Conhecer sobre Deus ou Conhecer a Deus

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- Ensino Sistêmico sobre a Vida Cristã -
Conhecer sobre Deus
ou Conhecer a Deus
Série:
Sugestões para
Leitura e Estudo da Bíblia
2ª Edição – Dez/2014 - Copyright do Autor – Ver Informações de Uso no Próprio Material
Considerações Gerais Sobre o Uso Deste Material:
Este material tem como objetivo servir de apoio ao conhecimento e aprofundamento
do estudo da Bíblia e da Vida Cristã.
Tendo como base o entendimento de que na Bíblia Cristã está contida a consolidação
dos registros fundamentais e formais dos escritos inspirados por Deus para a
humanidade e para cada indivíduo dela, os conteúdos expostos neste material não
visam jamais acrescentar algo à Bíblia, e nem jamais retirar algo dela, mas almejam
contribuir na exploração daquilo que já foi registrado e repassado a nós pelo Único
Criador e Senhor dos Céus e da Terra ao longo de milhares de anos da história.
O que se pretende apresentar são assuntos agrupados, coligados, organizados e
sistematizados, visando abordar temas e considerações específicas contidas na Bíblia
Cristã, com o intuito de auxiliar nas abordagens de alguns tópicos especiais dentre tão
vasto conteúdo que ela nos apresenta.
Eclesiastes 12:11 As palavras dos sábios são como aguilhões,
e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor.
As palavras coligadas, postas juntas, como ditas no texto bíblico acima, servem como
pregos de apoio para fixação, sustentação. Assim, um dos objetivos neste material é
estudar e buscar um mais amplo entendimento das verdades que nos foram entregues
pelo Único Pastor, O Deus Criador dos Céus e da Terra.
Sugerimos que a leitura e o estudo sejam sempre acompanhados da prudência e
averiguação devida, considerando que isto é um hábito muitíssimo saudável a ser feito
em relação a qualquer material que é apresentado por outrem.
O ato de aceitação, rejeição, ou o “reter o que é bom”, é um atributo pessoal e
individual dado àqueles que recebem a sabedoria de Deus e que deveria ser exercitado
ou usado por eles em relação a todo o material que chega às suas mãos.
Provérbios 8:12
Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de
conhecimentos e de conselhos.
Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois
receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias
para ver se as coisas eram, de fato, assim.
Atos 17:11
O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos
lábios vem do SENHOR.
2 Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o SENHOR pesa
o espírito.
3 Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.
Provérbios 16:1
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Este material específico, impresso ou em mídia digital, está autorizado a ser copiado
livremente para uso pessoal. Ele é direcionado àqueles que têm sede e fome de
conhecerem mais sobre o Deus Criador dos Céus e da Terra, o Pai Celestial, sobre a
Bíblia Cristã, a Vida de Cristo e a Vida Cristã, ou mesmo aqueles que somente querem
iniciar um conhecimento sobre estes aspectos.
Apocalipse 21:5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas
todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras.
6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.
Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
A disponibilização livre desses materiais é tão somente a adoção de uma prática
similar do exemplo e da maneira como o Rei dos Reis, O Senhor dos Senhores, distribui
da fonte da água da vida àqueles que têm sede por ela.
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às pessoas em geral que quiserem ter acesso a ele para sua leitura, estudo e proveito
naquilo que lhes for benéfico, bem como para compartilhá-lo, também livremente,
àqueles que têm restrições ou dificuldades de acesso direto ao “site” mencionado.
1Timóteo 2:3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,
4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno
conhecimento da verdade.
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Índice
Conteúdo
Índice ........................................................................................... 4
C1. O Ensino, a Educação e o Aprendizado ................................................ 5
C2. Sistemas Distintos de Ensino Geram Resultados Distintos ....................... 10
C3. O Ponto Crucial do Ensino e Aprendizado na Nova Aliança ...................... 13
C4. O Principal Resultado do Ensino de Deus aos Seus Filhos na Nova Aliança .... 21
C5. Ensino de Princípios e Sua Aplicação Personalizada ............................... 26
C6. Há Um Só Mestre para a Vida de Um Cristão....................................... 30
Bibliografia .................................................................................. 32
5
C1. O Ensino, a Educação e o Aprendizado
O estudo apresentado neste material é integrante da Série de Sugestões para Leitura
e Estudo da Bíblia. Entendemos que cada um dos estudos desta Série propõe assuntos
que consideramos ser muito importantes para enriquecer as maneiras de abordagem da
Bíblia. Cada um deles tem um objetivo cooperativo e está disponível para acesso
àqueles que desejarem conhecer mais sobre este tema.
Entretanto, gostaríamos de destacar o estudo “Letra ou Vida” como um tema de
especial relevância, uma vez que nos parece muito interessante que ele seja lido em
conjunto com o presente estudo, caso o leitor ainda não o conheça e caso tenha acesso
ao mesmo e a disposição de fazer a sua leitura.
Neste novo material que ora é iniciado, gostaríamos de abordar um ângulo
extremamente especial de um tema que ocupa uma grande parcela do tempo da vida de
todas as pessoas e que também é amplamente apresentado nas Escrituras, a saber, o
ensino e o aprendizado.
Muitos governos, repetidamente em seus discursos, gostam de abordar a
necessidade de que a educação e o ensino deveriam estar amplamente disponíveis aos
seus cidadãos e os apresentam como um dos pilares de sustentação da cidadania e da
sociedade.
O ensino, todavia, não se limita somente à educação que é chamada pelos
governantes de educação formal. A chamada educação formal abrange apenas uma
parte do ensino, pois este ocorre em todos os instantes da vida das pessoas.
Quando os pais ensinam as crianças a comerem, a andarem ou a se comportarem de
um ou de outro determinado modo, a educação e o ensino encontram-se em pleno
funcionamento.
Quando os pais, professores, empregadores ou os colegas profissionais ensinam as
outras pessoas a aprenderem a executar as suas funções profissionais, o ensino também
está presente e em pleno funcionamento.
Todo indivíduo é um constante educador de si mesmo e dos outros, bem como é um
constante aprendiz.
O ensino, em certo sentido, é um conjunto de ações e informações pelos quais ocorre
o repasse do que uma pessoa sabe, independentemente se o que é ensinado é adequado
ou inadequado ou se é bom ou mal.
O ato de ensinar é como uma ferramenta e é como o manuseio de um instrumento,
mas as pessoas podem usar os instrumentos para aplicá-los para aquilo é apropriado ou
aquilo que não é apropriado.
A simples convivência entre os seres humanos, por si só, já é um ambiente de ensino
e educação, o qual, porém, pode ser positivo ou negativo.
1 Coríntios 15:33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons
costumes.
Provérbios 22:6 Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda
quando for velho, não se desviará dele.
6
A diversidade de variáveis que afetam o ensino e a educação é muito grande. Esta
diversidade engloba o conteúdo do ensino, o educador dos conteúdos, o convívio entre
os educadores e os aprendizes, o convívio entre os aprendizes, o ambiente do ensino e o
próprio aprendiz e as suas posturas.
Diante de tantas variáveis, facilmente pode ocorrer que os chamados “responsáveis
pela educação” percam o principal alvo do ensino que é o “educando”, o “aluno”, a
“criança” ou o “aprendiz”.
De certa forma, as composições dos processos de ensino e a suas variáveis, deveriam
começar do fim para o começo, eles deveriam começar a partir de uma clareza de
objetivos que se almeja que os aprendizes aprendam.
Muitas vezes, porém, alguns dos responsáveis pelo planejamento da educação e
alguns dos educadores estão mais preocupados com as metas pessoais que eles
almejam atingir para suas vidas do que as metas que os aprendizes deveriam atingir e,
muitas vezes, eles estão mais dedicados a repassar os conteúdos que eles querem
repassar do que dedicados a repassar os conteúdos que os aprendizes deveriam receber.
O “aprendiz” dos ensinos é e sempre deveria ser o principal alvo de toda a
preparação das variáveis englobadas nos contextos dos ensinos.
Contudo, dizer que o aprendiz é o alvo principal dos ensinamentos, não significa
dizer que aquilo que irá compor o ensino deva ser aquilo que o aprendiz quer que lhe
seja ensinado, pois este também pode estar inclinado a aprender aquilo que não é bom
para ele e pode estar resistente a aprender aquilo que de fato lhe é benéfico, por
exemplo:
2 Timóteo 4:3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo
contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que
sentindo coceira nos ouvidos;
4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
Ainda outro fator extremamente importante na diversidade de variáveis do ensino é
o efetivo aprendizado alcançado pelos aprendizes.
Os atos de ensinar ou educar, por si só, não garantem que o que está sendo ensinado
de fato será aprendido.
