Monitoramento e Controle da "Broca-do-olho-do

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TECNOLÓGICA
PESAGRO-RIO - Nº 10 - março/2008 - Niterói - RJ
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MONITORAMENTO E CONTROLE DA "BROCA-DO-OLHO-DO-COQUEIRO"
NO NORTE FLUMINENSE.
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Luiz de Morais Rêgo Filho ; Ana Maria Viana-Bailez
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( Pesquisador da PESAGRO-RIO; Professora Associada da UENF)
INTRODUÇÃO
A "Broca-do-olho-do-coqueiro", Rhynchophorus palmarum (Coleoptera, Curculionidea), é
considerada praga-chave dos coqueiros (Cocos nucifera L.) e de outras palmáceas das regiões Norte e
Nordeste do Brasil, ocorrendo, também, na região Norte Fluminense.
Observações de vários autores confirmam os efeitos atrativos que os odores das plantas atacadas
exercem sobre os insetos. Uma vez encontrada a planta hospedeira, o inseto macho começa a exalar
feromônios de agregação, que atraem machos e fêmeas que, por sua vez, agrupam-se sobre a fonte de
alimento. R. palmarum é um inseto de hábito diurno, podendo ser encontrado em todas as fases - ovo,
larva, pupa e adulto -, em qualquer época de ano.
Além dos danos causados pelas larvas que se alimentam da região meristemática, o adulto é vetor
do nematóide Radhinaphelenchus cocophilus, agente causador do "anel vermelho" em coqueiros e
outras palmáceas.
EFICIÊNCIA DAS ARMADILHAS
Avaliada a eficiência de diversos tipos de armadilhas e iscas na captura de R. palmarum,
constatou-se que armadilhas tipo alçapão foram as mais eficientes na captura dos insetos e que iscas à
base de cana-de-açúcar foram as mais atrativas.
A utilização de iscas atrativas continua sendo aperfeiçoada e, hoje, com a adição de feromônio,
elas se tornaram a medida de controle mais eficiente. Recentemente, com a utilização do feromônio de
agregação de R. palmarum, os níveis de captura deste inseto aumentaram significativamente, reduzindose os casos de "anel vermelho" (Figuras 1 e 2).
Como construir
Armadilhas do tipo "alçapão" modificadas foram instaladas em uma lavoura comercial de coqueiroanão-verde (Cocos nucifera L.) na localidade de Morro Alto, município de Quissamã-RJ.
Utilizou-se, basicamente, o modelo de armadilha proposto pela EMBRAPA, construída com
bombona plástica, diferindo-se por ter um orifício a mais (totalizando quatro orifícios) e aletas perfuradas
colocadas sobre a tampa, separando os quatro orifícios. As aletas tinham o comprimento igual ao
diâmetro da tampa da armadilha e altura de 20 cm, dispostas ortogonalmente (Figura 3). As aletas foram
colocadas de modo a formar um painel de impacto com o intuito de aumentar a captura.
Uma vez atraído pelos odores, os insetos tinham o seu vôo interceptado por esta barreira e caíam
com mais facilidade na armadilha.
Iscas mais atrativas
Em cada armadilha, fixou-se um sachê contendo feromônio (“rhynchophorol”) mediante fio de
nylon de 30 cm de comprimento com suporte no centro e na parte de baixo da tampa da armadilha. O
feromônio foi trocado a cada três meses.
Utilizaram-se como iscas atrativas toletes amassados de cana-de-açúcar, com aproximadamente
40 cm de comprimento, sem adição de melaço diluído. Procedeu-se à troca das iscas a cada 15 dias.
Como distribuir no campo
Quatro armadilhas foram colocadas nas bordas do plantio, espaçadas entre si a cada 500m e
dispostas segundo os pontos cardeais.
Coleta dos insetos
A coleta dos insetos adultos foi realizada semanalmente e, a partir da primeira coleta, deixou-se
um exemplar adulto do sexo masculino em cada armadilha com o objetivo de aumentar a atratividade na
captura.
AGRADECIMENTOS
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Número de Insetos Coletados por
Armadilha (pontos cardeais)
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Precipitação Pluviométrica (mm)
Os autores e a PESAGRO-RIO agradecem ao produtor rural Orlando Luiz da Silva Júnior,
proprietário da fazenda Morro Alto, em QuissamãRJ, pelo apoio dado à pesquisa.
Meses / Anos
Figura 1 - Flutuação populacional de Rhynchophorus palmarum associada à pluviometria registrada em Quissamã RJ, no período de fevereiro de 1997 a março de 1998.
250
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Núemro de insetos coletados por
armadilha (pontos cardeais)
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Precipitação Pluviométrica (mm)
300
Meses / Anos
Prec.(mm)
OESTE
SUL
LESTE
NORTE
Figura 2 - Flutuação populacional de Rhynchophorus palmarum obtidos em armadilhas dispostas segundo pontos
cardeais, em Quissamã-RJ, no período de fevereiro de 1997 a março de 1998.
37 cm
3 cm
a)
20 cm
37 cm
60 cm
9 cm
b)
9 cm
c)
Figura 3 - Esquema mostrando a armadilha modificada tipo "alçapão", com uso conjugado de feromônio e iscas
atrativas, para monitoramento e controle da "Broca-do-olho-do-coqueiro": a) aleta perfurada; b) distribuição dos
orifícios e aletas sobre a tampa da armadilha; c) recipiente de captura.
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