Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 22 PSICOLOGIA E TRÂNSITO: PONDERAÇÕES SOBRE MEMÓRIA DE TRABALHO E ERRO HUMANO PSYCHOLOGY AND TRANSIT: PONDERATIONS ABOUT WORKING MEMORY AND HUMAN ERROR LIMA, Joice Oliveira de1; MANOEL, Denise de Matos1; SOUZA, Monay Larissa de1; SOUZA, Felipe Maciel dos Santos2; ARMÔA, Sandra Luzia Haerter3. Resumo A preocupação sobre o fenômeno trânsito tem conduzido a reflexões em várias áreas de estudos, sendo que as discussões atuais sinalizam a urgente necessidade de responder as problemáticas geradas por este fenômeno. No trânsito, o condutor se depara simultaneamente com vários estímulos, como a sinalização horizontal e vertical, um exemplo são as placas, semáforos, lombadas eletrônicas, acompanhados de seus atributos como as cores, formas, tamanhos, letras, números. A partir de levantamento bibliográfico em livros, apostilas e artigos publicados em revistas científicas e na internet, os autores buscaram identificar a relação de memória de trabalho com a tomada de decisão no trânsito, além de delimitar a memória de trabalho como objeto de estudo da Psicologia e áreas afins (Ergonomia, neurociência), bem como refletir sobre memória de trabalho, acidentes, erro humano, e tomada de decisão. A Memória de Trabalho (MT) é uma função cognitiva, referente ao armazenamento transitório de informações e reflete habilidades de representar mentalmente conceitos e atributos de um mesmo ou vários estímulos, sendo que seu estudo deve ser considerado primordial para a compreensão do processo de tomada de decisão, com a finalidade de evitar o erro humano, entendido como um termo genérico que abarca toda aquela ocasião, na qual uma seqüência de atividade mental e psíquica planejada, falha na busca do resultado esperado. Palavras-chave: Trânsito, memória de trabalho, erro humano, acidentes. Abstract The concern about the traffic phenomenon has been leading to reflections in several areas of studies, and the current discussions point to the urgent need to answer the problems generated by this phenomenon. In the traffic, the driver comes across several stimulations, such as the horizontal and vertical signaling, for example the plates, traffic lights, electronic ramps, accompanied by their attributes as the colors, forms, sizes, letters, numbers. Starting from literature review in books, study aids and articles published in scientific magazines and on the internet, the authors have tried to identify the relation between working memory with the decision making process in traffic, and also delimiting the working memory as an Psychology object of study and similar areas (Ergonomics, Neuroscience), as well as to contemplate about work memory, accidents, human error, and decision making process. The working memory (WM) is a cognitive function, regarding to the transitory storage of information and it reflects abilities to represent concepts and attributes of a same or some other stimulations mentally, and its study should be considered primordial for understanding the process of the decision making process, willing to avoid the human error, understood as a generic term that embraces all that occasion, in which sequence of planned mental and psychic activity, fails in the search of the expected result. Keywords: Traffic, working memory, human error, accidents. 1 Acadêmicas do 7º semestre do curso de Psicologia do Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados – MS. 2 Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) e pós-graduando em Gestão Estratégica de Recursos Humanos na Universidade Castelo Branco (UCB), Rio de Janeiro. 3 Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Doutoranda em Engenharia da produção (UFSC) com ênfase em Ergonomia. Professora no curso de Psicologia da UNIGRAN. LIMA, J. O. et al. Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 Introdução Segundo Armôa e Souza (2006), a preocupação sobre o fenômeno trânsito tem conduzido a reflexões em várias áreas de estudos. No Brasil, as vítimas de acidentes de mutilações permanentes são bruscamente impedidas de levar uma vida “normal”. As discussões atuais sinalizam a urgente necessidade de responder as problemáticas geradas por este fenômeno. A Associação Brasileira de Medicina do Trânsito (2001 apud SILVA, 2004) indica que 92% dos acidentes de trânsitos são eventos danosos, em regra, alheios à vontade humana, envolvendo veículos, pessoas, objetos ou animais. São provocados direta ou indiretamente pelo chamado fator humano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2004), a cada ano, 1,2 milhões de pessoas morrem e 50 milhões ficam feridas em acidentes automobilísticos. No Brasil, o número de mortes em acidentes de trânsito aumentou 7,2% entre os anos de 2001 e 2002, de acordo com os últimos dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (2002 apud ANTUNES; ARMÔA; MERINO, 2006, p.10), órgão do Ministério da Saúde. Em 2001, morreram 30.527 pessoas em acidentes de trânsito, em 2002 esse número aumentou para 32.730. Apesar da divergência nos números estatísticos, em 2002, a OMS colocou o Brasil entre os