Aprender é algo distinto de ensinar.
O Ensino Sistêmico sobre a Vida Cristã é uma proposta de ensino que visa dar
ferramentas de apoio ao aprendizado, mas o aprendizado sobre o conteúdo também
dependerá da disposição do aprendiz querer assimilar o que lhe é oferecido.
E, por fim, na breve lista de variáveis que estamos expondo nesta introdução,
entendemos que também convém mencionar o aspecto de que há uma grande
concorrência e fluência de ensinos em relação a cada aprendiz.
Um mesmo aprendiz, em um mesmo dia ou em uma mesma hora, pode ser exposto a
ensinos que são contraditórios e opostos entre si. Uma criança, por exemplo, pode ir a
uma escola e ser ensinada pelos professores sobre alguns pontos específicos que não
estão em concordância com o ensinamento que os pais lhe oferecem.
Nos casos citados nos últimos dois parágrafos, o aprendiz começa a ser exposto a
vários ângulos distintos, mas que versam sobre os mesmos tópicos. Neste caso o ensino
7
pode ser múltiplo, mas o ensino prevalecente será aquele que o aprendiz de fato
assimilar ou, em outras palavras, aprender.
Um dos aprendizados mais importantes que um aprendiz deveria alcançar cedo em
sua vida é a lição de perceber que há múltiplos ensinos sobre o mesmo tópico e de que
há uma necessidade de escolher alguns prevalecentes e rejeitar outros para que os
ensinos lhe tragam benefícios e não prejuízos para a sua vida.
Provérbios 1: 1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel.
2 Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de
inteligência;
3 para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a 7quidade;
4 para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso.
5 Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade
6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios.
7 O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a
sabedoria e o ensino.
Provérbios 4:19 O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em
que tropeçam.
20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina
os ouvidos.
21 Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu
coração.
22 Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo.
23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem
as fontes da vida.
Para complementar a demonstração da amplitude dos assuntos sobre o ensino e a
educação, nós acrescentamos a seguir algumas considerações e definições expostas em
alguns dicionários.
Um dos dicionários da língua portuguesa define os termos de educação e ensino da
seguinte forma:
Educação:
1. Ação ou efeito de educar (-se).
2. Desenvolvimento integral e harmônico de todas as faculdades humanas.
3. Bons modos; cortesia; polidez.
(Minidicionário Luft.)
Ensino:
1. Ação ou efeito de ensinar; ensinamento.
2. Doutrina.
3. Transmissão de conhecimentos.
4. Educação.
8
5. Docência, magistério.
(Minidicionário Luft.)
Ao consultarmos as considerações feitas no léxico grego de Strong, encontramos
mais definições sobre estes termos, considerando que as palavras Educar ou Educação
também são chamadas como instruir ou instrução em algumas versões bíblicas.
Educar ou Educação:
3809 paideia
1) todo o treino e educação infantil (que diz respeito ao cultivo de mente e moralidade, e
emprega para este propósito ora ordens e admoestações, ora repreensão e punição).
Também inclui o treino e cuidado do corpo.
2) tudo o que em adultos também cultiva a alma, especialmente pela correção de erros e
contenção das paixões.
Instrução que aponta para o crescimento em virtude.
Castigo, punição, (dos males com os quais Deus visita homens para sua correção).
+
3811 paideuo
2) treinar crianças.
Ser instruído ou ensinado.
Levar alguém a aprender.
2) punir.
(Léxico Grego de Strong.)
Ensino ou Ensinar:
1319 didaskalia.
Doutrina, ensino, aprendizado.
1) ensino, instrução.
2) ensino.
Aquilo que é ensinado, doutrina.
Ensinamentos, preceitos.
+
1321 didasko
2) ensinar.
Conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos.
Ser um professor.
Desempenhar o ofício de professor, conduzir-se como um professor.
2) ensinar alguém.
Dar instrução.
Instilar doutrina em alguém.
Algo ensinado ou prescrito.
Explicar ou expor algo.
ensinar algo a alguém.
(Léxico Grego de Strong.)
A partir dos exemplos de definições citados acima, podemos ver que a educação,
talvez, tende mais à prática do exercício de ensino como um todo, enquanto que o
ensino tende mais à transmissão do conteúdo a ser repassado ao educando ou também
chamado de aprendiz.
Por outro lado, o ensino e a educação também são apresentados como similares, ou
seja, um é usado para explicar o outro e usado como sinônimo do outro.
9
Sem entrar nos pormenores dessa argumentação, podemos ver também nestas
definições de que existe uma distinção entre o ato de educar, o conteúdo daquilo que se
deseja ensinar ou educar, os educadores e os aprendizes.
Parece-nos que a definição do Dicionário Luft merece certo destaque especial ao
dizer que educar é o: “Desenvolvimento integral e harmônico de todas as faculdades
humanas”.
A definição do dicionário citado é uma definição, no mínimo, arrojada, pois ela
estabelece que a educação somente torna-se concreta e real se ela alcançar os
resultados almejados. A educação que não cumpre o desenvolvimento de uma pessoa
não deveria ser considerada educação, ou no mínimo, não deveria ser considerada uma
“boa educação”.
Como em muitos aspectos da vida, pode-se discutir muito sobre um assunto sem
efetivamente ter um contato real com ele e isto pode acontecer também nos temas da
educação, ensino e aprendizado. Há muitos governantes que discutem muitas horas
sobre o tema educação sem sequer tocar de fato nos fatores práticos da educação ou do
ensino.
Por outro lado, também pode haver muitas ações práticas de ensino que não
resultem na educação que se almeja, na educação que desenvolve harmonicamente
todas as faculdades de uma pessoa.
Além dos grupos de variáveis sobre o ensino que já foram citadas nesta introdução,
poderíamos ainda acrescentar a prática à qual os aprendizes serão expostos, suas
formas de avaliações e ainda diversos outros aspectos.
Neste estudo, entretanto, e apesar do ensino e aprendizado também encontrarem
largo espaço nas Escrituras, gostaríamos de nos ater a um dos mais importantes
relacionamentos de ensino e aprendizado que pode existir para o cristão.
Nosso objetivo no presente material não é desenvolver um longo tratado sobre a
educação, o ensino e aprendizado, mas buscar observar os grandes grupos de variáveis,
citados anteriormente, na aplicação prática de um assunto mais específico, para que
incorramos em uma abordagem produtiva e que não venha a desembocar em um mar
de informações desconectas e não aplicáveis na vida do leitor.
10
C2. Sistemas Distintos de Ensino Geram Resultados
Distintos
Antes de abordarmos o tópico alvo deste estudo propriamente dito, ainda
gostaríamos de lançar mais algumas considerações básicas sobre o ensino para que
possamos fundamentar o ponto almejado de forma mais ampla na sequência.
Devido à amplitude do que envolve o tema sobre o ensino e o aprendizado, parecenos que se faz necessária uma breve análise de uma perspectiva mais corporal e
agrupada das diversas áreas que estão envolvidas no seu contexto.
Quando é realizado o agrupamento de uma determinada metodologia de ensino com
um determinado perfil de educadores e um determinado tipo de conteúdo com vistas a
um determinado grupo de aprendizes, de certa forma, nós poderíamos dizer que um
sistema de ensino foi constituído.
As sociedades civis estão repletas de sistemas distintos de ensino com os seus
respectivos objetivos. Há os sistemas de educação infantil, os sistemas de educação
para os jovens, sistemas educacionais profissionalizantes e assim por diante.
O uso da terminologia de sistemas para os processos de ensino e aprendizado visa
facilitar a referência ao conjunto total de variáveis que fazem parte de algum processo
específico. O uso da terminologia de sistemas para os processos de ensino e
aprendizado visa oferecer uma forma mais resumida e sumarizada para fazer referência
aos mesmos, sem, contudo, diminuir a amplitude e os objetivos destes.
Uma vez estabelecidos os sistemas, pode-se ver que cada um deles apresenta várias
distinções dos outros sistemas. O sistema de ensino com vistas à formação de técnicos,
por exemplo, é diferente do sistema com vistas à formação de acadêmicos e docentes,
bem como ainda pode haver variação por cada uma das áreas às quais as pessoas se
expõem ao ensino.
Nos escritos da Bíblia também podemos encontrar a conceituação de grandes
agrupamentos de processos e que também acabam se constituindo em grandes
sistemas de ensino distintos.
Cada um desses sistemas com seus critérios e elementos de ensino apresentados
especificamente na Bíblia, possuem características que os distinguem uns dos outros
de forma acentuada.
Nos escritos da Bíblia não encontramos os termos “sistema” ou “sistematização”,
pois estes são de uso mais recente, mas podemos percebê-los por analogias e definições
que atualmente se utilizam.
