,7022
C.L - 1,949 (R2 = 0,98), AFSAP = 0,7123 C.L - 3,0714 (R2 = 0,99), AFSGO = 0,6813 C.L 1,3929 (R2 = 0,98), AFTAU = 0,7068 C.L - 2,2158 (R2 = 0,96), AFTOM = 0,6901 C.L 2,1316 (R2 = 0,99), AFUBA = 0,6802 C.L - 0,6929 (R2 = 0,99), AFZIL = 0,6553 C.L - 0,4527
(R2 = 0,97).
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
ESTIMATIVAS DE GANHOS DE SELEÇÃO POR DIFERENTES ESTRATÉGIAS,
NO MELHORAMENTO GENÉTICO DO MARACUJAZEIRO
Luisa Lorentz Magalhães Pissioni (Bolsista Ic/Projeto); Ricardo Leite Pina Pereira; Carlos
Eduardo Magalhães dos Santos; Heloisa Linhales; Rosana Goncalves Pires; Claudio Horst
Bruckner (Orientador)
O melhoramento genético de plantas tem-se apresentado como um ramo da ciência com
crescente interesse. Sendo amplamente estudado nos dias atuais, devido a grande
necessidade técnica e econômica demandada pela agricultura, tem proporcionado a rápida
evolução do segmento. Mediante a esses estudos, várias estratégias de seleção visando o
melhoramento foram propostos para diferentes espécies. Ao remeter-se à cultura do
maracujazeiro (Passiflora edulis Sims.), uma vez que o Brasil é o maior produtor e
consumidor mundial de maracujá, torna-se necessário estudar estratégias como, seleção
entre e dentro de progênies, seleção combinada, massal e massal estratificada. No presente
trabalho, foram avaliados os ganhos esperados por seleção, no melhoramento genético do
maracujazeiro. Os dados utilizados nessas análises são provenientes de um experimento
instalado na área experimental de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia da
Universidade Federal de Viçosa, MG, constituído de 26 famílias de irmãos completos, em
delineamento de blocos casualizados, com três repetições, originalmente com quatro
plantas por parcela, avaliado no segundo ano de seleção. A seleção combinada, quando
comparada à entre e dentro, massal e massal estratificada, proporcionou as maiores
estimativas de ganhos, em 11 das 13 características avaliadas, sendo, portanto uma
estratégia recomendada para o melhoramento do maracujazeiro.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
ESTUDO DA ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE EM GENÓTIPOS DE
FEIJOEIRO CULTIVADOS EM SISTEMA ORGÂNICO
Helder Medice Junior (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Marcia Flores da Silva; Adesio
Ferreira; Sebastião Martins Filho (Orientador)
O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado basicamente em sistema
convencional com pouca pesquisa para o sistema orgânico. No cultivo desta espécie as
condições físico-químicas do solo interferem no seu desempenho e em termos de produção
de grãos, os efeitos de local, ano, época de semeadura e cultivar podem ser responsáveis
por mais de 50% da variação total. A ocorrência de interação genótipo x ambiente (GxA), é
um aspecto importante no melhoramento de plantas, uma vez que dificulta a detecção de
diferenças significativas entre os genótipos. Metodologias de Adaptabilidade e Estabilidade
têm sido empregadas para identificação dos genótipos fenotipicamente mais estáveis e
melhores adaptados às condições de ambiente onde são testados. A utilização simultânea de
diversas metodologias pode contribuir para melhor predição do comportamento dos
genótipos avaliados. Desta forma, objetivou-se neste trabalho estudar o comportamento de
sete genótipos de feijoeiro comum cultivados em duas épocas de plantio combinado com
cinco doses de adubo orgânico, perfazendo-se 10 ambientes. Avaliou-se a produtividade
média por planta através das metodologias de: Annicchiarico; Lin e Binns; Cruz, Torres e
Vencovsky; Centróide; e Eberhart e Russell. O genótipo Bat 477 apresentou-se como
adaptado a ambientes desfavoráveis em todos os métodos. O genótipo Xamego manifestouse como não adaptado por todos os métodos com exceção em Eberhart e Russell. Os
genótipos Capixaba Precoce e Pérola foram classificados em três métodos como de
adaptabilidade geral. Já o "Carioca", como adaptado para ambiente favorável em três
metodologias, da mesma forma o "Serrano" também por três metodologia, mas classificado
como não adaptado. O "EL 22" não apresentou concordância de classificação entre os
métodos. Embora estes dados sejam preliminares, devido ao andamento dos trabalhos,
pode-se concluir que para cultivo orgânico de feijão deve-se priorizar o plantio dos
genótipos Capixaba Precoce e Pérola e evitar o genótipo Xamego.
(Fapemig)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
EXSUDAÇÃO RADICULAR DE GLYPHOSATE POR BRAQUIÁRIA E SEUS
EFEITOS EM PLANTAS DE EUCALIPTO
Rafael Augusto Soares Tiburcio (Bolsista Ic/Projeto); Leonardo David Tuffi Santos;
Francisco Affonso Ferreira (Orientador); Juraci Alves de Oliveira; Jose Barbosa dos
Santos; Aroldo Ferreira Lopes Machado
Plantas de eucalipto com sintomas de intoxicação por glyphosate são comuns em áreas em
que esse herbicida é usado. Uma das possíveis formas de contato com glyphosate é por
meio da exsudação radicular do produto, por plantas daninhas tratadas, e subseqüente
absorção pelas plantas de eucalipto. Objetivou-se com este trabalho avaliar a exsudação de
glyphosate por Brachiaria decumbens e seus efeitos sobre plantas de eucalipto, por meio da
aplicação de 14C-glyphosate misturado à calda do produto comercial. Mudas de dois clones
de eucalipto (530 e 2277) foram cultivadas em consórcio com Brachiaria decumbens
(braquiária), em vasos contendo dois tipos de solos, um arenoso e outro argiloso. Aos 35
dias após o transplantio das mudas, aplicou-se na braquiária 50µL da mistura de 14Cglyphosate com a formulação comercial de glyphosate Scout®, utilizando-se uma
microseringa de precisão. Aos 2, 8, 16 e 24 dias após aplicação as plantas de eucalipto
foram coletadas e fracionadas em ápice primário, ápices secundários, folhas e raízes, sendo
processadas de acordo com metodologia usual para determinação da radioatividade. Não
foram observados sintomas de intoxicação por glyphosate nas plantas de eucalipto, em
nenhuma das avaliações realizadas. Entretanto, o 14C-glyphosate foi encontrado em todas
as plantas avaliadas, independente do solo, do clone e da época de avaliação, em maior
concentração em plantas cultivadas no solo arenoso. Os resultados evidenciam a exsudação
radicular do glyphosate e/ou de seus metabólitos pela braquiária e subseqüente absorção,
via raízes, pelas plantas de eucalipto, contudo, em concentrações inferiores as necessárias
para causar intoxicação na cultura.
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FLORESCIMENTO DE MANGUEIRAS (Mangifera indica L.) VARIEDADES UBÁ
E PALMER, EM FUNÇÃO DE ADUBAÇÃO, PODA, IRRIGAÇÃO E APLICAÇÃO
DE PACLOBUTRAZOL.
Igor Moraes Liu (Bolsista IC/projeto), João Nabuco Galvão de Barros (Bolsista CNPq),
Márcio Sousa Rocha (Bolsista IC/projeto), Bruno Otávio Teixeira Mendes (Bolsista
IC/projeto), Leandro de Almeida Resende (Bolsista IC/projeto), Thalles Pereira de Sousa
(Bolsista IC/projeto), Rosileyde Gonçalves Siqueira (Bolsista CNPq), Letícia Monteiro da
Silva Freitas (Bolsista IC /projeto), Gilberto Bernardo de Freitas (Orientador)
Na última década, municípios da Zona da Mata Mineira vêm desenvolvendo programas de
incentivo à fruticultura, no sentido de reverter o processo de decadência da atividade
agrícola regional. A mangicultura constitui a principal atividade frutícola da região.
Contudo, os investimentos realizados no cultivo comercial desta espécie, especialmente da
variedade Ubá, não tem resultado em retornos econômicos satisfatórios, devido às baixas
produtividades obtidas até o momento. No sentido de avaliar os fatores limitantes da
produção de manga das variedades Ubá e Palmer, foram instalados dois experimentos em
uma propriedade particular, no município de Visconde do Rio Branco-MG. Os fatores
estudados foram: adubação, poda de abertura de copa, irrigação e aplicação de
paclobutrazol (PBZ). Os experimentos foram instalados em DIC, com três repetições e uma
planta por unidade experimental. Em julho/agosto, foi avaliada a influência dos tratamentos
no florescimento das mangueiras, sendo que, posteriormente, será avaliado também o efeito
na produção e qualidade de frutos. Plantas da variedade Ubá que receberam poda e/ou
aplicação de PBZ apresentaram melhor florescimento, sendo observado efeito mais
marcante do uso de PBZ. Plantas da variedade Palmer que receberam PBZ
também floresceram mais. Tais resultados demonstram o potencial de uso de PBZ e de
poda no cultivo de mangueiras na região da Zona da Mata. Contudo, o melhor
florescimento das plantas em função destes tratamentos não necessariamente resultará em
maior produção e qualidade de frutos, o que poderá ser confirmado somente em
dezembro/janeiro, durante o período de colheita dos frutos. Nesta próxima fase da cultura
(do florescimento à colheita), o uso de irrigação e de adubações mais equilibradas poderão
apresentar efeitos positivos. (CNPq)
CA
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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Passiflora mucronata SUBMETIDAS A DOSES
E TEMPO DE EMBEBIÇÃO EM SOLUÇÃO DE GA3
Ricardo Leite Pina Pereira (Não Bolsista); Luisa Lorentz Magalhães Pissioni; Carlos
Eduardo Magalhães dos Santos; Marcos Antonio Dell´Orto Morgado; Claudio Horst
Bruckner (Orientador)
A cultura do maracujazeiro encontra sérios problemas com o fungo Fusarium sp. Trabalhos
recentes relatam resistência à doença na espécie silvestre Passiflora mucronata,
característica que poderia ser explorada por meio de seu uso como porta-enxerto. Sementes
de plantas selvagens podem requerer luz ou frio para germinar. Em tais sementes essa
dormência pode muitas vezes ser quebrada pela ação da giberelina (GA3). Este trabalho
teve como objetivo avaliar a germinação de sementes de Passiflora mucronata submetidas
a diferentes doses e tempo de embebição em GA3 e o desenvolvimento inicial da plântula.
