Formação do Preço de Venda em uma Empresa de

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Formação do Preço de Venda em uma Empresa de Software
Fernanda Martins (FASF) [email protected]
Monica Karabinoski (FASF) [email protected]
Patrícia Travensoli (FASF) [email protected]
Jocimar D. Prado (FASF) [email protected]
Marcia Ezildinha Kovalski (FASF) [email protected]
Resumo:
Um estudo sobre a formação do preço de vendas, voltado para a importância do conhecimento
e o correto processamento de informações relacionadas à administração do produto, como
métodos de custeio, custos diretos e indiretos e sistemas de informações. O objetivo central do
trabalho é verificar a metodologia utilizada para precificação de um software de
gerenciamento, desenvolvido por uma empresa local e ainda apresentar uma via alternativa ou
mais apropriada para fixação do preço de venda. A pesquisa e de modo exploratória, e visa
formar hipóteses diferentes sobre o tema abordado, incluindo novas perspectivas de formação
de preço. A pesquisa é um estudode caso, que coletou informações internas de uma única
empresa para seu desenvolvimento. Situada na cidade de Ponta Grossa, a empresa em questão
desenvolve softwares de gerenciamento para empresas, e alem da venda do seu produto tem a
necessidade de incluir nesses valores os gastos relativos a treinamento e personalização dos
mesmos, outro fator é a incidência de diversos custos indiretos que precisam ser apropriados
ao valor final. Espera-se que o resultado obtido na pesquisa possa auxiliar a empresa quanto à
metodologia de preficicação utilizada atualmente, tornando o processo mais fiel, pratico e
objetivo, de forma que o produto absorva todos os seus custos e despesas, e obtenha lucro sem
perder o poder de comercialização frente à concorrência.
Palavras-chave:Preço de venda. Métodos de Custeio. Sistema de Informação
Training Sales Price in a Software Company
Abstract:
A study on the pricing of sales, focusing on the importance of knowledge and the correct
processing of information relating to the administration of the product, as costing methods,
direct and indirect costs and information systems. The central objective is to verify the
methodology used to price management software, developed by a local company and still
present an alternative or more appropriate way of fixing the selling price. The research and
exploratory manner, and aims to form different hypotheses about the topic, including new
perspectives for pricing. The research is a case estudode, which collected information from a
single domestic company to its development. Located in the city of Ponta Grossa, the
company in question develops management software for businesses, and besides the sale of
your product has the need to include these values expenses related to training and
customization of the same, another factor is the incidence of various costs indirect costs that
need to be appropriate to the final value. It is expected that the results obtained in the research
can help the company regarding the methodology currently used preficicação, making the
process more reliable, practical and objective, so that the product absorbs all costs and
expenses, and get profit without losing market power against the competition.
Key-words: Selling price. Costing methods. Information System.
1. INTRODUÇÃO
O tema focado no artigo, é de uma empresa que produz softwares de gerenciamento.
Esse artigo conceitua em desenvolver os conceitos de sistema de informação, custos e
principalmente formação no preço de venda.
A importância de um sistema de informação em uma empresa é indispensável para que
a mesma possa se desenvolver e agilizar o processo de decisões. Uns dos principais benefícios
proporcionados é a capacidade de processar com habilidade um grande numero de
informações imediatas, com qualidade e competitividade.
É de fundamental importância lembrar que os custos constituem a base da empresa. O
grande foco de uma empresa é lucrar, mas para isso deve-se deixar com clareza que antes do
lucro precisa-se ter conhecimentos do que são custos. É através desse setor que a empresa irá
determinar o preço de venda. Para que o preço calculado seja satisfatório é através dos custos
e despesas que a empresa formará seupreço de venda.
O artigo realizado busca melhor clareza sobre a analise de custos que compõem o
preço de venda sistema de informação da empresa de softwares, para assim alcançar a
margem desejada e a obtenção de lucros.
2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES EMPRESARIAL
Inicialmente, para que se possa ter um melhor entendimento a respeito de um sistema de
informações, se faz necessário que abordemos o assunto empresa, que é um dos principais
propósitos ao qual o sistema de gerenciamento foi criado. Nesse sentido, citamos a abordagem
feita por Oliveira (2009), onde ele conceitua às empresas como sendo um sistema de
planejamento onde a integridade de sua estrutura esta ligada a laços psicológicos, ainda
ressalta o autor que tal integridade é obtida por meio de padrões estabelecidos de
comportamento e a imposição de regras e normas que estão infimamente relacionadas aos
valores da entidade, o que corresponde aos valores e posturas éticas das pessoas. Dessa forma
o agrupamento de funções, normas, processos e valores constituem a base necessária para a
integração de atividades.