Um termo que é comumente usado nas Escrituras para abrigar um agrupamento de
definições e elementos é o termo “aliança”, ou suas variações de tradução como “pacto”
ou “concerto”.
Com vistas a nos mantermos focados no aspecto de ensino e aprendizado, não
iremos nos deter em todos os aspectos das alianças, que certamente é mais amplo que o
nosso uso atual do termo sistema, mas procuraremos extrair alguns pontos que visam
embasar o tema central deste estudo.
As alianças, explicadas em termos bíblicos, estão correlacionadas com as opções dos
grandes tipos de vida que estão disponíveis para as pessoas que vivem na Terra.
11
Quando uma pessoa se associa a uma aliança, ou faz a aliança com alguém ou com
algo, ela está implicitamente fazendo aliança com as condições gerais de vida que estão
atreladas àquela aliança.
Uma pessoa solteira, por exemplo, civilmente, moralmente e espiritualmente está
atrelada a uma série de condições que são definidas e estabelecidas para os solteiros.
Se, porém, a pessoa solteira, do nosso exemplo, passar a fazer uma aliança de
casamento, fizer um pacto de casamento, esta pessoa, devido à aliança feita, passa a
estar atrelada a um cônjuge e a uma série de condições que são definidas e
estabelecidas para os casados.
Há diversas considerações sobre várias alianças descritas na Bíblia, mas, tendo em
vista o ponto de ensino e aprendizado, queremos neste capítulo nos deter somente em
duas alianças que recebem um destaque maior e recorrente nas Escrituras, bem como
também procuraremos dar a prioridade somente aos aspectos relacionados ao ensino e
aprendizado nestas duas alianças.
Para realizar essas abordagens mais específicas, gostaríamos de usar o seguinte texto
como referência, ao qual pedimos especial atenção:
Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.
8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova
aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá,
9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão,
para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na
minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.
10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles
dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu
coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até ao maior.
Hebreus 8:7
No texto em referência é notório que há duas alianças e que ambas são amplamente
distintas.
A primeira aliança é chamada de aliança da lei, da Lei de Moisés, da letra, do Sinai
ou, também, é chamada de antiga aliança.
A segunda aliança é chamada como a aliança do Espírito, a aliança de Cristo e
também como a Nova Aliança.
A primeira aliança, a da letra, conforme já visto no estudo “Letra ou Vida”, segue o
padrão de vida onde as pessoas leem o que está escrito e procuram vivê-lo com as suas
próprias forças e com os seus próprios esforços, como se isto fosse possível de ser
concretizado.
A segunda aliança é aquela em que o Espírito de Deus é dado aos que creem para
que Ele vivifique as pessoas para viverem de acordo com a Nova Aliança. É a aliança
onde o Senhor Jesus Cristo propõe trazer vida para que a pessoa possa viver de acordo
com a Sua vontade e possa viver a vida com Ele e por meio Dele.
12
Para o cristão ou para a pessoa que está procurando se inteirar sobre a vida cristã, é
necessário perceber que as distinções que há entre as duas alianças são gritantes e
vitais para serem conhecidas e compreendidas.
Estas duas alianças têm muitas diferenças entre si, o que as faz serem grandemente
distintas também no quesito do ensino e aprendizado.
A diferença entre as duas alianças não se refere somente aos conteúdos distintos a
serem ensinados e aprendidos, mas se estende às diferenças que há entre os
ensinadores, os aprendizes e, inclusive, ao local onde os conteúdos são gravados. Na
Nova Aliança há um completamente novo sistema de ensino e aprendizado, se é
podemos dizer isto com estas palavras.
Os conteúdos da lei da antiga aliança eram gravados em tábuas feitas por mãos
humanas e deveriam ser escritos em diversos lugares físicos para que ficassem expostos
à vista para não serem esquecidos, mas na Nova Aliança a gravação dos princípios
preciosos de Deus ocorre no coração daquele que adentra a esta Nova Aliança. Como o
Espírito Santo é derramado no coração daquele que crê em Cristo, as orientações de
Deus também já se encontram nos corações destes.
Conforme já comentamos acima, na Nova Aliança que está em Cristo, tudo em
relação ao ensino e aprendizado é diferente e é novo, e também por isto é chamado de
Nova Aliança.
Se a Nova Aliança constitui uma maneira de ensino e aprendizado totalmente
diferente da velha aliança, também podemos esperar que o novo conjunto ou sistema
de ensino e aprendizado desemboque em resultados completamente diferentes.
No estudo do tema “Letra ou Vida” foi descrito um exemplo de quanto um grupo de
pessoas estudava sobre a vida eterna nas Escrituras de acordo com a velha aliança sem,
contudo, perceberem a própria vida quando esta se postou de forma clara e tangível ao
lado delas. Apesar de muitos terem recebido o ensino intenso sobre a vida eterna, não
foram eles capazes de se relacionar de fato com a vida real que estava ao seu alcance.
Também no estudo “Letra ou Vida”, os resultados de cada um dos dois sistemas de
ensino citados neste capítulo como Nova Aliança e antiga aliança foram expostos com
mais detalhes, segundo o seguinte texto:
2 Coríntios 3: 4 E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus;
5 não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se
partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,
6 o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra,
mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
A escolha por um determinado sistema de ensino é diretamente relacionada com os
resultados que se pode obter do sistema de ensino escolhido.
13
C3. O Ponto Crucial do Ensino e Aprendizado na Nova
Aliança
Para iniciarmos este novo capítulo, gostaríamos de repetir parte do texto
mencionado no capítulo anterior, sugerindo que o leitor preste atenção especial nos
aspectos de ensino que nele se encontram.
Hebreus 8:10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois
daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também
sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo.
11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até ao maior.
Há muitos pontos no texto de Hebreus 8 que são dignos de grande atenção e de uma
mais profunda reflexão, mas neste estudo queremos nos concentrar mais no aspecto de
ensino e aprendizado, visto que este aspecto afeta todo e qualquer outro ensino e
aprendizado que uma pessoa almeje alcançar.
Em outros estudos procuraremos expor mais detalhes sobre as alianças descritas na
Bíblia e as implicações que ocorrem se as pessoas as aceitarem ou rejeitarem. Neste
presente capítulo nós queremos avançar mais intensamente no propósito maior deste
estudo no que se refere ao ensino e ao aprendizado.
Dependendo do aspecto que será ensinado a uma pessoa, um dos fatores mais
imprescindíveis para que ocorra de fato um ensino adequado, é a capacidade e
habilidade que o ensinador tem para ensinar a outros naquele aspecto específico.
Ressaltando mais uma vez o contido no parágrafo anterior, gostaríamos de destacar
que o êxito do ensino, dependendo da área e do aspecto a ser tratado, está diretamente
ligado às qualificações que os educadores possuem, sendo que em muitos casos o êxito
no ensino somente poderá ser alcançado quando algum processo estiver diretamente
sujeito aos educadores adequados. Saber distinguir corretamente a quem cabe ensinar
determinados itens é um dos primeiros pontos de um ensino exitoso, e isto não é
diferente em relação à vida cristã.
Na educação em geral e, principalmente, na educação sobre a vida cristã, é
importante destacar que nem todo ensinador é capaz de dar assistência aos aprendizes
em tudo o que eles necessitam.
A não ser que um aprendiz perceba que o seu instrutor não esteja habilitado para
ensinar sobre certos assuntos, ele tenderá a aprender e reproduzir o erro que o seu
instrutor lhe repassar.
No texto de Hebreus que estamos usando como referência, fica evidente que o
ensino dos seres humanos para com os seus semelhantes e mesmo para com os seus
irmãos de fé em Cristo está exposto a uma séria limitação. Há ensinos que os cristãos
podem passar de uns para outros, mas há ensinos que o Senhor reservou para si e para
que sejam ensinados exclusivamente por Ele.
14
E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada
um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me
conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
Hebreus 8: 11
O texto de Hebreus 8 nos mostra, que na Nova Aliança em Cristo, há um nível de
aprendizado cristão que somente pode ser obtido diretamente com o maior “educador”
existente em todo universo.
Este texto de Hebreus faz uma referência às mesmas palavras que já haviam sido
anunciadas muitos anos antes pelos profetas Isaías e Jeremias e registradas nos seus
respectivos escritos. Estes profetas anunciavam o que aconteceria com a vinda do Filho
de Deus em carne ao mundo, mas também anunciavam muitos aspectos que mudariam
após esta vinda do Salvador como o Cristo para os povos.
O texto registrado em Hebreus e pelos profetas Isaías e Jeremias apresenta uma
afirmação muito direta sobre o ensino e o aprendizado e cujas palavras são
apresentadas como ditas diretamente por Deus, para serem assim registradas em Seu
nome para que fossem conhecidas por aqueles que teriam a possibilidade de viver a
Nova Aliança em Cristo.