O experimento foi realizado no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de
Viçosa - MG. As sementes foram coletadas e armazenadas durante 90 dias. O experimento
foi montado em blocos casualizados, num fatorial 4 x 4 (concentração de GA3 x tempo de
imersão) e 1 testemunha sem utilização de GA3 (sementes da forma que estavam
armazenadas), com 4 repetições e 50 sementes por parcela. A concentração de GA3
utilizada foi de 0, 400, 800 e 1200 mg/l, variando o tempo de imersão em 10 minutos, 6, 12
e 24 horas. Foi realizada uma contagem diária da germinação, e a avaliação final do
experimento aos 28 dias do plantio. Avaliou-se percentagem de germinação (%), índice de
velocidade de emergência (IVE), comprimento da parte aérea (cm), comprimento de raiz
(cm) e massa seca da plântula (g). A testemunha destacou-se em todas as características
avaliadas, demonstrando não ser necessário a aplicação de GA3 para germinação de
sementes de Passiflora mucronata.(CNPq, Capes e FAPEMIG)
CA
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GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO INICIAL DE SOJA EM FUNÇÃO DE NÍVEIS
DE INFESTAÇÃO E PERÍODOS DE COMPETIÇÃO
Gustavo Gambarato Ferreira (Estagiário Voluntário); Lino Roberto Ferreira (Orientador);
Germâni Concenço; Alexandre Ferreira da Silva; Leandro Galon; Evander Alves Ferreira;
Ignacio Aspiazu
Objetivou-se com este trabalho avaliar a importância relativa do nível de infestação da
lavoura e do período de convivência da cultura com as plantas daninhas, na velocidade e
percentagem total de germinação, bem como no crescimento das plântulas de soja, em
ambiente controlado. A primeira fase foi conduzida em condições de campo, em três áreas
classificadas como de baixa, média e alta infestação de plantas daninhas. Os tratamentos
constaram de momentos de controle de plantas daninhas, a partir de 5, 10, 15, 21, 28, 35, 42
e 49 DAE com glyphosate na dose de 1440 g ha-1 de equivalente ácido, além de uma
testemunha sempre livre de infestação, outra constantemente infestada, e três tratamentos
herbicidas. Uma amostra de sementes foi retirada de cada parcela oriunda do experimento
de campo, sendo conduzido teste padrão de germinação de acordo com as Regras para
Análise de Sementes. Aos cinco e oito dias após semeadura foi avaliada a percentagem de
plântulas germinadas normais e anormais, e de sementes mortas. Oito dias após a
semeadura, foram avaliados ainda o comprimento e a massa seca da parte aérea e das raízes
de cinco plantas por unidade experimental, sendo calculado a relação parte aérea / raízes
para comprimento e massa seca das plantas. É possível inferir que o nível de infestação da
parte área, bem como o período de convivência da cultura com as plantas daninhas
influencia nas características associadas à qualidade fisiológica das sementes de soja, e que
os tratamentos herbicidas avaliados não resultaram em prejuízos no potencial de
germinação e crescimento inicial da soja.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
INCORPORAÇÃO DE ALELOS DE RESISTÊNCIA AOS PATÓGENOS DA
ANTRACNOSE, MANCHA-ANGULAR E FERRUGEM EM CULTIVARES
COMERCIAIS DE FEIJÃO
José Eduardo Vilela Cintra (Bolsista PIBIC/CNPq), José Eustáquio de Souza Carneiro
(Orientador), Pedro Crescêncio Souza Carneiro (Professor-Colaborador), José Ângelo
Nogueira de Menezes Júnior (Pós graduando DS), Vanessa Maria Pereira e Silva (Pós
graduanda DS), Abner José de Carvalho (Pós graduando DS), Lêlisângela Carvalho da
Silva (Pós graduanda DS)
Atualmente, os melhoristas têm dedicado esforços visando o desenvolvimento de
cultivares de feijão, que sejam resistentes às principais doenças, com destaque para doenças
fúngicas como antracnose, mancha-angular e ferrugem, incitadas por Colletotrichum
lindemuthianum, Pseudocercospora griseola e Uromyces appendiculatus, respectivamente.
Uma alternativa promissora no melhoramento do feijoeiro visando resistência a patógenos e
que já vem sendo utilizada em alguns programas, é a seleção assistida por marcadores
moleculares de DNA. O programa de melhoramento do feijoeiro desenvolvido no
BIOGRO/UFV já dispõe de linhagens com vários alelos de resistência, porém estas ainda
deixam a desejar em relação ao aspecto comercial dos grãos. Assim, o objetivo deste
trabalho foi transferir os genes de resistência aos patógenos da ferrugem, mancha-angular e
antracnose, presentes nessas linhagens para linhagens e cultivares elites, como Talismã,
VC-8 e VC-9. Como genitor doador foi utilizado a isolinha Rudá-R (Rudá piramidado para
os genes Co-4, Co-6, Co-10, Phg-1 e Ur-ON). As sementes RC1F1 obtidas em casa de
vegetação foram semeadas em vasos e as plantas inoculadas com a raça 65 de C.
lindemuthianum. As plantas resistentes foram genotipadas utilizando os marcadores
SCARY20, SCARF10 e SCARH13. Com base nos resultados obtidos foram selecionadas
somente as plantas resistentes à raça 65 sob inoculação artificial e com pelo menos uma das
marcas. Estas foram multiplicadas e suas progênies avaliadas em condições de campo
(safra da seca de 2007), na área experimental pertencente ao Departamento de Fitotecnia,
em Coimbra, MG. Considerando os caracteres aspecto de grãos, arquitetura de planta e
produtividade de grãos, verificou-se efeito significativo para famílias (P≤0,01), indicando
variabilidade genética para os caracteres em questão. Várias famílias de grãos tipo carioca e
excelente produtividade de grãos mostraram-se resistência à antracnose, mancha-angular e
ferrugem, superando a linhagem Rudá-R, doadora dos genes de resistência. (PIBIC-CNPq e
FAPEMIG)
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INFLUÊNCIA DA COR DO CALDO NA SELEÇÃO DE CLONES DE CANA-DEAÇÚCAR
Izabel Cristina Rodrigues de Figueiredo (Bolsista PIBIC/CNPq); Fernando Almeida
Santos; Marcio Henrique Pereira Barbosa (Orientador); Luiz Alexandre Peternelli
O caráter cor do caldo de cana-de-açúcar é um indicativo para produção de açúcar tipo
exportação. Quanto mais baixo esse índice, mais claro, ou mais branco, é o açúcar. À
medida que esse índice aumenta, o açúcar vai adquirindo uma coloração mais escura. O
presente trabalho teve como principal objetivo selecionar clones com melhores índices para
o caráter cor do caldo. O experimento foi conduzido na Usina Caeté / Volta Grande, no
município de Uberaba – MG. O plantio do experimento ocorreu em julho de 2006 seguindo
o esquema de blocos casualizados de acordo com Steel e Torrie (1980) com 4 repetições.
Cada repetição foi constituída de 20 parcelas correspondente a 18 clones mais duas
testemunhas, as variedades RB835486 e RB855156. Cada parcela foi representada por 4
sulcos de 10 metros de comprimento cada espaçados entre si a 1,40 metros. Para
comparação das médias utilizou-se o teste Scott e Knott (p<0,05). Os clones RB975933,
RB975947, RB986414, RB987930, RB975949, RB008304, RB975932, RB975950,
RB975269 com média de 5594 e a testemunha RB855156 (5614) apresentam-se como
grupos homogêneos e com o menor índice para o caráter cor. E os clones RB988015,
RB965911, RB008309, RB985454, RB965902, RB965920, RB008076, RB985621 e
RB008348 com média de 7800 e a testemunha RB835486 (8262) apresentam-se como
grupos homogêneos e com o maior índice para o caráter cor. (CNPq)
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INFLUÊNCIA DO BAP NO COMPRIMENTO MÉDIO DE BROTOS DA
PITANGUEIRA (Eugenia uniflora L.) IN VITRO
Adauto Quirino de Sa Junior (Bolsista Probic/Fapemig); Mychelle Carvalho; Candida Elisa
Manfio; Elisa Ferreira Moura; Sergio Yoshimitsu Motoike (Orientador); Marcio Antonio
Rocha de Oliveira
A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma planta pertencente à família Myrtaceae assim
como a goiabeira e o eucalipto e que se encontra em todo o Brasil devido sua grande
capacidade de se adaptar aos mais diversos tipos de clima. A propagação in vitro é uma
forma eficaz de multiplicação de espécies vegetais, onde o uso de citocininas torna-se uma
ferramenta imprescindível para o sucesso deste processo. Este trabalho teve por objetivo
determinar o efeito de diversas doses de BAP (6-benzilaminopurina) no comprimento de
brotos de pitangueira. O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Células e
Tecidos Vegetais da UFV. Os explantes pré estabelecidos in vitro e com aproximadamente
15 mm foram transferidos para meio de cultura composto por sais de MS (Murashige e
Skoog). Esse meio foi enriquecido com sacarose 30g/L, myo-inositol 100mg/L e ágar isofar
8g/L. Foram testadas diferentes doses de BAP (0, 2, 4, 6 e 8 µM/L). A avaliação foi
realizada após 60 dias, onde observou-se o comprimento médio dos brotos em cada
tratamento. No tratamento com a concentração de 4µM/L obteve-se o maior comprimento
médio (4,76mm), seguido pelo de 6µM/L (4,48mm) e pelo de 8µM/L (3,69mm). Os
tratamentos com as menores médias foram os com 0µM/L (3,19) e 2µM/L (3,25). Com os
resultados obtidos conclui-se que o tratamento com a concentração de 4µM/L de BAP é o
mais indicado para o alongamento in vitro de brotos da pitangueira. (FAPEMIG)
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
INFLUÊNCIA DO ETILENO E DO 1-MCP NA SENESCÊNCIA DE PLANTAS DE
PIMENTA ORNAMENTAL
Aline de Oliveira Ferreira (Bolsista Pibic/Cnpq); Fernanda Bastos Segatto; Clarice
Aparecida Megguer; Ana Maria Mapeli; Jose Geraldo Barbosa; Fernando Luiz Finger
(Orientador)
As espécies do gênero Capsicum possuem uma grande variabilidade genética sendo
empregadas para diferentes fins, com excelente potencial para a comercialização como
planta ornamental. O presente trabalho objetivou avaliar a influência do 1-MCP e do etileno
na senescência de plantas de pimenta ornamental. Foram utilizadas neste experimento
sementes do acesso BGH 1039, proveniente do banco de germoplasma da UFV e a
variedade comercial ‘Calypso’. As plantas foram desenvolvidas em casa de vegetação do
departamento de Fitotecnia da UFV, ao atingirem ponto de comercialização (±30% frutos
maduros), foram levadas para uma sala (25±1°C, 90-95%UR) onde foram tratadas com 1MCP (EthylBlock.) na concentração recomendada pelo produto e etileno, 0,2µl l-1em
câmaras herméticas, de 20 L. Neste ambiente, o produto comercial foi dissolvido em água a
50ºC, liberando o gás 1-MCP. Os tratamentos foram constituídos de: 1) controle (sem
etileno e 1-MCP); 2) 1-MCP por 6h; 3) 1-MCP por 6h + etileno 24h; 4) 1-MCP por 6h +
etileno 48h; 5) etileno 24h e 6) etileno 48h. Foram avaliadas, a porcentagem de abscisão
acumulada de folhas e frutos e vida de prateleira. O delineamento experimental utilizado foi
blocos ao caso, em esquema fatorial 6x5x2 (tratamentos x repetições x acessos). Os dados
foram submetidos à análise da variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de
Duncan ao nível 5% de probabilidade de erro. O 1-MCP foi eficiente em neutralizar a ação
do etileno, impedindo o amarelecimento e a abscisão das folhas e dos frutos, aumentando
com isso a vida pós-produção dos acessos estudados. (PIBIC/CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
CRESCIMENTO DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ EM CONDIÇÃO DE
COMPETIÇÃO
Ênio Tito Borges (Estagiário Voluntário); Antonio Alberto da Silva (Orientador); Germani
Concenço (Pós-graduando); Leandro Galon (Pós-graduando); Ingnaco Aspiazu (Pósgraduando); Evander Alves Ferreira (Pós-graduando); Alexandre Ferreira da Silva (Pósgraduando)
O capim-arroz (Echinochloa spp.) está amplamente distribuído em todo território brasileiro,
tem crescimento agressivo e apresenta similaridade morfológica com as plantas da cultura,
o que dificulta a aplicação de métodos alternativos de controle, sendo considerado como a
segunda espécie daninha mais problemática do arroz irrigado. Objetivou-se com este
trabalho avaliar o crescimento de biótipos de capim-arroz resistente e suscetível ao
quinclorac em competição entre biótipos e dentro do mesmo biótipo. Para isso plantas de
biótipos de capim-arroz resistente e suscetível ao quinclorac foram cultivadas em diferentes
arranjos na unidade experimental. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x
6, com quatro repetições em delineamento experimental completamente casualizado. Aos
45 dias após emergência determinou-se a área foliar e massa seca da parte aérea, separados
em folhas e colmos; calculando-se a seguir a taxa de crescimento (TC), área foliar
específica (AFE), índice de área foliar (IAF), razão de peso foliar (RPF) e razão de área
foliar (RAF). Para as variáveis massa seca, taxa de crescimento, índice de área foliar, razão
de peso foliar e razão de área foliar, não foram observadas diferenças resistentes e
suscetíveis independente do arranjo de semeadura.. Todavia, o biótipo suscetível
apresentou maior área foliar específica que o resistente tanto quando cultivado isolado,
como em comunidade. Concluiu-se que não existem diferenças marcantes entre os biótipos
resistente e suscetível ao quinclorac quanto ao potencial de crescimento em condição de
competição.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
INFLUÊNCIA DO USO DO BAP E AIB NA MULTIPLICAÇÃO IN VITRO DA
PITANGUEIRA (Eugenia uniflora L.)