Aprofundando a interação entre a empresa e as pessoas e ainda acrescentado a respeito
das características de seu funcionamento, Padoveze(2004) conceitua da seguinte forma:
A empresa é um sistema onde há recursos introduzidos, que são processados, e há a
saída de produtos ou serviços. Uma empresa é um sistema aberto em razão de sua
interação com a sociedade. Essa interação provoca influência nas pessoas, aumento
nos padrões de vida e o desenvolvimento da sociedade (PADOVEZE 2004, p.15)
Entretanto, segundo Batista (2006), uma empresa tem como objetivo comumo lucro, e
dessa forma conceitua como.
Uma organização empresarial tem como principalfunção gerar produtos ou serviços
com intuito de obter lucro. Assim, um objetivo extremamente importante para sua
existência é promover melhorias no seu processo de produção de produtos, bens ou
serviços, afim de maximizar lucros e minimizar despesas e perdas. BATISTA (2006,
p. 34)
O conceito abordado anteriormente no que tange a promover melhorias nos processos, a
fim de aumento dos lucros e redução das despesas, nos remete a prerrogativa a respeito de um
sistema de gerenciamento de informações como sendo uma das ferramentas capazes de obter
tais melhorias. Dentro deste conceito Cassarro (2003), define o sistema de informações
gerencias como sendo um conjunto de informações logicamente estruturadas, com a
finalidade de atender determinados objetivos.
Nesse sentido Batista (2006), acrescenta como sendo o objetivo de se usar um sistema
de informações gerencias, a criação de um ambiente empresarial onde se tenham informações
confiáveis, que possam fluir na estrutura organizacional, o autor ainda reforça seu conceito,
definindo esse sistema como sendo, BATISTA (2006 p. 22), sistema de informação gerencial
é:
O conjunto de tecnologias que disponibilizam os meios necessários à operação
doprocessamento dos dados disponíveis. È um sistema voltado para a
coleta,armazenagem, recuperação e processamento de informações usadas ou
desejadas porum ou mais executivos no desempenho de suas atividades. È o
processo detransformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura
decisória da empresa proporcionam a sustentação administrativa para aperfeiçoar os
resultadosesperados.
Ressalta se que para Batista (2006), um sistema de informações não é composto apenas
de computadores, este é apenas uma eficiente ferramenta para gerenciar e manipular as
informações, para ele, o sucesso da sua implantação esta ligada a preocupação da empresa
com o produto direto, que deve ser findado a partir das seguintes perspectivas; organização,
tecnologia e pessoas.
3. CUSTOS: CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES
Para entender melhor a relação das empresas e custos é preciso mostrar as ideias e
definições que alguns autorescolocam para as atividades, e comentar alguns pontos relativos a
bens e serviços.
Iniciando a conceituação de gasto por Crepaldi (2010 p. 06)
é o sacrifício financeiro que a entidade arca para obter um produto ou serviço
qualquer [...] somente é considerado gasto no momento em que existe o
reconhecimento contábil da dívida ou da redução do ativo dado em pagamento.
Leone (2010) a palavra gasto é usado para definir as operações financeiras onde há
diminuição do disponível ou a elevação em troca de um bem de investimento ou de consumo.
O termo gasto pode representar tanto um custo como uma despesa.
Ainda no tema devemos destacar a terminologia de investimentos que são usados
pelas empresas. Para Bornia (2009), é o valor dos insumos adqueridos pela empresa não
utilizados no exercício, os quais poderão ser utilizados em exercícios futuros. Já para Crepaldi
(2010), é todo gasto ativado em função da utilidade futura de bens e/ou serviços obtidos.
As despesas que são necessarias para o crescimento da empresa é conceituada por
Leone (2009), são todos os gastos feitos em troca de uma receita.Mas paraBornia (2009),
despesas é o valor consumido para o funcionamento da empresa e que são fora do âmbito de
fabricação.
Falando em despesas, para um público leigo surge a confusão com custos. E Para
diferenciar esses dois ramos vamos ver a conceituação de custos para Crepaldi (2010, p. 02),
que diz:
é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos
produtos ou/e serviços (grifo do autor). Ela tem a função de gerar informações
precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisões (grifo do
autor).
Para Martins (2010) é o gasto referente a um bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens e serviços.