Deus, por meio dos profetas e do autor de Hebreus, comunicou-nos que há um
ensino essencial na vida das pessoas na Terra que é exclusivamente Dele e também
comunicou-nos de que ninguém deveria tentar executar este ensino que pertence
somente a Ele.
Entretanto, o Senhor não somente estabelece uma limitação do ensino das pessoas
em relação aos seus próximos, Ele também apresenta a explicação da razão da restrição
ser adotada.
Vamos repetir parte do texto referenciado novamente:
Hebreus 8:10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois
daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também
sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo.
11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até ao maior.
A base da mudança do ensino na Nova Aliança ocorre porque há uma mudança de
relacionamento das pessoas com Deus. A Nova Aliança em Cristo alterou para sempre
as possibilidades de acesso das pessoas a Deus e também por isto que o ensino sofreu
uma série de mudanças.
Efetuando um olhar rápido sobre o texto em referência, pode-se pensar que este
texto refere-se a uma restrição generalizada do ensino de uma pessoa para com seu
próximo ou uma restrição geral de ensino de um irmão para com outro irmão.
Essa limitação, entretanto, não estaria em conformidade com vários outros textos da
Bíblia para os cristãos.
O texto de Hebreus 8 verso 11 não é uma restrição generalizada de ensino das
pessoas entre si, pois isto seria algo impraticável visto que muitos instantes as pessoas
estão ensinando umas as outras e aprendendo umas com as outras.
15
O texto de Hebreu 8 verso 11 precisa ser lido como uma sentença completa, tal qual
ela está apresentada nas Escrituras. Neste texto há uma limitação de ensino expressa
claramente, mas também é dito nele qual é a restrição de ensino a que ele se refere.
O texto de Hebreus 8 verso 11 não diz para nenhuma pessoa ensinar mais as outras
pessoas, mas diz que uma pessoa não deve ensinar ao seu próximo ou a seu irmão
dizendo: “Conhece ao Senhor”, e, conforme já citamos, explica a razão pela qual uma
pessoa não deve ensinar ao próximo e ao irmão neste quesito.
Para ampliar a compreensão deste texto é importante observar que a frase do verso
11 de Hebreus 8 é apresentada em um contexto que está comparando duas formas
distintas de vida e que são resultantes de duas alianças de vida que são relatadas nas
Escrituras.
Quando Deus, por meio do Senhor Jesus Cristo, introduziu uma Nova Aliança de
vida que as pessoas poderiam passar a fazer com Ele, Deus também introduziu uma
mudança na forma de ensino entre as pessoas.
Em linguagem contemporânea, talvez, poderia ser dito que a Nova Aliança oferecida
por Deus, por meio de Cristo Jesus, trouxe também um novo padrão educacional para
as pessoas que desejarem aderir à Nova Aliança de vida com Deus.
Com o advento da Nova Aliança, não só os conteúdos para o ensino das pessoas foi
alterado, mas toda a estrutura de ensino sofreu drásticas mudanças, começando pela
principal narrada no texto de Hebreus 8 verso 11. Esta mudança da estrutura de ensino
veio para introduzir uma nova forma de ensino de Deus para com as pessoas e veio
afetar o ensino das pessoas umas com as outras.
É importante notar que com a vinda do Senhor Jesus Cristo em carne à Terra e por
meio da sua obra na cruz do calvário e da sua ressurreição, não somente o
relacionamento das pessoas para com Deus sofreu grande alteração, mas o
relacionamento das pessoas entre si também sofreu grande alteração. E se o
relacionamento das pessoas sofre mudanças, também as formas de ensino acabam
sofrendo alterações.
Uma troca de acordo de relacionamento entre partes implicou também na vinda de
uma nova forma de ensino em substituição ao modelo da antiga forma de
relacionamento.
Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.
Hebreus 8:7
Hebreus 8:13
Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se
torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.
No estudo sobre “A Adequada Divisão da Palavra da Verdade” foi tratado o aspecto
de que um trabalhador que quer se dedicado às obras de Deus, precisa também ser
hábil em separar adequadamente os assuntos distintos na Bíblia, a fim de distinguir o
que é dirigido para sua aplicação e o que não lhe é aplicável.
Assim sendo, por meio dos profetas, Deus antecipou um pronunciamento daquilo
que haveria de vir através da vida e obra do Senhor Jesus Cristo, o qual foi feito o
mediador desta “Nova Aliança”.
16
A Nova Aliança oferecida por Deus foi referida por Paulo como a aliança que fora
dada como a opção de Deus para que as pessoas não precisassem mais estar debaixo da
aliança da letra, a aliança que mata em vez de produzir vida.
A distinção destas alianças é fundamental, pois há coisas que são pertinentes
exclusivamente à Nova Aliança e há coisas que são especificamente da aliança antiga.
Se alguém quer viver na antiga aliança, terá os princípios desta aliança. Da mesma
forma, se alguém optar pela nova, estará optando em conhecer e viver nesta Nova
Aliança. Para que uma pessoa viva o novo, ela terá que abrir mão dos acordos da velha
aliança, assim como citamos no exemplo dos solteiros que passam para a condição de
casados, pois a antiga aliança e a Nova Aliança não são compatíveis.
Conforme já foi citado no texto de Hebreus que estamos considerando, há uma
afirmação bem explícita de uma mudança de relacionamento das pessoas entre si e
delas para com Deus e que afeta os critérios de ensino entre eles.
Na aliança antiga, as próprias pessoas escolheram tentar ter um relacionamento com
Deus por intermédio de outras pessoas, chamadas de Sacerdotes. Os sacerdotes eram
homens escolhidos e instituídos para se apresentarem a Deus como os representantes
do povo e, claro, vice-versa, como aqueles que trariam ao povo os ensinos de Deus.
Os sacerdotes deveriam ouvir as causas do povo e apresentá-las a Deus e deveriam
trazer ao povo as respostas de Deus.
O serviço de mediação de pessoas por outras pessoas era um dos pilares da “antiga
aliança”, mas conforme já vimos no texto de Hebreus, esta aliança tinha muitos defeitos
irreparáveis, não era sem falhas e sem erros, demonstrando assim a necessidade de
uma aliança perfeita.
Na antiga aliança o povo era instruído a ter contato com Deus por meio de outros
mediadores que também eram imperfeitos, como todas as pessoas são. Devido a isto, o
povo nunca conhecia a Deus diretamente na sua vida pessoal e as pessoas do povo só
ouviam falar sobre Deus por intermédio de outros.
O que o povo conhecia sobre Deus, na velha aliança, era o que os outros lhes diziam,
mas não conheciam pessoalmente a Deus através de um relacionamento individual.
A “Nova Aliança”, contudo, trouxe mudanças cruciais exatamente neste ponto. Na
Nova Aliança não são mais aceitos os mediadores imperfeitos. Aquele modelo, aquele
“sistema de intermediação”, se tornou antiquado.
Como a vinda da “Nova Aliança” mudou o acesso das pessoas a Deus, ela também
abriu a possibilidade de encerrar a adesão à maneira de ensinar da antiga aliança.
Com a vinda e obra do Senhor Jesus Cristo “muitas boas novas” foram dadas aos
seres humanos, e, com certeza, uma das boas novas mais centrais dadas aos seres
humanos é que o Senhor Jesus Cristo trouxe e estabeleceu para eles o caminho da
RECONCILIAÇÃO PESSOAL DE CADA PESSOA COM O SEU CRIADOR.
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.
2 Coríntios 5:19
Que mudança radical ocorreu com a vinda de Cristo.
17
Depois da obra de Cristo na cruz do calvário e da Sua ressurreição, nenhuma pessoa
necessita mais de mediadores para consultar a Deus e para conhecer a Deus, o caminho
é direto, Deus com a pessoa e a pessoa com Deus.
Entretanto, a Nova Aliança não somente abriu o novo caminho, mas ela também
estabelece que este novo caminho seja mantido sempre da mesma forma, ou seja, se
alguém quiser seguir e permanecer na Nova Aliança, ele também deverá concordar em
que o acesso direto a Deus foi estabelecido de uma vez por todas e que isto não pode ser
alterado.
Tendo em mente essa característica da Nova Aliança, a declaração de Hebreus 8
para ninguém mais dizer ao seu próximo ou ao irmão que ele lhes ensinaria a conhecer
a Deus fica mais compreensível.
Na Nova Aliança, a principal forma de Deus se manifestar a alguém já
não é pela via de outros homens, mas diretamente a cada indivíduo, por
meio de Jesus Cristo e do Seu Espírito Santo.
