Protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em pacientes com

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Danila Vieira Baldini Cano
PROTOCOLO ELETRÔNICO DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM
PACIENTES COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE
Dissertação apresentada ao Curso de Pós –
Graduação da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo para obtenção do
título de mestre.
São Paulo
2011
Danila Vieira Baldini Cano
PROTOCOLO ELETRÔNICO DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM
PACIENTES COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE
Dissertação apresentada ao Curso de Pós–Graduação da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo para obtenção do título de mestre.
Área de Concentração: Ciências da Saúde
Orientador: Prof. Dr. Osmar Avanzi
Co-orientador: Prof. Dr. Osvaldo Malafaia
São Paulo
2011
FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca Central da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Cano, Danila Vieira Baldini
Protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em
pacientes com escoliose idiopática do adolescente./ Danila
Vieira Baldini Cano. São Paulo, 2011.
Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em
Ciências da Saúde.
Área de Concentração: Ciências da Saúde
Orientador: Osmar Avanzi
Co-Orientador: Osvaldo Malafaia
1. Escoliose 2. Adolescente 3. Modalidades de fisioterapia 4.
Protocolos 5. Registros eletrônicos de saúde
BC-FCMSCSP/52-11
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, na pessoa do Diretor
Prof. Dr. Ernani Geraldo Rolim pelo apoio à concretização deste trabalho.
À Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na pessoa do provedor Dr.
Kalil Rocha Abdalla, pela contribuição para a minha formação profissional.
À Universidade Federal do Paraná, na pessoa do Prof. Dr. Osvaldo Malafaia, pelo apoio
à realização deste projeto.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Osmar Avanzi professor adjunto da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo e Diretor do Departamento de Ortopedia e
Traumatologia da Santa Casa de São Paulo, pela confiança, incentivo e orientação que
possibilitaram a concretização deste trabalho.
Ao meu co-orientador, Prof. Dr. Osvaldo Malafaia, pelo apoio e disponibilidade e pela
oportunidade de fazer parte deste projeto.
À Prof. Dra. Vera Lúcia dos Santos Alves professora assistente da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e chefe do serviço de fisioterapia do
Hospital Santa Izabel, pela amizade, estímulo e dedicação à viabilização deste trabalho.
Ao Prof. Dr. José Simão de Paula Pinto diretor do Centro de Computação Eletrônica da
Universidade Federal do Paraná, pelo suporte à elaboração do Protocolo Eletrônico.
Ao fisioterapeuta Dr. Faruk Abrão Kalil Filho, pelo auxílio e dedicação à elaboração
deste projeto.
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
CPT
capacidade pulmonar total
CRF
capacidade residual funcional
CV
capacidade vital
CVF
capacidade vital forçada
EIA
escoliose idiopática do adolescente
FEF
fluxo expiratório forçado
PaCO2
pressão arterial de dióxido de carbono
PaO2
pressão arterial de oxigênio
Pemáx
pressão expiratória máxima
Pimáx
pressão inspiratória máxima
SINPE
Sistema Integrado de Protocolo Eletrônico
V/Q
ventilação/perfusão
VEF1
volume expiratório forçado no 1º segundo
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1.
Revisão da literatura .................................................................................................. 3
2.
OBJETIVOS: ..................................................................................................................... 10
3.
MATERIAL E MÉTODO ..................................................................................................... 11
3.1.
Criação da base de dados clínicos nas deformidades vertebrais ............................... 11
3.2.
Informatização da base teórica de dados clínicos ..................................................... 12
3.3. Implantação da base teórica de dados clínicos, no protocolo mestre e confecção dos
protocolos específicos (SINPE©). ........................................................................................ 15
3.4. Incorporação do protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em pacientes com
deformidades da coluna vertebral no SINPE ........................................................................ 16
3.5.
Interpretação das coletas de dados com demonstração dos resultados. .................. 18
4.
RESULTADOS ................................................................................................................... 19
5.
DISCUSSÃO...................................................................................................................... 57
6.
CONCLUSÕES .................................................................................................................. 64
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ....................................................................................... 65
FONTES CONSULTADAS ........................................................................................................... 71
RESUMO ................................................................................................................................. 72
ABSTRACT ............................................................................................................................... 73
LISTAS E APÊNDICE.................................................................................................................. 74
1. INTRODUÇÃO
A função pulmonar pode ser prejudicada nos pacientes com escoliose grave. As
disfunções encontradas na mecânica pulmonar, nos volumes e nas trocas gasosas estão
relacionadas com a gravidade da curvatura da coluna(1, 2).
A escoliose idiopática é a forma mais comum de desvio postural. Entre os
adolescentes, dois a cada mil possuem um desvio postural acima de 20°(2). A escoliose
idiopática do adolescente (EIA) em sua forma grave pode levar a insuficiência
respiratória e alterações na gasometria arterial atribuídas à hipoventilação alveolar que
ocorre como resultado de um volume corrente diminuído e da frequência respiratória
aumentada. No entanto, a alteração mais comum encontrada na gasometria arterial é a
redução da pressão arterial de oxigênio (PaO2), com valores normais de pressão arterial
de dióxido de carbono (PaCO2).
A relação ventilação-perfusão alterada está
diretamente relacionada com a deformidade da caixa torácica, sendo a principal causa
de disfunção na troca de gasosa em pacientes jovens com escoliose (3, 4).
Os volumes pulmonares ficam prejudicados e a deterioração ocorre em um
padrão coerente a pneumopatia restritiva. A capacidade pulmonar total (CPT) nos
pacientes com EIA é muito pequena com diminuições características nos componentes
da capacidade vital (CV), capacidade inspiratória (CI) e volume de reserva expiratória
(VRE). Esses volumes frequentemente são diminuídos em um grau maior que o volume
residual (VR), que pode ser normal ou apenas moderadamente diminuído(3-5).
A geometria da deformidade da caixa torácica é fator importante na diminuição
de sua complacência, resultando em expansão diminuída do parênquima pulmonar.
Portanto a complacência reduzida do sistema respiratório faz com que ocorra
diminuição dos volumes pulmonares(3).
2
Outro fator importante na alteração da função respiratória é o desempenho
prejudicado dos músculos respiratórios. Normalmente observa-se diminuição da pressão
inspiratória máxima (Pimáx) e valores normais de pressão expiratória máxima (Pemáx).
Isto ocorre em função dos músculos inspiratórios trabalharem em desvantagem
mecânica devido à deformidade do tórax(5,6).