Adauto Quirino de Sa Junior (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Mychelle Carvalho; Candida
Elisa Manfio; Elisa Ferreira Moura; Sergio Yoshimitsu Motoike (Orientador); Marcio
Antonio Rocha de Oliveira
A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma planta pertencente à família Myrtaceae assim
como a goiabeira e o eucalipto. O uso de auxinas e citocininas na multiplicação de espécies
vegetais in vitro é uma ferramenta imprescindível para se ter sucesso na obtenção de clones
em larga escala. O trabalho teve como objetivo determinar a influência do uso de diferentes
doses de BAP (6-benzilaminopurina) e AIB (ácidoindolilbutirico) na multiplicação in vitro
da pitangueira. O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Células e Tecidos
Vegetais da UFV. Explantes estabelecidos in vitro e com aproximadamente 15 mm foram
transferidos para meio de cultura composto por sais de MS (Murashige e Skoog),
enriquecido com sacarose 30g/L, myo-inositol 100mg/L e ágar 8g/L. Foram testadas
diferentes doses de BAP (0, 2, 4, 6 e 8 µM/L) alternados com ausência e presença de AIB
na dose de 0,49µM/L, perfazendo 10 tratamentos. Após 60 dias avaliou-se o número médio
de brotos por explante. No tratamento com 2µM/L de BAP obteve o melhor resultado (3,30
brotos/explante), sendo esse seguido pelos tratamentos com 6µM/L de BAP (2,65
brotos/explante), 4µM/L de BAP (2,45 brotos/explante) e 4µM/BAP + 0,49µM/L de AIB
(2,35 brotos/explante). O tratamento com o pior resultado foi o de 8µM/L de BAP (1,60
brotos/explante). Conclui-se que o tratamento com 2µM/L de BAP é o mais indicado para a
multiplicação in vitro da pitangueira. (FAPEMIG).
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
INOVAÇÃO UFV - HÍBRIDOS E VARIEDADES DE MILHO E MILHO-PIPOCA
PARA O MERCADO REGIONAL DE SEMENTES
Rodrigo Oliveira de Lima (Estagiário Voluntário); Glauco Vieira Miranda (Orientador);
Leandro Vagno de Souza; João Carlos Cardoso Galvão; Manoel Mota dos Santos; Jeferson
Julio de Andrade; Rodrigo Cabral Adriano; Pedro Henrique Alves Marra; Marco Aurélio
Fagundes Portes; Tiago Costa Rosso
Para suprir a demanda de cultivares de milho adaptados às condições econômicas, sociais e
culturais dos agricultores em regiões com pequenas produções e produtividades, a
estratégia primordial é o desenvolvimento de genótipos cada vez mais eficientes e
adaptados à condição de estresses abióticos. Assim, o objetivo deste trabalho foi sintetizar e
identificar híbridos de milho com alto potencial produtivo e adaptado às condições de baixo
nitrogênio. Os 376 híbridos top cross de milho, provenientes de linhagens S3 de milho do
Programa Milho® foram plantados no dia 02/11/2006 na Estação Experimental de
Coimbra, pertencente ao Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. O
delineamento utilizado foi em látice 10x10 fazendo assim quatro experimentos de 100
tratamentos. Em cada experimento foram usados 94 híbridos top cross de milho e seis
cultivares comercias como testemunhas comuns entre os experimentos. Cada parcela foi
constituída de uma linha de quatro metros de comprimento espaçadas em 0,90 metros. A
adubação de plantio foi de 400 kg.ha-1 da fórmula 8-28-16 e em cobertura constituiu de 77
kg.ha-1 de uréia. Houve diferença significativa a 1% de significância para todas as
características avaliadas, evidenciando a existência de variabilidade no conjunto de híbridos
top-crosses, bem como a possibilidade de sucesso na seleção de híbridos superiores.
Selecionou-se 15% das linhagens superiores com base no desenvolvimento de seus topcrosses para produtividade a caracteristcas produtividade de grãos. O estudo de divergência
genética alocou os cultivares de milho em 29 grupos divergentes, podendo estes ser usados
para direcionar possíveis cruzamentos, explorando assim o efeito da heterose. Conclui-se
que é possível discriminar linhagens de milho superiores em condições de baixo nitrogênio,
baseado no desempenho de seus híbridos top-crosses e sintetizados híbridos produtivos
para o ambiente de baixo nitrogênio.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
INTOXICAÇÃO INICIAL DE PLANTAS DE EUCALIPTO POR HERBICIDAS
APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS
Rafael Augusto Soares Tiburcio (Bolsista CNPq); Christiane Augusta Diniz Melo (Bolsista
CNPq); Leonardo David Tuffi Santos (Pós-doutorando); Aroldo Ferreira Lopes Machado
(Pós-Graduando); Francisco Affonso Ferreira (Orientador); Lino Roberto Ferreira
(Docente colaborador)
Os herbicidas oxyfluorfen, isoxaflutole e sulfentrazone são utilizados em aplicações em
pré-emergência e em pós inicial das plantas daninhas na cultura do eucalipto. Apesar de
apresentaram boa seletividade à cultura, sintomas de intoxicação por esses herbicidas são
observados nas mudas de eucalipto, quando da aplicação na linha de plantio recém
transplantadas no campo. Objetivou-se no presente trabalho estudar os efeitos dos
herbicidas oxyfluorfen, isoxaflutole e sulfentrazone sobre mudas recém transplantadas de
eucalipto. No ensaio foram utilizados dois clones cedidos pela Cenibra, codificados como
1213 e 1207. As mudas foram transplantadas para vasos contendo 6 dm3 de solo argiloso,
sendo realizado a aplicação dos herbicidas diretamente sobre as plantas, logo após o
transplante. Foram testados os herbicidas e suas respectivas doses: oxyfluorfen (960 g ha1), isoxaflutole (300 g ha-1) e sulfentrazone (500 g ha-1), e os resultados comparados com
plantas que não receberam a aplicação dos produtos. Plantas tratadas com isoxaflutole não
apresentaram sintomas de intoxicação em nenhuma das avaliações. Entretanto, o
oxyfluorfen e o sulfentrazone causaram sintomas de intoxicação semelhante (necroses
pontuais e coloração arroxeada das folhas) no eucalipto, verificados aos 7, 14, 21 e 28 dias
após a aplicação (DAA), com os maiores valores observados aos 14 e 21 DAA. Todavia,
houve recuperação das plantas, não havendo diferença entre plantas tratadas ou não com
estes herbicidas na altura, diâmetro e massa seca por ocasião da colheita do experimento.
Entre os clones não houve diferença quanto à tolerância aos herbicidas em nenhuma das
características avaliadas. Os resultados permitem concluir que o oxyfluorfen, isoxaflutole e
sulfentrazone podem ser aplicados diretamente sobre as mudas de eucalipto recém
transplantadas, sem comprometimento no crescimento inicial das plantas. O isoxaflutole e
totalmente seletivo ao eucalipto, não causando sintomas de intoxicação. (CNPq).
CA
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EFEITO DE SOLUÇÃO DE PULSING DE STS E/OU SACAROSE SOBRE A
LONGEVIDADE DE Epidendrum ibaguense
Lucilene Silva de Oliveira (Bolsista PROBIC/FAPEMIG), Paulo José de Moraes (Pósgraduado-PD), Fernando Luiz Finger (Orientador).
O setor de floricultura é um dos ramos mais promissores do agronegócio nacional, uma vez
que demanda pequena área cultivada e envolve plantas geralmente de ciclo curto,
permitindo um giro rápido de capital. Dentro deste contexto, as flores de Epidendrum
merecem destaque, pois apresentam coloração vivas e formato exótico. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a influência do estágio da abertura das flores, na colheita, sobre a
longevidade da inflorescência em vaso e determinar a efetividade de tratamentos de
“pulsing”, contendo diferentes combinações de sacarose e/ou tiosulfato prata (STS). As
hastes florais foram colhidas em três estágios e uniformizadas em 40 cm onde foram
realizados 16 tratamentos (4 doses de sacarose x 4 tempos de “pulsing”) em 4 repetições,
sendo 5 hastes/vaso, e também 20 tratamentos (5 doses de STS x 4 tempos de “pulsing”)
em 4 repetições, sendo 5 hastes/vaso, para avaliar quais concentrações de sacarose e STS
proporciona maior longevidade e poder combiná-los. As flores de Epidendrum
apresentaram aumento de longevidade contínuo com uso de STS de forma que o tratamento
com 1mM de STS por 30 minutos prolongou-se em 27% a vida de vaso em relação ao
controle. Em relação aos tratamentos com sacarose os tempos de 6 e 24 horas em diferentes
concentrações não apresentou aumento de longevidade, de forma que o de 24 horas houve
queda de longevidade e o de 6 horas não diferiu do controle, porém o de 12 horas houve
aumento linear da longevidade com o aumento da dose de sacarose, sendo assim, acresceu
em 44% a vida de vaso das flores em relação ao controle quando as hastes foram
submetidas a um período de 12 horas a 20% de sacarose. O aumento de sacarose no
tratamento de STS não implicou em aumento da longevidade da inflorescência de
Epidendrum. (FAPEMIG e CNPq)
CA
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EFEITO DA FUMIGAÇÃO DE 1-MCP SOBRE A VIDA PÓS-COLHEITA DE
Epidendrum ibaguense
Lucilene Silva de Oliveira (Bolsista PROBIC/FAPEMIG), Paulo José de Moraes (Pósgraduado-PD), Fernando Luiz Finger (Orientador)
Epidendrum ibacuense possui inflorescências do tipo umbela com cores exuberantes de
tonalidade amarela ao laranja. Esta espécie ornamental ainda é pouco conhecida para
cultivos comerciais, porém adapta-se ao cultivo do solo, necessitando, no entanto, do
auxílio de tutores para manter o crescimento vertical de planta. Objetivou-se definir a
efetividade da fumigação das flores com 1-MCP sobre a longevidade, respiração e evolução
de etileno das flores cortadas de Epidendrum. As inflorescências foram expostas as
concentrações de 0,5; 1,0 e 1,5 de EthylBloc m -3 pelo período de 6 horas. A fumigação
com 1-MCP (1,0g m-3 de EthylBloc ) em um período de 6 horas, apresentou efeitos
positivos na vida de vaso de Epidendrum ibacuense, ao qual estendeu em 73% a sua vida
pós-colheita, quando comparadas com as hastes do controle, sendo o ponto máximo
alcançado, pois em concentrações superiores a 1,02g m-3 de EthylBloc houve redução da
longevidade das inflorescências em relação ao ponto máximo de longevidade das flores.
Em relação a quantidades menores de 1,02g m-3 de EthylBloc houve um crescente
aumento na vida pós-colheita das flores de Epidendrum, sendo que o tratamento com
1,02gm-3 EthylBloc
a longevidade foi de 12,85 dias. Foi verificado ainda que o 1-MCP
também reduziu a abscisão das flores de Epidendrum ibacuense. (FAPEMIG e CNPq)
CA
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MELHORAMENTO GENÉTICO DA SOJA VISANDO SELEÇÃO DE
LINHAGENS RESISTENTES AO CANCRO DA HASTE (Diaporthe phaseolorum F.
SP. meridionalis) E OÍDIO (Erysiphe diffusa)
Eder Matsuo Bolsista (PIBIC/CNPq); Tuneo Sediyama (Orientador); Fabio Daniel
Tancredi; Rita de Cássia Teixeira; Alberto Souza Boldt; Robson Shigueaki Sasaki
Dentre as principais doenças que limitam os altos rendimentos da soja (Glycine max (L.)
Merrill), no Brasil, estão o cancro da haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis) e o
oídio (Erysiphe diffusa). Deste modo, objetivou-se, selecionar linhagens de soja resistentes
ao cancro da haste e ao oídio, em populações originadas de diversos cruzamentos. Os
experimentos foram conduzidos em condições de casa de vegetação da Universidade
Federal de Viçosa, com plantio de 36 linhagens de diferentes instituições de Pesquisa do
Brasil, no período de setembro de 2006 a maio de 2007, no delineamento inteiramente
casualizado com cinco repetições, sendo cada repetição representada por uma planta.