Assim, se alguém quiser conhecer a Deus de fato, segundo a Nova
Aliança, terá que procurá-lo pessoalmente e diretamente. Esta é a única
maneira aceita na Nova Aliança, e como a antiga aliança já não tem
validade perante Deus, esta é única maneira aceita por Deus para uma
pessoa conhecê-lo de fato depois que Cristo veio à Terra em carne.
Na Nova Aliança, as pessoas podem ensinar ao seu próximo e aos seus irmãos sobre
o conceito e os critérios de vida da Nova Aliança e como eles mostram qual é o caminho
para Deus, mas não podem ensinar outras pessoas a conhecerem a Deus de fato, pois
isto estaria se opondo a um dos principais aspectos pela qual a Nova Aliança é oferecida
às pessoas.
Debaixo da Nova Aliança é possível montar uma série de estudos e ensinar a outras
pessoas de como é importante se relacionarem com Deus e de como Deus se oferece
para relacionar-se com as pessoas, mas estas séries de estudos não podem ter a
pretensão de serem os agentes que produzam o conhecimento efetivo de Deus para o
seu próximo ou para um irmão.
Um irmão pode falar a outro irmão dos benefícios que ele tem tido do seu
relacionamento pessoal com Deus, mas na Nova Aliança ele não poderá ensinar o seu
irmão a se relacionar efetivamente com Deus, isto na Nova Aliança é entre Deus e cada
pessoa.
Se Deus fala de uma determinada maneira com uma pessoa, pode ser que com outra
Ele fale de outra maneira. Deus conhece cada pessoa que existe e Deus sabe como se
revelar de forma viva a cada uma delas.
Uma maneira distinta de relacionamento também ocorre entre os pais naturais e
cada um de seus filhos. Os pais sabem que cada um dos filhos tem uma maneira
particular de se relacionar com eles. Um filho pode ter o hábito de prestar mais atenção
àquilo que os pais falam. Já o outro, pode ser mais disperso e os pais precisam se dirigir
a este de forma mais incisiva para que ouça, e assim por diante.
Deus conhece cada um dos filhos e Deus conhece cada pessoa.
O que um irmão pode ensinar ao outro irmão, o que uma pessoa pode ensinar ao seu
próximo, é de que Deus, o Pai Celestial, enviou Jesus, que veio a ser o Cristo para que
18
cada um tenha acesso direto a Deus e para que cada um possa clamar e buscar a Deus
pessoalmente.
O Senhor Jesus disse que Ele é o caminho, a verdade e a vida, mas Ele também
disse:
João 17:3
E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e
a Jesus Cristo, a quem enviaste.
João 3:16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Se a vida eterna é conhecer ao único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, e a vida
eterna é dada a todo aquele que crer, isto significa que todo aquele que crê tem o
direito a conhecer a Deus e ao seu Filho Jesus Cristo pessoalmente. Isto é
para todos os que creem, pois Deus não faz acepção de nenhuma pessoa para isto.
Na “Nova Aliança” não há nenhuma perspectiva para alguém executar o papel de
mediador de um relacionamento do Pai Celestial e do Seu Filho Jesus Cristo com
qualquer um dos filhos de Deus.
Pode ser que alguns tentem argumentar a respeito daqueles que recém vieram a se
tornar cristãos, dizendo: Como poderão ouvir e falar direto a Deus, sendo tão
inexperientes na fé cristã?
Para estes apresentamos as seguintes perguntas: O fato de um bebê recém-nascido
ainda não saber fazer uma distinção inteligente de quem é o seu pai e quem é a sua mãe
ou quem é o seu irmão, impede os pais de falarem com o bebê? Precisariam os pais de
um irmão deste bebê para poderem falar com o bebê por meio do irmão mais
experiente?
É claro que não! A conversa dos pais com o bebê não está na capacidade do filho se
comunicar com eles, mas na capacidade dos pais darem atenção e falarem com o bebê.
Algo similar acontece na Nova Aliança. O contato do Pai Celestial com os seus filhos,
ainda que muito novos na fé, não está na capacidade dos filhos saberem falar com
Deus, mas está na capacidade do Pai Celestial saber falar com cada filho, não
importando em que estágio de vida eles estejam. Ainda que pequenos na fé, ainda que
bebês na vida espiritual, ainda que sejam os menores aos olhos humanos, na Nova
Aliança o acesso é direto. Vejamos mais uma vez o texto de Hebreus em referência:
E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu
irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o
menor deles até ao maior.
Hebreus 8:11
Dizer que os “pequenos na fé”, os recém-natos na fé, precisam de mediadores para
ter um relacionamento com Deus, é dizer que o Pai Celestial é incapaz de se comunicar
com aqueles que Ele aceitou como seus filhos na fé e seria uma tentativa de se opor a
uma das principais colunas de ensino da Nova Aliança.
19
Os irmãos mais velhos deveriam ser os grandes incentivadores dos irmãos mais
novos para que estes busquem conhecer ao Pai Celestial e a Jesus Cristo diretamente e
pessoalmente.
As pessoas que já tem um relacionamento pessoal com Deus deveriam ser os
grandes comunicadores aos seus próximos para lhes falarem que o Senhor Jesus Cristo
abriu o novo e vivo caminho, e que por meio de Jesus Cristo todos podem chegar
diretamente ao Criador, a Deus e ao Pai Celestial.
Um irmão pode falar a outro irmão sobre o Pai Celestial, uma pessoa pode falar ao
seu próximo sobre seu relacionamento com Deus, mas a experiência de um
relacionamento pessoal, real e vivo terá de ser realizado por cada um diretamente com
Deus.
Na Nova Aliança somente a própria pessoa, do fundo do seu coração, pode pedir a
Deus para que lhe conceda um relacionamento vivo e amoroso com Ele.
Certa pessoa pode até ser usada por Deus para ser um instrumento através da qual
Deus compartilha um milagre a alguém. A pessoa que foi agraciada com o milagre,
dado por Deus por meio de um irmão ou de alguém próximo, pode até reconhecer que
aquele milagre veio de Deus para ela, ela pode até ficar consciente de algumas
características de Deus e do Seu poder, mas ainda assim, na Nova Aliança, ela tem uma
etapa a mais disponível a ela, a qual é Deus se revelando pessoalmente e
individualmente a ela ao ponto dela dizer por si só: “eu sei em quem tenho crido”.
Jó 42:5
Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.
Como falar sobre a leitura e o estudo da Bíblia sem falar que Aquele que inspirou a
Bíblia o fez para anunciar que Ele deseja um relacionamento vivo e individual com cada
um dos seus filhos?
Se alguém está sendo exposto a um ensino bíblico que anuncia a necessidade de
mediadores, ainda que somente para os chamados “primeiros passos”, os seus
educadores podem estar lhe ensinando coisas bíblicas, mas não estão eles ensinando a
“antiga aliança” que está descrita na Bíblia e colocando a si mesmos como mediadores
de outros?
Lucas 19:37 E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a
multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos
os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas
maiores alturas!
39 Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende
os teus discípulos!
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias
pedras clamarão.
Onde o Senhor Jesus Cristo está, todos têm o direito de clamar a Ele. E como o
Cristo ressurreto, Ele está em todo lugar por meio do Seu Espírito, e todos podem
clamar a Ele, adorá-lo e servi-lo diretamente.
20
Romanos 10:13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Ora, se Deus pode fazer pedras clamarem, por que Ele teria dificuldade em ouvir um
dos Seus seguidores, ainda que considerados “simples” ou “pequenos” por outras
pessoas?
É interessante observar nas Escrituras que muitos daqueles que se diziam fazer o
papel de mediadores para outros, eram também os únicos que se incomodavam com o
acesso direto do povo ao seu Cristo e ao seu Salvador.
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de
oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.
14 Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou.
15 Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus
fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e
perguntaram-lhe:
16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da
boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?
Mateus 21:13
Na Nova Aliança provida por Deus, por meio de Cristo, um cristão pode
ensinar a outros sobre Deus, mas somente Deus pode ensiná-los a conhecêlo pessoalmente na maneira que Ele quer que os Seus filhos o conheçam.
Na Nova Aliança cada pessoa é convidada a buscar a Deus diretamente
para ser ensinada pelo Senhor a conhecê-lo melhor e de forma íntima e
pessoal.
Conhecer “sobre algo” é diferente de “conhecer algo”.
Conhecer “o caminho e o mapa para chegar a um lugar” é diferente de “ir ao local e
conhecê-lo presencialmente”.
Conhecer “sobre uma pessoa” é diferente de “conhecer a pessoa”.
Hebreus 8:10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois
daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também
sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo.
11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até ao maior.
21
C4. O Principal Resultado do Ensino de Deus aos Seus
Filhos na Nova Aliança
Nos capítulos anteriores, foi explicado que sistemas distintos de ensino geram
resultados distintos e isto também ocorre em relação ao ensino oferecido por Deus aos
seus filhos na Nova Aliança.