Em 1995, o Prof. Dr. Osvaldo Malafaia criou o Sistema Integrado de Protocolo
Eletrônico (SINPE) com a finalidade de padronizar e realizar coletas de dados de forma
prospectiva, otimizando o tempo e produzindo estudos com maior qualidade. Assim
surgiu na Universidade Federal do Paraná a linha de pesquisa de protocolos eletrônicos.
O presente estudo relacionado à fisioterapia respiratória em pacientes com
escoliose idiopática do adolescente faz parte desta linha de pesquisa. A escolha de tal
tema para desenvolvimento deste protocolo eletrônico fundamentou-se na alta
incidência de disfunções pulmonares em pacientes portadores de escoliose idiopática do
adolescente e na carência de padronização na avaliação da função pulmonar e no seu
tratamento fisioterapêutico.
Torna-se muito importante que o protocolo de atendimento ao adolescente com
escoliose idiopática com disfunções respiratórias seja de fácil manuseio para que
possamos aprimorar nossas técnicas e otimizar a resposta terapêutica do paciente.
3
1.1. Revisão da literatura
A escoliose idiopática é a mais comum de todas as formas de desvio lateral da
coluna vertebral e por estar associada à rotação de corpos vertebrais promove uma
distorção no gradeado costal que possibilita o aparecimento de disfunções pulmonares.
Pode ser dividida em três categorias: a infantil, quando detectada até os três anos de
idade; a juvenil, entre três e dez anos de idade e a do adolescente, quando acima de dez
anos de idade(1,7,8).
A maioria das escolioses idiopáticas caracteriza-se como a do adolescente,
descobertas durante a fase da puberdade(7,9). As curvas tendem a acentuar-se durante a
adolescência em consequência do rápido crescimento nessa fase e do efeito
desestabilizador sobre a coluna encurvada(8).
Nas escolioses, o padrão típico dos volumes pulmonares é a redução na CPT,
CV, capacidade residual funcional (CRF), VEF1 e relação normal VEF1/CVF(10-12). A
explicação mecânica mais simples para a redução do volume pulmonar é a rigidez
aumentada (complacência reduzida) da parede torácica(13).
A caixa torácica apresenta íntima relação com os pulmões, pois unidos pelas
pleuras parietal e visceral, que se acoplam uma à outra, e por ligamentos que os unem
aos músculos intercostais, diafragma e às costelas, atuam de forma harmoniosa e
sincronizada(14-16).
A forma e a posição da coluna vertebral, bem como a integridade das vértebras e
das articulações torácicas, são fundamentais para manter a orientação adequada das
costelas e de seus eixos. Os próprios movimentos da coluna modificam a mobilidade
das costelas. É por isso que a coluna em extensão favorece o ato inspiratório e que a
4
coluna em flexão favorece o ato expiratório. Desta forma na escoliose, a extensão de
movimento é maior no lado côncavo e obviamente, menor no lado convexo (17).
O músculo diafragma possui importante ação durante a inspiração, inserido nas
costelas inferiores. Quando contrai, o conteúdo abdominal é forçado para baixo e para
frente e a dimensão vertical da cavidade torácica é aumentada. Além disso, as margens
das costelas são levantadas e movidas para fora, causando aumento no diâmetro
transverso do tórax(16-19). Na escoliose, a distorção dos pontos normais de fixação do
diafragma e dos músculos intercostais leva à redução da eficiência dos músculos
inspiratórios ocasionando a restrição da expansão pulmonar. A menor eficiência da
função muscular pode ser tão ou mais importante que o grau de curvatura na
determinação da CV(13).
A complacência pulmonar sofre influência da postura corporal como resultado
dos efeitos da gravidade sobre a mecânica respiratória. Assim, a postura assimétrica do
tronco gera deformidades torácicas comprometendo o aspecto e a qualidade de vida,
podendo tornar–se doença grave caso comprometa as funções cardiorrespiratórias(20).
Segundo Costa(21), a ventilação pulmonar está diretamente relacionada com as
curvaturas da coluna vertebral e com a má formação do tórax, ou alterações da
mobilidade torácica. Dentre essas alterações destaca-se a escoliose.
A escoliose idiopática apresenta alteração da função pulmonar restritiva(10, 22),
com alterações na mecânica e nos volumes pulmonares, nas trocas gasosas e no controle
da respiração(10). A diminuição da função pulmonar tem sido correlacionada com a
gravidade da curvatura vertebral(5,13, 23-28).
A disfunção na troca gasosa ocorre em pacientes com curvas graves, que podem
apresentar distúrbios cardiorrespiratórios graves, podendo levar até mesmo a morte (7, 31-
5
33)
. Três mecanismos importantes podem contribuir para a hipoxemia: desequilíbrio
ventilação-perfusão (V/Q), limitação da difusão e hipoventilação alveolar.
A piora progressiva do desequilíbrio V/Q ocorre com a gravidade crescente da
escoliose e com a idade(3) e pode estar associada
com maior pressão na artéria
pulmonar, hipercapnia, resposta anormal à estimulação de CO2 e maior trabalho
respiratório(34,35). A falência ventilatória provoca obstrução e hipoxemia, que pode
resultar em cor pulmonale, no qual há insuficiência cardíaca de origem pulmonar (35-39).
Vários autores que estudam o efeito do tratamento cirúrgico da escoliose sobre a
função pulmonar, observam que a correção cirúrgica de diminuição do grau de
deformidade não mostra melhora significativa na função pulmonar no pós-operatório
em relação ao pré-operatório(26,39-51). A realização de fisioterapia respiratória não foi
mencionada nestes estudos.
Em 2006, Alves et al estudam 34 adolescentes com escoliose idiopática com
curvatura angular entre 45 e 88 graus. Os pacientes foram avaliados em relação à
mensuração da giba torácica, à prova de função pulmonar, ao teste de caminhada de seis
minutos, à mensuração do pico de fluxo expiratório e às avaliações radiográficas do
tórax e da coluna. Os pacientes realizaram um programa de fisioterapia (treinamento
físico) três vezes por semana durante quatro meses e foi concluído que os pacientes
apresentaram melhora na prova de função pulmonar de forma significante, melhor
desempenho no teste de caminhada de seis minutos e na avaliação do pico de fluxo
expiratório(52).
Outros estudos, menos abrangentes também relatam melhora da força muscular
respiratória com treinamento muscular com uso de threshold (54,55).
6
Sabendo da importância da fisioterapia respiratória para pacientes com escoliose
idiopática do adolescente que apresentam curvaturas torácicas graves e doença
pulmonar restritiva e de que são poucos os trabalhos sistematizados sobre este tema,
percebemos a relevância de criar um protocolo eletrônico que padronize e acompanhe a
atuação fisioterapêutica.
A criação de um banco de dados clínicos informatizado com a capacidade de
coletar informações dos pacientes de forma prospectiva e com possibilidade de resgate e
cruzamento dessas informações viabiliza a produção de estudos científicos de
qualidade, com credibilidade e menor tempo.
Um protocolo é a forma comumente utilizada pelo meio médico para a obtenção
de dados. Considera-se protocolo questionários padronizados a serem seguidos no
levantamento de dados(56). Ele é elaborado a partir de evidências e a seleção dos itens
que irão compô-lo é um processo trabalhoso e de extrema responsabilidade(57). É escrito
para estruturar a recuperação de dados necessários às pesquisas e justificam-se porque a
maioria dos sistemas de informação hospitalar são voltados a dados administrativos, não
privilegiando as pesquisas clínicas(58, 59).
O protocolo eletrônico está alinhado com modernas técnicas de gestão do
conhecimento que sugerem mecanismos para evitar a duplicação de trabalho, favorecer
a colaboração entre pessoas, evitar a perda de conhecimento caso uma pessoa seja
desligada do processo e facilitar o treinamento de pesquisadores(60).