Os custos pode ser diretos e indiretos, fixos e váriaveis. Para Crepaldi custos diretos é
(2010), custos que associam-se a produtos que variam em proporção à quantidade produzida.
Conforme Martins (2010, p.48), custo direto é:
“[...] haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos,
embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizada e até quantidade de força
consumida). São os Custos Diretos (grifo do autor) com relação aos produtos.”
Já custos indiretos para o autor Bornia (2009), não podem ser atribuídos às unidades,
precisando de alocações. E para Martins (2010, p. 49)
“[...] não oferecem condições de uma medida objetiva e qualquer tentativa de
alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária como
aluguel, a supervisão, as chefias etc. São os Custos Indiretos (grifo do autor) com
relação aos produtos.”
Além de custos diretos e indiretos. Ocorre a distinção de custos fixos e variáveis. De
acordo com Leone (2009), custo fixo não variam com a instabilidade da atividade escolhida.
O valor total dos custos permanecem igual mesmo que a base de volume varie. E para Martins
(2010) diz que os quanto maior a produção, maior será o consumo.
4. FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
O preço de venda dos serviços, produtos e mercadorias tem uma importância muito
grande, assimveremos alguns conceitos dado por autores.
A conceituação de preço de venda para Crepaldi (2010 p.358)
“é um dos principais indicadores do valor que uma empresa entrega a seus clientes.
Ele é a expressão do valor monetário dos benefícios que a empresa acredita que seus
produtos ou serviços trazem para seus clientes.”
Já segundo Catelli (1999) o preço de venda é o custo de produção, ou seja, o consumo
dos recursos aplicados na formatação do produto, utilizando a base de cálculo para assim
atingir a margem ideal para o preço. E KPMG (1995) diz que o preço de venda é importante
na empresa moderna, fazendo parte do planejamento empresarial, especialmente em
economias como as nossas que sofrem frequentes mudanças, obrigando-nos a analisar e
revisar os preços pratiados, merecendo atenção do corpo diretivo. O preço de venda é
considerado chave dos bons negócios da empresa e tem uma importante responsabilidade na
continuação do produto no mercado.
Sardinha (1995) define preço de venda como o único instrumento pela qual o gerente
pode obter melhor ajustamento entre a oferta que a sua empresa faz ao mercado e a demanda
existente. Dentro desta análise Dutra (2003 p.32)
[...] valor pré-estabelecido e aceito pelo vendedor para efetuar a transação da
propriedade de um bem. No preço pode estar ou não incluído, além de custo o
eventual lucro ou prejuízo, concluindo-se que o preço pode ser simplesmente igual
ao custo, ou igual ao custo mais o lucro, ou ao custo menos o prejuízo [...]. Na
verdade, o preço praticado é um equilíbrio entre o desejo do vendedor e a aceitação
do comprador.
Martins (2010) comenta que ó preço de venda é formado essencialmente pelo
mercado, entretanto Crepaldi (2011) diz que não somente o mercado é o caminho para
definição de preços, mas estes devem concordar com o mercado.
Para uma empresa se manter estabilizada ela precisa saber Crepaldi (2011) que
existem muitos outros fatores, como a demanda do produto, a concorrência e existência dos
custos, pois a empresa não pode negociar a venda a um preço baixo dele.
Padoveze (2007) diz que existem várias situações que podem ser apropriado no
procedimento para formar o preço de venda, tendo como partida os custos.
Segundo KMPG (1995), o custo do produto compreende duas partes que é o custo e o
padrão. Padrão é uma medida que determina uma tarefa, deve ser medido especificamente,
como em quilos do material, horas do trabalho direto requerido e horas da fábrica que podem
ser usadas. Descrevendo esses itens que formam o preço básico, isto é, custo-materiais e
tranformação, chama-se Mark-up.
Santos (2005), cita que Mark-up é um índice usado sobre o custo do bem parar assim
formar o preço de venda. De acordo com Padoveze (2007), o conceito de Mark-up é um
multiplicador sobre os custos e em seguida calcular o preço de venda.
No mesmo contexto, Bruni e Famá (2011), diz que para atingir o preço ideial, as
empresas adotam Mark-up como ferramenta. Que refere-se a um índice aplicado sobre os
custos. O Autor ainda comenta que existem dois modos de calcular, o multiplicador apresenta
quando devem ser multiplicados os custos variáveis para formar o preço de venda, e o divisor
mostra o percentual do custo variável em relação ao produto.