Enquanto muitos sistemas de ensino no mundo têm a sua ênfase no conhecimento
informativo ou no desenvolvimento de habilidades em relação ao manuseio técnico de
ferramentas ou procedimentos, o ensino na Nova Aliança é primordialmente voltado ao
relacionamento.
Se, por exemplo, o alvo de um sistema de ensino é desenvolver habilidades técnicas,
o resultado compatível que ele deve almejar é que de fato os aprendizes a quem ele
oferece o treinamento venham a desenvolver e adquirir habilidades técnicas. Se uma
pessoa fizer algum treinamento em algum destes sistemas e adquirir as habilidades
técnicas ensinadas, mesmo sem um relacionamento mais ativo com os instrutores e
com os seus colegas de aprendizado, este sistema de ensino produziu o resultado que
almejava.
Se, porém, as pessoas responsáveis pelo treinamento técnico, usado como exemplo
no parágrafo anterior, também almejassem o desenvolvimento maior dos
relacionamentos dos seus aprendizes, elas também deveriam ter considerado este
aspecto nos alvos do sistema de treinamento que desenvolveram e deveriam ter
incluído ensinos específicos sobre o relacionamento almejado.
A clareza sobre os resultados que cada um dos sistemas de ensino almeja é um dos
principais fatores a ser compreendido e analisado quando alguém deseja avaliar ou se
envolver com um determinado sistema de ensino.
No texto de Hebreus 8, que já foi citado várias vezes neste estudo, encontra-se
exposta uma grande parte do sistema de ensino da Nova Aliança e uma grande parte
que esclarece sobre o funcionamento prático de como o ensino deve ocorrer na Nova
Aliança, como, por exemplo, o aspecto de que nenhuma pessoa deve ensinar ao seu
próximo e nem ao seu irmão dizendo “conhece ao Senhor”. Entretanto, estes aspectos
ainda são uma descrição sobre o funcionamento do sistema, eles ainda não são a
descrição dos resultados almejados.
Os sistemas de ensino são subdivididos em várias partes. Há as partes dos
instrutores, do programa de ensino, dos conteúdos, das técnicas de ensino e de
aprendizado, mas também há a parte dos objetivos ou resultados que se almeja atingir.
Uma vez que há o entendimento de que os objetivos ou resultados almejados
também são uma parte fundamental de qualquer sistema de ensino, pode ser observado
que os próprios resultados também podem apresentar subdivisões e que estas
subdivisões podem, inclusive, ter um grau de maior ou de menor importância.
Outro aspecto a ser observado na parte específica dos resultados de um sistema de
ensino, também é o fato de que os resultados podem ocorrer de uma forma sequencial.
Há resultados que ocorrem em conjunto com outros resultados e há aqueles que
somente ocorrem se alguns outros foram atingidos previamente.
Muitas vezes, o resultado final almejado em um processo somente é atingido se
alguns outros resultados parciais foram atingidos satisfatoriamente e previamente ou,
22
ainda, muitas vezes, o resultado final pode ser a própria expressão da soma de outros
resultados parciais alcançados.
No texto de Hebreus 8, verso 10 e verso 11, claramente podem ser observado alguns
resultados que ocorrem quando o sistema da Nova Aliança é adotado de forma
apropriada, a saber:
 E eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
 Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
Tendo em conta que o relacionamento é o primordial ensino na Nova Aliança,
também é razoável esperar que este ponto seja o aspecto primordial dos resultados
almejados no ensino que Deus oferece aos seus filhos.
O relacionamento onde uma pessoa pode conhecer o seu Único Criador
pessoalmente, onde ela pode optar por Ele como seu Deus e onde uma pessoa pode vir
a fazer parte do povo que é de Deus, são os resultados preponderantes daquilo que é
exposto no texto de Hebreus que estamos utilizando como referência.
Estes resultados preponderantes, porém, somente podem ser atingidos se Deus for
eleito como o instrutor sobre si mesmo para aqueles que querem alcançar o que é
proposto para ser alcançado na Nova Aliança.
Assim, quem ensina de tal forma que uma pessoa possa chegar aos primordiais
resultados almejados na Nova Aliança, é o próprio Deus.
E o que o próprio Pai Celestial ensina aos seus filhos e que faz com que eles cheguem
aos principais resultados almejados pelo ensino na Nova Aliança?
E o que o Pai Celestial ensina que faz com que os seus filhos venham a conhecê-lo
como Ele quer que O conheçam?
Entender e praticar o que o Pai Celestial ensina para que os seus filhos O conheçam,
é o primeiro resultado que precisa ser entendido e alcançado para que os resultados
primordiais do ensino na Nova Aliança sejam atingidos.
Compreender, receber e praticar o que o Pai Celestial ensina para que O conheçam, é
o principal resultado a ser alcançado por aquele que quer experimentar o que é descrito
sobre a Nova Aliança em Hebreus 8.
O ensino do Pai Celestial leva a um resultado que é, ao mesmo tempo, uma condição
prévia para que os resultados primordiais de Hebreus 8 sejam alcançados, bem como é
um resultado que se soma aos resultados primordiais de Hebreus 8 a ponto de se
misturar com eles como se, no final, ele mesmo fosse também um dos resultados
primordiais.
Em outras palavras, o ensino do Pai Celestial, de acordo com a Nova Aliança, leva a
um resultado prévio que, por sua vez, é o aspecto que leva as pessoas aos resultados
primordiais descritos em Hebreus 8, versos 10 e 11, e os concretiza.
Para que isso fique mais notório, gostaríamos de mostrar outro texto das Escrituras
onde o Senhor Jesus Cristo esclarece, de forma muito objetiva e simplificada, qual é o
resultado prévio que o ensino do Pai Celestial produz para que os outros resultados de
Hebreus 8 sejam alcançados.
23
João 6: 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu
o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo
aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.
Neste texto do Evangelho de João vemos mais uma vez confirmado o que já foi
citado anteriormente, de que na Nova Aliança “todos serão ensinados pelo próprio Pai
Celestial”. Este novo texto, todavia, acrescenta algo a mais do que aquilo que vimos no
texto de Hebreus 8.
O texto de João 6, verso 44 e 45, acrescenta objetivamente o resultado que é
produzido pelo ensino do Pai Celestial na vida de alguém que é aprendiz do Deus
Altíssimo.
O Senhor Jesus Cristo diz que: “todo aquele que da parte do Pai tem ouvido
e aprendido, esse vem a mim”.
O ensino do Pai Celestial sobre conhecer a Deus, tem como resultado prático o
encaminhamento de uma pessoa ao relacionamento pessoal com o Senhor Jesus Cristo,
pois aprouve ao Pai Celestial se revelar a nós por meio do Seu Filho Amado.
Se uma pessoa alcança o resultado do estabelecimento de um relacionamento vivo
com o Senhor Jesus Cristo, ela aprendeu a lição que a habilita para conhecer a Deus, ter
ele por seu Deus e que a habilita a ser o povo de Deus da Nova Aliança.
Depois que uma pessoa adentra na Nova Aliança, por meio da fé em Cristo, e começa
a ter consciência de que o relacionamento é um dos primordiais aspectos desta aliança,
Deus também quer que esta pessoa venha a ter entendimento sobre qual é o primeiro
relacionamento que o Pai Celestial deseja que um filho Seu conheça.
Quem é ensinado do Pai Celestial tem por resultado o relacionamento com o Senhor
Jesus Cristo que, por sua vez, é o meio ou o mediador para a pessoa achegar-se ao Pai
Celestial para conhecer e se relacionar com o Pai Celestial.
Quem se dirige ao Pai Celestial, para ser ensinado por Ele, é encaminhado para se
relacionar e ser ensinado pelo Senhor Jesus Cristo, que também é a expressão de quem
o Pai Celestial é e que ensina e encaminha as pessoas a se achegarem ao próprio Pai
Celestial.
A vida de Deus está em Cristo e Cristo está em Deus e Cristo é um com Deus.
João 10:30 Eu e o Pai somos um.
João 1:1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi
feito se fez.
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
João 8:12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me
segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.
24
João 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Um dos principais efeitos reais do ensino de Deus resulta no aprendizado de que há
uma necessidade de um relacionamento pessoal com Cristo por parte do aprendiz. Esta
é a marca do ensino que é genuinamente de Deus e esta também é a marca de que o
educando aprendeu de fato o que Deus quis lhe ensinar primordialmente.
Depois que uma pessoa aprende o relacionamento central da vida cristã com Cristo,
e o pratica, ela pode passar a crescer de forma exitosa nos ensinos do Senhor nas
demais áreas da sua nova vida recebida por meio da Nova Aliança.
