54 Comparação e eficiência de cores... COMPARAÇÃO E EFICIÊNCIA DE CORES EM ARMADILHA MODELO EXTRATO-ETANÓICO COM ALETAS NA CAPTURA DE INSETOS-PRAGA ASSOCIADOS À Myrciaria jabuticaba (BERG) (MIRTACEAE) EDSON HENRIQUE DE AZEREDO1 1- Pró-Reitoria de Extensão. Universidade Federal Fluminense. Pinheiral, RJ, CEP: 27197-000. E-mail: [email protected] RESUMO: AZEREDO, E. H. de. Comparação e eficiência de cores em armadilha modelo extratoetanóico com aletas na captura de insetos-praga associados à Myrciaria jabuticaba (Berg.,) (Mirtaceae). Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v. 26, n2 p. 54-67, jul-dez, 2007. O trabalho foi realizado no período de Março de 2000 e Dezembro de 2001, na área de campo do Colégio Agrícola Nilo Peçanha da Universidade Federal Fluminense, no município de Pinheiral, RJ, objetivando comparar a eficiência de cores em armadilhas com aletas na captura de insetos-praga em plantas de jabuticabeira. Essas armadilhas apresentaram doze orifícios arredondados com 1,5cm de diâmetro. Utilizou-se como atrativo o extrato-etanóico de fragmentos de ramos, folhas, meristema de lenho e frutos retirados de diversos estratos e estádios fenológicos da planta. As “ïscas” foram colocadas em dois modelos de armadilhas (branca e verde) com seletividade a insetos benéficos. Observou-se, em 20 coletas, 3.345 espécimes pertencentes a cinco ordens, dentre elas o maior número concentrou-se na Coleoptera (com 1.642 indivíduos), predominando Scolytidae e Bostrichidae. Verificou-se, também, eficiência do atrativo sobre a dipterofauna (moscas das frutas), registrando-se 1.511 indivíduos. A dominância nas coletas foi por espécies de Tephritidae e Drosophilidae com, respectivamente, 751 e 436 visitantes. Além disso, verificaramse também na ordem Diptera, visitação de parasitos da espécie Tachinidae com 324 exemplares. Quantificouse ainda indivíduos pertencentes a Hymenoptera e Lepidóptera, sendo capturados 88 e 104 indivíduos. Os resultados demonstram a eficiência das cores nas armadilhas entomológicas, assim como do extrato– etanóico na atração de insetos-praga associados à M. jabuticaba Palavras-chave: Mirtaceae, armadilha entomológica com aletas, iscas, manejo ecológico de pragas. ABSTRACT: AZEREDO, E. H. de. Comparison and efficiency of colours in vane-trap ethanoicextract model in capture of insect-pest on M yrciaria jabuticaba (Berg.,) (M irtaceae) tree. Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v. 26, n2 p. 54-67, juldez, 2007. The objective to compared the colour efficacy of vane-trap in the capture of the insect-pest on Myrciaria jabuticaba tree. The study was carried between March 2000 and December 2001 in field area of Colégio Agrícola Nilo Peçanha of the Universidade Federal Fluminense, in the city of Pinheiral, Rio de Janeiro State, Brazil. This traps showed twelve circular holes with 1.5cm diameter. The ethanoic-extract were utilized as attractive constituted on the branch, leaf, bark meristem and fruit fragments retreated on the differents stratum and phenologic stadium of the plant. The bait in two traps examples (white and green) with selectived to beneficial insect were collocation. On twenty collect 3345 specimen belonging at five order within the major number concentrated in the Coleoptera with 1642 individuals, predominant Scolytidae and Bruchidae were observed. The efficiency of attractive on dipterofaune (fruit fly) were also verified in this catch, with 1.511 individuals registered. The species of Tephritidae and Drosophilidae fly, with 751 and 436 visiting, respectively, was the dominance in the collect. Visiting in the Diptera order of the parasite Tachinidae family with 324 examples were also verified. Individuals of the Hymenoptera and Lepidoptera order to captured (88 and 104 individuals) were again quantify. Based on the results the efficiency of the colours in the entomological traps as well as of ethanoic extract in attractiveness of the insect-pest in M. jabuticaba associated. Key words: Mirtaceae, entomological vane-traps, bait, pest ecological management. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 55 AZEREDO, E. H. de., et al. INTRODUÇÃO A jabuticabeira, Myrciaria jabuticaba Berg., Mirtaceae é uma árvore originária do Brasil, cujos frutos são roxo-escuros, com polpa esbranquiçada muito doce (GUIA RURAL, 1990), utilizados também na medicina caseira. O chá de cascas de jabuticaba é usado no tratamento de anginas, desenterias e erisipela; além de ser um excelente remédio contra asma. Em relação a sua madeira, é utilizada em vigamentos, obras internas, esteios, etc. A jabuticabeira é planta encontrada comumente em Minas Gerais, Espírito Santo, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Paraná (SANTOS, 1986) e, encontrada em menor escala, nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Pará, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Alguns insetos-pra. inidem sobre a M. jabuticaba (GALLO et al., 1988), principalmente em ramos e troncos, folhas e frutos; além de afetada por alguns tipos de fungo (SANTOS, 1986). Tendo em vista os danos provocados em diversas espécies botânicas por organismos fitófagos, foram desenvolvidos alguns trabalhos, visando o controle de pragas potenciais, sendo elas capturadas por meio de armadilha luminosa (KIKUCHI & MOCHIDA, 1995). Estudos sobre desenvolvimento da produção associado ao controle da infestação de Hypotenemus hampei em frutos de cafeeiros foram desenvolvidos por Beerwwinkle et al. (1999), e Lopez et al. (1987, 1990), utilizando armadilha com feromônio Moustafa (1983) e Whitford & Showers (1984) estudaram a eficácia de iscas no controle de Agrotis ipsilon; e, iscas borrificadas contra moscas das frutas, pulgões e cochonilhas estimulando a atividade dos inimigos naturais (UYGUN et al.,1987). Stewart (1994), comparando modelos de armadilha no monitoramento em culturas de batata, constatou que o número de Ostrinia nubilalis, machos (adultos) foi 7.4 indivíduos por semana. Em frutos de goiabeira serrana, Feijoa sellowiana Hickel & Ducroquet (1994) registraram a presença de Anastrepha fraterculus em Santa Catarina, Brasil. Hedstrom (1993) observou a dinâmica populacional, variação estacional e abundância de Anastrepha stricta, A. obliqua e Ceratitis capitata, em diferentes habitats e altitude, na Costa Rica. O uso de armadilha para monitoramento da inf estação de Ceratitis capitata e Bactrocera tryoni, em regiões ao Sul da Austráia foi registrado por Meats et al. (2002). Nas ilhas Queensland, na Austrália, Hancock et al .(2000), utilizaram campanha nacional de erradicação de Bactrocera papayae, em f rutos de Passiflora soberosa, por meio de estratégias de Manejo, tal como programas de monitoramento, quarentena e técnica de inseto estéril. Seewooruthum et al. (2000), na região sudeste de Mauritius, em programa de erradicação de Bactrocera dorsalis infestando várias árvores. Av aliando a abundância de Anastrepha striata, A. obliqua e Ceratitis capitata Hedstrom (1993) determinou, por meio de monitoramento com armadilha modelo McPhail, o número de adultos presentes em pomar de mangueira, na Costa Rica, cuja flutuação populacional baseou-se na fenologia, planta hospedeira e índices pluviométricos. Um número de armadilha e iscas foram testadas por Veloso et al. (1994), no estado de Goiás, Brasil, na captura de Anastrepha spp., e Ceratitis capitata, em pomares de citros, carambola, cerola, manga, jambo e goiaba. Steyn et al. (1997), utilizaram armadilhas feitas de garrafas plásticas no monitoramento de Ceratitis rosa (em maior abundância na família Tephrytidae), em pomar de goiabeira, na África do Sul. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 56 Comparação e eficiência de cores... Considerando o valor alimentício e medicinal dos frutos de M. jabuticaba, a importância econômica que os insetospraga representam nas diversas fases de desenvolvimento e pela carência de informações sobre seu manejo ecológico, motivaram a realização deste trabalho. Assim sendo, o objetivo foi comparar a eficiência de armadilhas quanto à coloração do frasco e eficácia do extrato-etanóico de diversos estratos da planta, no município de Pinheiral, Rio de Janeiro. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado no campus da Universidade Federal Fluminense, na área do Colégio Agrícola Nilo Peçanha (CANP/UFF). Utilizaram-se oito matrizes de M. jabuticaba, cultivar Sabará. As armadilhas foram construídas de recipientes PET, contendo doze orifícios arredondados com “aletas” em ângulo de aproximadamente 45º e diâmetro de 1,5cm, modelo idealizado por Azeredo/UFF-2000 para este estudo, conforme Figura 1 (A e B). Este detalhe objetiva, ainda, auxiliar o monitoramento, e evitar a ação direta do vento sobre as iscas entomológicas e, conseqüentemente, sua evaporação; além dessas aletas impedirem a penetração da água da chuva, como também, atuar de forma seletiv a à insetos benfazejos (borboletas, mamangavas, abelhas e outros) que efetivamente participam do processo de polinização e controle biológico de pragas em áreas de cultivo. Quanto à metodologia, determinou-se que cada planta, previamente enumerada, constituiuse em um tratamento e recebeu uma armadilha de impacto, com isca (atrativo) do tipo extrato-etanóico resultado da infusão de fragmentos de ramos e folhas (verde, senescente e em abscisão), meristema de lenho e frutos (fenologia verde intenso e maturação plena) da safra anterior, retirados dos estratos mediano e basal da planta. (A) (B) Fig. 1. Armadilha entomológica com aletas, modelo extrato-etanóico de diversos fragmentos de jabuticabeira, Myrciaria jabuticaba (Berg.,) (Mirtaceae). Observa-se frascos de coloração verde (A) e branca (B), utilizados na comparação de efeitos da isca e coloração na atratividade de insetos-praga. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 57 AZEREDO, E. H. de., et al. Posteriormente, as armadilhas foram estrategicamente fixadas conforme a disposição das plantas (ímpares e pares), localizadas lado norte e sul sendo, simultaneamente identif icadas, por armadilha verde e armadilha branca, de acordo com a numeração recebida na área de 1.580m 2 . Tais cores dos frascosarmadilha foram utilizadas, nesta pesquisa, apenas com o intuito de comparar a eficácia de atratividade, em cada modelo, tomandose por base a relação infra vermelho ambiental e plantas hospedeiras. Assim, a cor da planta e o olho do inseto são as variáveis exógenas e, de influência na máxima atividade e preferência por determinada planta-alvo; baseou-se no referencial teórico apresentado por Silveira Neto et al. (1976). Segundo este autor, “.. o inseto só se orienta para as partes favoráveis da planta”. Com base nesse conhecimento estima-se que a cor verde (do frasco-armadilha versus folhas da jabuticabeira), assim como, em interação à transparência do frasco branco versus refração luminosa entre os ramos de M. jabuticaba corroborem durante as amostragens de capturas. O atrativo foi colocado em uma mangueira com diâmetro interno de 5/16”, situada na parte superior da armadilha e, no fundo, o mesmo atrativo + água para conservar os insetos amostrados em cada captura. A armadilha número oito, de cor verde foi, aleatoriamente utilizada como testemunha, e localizada no centro da área. Nesse tratamento o atrativo fornecido foi apenas isca etanóica, como padrão, em comparação aos demais tratamentos, onde av aliaram-se as interações cor do recipiente-armadilha versus extratoetanóico de M. jabuticaba. Os espécimes capturados encontram-se depositados na Coleção Didática da Disciplina de Insetos–Praga e Doenças dos Vegetais do Colégio Agrícola Nilo Peçanha/UFF, em Pinheiral, RJ. Os dados foram avaliados pela análise de v ariância e as médias comparadas entre si através do teste de Tukey-Kramer a 5% de probabilidade de erro. RESULTADOS Os resultados verificados nas diversas capturas revelaram um total de 3.345 espécimes v isitantes de M. jabuticaba (Tabela 1). Baseando-se nesses v alores f oi observ ado que esses exemplares pertenciam a quatro ordens. Em relação às famílias detectou-se: Coleoptera (famílias: Scolytidae, Bruchidae, Cucujidae e Cerambycidae) com, respectivamente, 834; 604; 106 e 88 indivíduos; Díptera representada pelas famílias Tephritidae, Drosophilidae e Tachinidae registrando, 751; 436 e 324 exemplares; Lepidoptera (f amílias: Piraustidae, Stenomatidae e Pshychidae) registrando, 52; 34 e 18 indivíduos capturados; enquanto, na Hymenoptera a captura verif icou-se em Vespidae e Formicidae, com 52 e 36 indivíduos. Esta constatação assemelha-se a obtida por Custódio Jorge et al. (2001), que, avaliando a entomofauna coletada em armadilha de impacto (modelo Carvalho-47), concluiram que a família Scolytidae apresentou a maior freqüência dentre as famílias capturadas. Avaliando-se estatisticamente as amostragens, neste trabalho, verificou-se que, as diferenças significativas ocorreram entre os exemplares capturados nas armadilhas de número “2” (cor branca) versus armadilha “5” (cor verde) e, armadilha “5” (cor verde) versus armadilha“8” (cor v erde); quando, respectiv amente, apresentaram diferenças entre as médias de 18,45 e 17,6 (P< 0,05), através do teste de Tukey de comparação múltipla. Resultado sobre tal influência foi verificado por Maxwell (1968) em pomar de macieira cultivar “Maggot”, ao observar a atratividade de Rhagoletis pomonella que prefere o amarelo e o verde; assim como, em Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 58 Comparação e eficiência de cores... Tabela 1. Freqüências absolutas (F) e relativas (Fr) das principais ordens e famílias de insetos capturados em dois tipos de armadilhas (cor branca e verde) com aletas, modelo extrato-etanóico de Myrciaria jabuticaba, em 20 coletas no Município de Pinheiral, RJ. 2000/2001. O r d e m /F a m ília F F r (% ) C o le o p t e r a : S c o ly tid a e 834 5 0 ,8 0 B ru c h y d a e 604 3 6 ,7 8 C u c u jid a e 116 7 ,0 6 8 5 ,3 5 C e r a m b y c id a e S u b -to ta l 1 .6 4 2 1 0 0 ,0 0 D ip te r a : T e p h r itid a e 751 4 9 ,7 0 D r o s o p h ilid a e 436 2 8 ,8 6 T a c h in id a e 324 2 1 ,4 4 1 .5 1 1 1 0 0 ,0 0 S u b -to ta l H y m en o p tera : V e s p id a e 52 5 9 ,1 F o rm ic id a e 36 4 0 ,9 88 1 0 0 ,0 0 P ira u s tid a e 52 5 0 ,0 0 S te n o m a tid a e 34 3 2 ,6 9 P s y c h id a e 18 1 7 ,3 1 104 1 0 0 ,0 0 S u b -to ta l L e p id o p te r a : S u b -to ta l T O T A L capturas de Liriomyza sativa, em laranjeiras da Flórida (EUA), Tryon et al. (1980), verificaram ser aarmadilha amarela mais eficiente do que as de cores verde, amarelolimão, laranja e azul, em campos de olerícolas e plantas ornamentais. Em experimento piloto para controle de Ceratitis capitata, Ros et al. 3 .3 4 5 (2000), através de armadilhas, obtiveram resultados positivos, reduzindo a níveis de 85%. Em pomares de goiabeira cv. Beau, em Hauai, Hawai (EUA), Cornelius et al. (2001), conduziram experimentos visando o controle as moscas-das-frutas. Por outro lado, Alyoklin et al. (2001), avaliaram a abundância e comportamento de Bactrocera dorsalis em áreas de plantas Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 59 AZEREDO, E. H. de., et al. cítricas; e, Sar et al. (2001), reforçam as necessidades de estudo desse gênero, ao pesquisarem o desenvolvimento das espécie Bactrocera curcubitae (melão), B. musae (banana), B. frauenfeldi (manga); e outras como B. papayae, B. brioniae, B. moluccensis, B. stringifinis, B. atrisetosa, B. decipiens, B. neohumeralis, B. trivialis e B. umbrosa. As melhores comparações de médias encontradas, neste trabalho, ocorreram entre as amostragens realizadas nas armadilhas de número “2” (branca) e “5” (v erde) quando registraram, respectivamente, X ± DP= 12,9 ± 14,87 e 31,35 ± 18,62 indivíduos capturados (Tabela 2, Figuras 1A e 1B). Tais inferências são corroboradas pelos resultados do trabalho de Hendrix & Showers (1990), quando testaram diferentes cores de recipientesarmadilha para determinar se ocorreria a captura de mariposas (macho) de Agrotis ipsilon e Pseudaletia unipuncta. As cores utilizadas por esses mesmos autores foram amarela com fundo branco, todo verde com fundo branco, todo