Segundo Shiffman, 1999, “nota-se em grande parte das pesquisas interesse
somente na análise dos dados finais. Em função disto, os protocolos em si são muitas
vezes deixados em segundo plano. Porém, nota-se ainda que existe repetição de
informações comuns, as quais poderiam ser reutilizadas de protocolos anteriores,
juntamente com suas referências bibliográficas, facilitando a consecução de novas
7
pesquisas”(61). Análises simples sugerem que existe grande quantidade de dados comuns
em determinadas áreas, os quais são simplesmente repetidos em novos modelos (62).
Segundo Shortliffe, 1990, “a informática médica é o campo científico que trata
do armazenamento, da recuperação e do uso otimizado das informações, gerando
conhecimento para resolução rápida de problemas e tomadas de decisões”(63). Horgarth,
1998, destaca também que “a informática médica depende da informação clínica e de
como ela é coletada, armazenada e interpretada. Para isso, há a necessidade de formação
de instrumentos capazes de manipular as informações geradas a partir de observações
clínicas. As vantagens de um sistema de registro médico sem papel são facilmente
percebidas, uma vez que toda informação disponível é digitalizada e passa ser de fácil
manipulação”(64).
Durante muitos anos, médicos e investigadores utilizavam tabelas e gráficos
manuais para o trabalho de processar dados e problemas empregados nas pesquisas
ambulatoriais, estatísticas e estudos epidemiológicos. Estas técnicas são limitadas pela
quantidade e pelo tipo de informação que pode ser manejada e disponibilizada (65,66).
Barnett, em 1984, analisou a introdução e a comparação de prontuários médicos
computadorizados e manuais e concluiu que o potencial oferecido pelos sistemas de
dados computadorizados e a necessidade de melhoramento do gerenciamento de dados
na prática clínica ambulatorial, fazem necessário o desenvolvimento de sistemas e
programas de fácil entendimento e uso. Evidenciou que, mesmo os médicos preferindo
padrões de manejo de informações desenvolvidos há décadas, há a tendência de
predomínio de sistemas baseados em computadores(67).
Há então crescente necessidade de que estes dados passem a ser informatizados,
para que sua recuperação possa ser feita de maneira simples e desta forma, a pesquisa
científica e o ensino médico possam ser facilitados e estimulados (68).
8
Na área da fisioterapia os protocolos de tratamento são utilizados comumente
pelos profissionais para obtenção de dados, elaborados através das evidências clínicas.
Porém não são armazenados corretamente e muitos dados são perdidos. O uso de
protocolos eletrônicos em pesquisa não só tem melhorado a qualidade da informação,
como também aumentam a taxa de precisão dos registros. Tais sistemas têm condições
de fazer verificações dos dados na entrada e só aceitam aqueles que respeitam o
domínio para o qual foram definidos(69).
Além disso, o uso de protocolos eletrônicos contribui para a redução de erros na
coleta de dados, diminui a quantidade de papel e espaço físico para armazená-los e
consequentemente os custos relativos da pesquisa. A tecnologia atual, permite a
disponibilização dos protocolos via internet, facilitando os trabalhos multicêntricos(70).
O Sistema Integrado de Protocolos Eletrônicos (SINPE©), idealizado pelo Prof.
Dr. Osvaldo Malafaia, é um programa de computador construído para o gerenciamento
de protocolos eletrônicos, desenvolvido em 1995 por necessidade da Pós-Graduação em
Clínica Cirúrgica do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná(71).
Em 1999, foi implantada pelo Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica
daquela universidade com auxílio do Laboratório de Informática e Multimídia a linha de
pesquisa denominada “Protocolos Eletrônicos Informatizados”. O SINPE© é
propriedade intelectual do Prof. Dr. Osvaldo Malafaia e registrado no Instituto Nacional
de Propriedade Industrial - INPI sob o numero 00051543.
Em 2005, Borsato cria a terceira versão do SINPE© que além de correções
estruturais traz várias características adicionais em relação aos programas das versões
anteriores, dentre elas um maior gerenciamento dos usuários, uso em ambiente multiinstitucional, melhora da qualidade das pesquisas clínicas, uso em diversos tipos de
dispositivos e possibilidade de manipulação de itens de multimídia(71).
9
Ainda no ano de 2005, Pinto em sua tese de doutorado, projeta e programa uma
interface de visualização de informações integrável ao SINPE©. Essa interface gerou
relatórios de análise, árvores de conhecimento para a incidência de coletas e de itens
não utilizados e gráficos de forma automática. A interface de visualização é eficaz e
simples de utilizar, oferecendo boa maneira de acompanhar pesquisas(58).
O Prof. Dr. Osmar Avanzi em conjunto com o Prof. Dr. Osvaldo Malafaia
trouxeram essa linha de pesquisa para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
de São Paulo onde alunos da pós-graduação dos Departamentos de Ortopedia e
Ginecologia também estão utilizando o SINPE© para a elaboração de suas teses e
dissertações.
10
2. OBJETIVOS:
1. Criar uma base de dados clínicos da fisioterapia respiratória em pacientes com
escoliose idiopática do adolescente.
2. Informatizar e armazenar estes dados clínicos por meio da utilização de um
programa de computador chamado de protocolo eletrônico.
3. Incorporar este protocolo eletrônico ao SINPE© (Sistema Integrado de
Protocolos Eletrônicos).
4. Analisar um projeto piloto com interpretação dos resultados.
11
3. MATERIAL E MÉTODO
O protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória na escoliose idiopática do
adolescente é um estudo descritivo e a metodologia aplicada em seu desenvolvimento
está dividida em cinco fases principais que perfazem nossos objetivos: criação da base
teórica de dados clínicos de deformidades da coluna vertebral; informatização da base
teórica de dados clínicos; implantação da base teórica de dados clínicos no protocolo
mestre e confecção do protocolo específico; incorporação do protocolo eletrônico de
fisioterapia respiratória na escoliose idiopática do adolescente no SINPE© e
interpretação das informações com demonstração dos resultados em um projeto piloto.
Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa em seres humanos
da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (anexo 1).
3.1. Criação da base de dados clínicos nas deformidades vertebrais
Inicialmente foi instituída e formatada uma base de dados teóricos sobre as
deformidades vertebrais, por meio da revisão bibliográfica e coleta de dados na
literatura específica para que fosse elaborado o protocolo eletrônico.
Nessa etapa foi realizada a revisão de livros-texto e dos artigos publicados em
revistas indexadas referente ao tema. Foi criada então uma base de dados clínicos nas
deformidades vertebrais, destacando a escoliose, seus tipos, a função respiratória,
avaliação, exame físico e tratamentos existentes, cirúrgicos e não cirúrgicos.
12
3.2. Informatização da base teórica de dados clínicos
O SINPE© utiliza o sistema de gerenciamento de dados Access® da Microsoft®,
que permite o desenvolvimento de aplicações que envolvem tanto a modelagem e
estrutura de dados como também a interface utilizada pelos usuários. A linguagem de
programação aplicada no SINPE© é a C# (C-Sharp), empregando a tecnologia.net da
Microsoft®.
A instalação deste programa em cd ROM é simples, necessitando para isto de
computadores com configuração mínima com sistema operacional Microsoft Windows
98®, com mínimo de 32 megabytes de memória RAM e disco rígido (hard disk drive),
com mínimo de 500 megabytes disponíveis.
No SINPE© a construção do protocolo inicia-se pelo protocolo mestre, um
agrupamento hierárquico de itens. Cada item possui um conjunto próprio de
informações, as quais são:

Descrição – representação escrita sobre o item do protocolo;

Explicação – esclarecimento sobre o objetivo do item no protocolo,
auxiliando o usuário no momento da coleta de dados;

Tipo de seleção – define a seleção do item em sua família (mesmo grupo
hierárquico) é de única ou múltipla seleção;

Tipo de dado suportado – define o tipo de informação que o item suporta
(como data e hora, numérico, textual ou lógico), útil para que o coletor
forneça apenas informações solicitadas;

Suporte de elementos de multimídia – informa que um item pode conter
elementos de multimídia (imagem, som e vídeo).
13
Caso um item tenha sido inserido erroneamente, é possível excluí-lo do
protocolo mestre, sendo que os subitens também serão eliminados.
A construção dos protocolos específicos está baseada na seleção dos itens
contidos no protocolo mestre. O protocolo específico pode representar uma doença, ou
parte dela, um tipo de tratamento, uma avaliação específica, que são originados do
protocolo mestre. Em nosso protocolo, a função pulmonar de pacientes com escoliose
idiopática do adolescente constitui o protocolo específico.
Existem algumas regras para a construção de protocolos específicos. Ao
selecionar um item do protocolo mestre para que este faça parte do protocolo específico,
será adicionado automaticamente todos os itens anteriores na hierarquia (itens pais) e
todos os seus subitens (itens filhos). Sendo assim, somente os itens no mesmo nível
(itens irmãos) não serão adicionados automaticamente. A exclusão de itens também é
permitida do protocolo específico desde que sejam excluídos do protocolo mestre.
Todos os filhos do item excluído serão removidos. Contudo se já houver coletas de
dados de pacientes para aquele item, o SINPE© impede sua exclusão, pois implicaria
em perda de dados de informações coletados.
Após a seleção de informações coletadas na literatura, foi feita uma seleção e
agrupamento de dados na avaliação e tratamentos realizados pela fisioterapia
respiratória nos pacientes diagnosticados com escoliose idiopática do adolescente,
facilitando assim a coleta de informações clínicas para pesquisas científicas de
qualidade e objetividade, com preenchimento simples, rápido e eficaz por parte do
usuário.
Os dados pessoais de identificação coletados dos pacientes foram: nome, data de
nascimento, sexo, número do prontuário e registro pessoal, data da alta ou óbito do
paciente. Essa identificação do paciente é padrão em todos os protocolos do SINPE©. A
14
partir destas informações, todo o protocolo será formulado de forma fechada, ou seja,
com opções diretas para o reconhecimento do usuário, permitindo futura pesquisa dos
resultados após a coleta e introdução de casos clínicos.
Após a instalação do SINPE©, o programa solicita ao usuário o código de
acesso, o login, senha e a instituição a que pertence. Se as informações estiverem
válidas, o SINPE© libera o acesso ao sistema, de acordo com as permissões de acesso
do usuário.
Existem quatros tipos de permissões que podem ser concedidas aos usuários
para cada protocolo. Estas permissões são:
- Administrador: permite que o usuário defina os itens de um protocolo mestre e dos
protocolos específicos; colete dados de pacientes para as doenças cadastradas nos
protocolos específicos; realize pesquisas sobre os dados coletados e altere os protocolos
quando necessário;
-Visualizador: permite apenas a visualização dos itens do protocolo mestre e dos
protocolos específicos;
-Coletor: permite ao usuário apenas coletar dados para os protocolos cadastrados nos
protocolos específicos;
-Pesquisador: permite que o usuário realize pesquisas de dados nas coletas realizadas.
Encontra-se disponível para consulta o manual do usuário do SINPE©, Sistema
Integrado de Protocolos Eletrônicos, que facilita a compreensão e controle de usuários e
seus respectivos acessos.(72).
15
3.3. Implantação da base teórica de dados clínicos, no protocolo mestre e
confecção dos protocolos específicos (SINPE©).
Depois de selecionar o protocolo mestre, acessa-se a opção inserir colocando o
nome, protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em pacientes com escoliose
idiopática do adolescente e sua respectiva área de atuação, fisioterapia. O sistema
utilizado para carregar a base teórica de dados clínicos no protocolo mestre é baseado
em conjunto de dados, dispostos de forma hierarquizada, em itens e subitens
distribuídos em diferentes gerações, criados através de dois comandos: o comando
adicionar irmão e o comando adicionar filho.
Inicia-se a configuração do protocolo mestre. A etapa posterior é a inserção dos
subitens, denominados de filhos, que pertencem a uma geração posterior. O SINPE©
permite a visualização dos itens em uma estrutura de árvore em que é representado pelo
sinal de positivo (+) à esquerda do item, indicando que este possui filhos (subitens). Os
itens inseridos no protocolo mestre podem ser modificados a qualquer momento pelo
usuário administrador, através dos comandos remover e atualizar.
Foram inseridos, no protocolo mestre, 1218 itens na base teórica de dados
clínicos de fisioterapia respiratória nas deformidades da coluna vertebral.
Os protocolos específicos são criados através do comando selecione um
protocolo específico. Para alcançar o objetivo deste trabalho foi criado o protocolo
específico da função respiratória em pacientes com escoliose idiopática do adolescente.
Portanto, à partir do protocolo mestre de fisioterapia respiratória nas deformidades da
coluna vertebral foi possível criar os itens do protocolo específico, usando o comando
de uma seta direcionada para a direita, selecionando os itens e subitens contidos no
protocolo mestre. Semelhante ao protocolo mestre estes itens podem ser modificados a
qualquer momento.
16
A coleta de dados pelo usuário coletor inicia-se com o cadastramento do
paciente, através do comando paciente, localizado na parte superior da tela,
apresentando os principais dados para um cadastro.
O comando dados, localizado na parte superior da tela, é usado para coletar
dados clínicos neste protocolo de fisioterapia respiratória nas deformidades da coluna
vertebral e para futuras pesquisas, permitindo opções para delimitação da pesquisa, com
os dados coletados dos protocolos específicos.
3.4. Incorporação do protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em
pacientes com deformidades da coluna vertebral no SINPE
Todos os itens do protocolo mestre (1218 itens) de fisioterapia respiratória nas
deformidades da coluna vertebral foram informatizados e incorporados ao SINPE©,
através um programa de computador desenvolvido para a criação e a manipulação do
protocolo mestre e dos protocolos específicos. O programa possibilita aos pesquisadores
que criam os protocolos (mestre e específico) realizarem tarefas à distância pela internet
ou por redes locais.
O SINPE© permite também que os dados dos protocolos específicos sejam
coletados em ambiente multicêntrico (várias instituições de serviço de saúde),
armazenando estes dados em um banco de dados central. Desta forma, possibilita a
realização de pesquisas prospectivas multicêntricas on-line.
As pesquisas podem ser delineadas através de diversos parâmetros que serão
delimitados pelo pesquisador responsável. O resultado destas pesquisas será o
levantamento estatístico de dados coletados para o protocolo específico utilizado.
17
Os dados pesquisados podem ter vários parâmetros, tais como: o período da
coleta, os itens coletados, dentre outros, definidos pelo pesquisador/especialista. Este
levantamento estatístico é produto de um determinado protocolo específico.
Ao pesquisador/especialista da área de saúde é permitida uma grande variação e
flexibilidade na escolha dos itens de dados a serem pesquisados. É permitido apenas ao
usuário administrador inserir novos itens de dados aos protocolos existentes no
SINPE©.
O SINPE©, por ser multicêntrico, não permite que o cadastro de identificação
dos pacientes (de uma determinada instituição) possa ser visualizado por instituições
diferentes, por questão ética.
O desenvolvimento do SINPE© permite que sejam construídos outros
programas para manipulação de protocolos, tais como:
1- Programas para a internet browser (ex: Internet Explorer)
2 - Programas para construção móvel (ex: ”pocket PC, telefone celulares, etc.)
3 – A flexibilidade de acesso ao SINPE© é possível pela estrutura do programa que foi
definida da seguinte forma:

Banco de dados: armazena as informações da base eletrônica.

Núcleo do sistema (protocol – framework): que manipula e gerencia as
informações dos protocolos.

Interface para o usuário: que permite ao usuário (profissionais da saúde) utilizar
o sistema para construir e definir a sua base eletrônica. Esta interface foi
desenvolvida para sistemas operacionais “Microsoft Windows 98®” ou superior
e, atualmente, está em testes programa para internet (executada em browser) e
computadores de mão (Pocket PC e Palm Top).
18
3.5. Interpretação das coletas de dados com demonstração dos resultados.
A interpretação foi resultante do estudo piloto de coletas de dados clínicos
retrospectivos relacionados ao protocolo específico de fisioterapia respiratória em
pacientes com escoliose idiopática do adolescente, com amostragem total de 10 coletas.
Posteriormente interpretadas e demonstradas através de gráficos pelo módulo SINPE
Analisador©, programa desenvolvido pelo Prof. Dr. José Simão de Paula Pinto. O
programa analisou automaticamente o protocolo específico selecionado, gerando
gráficos, estatísticas e ficha de análise.
19
4. RESULTADOS
Para que os resultados tornem-se compreensíveis, serão visualizados por meio de
figuras correspondentes às telas configuradas no computador que apuram o protocolo
eletrônico de fisioterapia respiratória na escoliose idiopática do adolescente. É possível
acompanhar os resultados pelo CD-ROM que está anexado a essa dissertação.
A Figura 1 mostra a pasta de acesso do SINPE©. Ao clicá-la inicia o programa.
FIGURA 1 – Pasta de acesso ao SINPE©
Em seguida, aparecerá na tela a Seleção da conexão. Existem dois tipos de
conexão: a local (baseia-se em dados locais) e a remota (que necessita da rede de
internet). Para sair do programa, clica-se no botão sair. Para dar continuidade, após a
escolha de seleção clica-se em avançar (Fig. 2).
20
FIGURA 2 – Seleção da conexão
A próxima tela que abrirá é o login do usuário, ferramenta de segurança do
programa (Fig. 3). Nessa tela o usuário identifica-se com o seu login, sua senha e a
instituição a que pertence. Com esses dados, o programa identifica o tipo de usuário
(administrador, visualizador, coletor ou pesquisador). Para retornar à tela anterior clicase no botão voltar e para continuar clica-se em avançar.
FIGURA 3- Login do usuário.
Na figura 4 o programa reconhece o usuário e solicita que seja selecionado o
protocolo mestre que será trabalhado ou a possível criação de um novo protocolo. Essa
tela também possibilita o cadastramento de novos usuários. Para isto, deve-se informar
a instituição e a permissão que lhe será concedida. Cabe lembrar que somente o usuário
administrador poderá ter acesso ao protocolo mestre.
21
FIGURA 4- Seleção do protocolo mestre.
A tela principal dos controles do SINPE© é demonstrada na figura 5 onde
observamos na parte superior a barra de menus que contém os seguintes itens:

Protocolos - opta-se pelo mestre ou especifico;

Dados - possibilita a coleta ou simulação de uma coleta, pesquisa nos
itens coletados e o extrato de coletas efetuadas.

