ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 1.GEOGRAFIA

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COLÉGIO ESTADUAL MARCOS CLÁUDIO SCHUSTER – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
1.GEOGRAFIA: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia surgiu da necessidade de sobrevivência dos grupos humanos desde as suas
primeiras formas de organização. Seu avanço se deu pelos conhecimentos geográficos sempre
permeado pelas discussões ligadas a ocupação espacial e a dominação de povos e territórios.
A princípio, sempre buscou descrever os aspectos físicos da paisagem, sendo, portanto,
uma Ciência de cunho naturalista, vindo mais tarde, incorporar temas relacionados à dinâmica
espacial e sócio-político. Nessa perspectiva, o ensino de Geografia tem como proposta
desenvolver os conteúdos físico-ambientais e a produção do espaço geográfico, suas interações
com as atividades humanas e as conseqüências dessas interações.
Até o Séc. XIX não havia sistematização da produção geográfica, os estudos relativos a
este campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas, como por exemplo os mapas
antigos construídos inicialmente ligados a expansão territorial dos grandes impérios.
O pensamento da escola geográfica alemã teve como precursores Humboldt, Ritter, mas
coube a Ratzel destaque como fundador da Geografia sistematizada. O pensamento geográfico
da escola francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de La Blache. Foram
estas escolas as principais bases sistematizadas do conhecimento geográfico e que nortearam
grande parte da produção e do ensino até meados do séc. XX.
As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no séc. XIX e
apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No ensino Médio, o Colégio Pedro
II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo 3 o do decreto de 02 de
dezembro de 1837, que tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e
suas belezas naturais. No Séc. XX, caracterizou, na escola, pelo conceito
decorativo/enciclopedista focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do
nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional Brasileiro.
Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia e a instalação
de empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as relações de produção e
consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados à degradação da natureza.
A valorização da formação profissional contribuiu para transformações significativas no
ensino, regulamentada pela lei 5692/71 que afetou principalmente as disciplinas relacionadas às
ciências humanas, no primeiro grau, empobrecendo assim os conteúdos das disciplinas fundidas
e no segundo grau foram impostas as disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e
Educação Moral e Cívica em prejuízo da Filosofia e Sociologia.
O ensino da disciplina de Estudos Sociais, não garantia a inter-relação entre os
conteúdos de Geografia e História o que tornava esta disciplina meramente ilustrativa e
superficial.
Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de
Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História.
No Paraná essa mudança teve inicio em 1983, mas não houve o desaparecimento
imediato da disciplina de Estudos Sociais, o desmembramento só ocorreu após a resolução
número 6 de 1986.
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Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento
geográfico iniciada após a II Guerra, chegou com força ao Brasil, trazendo as discussões
teóricas em torno do movimento da Geografia Crítica. Deu-se novas interpretações aos
conceitos geográficos e ao objeto de estudo, trazendo as questões econômicas, políticas, sociais
e ambientais como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
A compreensão e incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e inicialmente
vinculada a programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos 80 e inicio
dos anos 90 e posteriormente na utilização de livros didáticos, escritos à partir daquela
perspectiva teórica. A construção coletiva do documento denominado “currículo básico”foi
resultado do movimento de renovação da educação.
Encontros e conferências realizadas no âmbito mundial priorizavam a educação como
alvo das reformas necessárias para a formação do novo perfil de trabalhador, necessário ao
Capitalismo no período histórico dos governos neoliberais de 1995 a 2002.
A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem
como a construção dos PCNs, representaram grandes avanços no âmbito educacional, no
entanto, a falta de criticidade e o ecletismo teórico na abordagem transversal, desfocaram nos
PCNs, as especificidades das disciplinas enquanto campo do conhecimento. Tudo isso,
associado no Paraná a uma orientação política neoliberal, que interpretou a autonomia da escola
como uma desresponsabilização do Estado em relação a educação, resultou entre outras coisas,
num grande número de disciplinas ofertadas na parte diversificada do currículo da Educação
Básica.