países em que há mais mortes no trânsito em todo o mundo. Um levantamento feito pelo Departamento Nacional de Trânsito do Brasil (2006 apud ARMÔA; SOUZA, 2006, p. 37) mostra que o número de vítimas fatais para cada grupo de 10 mil veículos apresenta uma inequívoca tendência de queda a cada ano. Além disso, enquanto o número de acidentes cresceu nove vezes entre as décadas de 60 e 80, o número de vítimas fatais aumentou, no mesmo período 4,5 vezes. Até mesmo o 23 número de acidentes apresenta tendência de queda, quando comparado com o aumento da frota de veículos. Ao elaborar este artigo, os autores pretendem identificar, por meio de levantamento bibliográfico, a relação da memória de trabalho com a tomada de decisão no trânsito, e delimitar a memória de trabalho como objeto de estudo da Psicologia e áreas afins, como Ergonomia e Neurociência. Metodologia Este estudo é do tipo revisão de literatura. A pesquisa bibliográfica pode ajudar a descobrir respostas para as diversas questões e representar uma fonte indispensável de informações, podendo até mesmo orientar as indagações. Os dados foram coletados por intermédio de livros, apostilas e artigos publicados em revistas científicas e na internet, que abordassem a temática de psicologia, trânsito, memória de trabalho e erro humano. Resultados e discussão Trânsito e memória de trabalho Para Amora (1999, p. 732) trânsito é o “ato ou efeito de caminhar; movimento, circulação, afluência de pessoas e/ou veículo; tráfego”. No Código de Trânsito Brasileiro (1997 apud LAZZARI; WITTER, 2005, p. 9) trânsito é considerado como “a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga” (p. 9). Rozestraten (1988) define trânsito como “o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes” (ROZESTRATEN, 1988, p. 4). O autor, em uma análise dessa definição, explica o LIMA, J. O. et al. Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 uso de alguns termos: vias públicas, pois o que ocorre em terreno particular não é trânsito oficial; sistema, pois é um conjunto de elementos que cooperam na realização de uma função comum, que é e o deslocamento; sistema convencional em oposição a sistema natural, ou seja, foi criado pelos homens e se trata de um convênio na sociedade; a finalidade é assegurar a integridade de seus participantes, cada um deve atingir seu destino são e salvo. O fenômeno trânsito, como consideram Moretzsohn e Macedo (2005), no mundo inteiro, atinge proporções alarmantes. Em diversos países, os problemas causados pelo trânsito configuram-se na perspectiva do meio ambiente, impactam na qualidade de vida das pessoas e, não raro, são casos de alarde na saúde pública. A preocupação sobre o fenômeno trânsito tem conduzido a reflexões em várias áreas de estudos (FIALHO, ARMÔA, 2006), sendo que as discussões atuais sinalizam a urgente necessidade de responder as problemáticas geradas por este fenômeno. Percebe-se que a demanda de uma aprendizagem constante e diversa é conseqüência também do fluxo de informação constante e diverso ao qual se está submetido no contexto do trânsito. As mudanças radicais na cultura da aprendizagem estão ligadas historicamente ao desenvolvimento de novas tecnologias na conservação e na difusão da informação. Sem dúvida, trânsito é uma resultante das aglomerações humanas. É no ambiente do trânsito que o condutor expressa, por meio dos seus procedimentos, a sua representação interna desse fenômeno composto pela interação entre três grandes subsistemas: o homem, a via e o veículo. Para haver uma locomoção segura e organizada são necessários três elementos principais: engenharia, educação e policiamento/legislação (SILVA, 2004). 24 Neste sentido, para garantir o equilíbrio entre esses interesses coletivos é que se estabelecem acordos sociais que, sistematizados, formam as leis. Rozestraten (1998, p. 38) aponta que se criam leis, normas e regras para o respeito e para a convivência, como formas de controle para o comportamento humano. É pelo ambiente normativo que se busca a segurança no trânsito. Com base na segurança no trânsito e na tentativa de compreender os acidentes e incidentes, é necessário estudar as funções da atividade cognitiva do condutor que refletem em seus comportamentos e decisões. A atividade cognitiva humana é a atividade de decodificar o mundo por meio das funções mentais, atenção, percepção, memória (GOMES, 2005). Gomes (2005, p. 113) afirma que “a atenção seleciona e dirige o foco da atividade cognitiva”. A percepção por meio desse foco traz os sinais dos objetos e das condições do meio circundante, por conseguinte se torna a fase de recolha das informações do ambiente. A memória vai fornecer os conhecimentos anteriores por meio de padrões comparativos para analisar a informação recebida. A capacidade de memorização humana apresenta três modelos de estocagem, quais sejam: memória sensorial, que consiste em um meio de armazenamento de capacidade limitada, que é conservada apenas por alguns décimos de segundos, sem possibilidade de alongamento; memória de trabalho, que se trata de um meio capaz de armazenar de 6 a 7 itens por poucos segundos e, por último, memória permanente/longo termo (MLT), que consiste em um meio de armazenamento de informações (um registro permanente), a partir da memória de trabalho (STERNBERG, 2000, DEL NERO, 1997). Para Baddeley (1986 apud LUNARDI, 2003) a memória de trabalho (MT) refere-se ao armazenamento LIMA, J. O. et al. Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 transitório de informações e reflete habilidades de representar mentalmente conceitos e atributos de um mesmo ou vários estímulos. No trânsito, o condutor se depara simultaneamente com vários estímulos, com a sinalização horizontal e vertical, um exemplo são as placas, semáforos, lombadas eletrônicas, acompanhados de seus atributos como as cores, formas, tamanhos, letras, números. Nesse momento, acontece a interação entre os conhecimentos já adquiridos anteriormente e os conhecimentos novos: significado das placas, modelos novos de semáforo e de aferição de velocidade. Segundo Sternberg (2000), memória de trabalho (MT) é uma parte da memória de longo prazo e também abrange a memória de curto prazo. Nessa perspectiva, ela controla a porção recentemente ativa na memória de longo prazo, transferindo os elementos ativados para dentro e para fora, em um breve armazenamento de memória. Assim, a MT atua como um sistema capaz de manter ativadas diferentes informações pelo tempo necessário para a execução de uma tarefa complexa (LUNARDI, 2003). Para Lunardi (2003), conceituando de uma forma geral, a memória de trabalho caracteriza mecanismos ou processos envolvidos no controle, regulação e manutenção ativa da informação de relevantes tarefas no sistema cognitivo, incluindo as novas ou familiares tarefas experimentais. Assim, é a principal componente do sistema cognitivo que o ser humano utiliza na tomada de decisão, por aquilo que se imagina que irá acontecer no futuro e que existe no primeiro momento apenas como representação mental. Sua ênfase está na manipulação da informação. De acordo com o modelo inicial de Baddeley e Hitch (1974 apud LUNARDI, 2003), a MT é formada por três componentes. O primeiro é o executivo central, dotado para ser um sistema de controle de atenção, sendo importante nas habilidades de jogar e 25 suscetível aos efeitos da doença de Alzheimer. Trabalha como um supervisor ou programador decide qual assunto merece melhor atenção e qual deve ser ignorado, enfim, é o componente-chave da memória de trabalho. O segundo componente é chamado de tábua de desenho viso-espacial, responsável pelo armazenamento limitado de informações visuais e espaciais. O terceiro componente, a curva fonológica, armazena um número limitado de sons e o traço de memória decai em dois segundos, exceto se o material for treinado. As informações fonológicas podem penetrar no armazenamento em três formas: direta, através por meio da apresentação auditiva; indireta, através por meio da articulação sub-vocal; indireta via formação fonológica, armazenada na memória de longo termo. Um exemplo claro dos componentes da MT está na tarefa de dirigir: Quando o motorista, ao invés de reter a atenção na sinalização, nos veículos e no tráfego, mantém toda sua concentração no celular ou em algum tipo de insatisfação, e acontece um imprevisto, o acidente pode ser conseqüência da diminuição da capacidade de reação (ANTUNES; ARMÔA; MERINO, 2006). Neste contexto, não há uma escolha perfeita que seja selecionada por todas as pessoas, pois na visão psicológica uma decisão adequada para um dado indivíduo depende do contexto específico. Todavia, o sistema cerebral do ser humano precisa comparar cada novo estímulo a situações semelhantes já vivenciadas, bem como, a memória de quais foram as conseqüências das decisões e como se sentiu após as conseqüências. Desta maneira, Fialho e Armôa (2006) apontam que a memória de trabalho deve ser cada vez mais estudada e pesquisada, pois é dela que deriva a capacidade tão puramente humana de decidir não pelo que está à sua frente, pelo que tem retorno imediato, mas por aquilo que se imagina que vai LIMA, J. O. et al. Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 acontecer no futuro, que no momento existe apenas como representação mental. A ponte entre experiências passadas e previsões do futuro é um dos mais importantes mecanismos de memória de trabalho. A memória “é, basicamente, esta intrusão do passado no presente, seja sob a forma de imagens, seja como instruções implícitas ou explícitas de como agir” (ADES, 1993, p.9). Segundo Xavier (1993, p.62) a memória pode ser considerada como uma “capacidade de alterar o comportamento em função de experiências anteriores”, para este autor a memória é um processo básico para a sobrevivência, com a finalidade primordial de gerar previsões. Isso implica que o estudo da atuação da memória de trabalho deve ser considerado primordial para a compreensão do processo de tomada de decisão, com a finalidade de evitar o erro humano. Tomada de decisão e erro humano O processo de tomada de decisão consiste na avaliação de várias opções relacionadas a um determinado estímulo, e na seleção daquela considerada mais adequada (STERNBERG, 2000). Essa escolha visa uma conseqüência com o máximo de vantagens para o sujeito, sejam elas imediatas ou compensadas no futuro. Nesse processo são utilizadas funções executivas, a fim de analisar o estímulo, posicionar-se sobre ele e elaborar as respostas. A memória de trabalho é uma função executiva, cujo papel é dar utilidade às memórias do sujeito, orientando o processo de tomada de decisão, permitindo a recordação sobre o que aconteceu (situações de decisões semelhantes vivenciadas no passado) e a organização de um comportamento de resposta voltada para um resultado futuro (PALMINI, 2000). No trânsito, esse processo tem uma importância especial visto que nesse 26 contexto o indivíduo tem que tomar decisões em frações de segundos (MARIN, 2000). French et. al. (1993, apud Marin e Queiroz, 2000) acreditam que por isso mais acidentes acontecem devido ao modo como as pessoas tomam decisões do que relacionadas às habilidades para controlar o carro. De acordo com Gubner (1998), na relação do homem com a máquina, o equipamento é cada vez mais confiável enquanto o erro humano é uma fonte potencial para acidentes significativos. A ação humana, em muitas situações, é de caráter errático diante das ocasiões complexas, o que se deve em grande medida à necessidade de tomar decisões rápidas e pouco pensadas, optando por uma única solução dentre um leque e quase infinito de possibilidades, que em muitas ocasiões, o cérebro é incapaz de avaliar todas as possíveis falhas que poderiam acontecer. Portanto, é necessário entender os complexos mecanismos do pensamento da pessoa que provocou o erro. O erro define-se como um termo genérico que abarca toda aquela ocasião, na qual uma seqüência de atividade mental e psíquica planejada, falha na busca do resultado esperado, sendo também, que esta falha não pode ser atribuída à intervenção de qualquer agente (GUBNER, 1998). Os erros, para Gubner (1998), têm aparências similares de um grande número de atividades mentais e assim identificam-se formas de erro comparáveis nas ações, na palavra, na percepção, no reconhecimento, no julgamento, na resolução de problemas, na tomada de decisão, na formação de conceitos, etc. Sendo assim, existem muitas formas de organizar e classificar os erros humanos, entre eles perspectiva cognitiva distingue basicamente dois tipos de falhas, que são: os lapsos e os enganos. Segundo Sternberg (2000), os lapsos são erros na realização de um meio intencional para alcançar um LIMA, J. O. et al. Interbio v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-3775 objetivo. Em geral os lapsos ocorrem mais provavelmente quando devemos desviar-nos de uma rotina e os processos automáticos, invadem impropriamente os processos controlados e voluntários, ou quando os processos automáticos são tão úteis para nós sob muitas circunstâncias, levando-nos a concentrar a atenção desnecessariamente em tarefas rotineiras. E os enganos são erros na escolha de um objetivo ou na especificação de um meio para atingi-lo, envolvendo os processos controlados e voluntários. Conclusão A elaboração deste artigo possibilitou identificar, por meio de levantamento bibliográfico, a relação da memória de trabalho com a tomada de decisão no trânsito. Como apresentando, o processo de tomada no trânsito tem uma importância especial visto que, nesse contexto, o indivíduo tem que tomar decisões em frações de segundos. Neste artigo, delimitou-se a memória de trabalho como objeto de estudo da Psicologia e áreas afins, como Ergonomia e Neurociência. Para entender a relação da memória de trabalho com a tomada de decisão no trânsito, fez-se necessário discutir as atividades mentais, que culminam no comportamento adotado no ato de dirigir. Assim, os processos e as formas de conhecimentos e representações, incluindo a memória de trabalho, constituem importantes objetos de estudo. O acidente de trânsito é um fenômeno multideterminado. Os comportamentos relacionados com a segurança são considerados como determinados por múltiplas causas, internas e externas ao indivíduo. Sendo assim, entender como o ser humano atua no ambiente do trânsito retira informações e reage aos outros elementos presentes, decidindo que ações tomar, faz parte do foco de atenção da Psicologia 27 cognitiva e áreas afins, constituindo um dos pontos fundamentais para que o condutor desempenhe suas tarefas com segurança e conforto evitando incidentes e acidentes que caracterizam o erro humano. Conhecer aspectos da conduta humana no trânsito é uma necessidade social e cientifica, visto que, cada vez mais as condições de transporte, deslocamento e circulação humana de um modo geral têm determinado significativamente a qualidade de vida e trabalho das pessoas. Desta maneira, considerando que o fenômeno trânsito atinge proporções alarmantes, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas com o mesmo objetivo aqui proposto. Referências bibliográficas ADES, C. Múltiplas memórias. Psicologia USP, 4, 9-24. 1993. AMORA, A. S. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa. 6 ed. 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