Pacientes - realiza-se o cadastro dos pacientes.

Médicos - dados dos médicos que acompanham os pacientes.

Parâmetros - possibilita visualizar os usuários, as permissões
concedidas, as instituições envolvidas, as unidades de domínio e as taxas.

Ajuda - oferece auxílio no sistema de protocolos.
Na parte inferior da tela observa-se o nome do usuário, a instituição, o protocolo,
o tipo de usuário e informações sobre a conexão.
22
FIGURA 5- Tela principal do SINPE©
Na tela principal do SINPE, selecionando na barra de menus a opção protocolos
o usuário administrador terá acesso ao protocolo mestre ou específico (Fig. 6). O
usuário opta pelo protocolo mestre.
Figura 6- Seleção do protocolo mestre.
A figura 7 exibe os dados do protocolo mestre, data de criação, última
atualização, área da saúde a que pertence e total de itens deste protocolo mestre.
Aparece também na parte inferior da tela, teclas de adicionar irmão (refere-se ao
item principal), adicionar filho (refere-se aos subitens), remover (retirar itens) e
atualizar (atualização de itens). No lado direito da tela existem espaços destinados aos
23
detalhes do item selecionado previamente, como descrição e explicação do item, tipo de
seleção, valor associado, som, imagem ou vídeo.
FIGURA 7- Protocolo mestre.
Os subitens da escoliose idiopática do adolescente são divididos em sete grupos
principais: anamnese, exame físico, avaliação neurológica, avaliação radiográfica,
avaliação da função pulmonar, exames complementares e tratamento (Fig. 8).
24
FIGURA 8- Subitens da escoliose idiopática do adolescente.
Ao clicar no sinal de + do subitem anamnese, torna-se visível seus subitens:
queixa principal, como a deformidade foi observada pela 1ª vez, houve progressão da
giba, possui antecedentes hereditários, apresenta sinais de puberdade, apresentou
menarca, tabagismo, vícios posturais, atividade atlética, duração dos sintomas,
interrogatório sobre os outros sistemas, já passou por algum procedimento cirúrgico,
realizou algum procedimento clínico, possui distúrbio metabólico e se houve algum
tratamento anterior (Fig. 9).
25
FIGURA 9- Subitens de anamnese.
Os subitens do exame físico são exame físico geral, inspeção estática, inspeção
dinâmica da marcha, palpação e mensurações (Fig. 10)
FIGURA 10- Subitens exame físico.
26
Os subitens da avaliação neurológica são: reflexos superficiais alterados,
reflexos profundos alterados, alteração de sensibilidade, alteração da força muscular e
alteração do tônus muscular (Fig. 11).
FIGURA- 11 Subitens de avaliação neurológica.
Os subitens da avaliação radiográfica são: tipo de curvatura vertebral,
classificação das curvas, padrões de curva, localização, raio-x, valor angular da
escoliose, rotação vertebral, valor angular da cifose, idade óssea, escala de Risser e
Adams (Fig. 12).
27
FIGURA- 12 subitens de avaliação radiográfica
Os subitens da avaliação da função pulmonar são: prova de função pulmonar,
teste da caminhada dos 6 minutos, pico de fluxo expiratório, pressão inspiratória
máxima e raios-X de tórax (Fig. 13).
28
FIGURA- 13 subitens Avaliação da função pulmonar
Os subitens dos exames complementares são: tomografia computadorizada,
ressonância magnética, cintilografia e outros (Fig. 14).
FIGURA- 14 subitens dos exames complementares.
29
Os subitens do tratamento são: cirúrgico, não cirúrgico e fisioterapia (Fig. 14).
FIGURA- 15 Subitens do tratamento.
Na tela principal do SINPE na barra de menus no ícone protocolos seleciona-se a
opção específico (Fig. 16) e em seguida surgirá a seguinte figura:
FIGURA- 16 Definição do protocolo específico.
Ao clicar em protocolos específicos cadastrados, aparecerá uma nova tela com
os protocolos específicos que já estão cadastrados e a possibilidade de cadastrar novos
30
protocolos. Selecionando a opção inserir abrirá uma tela para completar os dados do
novo protocolo específico (código, nome, descrição) e automaticamente surgirá a data
de criação e data da última atualização (Fig. 17).
FIGURA- 17 Acesso para cadastrar novos protocolos específicos.
Após esses passos, basta clicar em gravar. Como resultado, aparecerá no espaço
inferior da tela (em protocolos específicos cadastrados) o nome do novo protocolo
criado (Fig. 18).
31
FIGURA 18- Cadastro de protocolos específicos.
Depois de cadastrados os protocolos específicos, seleciona-se através da caixa de
seleção o protocolo que será trabalhado. Neste trabalho, elaboramos o protocolo de
função respiratória em pacientes com escoliose idiopática do adolescente (Fig. 19).
FIGURA 19- Edição dos protocolos específicos.
32
Ao selecionar o protocolo específico da função respiratória em pacientes com
escoliose idiopática do adolescente surgirá no lado esquerdo da figura o protocolo
mestre e no lado direito o protocolo específico a ser editado.
Para incorporar os itens que irão conter o protocolo específico, seleciona-se o
item no protocolo mestre e utiliza-se o comando de seta à direita para que o item migre
para o protocolo específico. O exemplo na figura 20 é a seleção do item anamnese do
protocolo mestre para o específico.
FIGURA 20– Seleção do item anamnese do protocolo mestre para o protocolo
específico.
Da mesma maneira realizada anteriormente, para selecionar o item avaliação
radiográfica, utiliza-se o comando de seta à direita e observa-se em seguida esse item
incorporado ao protocolo específico (fig. 21).
33
FIGURA 21- Seleção do item avaliação radiográfica.
A figura 22 demonstra a incorporação do item avaliação da função pulmonar no
protocolo específico.
FIGURA 22- Seleção do item avaliação da função pulmonar.
34
Observamos a inclusão do item exames complementares (Fig. 23) no protocolo
específico a partir do mestre, sempre utilizando o comando de setas à direita.
FIGURA 23- Seleção do item exames complementares.
A figura 24 demonstra a seleção do item tratamento do protocolo mestre para o
protocolo específico, utilizando a seta indicativa (Fig. 24).
35
FIGURA 24- Seleção do item tratamento do protocolo mestre para o
protocolo específico.
O protocolo específico da função pulmonar em pacientes com escoliose
idiopática do adolescente foi finalizado com 306 itens. Caso exista algum item no
protocolo específico que não faça parte do objetivo a ser estudado, o programa permite
que o usuário administrador retire o item, utilizando o comando de setas à esquerda. A
figura 25 demonstra a remoção do subitem ressonância magnética do protocolo
específico.
36
FIGURA 25- Remoção do subitem do protocolo específico para o mestre.
Para cadastrar o paciente da pesquisa e posteriormente iniciar a coleta de dados,
selecionar a opção pacientes na barra de menus da tela principal do SINPE, e depois
clicar em cadastro. Aparecerá uma tela com os dados do paciente como: código, nome,
sexo, raça, profissão, data de nascimento e documentos pessoais. Após preencher os
dados selecionar o comando gravar. Os dados do paciente surgirão na tela inferior, na
lista dos pacientes cadastrados. A instituição a que pertence, data e identificação do
usuário também podem ser visualizados nessa tela (Fig. 26).
37
FIGURA 26- Cadastro de pacientes.
A coleta de dados inicia-se na tela principal do SINPE. Na barra de menus
selecionar a opção dados e em seguida a opção coletar. Na figura 27 podemos observar
a lista com coletas já realizadas. Na parte inferior do lado direito da tela existem dois
comandos: visualizar/editar coleta, que ao clicá-lo mostrará as coletas já realizadas para
visualização ou edição, lembrando que para futuras alterações a coleta não deve ser
finalizada.
38
FIGURA 27- Coleta de dados.
O comando nova coleta (Fig. 27) ao ser acessado, mostrará a próxima tela (Fig.
28). São solicitados para uma nova coleta o protocolo específico e o paciente
