variáveis a

Propaganda
9
1 INTRODUÇÃO
Uma característica marcante deste início de século é a alta velocidade com
que ocorrem as mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas. A grande
gama de informações, o estresse, os fatores individuais como estilo de vida, a
personalidade, as atividades e opiniões de cada pessoa condicionam mudanças
constantes no comportamento humano. Este cenário altamente turbulento tem
forçado as empresas a buscarem constantemente um diferencial competitivo, a
terem um cuidado maior com a qualidade de seus produtos e serviços, com os
preços praticados e com a satisfação dos seus consumidores. Com este intuito, o
projeto pretende avaliar os fatores determinantes da preferência dos consumidores
pela Farmácia Palmed LTDA.
1.1 TEMA E PROBLEMA
Compreender as necessidades do ser humano torna-se importante na medida
em que uma empresa busca mecanismos para melhorar seu atendimento e
prestação de serviço. O processo de escolha do fornecedor de determinado produto
ou serviço por parte dos consumidores sofre influências de algumas variáveis. A
identificação dessas variáveis torna-se cada vez mais importante para empresas
que, através da identificação dos desejos e necessidades dos consumidores,
desenvolvem ações no sentido de atendê-los e superar suas expectativas.
Toda empresa tem o lucro como pressuposto para sua atuação. Qualquer
decisão errada quanto a mudanças, novos investimentos, desenvolvimento de
produtos ou definições estratégicas podem gerar altos custos à empresa.
Assim, neste trabalho buscou-se responder a uma questão fundamental para
a longevidade e o suceso da empresa em questão. Que motivos levam os clientes a
optarem pela mesma no momento de adquirir os produtos e serviços que
necessitam nessa atividade.
10
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Identificar os fatores determinantes da preferência dos clientes pela Farmácia
Palmed Ltda.
1.2.2 Objetivos específicos
a) Verificar os motivos da preferência dos clientes pela empresa;
b) Avaliar a imagem da empresa junto ao consumidor;
c) Analisar os dados levantados;
d) Propor ações corretivas para as deficiências apontadas pelos clientes da
empresa.
1.3 JUSTIFICATIVA
A competitividade neste setor da economia torna algumas questões
primordiais para as empresas. Conhecer os fatores de preferência, o que o
consumidor deseja é um fator de grande importância para o crescimento e a
lucratividade desta. Através deste trabalho busca-se conhecer os pontos fracos e
fortes da empresa em estudo, e assim possibilitar o desenvolvimento de ações
estratégicas para manter, melhorar e expandir sua clientela e seus serviços.
11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste tópico, será trabalhada a revisão de conceitos, que tem como objetivo
oferecer base teórica para a realização do trabalho, assim como a confrontação de
conceitos entre diversos autores sobre temas como: marketing, o comportamento de
compra do consumidor, o processo de decisão de compra, ambiente organizacional
das empresas, satisfação do cliente, percepções e atitudes dos clientes,
confiabilidade, validade e o ato do consumo.
2.1 MARKETING
O ponto de partida para conhecer e satisfazer as necessidades dos clientesalvo é tentar compreender seu comportamento; estudar como pessoas, grupos e
organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, idéias ou
experiências para satisfazer suas necessidades e desejos (KOTLER, 2000).
Para o profissional de Marketing entender o comportamento do consumidor, é
preciso descobrir o modelo mental que dá origem às suas decisões de compra.
Segundo Blackwell (2005, p. 22), “o comportamento do consumidor é uma ciência
aplicada que se utiliza conhecimento de economia, psicologia, antropologia,
sociologia, estatística, mercadologia e outras disciplinas”. Essas referências servem
de suporte para o conhecimento da cultura, valores, crenças, desejos e tudo aquilo
que
influencia
na
formação
da
personalidade
do
consumidor
e
que,
conseqüentemente, influenciarão nos seus processos de decisão de compra.
O marketing almeja identificar e satisfazer as necessidades e desejos dos
consumidores, mas para tanto é necessário compreender duas variáveis de
fundamental importância neste processo, as necessidades e o seu comportamento.
Compreender o consumidor facilita à empresa identificar qual produto ou serviço seu
cliente está procurando para satisfazer um desejo pessoal; por sua vez,
compreender seu comportamento é vital para elaboração, e posterior implantação,
de programas eficientes de marketing que influenciem na tomada de decisão.
12
Um dos processos básicos do comportamento é a motivação, talvez o
primeiro ponto a ser estabelecido.
Com raras exceções, um ser humano não consumirá nada se não estiver
motivado a comprar. A motivação envolve atividades as quais nos levam a um
determinado objetivo. Podemos nos tornar motivados ou estimulados por meio de
necessidades internas ou externas que podem ser de caráter fisiológico ou
psicológico. A estimulação interna, no entanto, pode não ser de ordem fisiológica,
remetendo o indivíduo à fantasia. Mesmo sem estar com sede, ao imaginar uma
garrafa de coca-cola gelada pode fazer sentir todos os sintomas da sede, desta vez
não porque o organismo necessita de água, mas porque a imaginação pôs em
funcionamento os mecanismos do corpo que fariam sentir a mesma sede. Da
mesma forma, um estímulo externo, como a visão de um grupo de amigos tomando
uma cerveja, pode ocasionar os mesmos sintomas (SERRANO, 2000).
Estas necessidades são de origem psicológica ou social. Sentir sede, por
exemplo, é uma necessidade biológica, é uma necessidade básica. Não tomar
refrigerantes para poder emagrecer, no entanto, é uma necessidade de cunho
social. Usar um casaco no frio é necessidade básica. Usar um casaco Pierre Cardin
de R$ 3.000,00 é uma necessidade de aceitação social, ou secundária (SERRANO,
2000).
O mais interessante é que as necessidades primárias não interferem na
escolha ou determinação de um produto ou fornecedor. As secundárias, sim. Todos
sabem que antes de morrer de fome, um ser humano se submete a comer coisas
que não comeria em sua sã consciência, quando houvesse outras opções. No dia a
dia, entretanto, as necessidades secundárias agem de forma inesperada no
indivíduo fazendo escolher determinada marca de alimento, bebida ou roupa, sem
ao menos saber por que (SERRANO, 2000).
2.2 O COMPORTAMENTO DE COMPRA DO CONSUMIDOR
O comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores
culturais, sociais, pessoais e psicológicos.
13
2.2.1 Fatores culturais
Cultura, sub-cultura e classe social são fatores particularmente importantes no
comportamento de compra.
Conforme Kotler e Keller (2006, p. 173), “a cultura é o principal determinante
do comportamento e dos desejos de uma pessoa. À medida que cresce, a criança
absorve certos valores, percepções, preferências e comportamentos de sua família e
de outras instituições”.
Entre as sub-culturas estão às nacionalidades, as religiões, os grupos raciais
e as regiões geográficas. Estas fornecem identificação e socialização mais
específicas para seus membros.
Segundo Kotler e Keller (2006, p. 176):
As classes sociais são divisões relativamente homogêneas e
permanecentes numa sociedade, ordenadas com respeito a cada um e
cujos membros compartilham dos mesmos valores, estilos de vida,
interesses e comportamento.
Para Kother e Armstrong (1993) a cultura insere o indivíduo ao meio, ele pode
escolher qual grupo quer participar, quais amizades deseja ter, qual o local que vai
freqüentar e assim por diante.Através da cultura dos povos é que se pode observar
o comportamento do consumidor e procurar identificar quais as preferências de cada
um, para satisfazer o consumidor.
2.2.2 Fatores sociais
Os grupos de referência são aqueles que exercem alguma influência direta ou
indireta sobre as atitudes ou comportamentos de uma pessoa (ROMBOLI). A família
é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade,
e seus membros constituem o grupo de referência primário mais influente.
As pessoas participam de muitos grupos; família, clubes e organizações. A
posição das pessoas em cada grupo pode ser definida como um papel a ser
desempenhado na sociedade em termos de status. Um papel consiste nas
14
atividades esperadas que uma pessoa possa desempenhar, cada papel carrega um
status.