Mark-up=
1
Multiplicador Mark-up= Preço de Venda ou
Custo Variável 1- Soma Taxas Percentuais
Divisor Mark-up= Custo Variável
Preço de Venda
ou
Mark-up= 1 – Somas Percentuais
Fonte: Bruni e Famá (2011, p. 282).
O autor diz que o principal fator de aplicação é de ser um índice para simplificar os
procedimentos para formular um preço de venda. Pois os custos fixos e demais gastos são
fixados no percentual de Mark-up.
Para Wernke (2005), as empresas ajustam um preço de venda orientativo, utilizando a
taxa de Mark-up sobre o custo unitário do produto. Segundo o autor as empresas que utilizam
têm poder de impor preços ao mercado, o percentual a ser usado está sujeito a variáveis.
5. ESTUDO DE CASO
Para a elaboração do estudo de caso, centramos a pesquisa em uma empresa que
produz softwares de gerenciamento. Esta empresa situa-se na cidade de Ponta Grossa, e tem
como data do seu nascimento o ano de 2003.
Seu fundador tambémnatural da mesma cidade, é formado em direito pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa e teve como inspiração para a fundação da empresa a
premissa de que ferramentas de gerenciamento para empresas vislumbram ser um mercado
muito promissor, levando em consideração que a concorrência e altamente agressiva em todos
os segmentos de comercio, e aqueles que mantêm controle e gerenciamento de seus produtos
ou serviços tem mais perspectivas de se manter no mercado.
O produto ofertado pela empresa objeto deste estudo é processado por etapas,
levantamento das necessidades, customizações e implantação da Solução, o objetivo da
solução Implantar um sistema de controle interno com normas e procedimentos pré-definidos
pela administração que visam assegurar que as atividades realizadas atinjam os objetivos
traçados com agilidade e confiabilidade, de forma a dificultar fraudes e erros, como também
gerar informações confiáveis para auxiliar o empresário na gestão de seus negócios e os
usuários nas suas atividades diárias. Alguns módulos mais vendidos são: nota fiscal
eletrônica, treinamento de utilização do sistema, contas a receber controle de caixas e brancos,
contas a pagar cadastro de clientes, fornecedores, follow-up, centro de custos controle de
estoques, fichas técnicas, pedido de vendas, compras, ordem de serviço, produção e kardex.
Estes módulos geralmente necessitam de customização para ficar de acordo com as
necessidades dos clientes.
A formação do preço de venda destes produtos, e baseada no custo da hora
trabalhada. O valor da hora de mão de obra cobrado para programação de software repassado
ao cliente e de R$ 75,00 (Setenta e Cinco e Reais), neste valor já consta à margem de lucro
determinada pelo empresário que é de 100% (cem por cento).
Foram considerados para a composição do valor de venda da hora mão de obra os
seguintes intens.
Impostos, tributados pelo regime de tributação simplificado o simples nacional,
calculados pela alíquota de 4% para prestação de serviço, o custo unitário de mão de obra do
funcionário, calculado com base em um salário mensal de R$ 2050,00 (Dois Mil e Cinqüenta
Reais), divididos por 220 horas, totalizando R$ 9,31 (Nove Reais e Trinta e um centavos), a
hora trabalhada, encargos trabalhistas e encargos financeiros estes relativos aos custos
gerados pela emissão de boletos de cobrança, margem de erro, relacionados aos custos de retrabalho e ainda as despesas com transporte, conforme discriminado no quadro abaixo:
Quadro 1: Formação de preço de hora mão de Obra
Descrição
Valores (R$)
Impostos
6,00
Hora funcionário
18,63
Encargos
17,50
Custo Fixo
11,00
Margem de erro requisitos
15,00
Despesas de Transporte
6,87
Total hora Mão de Obra
75,00
Fonte: Elaborado pelos autores, especialmente para este trabalho, tendo como base as informações coletadas na
empresa, período 2014.
Uma forma alternativa, de se formular o preço de venda, seria através da formulação
via Mark-up, onde se aplica a taxa calculada sobre o valor dos custos do produto.A
formulação via Mark-up é obtida através da seguinte forma.
Percentual total do produto - soma do percentual dos custos do processo = Margem
sobre os custos.
Percentual total do produto= taxa de Mark up
Margem Sobre os Custos
Aplicando esta metodologia na formação de preço usada na empresa objeto deste
estudo, teríamos a seguinte situação.