cadastrado, após clica-se no comando avançar (Fig. 28).
39
FIGURA 28- Seleção do protocolo específico para iniciar a nova coleta.
A tela que abre em seguida, para que se realize a coleta, mostra na parte superior
o nome do paciente, seu protocolo específico e a área de saúde a que pertence. O
exemplo abaixo mostra os dados sendo coletados. Para isto, deve-se fazer um duplo
clique no item selecionado (padrão de curva) e se esse tiver subitens, escolher a opção e
realizar o duplo clique (torácica direita). Surgirá automaticamente do lado direito da tela
os detalhes desta coleta. Ao término clica-se em salvar ou finalizar coleta para gravação
dos dados ( Fig. 29).
FIGURA 29- Nova coleta de dados.
40
O ícone que acessa o programa de análise encontra-se na pasta SINPE, ao clicálo abre a tela principal do SINPE ANALISADOR. (Fig. 30).
FIGURA 30-Acesso ao SINPE ANALISADOR.
Na tela principal do SINPE ANALISADOR aparece o ícone conexão de base o
único disponível para o usuário (Fig. 31).
FIGURA 31- Tela principal do SINPE ANALISADOR.
41
Ao clicar no ícone conexão de base, será exibida a tela padrão de abertura de
arquivo do Windows, na qual deverá ser informado o arquivo que contém a base de
dados do SINPE que será utilizada para a análise dos dados coletados (Fig. 32).
FIGURA 32- Localização da base de dados SINPE©.
Depois de conectada a base SINPE ao programa SINPE ANALISADOR, surgirá
uma tela contendo os protocolos específicos criados a partir do protocolo mestre. Devese então selecionar o protocolo específico a ser analisado e em seguida clicar em
visualizar protocolo (Fig. 33).
FIGURA 33 - Visualização da base e seleção de protocolo específico.
42
A figura 34 mostra o número de itens e subitens do protocolo específico que
serão analisados. Clicando em detalhes surge a ficha de análise deste protocolo.
FIGURA 34 – Protocolo específico a ser analisado.
A ficha de análise é dividida em quatro partes:
I-
ITEM SOB ANÁLISE
Descreve o nome do protocolo específico que foi analisado, em nosso exemplo,
função respiratória dos pacientes com escoliose idiopática do adolescente e a data que
foi realizada a análise (Fig. 35).
43
FIGURA 35- I- Item sob análise.
II-
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Descreve o autor da elaboração do protocolo, a instituição a que pertence, data
de criação do protocolo específico, data de última revisão, o protocolo mestre que faz
parte, a data de criação e de última revisão do protocolo mestre, área que este
compreende e a quantidade de itens da coleta (Fig. 36).
FIGURA 36- II Características gerais.
44
III-
COLETA DE DADOS
Neste trabalho fizemos uma coleta de dados com 10 pacientes para demonstrar a
usabilidade do SINPE ANALISADOR. Nesta tela está descrito o número de coletas
realizadas, a data de início e término da coleta, o número de colaboradores durante a
coleta de dados, número de instituições participantes e número de paciente oriundos das
instituições. Nessa ficha já observamos alguns dados gerais como: total de paciente por
sexo, total de pacientes por raça, faixa etária dos pacientes (Fig. 37).
45
FIGURA 37- III- Coleta de dados.
O módulo automaticamente fornecerá os gráficos relativos aos dados gerais de
coleta. No gráfico observamos que 100% dos pacientes eram provenientes da Irmandade
da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Gráfico 1- Pacientes por instituição.
46
O gráfico 2 demonstra a divisão dos pacientes pelo sexo. No projeto piloto 70%
são do sexo feminino e 30% do sexo masculino.
Gráfico 2- Pacientes por sexo.
O gráfico 3 divide os pacientes pela raça, onde 60% são brancos, 30% são
pardos e 10% são negros.
Gráfico 3- Pacientes por raça.
47
O gráfico 4 demonstra a distribuição por faixa etária, sendo 40% dos pacientes
na faixa dos 16 anos aos 15 anos, 20% entre 15 e 14 anos, 20% entre 14 e 13 anos, 10%
entre 13 e 12 anos e 10% entre 11 e 12 anos.
Gráfico 4- Distribuição por faixa etária.
Ao clicar em incidência surge na tela os itens do Protocolo Específico. Ao lado
de cada item são especificados o número de coletas realizadas e a porcentagem. Os itens
que aparecem em vermelho significam que não foi realizada nenhuma coleta.
Ao definir o item que será analisado clica-se em umas das opções a seguir para o
tipo de gráfico a ser gerado (setores, barras e linhas). Automaticamente o gráfico é
gerado para análise (Fig. 38).
48
FIGURA 38 – Ficha de incidência de itens coletados.
Em nosso estudo piloto com 10 pacientes demonstraremos os gráficos gerados
pelo SINPE ANALISADOR do Protocolo Específico de Função Respiratória de
Pacientes com Escoliose Idiopática do Adolescente. No subitem anamnese obtivemos os
seguintes gráficos:
Em relação ao gráfico 5, 30% possuíam antecedentes hereditários e 70% não
possuíam antecedentes.
Gráfico 5 – Antecedentes hereditários.
49
No gráfico 6 observamos se houve progressão da giba torácica, tendo sido
observado que 40% dos pacientes não apresentaram progressão e 60% apresentou
aumento da giba. Destes 83,33% apresentou perda de altura e 16,67% aumento da
proeminência rotacional na linha da cintura.
Gráfico 6 – Progressão da Giba.
O gráfico 7 representa a presença de sinais de puberdade, onde 20% da amostra
não apresentava esses sinais e 80% apresentava sinais de puberdade, sendo que em 40%
dos casos observou-se crescimento das mamas e em 60% o surgimento dos pelos
pubianos.
Gráfico 7- Sinais de puberdade.
50
O gráfico 8 representa a queixa principal dos pacientes. No projeto piloto 70%
apresentaram como queixa principal a deformidade, e a queixa de dor estava presente
em 30% da amostra.
Gráfico 8- Queixa principal.
Na avaliação da rotação vertebral foi aplicado o método descrito por Nash e
Moe, em que as rotações são graduadas de zero a IV. Em nossa amostra 80% dos
pacientes apresentou grau II e 20% grau I.
Gráfico 9- Rotação Vertebral.
51
O gráfico 10 representa a localização da vértebra apical. Em 60% dos pacientes
estava localizada em T8, 30% em T9 e 10% em T10.
Gráfico 10- Localização da vértebra apical.
O gráfico 11 mostra o valor angular da escoliose, que foi obtido através do
método de Cobb, onde 50% dos pacientes possuíam valores na faixa de 51 a 60°, 30%
na faixa de 61 a 70°, 10% na faixa de 71 a 80° e 10% na faixa de 41 a 50°.
Gráfico 11- Valor angular da escoliose.
52
Quanto ao valor angular da cifose observou-se que 40% dos pacientes possuíam
valores na faixa de 41 a 50°, 30 % na faixa de 31 a 40°, 20% maior que 60° e 10%
menor que 20°.
Gráfico 12- Valor angular da cifose.
O gráfico 13, mostra a análise da escala de Risser, onde 8 pacientes (80%)
obtiveram grau 2 e 2 pacientes (20%) obtiveram grau 1.
Gráfico 13- Escala de Risser.
53
Em relação ao tipo de curvatura vertebral encontramos 6 pacientes com
curvatura torácica maior simples direita, 1 paciente com curvatura maior simples
esquerda e 3 pacientes com curvatura lombar menor esquerda e torácica maior direita.
Gráfico 14- Classificação das curvas vertebrais.
Os padrões de curvas encontrados foram 6 pacientes com torácica direita e
lombar esquerda, 3 pacientes com torácica direita e 1 paciente com torácica esquerda e
lombar direita.
Gráfico 15- Padrões de curva vertebral
54
Os pacientes foram avaliados tendo feita a mensuração clínica da giba por meio
do teste de Adams. Obtivemos 4 (40%) pacientes com valores de 61 a 70°, 3 (30%) com
valores de 51 a 60°, 1(10%) paciente com valor de 71 a 80°, 1(10%) paciente com valor
de 31 a 40° e 1(10%) paciente com valor de 20 a 30°.
Gráfico 16- Teste de Adams.
Os valores da VEF1/CVF apresentaram-se na maioria diminuídos 55,56% e
44,44% aumentados em relação aos valores preditivos.
Gráfico 17-VEF1/ CVF
55
O FEF 25-75% mostrou-se diminuído em 90% dos casos e aumentado em 10%