2.2.3 Fatores Pessoais
As decisões do comprador também são influenciadas por características
pessoais, como idade e estágio no ciclo de vida, ocupação, circunstâncias
econômicas, personalidade, auto-imagem, estilo de vida e valores. (NEVES, 2004, p.
6).
2.2.4 Fatores psicológicos
Para Kother e Armstrong (1993), os principais fatores psicológicos que
influenciam nas decisões de compra dos consumidores são: motivação, percepção,
aprendizagem e crenças e atitudes.

Motivação: todas as pessoas são motivadas por necessidades ou
desejos, onde as necessidades são as forças básicas que motivam uma pessoa a
fazer algo, e o desejo são as necessidades aprendidas durante a vida.

Percepção: determina o que os consumidores vêem e sentem, às
vezes os consumidores selecionam várias formas de atender suas necessidades
devido às diferentes percepções.

Aprendizagem: é uma mudança que ocorrem devido experiências
anteriores.

Crenças e atitudes: a crença é um pensamento que a pessoa tem
sobre algo baseado em conhecimento real, opinião ou fé, e as atitudes influenciam
no comportamento de compra por meio de ações e aprendizado.
15
2.3 O PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA
O comportamento do consumidor no momento da compra é influenciado por
importantes processos decisórios que, segundo Kotler e Keller (2006), não podem
deixar de ser investigados.
Os autores destacam, assim, cinco estágios aqui resumidos pelos quais os
consumidores passam quando estão fazendo uma operação de compra:
• Reconhecimento do problema: É quando o consumidor percebe que existe
uma necessidade a ser suprida que está tirando o estado de equilíbrio, ainda que
transitoriamente, e lhe causando desconforto.
• Busca de Informações: Aquele que o consumidor recorre quando se quer
saber de algum produto ou serviço. Pode-se recorrer à memória, para saber se já
houve experiências anteriores ou então a fontes pessoais (amigos, parentes) e
fontes públicas (Instituições ligadas a consumidores, revistas especializadas, entre
outros).
• Avaliação de alternativas: É neste estágio que o consumidor vai buscar
informações e esclarecer problemas, por que: sugere critérios para orientar a
compra, cria nomes de marca que podem atender aos critérios buscados pelo
consumidor e desenvolve percepções de valor.
• Decisão de Compra: Depois de feita a busca de informação e avaliar as
alternativas, a pessoa já está pronta a efetuar a compra. Devem-se levar em
consideração três etapas importantes para a tomada de decisão nesta fase, como:
de quem comprar, como comprar e como pagar.
• Comportamento pós-compra, uso: É quando o comprador vai comparar o
desempenho do produto ou serviço com expectativas anteriores, e se vai ficar
satisfeito ou não quanto ao produto ou serviço.
Pode-se dizer que, nem sempre os consumidores passam por todas as cinco
etapas ao comprar um produto, eles podem pular ou inverter algumas delas.
Já em outra visão, Kother e Armstrong (1993) destacam, porém, que são
muitos os fatores que podem influenciar a tomada de decisão e comportamentos do
consumidor, entre os quais:
a) Motivações: Os consumidores podem ser influenciados por necessidades,
que são divididas em fisiológicas (fome, sede, desconforto) e psicológicas
16
(reconhecimento,
auto-estima,
relacionamento),
mas
muitas
vezes
estas
necessidades não serão fortes o bastante para motivar a pessoa a agir num dado
momento, ou seja, a pessoa às vezes necessita de um motivo maior para buscar
sua satisfação.
b) Personalidade: É a personalidade de cada pessoa que vai determinar o seu
comportamento no ato da compra, pois se refere às características psicológicas que
conduzem uma resposta relativamente consistente no ambiente onde a pessoa está
inserida. Os autores Kother e Armstrong (1993) destacam ainda que o conhecimento
da personalidade possa ser muito útil para analisar o comportamento do consumidor
quanto a uma marca ou um produto.
c) Percepções: Considerada como “processo pelo quais as pessoas
selecionam, organizam e interpretam informações para formar uma imagem
significativa do mundo” (KOTHER e ARMSTRONG, 1993, p. 89). Desta forma, a
pessoa fica pronta para agir, influenciada por sua percepção, que vai determinar sua
decisão de compra.
Através dessas influências, os consumidores aprendem e diferenciam fatores
sobre escolhas que vão fazer durante as suas tomadas de decisões.
2.3.1 Quem está envolvido na tomada de decisão
O consumidor cria preferências entre as marcas do conjunto de escolha e
também forma uma intenção de comprar as marcas preferidas. Ao formar essa
intenção de compra, ele pode passar por cinco etapas de decisões: decisão por
marca, por revendedor, por quantidade, por ocasião e decisão por forma de
pagamento. Os consumidores dificilmente querem investir muito tempo e energia
para avaliar marcas. Em geral eles usam atalhos mentais que envolvem várias
heurísticas, regras simplificadoras do processo de escolha.
Uma avaliação mais isolada dos atributos facilita a decisão de compra, mas
também aumenta a probabilidade de a pessoa fazer uma escolha diferente do que
se tivesse realizado uma avaliação mais detalhada (KOTLER E KELLER 2006, p.
194).
17
Segundo os autores Kotler e Keller (2006) destacam-se três regras
heurísticas de escolha:
Na heurística1 conjuntiva, o consumidor determina um nível mínimo
1.
aceitável para cada atributo e escolhe a primeira alternativa que atenda a esse
padrão.
Na heurística lexicográfica2, o consumidor escolhe a melhor marca com
2.
base no atributo percebido como mais importante.
3.
Na heurística de eliminação de aspectos, o consumidor compara
marcas com base em um atributo selecionado probabilisticamente, isto é, a
probabilidade de escolha de um atributo está positivamente relacionada à sua
importância.
Ainda segundo os autores Kotler e Keller (2006) os consumidores não adotam
necessariamente um único tipo de regra de escolha em suas decisões de compra.
Em alguns casos, usam uma estratégia de etapas que combina duas ou mais
regras.
Durante a avaliação, mesmo que o consumidor crie preferências entre as
marcas, dois fatores podem interferir entre a intenção e a decisão de compra. O
primeiro fator é a atitude negativa dos outros, e a intensidade desta atitude negativa
da outra pessoa em relação à alternativa preferida e da motivação do consumidor
para atacar os desejos da outra pessoa.
O segundo fator de interferência são as situações situacionais imprevistas,
que podem surgir e mudar a intenção de compra. As preferências, e mesmo as
intenções
de
compra,
não
são
indicadores
inteiramente
confiáveis
do
comportamento de compra.
2.4 AMBIENTE ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS
Vive-se atualmente em constante processo de mudanças, agregando a cada
experiência novos conhecimentos e novas atitudes. A algumas décadas as
1
2
Heurística: método de perguntas e respostas para se chegar a solução de vários problemas.
Lexográfica: estudo das palavras que devem constituir um vocabulário
18
empresas nascem, crescem e morrem assumindo assim diversas formas e valores.
Pode-se dizer que as empresas passaram por três etapas, a da natureza, do
trabalho, do capital e estão passando pela quarta, que é a etapa do conhecimento.
Essa etapa de conhecimento é atualmente a fonte de maior riqueza que as
empresas possam adquirir, e será o maior capital do futuro.
De acordo com Drucker (1998) a maioria das organizações empresariais
ainda guarda as mesmas características com que foram configuradas na década de
1940. Em outras palavras, as empresas ainda utilizam o figurino da teoria clássica
da administração para enfrentar o começo do segundo milênio.
Por isso, as empresas bem-sucedidas são as que estão constantemente em
busca de conhecimento, abertas à mudança, são competitivas e totalmente voltadas
para o cliente.
Mudança, concorrência e focalização no cliente são as oportunidades e não
as ameaças, que podem fazer a grande diferença. Verifica-se que com essa
aceleração do ritmo de mudança, ocasionalmente irá resultar em uma maior
necessidade de reorganização. Geralmente essa reorganização é temida e adiada
por envolver fatores que implicam um plano empresarial, regras, status quo, entre
outros.
E as empresas, no geral, não são somente uns grupos aleatórios de pessoas
que estão juntas por acaso. Elas se estabelecem conscientes e formalmente para
atingir certos objetivos que seus membros não estariam capacitados a atingir por si
só. A meta da maioria das empresas é atingir alto grau de desempenho no que diz
respeito aos objetivos organizacionais e lucratividade.