Foram utilizadas as cultivares FT-Cristalina e Bossier como padrão de suscetibilidade ao
cancro da haste e UFV-18 e Conquista como padrão de resistência. As cultivares UFV-16 e
FT-Estrela foram utilizadas, respectivamente, como padrão de resistência e suscetibilidade
ao oídio. Para selecionar genótipos promissores foram realizadas cinco avaliações, após
inoculação artificial do cancro da haste e nove avaliações semanais de oídio, após
aparecimento dos sintomas. Também foi mensurado o peso de cem sementes e a produção
por planta. Todas as características apresentaram diferenças significativas a 1% de
probabilidade pelo teste F. Dos dados obtidos, concluiu-se que as linhagens CH109B01 e
CH127B01 apresentaram reação de resistência ao cancro da haste e ao oídio. A linhagem
CH123B01 apresentou maior média, de produção por planta em comparação com o cultivar
FT-12 quando o oídio não foi controlado. As médias, de peso de cem sementes das
linhagens CH109B01, CH121B01, CH165P, CH114B01, CH213P, CH158P, CH209P,
CH110B, CH110D, CH105G e CH1346142HP não diferiram significativamente dos
cultivares padrões controlados com fungicidas. A linhagem CH109B01 comportou-se como
a mais desejável para programas de melhoramento de soja.
CA
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MELHORAMENTO GENÉTICO DE MILHO PARA CONDIÇÕES DE ESTRESSE
DE BAIXO NITROGÊNIO
Rodrigo Cabral Adriano (Bolsista IC/Projeto); Glauco Vieira Miranda (Orientador); João
Carlos Cardoso Galvão; Leandro Vagno de Souza; Manoel Mota dos Santos; William
Fialho dos Reis; Rodrigo Oliveira de Lima; Julliane Luiza Fuscaldi; Marco Aurélio
Fagundes Portes; Jeferson Julio de Andrade
O nitrogênio (N) se destaca na produção de milho como um dos nutrientes mais
demandados pelas plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar e selecionar linhagens de
milho com potencial para a síntese de híbridos com maior eficiência no uso de N (EUN) em
ambientes de alto e baixo N. O ensaio foi implantado no mês de dezembro de 2006, em
vasos de 2,8 dm3 na casa de vegetação da UFV, Departamento de Fitotecnia, avaliando 20
linhagens de milho oriundos do Programa Milho® UFV, em ambiente de alto e baixo N,
sob o delineamento inteiramente ao acaso com três repetições. As plantas foram colhidas no
estágio da quarta folha completamente desenvolvida avaliando as características: eficiência
de absorção de N (EAbN), eficiência de utilização de N (EUtN) e eficiência de uso de N
(EUN). A EUN foi significativa a 1% em ambos os ambientes, e a EUtN a foi 5% no baixo
N, não encontrando diferença estatística para as demais características. No ambiente de alto
N destacaram as linhagens 05-5846-4, 05-5846-6, 05-5857-1, 05-5867-1, 05-5866-2, 055846-1, 05-5856-1, 05-5841-3, 05-5869-1, 05-5841-1, 05-5847-1, 05-5866-1 e 05-5868-2
com EUN superior, variando de 0,10 a 0,43 mg/mg de N com as linhagens 05-5842-2 e 055846-4, respectivamente, e média de 0,3 mg/mg de N. Enquanto que , no ambiente de baixo
N as linhagens destacaram as linhagens 05-5866-1, 05-5857-1, 05-5846-4, 05-5846-6, 055866-2, 05-5846-1, 05-5857-2, 05-5851-2 e 05-5841-3, variando de 0,107 a 0,240 mg/mg
de N com as linhagens 05-5842-2 e 05-5866-1 e média de 0,169 mg/mg de N. Portanto, as
linhagens 05-5846-4, 05-5846-6, 05-5857-1, 05-5866-2, 05-5867-1, 05-5846-1 e 05-5841-3
são eficientes e responsivas, comuns ao ambiente de alto e baixo N quanto a característica
EUN e consideradas importantes fontes genéticas para o banco de germoplasma do
Programa Milho®.
CA
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MELHORAMENTO GENÉTICO DO MARACUJAZEIRO (Passiflora edulis Sims)
VISANDO O CONSUMO IN NATURA
Rosana Gonçalves Pires (Bolsista PIBIC/CNPq), Heloisa Linhales (Pós-graduando MS),
Luisa Lorentz Magalhães Pissioni (Estudante), José Osmar da Costa e Silva (Pósgraduando MS), Daniella de Cássia Silva Carraro (Estudante), Claudio Horst Bruckner
(Orientador)
O Brasil é o maior produtor e consumidor de fruta fresca e processada de maracujá.
Variedades que produzem frutos próprios do consumo ao natural devem possuir frutos
grandes, espessura da casca dos frutos menor que 5 mm e rendimento polposo acima de
40%. Assim, esse trabalho objetivou selecionar as melhores plantas entre e dentro de
progênies de irmãos completos com vista à obtenção de populações melhoradas de alta
produtividade e com características agronômicas desejáveis. O experimento foi conduzido
na área experimental de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia da UFV, utilizando-se
uma população constituída de 26 famílias de irmãos completos das quais foram colhidos
frutos que foram analisados no Laboratório de Análise de Frutas do Departamento de
Fitotecnia da UFV. As características mensuradas foram comprimento do fruto (CF),
diâmetro do fruto (DF), massa do fruto (MF), massa da casca MC), massa de polpa (MP)
espessura da casca (EC) e percentagem de polpa (%P). As análises estatísticas foram
realizadas com o uso de aplicativo computacional em genética e estatística. De cada bloco
foram selecionadas 6 famílias superiores, e destas uma planta por parcela, totalizando 18
plantas selecionadas. A família 18 apresentou a maior média de MC, já a família 19
apresentou a maior média de MP, aliada com a menor média de EC e baixa MC. Na
característica %P, as famílias com maiores médias foram 19, 5, 10, 13, 18, 11, 2, 17, 12 e
23. Facilidade de mensuração das características CF, DF e MF contribui para que o
processo de seleção seja dinâmico e de baixo custo. Entretanto, deve-se considerar que a
seleção baseada nestas características acarreta ganhos em sentido indesejado na MC, já que
a redução desta característica é um dos objetivos da seleção. (CNPq)
CA
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MORFOANATOMIA FOLIAR DE SEIS CLONES DE Eucalyptus grandis
(MYRTACEAE)
Eduardo Chagas Ferreira Da Silva (Estagiário Voluntário); Christiane Augusta Diniz Melo
(Bolsista PIBIC/CNPq); Rafael Augusto Soares Tiburcio (Bolsista PIBIC/CNPq); Alice de
Souza Silveira (Bolsista BIC-Júnior); Renata Maria Strozi Alves Meira (Docente
Colaborador); Bruno Francisco Sant´Anna-Santos (Pós-Graduando Ds); Leonardo David
Tuffi Santos (Pós-Doutorando); Francisco Affonso Ferreira (Orientador)
Alguns materiais genéticos, além de apresentarem melhor adaptação edafoclimática,
possuem características anatômicas e morfológicas que conferem proteção contra agentes
bióticos e abióticos. Objetivou-se no presente trabalho estudar a anatomia e a
micromorfologia foliar de seis clones de Eucalyptus grandis (UFV01, UFV02, UFV03,
UFV04, UFV05 e UFV06). Folhas do terceiro nó do primeiro ramo basal de plantas dos seis
clones, 45 dias após o transplantio, foram coletadas e fixadas para microscopia de luz e
eletrônica de varredura. Os seis clones de Eucalyptus grandis estudados apresentam folhas
glabras com epiderme unisseriada, mesofilo dorsiventral formado por parênquima lacunoso
proeminente e uma a duas camadas de parênquima paliçádico com cavidades secretoras
dispersas no mesofilo. A nervura mediana possui feixes vasculares bicolaterais com
parênquima paliçádico interrompido por uma calota de colênquima. A análise da superfície
foliar pela microscopia de varredura revelou que todos os clones apresentam folhas
anfiestomáticas, porém com número reduzido de estômatos na face adaxial da epiderme, e
ceras em formato de placas nas duas faces da superfície foliar. As células epidérmicas que
recobrem as cavidades secretoras do mesofilo (células de cobertura) apresentam formato
distinto das células epidérmicas propriamente ditas. Entre os clones estudados não foram
encontradas diferenças estruturais marcantes que possam estar ligadas à ação de herbicidas,
pragas, doenças e a poluição. A semelhança anatômica pode ser atribuída ao fato de que
todos os clones estudados são de Eucalyptus grandis.
CA
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OCORRÊNCIA E SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE MAMÃO
(Carica papaya L.) EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE COLHEITA DOS FRUTOS
Nathalie Dona (Bolsista PIBIC/CNPq); Denise Cunha F. S. Dias (Orientadora); Dai
Tokuhisa
O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Sementes do DFT da UFV tendo
como objetivos: relacionar a época de colheita dos frutos com a ocorrência de dormência
nas sementes de mamão e definir tratamentos adequados para a superação da dormência
destas sementes. Foram utilizados frutos de mamão do grupo Formosa, híbrido Tainung 01,
colhidos em Julho e Novembro de 2006. Em cada época, avaliou-se a germinação das
sementes com e sem sarcotesta aos 15 e 30 dias após a semeadura. Nas sementes sem
sarcotesta, foram aplicados os seguintes tratamentos para a superação da dormência:
lavagem em água corrente por 2 e 4 horas, pré-secagem a 40º C/96h, pré-esfriamento a 10º
C/14 dias, envelhecimento acelerado a 41º C por 36, 48 e 72 h, imersão em NaOCl 0,5%
por 1, 2, 3, 4 e 5 h, imersão em KNO3 1 M por 30, 60, 90 e 120 min., imersão em GA3 400,
600 e 800 ppm por 24 h, umedecimento do substrato com GA3 400, 600 e 800 ppm,
armazenamento das sementes por 3, 6 e 9 meses e choque térmico a 15-35º C. Os dados
foram submetidos à análise estatística e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabalidade. Verificou-se que somente as sementes extraídas de frutos colhidos em
Julho/2006 apresentaram dormência pós-colheita. Os tratamentos mais eficientes para a
superação da dormência em sementes de mamão foram o umedecimento do substrato com
GA3 600 ppm ou a imersão das sementes em solução de GA3 600 ppm por 24 horas e a
imersão das sementes em KNO3 1 M por 30, 60 e 90 minutos. A presença da sarcotesta
diminui a porcentagem e velocidade de germinação das sementes de mamão.(CNPq)
CA
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PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO TTI110015 E
AVI11001 SOB DIFERENTES CONDIÇÕES OPERACIONAIS
André Luís da Silva Quirino (Estagiário Voluntário); Francisco Affonso Ferreira
(Orientador); Mauri Martins Teixeira; Rafael Gomes Viana; Leonardo David Tuffi Santos;
Aroldo Ferreira Lopes Machado; Joseane Moutinho Viana
O perfil de distribuição de pontas de pulverização é uma das características mais
importantes para correta aplicação de defensivos agrícolas no alvo, reduzindo falhas de
controle e contaminação ambiental. Objetivou-se avaliar, o perfil de distribuição das pontas
de pulverização TTI110015 e AVI11001 sob diferentes condições operacionais. Foi
determinado o perfil de distribuição individual em bancada padronizada e analisando-se o
coeficiente de variação da sobreposição de jatos em software, com espaçamento entre
pontas de 40, 50 e 100 cm, pressões de 200, 300 e 400 kPa e altura de 30, 40 e 50 cm. As
pontas apresentaram perfil de distribuição uniforme na pressão de 200 kPa, indicada para
aplicação em faixa. Nas pressões de 300 e 400 kPa as pontas apresentaram perfil de
distribuição descontínuo, indicado para aplicação em área total. Na pressão de 300 kPa, as
pontas proporcionaram distribuição volumétrica uniforme, com espaçamento entre pontas
de 40 cm e 50 cm com 50, 40 e 30 cm em relação ao alvo para a ponta TTI110015 e
espaçamento entre pontas de 40 cm com 50 e 40 cm de altura em relação ao alvo para a
ponta AVI11001. Na mesma pressão a ponta TTI110015 obteve distribuição uniforme com
espaçamento entre pontas de 100 cm na altura de 50 cm em relação ao alvo. Na pressão de
400 kPa a ponta TTI110015 obteve deposição de calda uniforme com 40 e 50 cm de
espaçamento entre pontas em todas alturas avaliadas. Já a ponta AVI11001 obteve melhor
deposição nos espaçamento entre pontas de 40 cm com altura de 30 cm em relação ao alvo
e em espaçamento entre pontas de 50 cm com 50 e 40 cm de altura em relação ao alvo.