João 15:4 permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o
ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós
o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
1 João 4:16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é
amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.
1 Coríntios 8:1b ... O saber ensoberbece, mas o amor edifica.
2 Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como
convém saber.
3 Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.
Mais importante do que saber muitos princípios bíblicos sobre a vida cristã, é saber
que a vida cristã é vivida com base no relacionamento com o Senhor Jesus Cristo. Este
é o grande ensino que Deus torna claro a todo aquele que se achega a Ele diretamente
por meio da fé e oração.
Se uma pessoa não aprender a lição de que o Pai Celestial ensina as suas verdades
por meio de Cristo, ela corre o risco de se enquadrar naquele grupo de pessoas que
examinam as escrituras, mas não chegam nunca ao conhecimento da verdade.
2Timóteo 3:7 que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da
verdade.
Uma vez que a pessoa é ensinada por Deus sobre a importância do relacionamento
com Cristo e o pratica, o próprio Cristo se dispõe a ensinar e a instruir àqueles que a Ele
se achegam sobre os demais aspectos de suas vidas.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso
e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
Quanto mais uma pessoa conhecer ao Senhor Jesus Cristo, mais ela poderá ser
ensinada adequadamente sobre o Pai Celestial e sobre todas as áreas da sua vida.
25
Oséias 6:3 Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a
sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia
que rega a terra.
26
C5. Ensino de Princípios e Sua Aplicação Personalizada
No livro bíblico de Romanos encontramos que Deus concede, conforme a sua graça,
um dom celestial de ensino a vários dos seus filhos.
Como, porém, pode alguém atuar adequadamente com este dom de ensino diante do
exposto nos capítulos anteriores?
Deus pode chamar pessoas para uma tarefa de ensinar sobre os seus princípios e
lhes conceder um dom para que o façam, uma dádiva especial para fazê-lo, mas é
importante que as limitações sobre o ensino descritas na Nova Aliança sejam
respeitadas.
A principal limitação que já foi exposta é de que ninguém na Nova Aliança é
chamado para mediar os seus semelhantes, e mesmo os irmãos de fé, no conhecimento
pessoal de Deus e do Senhor Jesus Cristo, sendo isto uma ação direta a ser realizada
por cada indivíduo junto ao Senhor.
A outra limitação no ensino que é de acordo com a Nova Aliança é sobre a questão
da aplicação específica de cada princípio a ser vivido pelo cristão.
Ensinar sobre um princípio escrito na Bíblia e desconhecido por uma pessoa que
deseja seguir a Cristo é algo bem diferente do que querer ensinar e supervisionar o
como e o quando que aquela pessoa deverá aplicar um ensino específico em sua vida.
Uma pessoa, por exemplo, pode ser ensinada de forma geral sobre o malefício da
mentira e o quanto isto não condiz com a vida na luz e com a vida com o Deus da
verdade. Entretanto, a sabedoria constante em como esta pessoa vai vencer a mentira e
como vai se aplicar à verdade nas mais diversas situações da sua vida pessoal é algo que
Deus pessoalmente vai ensinar a esta pessoa à medida que a vida dela for avançando.
Pode ser que aquele que esteja ensinando sobre o malefício da mentira nunca venha
a passar pelas mesmas pressões que o seu ouvinte passará em função do seu ambiente
de vida ou profissão. Jamais um instrutor humano dos princípios de Deus poderá
ensinar outros a como lidar com todas as situações que ocorrem na dinâmica prática
das vidas destes. Mas cada um pode buscar a sabedoria em Deus para a sua vida
pessoal. Deus pode, sim, guiar a cada um em verdade e em todas as situações
específicas.
Só Deus é capaz de estar com cada pessoa em todo o tempo.
A confusão no ensino, porém, começa a se evidenciar quando pessoas se inclinam ao
pensamento de que os seus semelhantes não conseguem ouvir a Deus sem mediadores
humanos e que Deus não consegue acessá-los diretamente por serem simples ou ainda
iniciantes na fé.
No capítulo 9 de Atos, sem nos estendermos muito no exemplo, vemos que Paulo
teve um encontro com Cristo antes mesmo de ser cristão e quando ainda se chamava
Saulo, e imediatamente após se render a Cristo recebeu instruções do Senhor sobre o
que fazer nos passos seguintes da sua vida.
Nas instruções que o Senhor deu a Paulo, estava inserida uma orientação que um
homem, chamado Ananias, viria falar com ele para lhe dar mais instruções do que
fazer. O Senhor Jesus, que já tinha ressuscitado e sido elevado aos céus, também falou
com um homem chamado Ananias e lhe deu instruções para que ele as transmitisse a
Paulo, que o aguardava.
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O Senhor Jesus é livre para falar com pessoas e instruí-las através de pessoas. E Ele
o faz desta forma quando deseja e quando é benéfico para o aprendiz, mas ainda assim,
foi o Senhor quem instruiu a Paulo diretamente e depois por meio de Ananias, e não foi
Ananias que a partir de si mesmo instruiu a Paulo. Também Ananias não chegou diante
de Paulo sem que Paulo nada soubesse sobre aquela situação, mas o Senhor Jesus já
havia dito a Paulo que Ananias viria falar com ele.
Por muitas razões Deus deixou as Escrituras para nós e Deus usa muitas pessoas
para anunciarem e para ensinarem sobre as Suas Escrituras. Com certeza um dos
propósitos de usar as Escrituras, inclusive, é para ajudar as pessoas a ganharem em
tempo para que possamos avançar além do que gerações passadas avançaram. Se cada
pessoa tivesse que reviver o que outros já viveram e ela tivesse que fazer o registro de
cada um dos seus aspectos, não haveria tempo hábil para ninguém viver e ir mais
adiante do que as gerações passadas foram.
As Escrituras dadas por Deus e o ensino de Deus por meio de outras pessoas
também podem servir como instrumento de validação e confirmação para uma pessoa
checar se ela está ouvindo corretamente a Deus, pois Deus não dará instruções pessoais
a uma pessoa que estejam em desacordo com os princípios que Ele deu anteriormente
para serem registrados formalmente. Deus não é um Deus de confusão.
1 Coríntios 4:6 Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a
Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não
ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de
um em detrimento de outro.
Entretanto, apesar do grande conhecimento que pode nos ser passado por meio de
outros e das Escrituras, as orientações pormenorizadas sobre as decisões
pessoais e a proteção específica para ficarmos na verdade, são atributos
que Deus reserva a si mesmo, e Ele o faz para compartilhá-los de forma
pessoal com cada um dos seus filhos.
Quem dá vida e protege de fato aqueles que confiam em Deus não são as Escrituras
em si mesmas, não é a letra, mas é o próprio Deus Único, Vivo e Soberano. O Senhor,
pelo Seu Espírito Santo, compartilha a sua vida à pessoa que vem a Ele e mostra a
adequada aplicação viva da Sua palavra na vida de cada um destes indivíduos.
João 15:5
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
João 16:13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a
verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e
vos anunciará as coisas que hão de vir.
Salmos 127:1 Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a
edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
1 Timóteo 1:17 Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém!
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Deus usa irmãos que ensinam a palavra da verdade, que expõem a palavra de Deus,
que nos inspiram com seus testemunhos e exemplos, mas a vida pessoal com Deus, no
final das contas, é para ser vivida no temor individual a Deus e na fé de que no tempo
oportuno Ele guiará cada um nas diversas decisões que se apresentam em suas vidas
diárias.
Romanos 8:14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de
Deus.
Estamos ressaltando esses aspectos, repetidamente neste capítulo, para reforçar
também que o ensino, o aprendizado e a efetiva aplicação do conhecimento aprendido,
são todos itens distintos uns dos outros e que precisam ser devidamente ordenados
para trabalharem em conjunto.
No estudo “Letra ou Vida”, por exemplo, foi feito o comentário de que o
conhecimento sobre a vida não é a própria vida em si.
Uma criança que está em gestação ou uma criança recém-nascida não depende do
seu conhecimento sobre a vida para viver, a vida está nela independente da sua vontade
e das informações que ela sabe sobre a vida.
Afirmar que o conhecimento sobre a vida e a vida em si são aspectos distintos,
contudo, não significa dizer que o conhecimento sobre a vida não seja importante.
Se por um lado podemos afirmar que a vida de uma criança independe do
conhecimento que ela tem sobre a vida, por outro lado, podemos dizer que a
continuidade da vida dela poderá ser grandemente afetada pelo conhecimento que
aqueles que cuidam da criança têm sobre a vida desta criança.
O conhecimento sobre a vida em muitos casos e momentos é determinante para a
continuidade e sustentação apropriada da vida e, neste sentido, parte da vida também é
resultado do conhecimento em si.