Empresas com fins lucrativos têm os objetivos de obter lucros para seus
proprietário; fornecer bens e serviços aos clientes; prover renda para seus
funcionários; e aumentar o nível de satisfação de cada um dos envolvidos.
2.5 MARKETING E SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Conhecer, ouvir e interagir com o cliente é dever de toda organização que
quer prosperar, pois o cliente é o fator gerador de receitas e lucros.
19
“O marketing não ocorre a não ser que exista uma troca [...]. Na troca de
marketing, tanto o vendedor (fornecedor) quanto o cliente devem se beneficiar”
(NICKELS; WOOD, 1999, p. 4).
Por que é importante conhecer profundamente o cliente? Sem cliente não
existem negócios e não há geração de riquezas. Portanto conhecer bem o perfil e as
necessidades do cliente é vital para a permanência e crescimento.
A satisfação do cliente e a avaliação da empresa devem fazer parte da ação
estratégica das instituições que desenvolvem a sua atividade externa e interna numa
óptica de marketing (ou Mercado) e de gestão pela qualidade total, é um plano
usado para guiar as decisões e ações de todas as pessoas dentro da organização.
“Em suma, a estratégia é um resumo de onde você está, para onde quer ir e como
irá chegar lá” (NICKELS; WOOD, 1999, p. 20). A compreensão, tão detalhada das
atitudes e comportamentos dos clientes, é uma condição hoje absolutamente
necessária para navegar na turbulência de mercados fortemente competitivos,
sobretudo quando o alvo a que nos dirigimos é cada vez menor, relativamente à
oferta, e cada vez mais inconstante e mutante.
A satisfação do cliente é uma preocupação constante na atividade
empresarial. E após este, segue a fidelização (ou retenção), a freqüência (ou
atração) acrescida, e as vendas adicionais. Uma verdadeira roda que começa,
termina e recomeça de novo na satisfação do cliente.
A satisfação é uma condição necessária para a sua fidelização. Quanto mais
satisfeito estiver o cliente, maior é a probabilidade de ser fiel. Sem satisfação não há
fidelização, numa situação de livre concorrência e escolha. Mas a fidelização, para
ser efetiva e duradoura, passa também pela diferenciação (de marca, embalagem,
preço, entre outros) tornando o produto único aos olhos do cliente ou criando neste
uma dependência em face de alguma vantagem competitiva, e pela partilha de
vantagens, numa filosofia de que quanto mais me deres, mais ganhas com isso.
A importância da satisfação do cliente está também presente na idéia, de que
é fundamental travar influências sociais negativas e promover as positivas. Um
cliente satisfeito pode influenciar positivamente, mas um cliente insatisfeito pode
influenciar negativamente duas a três vezes mais consumidores.
No que diz respeito às vantagens econômicas, a literatura refere à existência
de vários estudos confirmatórios da correlação entre satisfação do cliente e
rentabilidade, e entre satisfação do cliente e participação de mercado (sustentada).
20
Neste âmbito, custa mais atrair um cliente novo, do que manter um cliente atual
satisfeito (NICKELS; WOOD, 1999).
O conceito de satisfação parece ter dois significados, um assume a satisfação
como ausência de insatisfação, como a realização mínima de uma necessidade ou
desejo, ou a reposição de um estado de equilíbrio previamente comprometido. É
quando o consumidor diz, por exemplo: obrigado, já estou satisfeito. O outro assume
a satisfação como um estado de emoção positiva, mais ou menos consciente e
explícito, mas cuja ausência não implicaria para o sujeito a existência de
insatisfação. É quando alguém diz, por exemplo: ‘fico satisfeito por te ver!’
Se existe a crença que neste mundo tudo está em permanente evolução,
incluso nós próprios este preciso momento, e que essa evolução tem diferentes
níveis de percepção, temos então que concordar que a avaliação da Satisfação do
Cliente tem também de ser permanente, e que as nossas limitações perceptíveis
aconselham o recurso a outros instrumentos de observação, medição e análise, para
além da nossa pretensa sensibilidade e intuição.
A avaliação do desempenho é em grande medida afetada pela facilidade de
avaliação. Quando esta efetivamente se verifica, o desempenho é contrastado com
as expectativas. Quando existe dificuldade de avaliação, o desempenho é
normalmente assimilado às expectativas. Cabe aqui referir a importância da “gestão
de provas e testemunhos”, que consiste em fornecer aos clientes ampla informação
sobre os benefícios que lhes proporcionam o referido produto ou serviço (NICKELS;
WOOD, 1999).
Ainda segundo os autores Nickels e Wood (1999) o coração do processo de
satisfação é a comparação do que era esperado com o desempenho do produto.
Quando este é superior àquele, temos uma desconfirmação positiva, ou afirmação,
geradora de satisfação. Quando é igual, temos uma confirmação, geradora de
indiferença.
Quando
é
inferior,
temos
uma
desconfirmação
negativa,
ou
simplesmente desconfirmação, geradora de insatisfação. As conseqüências da
satisfação do cliente são algo imprevisível.
Se ter qualidade é atender aos desejos ou necessidades dos clientes,
portanto um conceito subjetivo é identificar os atributos de qualidade e começar pelo
estudo da necessidade destes clientes, geralmente implícita, estendendo-se depois
aos especialistas dentro da organização, que têm por missão compreender,
explicitar e dar corpo a esses desejos e expectativas, em termos mais técnicos.
21
O primeiro passo é a definição de quem são os clientes. Quantos são, onde
estão, como se segmentam, como se comportam, o que compram, quanto valem
(em termos de compras, interesses, influência, etc.), que preferências têm, quem
desempenha cada papel no processo de compra, se há distinção entre cliente direto
e consumidor final, entre cliente ocasional e cliente fiel, entre outros.
O conhecimento dos clientes deve traduzir-se na criação e manutenção de
uma base de dados relacionais informatizada, que permita cruzar em cada momento
a informação relevante. Muitas empresas parecem esquecer que, a par do prestígio
das marcas, a clientela é o seu ativo mais valioso, cuja medida vai para além do
volume de vendas atual, incluindo o que o cliente proporcionará ao longo da sua
vida útil, diretamente e por influência de outros.
Nesta perspectiva, a base de dados de clientes efetivos, pode ser alargada a
clientes potenciais, já consumidores ou não; presentes ou futuros; diretos ou
indiretos, externos ou internos e também a clientes passados.
O cuidado com os clientes que terminam a relação comercial é de suma
importância. Por um lado, para se conhecer os motivos que os levaram a abandonar,
havendo até entrevistas ou questionários de abandono, por outro lado para se
desencadear um processo de recuperação, que a experiência tem revelado ser
bastante eficaz.
A comunicação com os clientes da concorrência, entre outras vantagens
permite captar a percepção subjetiva, mas soberana, dos consumidores. Neste
sentido, importa identificar caso a caso o respectivo fornecedor/vendedor.
Deve-se recordar, a propósito, que não devem ser esquecidos os limites
éticos. “As empresas podem tratar de questões éticas em cinco níveis: pessoal,
organizacional, industrial, social e internacional” (NICKELS ; WOOD, 1999, p. 55).
Para efeitos de avaliação da satisfação, torna-se também essencial definir os
objetivos pretendidos, pois em alguns casos interessa conhecer as atitudes dos
clientes em geral, para outros basta uma amostra, outros casos é preciso uma
avaliação particular de cada cliente, quando o objetivo é comunicar-se com o cliente,
“é necessário à comunicação com os clientes através da propaganda ou frente a
frente” (NICKELS; WOOD 1999, p. 209), ou gerir as suas necessidades em relação
à utilidade do produto para o cliente e as expectativas numa óptica de marketing
personalizado.
22
A avaliação da satisfação é mais um processo (sem fim) do que um
programa, projeto ou estudo. É um instrumento de gestão como outros que a
empresa tradicionalmente já possui. Resulta na obtenção e representação gráfica de
índices de satisfação geral e por atributos, comparados temporalmente e
espacialmente com outros departamentos ou organizações. Importa obter estes
índices dos clientes, mas também dos empregados e chefias, comparando-os entre
si em cada momento e na sua tendência de evolução.