seguindo os valores preditivos.
Gráfico 18- FEF 25-75%
O VEF1 também se apresentou diminuído em 90% dos casos e aumentado em
10% da amostra em relação aos valores preditivos.
Gráfico19- VEF1.
56
A CVF na maioria dos pacientes estava diminuída (90%) e aumentada na
minoria 10%.
Gráfico 20- CVF.
O pico do fluxo expiratório estava diminuído em todos os pacientes (100%).
Gráfico 21- Pico do fluxo expiratório.
57
5. DISCUSSÃO
Os benefícios do uso da informática na área médica são numerosos e descritos
por diversos autores, por questões ligadas ao melhor acesso à informação maior
segurança, troca eletrônica de dados entre as instituições, facilidade para realização de
pesquisas coletivas, melhor qualidade à assistência a saúde do paciente otimizando o
tempo de atendimento, melhor gerenciamento dos recursos, melhoria de processos
administrativos e financeiros e redução dos espaços físicos necessários para
arquivamento de prontuários.(73-77)
O SINPE integra esse contexto moderno de necessidade de armazenamento
estruturado de dados clínicos.
Os prontuários de papel trazem desvantagens em relação aos prontuários
eletrônicos, pois a história clínica de pacientes é preenchida muitas vezes por diferentes
profissionais e a demora no levantamento de dados clínicos que não são padronizados
dificulta a coleta, prejudica a correta avaliação dos dados, dificultando a credibilidade
de dados e impedindo a realização de pesquisa de qualidade (Dick 1991; Rind, 1993). A
utilização de um Sistema de Apoio à Decisão pressupõe que se coletem e se utilizem
dados fidedignos e integrais dos pacientes. No Brasil e em vários países ainda se
encontram dados dos pacientes em prontuários não-informatizados e de recuperação e
interpretação muito difícil (78,79).
Muito embora os prontuários eletrônicos já estejam sendo utilizados em
hospitais e clínicas e os estudos retrospectivos baseados nesses prontuários sejam mais
fáceis e confiáveis, os prontuários eletrônicos carecem de informações específicas sobre
o objeto de estudo. O levantamento prévio dos dados relevantes relacionados à
determinada doença ou terapia, e a possibilidade de coleta de todos esses dados para
58
posterior
análise,
faz
do
SINPE©
uma
ferramenta
bastante
completa
no
desenvolvimento de estudos clínicos.
Analisando os resultados de pesquisas realizadas na área de fisioterapia,
observa-se a dificuldade em comprovar a validade de determinadas técnicas.
Frequentemente são necessários novos estudos para estabelecer o que realmente possui
eficácia, porém esses estudos nem sempre possuem o mesmo desenho, coletam dados
diferentes fazendo com que não sejam comparáveis. Além disso, as análises necessárias
para demonstrar a eficácia de um tratamento requerem sofisticados métodos estatísticos
e um grande número de casos.
A estimativa das medidas é influenciada por múltiplos fatores que interferem nos
resultados de cada paciente, tornando necessárias pesquisas quantitativas com
definições objetivas.
A coleta de dados clínicos informatizados estimula o desenvolvimento de
estudos multicêntricos, aumentando o número de dados disponíveis, melhorando a
qualidade dos trabalhos científicos, proporcionando uma redução do tempo de pesquisa
e obtendo resultados mais rápidos e precisos.
O SINPE© representa um importante avanço na informatização, estruturação e
análise dos dados para a produção de trabalhos científicos na área da saúde. O protocolo
eletrônico de fisioterapia respiratória na escoliose idiopática do adolescente foi
constituído após permissão de sua utilização e seguiu os princípios originados a partir
do software idealizado pelo Prof. Dr. Osvaldo Malafaia.
Na área de fisioterapia foram criados o Protocolo Eletrônico de Coleta de Dados
Clínicos em Fisioterapia nas Doenças do Joelho e Protocolo Eletrônico de Coleta de
Dados Clínicos em Fisioterapia Respiratória para Doenças Pulmonares(80,
81)
. Para a
59
criação deste trabalho foram seguidas as orientações de todos os trabalhos realizados
nessa linha de pesquisa. Também contamos com o apoio do Prof. Dr. José Simão,
responsável pela parte técnica da informática do Sistema Integrado de Protocolos
Eletrônicos.
A criação do Protocolo Eletrônico de Fisioterapia Respiratória na Escoliose
Idiopática do Adolescente foi realizada a partir da revisão bibliográfica. Desta maneira
foi confeccionado o protocolo mestre, obedecendo à ordem clínica e didática para
posterior criação dos protocolos específicos. Nessa etapa são incluídos todos os itens
(pais e filhos), requer muita atenção do usuário já que é uma etapa de inclusão de todos
os itens o que caracteriza elevado tempo para sua realização, e na ocorrência de algum
erro na hierarquia seria necessária a exclusão de boa parte dos itens para a correção do
problema.
Atualmente essa dificuldade foi solucionada pelos alunos do mestrado da
Universidade Federal do Paraná, Faruk Abrão Kalil Filho e Carlos Henrique Kuretzki
que desenvolveram o programa MigraSINPE© que importa arquivo de texto (txt) para
a base de dados do SINPE©. Isto permite corrigir o problema de hierarquia fora do
SINPE© e carregar a base corrigida via importação do arquivo txt (81).
A coleta de dados é realizada através do protocolo específico. Em nosso trabalho
foi criado o protocolo específico da função respiratória em pacientes com escoliose
idiopática do adolescente.
Foi realizado um projeto piloto com 10 pacientes para observar a funcionalidade
deste protocolo. Apesar de o protocolo específico conter 306 itens, a coleta de dados
mostrou-se objetiva, segura e rápida corroborando com estudos realizados por Vreeman,
2006, onde o tempo de coleta de dados realizados através de uma base eletrônica
reduziu em 30% em relação à coleta em papel. Kaur, 2004, também demonstrou que a
60
coleta de dados informatizados realizados por um fisioterapeuta foi concluída de forma
significantemente mais rápida do que a anterior realizada com papel(73, 74).
O benefício de auxílio da informatização da coleta de dados para pesquisas
futuras foi relatado por pesquisadores que demonstram uma série de projetos de
pesquisa utilizando informações que constam no banco de dados que auxiliam a criar
hipóteses clínicas, analisar tendências de evolução e estimar a variabilidade do
paciente(74-77).
Kaur et al em 2004, Stutz & Savander em 1973 e Gordon and Brown em 1986
descreveram o benefício de uma infraestrutura com dados agregados e processamento
avançado de capacidade para suportar futuras pesquisas clínicas e serviços de
investigação de saúde(74, 76).
A segurança de dados do SINPE© também deve ser destacada pela
confiabilidade trazida para as pesquisas clínicas. O sistema de segurança faz com que
somente o usuário administrador tenha acesso ao protocolo mestre impedindo que
usuários simples pudessem interferir na base de dados, causando riscos a pesquisa.
Portanto, todos os usuários devem ser cadastrados e identificados quanto ao seu acesso.
Importante ressaltar que o usuário coletor não tem acesso para alterações do
protocolo. Após ser realizada uma coleta de dados não é permitido excluir nenhum item
da base referente ao caso. Mas caso haja a necessidade de inclusão de algum item o
sistema permite, desde que seja realizado pelo administrador.
Para garantir a segurança e a confidencialidade de dados é necessário bloquear
acessos de usuários não autorizados. No SINPE© utiliza-se da tecnologia de firewall,
software que forma uma barreira de proteção ao acesso de usuários não autorizados,
61
garantindo que o acesso será feito somente por aqueles que possuírem login e senha
corretos.
O SINPE ANALISADOR foi outra ferramenta importante utilizada no projeto
piloto. O programa foi criado pelo Prof. Dr. José Simão de Paula Pinto e defendido em