Um olhar mais atento pela história da disciplina nos dará, não apenas o conjunto de
conceitos que em cada período histórico foi importante para a explicação do espaço geográfico e
para fundamentar o ensino, como também aqueles necessários para a compreensão do espaço
hoje. Por exemplo, a “região” e “paisagem” eram, para a geografia clássica, mais do que
conceitos, quase o próprio objeto de estudo da Geografia. Naquela abordagem, o método de
pesquisa utilizado para a caracterização do espaço geográfico, reduzia-se a modernização das
inúmeras informações que o descrevia. Estes exemplos chamam a atenção para a necessária
coerência com que o currículo deverá manter em sua abordagem teórica, desde o enfoque do
objeto de estudo à compreensão de cada elemento do quadro conceitual de referência.
Consideramos que depois do quadro teórico da Geografia Clássica (região, paisagem, território),
o discurso da Geografia Crítica foi o que mais influenciou a prática pedagógica da escola.
Num primeiro momento esta Geografia reafirmou o espaço como objeto e acrescentou a
sociedade ao seu quadro conceitual. Por outro lado desprezou conceitos elaborados pelos
pensamentos geográficos que a precederam, na tentativa de romper com o Positivismo.
De maneira geral as teorias de aprendizagem que influenciaram e influenciam as
dimensões curriculares e a prática dos professores, podem ser assim definidas: Behavioristas,
cognitivas, interacionistas e sócio-históricas. No Brasil os diferentes pesquisadores acabaram
classificando estas teorias com termos diversos, como por exemplo, interacionismo, sóciointeracionismo e sócio-histórico. Estas terminologias foram algumas vezes interpretadas como
similares, mas possuem diferenças significativas. No ensino e pesquisa da Geografia há
influência destas teorias da aprendizagem e suas interpretações, o que nos remete para a
necessidade de incluir essa discussão em nossa formação continuada.
A política educacional paranaense desenvolvida a partir de 2003 tem demonstrado,
embora de forma branda, um compromisso com a formação do professor, podendo dessa
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maneira reorganizar seu papel pedagógico com clareza teórico-conceitual, restabelecendo as
relações entre o objeto de estudo da disciplina e os conceitos a serem abordados com a
construção coletiva do PCE , temos o retorno da geografia crítica.
Quanto à parte diversificada, a instrução no 04/2005 da SEED/SUED definiu para a
Geografia os enfoques da Geografia do Paraná, além da abordagem e forma mais
interdisciplinar dos temas ligados a cultura Afro, os quilombolas e a Educação do Campo como
parte integrante das discussões nas aulas de Geografia. Reconhecer o campo como território
educativo onde o camponês é reconhecido como o sujeito dinâmico e organizado, neutralizando
a dependência educacional urbana. Colocando a Educação do Campo no espaço dos direitos
sociais, onde o Campo deixa de ser considerado como quintal do urbano para a ser reconhecido
como local de formação dos sujeitos políticos construtores de sua própria história, revendo
valores e saberes, criando uma nova identidade.
Busca-se hoje a compreensão do espaço geográfico mundial e local, nas diferentes
especificidades, tanto na escala espacial como temporal. Nas diferentes formas de organização
das sociedades primitivas e complexas, industrializadas e não industrializadas. Além das
relações que se estabelecem entre a natureza-homem e sociedade e entre os homens. Buscando
ultrapassar a condição dos conceitos básicos da Geografia, articulando ao mesmo tempo ao
conhecimento cientifico e tecnológico. Dessa maneira vêm sendo construídas as diretrizes
curriculares, constituindo-se em um documento norteador aos professores em sua prática
pedagógica.
Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico - crítico que vincule o objeto da
Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagem metodológica aos
determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico.
Assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que
interagem fatores naturais, sociais econômicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se transforma
ao longo do tempo redefinindo conceitos e, conseqüentemente comportamento.
A Geografia que se propõe, parte da compreensão de que o espaço é entendido como
produto das relações reais que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. A sociedade não
é passiva diante da natureza; existe um processo dialético entre ambas que produzem espaços e
sociedades diferenciados em função de momentos históricos e específicos.
Torna-se urgente romper com a compartimentação do conhecimento geográfico,
considerando o conhecimento geográfico a partir de vários aspectos interdependentes, os
fenômenos naturais, a ação humana, as transformações impostas pelas relações sociais e as
questões ambientais de alcance planetário. As relações com a natureza e com o espaço
geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos, desde suas
primeiras formas de organização. Esses conhecimentos que permitiram às sociedades se
relacionarem com a natureza e modificá-la em beneficio próprio, também permitirão que se
desenvolvam estratégias de maior e melhor interação do ser humano na ocupação espacial e na
redução dos problemas gerados por tais práticas.