Há de se perceber que nem todos os atributos têm a mesma importância para
os clientes, ou para todos os clientes. Daqui resulta a necessidade imperiosa de
segmentar a clientela, e de apurar o grau de importância do atributo para cada
cliente (e segmento de clientes).
O grau de importância dos atributos pode ser percebido a partir da respectiva
avaliação de satisfação, uma vez que o cliente tende a extremar essa avaliação e a
deixar o intervalo central, quando os atributos são tidos como mais importantes. Por
outro lado, o cliente tem sempre a tendência de considerar tudo importante, e
dificuldade em discriminar, havendo algumas técnicas que procuram minimizar esta
dificuldade.
O conhecimento do grau de importância dos atributos permite cruzá-lo com o
grau de satisfação, com o desempenho, o que produz uma matriz de importânciasatisfação (ou desempenho) muito conhecida na literatura da especialidade.
Contudo, a questão da medição da importância dos atributos está também
relacionada com as expectativas do cliente, muitas delas inconscientes, e nem
sempre coincidentes com a perspectiva organizacional.
Notou-se que, a avaliação da satisfação do cliente só faz sentido quando
integrada num contexto ou processo de mudança (ou aberto à mudança), pois, em
caso contrário, originaria frustrações ao nível dos clientes e empregados com
conseqüências negativas para a organização. Por esta razão, a decisão de avançar
com a avaliação devem ser assumidas pela direção superior, em primeiro lugar, e
seguidamente por toda a organização, sem exceção.
23
2.6 AVALIANDO AS PERCEPÇÕES E ATITUDES DE SEUS CLIENTES
Os instrumentos de medição podem nos ajudar a entender melhor e a dizer
com antecedência a respeito do mundo em que vivemos.
Para conhecer o nível de satisfação atual dos clientes e determinar se
realmente ocorrem mudanças em suas opiniões, precisamos de uma
medição que avalie com precisão suas reações. Quando desenvolvemos
questionários, é importante assegurar que os dados obtidos através deles
efetivamente reflitam informações válidas e confiáveis, (HAYES, 2003, p.
41).
Existem várias formas de questionários, e são muito utilizado para avaliar os
clientes em diversos aspectos.
2.6.1 O significado da percepção e reação do cliente
Hayes (2003, p. 41) aborda que “as percepções dos clientes acerca da
qualidade do serviço e sua satisfação geral possuem alguns indicadores
observáveis”.
Sorrir e fazer bons comentários acerca do produto ou serviço são ações
indicadoras da satisfação do cliente. Para concluir se uma pessoa está satisfeita
utiliza-se critérios observáveis como fisionomia, declarações e reações.
Essas manifestações observáveis são as respostas dadas pelos clientes a
um questionário de satisfação do cliente. Se, no questionário, as pessoas
indicarem boas coisas sobre o produto e fornecem outras indicações de
comportamentos positivos, podemos concluir que elas estão satisfeitas com
o produto (HAYES, 2003, p. 43).
Há duas características importantes de medição a serem consideradas
quando do desenvolvimento de questionários, que são a confiabilidade e a validade.
24
2.7 CONFIABILIDADE
Hayes (2003, p. 44) aborda que “quando desenvolvemos um questionário que
avalia a percepção dos clientes acerca da Qualidade do Serviço ou Produto,
queremos ter a certeza de que as medições estão isentas de erros aleatórios”.
Confiabilidade é definida como sendo o grau com que as medições estão
isentas de variâncias de erros aleatórios. Esses erros diminuem a confiabilidade das
medições. Se deseja-se ter a confiança que os resultados dos questionários refletem
efetivamente a dimensão básica, significa dizer, que o questionário deve demonstrar
possuir uma alta confiabilidade.
Conforme Hayes (2003, p. 44) “existem três formas gerais de confiabilidade:
confiabilidade de teste-reteste, confiabilidade de forma equivalente e consistência
interna”.
2.8 VALIDADE
A validade de conteúdo verifica até que ponto o instrumento está realmente
medindo bem a situação estudada. Para alguns instrumentos a validade de
conteúdo depende, principalmente, da adequação com que um domínio especificado
do conteúdo é amostrado. O conteúdo deve garantir a validade do planejamento e
da construção das assertivas, logo esta deve buscar o grau que os itens do
questionário estão adequadamente representados em algum universo definido ou no
domínio do conteúdo do questionário, o que envolve uma familiaridade e
conhecimento da pessoa que o elabora com o objetivo da pesquisa. O domínio do
conteúdo ou do universo refere-se a todos os itens que possam ser incluídos ou
excluídos do questionário, uma vez definido o objetivo da pesquisa (HAYES, 2003).
Também está associada a validade de conteúdo, sua compreensão pelos
respondentes, ou seja, ao número de perguntas deixadas em branco Um limite de
10 % de perdas é aceito e acima desse valor pode indicar problema na construção
do instrumento (HAYES, 2003).
25
2.9 O ATO DE CONSUMO
Pode ser verificado que o consumidor é influenciado por vários fatores que
vão determinar o seu poder de compra, como, por exemplo, as classificações sociais
a que cada um pertence.
De grande importância também no ato de compra, estão as variáveis sociais,
ou seja, os valores e estilos de vida de cada consumidor e os grupos que ele oferece
influências, como família, amigos, parentes e até grupos de relações formais e
informais. Outro fator de influência no consumo é o econômico e o cultural, pois
depende muito a que classe econômica o consumidor pertence para poder usufruir
de bens, produtos e serviços. O fator cultural, por sua vez, vai determinar o
comportamento de cada grupo, conforme a sua classificação.
Os aspectos envolvidos no ato de consumo são muitos e cada vez mais
importantes, até mesmo para o conhecimento das empresas. Sabe-se que em cada
um de nós existe um consumidor e que em cada pessoa também existe o ato de
consumo, vivemos num tempo que as pessoas consomem demasiadamente, isto
não deixando de analisar e levar em conta as classificações sociais, como será
destacado mais à frente. Segundo Karsaklian (2000), percebe-se, porém, que,
formalmente ou não, a preocupação com o consumo, a constatação e o fato de
existir em cada um de nós um consumidor têm gerado polêmica com relação a como
lidar com os seus comportamentos, comportamentos estes que são acompanhados
de vários fatores, muitas vezes determinantes para o consumo.
Mas o que vem a ser consumidor? “Ser consumidor é ser humano. Ser
consumidor é alimentar-se, vestir-se, divertir-se, é viver” (KARSAKLIAN, 2000, p.
11).
Já em uma outra visão, Cobra (1997, p. 59) destaca que “Cada consumidor
reage de forma diferente sob estímulos iguais, e isso ocorre porque cada um
possuiu uma ‘caixa preta’ diferente". Então, se os consumidores, ou seja, as
pessoas são diferentes umas das outras e necessitam de alimentar-se, vestir-se e
até mesmo se divertirem, são as suas diferenças que vão determinar seus atos de
compra e seus comportamentos em relação às outras no mercado de consumo.
“Mais do que nunca, compreender o consumidor é reconhecida como uma
necessidade vital não apenas para as empresas, mas para toda a organização que
26
se assuma como orientada para o mercado” (DUBOIS, 1998 apud VIEIRA, 2004, p.
3).
Pode-se verificar, desta forma, que os fatores relacionados ao comportamento
do consumo giram em torno das ações dos consumidores, tornando-se, assim,
essenciais à busca de sua compreensão.
Para Karsaklian (2000), por mais que se busque conhecer o consumidor, é
difícil saber quais comportamentos ele vai ter em relação a fatos que venham
ocorrer durante a sua vida.
Percebe-se que os fatores situacionais também influenciam o ato da compra.
Como um ambiente agradável e confortável pode levar um consumidor a decidir sua
compra diretamente nas prateleiras do ponto de venda. Como também a
comunicação, pois o estudo de diferentes tipos de mídia por parte das empresas,
com estratégias direcionadas, leva a um efeito significativo no comportamento da
compra.