branco; e todo verde. Nesses recipientes as iscas f oram feromônio sexual. Determinaram que, na armadilha branca, a média de captura foi 46,1 mariposas (significativamente maior), seguida por 23,1 mariposas, capturadas em armadilhas toda branca; enquanto na de cor verde registrou significativamente a menor captura (10,9 indivíduos). Desta forma, esses resultados diferiram do encontrado no presente estudo, tendo em vista de que a cor verde mostrou eficiência, em condições de campo, para o caso da espécie botânica M. jabuticaba, em coletas realizadas na região Sulfluminense (RJ). Sobre o uso de armadilhas entomológicas, Liburd et al. (1998), estudaram o efeito de cores, atrativos, forma e orientação sobre Rhagoletis mendax. De acordo com Almeida (1986) os atraentes químicos podem atuar pelo odor liberado, quando destinados ao controle de pragas, atuando isoladamente ou em combinação com inseticidas. No caso, segundo esse autor, o método propicia o controle de moscas-das-frutas através de essências e sucos de pêssego. Podem ainda, ser utilizados para diagnose do pico populacional de adultos destas espécies, e decidir-se quanto à oportunidade do controle químico. Tabela 2. Médias ± desvio padrão das capturas de insetos-praga em plantas de jabuticabeira, aplicando-se a metodologia de armadilha modelo extrato-etanóico de diversos fragmentos de jabuticabeira Myrciaria jabuticaba. Pinheiral, RJ. 2000/2001. G ru po e C o m paração M é d ia ± D P 1 A rm a d i l h a 1 v e rd e 2 3 ,0 5 ± 1 8 ,9 7 a b A rm a d i l h a 2 b ra n c a 1 2 ,9 0 ± 1 4 ,8 7 d A rm a d i l h a 3 v e rd e 2 2 ,6 0 ± 1 6 ,3 4 a b A rm a d i l h a 4 b ra n c a 2 3 ,5 5 ± 1 8 ,1 9 a b A rm a d i l h a 5 v e rd e 3 1 ,3 5 ± 1 8 ,6 2 a A rm a d i l h a 6 b ra n c a 1 8 ,7 5 ± 1 7 ,0 7 b c A rm a d i l h a 7 b ra n c a 2 1 ,3 0 ± 1 2 ,0 5 b c A rm a d i l h a 8 v e rd e 1 3 ,7 5 ± 1 5 ,0 0 c d 1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P< 0,05). Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 60 Comparação e eficiência de cores... Observou-se, no período de amostragem a existência de interação significativa entre cor da armadilha e as tendências nas capturas. Essas diferenças foram igualmente significativas ao serem comparadas à testemunha (armadilha 8) que, capturou 13,75 ± 15,00 exemplares. Estudos sobre a atratividade de insetos, aplicando a metodologia da coloração de armadilhas, foram realizados e evidenciam resultados de importância econômica em diversas plantas hospedeiras. Dentre eles encontram-se os de Cruz (1988) que avaliando o efeito de cores em condições de campo encontrou valor altamente significativo. No caso, verificou que armadilhas nas cores amarelas e verde atraíram mais adultos de Liriomyza hidobrensis (Blanchard) comparadas à alaranjada ou vermelha; e, em feijoeiro, Nakano & Setten (1982) utilizando armadilha atrativa de coloração amarela, constataram uma redução significativa na população de Liriomyza spp. Já, nas capturas de Ceratitis capitata Salgado (1974) verificou que, as cores amarela e branca são as preferidas. Tabela 3. Análise de variância (ANOVA) da percentagem de insetos-praga capturados em Myrciaria jabuticaba. Município de Pinheiral, RJ. 2000/2001. Fonte de variação GL Tratamentos 7 SQ QM 4872.8 696.12 272.54 Resíduos 152 41579 Total 159 46452 CV (%) A análise de variância (Tabela 3) apresentou valor significativo a 5% de probabilidade (F(7; 152) = 2,545; CV = 6,13%), mostrando a ef iciência do Manejo Ecológico de Pragas, utilizando-se armadilhas de impacto, tendo como atrativo o extrato-etanóico da própria planta. Desse modo, o efeito de extratos de plantas sobre o comportamento de insetos foi também demonstrado no trabalho de Brunherotto & Vendramim (2001), quando verificaram a bioatividade do extrato aquoso de Melia azedarach sobre o desenvolvimento da traça do tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick) F 2,545 6,13 em termos da viabilidade das fases larval e pupal e o peso de pupas, constatando que os extratos de folhas foram as de maior eficácia