Ambas as pontas podem ser utilizadas para aplicação em faixa ou em área total. (CNPq e
Suzano)
CA
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PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO COM PLANTAS DANINHAS NA
CULTURA DO SORGO EM TERRAS BAIXAS
Samuel José Sant’Anna (Estagiário Voluntário); Antônio Alberto da Silva (Orientador);
Germani Concenço (Pós-graduação); Francisco Affonso Ferreira (Docente colaborador);
Leandro Galon (Pós-graduação); Evander Alves Ferreira (Pós-graduação); Alexandre
Ferreira da Silva (Pós-graduação); Ignacio Aspiazu (Pós-graduação)
Em terras baixas, o fator limitante à de rotação de culturas é o excesso de umidade, devido
à dificuldade de drenagem do solo. O sorgo apresenta maior tolerância ao encharcamento
que o milho e a soja, e se adapta com certa facilidade às condições de várzeas. Objetivou-se
com este trabalho avaliar a eficiência do método mecânico de controle de plantas daninhas,
e determinar o período crítico de competição da cultura com as invasoras, em função do
estádio de desenvolvimento das plantas de sorgo em Terras Baixas de Clima Temperado. O
experimento foi instalado em condições de campo, em planossolo hidromórfico. A área
onde foi instalado o experimento foi cultivada nos últimos cinco anos com arroz,
apresentando população elevada de plantas daninhas, principalmente capim-arroz
(Echinochloa sp.) e papuã (Brachiaria plantaginea). As capinas foram realizadas de forma
sistemática em duas fases: a partir das 3, 5, 7 e 9 folhas até o final do ciclo; e da semeadura
até 3, 5, 7 e 9 folhas das plantas de sorgo, sendo estas parcelas mantidas infestadas a partir
deste período. Foram mantidas ainda uma testemunha constantemente limpa (com capinas
semanais), e uma constantemente infestada no experimento. O controle das plantas
daninhas na cultura do sorgo, cultivado em Terras Baixas de Clima Temperado, deve ser
realizado no período entre a emissão da terceira e da sétima folha, podendo-se utilizar com
segurança tanto o controle mecânico para este fim, sem prejuízos no rendimento de grãos
da cultura.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
POPULAÇÃO DE GOTAS DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO COM INDUÇÃO
DE AR SOB DIFERENTES PRESSÕES DE TRABALHO
Christiane Augusta Diniz Melo (Bolsista IC/Projeto); Rafael Gomes Viana; Lino Roberto
Ferreira (Orientador); Leonardo David Tuffi Santos; Aroldo Ferreira Lopes Machado;
Joseane Moutinho Viana
A população de gotas proporcionada por pontas de pulverização é característica de grande
importância para correta seleção de pontas de pulverização e pressão de trabalho, pois
determinam o potencial risco de deriva de agrotóxicos, reduzindo assim possíveis
problemas ambientais e melhor efetividade de controle. Objetivou-se com este trabalho
avaliar a população de gotas de pontas de pulverização com indução de ar em diferentes
pressões de trabalho. Utilizaram-se as pontas de pulverização TTI110015, AI110015 e
AVI11001, trabalhando nas pressões de 200, 300 e 400 kPa, sendo analisado o diâmetro da
mediana volumétrica (DMV), amplitude relativa (SPAN) e porcentagem de gotas com
diâmetro inferior a 100 µm (% < 100 µm). As análises foram realizadas no laboratório de
análise de partículas no campus da UNESP-Jaboticabal em um equipamento de análise
laser (Malvern). Os dados obtidos foram submetidos a ANOVA e as médias comparadas
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Maior DMV foi obtido pelas pontas
TTI110015 e AVI110015 diferindo da ponta AVI110001 em todas as pressões avaliadas,
porém todas as pontas apresentaram gotas variando de grossas a extremamente grossas. As
pontas de pulverização apresentaram baixo SPAN em todas as condições avaliadas
apresentando diferença somente quando utilizado a ponta AVI11001 na pressão de 400 kPa
em comparação com as demais pontas e pressão de trabalho, sendo um importante fator na
homogeneidade de gotas. As pontas AI11001 e AVI110015 possuem maior porcentagem de
gotas <100 µm com o aumento da pressão. Trabalhando em uma mesma pressão a ponta
TTI110015 apresentou a menor porcentagem de gotas < 100 µm, diferindo da ponta
AVI110015 e AI11001. Todas as pontas apresentam potencial uso na aplicação de
herbicidas que necessitem de menor perda por deriva e menor cobertura do alvo. A ponta
TTI110015 apresentou menor propensão à deriva de gotas. (CNPq, Suzano)
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
PÓS-COLHEITA DE RIZOMAS DE Heliconia psittacorum EM DIFERENTES
EMBALAGENS
Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos Santos (Estagiário voluntário); Affonso Henrique
Lima Zuin (Orientador); Sabrina Aparecida Pinto; Ricardo Camilo Eisenberg de Alvarenga;
Carolina Queiroz Samartini
As flores tropicais possuem cores, formatos exóticos e longa vida pós-colheita. Porém, a
obtenção de mudas ainda é fator limitante em sua produção. O presente trabalho objetivou
avaliar a eficiência de diferentes embalagens no armazenamento de rizomas de Heliconia
psittacorum. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no delineamento
inteiramente casualizado, com 4 repetições e 8 tratamentos: 4 tipos de embalagens (Saco de
papel; Saco plástico celofane -SC; SC + vermiculita e SC + fibra de coco) e duas datas de
armazenamento (1 e 30 dias). Após padronização, os rizomas foram imersos em solução de
0,02 % de hipoclorito de sódio por 10 minutos, enxaguados 3 vezes e embalados. Após o
período de armazenagem, em temperatura ambiente, os rizomas foram plantados em areia
lavada e pó de brita (1:2). Após 2,5 meses do plantio foram feitas duas avaliações: número
de brotos –NB e tamanho de brotos –TB. Para NB não ocorreu diferença estatística
significativa entre os tratamentos. Já para altura de brotos, o tratamento que obteve maior
média foi o saco de papel com um dia de armazenamento (8,66 cm), não diferindo
estatisticamente do SC + fibra de coco com um dia de armazenamento e SC + vermiculita
com 30 dias de armazenamento. O tratamento em saco de papel com 30 dias de
armazenamento foi o que obteve menor média (0,00 cm). Isto mostrou que o uso de
embalagem impermeável é adequado para conservação de rizomas de Heliconia
psittacorum quando armazenados por 30 dias, visto que com 30 dias os rizomas
armazenados em saco de papel não mais brotaram. O substrato utilizado na embalagem
também mostrou-se importante. Conclui-se que o uso de embalagens impermeáveis é
indicado na conservação de rizomas de Heliconia psittacorum por 30 dias, sendo a
embalagem plástico celofane com vermiculita o modo de armazenamento mais indicado
dentre os testados.
CA
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
POTENCIAL COMPETITIVO DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ RESISTENTE
E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC
Giselle Lima Ferreira (Estagiaria Voluntária); Antônio Alberto da Silva (Orientador);
Germani Concenço; Francisco Affonso Ferreira; Leandro Galon; Evander Alves Ferreira;
Alexandre Ferreira da Silva; Ignacio Aspiazu
Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial competitivo de dois biótipos de capimarroz, resistente e suscetível ao quinclorac, coletados em regiões orizícolas do estado se
Santa Catarina. O experimento foi instalado em ambiente protegido. Os tratamentos
constaram de diferentes densidades de plantas dos biótipos de capim-arroz resistente (ITJ13) e suscetível (ITJ-17) ao quinclorac, oriundos da região arrozeira de Itajaí/SC. No centro
da unidade experimental, foram semeadas três sementes do biótipo de capim-arroz
considerado como o tratamento da unidade experimental. Na periferia foram semeadas 10
sementes do biótipo oposto ao do tratamento (central). Dez dias após a germinação foi
efetuado o desbaste, deixando apenas uma planta no centro da unidade experimental, e o
número de plantas do biótipo oposto de acordo com o tratamento (0, 1, 2, 3, 4 ou 5 plantas).
O delineamento experimental utilizado foi o completamente casualizado, em esquema
fatorial 2 x 6 com quatro repetições. Aos 40 dias após a emergência, foi avaliada a altura de
plantas, número de perfilhos e de folhas, área foliar, massa fresca e seca e conteúdo de água
de colmos e folhas. Os dados foram analisados pelo teste F ao nível de 5% de
probabilidade, sendo efetuado teste de Duncan a 5% para avaliar o efeito do aumento na
densidade de plantas, e teste da Diferença Mínima Significativa (DMS) a 5% de
probabilidade para avaliar diferenças entre biótipo resistente e suscetível, além de matriz de
correlação linear. Os biótipos estudados de capim-arroz resistente e suscetível ao quinclorac
apresentam comportamento muito similar em função do aumento da competição tanto com
plantas do mesmo biótipo, como com plantas do biótipo oposto.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
PRODUÇÃO DA BIOMASSA E NUTRIÇÃO DE Brachiaria decumbens E Panicum
maximum SOB DIFERENTES FONTES DE SILÍCIO
Alberto Mendes Costa Junior (Bolsista PIBIC/CNPq); Aluízio Borém (Orientador); Itamar
Rosa Teixeira (Docente colaborador); Filipe Luis Sávio (Estagiário voluntário)
A pesquisa agronômica tem buscado reduzir os custos de produção e o impacto da
agricultura no meio ambiente, usando para isso produtos menos poluentes e de baixo custo
para o agricultor. Acredita-se que a adubação das pastagens com silício, além de diminuir a
incidência de doenças, possa também reduzir o ataque de insetos (ex. cigarrinhas)
diminuindo assim a necessidade de inseticidas. Por outro lado, se houver sucesso com o uso
do Si, novos negócios e indústrias poderão ser abertos para suprir a demanda de mercado.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da utilização de diferentes fontes de silício sobre
a produção da biomassa e os teores de Si absorvidos pelas forrageiras, Brachiaria
decumbens e Panicum maximum, nas condições edafoclimáticas da Zona da Mata Mineira.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos inteiramente casualizados, em
esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Os tratamentos se constuiram de três fontes de
Si foliar (silicatos de sódio e de potássio, e rocksil, com doses correspondentes a 40 g L-1 de
Si) e uma testemunha, combinadas com as espécies B. decumbens cv. Basilisk e P.
maximum cv. Mombaça. Foram constatadas diferenças significativas para os parâmetros
analisados quando da interação entre os fatores constituintes. Foram observados
incrementos, em unidades de medidas correspondentes, àqueles parâmetros analisados.
Conclui-se que aplicações foliares de Si promoveram acréscimos da produção de matéria
fresca e seca e da altura de plantas de B. decumbens e P. maximum. As aplicações foliares
de Si resultaram em maior absorção deste elemento em B. decumbens quando comparado
com P. maximum, especialmente no segundo e terceiro cortes. As fontes testadas (rocksil,
silicato de potássio ou de sódio) não diferiram entre si quanto à capacidade de fornecimento
de Si. (CNPq)
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PRODUÇÃO DE ALFACE EM HIDOROPONIA CAPILAR COM TNT
INFLUENCIADO POR DENSIDADE DE PLANTAS, IDADE DE COLHEITA E
AREJAMENTO FORÇADO
Victor Sampaio Maciel (Estagiário Voluntário), Diego Luís Ramos (Estagiário Voluntário),
Marcelo Maia Pereira (Pós Graduação, Ms), Daniel Nolasco Machado (Pós Graduação,
Ms), Paulo Roberto Gomes Pereira (Orientador), Roberto de Aquino Leite (Professor
colaborador)
A Agricultura Urbana segundo a FAO assume grande importância para reduzir a pobreza e
a insegurança alimentar, pois se refere à produção de alimentos para consumo próprio ou
para venda nas cidades em pequenas superfícies domésticas. Assim, o desenvolvimento de
tecnologias de cultivo em hidroponia capilar sem a necessidade de compressor elétrico,
para oxigenar a solução, que sejam adaptadas ao ambiente urbano e ao nível de
conhecimento e experiência da população assume grande importância. Assim, este
experimento objetivou definir a densidade de plantas, a época de corte e a utilização ou não
de aeração com compressor elétrico. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do
Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do DFT/UFV, no período de dezesseis de maio
á vinte e um de junho de 2007. Os tratamentos do fatorial 3x2x2x3 foram: D1=25 plantas
por recipiente, D2=50 plantas por recipiente, D3=75 plantas por recipiente, C1=Corte aos
30 dias. C2=Corte aos 40 dias, A1=com aeração do compressor elétrico, A2=sem aeração e
com três repetições. Foram utilizados TNT preto 40x40cm, isopor 10x10cm e recipientes
com 1,7L de solução STEINER uma força. A semeadura foi realizada distribuindo 100
sementes sobre a superfície do TNT e posteriormente foi feito desbaste para ficar somente a
densidade desejada. A aeração foi promovida por borbulhamento de ar originado de
compressor elétrico. A reposição de solução nutritiva foi feita a cada três dias. A
temperatura máxima foi de 26ºC e a mínima foi de 8ºC. Os resultados permitiram
recomendar a densidade de 50 plantas por bandeja de 10X10 cm, o corte aos 40 dias e nesse
sistema de produção não há necessidade da aeração por compressor elétrico, representando
economia
e
facilidade
para
a
agricultura
urbana.