Os consumidores ainda são influenciados por outras variáveis muito
importantes em seus comportamentos no ato da compra, que são:
a) As classes sociais;
b) As variáveis sociais;
c) Variáveis econômicas;
d) Variáveis culturais.
2.9.1 As classes sociais
A classe social é considerada uma das variáveis que interfere no ato de
consumo, e que não pode ser deixada de lado ao procurar estudar a forma de cada
consumidor agir diante de determinadas escolhas.
Para Kother (1996, p. 107), “as classes sociais são divisões relativamente
homogêneas e que permanecem numa sociedade, ordenadas com respeito a cada
um e cujos membros compartilham dos mesmos valores, estilos de vida, interesses
e comportamento”. Desta forma, pode-se verificar que não é apenas o fator renda
que determina a classe social.
27
Para os autores Kother e Amstrong (1993, p.83) estes fatores é que vão
determinar preferências por determinados produtos e comportamentos dentro das
classes sociais. Desta forma, cada classe social apresenta preferências distintas por
produtos e marcas em relação a vestuário, imóveis, lazer e automóveis. As classes
sociais se tornam determinantes para o mercado, pois o comportamento dentro
delas pode determinar o poder de decisão de compra de todo o grupo.
2.9.2 Variáveis sociais
As variáveis sociais são determinantes no comportamento do consumidor. De
acordo com Stoner e Freeman (1999), estas variáveis de influência podem ser
classificadas como:
• Estilo de vida: As mudanças nos padrões de vida, como uniões instáveis,
pessoas morando sozinhas, têm gerado um maior número do consumo, onde as
pessoas procuram por produtos e serviços que lhes proporcionem maior conforto e
tranqüilidade.
• Valores sociais: Os valores sociais são determinantes nas escolhas que os
consumidores fazem na vida, como, por exemplo, um determinado produto pode ter
certo valor para uma pessoa e para outra não.
• Demografia: O fator crescente da população leva a observar que os padrões
de consumo afetam o tamanho da oferta de mão-de-obra e da localização no
mercado de consumo.
Em outra visão, a autora Karsaklian (2000, p. 87) diz que “todas as notícias
que recebemos da história e da pré-história ensinam-nos que o homem sempre
viveu associado a outros indivíduos de sua espécie”. Sendo assim, quem deseja
estudar o comportamento humano (e do consumidor) não pode deixar de considerar
as interações sociais do ambiente social no qual ele ocorre e no qual está inserido,
pois é a sua classificação social que, muitas vezes, vai determinar a sua decisão de
compra.
As variáveis sociais influenciam no comportamento do consumidor, pois os
grupos de referência, a família, têm forte poder de apelo no momento de decisão da
compra. Isso porque todas as decisões de compra são ligadas a indivíduos que,
28
apesar de explicarem, antes de tudo, suas preferências e intenções, por si só não
garantem qual o comportamento será utilizado na hora da compra.
“O comportamento às vezes é afetado mais por pressões do ambiente social
do que por atitudes pessoais” (ENGEL; BLACKWEEL; MINIARD, 2000, p. 255). É o
caso de quando as pessoas tomam decisões influenciadas por outras pessoas e não
por causa de seus desejos pessoais.
2.9.3 Variáveis econômicas
Uma variável muito importante no ato de consumo e que, de certa forma,
regula o mercado é a variável econômica, têm influência muito forte sobre os
consumidores, pois é através da mesma que é determinado o seu poder de compra.
Segundo Cobra (1997, p. 62), “a noção essencial do comportamento do
consumidor diz que ele é influenciado pelas perspectivas econômicas”.
Os fatores econômicos têm grande poder em determinar o mercado, e
segundo Kother (1996), os mercados não exigem apenas pessoas, mas também
poder aquisitivo, os quais são funções de quatro importantes fatores: poupança,
renda normal, preços e disponibilidade de preços.
Diante de alguns acontecimentos econômicos, os consumidores são forçados
a repensar suas prioridades de consumo, e os negócios não podem contar com uma
continuidade de fatos iguais, pois o mercado e a economia são crescentes e
instáveis.
“Em uma época de crise econômica, por exemplo, os consumidores tendem a
reduzir o padrão de consumo da família, restringindo-se a comprar produtos
realmente essenciais, eliminando o supérfluo” (COBRA, 1997, p. 62).
Ainda Kother (1996 p. 109) diz que “Um consumidor não gastará toda a sua
renda num só produto em virtude do princípio da utilidade marginal. Não importa
quão atraente seja um produto, as unidades adicionais lhe trarão satisfação
decrescente”.
Para o consumidor, muitas vezes não é um número maior de um mesmo
produto que lhe trará satisfação, mas sim uma única unidade de um produto que lhe
29
é mais apropriado. O consumidor precisa estar bem informado, pois se a compra for
inadequada, não lhe trará satisfação e os seus resultados serão ineficazes.
2.9.4 Variáveis culturais
Não podemos deixar de lado o fator cultural ao estudar-se o comportamento
do consumidor, pois é através da cultura que as pessoas desempenham seu papel
dentro de uma sociedade. “O que comemos, bebemos, vestimos, acreditamos, a
música que escutamos, tudo isso depende em grande parte de nossa cultura. Não
obstante aceitarmos com muita facilidade nosso modo de vida, a diversidade de
culturas e comportamentos é admirável” (KARSAKLIAN, 2000, p. 138).
Para Kother e Armstrong (1993), a cultura é de grande importância no
comportamento de uma pessoa, e que em maior parte esse comportamento é
aprendido, como é o caso das crianças, que aprendem seus valores ao crescer
dentro de uma dada sociedade, onde lhe são transmitidos comportamentos básicos
pela sua família e por instituições, como escolas e igrejas. Desta forma, o meio em
que a pessoa vive influi no seu comportamento cultural, o que, por sua vez, influi em
seu comportamento enquanto consumidor. A cultura insere o indivíduo ao meio, e
através de sua cultura, ele pode escolher de qual grupo quer participar, quais
amizades deseja ter, qual o local que vai freqüentar e assim por diante. Através da
cultura dos povos é que se pode observar o comportamento do consumidor e
procurar identificar quais as preferências de cada um, assim o fornecedor de
serviços e produtos tem maior chance de acertar o seu principal objetivo: o de
satisfazer o consumidor.
Para Karsaklian (2000), por mais simples que pareça o fato de culturas
diferentes, muitas empresas têm seus produtos fracassados e até mesmo chegam à
falência por não atentarem a esta forte influência. A influência da cultura sobre o ato
de compra e de consumo é hoje extremamente reconhecida, e a maior parte das
abordagens avançadas sobre o comportamento do consumidor integra, de uma
forma ou de outra, o fator cultural.
Ainda segundo Karsaklian (2000), é através da cultura que identifica-se as
pessoas, e através dos valores julga-se até mesmo se seu comportamento é moral
30
ou normal em uma dada situação. Transmitida de geração em geração, a cultura
garante sua continuidade no tempo e analisa indivíduos para fazer parte de um
grupo e até mesmo da sociedade.
Definindo seus papéis na sociedade, os indivíduos vão estabelecendo seus
padrões de consumo e contribuem direta e igualmente para delinear o modo de
existência de uma sociedade. “A cultura afeta os produtos específicos que as
pessoas compram, assim como a estrutura de consumo, a tomada de decisão
individual e comunicação numa sociedade” (ENGEL; BLACKWEEL; MINIARD, 2000,
p. 397). Desta forma, o fator cultural não pode ser negligenciado pelas empresas,
pois ele afeta vários fatores relacionados ao consumo, como: os motivos de compra,
o que as pessoas compram e como elas decidem comprar.
Para Engel; Blackweel; Miniard (2000), os fatores culturais envolvem um
complexo de valores, idéias e atitudes, além de outros símbolos significativos que
permitem aos humanos se comunicar e avaliar como membros da sociedade,
através dos fatores culturais e que vai ser expresso o comportamento dos
consumidores no ato da compra, e na forma de agir no mercado e na sua interação
com o ambiente, sendo então de fundamental importância no ato de consumo e até
mesmo no comportamento do consumidor.
31
3 METODOLOGIA
Segundo Ruiz (2002) a palavra método é de origem grega e significa o
conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação
dos fatos ou na procura da verdade.
