Mapeamento de inundações no Brasil: proposta de gestão ambiental através de um sistema de informações geográficas. João Paulo Rodrigues Pacheco da Silva Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita Filho. Avenida 24 a ,1515 CEP 13506-900 Rio Claro-SP. [email protected] Palavras chave: Desastres, Gestão Ambiental, Defesa Civil, Gestão ambiental e inundações ABSTRACT. Flooding is a phenomenon that has gradually increased in the last few years. This information can be confirmed by the records of disasters which were made available by the National Secretariat of Civil Defense. An analysis of these data allowed the creation of several maps which show the effects of flooding throughout the country. Based on this, this article proposes the use of a System of Geographical Information as an instrument of Environmental Management of flooding. RESUMO. As inundações são um fenômeno que apresentam gradual aumento nos últimos anos no Brasil. Estas informações são comprovadas pelos registros de desastres disponibilizados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. A análise destes dados possibilitou a geração de diversos mapas que mostram os efeitos das inundações em todo o país. Diante disso, este artigo propõe a utilização de um Sistema de Informações Geográficas como instrumento de Gestão Ambiental de inundações. 1 INTRODUÇÃO. As inundações são fenômenos de ocorrência antiga na historia do planeta, mais antigas que a existência do próprio Homem. Ultimamente têm ocorrido com grande frequência e magnitudes cada vez maiores em praticamente todas as regiões do Brasil, e, as conseqüências são grandes prejuízos financeiros e perdas de vidas humanas. Saber coexistir com as inundações através da mitigação dos seus impactos adversos é uma medida que deveria ser adotada pela sociedade civil e órgãos públicos, através de um planejamento urbano e ambiental integrados. A escolha do tema se justifica em razão dos presentes problemas e preocupações ambientais relacionados às inundações. O crescimento desordenado e acelerado das cidades, em conjunto com a falta de planejamento urbano e ambiental, propiciou o surgimento e ocupação de áreas consideráveis em relação à ocorrência de riscos e desastres naturais e sociais, estes fatores têm uma estreita relação com a vulnerabilidade social de determinadas populações, tendo como consequências prejuízos materiais de grande monta. O levantamento e análise de dados sobre a ocorrência de desastres comunicados a Defesa Civil possibilitaram a elaboração de mapas de inundações, desastres e vítimas. A distribuição espacial destes fenômenos apresenta números impressionantes quanto à ocorrência e vítimas das inundações. O uso destes mapas pode servir como ferramenta para a elaboração de um Sistema de Informações Geográficas para gestão ambiental e controle de inundações nas escalas municipal, estadual e/ou federal. 2 OCORRÊNCIA DE INUNDAÇÕES E DESASTRES AMBIENTAIS NO BRASIL. Na busca por um maior conforto a população passou a viver em um meio marcadamente artificial e construído, onde os rios se tornaram o lugar de destino da água pluvial e de lançamento de efluentes de diversas origens. Dessa maneira as cidades vêm se expandindo, registrando um aumento dos índices de adensamentos demográficos, mas na maioria dos casos não contam com qualquer tipo de planejamento, o que leva a deterioração e exploração não racional dos recursos naturais, especialmente dos recursos hídricos. Isto é, na busca de uma equivocada qualidade de vida, deterioram-se os recursos ambientais. A realidade brasileira, no contexto dos desastres ambientais, pode ser caracterizada pela frequência dos desastres naturais cíclicos, especialmente pelas inundações em todo o país, pela seca na região Nordeste, e por um crescente aumento dos desastres antropogênicos devido ao crescimento urbano desordenado, às migrações internas e ao fenômeno da urbanização acelerada sem a disponibilidade dos serviços essenciais relativos às infra-estruturas urbanísticas, de saneamento, entre outros. (BRASIL, 2007, p.14). Marcelino (2007 p. 19), utilizando dados sobre desastres do Banco Global Emergency Events Database (EM-DAT), mostrou que ocorreram 150 registros de desastres no período 1900-2006 no Brasil. Do total ocorrido, 84% foram computados a partir da década de 1970, demonstrando um aumento considerável de desastres nas últimas décadas. Como consequência, foram contabilizadas 8.183 vítimas fatais e um prejuízo de aproximadamente 10 bilhões de dólares. Diante destas conjunturas, os tipos de desastres mais frequentes no Brasil nos últimos anos foram as inundações, representadas tanto pelas graduais como pelas bruscas, com 59% dos registros totais, seguidas pelos escorregamentos, com 14% de 3 