(Projeto
Inovação
CENTEV/SEBRAE/EPAMIG)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
PRODUÇÃO DE PLANTAS CONDIMENTARES E HORTALIÇAS FOLHOSAS
EM MEIO URBANO EM SISTEMA HIDROPÔNICO CAPILAR SIMPLES COM
TECIDO NÃO TECIDO (TNT): INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DE
SEMEADURA E IDADE DE COLHEITA
Daniel Nolasco Machado (Bolsista PIC-CAIXA); Marcelo Maia Pereira (Estagiário
voluntário); Paulo Roberto Gomes Pereira (Orientador); Roberto de Aquino Leite (Docente
colaborador)
A Agricultura Urbana segundo a FAO assume grande importância para reduzir a pobreza e
a insegurança alimentar, pois se refere à produção de alimentos para consumo próprio ou
para venda nas cidades em pequenas superfícies domésticas. Assim, o desenvolvimento de
tecnologias de cultivo em hidroponia capilar sem a necessidade de compressor elétrico,
para oxigenar a solução, que sejam adaptadas ao ambiente urbano e ao nível de
conhecimento e experiência da população assume grande importância. Assim, este trabalho
foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o crescimento de 5 espécies de hortaliças
folhosas (alface lisa, alface americana, couve de folha, rúcula e chicória) em 3 densidades
de semeadura (50, 75 e 100 sementes por bandeja de 0,15 x 0,15 m) e em 3 épocas de
colheita (25, 35 e 45 dias após a semeadura). A semeadura foi realizada na superfície de
bandejas de isopor contendo um furo de 2 cm no centro, cobertas com um quadrado de
TNT preto de 40 cm de aresta. As plantas foram colhidas 25, 35 e 45 dias após a
semeadura, avaliando-se o peso da matéria fresca e seca das folhas e raízes. Observou-se
que a eficiência de utilização da solução nutritiva foi maior para a Alface Lisa e a Couve de
Folha. As maiores produções de hortaliças folhosas por unidade de área e tempo em
hidroponia capilar em TNT foram obtidas na densidade de 100 plantas por bandeja de 0,15
x 0,15 m, e colheita entre 35 e 45 dias. Conclui-se que o cultivo de hortaliças folhosas e
condimentares em hidroponia capilar usando o TNT é uma alternativa promissora aos
métodos de cultivo tradicionais em solo ou em hidroponia devido às maiores produções por
unidade de área e tempo e também pela economia de água e energia proporcionada,
assumindo importância social, ecológica e econômica. (Bolsa IC CEF; Projeto Inovação
CENTEV/SEBRAE/FAPEMIG)
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PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO GIRASSOL NA SAFRINHA
Geraldo de Oliveira Cabral Lana (Estagiário voluntário), Caetano Marciano de Souza
(Orientador), Vinicius de Moura Santos (Pós-graduando MS), Alberto Pavan Neto
(Estagiário voluntário), Bruno Cézar Basso (Estagiário voluntário), Bruno Esdras Loureiro
Barcelos (Estagiário voluntário).
É crescente a demanda por biocombustíveis em todo o mundo. Entre os biocombustíveis o
biodiesel tem lugar de destaque e sua produção vem sendo incentivada por instituições
públicas e privadas no Brasil. O girassol (Helianthus annuus L.) é uma espécie oleaginosa
com potencial para produção de biodiesel, entre outras finalidades. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a produtividade da cultura do girassol em diferentes sistemas de manejo
do solo na safrinha na região de Viçosa-MG. Foi utilizada a cultivar Embrapa 122–V 2000
e o delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 4 blocos e 6 tratamentos [grade
pesada (GP); 5 anos de plantio direto alternado com 1 ano de plantio convencional, com
uso de grade pesada (PD+PC); arado de aivecas (AA); arado de discos (AD); plantio direto
(PD) e enxada rotativa (ER)]. As parcelas de 150m2 foram cultivadas com população de
50.000 plantas por hectare e espaçamento de 0,90m entre fileiras. Todos os tratos culturais
foram realizados de acordo com as recomendações para a cultura. A colheita foi realizada
coletando-se 2 linhas de 5 metros no centro de cada parcela. Os resultados obtidos para a
produtividade do girassol, em quilogramas por hectare foram os seguintes: GP - 1299,7;
PD+PC - 1302,1; AA - 1260,4; AD - 1266,6; PD - 1296,2; ER - 1269,9. Não foi verificada
diferença estatística entre os tratamentos a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. A
produtividade obtida, que está abaixo da média nacional para a cultivar, foi considerada
satisfatória em função de o experimento ter sido realizado fora da época ideal para a
cultura.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
PRODUTIVIDADE DE CLONES DE CAFÉ CONILLON EM LEOPOLDINA,
MINAS GERAIS
Tales Campos Silva (Não Bolsista); Waldênia de Melo Moura (Orientador); Aurinelza
Batista Teixeira Conde; Paulo César de Lima; Paula Masami Sano Manabe; Laercio Junio
da Silva
O Estado de Minas Gerais apresenta diferentes condições edafoclimáticas o que permite o
cultivo do café conillon (Coffea canephora). Na Zona da Mata mineira, nas regiões baixas e
quentes, como nos municípios de Muriaé, Leopoldina, Cataguases, Guarani, Patrocínio do
Muriaé, entre outros, apresentam potencial para a exploração comercial do café conillon.
Com tecnologias apropriadas e cultivares adequadas, esses municípios poderiam contribuir
em muito para o aumento da produção estadual e nacional. Nesse sentido, este trabalho teve
como objetivo avaliar clones de café conillon no município de Leopoldina. Instalou-se um
experimento na Fazenda Experimental da EPAMIG, em delineamento de blocos
casualizados, com 36 clones e três repetições. A parcela experimental foi constituída de
nove plantas, com espaçamento de 2,5 m entre fileiras e 1 m entre plantas. As mudas
clonais foram provenientes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural - INCAPER. Avaliou-se a produtividade em sacas/ha de café beneficiado,
safra 2007. Os dados foram analisados utilizando-se o programa estatístico SAEG, através
de análises de variância, e as médias foram comparadas pelo Teste Scott-knott, ao nível de
5% de probabilidade. Observou-se que a produtividade variou de 14,97 a 137,24 sacas/ha
de café beneficiado, valores apresentados pelos Clones 154 e 132, respectivamente.
Entretanto, a maioria dos clones apresentou produtividades acima da média nacional, que
está em torno de 19,75 sacas/ha de café beneficiado. Verificou-se variabilidade genética
entre os clones de café conillon avaliados, o que permitiu classificá-los em dois grupos
distintos, com produtividades médias de 97,61 e 42,85 sacas/ha de café beneficiado. Por
tratar-se de uma cultura perene, há necessidade de avaliações futuras para obter
informações mais seguras visando à recomendação de clones mais promissores. (Empresa
de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais/ EPAMIG-CTZM/ FAPEMIG/ CNPq/ CBP&DCafé)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE CAFÉ NO SISTEMA DE CULTIVO
ORGÂNICO
Laercio Junio da Silva (Bolsista IC/Projeto); Waldênia de Melo Moura (Orientador); Paulo
César de Lima; Aurinelza Batista Teixera Conde; Paula Masami Sano Manabe; Tales
Campos Silva
No cultivo orgânico não é permitido o uso de agrotóxicos e adubos de alta solubilidade,
portanto é fundamental que as cultivares de café para esse sistema possam produzir bem,
absorver e utilizar os nutrientes de forma eficiente e conviver em equilíbrio com os agentes
causadores de doenças e pragas. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar
cultivares antigas e melhoradas de café, em sistema orgânico, no município de Espera Feliz,
na Zona da Mata Mineira. Utilizou-se a metodologia de pesquisa participativa em que os
pesquisadores, técnicos e agricultores familiares participaram ativamente de todas as
atividades propostas. Este trabalhou contou com a parceria entre a EPAMIG/CTZM, a
ONG CTA/ZM e o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Espera Feliz, MG. O experimento
foi instalado em delineamento experimental de blocos casualizados, com 35 cultivares e
três repetições. As parcelas foram constituídas de dez plantas, com espaçamentos de 4,0 x
0,8 m e 4,0 x 0,5 m, para as cultivares de porte alto e baixo, respectivamente. Avaliou-se a
produtividade em sacas de café beneficiadas/ha, safra 2007. Os dados foram analisados
utilizando-se o programa estatístico SAEG e as médias foram comparadas pelo Teste Scottknott, ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se que a produtividade variou de 10,09 a
58,51 sacas/ha de café beneficiado, sendo que a maioria das cultivares apresentou
produtividade acima da média nacional, que está em torno de 19,75 sacas/ha de café
beneficiado. Verificou-se variabilidade genética entre as cultivares de café avaliadas, o que
permitiu classificá-las em dois grupos distintos, com produtividades médias de 42,46 e
22,94 sacas/ha de café beneficiado. Por tratar-se de uma cultura perene, há necessidade de
avaliações futuras para obter informações mais seguras visando à recomendação de
cultivares mais promissoras para o cultivo orgânico. (Empresa de Pesquisa Agropecuária de
Minas Gerais/ EPAMIG-CTZM/ FAPEMIG/ CNPq/ CBP&D-Café/ AGROMINAS-Café)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
QUALIDADE DE FRUTO DE 28 ACESSOS DO BANCO DE GERMOPLASMA DE
HORTALIÇAS DA UFV
Ernani Gomes Santana (Estagiário Voluntário), Victor de Souza Almeida (Bolsista
PIBIC/CNPq), João Marcos dos Santos Junior (Estagiário Voluntário), Walyston Pereira
Batista (Estagiário Voluntário), José Fernando Jurca Grigolli (Bolsista
PROBIC/FAPEMIG), André Pugnal Mattedi (Pós-Graduando MS), Derly José Henriques
da Silva (Orientador)
A preocupação com a qualidade do produto tem se tornando cada vez mais importante,
principalmente na tomaticultura de mesa onde o tomate é consumido “in natura”. O
objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade do fruto de 28 genótipos do Banco de
Germoplasma de Hortaliças da UFV. O experimento foi conduzido no campo experimental
do Departamento de Fitotecnia da UFV, no delineamento em blocos casualizados e três
repetições. Utilizou-se 26 acessos do BGH-UFV e três cultivares comerciais: Débora Plus,
Fanny e Santa Clara. Os dados coletados foram submetidos a análise de variância e ao teste
de Skott Knott a 5% de probabilidade, com o auxílio do programa computacional Genes.
As características avaliadas foram: acidez titulável (A.T.), sólidos solúveis totais (S.S.T.,
medidos em °Brix), acidez total (pH) e sabor (relação Brix/A.T.). Foi detectado
variabilidade entre os tratamentos com relação à média de todos os descritores avaliados,
sendo formados três grupos em relação a característica sabor e dois grupos para as demais.