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2. CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
→ Dimensão econômica do espaço geográfico
→ Dimensão política do espaço geográfico
→ Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
→ Dimensão socioambiental do espaço geográfico
6º ANO – GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● A dinâmica do espaço geográfico, e a compreensão do mundo;
● A dimensão e a estrutura política do espaço geográfico em suas diversas regionalizações;
● A transformação demográfica, distribuição espacial e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural;
● A formação e transformação das paisagens naturais e culturais dentro da dinâmica da
natureza;
CONTEÚDOS BASICOS
- Formação e transformação das paisagens culturais;
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- A Mobilidade da populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Paisagem, espaço e lugar;
- O trabalho e a transformação do espaço geográfico;
- Orientação e localização no espaço geográfico;
- Apresentando o planeta Terra e sua origem;
- Como se formaram os continentes da Terra;
- A Terra em movimento: Placas tectônicas;
- Os continentes e as Ilhas oceânicas e ilhas continentais;
- Os oceanos e mares;
- A água nos continentes;
- As principais formas do relevo terrestre;
- Os processos de formação e transformação do relevo e o relevo brasileiro;
- Os climas da Terra e do Brasil;
- Conseqüências socioambientais poluição atmosférica, chuva ácida, efeito estufa, buraco na
camada de ozônio;
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- As grandes paisagens vegetais e a vegetação brasileira;
- O espaço rural e suas paisagens;
- Êxodo rural e sua influência na configuração espacial no urbano/rural;
- Problemas ambientais no campo;
- O espaço urbano e suas paisagens;
- Os principais problemas urbanos no Brasil;
- As atividades econômicas e os recursos naturais: extrativismo, agricultura e a pecuária;
- Da máquina a vapor a robô;
- Tipos de indústrias: o comércio e a prestação de serviços.
7º ANO – GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● a Formação, o crescimento dos espaços urbanos e a distribuição espacial das atividades
produtivas;
● A formação, mobilidade e a reconfiguração das fronteiras do território brasileiro;
● A transformação demográfica, movimentações migratórias e sua distribuição espacial;
● A dinâmica espacial da natureza, suas alterações e o emprego de tecnologias de exploração e
produção;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Formação do território brasileiro e sua localização;
- Regionalização do território brasileiro: regiões e políticas regionais;
- A população brasileira: quantos somos e onde vivemos;
- A diversidade da população brasileira;
- Movimentos migratórios no Brasil;
- A população e o trabalho no Brasil;
- Urbanização e industrialização no Brasil;
- Rede urbana, problemas sociais e ambientes urbanos;
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- O uso da terra no meio rural brasileiro;
- A concentração de terras e os conflitos no campo;
- Região Norte: apresentação e aspectos físicos;
- Exploração e ocupação da Região Norte;
- O desenvolvimento sustentável e as comunidades tradicionais;
- Região Nordeste: aspectos físicos;
- Nordeste: ocupação e organização do espaço;
- As sub-regiões do Nordeste e o espaço geográfico atual;
- Região Sudeste: aspectos físicos;
- A ocupação do Sudeste e a organização atual do espaço;
- A economia do Sudeste;
- Região Sul: Aspectos físicos;
- A ocupação e a organização do espaço sulista;
- Aspecto da população da Região Sul;
- A economia da Região Sul;
- Região Centro-Oeste: aspectos físicos;
- Impactos ambientais no Cerrado e no Pantanal;
- Centro-Oeste: expansão do povoamento e o crescimento econômico.