registros. A grande maioria dos desastres no Brasil, cerca de 80%, está associada às instabilidades atmosféricas severas, que são responsáveis pelo desencadeamento de inundações, vendavais, tornados, granizos e escorregamentos. Com relação à distribuição espacial, mais de 60% dos casos ocorreram nas regiões Sudeste e Sul. (MARCELINO, 2007, p. 19). Na busca de uma melhor compreensão deste artigo, torna-se necessário conceituar o termo inundação que, de acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), é definido como: “inundações são causadas pelo afluxo de grandes quantidades de água que, ao transbordarem dos leitos dos rios, lagos, canais e áreas represadas, invadem os terrenos adjacentes, provocando danos. As inundações podem ser classificadas em função da magnitude e da evolução”. (BRASIL, 2007, p. 45) Kobiyama (2008, p.8) conceitua tal evento como: “a inundação é o resultado de uma grande quantidade de chuva que não foi suficientemente absorvida por rios e outras formas de escoamento, causando transbordamentos. A situação é pior nas cidades, porque os prédios, casas e o asfalto recobrem áreas antes cobertas por vegetação, que em um momento anterior seguravam a água no solo e também absorviam parte da chuva, isso tudo impede que a água se infiltre no solo, gerando a chamada "impermeabilização do solo.” 4 O USO DE GEOTECNOLOGIAS NO COMBATE A DESASTRES E COMO INSTRUMENTO DE SUPORTE AO PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL. Uma das principais ferramentas que podem ser utilizadas na gestão de riscos são as chamadas geotecnologias, representadas especialmente pelo Sistema de Informações Geográficas (SIG), o Sensoriamento Remoto e o Sistema de Posicionamento Global (GPS). As geotecnologias possibilitam a coleta, armazenamento e análise de grande quantidade de dados, que devido à complexidade dos desastres naturais, seriam praticamente inviáveis de serem tratados utilizando os tradicionais métodos analógicos. O termo geoprocessamento denota uma área do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações geográficas. Esta tecnologia tem influenciado de maneira crescente as áreas de cartografia, análise de recursos naturais, transportes, comunicações, energia e planejamento urbano, ambiental e regional. É utilizado largamente como fonte de tomada de decisões sobre problemas urbanos e ambientais, sendo uma ferramenta que pode ajudar em muito os administradores públicos na gestão do espaço urbano. O que distingue um SIG de outros tipos de sistemas de informação são as funções que possibilitam a realização de análises espaciais. Tais funções utilizam os atributos espaciais e não-espaciais das entidades gráficas armazenadas na sua base de dados, buscando fazer simulações sobre os fenômenos do mundo real, seus aspectos ou parâmetros. O aspecto mais fundamental dos dados tratados em um SIG é a natureza dual da informação: um dado geográfico possui uma localização geográfica e atributos descritivos. Outro aspecto muito importante é que os dados geográficos não existem sozinhos no espaço; tão importante quanto localizá-los é descobrir e representar as relações entre os diversos dados (INPE, 2009). 5 A importância da utilização de um SIG pelas autoridades governamentais se mostra presente em algumas etapas da gestão ambiental, como: prevenção, preparação, resposta e reconstrução, que de acordo com MARCELINO, (2008, p. 33-34) seriam: O uso das geotecnologias na prevenção concentra-se basicamente nas avaliações de risco. Os dados geoambientais que podem ser obtidos com o auxílio das imagens de satélite e GPS são transformados em planos de informações no SIG. Na preparação, momentos antes do impacto, as geotecnologias são utilizadas na definição de rotas de evacuação, identificação de abrigos e centros de operações de emergência, além da criação e gerenciamento de sistemas de alerta e elaboração de modelos meteorológicos e hidrológicos utilizados na previsão. Nas ações de resposta, com um SIG é possível gerenciar, de maneira eficiente e rápida, as situações mais problemáticas, como as ações de combate a sinistros (conter efeitos adversos) e de socorro às populações afetadas (busca e salvamento). No SIG, um banco de dados associados a um mapa da área urbana poderá fornecer informações completas sobre abrigos, hospitais, polícia, bombeiros, entre outros. Já o GPS é extremamente útil nas operações de busca e salvamento em áreas que foram devastadas. Essas áreas ficam muitas vezes descaracterizadas dificultando a orientação e a localização de ruas e edificações. Na reconstrução, as geotecnologias também são amplamente usadas na realização do inventário, avaliação dos danos e na identificação de áreas seguras para a realocação e reconstrução das comunidades afetadas. Informações que posteriormente são inseridas em um banco 6 de dados para serem utilizadas novamente na fase de prevenção e preparação do risco e na gestão ambiental. A AÇÃO DEFESA CIVIL E O MAPEAMENTO DE DESASTRES E VÍTIMAS. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), órgão responsável pela proteção da população em casos de desastres em todo o território nacional, disponibiliza em sua página eletrônica ( http://www.defesacivil.gov.br/) os registros dos desastres H ocorridos no país e comunicados à Defesa Civil . Os dados referentes ao ano de 2008 F indicam a ocorrência de um grande número de desastres no Brasil, em particular as inundações, que vitimaram mais de 1.500.000 pessoas. As informações detalhadas sobre tais eventos serão apresentadas em anexo ao final deste artigo. Em um país de extensão continental, com cerca de 8,5 milhões km², 7.367 km de litoral banhado pelo Oceano Atlântico e 191.480.630 milhões de habitantes (IBGE 2009), o Brasil apresenta características regionais específicas quanto à ocorrência de desastres ambientais, onde, de acordo com BRASIL (2009a), os desastres naturais mais prevalentes são: – Região Norte: incêndios florestais e inundações; – Região Nordeste: secas e inundações; – Região Centro-Oeste: incêndios florestais; – Região Sudeste: deslizamento e inundações; – Região Sul: inundações, vendavais e granizo. Uma pesquisa sobre informações básicas municipais realizada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou um panorama interessante sobre a incidência de desastres no Brasil. Destacando a ótica do gestor municipal, foi mostrado que no Brasil, entre os maiores desastres, destacam-se as inundações e que este processo está associado à degradação de áreas frágeis, 7 potencializada pelo desmatamento e ocupação de áreas irregulares. Os dados revelam que cerca de 50% dos municípios brasileiros declararam ter sofrido algum tipo de alteração ambiental nos 24 meses anteriores à pesquisa, sendo 19% relacionados às inundações. Este tipo de informação conduz os pesquisadores à conclusão de que no Brasil há uma relação muito estreita entre o avanço da degradação ambiental, a intensidade do impacto dos desastres e o aumento da vulnerabilidade social (BRASIL, 2005, p. 220). Em um evento sobre desastres ambientais destinado a prefeitos e dirigentes de instituições públicas e privadas realizado pelo Ministério da Integração Nacional e pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, em Brasília, no ano de 2002, foram traçados perfis regionais das inundações no território brasileiro. Foi destacado ainda que as enchentes e inundações ocorrem em todo o país e apresentam características e periodicidade específicas de acordo com cada região e com os aspectos relacionados às variações sazonais (BRASIL, 2002, p.5). Como resultados, e com base em dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil, foram elaborados mapas das inundações (Figura 1), vitimas (Figura 2) e um mapa que agrupa as inundações de acordo com as regiões do Brasil (Figura 3) no ano de 2008. Após as considerações finais, será apresentado um anexo com detalhes sobre a ocorrência de desastres no Brasil, estes dados são a fonte dos valores apresentados nos mapas a seguir. 8 Figura 1: Mapa de inundações no Brasil em 2008. Fonte: Brasil, 2009b. Organização: Silva. Figura 2: Mapa vítimas de inundações no Brasil em 2008. Fonte: Brasil, 2009b. Organização: Silva. 9 Figura 3: Mapa regional de inundações no Brasil em 2008. Fonte: Brasil, 2009b. Organização: Silva. DISCUSSAO DOS DADOS SOBRE DESASTRES E PROPOSIÇÕES. Analisando os dados sobre ocorrências de desastres registrados pela Defesa Civil, é possível inferir que em 2008 ocorreram 831 desastres no Brasil, destes eventos, 403 foram inundações, que vitimaram o total de 1.533.524 pessoas. As regiões Sul e Sudeste merecem destaque nesta análise, pois ambas concentraram no período de análise, 55% do total de desastres ocorridos no Brasil, e 594.100 vítimas de inundações. 10 Como dito anteriormente, a inundação é um fenômeno que tem sua ocorrência atribuída a inúmeras variáveis, tais como: impermeabilização do solo, alta declividade do terreno, ocupação de áreas de várzea, entre outros, além da vulnerabilidade social, que é a causa que leva muitas pessoas a ocuparem áreas de risco. Uma das formas de diminuir as estatísticas sobre desastres e vítimas é através da prevenção dos riscos que se efetiva com a elaboração de mapeamento de riscos. Segundo Brasil (2006, p. 49) de início, é necessário definir quais as áreas que serão objeto do mapeamento de risco, bem como a localização e a dimensão das mesmas. O Programa de Redução de Riscos do Ministério das Cidades recomenda que sejam priorizados os assentamentos precários nos quais já tenham sido registrados acidentes. Neste caso, a utilização dos mapas de desastres e de vítimas é uma importante ferramenta para a redução dos desastres de situações de risco. Em seguida, para que seja possível uma visualização da distribuição das áreas de risco mapeadas, é desejável que seja elaborado um mapa de localização destes locais, em escala que permita a análise da distribuição espacial destas áreas. Os dados componentes deste mapa de risco podem ser cruzados em um Sistema de Informações Geográficas, gerando um mapa de riscos final. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Saber coexistir com as inundações através da mitigação dos seus impactos adversos é uma medida que deveria ser adotada pela sociedade civil e órgãos públicos através de um planejamento urbano e ambiental integrados. Outra medida que poderia ser tomada neste sentido é a elaboração de um Sistema de Informações Geográficas que poderia servir de instrumento de gestão ambiental e de planejamento urbano, de um zoneamento ambiental 11 que orientaria as áreas a serem ocupadas e os locais do município onde a ocupação seria restrita ou proibida. Os SIGs também contribuiríam nas atividades de prevenção e preparação para riscos, possibilitando a diminuição dos desastres, e, em caso de ocorrências, tendo um caráter logístico, determinando como uma população atingida por tais eventos poderia ser evacuada e protegida. Os riscos devem ser avaliados por meio de perspectivas técnicas capazes de antecipar possíveis danos à saúde humana e ao meio ambiente. O uso de um Sistema de Informações Geográficas é uma boa ferramenta de gestão ambiental. Com o acesso a informação dos desastres ao nível dos municípios, é possível trabalhar com informações de setores censitários, realizando uma caracterização sócio-econômica e demográfica das áreas estudadas em seu menor nível de desagregação possível. 12 ANEXO. Estado Distrito Federal Acre Alagoas Amapa Amazonas Bahia Espirito Santo Goias Maranhao Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Para Parana Pernambuco Rio De Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondonia Roraima Santa Catarina Sergipe Tocantins Sao Paulo Ceara Piaui Paraiba Região Centro-Oeste Norte Nordeste Norte Norte Nordeste Sudeste Centro-Oeste Nordeste Centro-Oeste Centro-Oeste Sudeste Norte Sul Nordeste Sudeste Nordeste Sul Norte Norte Sul Nordeste Norte Sudeste Nordeste Nordeste Nordeste Sigla DF AC AL AP AM BA ES GO MA MT MS MG PA PR PE RJ RN RS RO RR SC SE TO SP CE PI PB total desastres 2008 inundações 2008 3 2 3 3 7 4 4 2 16 8 13 3 37 21 3 2 73 70 27 12 10 5 67 32 32 25 31 0 4 2 64 39 94 38 146 25 4 3 0 0 94 51 5 2 8 0 16 2 46 29 21 19 3 3 vitimas 2008* 900 13826 2130 7500 48806 6417 78778 84029 176106 80338 29230 94990 175327 0 800 287667 234736 37134 2014 0 94071 2060 0 1450 106206 112042 12139 *Vítimas de inundações. BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Ocorrência de desastres . 2009. Disponível em: http://www.defesacivil.gov.br/desastres/index.asp>. Acesso em: 28 mar 2009.) 13 REFERÊNCIAS. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de informações Básicas Municipais. Perfil dos Municípios Brasileiros. Brasília, 2005. ______. Ministério das Cidades. Prevenção de Riscos de Deslizamentos em Encostas: Guia para Elaboração de Políticas Municipais. Brasília, 2006. ______.Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Defesa Civil. Política Nacional de Defesa Civíl. Brasília, 2007. ______.Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Sistema Nacional de Defesa Civil. 2009a. Disponível em: <http://www.defesacivil.gov.br/sindec/index.asp>. Acesso em: 28 mar. 2009. ______.Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Situação de Emergência ou Calamidade Pública. 2009b. Disponível em: <http://www.defesacivil.gov.br/situacao/documentos.asp>. Acesso em: 28 mar. 2009 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Estimativa das populações residentes, em 1 de Julho de 2009. 2009. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2009/POP2009_DOU.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2009. KOBIYAMA, M. (Org.) Projeto universitário de extensão “Aprender hidrologia para prevenção desastres naturais”. Disponível em: <http://hercules.cedex.es/hidraulica/PROHIMET/Br07/Comunicaciones/Kobiyamayvarios.pdf.>. Acesso em: 10 fev. 2008. MARCELINO, E. V. Desastres naturais e geotecnologias: conceitos básicos. Santa Maria: INPE, 2007. Disponível 14 em:<http://www.inpe.br/crs/geodesastres/imagens/publicacoes/conceitosbasicos.pdf>. Acesso em: 14 out. 2008. ______. Desastres naturais e geotecnologias: conceitos básicos. Santa Maria: INPE, 2008. SPRING: Tutorial de Geoprocessamento. 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