Foram destacados os acessos BGH-2325, BGH-2284 e BGH-2312 com sabor e S.S.T.
estatisticamente iguais às testemunhas, e também, observou-se menor pH. Estes podem ser
indicados como fontes de genes para sabor e boa conservação pós colheita, uma vez que
quanto menor o pH maior o período de conservação do fruto.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
QUANTIFICAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DE CERAS EPICUTICULARES DE
DIFERENTES CLONES DE EUCALIPTO
André Luís da Silva Quirino (Estagiário Voluntário); Francisco Affonso Ferreira
(Orientador); Rafael Gomes Viana; Leonardo David Tuffi Santos; Aroldo Ferreira Lopes
Machado; Evander Alves Ferreira; William Motta Duarte
O eucalipto é a essência florestal mais utilizada nos programas de reflorestamento no
Brasil, em virtude das grandes áreas plantadas e do reduzido número de mão-de-obra o
controle químico das plantas daninhas com glyphosate é o mais utilizado em cultivos
comercias. No presente experimento objetivo-se investigar e caracterizar a superfície foliar,
a constituição das ceras epicuticulares de diferentes clones de eucalipto e seu possível
envolvimento com a tolerância diferencial ao glyphosate. O ensaio foi condizido em casa
de vegetação utilizando-se mudas de seis clones, híbridos de Eucayiptus grandis,
adquiridos junto a CIA Suzano Papel e Celulose, codificados como UFV02, UFV02,
UFV03, UFV04, UFV05 e UFV06. O ensaio foi conduzido em vasos contendo 10 litros de
substrato composto de Latossolo Vermelho – Amarelo, sendo plantada uma muda de
eucalipto constituindo-se na parcela experimental. O delineamento experimental utilizado
foi o de blocos casualizados com cinco repetições. Decorridos 45 dias após o transplante
das mudas foram coletadas quatro folhas totalmente expandidas do terceiro ou quarto nó
dos ramos laterais do terço inferior da planta. Destas folhas foram obtidos extratos para a
quantificação de ceras expressa pela quantidade por unidade foliar (mg cm-2). Cada amostra
submetida á analise em espectrômetro de infravermelho e transesterificada através de
reação com H2SO4/metanol. Houve diferença nos teores de cera epicuticulares da folha
entre os clones avaliados. Maior quantidade de cera por área foliar foi encontrada nos
clones UFV01, UFV02 e UFV05, enquanto que o clone UFV03 apresentou o menor teor de
cera. Nos seis clones foram identificados 29 constituintes e dois hidrocarbonetos não
identificados com participação de mais de 1,0% do total de constituintes da cera. (CNPq).
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
RESISTÊNCIA DE Cyperus difformis AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ALS
EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO EM SANTA CATARINA
Marco Antonio Moreira de Freitas (Bolsista IC/Projeto); Antonio Alberto da Silva
(Orientador); Leandro Galon; Germâni Concenço; Francisco Affonso Ferreira; Evander
Alves Ferreira; Alexandre Ferreira da Silva; Ignacio Aspiazu
A resistência de plantas daninhas a herbicidas tornou-se preocupação mundial nas últimas
décadas. Este fenômeno caracteriza-se pela capacidade de um biótipo em sobreviver a um
tratamento herbicida que controla os demais indivíduos da mesma população. Objetivou-se
com este trabalho determinar o nível de resistência de biótipos de Cyperus difformis a
herbicidas inibidores da enzima ALS e do fotossistema II. Os tratamentos foram
constituídos pelos herbicidas bispyribac-sodium, pyrazosulfuron-ethyl, (inibidores da ALS)
e bentazon (inibidor do fotossistema II) aplicados em sete doses múltiplas da dose
comercial (0,0x; 0,5x; 1x; 2x; 4x; 8x e 16x), sobre as duas populações de plantas de C.
difformis quando as mesmas apresentavam quatro a seis folhas. O biótipo de C. difformis
(CYPDI-10) apresentou resistência cruzada aos inibidores da ALS, pyrazosulfuron-ethyl e
bispyribac-sodium enquanto o bentazon proporcionou controle eficiente das populações
resistentes e suscetíveis. Conclui-se que para o manejo das populações de C. difformis
resistentes aos inibidores da ALS, nas áreas de arroz irrigado em Santa Catarina, deve-se
adotar o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação associado a outras práticas
de manejo para restringir a expansão das populações resistentes de C. difformis.
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
RESPOSTA FISIOLÓGICA DE CLONES DE EUCALIPTO AO GLYPHOSATE
Frederico Alfenas Silva Valente Paes (Bolsista PIBIC/CNPq); Lino Roberto Ferreira
(Orientador); Aroldo Ferreira Lopes Machado; Leonardo David Tuffi Santos; Miler Soares
Machado; Rafael Augusto Soares Tiburcio
Objetivou-se, com este trabalho, avaliar as características fisiológicas associadas à
eficiência fotossintética de diferentes clones de eucalipto quando expostos a diferentes
doses de glyphosate. O experimento foi realizado em esquema fatorial 4 x 5, com quatro
clones de eucalipto provenientes da CENIBRA( 57, 386, 1203 e 1213) e cinco doses (0;
43,2; 86,4; 129,6 e 172,8 g ha-1 de glyphosate) com quatro repetições. As mudas de
eucalipto foram transplantadas em vasos contendo 6 dm3 de solo. A aplicação do
glyphosate foi realizada aos 30 dias após o transplantio das mudas, diretamente sobre as
plantas, evitando o contato da calda com o seu terço superior. Avaliações referentes a taxa
de transpiração (E), taxa fotossintética (A) e condutância estomática (gs) foram realizadas
aos 28 dias após aplicação do herbicida (DAA), em folhas aparentemente sadias,
utilizando-se o analisador de gases no infravermelho (IRGA), marca ADC, modelo LCA 4.
Aos 50 DAA as plantas foram cortadas rente ao solo para quantificação da massa seca da
parte aérea. Não houve diferença entre clones para transpiração, fotossíntese e condutância
estomática. A dose de 172,8 g ha-1 provocou redução na fotossíntese e na transpiração em
todos os clones avaliados, enquanto que menor condutância estomática foi observada em
plantas expostas as doses de 129,6 e 172,8 g ha-1. A perda de área foliar, ocasionada pelas
necroses e pela senescência foliar decorrentes da ação do herbicida, foi observada em
plantas expostas a partir da dose de 86,4 g ha-1, que resultou na redução da massa seca da
parte aérea das plantas de eucalipto. Conclui-se que o contato do glyphosate em dose
superior a 86,4 g ha-1 provoca redução de crescimento em plantas de eucalipto, enquanto
que as características fisiológicas são afetadas quando da exposição a doses superiores a
129,6 g ha-1. (CNPq; CENIBRA)
CA
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´UBÁ´
NA
UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
SELEÇÃO DE HÍBRIDOS NATURAIS DE
MICRORREGIÃO DE VIÇOSA, MINAS GERAIS
MANGUEIRA
Emerson Ferreira Vilela (Bolsista PIBIC/CNPq); Dalmo Lopes de Siqueira (Orientador);
Aline Rocha; Luiz Carlos Chamhum Salomao
A produção de suco de frutas no Brasil tem apresentado um crescimento significativo. Para
que isto seja mantido, há necessidade de oferta de frutos com qualidade suficiente para
atender a demanda. O objetivo desse trabalho foi avaliar e selecionar plantas superiores do
cultivar ‘Ubá’ na microrregião de Viçosa, e propiciar a produção de frutos de melhor
qualidade. No período de um ano foram selecionados 100 acessos, onde foram colhidos
frutos para avaliação de qualidade e folhas para caracterização genética. Foram
selecionados 30 frutos para avaliações físico-químicas e 10 para avaliação de incidência de
podridões. Foram avaliados o índice de cor de casca (colorímetro MINOLTA CR-10), a
firmeza da polpa (penetrômetro digital SHIMPO modelo DFS 100), massa da polpa,
sólidos solúveis da polpa (refratômetro Atago modelo N1), incidência de podridões nos
frutos (escala diagramática). Os frutos apresentaram massa média 108,3 g, a percentagem
de polpa variou entre 56,97 a 73,60% da massa do fruto. Apenas 14% dos acessos
apresentaram menos de 10% da área dos frutos atacadas por podridões pós-colheita. O teor
de sólidos solúveis variou de 10,23 a 21,80o Brix. A acidez titulável apresentou valor médio
de 0,38 de ácido cítrico/100 g de polpa. Apesar da variação encontrada entre as plantas para
as diversas características avaliadas, não se pode afirmar que as diferenças entre elas são
devidas apenas ao seu genótipo, por causa das diferenças existentes nas condições
ambientais. Para evitar esse problema, a seleção das plantas matrizes será feita com
informações a respeito da similaridade genética e com base na comparação das plantas de
cada acesso, que estão sendo cultivadas em um mesmo local. Embora, até o momento,
ainda não tenha sido selecionado nenhum clone superior, acredita-se, em função da grande
variabilidade observada entre os acessos, que pelo menos três genótipos superiores serão
selecionados. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
SELEÇÃO ENTRE E DENTRO DE PROGÊNIES DE IRMÃOS-COMPLETOS DE
MARACUJAZEIRO (Passiflora edulis Sims)
Rosana Gonçalves Pires (Bolsista PIBIC/CNPq), Heloisa Linhales (Pós-graduando MS),
Luisa Lorentz Magalhães Pissioni (Estudante), José Osmar da Costa e Silva (Pósgraduando MS), Daniella de Cássia Silva Carraro (Estudante), Claudio Horst Bruckner
(Orientador)
A cultura do maracujazeiro no Brasil é de grande importância tanto pela qualidade de seus
frutos como pelas suas propriedades farmacológicas. O melhoramento genético poderá
contribuir significativamente para a obtenção de resistência a doenças, além da elevação da
produtividade e adequada qualidade de frutos, em razão da grande variabilidade presente no
maracujazeiro amarelo e nas espécies relacionadas. O presente trabalho objetivou
selecionar genótipos superiores de maracujazeiro amarelo quanto à produtividade e
qualidade dos frutos numa população constituída de 26 famílias de irmãos completos no
segundo ano de produção, conduzida na área experimental de Fruticultura do Departamento
de Fitotecnia da UFV. Foram mensurados número de frutos por planta, produção estimada,
comprimento e diâmetro do fruto, massa do fruto, da casca e da polpa, espessura da casca,
coloração e percentagem de polpa, teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável e
relação entre teor de sólidos solúveis totais/acidez total titulável. As análises estatísticas
foram realizadas com o uso de aplicativo computacional em genética e estatística. De cada
bloco foram selecionadas 6 famílias superiores, e destas uma planta por parcela, totalizando
18 plantas selecionadas. No primeiro ano de seleção encontrou-se maior variabilidade entre
as famílias, em comparação com o segundo ano, fator importante para a identificação das
famílias superiores. A realização das avaliações no primeiro ano de produção gera
resultados satisfatórios que se reproduzem no segundo ano, dessa forma a seleção das
famílias de irmãos completos de maracujazeiro amarelo no primeiro ano é uma
metodologia eficiente para programas de melhoramento genético de maracujazeiro. As seis
famílias que tiveram as médias agrupadas entre as dez mais elevadas para um maior
número de características foram: 5, 11, 13, 17, 18 e 19. (CNPq)
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UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / FITOTECNIA
SELETIVIDADE DE FORMULAÇÕES DE GLYPHOSATE À SOJA RR E
EFICIÊNCIA DE CONTROLE DE NABIÇA E CAPIM-COLCHÃO
Gustavo Gambarato Ferreira (Estagiário Voluntário); Lino Roberto Ferreira
(Orientador);Germâni Concenço; Leandro Galon; Alexandre Ferreira da Silva; Evander
Alves Ferreira; Ignacio Aspiazu
A prática comum entre os agricultores, na atualidade esta centrada em aplicar formulações
do herbicida glyphosate que não possuem registro para aplicação em soja geneticamente
modificada, o que poderá ocasionar injúrias à cultura e conseqüentemente perdas de
produtividade de grãos. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de formulações e
doses de glyphosate na seletividade à cultura da soja e no controle de plantas daninhas. Os
tratamentos foram distribuídos em esquema fatorial, onde o fator A testou formulações de
glyphosate (Roundup Ready®, Transorb® - sais de isopropilamina e, WG® - sal de amônio),
e o fator B comparou doses dos herbicidas (720, 1080, 1440 g e. a. ha-1), sendo aplicados
sobre as plantas daninhas; nabiça e de capim-colchão. O delineamento experimental
utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. As variáveis avaliadas foram
fitotoxicidade à cultura, aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT),
controle das plantas daninhas nabiça e capim-colchão, aos 14, 21 e 28 DAT e produtividade
de grãos da cultura. Independentemente da formulação de glyphosate utilizada na cultivar
de soja BRS 244RR, demonstraram-se seletivas a referida cultivar. A produtividade de
grãos da cultura não foi afetada pelo herbicida glyphosate, independente da formulação ou
da dose. Em média, os tratamentos com aplicação do herbicida glyphosate apresentaram
incremento na produtividade de grãos na ordem de 24%, em relação à testemunha
infestada, devido principalmente à diminuição da competição interespecífica. O controle
das plantas daninhas nabiça e capim-colchão, em geral, não diferiram da testemunha
capinada, em todas as formulações ou doses do herbicida glyphosate. O controle observado
para ambas as plantas daninhas, em todas as épocas de avaliação, foi superior a 96%, índice
considerado eficiente. O herbicida glyphosate nas formulações testadas, é seletivo a cultivar
de soja BRS 244RR, controla eficientemente as plantas daninhas nabiça e capim-colchão e
não modifica a produtividade de grãos da cultura.