8º ANO - GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● A nova ordem mundial e o papel do Estado nas relações produtivas no espaço geográfico;
● As diversas regionalizações espaciais e a reconfiguração dos territórios do continente
americano;
● As transformações demográficas e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
● A dinâmica da natureza e sua exploração no uso de seus recursos;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- O comércio em suas implicações socioespaciais;
- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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- O mundo dividido: países capitalistas e socialistas;
- Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas e manifestações culturais e
socioambientais;
- Regionalização pelo nível de desenvolvimento;
- Países do Norte e países do Sul;
- Regionalização de acordo com o IDH;
- A economia mundial atual e as transnacionais;
- Os financiadores da economia mundial;
- Os blocos econômicos;
- Continente americano: localização e a regionalização;
- A formação histórica do continente americano;
- O continente americano: relevo, clima, hidrografia, clima e vegetação;
- A população da América;
- O desenvolvimento do setor primário e o crescimento do setor terciário;
- Estados Unidos: território, população e potência econômica e militar;
- Canadá: o maior país da América;
- México entre os países ricos e os países pobres;
- América Central: Ístmica e Insular;
- América Andina: Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, Equador e Colômbia, Guiana, Suriname e
Guiana Francesa;
- América Platina: Paraguai, Uruguai e Argentina;
- Brasil: potência regional e sua política externa;
- O Brasil e as organizações internacionais;
- O Brasil no mundo globalizado.
9º ANO - GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● Distribuição das atividades produtivas e econômicas no mundo globalizado;
● As organizações políticas e administrativas no mundo;
● A distribuição espacial e os indicadores estatísticos nos continentes;
● A complexidade dos espaços naturais e suas modificações;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a organização do
espaço geográfico;
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- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Estado, Território e Nação;
- As grandes guerras e a Guerra Fria;
- Conflitos atuais: as razões e os principais focos;
- Guerras mundiais e a Guerra Fria;
- Terrorismo e suas faces;
- A globalização e seus efeitos;
- Globalização e meio ambiente;
- Organização políticas Internacionais e regionais;
- Organizações econômicas;
- Quadro natural e problemas ambientais da Europa;
- A população europeia;
- Os países da Europa e a economia europeia;
- A Europa Oriental: a crise do socialismo e sua economia;
- União Europeia, o maior bloco econômico do mundo;
- A CEI (Comunidade dos Estados Independentes);
- Ásia: um continente de contrastes, aspectos gerais;
- A população e a economia do continente asiático;
- As civilizações asiáticas e suas religiões;
- Rússia: um país em transição
- O Japão e os Tigres Asiáticos, aspectos físicos, políticos, econômicos e sociais;
- China: um universo dentro do mundo;
- Índia: tradição e modernidade;
- África: quadro natural, regionalização e fronteiras;
- Fome e doenças na África;
-Configuração espacial do continente africano;
- Oceania; quadro socioambiental;
- Austrália e Nova Zelândia, aspectos físicos, políticos econômicos e sociais;
- As regiões Árticas e Antártica: os extremos da Terra e os desafios das ciências nas regiões
polares.
ENSINO MÉDIO – GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO
→ Dimensão econômica do espaço geográfico
→ Dimensão política do espaço geográfico
→ Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
→ Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1º ANO ENSINO MÉDIO – GEOGRAFIA
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● Fronteiras naturais e as questões ambientais;
● As fronteiras políticas – Estado, Nação, Território e suas administrações;
● Organização e expansão territorial dos espaços geográficos;
● Produção do espaço geográfico e os impactos ambientais;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A formação e transformação das paisagens;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico;
- A formação, localização, exploração dos recursos naturais;
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- O espaço em rede: produção, transporte, e comunicação na atual configuração territorial;
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- O comércio e as implicações sócioespaciais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Espaço geográfico, lugar e paisagem e sua representação através da cartografia;
- A formação do espaço natural: placas tectônicas e estrutura geológica;
- A formação do espaço natural: dinâmica interna e externa;
- O espaço brasileiro: relevo e estrutura geológica;
- Erosão e contaminação dos solos;
- As fronteiras naturais do mundo;
- As fronteiras naturais do Brasil;
- Impactos ambientais em biomas brasileiros;
- A atmosfera e a poluição do ar atmosférico;
- O espaço brasileiro: climas e domínios morfoclimático;
- Água: escassez, poluição e um ciclo;
- O espaço brasileiro: a hidrografia
- Desenvolvimento sustentável: problema global;
- Estado-Nação, território e fronteiras políticas;
- Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas;
- Terrorismo, religião e soberania;
- Oriente Médio: território e territoriedade;
- A formação do território brasileiro e sua posição geográfica;
- Organização político-administrativa e divisão regional do Brasil.