sua tese de doutorado que tinha como objetivo projetar e programar uma interface de
visualização de informações para o SINPE capaz de gerar relatório de análise (ficha de
análise), árvore de conhecimento para a incidência de itens coletados e de itens não
utilizados, gráficos, estatísticas, imprimir e salvar resultados e exportar dados (58).
O SINPE ANALISADOR demonstrou ser uma ferramenta eficaz e simples de
utilizar, fornecendo um bom suporte para a realização de pesquisas.
A possibilidade da construção de gráficos e estatísticas de acompanhamento são
recursos atrativos do SINPE, que auxilia o pesquisador na realização de seus trabalhos
científicos esses recursos são pouco explorados nos prontuários eletrônicos, mas pode
ser encontrado em alguns dos sistemas pesquisados, como no PatCIS (Cimino et al.,
2000), PEPWeb (Costa, 2001) que permite a médicos e pacientes analisar visualmente
através do gráfico, a evolução de alguma medida (82,83).
O SINPE para o pesquisador torna-se um programa útil que passa por todas as
etapas de um trabalho científico, fornecendo suporte para a etapa de introdução, onde é
realizada uma extensa revisão da literatura para a criação do protocolo mestre, material
e método, onde é realizada a criação da base informatizada e de protocolos específicos
para coleta de dados e resultados, que através do SINPE ANALISADOR possibilita
analisar a incidência de um determinado evento gerando assim a estatística e gráficos
para que posteriormente seja avaliado e discutido na literatura específica.
62
Outro fator que faz do SINPE um programa inovador é que através do mesmo
protocolo mestre podem ser criados diversos protocolos específicos que podem gerar
uma infinidade de trabalhos científicos. Além disso, o programa permite o cruzamento
de dados e possibilita a realização de trabalhos multicêntricos.
A fisioterapia encontra-se em expansão e comprovações científicas são
necessárias para tornar cada vez mais eficiente as tomadas de decisões clínicas. Fazer
um diagnóstico correto requer a informação certa, na hora certa e no formato correto,
mas o que observamos são prontuários com excesso de informação, incompletos ou mal
organizados. Humanos são processadores de dados imperfeitos e excesso de
informações obscuras pode prejudicar, ao invés de auxiliar, o processo de decisão.
Porque processos clínicos possuem uma vasta quantidade de informações para a
realização de um diagnóstico e pode ser particularmente susceptível a erros de omissão.
Computadores, por sua vez, são incansáveis processadores de dados. A associação do
raciocínio clínico com dados eletrônicos informatizados tem se mostrado uma estratégia
eficiente para melhorar resultados da assistência fisioterapêutica em muitos estudos.
Uma das principais dificuldades do uso de protocolos eletrônicos é fazer com
que os profissionais da área o incorporem no seu dia a dia, tornando-se importante fonte
de dados clínicos. Entretanto uma das barreiras encontradas é a própria mudança de
comportamento profissional. Kaur et al 2004, observaram em seus estudos a dificuldade
em mudar o comportamento de fisioterapeutas que estavam acostumados a documentar
seus atendimentos em textos desestruturados(74). Sua proposta foi apoiar a análise de
dados eletrônicos em sistemas estruturados a partir da escolha de menus, semelhantes
aos utilizados pelo SINPE©.
63
Zimny & Tandy em 1993, estudaram esses sistemas informatizados e relataram
que antes de serem utilizados na prática diária, os fisioterapeutas teriam que mudar suas
tradicionais práticas de decisões dependentes da memória(84).
Protocolos eletrônicos oferecem muitas facilidades e prometem melhorar a
gestão de informação e a qualidade de pesquisas. Espera-se que o protocolo eletrônico
de escoliose idiopática do adolescente possa auxiliar na projeção de tratamento e de
prognósticos. Com isto, obter-se-ia intervenções mais eficazes frente aos desfechos
clínicos, reforçando a prática baseada em evidências científicas no cotidiano
profissional do fisioterapeuta.
64
6. CONCLUSÕES
1 - A criação da base de dados clínicos de escoliose idiopática do adolescente foi
possível.
2 - A informatização e o armazenamento destes dados clínicos utilizando um programa
de computador especialmente criado foram viáveis, tornando-o disponível para
fisioterapeutas, médicos e estudantes da área da saúde.
3 - Protocolo eletrônico de escoliose idiopática do adolescente pôde ser incorporado ao
SINPE© (Sistema Integrado de Protocolos Eletrônicos).
4 – A utilização do SINPE© no projeto piloto foi realizada com sucesso na coleta e
análise de dados.
65
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1- Nash CL Jr, Moe JH. A study of vertebral rotation. J Bone Joint Surg Am 1969;
51:223-9.
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72
RESUMO
Protocolo eletrônico de fisioterapia respiratória em pacientes com escoliose idiopática
do adolescente.
Danila Vieira Baldini
Dissertação de mestrado - 2011
Objetivos: Criar uma base de dados clínicos da função respiratória em pacientes com
escoliose idiopática do adolescente (EIA); informatizar e armazenar estes dados clínicos
por meio da utilização de um software; incorporar este protocolo eletrônico ao SINPE©
(Sistema Integrado de Protocolos Eletrônicos) e analisar um projeto piloto com
interpretação dos resultados. Método: A partir da revisão da literatura foi criado o
banco de dados informatizado de dados clínicos dos desvios posturais (protocolo
mestre). Mediante a realização do protocolo mestre foi criado o protocolo específico da
função respiratória de pacientes com EIA e realizado um projeto piloto com a coleta e
análise de dados de 10 pacientes. Resultados: Foi possível criar o protocolo mestre dos
desvios posturais e o protocolo específico da função respiratória de pacientes com EIA.
Os dados coletados no projeto piloto foram processados pelo SINPE ANALISADOR©
gerando gráficos e estatísticas das informações coletadas. Conclusões: A criação da
base de dados clínicos de escoliose idiopática do adolescente foi possível. A
informatização e o armazenamento de dados clínicos utilizando o software foram
viáveis. O Protocolo eletrônico de EIA pôde ser incorporado ao SINPE© e sua
utilização no projeto piloto foi realizada com sucesso.
73
ABSTRACT
Electronic Protocol of Respiratory Physical Therapy in Patients with Idiopathic
Adolescent Scoliosis.
Danila Vieira Baldini
Master Thesis – 2011
Objectives: Create a clinical database of respiratory function in patients with adolescent
idiopathic scoliosis (AIS); computerize and store this clinical data through the use of a
software; incorporate this electronic protocol to the SINPE© (Integrated Electronic
Protocols) and analyze a pilot project with interpretation of results. Method: From the
literature review a computerized data bank of clinical data of postural deviations was set
up (master protocol). Upon completion of the master protocol a specific protocol of
respiratory function in patients with AIS was designed and a pilot project to collect and
analyze data from 10 patients was conducted. Results: It was possible to create the
master protocol of postural deviations and the specific protocol of the respiratory
function in patients with AIS. The data collected in the pilot project was processed by
the SINPE ANALYZER © generating charts and statistics of collected data.
Conclusions: The establishment of the clinical database of adolescent idiopathic
scoliosis was possible. Computerization and storage of clinical data using the software
were viable. The Electronic Protocol of AIS could be incorporated into the SINPE© and
its use in the pilot project was successful.
74
LISTAS E APÊNDICE
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