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TOLERÂNCIA DIFERENCIAL DE CLONES DE EUCALIPTO À DERIVA DE
GLYPHOSATE
Christiane Augusta Diniz Melo (Bolsista Ic/Projeto); Aroldo Ferreira Lopes Machado;
Francisco Affonso Ferreira (Orientador); Lino Roberto Ferreira; Frederico Alfenas Silva
Valente Paes; Leonardo David Tuffi Santos
O contato indesejado do glyphosate com plantas de eucalipto é freqüente em aplicações
dirigidas para o controle de plantas daninhas nessa cultura. Observações à campo e
pesquisas demonstram a ocorrência de tolerância diferencial dos genótipos plantados frente
ao glyphosate. Objetivou-se neste trabalho avaliar o crescimento e a intoxicação de 15
clones de eucalipto, cedidos pela Cenibra SA e codificados como 57, 386, 911, 1206, 1207,
1213, 1326, 3635, 3733, 3748 3837, 4143, 4186 e 7074, submetidos à deriva simulada de
glyphosate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e as mudas de eucalipto
transplantadas para vasos de 6 L. Após 30 dias do transplante, o glyphosate, na dose de
129,6 g ha-1, foi aplicado diretamente sobre as plantas evitando o contato com o seu terço
superior. A intoxicação das plantas foi avaliada aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação (DAA)
e aos 30 DAA determinou-se o ganho em altura e massa seca das plantas expostas ao
herbicida em relação às testemunhas (sem herbicida). Os níveis de intoxicação das plantas
variaram de 15,75 a 52%. Em avaliações realizadas aos 14 e 21 DAA os clones 57, 386,
911 e 3635 apresentaram menor intoxicação causada pelo herbicida. Por outro lado, nestas
avaliações, os clones 1207 e 1213 foram mais sensíveis à deriva do glyphosate. Maior
crescimento, avaliado pelo ganho em massa seca e em altura, foi observado nos clones 57,
386, 911 e 1213. Já os clones 3733 e 3748 apresentaram menor incremento tanto em massa
seca quanto em altura de plantas, quando submetidos ao glyphosate. Pela comparação dos
resultados de intoxicação das plantas e redução do crescimento causado pela deriva do
glyphosate, pode-se distinguir 4 clones mais sensíveis (1207, 1213, 3733 e 3748) e três
clones mais tolerantes (57, 386 e 911) a ação desse herbicida. (CNPq, Cenibra)
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TRANSLOCAÇÃO,
ABSORÇÃO
E
EXSUDAÇÃO
GLYPHOSATE EM CLONES DE EUCALIPTO
RADICULAR
DE
Miler Soares Machado (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Lino Roberto Ferreira (Orientador);
Aroldo Ferreira Lopes Machado; Leonardo David Tuffi Santos; Juraci Alves De Oliveira;
Antonio Alberto Da Silva
Objetivou-se, neste trabalho avaliar a absorção, translocação e exsudação radicular do 14Cglyphosate por clones de eucalipto. O 14C-glyphosate foi aplicado em mistura à formulação
comercial de glyphosate (Scout®) em que 100 µL de calda contendo o 14C-glyphosate
(radioatividade de aproximadamente 0,030 µCi) e 22,68 mg e.a. vaso -1 de glyphosate
(equivalentes a 2 kg ha-1 da formulação comercial) foram espalhados uniformemente no
terceiro e quarto limbo foliar a partir do ápice caulinar. A absorção, translocação e
exsudação radicular foram avaliadas pela radioatividade do 14C-glyphosate no eucalipto,
nos intervalos de 0 (imediatamente antes da aplicação do herbicida) e com 2, 8, 32 e 72
horas após aplicação – HAA. A concentração 14C-glyphosate na folha aplicada foi
semelhante para os dois clones nas avaliações após oito HAA. A quantidade de 14Cglyphosate presente na planta foi superior no clone 2277 em todas as épocas de avaliação.
Adicionalmente, maiores quantidades do produto foram retiradas com a água de lavagem
da folha aplicada no clone 531, em comparação com o 2277, indicando que no clone 2277
houve maior absorção. Na parte aérea e no sistema radicular o 14C-glyphosate encontrado
foi semelhante entre os clones avaliados, para todas as épocas de aplicação, entretanto, com
concentrações nas raízes mais elevadas. Apenas pequena parte do total aplicado foi
exsudado para solução nutritiva (valores entre 0,78 e 1,16%), não havendo diferença entre
os clones. Conclui-se que não houve diferenças entre os clones quanto a translocação na
planta e na exsudação radicular do herbicida. A absorção diferencial pode ser uma possível
explicação para a tolerância diferencial entre os genótipos, sendo atribuída na maioria dos
casos a diferenças na estrutura e composição da cutícula. Assim, novos trabalhos
relacionados com estudo da superfície foliar dos clones, bem como sobre o metabolismo do
herbicida devem ser realizados para elucidação do comportamento do glyphosate na planta.
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TRATAMENTO PRÉ-PLANTIO DE RIZOMAS DE Heliconia psittacorum L.f.
Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos Santos (Estagiário voluntário); Sabrina Aparecida
Pinto; Affonso Henrique Lima Zuin (Orientador); Carolina Queiroz Samartini
A Helicônia, também conhecidas como Bananeirinha-da-mata, possui formato exótico e
inflorescências de alta durabilidade, sendo expressivamente comercializada como flor
tropical. Sua propagação se dá através da divisão de rizomas, mais comumente. A
comercialização de rizomas pré-geminados é uma alternativa plausível, que fornecerá ao
produtor maior homogeneidade e aceleração no início da produção. Este experimento foi
conduzido na Universidade Federal de Viçosa no setor de floricultura sob ambiente
protegido e úmido –câmara de nevoeiro – e teve como objetivo detectar o diâmetro ideal de
rizomas para a produção de plantas saudáveis e vigorosas com baixo custo para o produtor.
A espécie escolhida foi a Heliconia psittacorum L.f., planta ereta e indicada para flor de
corte e vaso. O substrato utilizado para a estratificação dos rizomas foi a casca de arroz
carbonizada. O tratamento teve duração de três meses e o turno de rega na câmara de
nevoeiro foi de 15 minutos, com duração de dois minutos, mínima para evitar
encharcamento. Todos os rizomas foram padronizados com 10 cm de comprimento assim
como os pseudocaules. Assim para cada rizoma escolhido obtinham-se em média cinco
gemas ativas. Os diâmetros do rizoma variavam de 6,4 a 14,6 mm. Após o tratamento
percebeu-se que os rizomas de diâmetros entre 6,5 mm e 9,5 mm e os acima de 12,5
emitiram raízes e geraram brotações mais rápida e vigorosamente, enquanto que os de
diâmetro de 8,5 mm a 9,5 mm e 11,5 mm a 12,5 mm foram mais tardios. Assim,
considerando-se também as dimensões e peso, os diâmetros entre 6,5 mm e 8,5 mm são os
mais indicados para a venda de propágulos vegetativos para a produção desta espécie de
helicônias.
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USO DE DESCRITORES ADICIONAIS NA DIFERENCIAÇÃO DE TRÊS
CULTIVARES DE SOJA
Raphael de Avelar Barbosa Lopes (Estagiário Voluntário); Tuneo Sediyama (Orientador);
Alberto Souza Boldt; Ana Paula Oliveira Nogueira; Rita de Cassia Teixeira; Eder Matsuo
O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de novos descritores em diferenciar três
cultivares de soja. O ensaio foi conduzido no período de janeiro a fevereiro de 2007 em
condições de casa-de-vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de
Viçosa. Foram avaliadas as cultivares Conquista, MSOY 9001 e P98C81. Utilizou-se o
delineamento experimental em blocos casualizados com seis repetições, sendo as parcelas
constituídas de cinco plantas cultivadas em vasos de 3 litros de capacidade. As
características avaliadas foram comprimento do pecíolo da folha unifoliolada; comprimento
do internódio; comprimento do pecíolo e da raque do primeiro trifólio. Os dados obtidos
foram submetidos à análise de variância pelo teste F, sendo as diferenças entre médias de
tratamentos comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. O
comprimento do pecíolo da folha unifoliolada permitiu a distinção entre as cultivares
MSOY 9001(20,26 mm), Conquista (17,26 mm) e P98C81 (12,64 mm). As cultivares
também diferiram estaticamente entre si para característica comprimento do internódio.
Para a característica comprimento do pecíolo do primeiro trifólio obteve-se diferenças
significativas, com os valores 57,51 mm e 75,33 mm para as cultivares Conquista e
P98C81, respectivamente. A cultivar MSOY 9001 apresentou maior comprimento da raque
(11,78 mm), diferindo estatisticamente das cultivares Conquista e P98C81. Concluiu-se que
os novos descritores mostraram-se eficientes na discriminação das três cultivares.
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VARIABILIDADE DO COMPRIMENTO DO HIPOCÓTILO EM VINTE E CINCO
GENÓTIPOS DE SOJA
Robson Shigueaki Sasaki (Estagiário Voluntário); Tuneo Sediyama (Orientador); Márcio
Yoshiyuki Kanashiro; Alberto Souza Boldt; Ana Paula Oliveira Nogueira; Rita de Cassia
Teixeira; Silvana Rizza Ferraz e Campos; Daniela de Moraes Aviani
Para obtenção do certificado de proteção de uma cultivar, junto ao Serviço Nacional de
Proteção de Cultivares, é necessário comprovar que esta se distingue das demais a partir de
uma margem mínima de descritores. Em soja são utilizados trinta oito descritores entre os
obrigatórios e os adicionais, no entanto, estes tornaram-se insuficientes para distinguir as
cultivares. Desta forma, objetivou-se avaliar o comprimento do hipocótilo, nos estádios
VC, V1 e V2 para verificar a sua utilidade na diferenciação de cultivares. O experimento
foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa, em condições de casa de vegetação, nos
meses de janeiro e fevereiro de 2007. Os tratamentos foram constituídos de 25 genótipos de
soja procedentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento e do Campo
Experimental Bacuri, dispostos em um delineamento em blocos casualizados, com seis
repetições. Cada unidade experimental foi constituída por cinco plantas, cultivadas em vaso
contendo 2/3 de solo e 1/3 de matéria orgânica. A profundidade de semeadura foi de 3 cm.
Os dados foram submetidos à análise estatística com o programa Genes. Observou-se
efeitos significativos ao nível de 1% de probabilidade em todos os estádios de avaliação. Os
coeficientes de variação foram inferiores a 6,5%. A média para comprimento de hipocótilo
em VC variou de 3,75 cm (BRS-213) até 8,94 cm (BRS-232), no estádio V1 variou de 4,03
cm (BCR110A) até 8,64 cm (BCR110D) e, em V2 variou de 3,93 cm (BCR110A) até 8,77
cm (BRS-232). Concluiu-se, que é possível diferenciar cultivares de soja por meio do
comprimento do hipocótilo.
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