O conhecimento, porém, torna-se um cooperador da vida se ele também for
traduzido em ações e aplicações condizentes com o próprio conhecimento.
Essas ponderações nos levam a algumas considerações importantes, tais como:
 Estudar e aprender sobre algo é diferente de saber fazer algo.
 Saber fazer algo é diferente de fazer aquilo que se sabe ou de conseguir e ser
capaz de fazer aquilo que sabe.
Em alguns momentos podemos pensar que o simples repasse do conhecimento,
automaticamente, transforma uma pessoa em sabedora do que lhe foi repassado e que
este repasse a transforma em habilitada para realizar o que aprendeu.
Há, porém, muitos ensinos em que o entendimento e a habilidade para realizar os
mesmos somente são alcançados se também houver um favorecimento especial
concedido para que sejam de fato alcançados, como por exemplo:
Romanos 2:4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e
longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao
arrependimento?
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Existe uma série de lições a serem aprendidas pelos seres humanos, como o
arrependimento apropriado citado no texto acima, por exemplo, que somente podem
ser aprendidas se esta pessoa for agraciada por Deus para aprendê-lo. O
arrependimento apropriado, por exemplo, somente é possível de ser alcançado se a
virtude da bondade de Deus for estendida a uma pessoa.
Os cristãos podem detalhar conhecimentos informativos muito importantes para
outras pessoas e podem acrescentar preciosos ensinos em relação a eles, porém, a
direção e o momento adequado para aplicá-los, bem como toda a suficiência para
conseguir aplicá-los, são também de exclusividade do Senhor.
Filipenses 2:13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade.
Conforme já citado nos materiais desta série de estudos, o objetivo é oferecer por
meio deles alguns assuntos que cooperem para despertar os leitores para se
aproximarem mais do conhecimento das Escrituras, mas muito maior é o desejo de que
cada um dos leitores alcance a graça de conhecer e se relacionar pessoalmente com
Deus, que, conforme vimos nas palavras do Senhor Jesus Cristo, é a vida eterna, é a
própria vida que nunca acaba eternamente.
Mais do que saber sobre a aliança antiga e Nova Aliança, o objetivo destes diversos
estudos é cooperar para que cada um dos leitores possa ser abençoado pela graça de
Deus para conhecê-lo num relacionamento pessoal e crescente com o próprio Senhor,
onde Ele guia cada um na aplicação dos diversos aspectos da Sua perfeita vontade.
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C6. Há Um Só Mestre para a Vida de Um Cristão
Com o propósito de deixar ainda mais ampla a explicação de que o ensino na Nova
Aliança é completamente distinto de qualquer outra aliança e ensino na Terra, nós
gostaríamos de finalizar este estudo fazendo referência a algumas palavras proferidas
diretamente pelo Senhor Jesus Cristo enquanto estava em carne na Terra:
Mateus 22:8
Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso
Mestre, e vós todos sois irmãos.
...
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Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.
O Senhor Jesus Cristo é o único mediador entre as pessoas e Deus conforme
estabelecido na Nova Aliança. Entretanto, Ele também é estabelecido como o único
Mestre da vida daqueles que aceitam a Nova Aliança.
Ninguém é obrigado a aderir a “Nova Aliança” de vida, mas se o fizer, necessitará
saber o princípio dela que diz que SÓ UM É VOSSO MESTRE, SÓ UM PODE SER O
GUIA ou LÍDER DOS QUE ESTÃO NESTA ALIANÇA, a saber, O CRISTO.
O Senhor Jesus Cristo não inspirou outros a dizerem estas palavras, Ele mesmo,
como o Único Mestre dos Filhos de Deus, é quem o pronunciou claramente aos seus
discípulos e para aqueles que o querem seguir.
Na Nova Aliança, pode haver pessoas que ensinem a outros em áreas específicas de
conhecimento, mas isto não as torna mestres das vidas de outras pessoas e das vidas
alheias.
Um bom professor de matemática pode ser muito benéfico para que os aprendizes
venham a assimilar corretamente os princípios de funcionamento da matemática
propriamente dito, mas isto não lhe confere o direito de designar os caminhos da vida
dos aprendizes e nem designar onde poderão usar ou não a matemática que ele lhes
ensinou.
Um professor de um segmento específico é professor dos assuntos do segmento
específico e, perante Deus, ele não é chamado para ser o mestre geral das vidas das
pessoas e nem mestre das vidas das pessoas nas decisões das aplicações práticas
naquele segmento específico.
Os filhos de Deus, em última análise, recebem a instrução da aplicação prática do
conhecimento em suas vidas do próprio Deus por meio do Seu Espírito Santo.
João 14:26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos
tenho dito.
Uma pessoa pode ser um chefe, um supervisor de um departamento de uma
empresa, mas isto não a torna chefe da vida das pessoas que estão sob a sua supervisão,
com direito a dizer o que elas devem fazer ou crer em todos os aspectos da vida. Este
chefe é chefe do departamento e é posto para zelar pelo bom funcionamento de todas as
partes, inclusive das pessoas, mas isto não o faz chefe da vida das pessoas.
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O objetivo não é estender esse assunto neste ponto, mas é interessante observar
como muitas pessoas tendem a transferir as decisões das suas vidas para outros as
guiarem, e é interessante também ver como sempre surgem àqueles que gostam de ser
os guias dos outros, a despeito do Senhor dizer que não deveriam fazê-lo.
Sendo Jesus Cristo o Único Mestre da vida de um cristão, o Senhor pode escolher o
meio pelo qual Ele quer ensinar um discípulo e Ele pode fazê-lo mostrando aspectos da
natureza, das Suas Escrituras e pode contar a colaboração de outras pessoas para a
concretização de seu objetivo de ensino. Contudo, o fato de uma pessoa ser chamada
para cooperar com o Único Mestre, não a transforma em mestre da vida dos seus
semelhantes.
Quando os pais encaminham os seus filhos às escolas para serem ensinadas pelos
professores, isto não faz dos professores pais. Assim também Cristo concede dons
cooperativos no ensino, mas isto não transforma os que receberam os dons em mestres
das vidas das pessoas.
O fato de Cristo ter chamado apóstolos para cooperarem com Ele no início do
estabelecimento da fé cristã, não transformou, jamais, estes apóstolos em fundamentos
e apóstolos da vida dos cristãos. Eles eram enviados por Cristo como cooperadores do
Único Pastor, Apóstolo, Guia da vida de todos os cristãos e também o único
fundamento sobre o qual um cristão deveria edificar a sua vida.
Enfim, para aquele que quer ser cristão ou aquele que quer estudar e conhecer qual é
o conceito cristão de ensino ao próximo, voltamos a relembrar o pensamento sobre esta
“a forma de vida da Nova Aliança”, onde podemos aprender com os outros sobre Deus,
sobre as Escrituras, e isto pode ser muito útil até certo ponto, mas o conhecimento real
de Deus e a direção pessoal de Deus para a vida são uma experiência pessoal entre Deus
e cada indivíduo.
De acordo com as palavras sobre a Nova Aliança, Deus deseja pessoalmente e
diretamente participar do ensino e da educação de cada um dos Seus filhos. Toda a
abordagem sobre as Escrituras e sobre os diversos assuntos da vida é completamente
distinta quando realizada sob a constante instrução primordial do Senhor Jesus Cristo.
O próprio Deus anela guiar cada um dos Seus filhos no desenvolvimento harmônico
de todas as suas faculdades.
1 Pedro 5:10 Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna
glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar,
firmar, fortificar e fundamentar.
Salmos 27: 7 Ouve, SENHOR, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e
responde-me.
8 Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois,
SENHOR, a tua presença.
E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu
irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o
menor deles até ao maior.
Hebreus 8:11
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Bibliografia
Observação sobre Textos Bíblicos referenciados:
1) Os textos bíblicos sem indicação específica de referência foram extraídos
da Bíblia RA, conforme indicada abaixo.
2) Os destaques nos textos bíblicos, como sublinhado, negrito, ou similares,
foram acrescentados pelo autor deste estudo.
Bíblia EC - João Ferreira de Almeida Edição Comtemporânea (1990).
Editora Vida.
Bíblia LUT - Alemão - Tradução de Martinho Lutero (1912) - CD Online
Bible.
Bíblia NKJV - Inglês - New King James Version (2000) - CD Online
Bible.
Bíblia RA - Almeida Revista e Atualizada (1999) - CD OnLine Bible.
Bíblia RC - Almeida Revista e Corrigida (1995) - CD OnLine Bible.
James Strong, L. S. (s.d.). Léxico Grego de Strong - CD Bíblia Online.
Minidicionário Luft -15a Edição. (1998). São Paulo: Editora Ática.
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