“Método é um conjunto de normas-padrão que devem ser satisfeitas, caso se
deseje que a pesquisa seja tida por adequadamente conduzida e capaz de levar as
conclusões merecedoras de adesão racional” (RUIZ, 2002, p. 137). De acordo com
Trujillo (apud Marconi, 2004, p. 24), “método é a forma de proceder ao longo de um
caminho”. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam
de início o pensamento em sistemas, traça de modo ordenado a forma de proceder
do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo.
De acordo com a proposta deste projeto, para fazer um estudo dos motivos da
preferência pela Farmácia Palmed LTDA, foi necessário encontrar uma abordagem
metodológica que servisse de instrumento de introspecção para a leitura da técnica.
Adotou-se, em vista disso, como estratégia de pesquisa, o método do estudo de
caso. Segundo Yin (1989 apud BRESSAN, 2000, p. 23), o estudo de caso é "uma
inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um
contexto da vida real", no qual os comportamentos relevantes não podem ser
manipulados, mas onde é possível se fazer observações diretas e entrevistas
sistemáticas. Caracteriza-se pela "capacidade de lidar com uma completa variedade
de evidências – documentos, artefatos, entrevistas e observações" (YIN, 1989 apud
BRESSAN, 2000, p. 19).
Esta
pesquisa
apresenta
abordagens
qualitativas,
que
teve
seus
antecedentes nas ciências naturais e na filosofia. “Neste sentido, argumenta-se que
pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados
para uma fase exploratória da pesquisa” (ROESCH, 2006, p. 154).
Métodos qualitativos são apropriados quando o fenômeno em estudo é
complexo, de natureza social e não tende à quantificação. Normalmente, são usados
quando o entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante para
a pesquisa. Para aprender métodos qualitativos é preciso aprender a observar,
registrar e analisar interações reais entre pessoas, e entre pessoas e sistemas
(DIAS, 2000).
32
Também apresenta métodos quantitativos, para este temos que antes de se
demonstrarem os detalhes da pesquisa realizada, é importante tecer alguns
comentários sobre a população ou universo considerado. O universo é, segundo
Mattar(1996). O agregado de todos os casos que se enquadram num conjunto de
especificações previamente estabelecidas. Ao se definir um universo e preciso que
se leve em conta também o elemento da pesquisa, ou seja, a unidade sobre a qual
se procura obter dados, a unidade amostral, a abrangência e o período de tempo.
No
caso
específico
da
pesquisa
utilizada
neste
trabalho,
foram
caracterizados:

Elemento de pesquisa: Homens e mulheres

Unidade amostral: Homens e mulheres clientes de uma farmácia

Abrangência: Interior e cidade de Palotina

Período de tempo: 11 á 19 de outubro de 2007.
Para o trabalho foi aplicado um questionário, com questões abertas e
fechadas. A aplicação do questionário ocorreu entre os dias 11 á 19 de outubro de
2007. Sendo pesquisados 1452 clientes cadastrados, consumidores dos produtos e
serviços
oferecidos
pela
empresa
Farmácia
Palmed.
A
abordagem
dos
consumidores foi feita pelo método pessoal, por acadêmicos, no momento em que
os clientes chegavam ao estabelecimento. Para a interpretação e análise dos dados
foram
utilizados
métodos
qualitativos
e
quantitativos
que
permitem
uma
interpretação mais clara e precisa das questões analisadas. A amostra não
intencional será utilizada com a finalidade de investigar quais os fatores que
influenciam a preferência pela farmácia em questão como amostragem não
probabilística, ou seja, o universo pesquisado não foi definido por probabilidade.
Os dados serão analisados através dos resultados obtidos com o
questionário, em forma de gráficos.
33
4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
4.1 DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL
Razão Social: Farmácia Palmed LTDA.
Nome Comercial: Farmácia Palmed LTDA.
Endereço: Avenida Presidente Kennedy 1083 - Centro
Ramo de Atividade: Farmácia e cosmético
Mercado de Atuação: Município e interior de Palotina
Mercado Concorrente: É composto por quinze estabelecimentos farmacêuticos
situados nos mais diversos pontos da cidade de Palotina.
4.1.1 Organograma
Sócios Proprietários
Proprietário
Administrador
Farmacêutico
Bioquímico
Responsável
Caixa
Atendentes
Contabilidade
Office Boys
Zeladora
34
4.1.2 Descrição das funções
Sócios proprietários: tem a função de gerenciar o estabelecimento, apenas
um dos sócios encontra-se diariamente no estabelecimento, sendo este o
proprietário administrador.
Farmacêutico e bioquímico: sua função é orientar os clientes quanto o uso
correto dos medicamentos, assim como informar sobre possíveis efeitos colaterais e
interação medicamentosa, toda farmácia precisa de um farmacêutico em período
integral para assinar pela regularidade da mesma.
Contabilidade: É um serviço terceirizado o qual, recebe documentos da
empresa para a realização da legislação necessária, como cálculos de tributos,
folhas de pagamentos dos funcionários e tudo mais que diz respeito á contabilidade
em geral da empresa.
Caixa: realiza o serviço de recebimento dos valores dos produtos vendidos na
farmácia e correspondente bancário através de recebimentos de boletos bancários e
faturas
Atendentes: tem a responsabilidade de atender os clientes, prestar
informação dos produtos, orientar sobre o uso correto, aplicação de injetáveis e
outros serviços de enfermagem e primeiros socorros.Também são responsáveis pelo
estoque e entrada e saída dos produtos, verificar a validade dos produtos na
prateleira e sua ordem..
Office boy: são responsáveis pelas entregas e também pelas cobranças.
Zeladora: cuida da limpeza do estabelecimento.
4.1.3 Histórico da organização
A empresa Farmácia Palmed LTDA iniciou suas atividades em primeiro de
setembro de 1997 tendo sido registrada com dois sócios, Luiz Augusto Dias da
Silveira e Rosane Maria Simon da Silveira sendo ela a sócia com maior número de
quotas, e ambos casados.
35
A administração da empresa ou organização no ano da abertura estava sob
responsabilidade dos funcionários Ari e Dolores, os quais eram encarregados pelo
funcionamento do estabelecimento. Dois anos após a administração passou a ser
responsabilidade de outro funcionário, Luciana, que também exercia a função de
farmacêutica e bioquímica responsável da empresa. No ano de 2003 a proprietária
Rosane assumiu a administração da farmácia, e as demais pessoas citadas não
fazem mais parte do quadro de funcionários.
A princípio, a empresa contava somente com produtos farmacêuticos, mas no
decorrer das atividades foi adicionada uma loja de cosméticos e perfumaria,
ampliando assim a linha de atuação da empresa. Hoje conta com nove funcionários
e com 13 horas de funcionamento diário, de segunda à segunda feira das 7:30 às
20:30 horas.
O prédio do estabelecimento é alugado, na área central do comércio de
Palotina, tendo um ponto privilegiado.
A manipulação é prestada por uma empresa terceirizada, onde se tem toda
confiança da qualidade dos produtos e serviços.
Os serviços de correspondente bancário são realizados através de uma
parceria com o Banco Bradesco, através deste, a empresa pode receber boletos de
qualquer empresa até a dada do vencimento e até o valor de 1.000,00. O
recebimento de faturas da Copel, Telepar, Embratel e Sanepar são realizados
através de uma parceria com as correspondentes empresas. Estes serviços são
realizados com o objetivo de atrair o cliente para o estabelecimento e fornecer maior
comodidade.
Objetivo social da mesma é o comércio varejista de medicamentos,
perfumaria, produtos naturais e manipulação de medicamentos.
36
4.2 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS
Para a realização da pesquisa, o instrumento de coleta de dados escolhido foi
o questionário. Em relação à abordagem dos clientes, optou-se pelo método
pessoal, no momento em que os clientes chegavam ao estabelecimento.
O questionário com perguntas abertas e fechadas foi estruturado em seis
partes.
A primeira parte diz respeito ao atendimento prestado ao consumidor. Já a
segunda parte avalia os produtos e a forma como são oferecidos. Na terceira parte
faz-se uma avaliação da imagem da empresa junto aos consumidores, na quarta
parte dos recursos e instalações, sendo que na quinta parte caracteriza-se a
respeito dos produtos mais procurados, e por fim, na sexta parte por meio do que ou
de quem veio a farmácia.