Convertemos os valores citados no quadro 1, em números percentuais, ainda
subtraiu-se destes valores a margem de lucro determinada pela empresa, que é de 100%,,
conforme descriminado no quadro abaixo:
Quadro 2 : Conversão em percentuais
Descrição
Valores (%)
Impostos
4,00
Hora funcionário
12,41
Encargos
11,67
Custo Fixo
7,33
Margem de erro requisitos
10,00
Despesas de Transporte
4,59
Total dos Percentuais
50
Fonte: Elaborado pelos autores, especialmente para este trabalho, tendo como base as informações coletadas na
empresa, período 2014.
Aplicando – se a formula geral de Mark- up, nos números apresentados no quadro 2,
tem –se a seguinte situação.
100% - 50% = 50%
100% = 2 - fator Mark-up
50%
A taxa de marcação seria 2 (dois), onde aplicado este valor sobre os custos do
produto, teríamos o valor de venda esperado pela empresa.
Quadro 3 : Custos de operação
Descrição
Valores (R$)
Impostos
3,00
Hora funcionário
9,31
Encargos
8,75
Custo Fixo
5,50
Margem de erro requisitos
7,50
Despesas de Transporte
3,44
Total dos custos sem margem de Lucro
37,50
Total dos Custos R$ 37,50 x taxa de Marcação
R$ 75,00 - valor da hora Mão de Obra
Mark-up (2)
Fonte: Elaborado pelos autores, especialmente para este trabalho, tendo como base as informações coletadas
na empresa, período 2014.
Com base no estudo realizado, se pode verificar que a formação de preço de venda
utilizada pela empresa também é valida se utilizada à formação de preços via Mark-up. Tal
confirmação serviu para dar veracidade à proposta apresentada por este estudo, que era de
apresentar uma via alternativa para se realizar a formação final de preço de venda.
6. CONCLUSÃO
Atualmente as empresas buscam formas de se diferenciar umas das outras, e uma das
razoes para essa busca e o alto grau de competitividade que enfrentam no mercado. Diante
deste quadro umas das ferramentas essenciais para enfrentar a concorrência são o uso de
sistemas de informações gerenciais, que auxiliam de forma significativa a tomada de decisões
e o correto gerenciamento de seus custos e despesas.
O estudo apresentado neste artigo trata especificamente da formação do valor de
venda em uma empresa que produz softwares de gerenciamento e buscou-se neste trabalho,
conhecer a metodologia praticada pela empresa, assim como verificar se tal método segue
algum padrão já conhecido de elaboração de preços.
A importância de se conhecer o gasto desprendido na produção de seus produtos, esta
ligada diretamente ao fato de se fazer a correta precificação destes, fazendo com que seu valor
de venda englobe todos os gastos efetuados para a sua realização, e ainda por conseqüência
gere lucro e mantenha-se firme frente à concorrência. O preço de venda estipulado a um
produto não pode ser fixado de forma aleatória, é preciso ter conhecimento do mercado, de
forma que sua elaboração não deixe o produto inviável de ser adquirido por consumidores.
A elaboração deste estudo foi baseada sob conceitos extraídos da literatura, onde se
trata a respeito de sistemas de gerenciamento, classificação de custos e a formação de preço
de venda e aplicada e confrontada com a forma utilizada pela empresa objeto deste trabalho.
Destaca-se que o estudo foi realizado sob planilhas de gerenciamento interno
fornecidas pelo gestor da empresa, entretanto alguns itens não foram totalmente detalhados
quanto à forma utilizada para se obter tal resultado.
Tendo conhecimento dos itens que compõe o custo de mão de obra hora de um
funcionário responsável pela programação de um sistema de informações gerenciais e ainda
da margem de lucro desejada pelo gestor da empresa, aplicou-se a esta precificação a
metodologia conhecida como Mark-up e foi constatado que apesar do método hoje utilizado
pela empresa, não seguir um padrão literário conhecido, este se mostrou compatível quando
confrontado com a taxa de marcação, fazendo com que o resultado esperado fosse exatamente
o mesmo já praticado pela empresa.
Conclui-se, portanto que o estudo apresentado conseguiu verificar a legitimidade dos
métodos utilizados pela empresa, e este pode considerado viável, capaz de alcançar os
objetivos propostos pela empresa, e ainda totalmente compatíveis com metodologias já
conhecidas e amplamente estudadas.
7. REFERÊNCIAS
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2. Ed. – São Paulo: Atlas, 2009.
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CATELLI, Armando. Uma abordagem da gestão econômica. Gecon: 1. ed. São Paulo:
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Paulo: Atlas, 2010.
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LEONE, G. S. G.; LEONE, R. J. G. Os 12 Mandamentos da Gestão de Custos. 1ª Ed. Rio
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PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
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