2º ANO ENSINO MÉDIO – GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● As fronteiras econômicas e as desigualdades sociais;
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● Desenvolvimento e subdesenvolvimento no Brasil e no mundo;
● As fronteiras humanas no Brasil e no mundo;
● A dimensão socioambiental e suas marcas no espaço urbano/rural;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- O comércio e as implicações socioespaciais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Crescimento demográfico: população mundial e do Brasil;
- Característica da população mundial;
- A globalização da pobreza: desigualdades e novas migrações;
- Características da população brasileira;
- Brasil: migrações internas e internacionais
- O processo de urbanização no mundo e no Brasil;
- Urbanização e crescimento urbano: metrópoles, megalópoles e megacidades;
- O capitalismo e a divisão internacional do trabalho (DIT)
- O mundo bipolar: a guerra fria;
- A economia no mundo: multipolaridade e globalização;
- O desenvolvimento e suas origens;
- América Latina e a pobreza;
- África: o Saara;
- As economias em transição e os últimos socialistas;
- China: potência do século XXI;
- Austrália e Nova Zelândia;
- Estados Unidos, a superpotência mundial.
3º ANO ENSINO MÉDIO – GEOGRAFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● A revolução técnico-científica-informacional no mundo globalizado;
● A formação e a estrutura dos blocos econômicos;
● A dinâmica da globalização e a estrutura em redes;
● A dimensão socioambiental no espaço global;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
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- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- A evolução da atividade industrial no mundo;
- A indústria nos países desenvolvidos: Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Canadá e Japão;
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- Países subdesenvolvidos industrializados;
- Brasil: país subdesenvolvido industrializado;
- A indústria no Brasil;
- O uso da energia no mundo;
- O problema energético no Brasil;
- Os recursos minerais do Brasil e do mundo;
- A agricultura, a pecuária e os sistemas agrários;
- A agricultura e a pecuária no Brasil: estrutura fundiária;
- Os organismos internacionais e as transnacionais;
- O comércio multilateral e os blocos regionais;
- O comércio exterior brasileiro;
- Europa: o continente dos blocos econômicos;
- A CEI e a herança da URSS;
- Outros blocos econômicos: Nafta, Mercosul, Apec e o projeto da Alca;
- Os transportes e as telecomunicações;
- Transportes e telecomunicações no Brasil.
As abordagens entre espaço e tempo, sociedade e natureza
A dimensão econômica do espaço geográfico dá ênfase à apropriação do meio natural
pela sociedade, considerando as relações de trabalho nos seus diversos modos, produzindo e
reproduzindo espaços econômicos desiguais, o que estabelece apropriações e transformações
espaciais distintas, nos âmbitos locais, regionais e globais.
A dimensão política do espaço geográfico se preocupa com as definições de territórios e
com as relações de poder. Por meio dos estudos de geopolítica, busca-se entender as relações de
poder que determinam as fronteiras, constroem a materialidade e configuram as diversas
parcelas do espaço geográfico, nos diferentes tempos históricos, levando assim o aluno a
compreender o espaço onde vive e a partir das relações estabelecidas entre territórios
institucionais e entre os territórios que eles se sobrepõem como campos de forças sociais e
políticas.
A dimensão socioambiental do espaço geográfico é vista como um sub-campo da
geografia, permitindo uma abordagem mais complexa, uma vez que não se restringe aos estudos
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da flora e da fauna, mais sim a interdependência das relações entre sociedade, elementos
naturais, aspectos econômicos, sociais e culturais. A sociedade não pode ser excluída na
compreensão da questão ambiental, mas sim vista como componente e sujeito dessa
problemática. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e econômicos, os problemas
socioambientais passam a compor também, as questões de pobreza, da fome, do preconceito,
das diferenças culturais, materializadas no espaço geográfico.
A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico se preocupa com as relações
culturais, da constituição, da distribuição e da mobilidade demográfica. Com as transformações
políticas, econômicas e sociais que aconteceram após a Segunda Guerra Mundial, onde houve
uma reavaliação entre as abordagens da Geografia relacionadas à cultura, culminando em
posturas mais críticas.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas de Geografia devem propiciar aos educandos a construção de um conjunto de
conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionadas à Geografia que
lhes permitam serem críticos e dinâmicos, interligando a teoria, prática e realidade, mantendo
uma coerência dos fundamentos teóricos.