Como se trata de uma análise de satisfação dos clientes em relação aos
produtos e serviços oferecidos pela empresa, o instrumento de pesquisa utilizado foi
aplicação de um questionário estruturado com 1452 clientes cadastrados,
consumidores dos produtos e serviços oferecidos pela empresa Farmácia Palmed .
A aplicação do questionário ocorreu entre os dias 11 a 19 de outubro de 2007,
sendo aplicado por acadêmicos do 8º (oitavo) período de administração, com
amostragem não aleatória e não probabilística , ou seja, o universo pesquisado não
foi definido por probabilidade.
4.2.1 Atendimento
Nesta primeira parte do questionário foram elaborados questões relacionadas
ao atendimento dos funcionários da empresa em estudo.
37
Regular
15%
Ótimo
34%
Bom
51%
Gráfico 1: Atenção e simpatia
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação à atenção e simpatia no atendimento demonstrado pelos
atendentes, 34% dos questionados responderam como sendo ótimo, 51% bom e
15% regular, conforme gráfico 1.
Ótimo
15%
Regular
20%
Bom
65%
Gráfico 2: Rapidez e agilidade
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com a pesquisa em relação à rapidez e agilidade no atendimento
15% dos clientes responderam como ótimo, 65% como bom e 20% consideram ser
regular, conforme gráfico 2.
38
Regular
20%
Ruim
2%
Ótimo
15%
Bom
63%
Gráfico 3: Conhecimento e informação prestadas sobre os produtos
Fonte: Dados da pesquisa
Observa-se que 15% dos clientes consideram ótimo, 63% como bom e 20%
regular o conhecimento e as informações prestadas sobre os produtos, conforme
gráfico 3.
Regular
12%
Não sabe
2%
Ótimo
12%
Bom
74%
Gráfico 4: Atendimento telefônico
Fonte: Dados da pesquisa
No universo pesquisado, o atendimento telefônico prestado pela empresa é
ótimo para 12% dos clientes, bom para 74%, regular para 12% e 2% não sabem,
conforme gráfico 4.
39
Ruim
3%
Ótimo
20%
Regular
24%
Bom
53%
Gráfico 5: Serviço de entrega
Fonte: Dados da pesquisa
No serviço de entregas em domicílio 20% responderam como sendo ótimo,
53% bom, 24% regular e 3% ruim. Apesar de 73% dos clientes indicarem como
ótimo ou bom o serviço de entregas em domicílio, 27% estão distribuídos entre os
que afirmam ser regular e ruim, conforme gráfico 5.
Regular
10%
Ótimo
22%
Bom
68%
Gráfico 6: Disposição para providenciar produtos
Fonte: Dados da pesquisa
Através da pesquisa observa-se que 22% dos clientes consideram ótimo,
68% bom e 10% regular a disposição da empresa para providenciar aos clientes
produtos que não foram encontrados no estabelecimento, conforme gráfico 6.
40
Ótimo
19%
Regular
41%
Bom
40%
Gráfico 7: Horário de atendimento
Fonte: Dados da pesquisa
Quanto ao horário de atendimento que atualmente é de segunda a segundafeira, das 07h30 às 20h30, a pesquisa revela que 19% consideram ótimo, 40%
consideram bom e 41% consideram regular o horário de atendimento prestado pela
empresa, conforme gráfico 7.
4.2.2 Produtos
Nesta parte da pesquisa os clientes foram questionados em relação aos
produtos oferecidos pela empresa.
41
Regular
7%
Ótimo
32%
Bom
61%
Gráfico 8: Qualidade dos produtos
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação a qualidade dos produtos oferecidos pela empresa 32%
dos
clientes responderam como ótimo, 61% bom e 7% regular, conforme gráfico 8.
Ótimo
19%
Regular
20%
Bom
61%
Gráfico 9: Preços praticados
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com os clientes da empresa,nota-se que os preços praticados pela
Farmácia Palmed são ótimos para 19% dos clientes, 61% avaliaram como bom e
20% regular, conforme gráfico 9.
42
Ruim
3%
Ótimo
14%
Regular
46%
Bom
37%
Gráfico 10: Promoções realizadas
Fonte: Dados da pesquisa
No que se refere às promoções realizadas pela empresa 14% responderam
como ótimo, 37% bom, 46% regular e 3% consideraram as promoções como ruins.
Através dos números apresentados, percebe-se a existência de uma parcela de
clientes (49%) insatisfeitos com as promoções realizadas pela empresa, conforme o
gráfico 10.
Ótimo
12%
Regular
15%
Bom
73%
Gráfico 11: Variedade dos produtos
Fonte: Dados da pesquisa
Quanto à variedade dos produtos oferecidos pela empresa, pode ser
observado que 12% consideram ótimo, 73% como bom e 15% responderam como
regular, conforme o gráfico 11.
43
Ruim
2%
Regular
20%
Ótimo
25%
Bom
53%
Gráfico 12: Forma de pagamento
Fonte: Dados da pesquisa
Através da pesquisa observa-se que em relação as formas de pagamento
oferecidos pela empresa, 25% avaliaram como ótimo, 53% como bom, seguido de
regular com 20% e ruim com 2% das indicações, conforme gráfico12.
4.2.3 Imagem
Nesta parte da pesquisa foram questionados os cliente de acordo com a
imagem da empresa.
Regular
17%
Ótimo
24%
Bom
59%
Gráfico13: A empresa é bem conhecida na comunidade
Fonte: Dados da pesquisa
44
Quanto a popularidade da empresa na comunidade, 24% consideram ótimo,
59% mencionaram como bom, enquanto que 17% dos clientes consideraram como
regular a popularidade da empresa na comunidade, conforme gráfico 13.
Não sabe
19%
Regular
22%
Ótimo
14%
Bom
45%
Gráfico 14: Conceito da empresa na comunidade
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com a pesquisa, no que se refere ao conceito da empresa na
comunidade, 14% responderam como sendo ótimo, e 45% responderam como bom,
22% como regular e 19% não sabem. Apesar de 59% dos clientes ter mencionado
que o conceito é ótimo ou bom, tivemos um percentual de 41% divididos em regular
ou não sabem o conceito da empresa na comunidade, conforme gráfico 14.
45
4.2.4 Recursos e instalações
Regular
20%
Ruim
2%
Ótimo
14%
Bom
64%
Gráfico 15: Higiene e limpeza
Fonte: Dados da pesquisa
Quanto a higiene e limpeza do ambiente, observa-se que 14% dos
entrevistados consideram ótimo, 64% avaliam como bom, 20% como regular e 2%
como ruim. Embora 78% dos clientes avaliaram como ótimo e bom esse quesito,
existe 22% dos clientes que avaliaram como regular (20%) e ruim (2%), conforme
gráfico 15.
Não sabe
10%
Regular
34%
Gráfico 16: Disposição dos produtos
Fonte: Dados da pesquisa
Ótimo
12%
Bom
44%
46
Observa-se através da pesquisa que em relação a disposição dos produtos,
12% responderam como ótimo, 44% dos clientes consideram como bom, 34%
avaliam como regular, enquanto que 10% não sabem, conforme gráfico16.
Regular
8%
Ótimo
46%
'
Bom
46%
Gráfico 17: Localização do estabelecimento
Fonte: Dados da pesquisa
Neste quesito temos uma igualdade nos porcentuais entre ótimo e bom com
46% cada, seguido de 8% como regular, conforme gráfico 17.
4.2.5 Produto mais consumido
Nesta questão procurou-se saber qual o produto que o cliente procura com
maior freqüência na empresa.
47
Higiene pessoal
7%
Outro
1%
Cosméticos e
perfumaria
34%
Medicamentos
58%
Gráfico 18: Que produto procura com mais freqüência?