sobre a praga. DISCUSSÕES No presente estudo, pôde-se observar que, no caso da jabuticabeira, a evolução das amostragens foi no sentido da ordem Coleoptera apresentando 49,09% do total de espécimes capturados, comparados aos das demais ordens Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 61 AZEREDO, E. H. de., et al. (Díptera, Lepidóptera e Hymenoptera) que registraram, respectivamente, 45,17; 3,11 e 2,63% (Tabela 1). Em relação ao controle de pragas nas lav ouras, Delmi et al. (1996), conduziram estudos em El Salvador para determinar a eficiência de isca na captura de Anastrepha spp., observando o número de moscas/armadilha/dia. Vários tipos de armadilhas e atrativos foram testados por Casagrande et al. (1995), na Itália, em 1993/ 94, para monitoramento e controle de Rhagoletis cerasi, em plantas de cerejeira. Essas capturas foram baseadas em diversas cores da armadilha e diferentes dosagens de iscas. Yan et al. (2002), verificaram a eficácia de dois diferentes modelos e cores dos recipientes de armadilha. Da mesma forma Niwa (1995) testou quatro cores de armadilha e três tipos de suporte, em pomares na região de Oregon (EUA), num período de quatro anos. Conforme os resultados da Tabela 2 verificou-se que, na comparação entre armadilhas (cor branca e cor verde), esta última apresentou maior atratividade diferindo, estatisticamente quanto a preferência dos insetos-praga ao ser iscada pelo extrato-etanóico da própria planta sobre o número de indivíduos em cada coleta. Experiência sobre armadilha, na captura e controle as moscas-das-frutas foi conduzida por Boucher et al. (2001), em Connecticul (EUA). Esses autores avaliaram o efeito da posição, habitat e altura das armadilhas no monitoramento das pragas. Em programa de erradicação Jesus-Reys et al. (2000), estudaram o comportamento e nível de dano econômico de quatro espécies de moscas-das-frutas (Anastrepha ludens, A. obliqua, A. serpentina, A. striata), infestando pomares de laranja, grapefruit, mandarin, maçã, pera e manga, no México. O programa de erradicação envolveu práticas culturais e aplicações de iscas seletivas borrificadas; enquanto, na África do Sul, Barnes et al. (2000), avaliaram a probabilidade de erradicação de Ceratitis spp., encontrando abundância de 99,9%. No presente trabalho a coloração dos frascos em armadilha entomológica, assim como do extrato-etanóico foram eficazes na atração de insetos-praga associados à M. jabuticaba. A dominância nas coletas foi dos espécimes pertencentes a ordem Coleoptera. Dentre os coleópteros a predominância foi das famílias Scolytidae e Bostrichydae. Com relação ao atrativo parece ter tido efeito ainda, sobre a ordem Díptera, cujas capturas referiram-se as moscasdas-frutas, com prevalência de espécimes pertencentes à Tephritidae e Drosophilidae. Desse modo o extratos de plantas mostrou-se afetar, através desta metodologia, a dinâmica populacional de várias pragas, ev idenciando obtenção de resultados de importância econômica, nesta e em diversas hospedeiras. Diversas estratégias foram tomadas no sentido de controlar populações de moscas-das-frutas. Assim, o perímetro de armadilhas como método de controle a Ceratitis capitata, foi avaliado por Cohen & Yuval (2000) em diferentes espécies arbóreas hospedeiras, em Israel. Já, o efeito do tamanho, localização e idade da armadilha foram fundamentais nos estudos de Liburd et al. (2000). Avaliando dois métodos de armadilha, Reynolds et al.