Quando o professor entra em sala de aula, muitos são os desafios que se apresentam a
ele. É com esse espírito que deverá assumir o seu cotidiano profissional. Fugir das atitudes
padronizadas que congelam as multiplicidades de situações que interferem na relação
professor/aluno.
Na sala de aula, o professor deve planejar situações, considerando a própria leitura da
paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade e a extensão,
a análise e o trabalho com a pesquisa e a representação cartográfica.
É fundamental que o professor crie planeje situações de aprendizagem em que os alunos
possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, descrição,
analogia e sínteses são procedimentos importantes e devem ser praticados para que os alunos
possam representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e
lugares. O espaço vivido pelos alunos continua sendo importante para a compreensão da
realidade local relacionada com o global.
Para realmente trabalhar e valorizar o imaginário do aluno, não se pode reter a idéia de
que seu espaço esteja limitado apenas a sua paisagem imediata. É essencial se aprofundem as
mediações de seu lugar com o mundo, percebendo como o local e o global interagem no estudo
da paisagem. Não se deve restringir a mera constatação e sim explicar e compreender os
processos de interações entre a sociedade e a natureza, situando-as em diferentes escalas
espaciais e temporais, comparando-as, conferindo-lhes significados.
Trata-se de uma sequência metodológica que serve para provocar uma atitude de
reflexão, a partir de instrumentos teóricos, alinhados á prática, que possa permitir ao professor e
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aluno, um olhar dialético sobre os múltiplos espaços transformados historicamente pelos
homens.
Os problemas sócio ambientais e econômicos podem ser abordados a fim de promover
um estudo mais amplo de questões sociais, econômicas, políticas e ambientais relevantes na
atualidade. O próprio processo de globalização demanda maior compreensão das relações e de
interdependência entre os lugares, bem como das nações de territorialidade intrínsecas a esse
processo.
Ao pretender os estudos das paisagens, territórios, lugares e regiões, a Geografia busca
um trabalho interdisciplinar através de produções musicais, fotografias, cinemas, literatura,
entrevistas, passeios e visitas, produção de textos, coleta e confecção de cartazes, análise e
interpretação de dados estatísticos, mapas, debates, elaboração e apresentação de gráficos e
tabelas, etc. Esse conjunto de estratégias e ações permite a obtenção de informações que
possibilitem a interpretação das paisagens, o entendimento das transformações sócio-políticas,
ambientais e a compreensão do espaço geográfico como um todo.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem um caráter processual e não pode ser vista como instrumento de
autoritarismo, mas sim como forma de avaliar todo o processo de ensino-aprendizagem
incluindo o próprio trabalho do docente, garantindo diferentes formas de instrumentos e
recursos de avaliação de caráter progressivo.
O processo avaliativo é operacionalizado no sentido de obter fundamentos necessários
para análise do sujeito e suas relações com a sociedade, na dimensão histórica cultural,
considerando o trabalho escolar, através dos conteúdos e habilidades, contextualizados e
construídos socialmente, dando oportunidades aos educandos à apropriação, (re)construção do
conhecimento.
A avaliação com enfoque dialético, possibilita uma análise para que sejam detectadas
necessidades de mudanças, com base na realidade. Estas têm o objetivo de aprimorar a
qualidade de educação, dando ênfase à aprendizagem, pois sua função ultrapassa o ato de
constatar a mensuração dos conteúdos sem importância no contexto educacional e social.
Para a disciplina de Geografia, a avaliação além de levantar dados da aprendizagem do
aluno, retratando quando e como a aprendizagem está se efetivando. Também tem propósito de
impelir o professor a interpretar como está se encaminhando a prática pedagógica relacionadas
aos dados detectados. Portanto, esse processo tem função diagnóstica e prognostica: dará
suporte a (re)elaboração da prática e pontua os fatores que impedem os avanços e melhorias no
processo de aprendizagem, objetivando sempre combater sistematicamente os riscos de fracasso
escolar.
Avaliar, também é repensar a avaliação pedagógica, refletindo sobre as falhas desse
processo e propondo horizontes de melhorias para o mesmo, uma ação que sugere
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necessariamente renovação, haja visto, que implica modificar procedimentos que não
promovem o sucesso do aluno para apropriação de determinados conhecimentos.