Fonte: Dados da pesquisa
Verifica-se, através da pesquisa, que o produto que o cliente procura com
mais freqüência na farmácia é medicamento com 58% de apontamento, seguido de
cosméticos e perfumaria com 34%, higiene pessoal 7% e outros com 1% das
indicações. Com base nesses resultados, nota-se que o produto mais procurado são
os medicamentos, principal atividade ou razão de existência da empresa. No entanto
cosméticos e perfumaria aparecem em segundo lugar e com grau de indicação
bastante representativo, ou seja, 34%, conforme gráfico 18.
4.2.6 Fatores relacionados a preferência
Através desta questão procurou-se pesquisar sobre a preferência do
consumidor, o que o leva a ser cliente da farmácia.
48
Preço
6%
Atendimento
33%
Outro
13%
Propaganda
13%
Indicação de
amigo
21%
Indicação de
familiar
14%
Gráfico19: Item considerado mais importante ao optar pela farmácia Palmed
Fonte: Dados da pesquisa
Conforme o gráfico 19, o item atendimento com 33%, é o mais importante na
escolha do cliente pela farmácia Palmed, seguido de indicação de amigo com 22%,
indicação familiar com 14%, propaganda 13% e outros também com 13% sendo as
respostas:

O proprietário foi até a residência para convidar a ser cliente da farmácia.

Indicação de vizinhos.

Casualidade.

Espontaneidade.

Localização.
49
5 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Considerando a pesquisa realizada com os clientes através do questionário, e
dos pontos levantados pelos acadêmicos que elaboraram a pesquisa, sugere-se
para o estabelecimento rever alguns pontos.
No serviço de entregas em domicilio recomenda-se agir com maior rapidez,
adquirindo uma moto, pois atualmente este serviço é realizado com uma bicicleta,
isso faz com que o processo seja lento, promovendo muitas vezes a insatisfação do
cliente. Sugere-se que a moto adquirida seja uma Biz ES Honda num valor médio
aproximado de R$ 5.624,00 (cinco mil, seiscentos de vinte e quatro reais) por ser
uma moto econômica. Não será necessário a contratação de um outro funcionário,
pois o que presta serviços atualmente tem carteira de habilitação. Verificamos que a
empresa possui recursos financeiros para esta aquisição e a própria atividade de
entregas e cobranças viabilizará ao longo do tempo, esta aquisição.
Na cidade de Palotina, existe quinze farmácias, entre estas quinze farmácias
nove realizam o horário comercial que é das 7h30 até às 18h30, cinco realizam um
horário diferenciado que é das 7h30 às 23h00, e a farmácia pesquisada é a única
entre as quinze farmácias da cidade que atendendo no horário das 7h30 às 20h30.
Sugere-se que o horário de atendimento seja o mesmo praticado pelas cinco
demais farmácias, ou seja, das 7h30 às 23h00, evitando com isso que o cliente
venha até o estabelecimento e este esteja fechado e procure por outro
estabelecimento pela necessidade imediata do produto ou serviço. E para cobrir este
horário a mais de atendimento, os horários dos atendentes podem ser remanejados,
mesmo por que no período matutino o movimento é menor, sendo assim possível
colocar dois dos funcionários matutinos para o período noturno.
Em relação as promoções precisam ser bem elaboradas. Não adianta apenas
reduzir os preços, é preciso avaliar vários fatores como: um preço atrativo e claro,
boa sinalização no ponto de venda, divulgação da promoção, disposição
diferenciada do produto, e para reforço usar materiais adequados. Promoções do
tipo pague 2 e leve 3, premiações, brindes como: canetas, chaveiros, formas de
pagamento facilitadas, pontuação por volume de compras, descontos especiais, são
estratégias que podem ser usadas para aumentar as vendas. Sugere-se ainda
incrementar o número de convênios com empresas, oferecendo um desconto
50
especial e prazos diferenciados aos funcionários da mesma, negociando com a
empresa que o pagamento seja descontado em folha de pagamento dos
funcionários sendo uma forma garantida de recebimento, desde que as empresas
sejam devidamente selecionadas.
Para interagir com a comunidade local, sugere-se parceria com a prefeitura e
entidades como Rotary Cluub e Lions Club, para a realização de palestras na área
de educação e saúde auxiliando nas mudanças de hábitos não saudáveis. Palestras
abertas ao público como forma de integração e disseminação de conhecimentos,
estas palestras podem ser realizadas nos clubes de mães, clube dos vovôs, escolas.
Senso que estas palestras podem ser ministradas pela farmacêutica do
estabelecimento, sendo assim uma forma de disponibilizar serviços de auxílio à
comunidade.
Sugere-se estudos para investimentos no setor de cosméticos e perfumaria,
pois é um setor que vem crescendo, e também é mais lucrativo onde é possível
trabalhar com percentual de lucro maior que os medicamentos, que são tabelados
pelo governo. Estar atento aos lançamentos, disponibilizar um local mais amplo,
melhor arejado, ter funcionários especializados para prestar informações dos
produtos, é uma forma para ampliar vendas nesse setor.
Recomenda-se para a farmácia participar de uma rede, pois ela tem potencial
para tal união. As redes reúnem estabelecimentos independentes sob uma mesma
bandeira, com isso, cria-se uma marca única, padroniza-se o layout e organiza-se
compras em conjunto, aumentando o poder de barganha junto a indústria
farmacêutica, possibilitando com isso maior margem de lucro e preços mais
atraentes aos clientes, tornando-se assim mais competitiva.
Mas nunca esquecendo que, produtos e serviços oferecidos pelas empresas
são muito parecidos, senão iguais, o diferencial está no “algo mais” que a empresa
oferece ao cliente, no intuito de garantir a sua fidelidade. E esse diferencial pode ser
o atendimento das necessidades e satisfação de seus clientes.
A razão de ser de qualquer empresa é o cliente, sugere-se a Farmácia
Palmed que continue com a política de prestar um excelente atendimento,
valorizando seus clientes, satisfazendo suas necessidades e expectativas, elevando
com isso o nível de satisfação dos mesmos em relação à empresa.
51
6 CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi identificar os fatores determinantes da
preferência dos clientes pela Farmácia Palmed Ltda. E para atingir tal objetivo,
necessitou-se da realização de uma revisão bibliográfica onde estão presentes
diversos autores que relatam diversas teorias para conhecer e satisfazer as
necessidades e desejos dos clientes, o processo de decisão de compra, o
comportamento de compra do consumidor e avaliação das suas percepções e
atitudes.
Realizou-se um questionário com os clientes da farmácia onde foi possível
visualizar os motivos da preferência dos clientes pela empresa e temos como
resultado, que o atendimento é o grande diferencial competitivo, aquele que faz o
cliente ser tratado como único, não, como apenas mais um. É preciso concentrar as
forças neste diferencial. A localização também pode ser considerada um diferencial,
ficando evidenciado que é um local de fácil acesso, centralizado que não oferece
obstáculos para estacionamento. Os clientes estão satisfeitos em relação ao item
atenção e simpatia, rapidez e agilidade demonstrado pelos atendentes.
Observa-se a existência de uma parcela de clientes que estão descontentes
com o horário de atendimento prestado pela empresa, não atendendo as
necessidades e desejos dos mesmos, portanto é um item que merece atenção por
parte da empresa.
Foi ressaltada também a satisfação dos clientes com a qualidade dos
produtos oferecidos pela empresa, os preços praticados, a variedade dos produtos
e forma de pagamento e o conhecimento demonstrado em relação aos produtos.
A empresa tem sido eficaz no atendimento telefônico, mas deve melhorar o
serviço de entregas em domicílio, pois este atendimento pode resultar em vendas e
fidelização do cliente. Existe a necessidade de rever a política adotada pela empresa
quanto às promoções, pois conforme apontado na pesquisa não vem alcançando
resultados satisfatórios junto aos clientes.
Esses são alguns apontamentos que se levados em consideração podem
fazer com que a empresa eleve o nível de satisfação dos clientes em relação à
empresa.
52
Espera-se que este trabalho contribua com o crescimento da empresa,
auxiliando de forma concreta no alcance de seus objetivos.
Não deve-se deixar de mencionar a importância que teve o trabalho de
conclusão de curso para nós acadêmicos, contribuindo para aplicar na prática os
conhecimentos obtidos durante os quatro anos e que serão levados para nossas
vidas daqui a diante.
53
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