(1998), desenvolveram ações no controle a Rhagoletis pomonella, em pomar de macieira. Na Polônia, os estudos foram no sentido de capturar a broca-das-árvores f rutíf eras, Xyleborinus saxesenii e Xyleborus dispar, por meio de armadilhas (LAGOWSKA & WINIARSKA, 1997). A utilização de substâncias voláteis de plantas através de extratos e iscas, foi demonstrado em vários estudos, dentre eles os de Bertalot (2001); Da Ponte & Santos (2001); Georgis et al. (1989). Investigações foram feitas por Dickens (2000) sobre emissão de substâncias Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 62 Comparação e eficiência de cores... voláteis presentes em plantas hospedeiras solanaceas (batata e tomate) e legumes (soja) e 13 misturas sintéticas ou substâncias químicas individuais emitidas por batata. No que se refere os danos foliares, verificaram que somente ocorreu em plantas de batata não encontrando a preferência no tomateiro, cujos resultados servem como base para uso de plantas atraentes como um componente do Manejo Integrado de Populações de Pragas. Em relação às iscas em armadilhas, Hammack (2001) testou substâncias v oláteis sintéticas de milho, como atrativo às suas principais pragas (Diabrotica virgifera virgifera e D. barberi) De acordo com Eisner & Eisner (1992) extratos de genebra utilizado em armadilha (gin traps) entomológica propicia controle a formiga Solenopsis invicta que preda pupas de Cycloneda sanguinea. Identificação de componentes voláteis livres em frutos novos de cafeeiro e em estágio de maturação foi feita por Mathieu et a. (1998), para atrair e colonizar fêmeas da broca-dos-frutos, Hipothenemus hampei; e, controlar a infestação através de armadilha de impacto (MATHIEU et al., 1999). Recentemente Okabe & Miyazaki (2002) utilizaram sucrose, agar, dextrose e malte agar de batata em armadilhas para monitoramento de pragas (traças e gorgulhos) em cultivo de cogumelos. No entanto, Parker & Howard (2001) concentraram suas revisões sobre Agriotes spp., e outros elaterídeos de importância econômica, realizando suas observações, na produção de batata, na Europa, através de amostragens no solo, armadilhas-isca e armadilhas com feromônios de adultos, danos na planta e cultural e métodos de controle químico. Avaliando as respostas comportamentais de larvas de besouro do Colorado Leptinotarsa decemlineata, em plantas de batata, Dickens (2002) utilizou de misturas de plantas hospedeiras voláteis na atrativ idade de adultos de Chrysomelideos. Estudos conduzidos por Gajendra et al. (1997), sobre Manejo Integrado de Pragas indicaram redução ao nível de danos por Bactrocera dorsalis, em pomar de mangueira, utilizando quatro armadilhas/ 100m2 durante dezoito semanas. Porém, neste caso Desshmukh & Patil (1996) compararam a eficácia de iscas atrativas contra infestação por tefritídeos.. Em outros trabalhos, Buitendag & Naude (1994; 1997) realizaram, respectivamente, controle e monitoramento de Ceratitis rosa, C. capitata e Ceratitis spp., em pomares de citros por meio de armadilha entomológica com iscas concentradas, e desenvolvendo novos tipos de atrativos e medidas corretas de aplicação. Entretanto, em Granada na Espanha, durante 1997, Ros & Castillo (1994) avaliaram diferentes tipos de armadilhas e iscas para controle de Ceratitis capitata. CONCLUSÕES Após comparação entre as amostragens de insetos-praga capturados em plantas de jabuticabeira, cv. Sabará, pôde-se concluir que a utilização de duas colorações (branca e verde) de frascos em armadilha entomológica, mostrou-se viável, indicando ser possível o controle de populações e, conseqüentemente o nível de dano. Quanto ao diferencial dessas capturas foi constatado que, a armadilha no 5 (verde) determinou a maior média, 31,35±18,62 indivíduos. Além disso, acredita-se que o número de exemplares das ordens Coleoptera e Díptera (1.642 e 1.511 espécimes, respectivamente), presentes na maioria das coletas, foi obtido em conseqüência de efeitos apresentados pelas iscas (extrato-etanóico de fragmentos de diversos órgãos da planta de M. jabuticaba), o que mostra a eficiência do método em 91,3%, em condições de campo, constituindo-se num parâmetro interessante quando se propõe incrementar Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 54-67, 2006. 63 AZEREDO, E. H. de., et al. programas de monitoramento e manejo ecológico de pragas em áreas de fruticultura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A.A.1986. Atraentes, repelentes e fagoinibidores. In: Informe Agropecuário. 12(140): 18-23. ALYOKLIN, A.V.; R.H. MESSING & J.J. DUAN. 2001. 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