Portanto, entender o processo avaliativo é adotar uma postura de observação intensa e
contínua durante todo o processo, para que as falhas possam ser diagnosticadas como elementos
capazes de mostrar ao professor o que ainda é preciso ser feito para garantir uma avaliação de
qualidade.
A atualização de índices qualitativos e quantitativos da suporte e auxilia a escola à partir
dos dados que comprovem sucessos e fracassos, permitindo assim, a tomada de decisões que em
relação às praticas pedagógicas. Sendo necessário o enfoque numa dinâmica teórico-prática,
com importância no ato de construir a capacidade de avaliar de maneira reconstrutiva. Isto quer
dizer que o processo de avaliação, coloca o professor e o aluno em condições iguais, de avaliar e
ser avaliado garantindo na construção deste processo o direito do aluno a aprender bem, com
qualidade formal e política.
O processo avaliativo desta disciplina, também respeita a deliberação 99, que preconiza
nas formas da lei, critérios específicos para efetivação da aprendizagem do aluno.
Qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, estas deverão estar
voltadas à formação plena do educando. Portanto, deve-se ter sempre o cuidado de deixar claro
quais são os métodos mais adequados que garantem atingir esse grande objetivo.
Partindo da seleção de conteúdos, mostrar aos educandos a relação homem-meio e a
organização do espaço geográfico, a partir das relações sociais de produção historicamente
determinadas.
Tudo isso, leva à reflexão sobre as seguintes condições que deverão ser propiciadas no
interior da sala aula:
1 - desenvolver um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro seja encarado como
desafio para o aprimoramento do conhecimento e a construção da personalidade e que todos se
sintam seguros e confiantes para pedir ajuda;
2 - que a organização da aula estimule a ação individualizada do aluno para que possa
desenvolver sua pontecialidade criadora, mas que, também, esteja aberto à compartilhar com o
outro suas experiências vividas na escola e fora dela;
3 - ofereça oportunidades, por meio das tarefas organizadas para a aula, em que vários possam
ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo, fortalecendo, assim,
sua auto-estima, atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho intelectual.
A avaliação deve ser um processo cumulativo, contínuo, significativo, estimulando o
educando na busca de novos conhecimentos. É necessário, portanto, mudar a relação ensino
aprendizagem e a relação educador-educando, eliminando o silêncio e a submissão do
educando. Em outras palavras a avaliação exige o domínio de conhecimentos e técnicas,
utilizando critérios claros e objetivos, tomando o erro e o acerto, elementos sinalizadores no
aperfeiçoamento do ensino aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação (provas, pesquisas bibliográficas e de campo, seminários,
projetos orientados em sala de aula e/ou em domicílio, experimentações práticas, entrevistas)
deverão priorizar questões que levem o aluno à pesquisar, refletir, criar e estimular sua
capacidade de desenvolvimento.
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As dimensões a serem avaliadas, deverão considerar:
Clareza na leitura e interpretação de textos didáticos e paradidáticos;
Compreensão e interpretação oral e escrita de conceitos geográficos básicos;
Capacidade de pesquisar e interpretar informações geográficas, utilizando diferentes recursos
fotografias, mapas, plantas, gráficos, documentários, Internet, CD-ROM e outros meios;
Capacidade em interpretar e analisar as inter-relações entre fenômenos naturais e humanos
utilizando vocabulário adequado da língua portuguesa para a Idade/Série/Conteúdo, na
produção de os, de relatórios e resultados de pesquisas.
Participação, interesse, disponibilidade, responsabilidade, autonomia e iniciativa na
apresentação e organização do material e dos trabalhos;
Apresentação e organização dos materiais;
Empenho nas atividades propostas na aula e nos trabalhos extra-classe;
Cumprimento das atividades domiciliares (tarefa);
Resolução de exercícios, leituras, produção e análise de textos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo Básico Para Escola Pública do Paraná.
Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Fundamental. Versão Preliminar Julho, 2006.
MARINA, Lúcia e Tércio. Geografia: Série Novo Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006.
MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006.
Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PIFFER, Osvaldo. Ensino de Geografia. Coleção Caderno do Futuro. IBEP.
SOUZA, Maria Antônia de. Educação do Campo: Propostas e Práticas Pedagógicas do
MST. Petrópolis, Rj: Vozes, 2006
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