Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina

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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Medicina
 É uma região anatômica que estabelece a
contigüidade entre ossos ou cartilagens, permitindo
que o movimento seja direcionado neste sentido.
Cápsula
sinovial
Osso
Líquido
sinovial
Membrana
sinovial
Cartilagem
sinovial
Osso
 Sinartroses
 Articulações imóveis do crânio
 Anfiartroses
 Com discreta movimentação, como as intervertebrais,
sínfise púbica, sacroilíacas
 Diartroses
 Com movimentos amplos, como joelhos, ombros,
cotovelos, etc.)
 A principal queixa do paciente com doenças
reumáticas é a dor.
 Dor articular (artralgia)
 Dor extra-articular (óssea, tendões, musculares...)
 Localização
 Quantas articulações estão envolvidas?
 1 articulação. Monoarticular.

Hipóteses diagnósticas: gota, trauma, artrite gonocócica
 1 – 4 articulações. Oligoarticular.

Hipóteses diagnósticas: gota, artrite séptica, osteoartrite (OA),
espondiloartropatias.
 ≥ 5 articulações. Poliarticular.

Hipóteses diagnósticas: artrite reumatóide (AR), lúpus eritematoso
sistêmico (LES), febre reumática (FR).
 Quais são as articulações acometidas?
 Interfalangianas distais – AO, artrite psoriática
 Metacarpofalangianas, punhos – AR, LES
 1a Metatarsofalangiana - Gota
 Sacroilíacas, coluna lombar – Espondiloartropatias.
 Mecânico
 A dor piora ao iniciar uma movimentação, melhora ao
decorrer e iora com o exercício prolongado.
 Hipóteses diagnósticas: AO
 Inflamatório
 A dor piora pela manhã e a noite
 Hipóteses diagnósticas: AR, LES, gota, espondiloartropatias.
 Modo de início
 Insidioso
 Hipóteses diagnósticas: AR, OA
 Agudo
 Hipóteses diagnósticas: gota, pseudogota, FR
 Intensidade
 Leve a moderada
 Hipóteses diagnósticas: Espondilite anquilosante, AR compensada
 Intensa
 Hipóteses diagnósticas: gota, bursite aguda, metástases ósseas.
 Irradiação
 Compressão nervosa articular
 Rigidez pós repouso: descrita pelo paciente
geralmente como rigidez das articulações pela manhã
("rigidez matinal")
 Duração de > 1 hora na artrite reumatóide, sendo de
curta duração na osteoartrite.
 Estalos x Crepitações
 Estalos possuem tons altos e breve duração, provocados por
separação brusca das superfícies articulares, deslizamento
de tendões ou de extremidades ósseas incongruentes, ou or
corpos livres intra-articulares. São geralmente indolores.
 Crepitações têm tons mais baixos, menos grosseiros,
múltiplos e de frequência incontável. Podem ser audíveis ou
apenas sentidas ao toque.
 Congênitas (pé plano, joelho varo ou valgo)
 Adquiridas
 Alterações da coluna vertebral, na evolução de doenças
articulares.
 Artralgia – presença de dor articular, sem
alterações objetivas ao exame físico.
 Artrite – Processo inflamatório da articulação, base
da sinovite (inflamação da membrana sinovial). Ao
exame pode apresentar além de dor:
 Edema
 Rubor
 Calor
 Limitação da função
 Derrame
 Número de articulações: monoartrite, oligoartrite,
poliartrite.
 Tipo de articulações envolvidas: periféricas, axiais.
 Simétrico x assimétrico
 Duração:
 Agudo < 4 semanas
 Subagudo 4 a 6 semanas
 Crônico > 6 semanas
 Evolução:
 Auto-limitado
 Intermitente
 Migratório
 Aditivo
 Progressivo
 Paciente de 65 anos de idade, sexo feminino, obesa,
há cinco anos apresentando dores em joelhos,
tornozelos, coxofemorais, região cervical, e
lombossacral. Nega sinais flogísticos, queixando-se
de piora ao final do dia e melhora após uso de
analgésicos, antiinflamatórios e repouso. Há 3 anos
notou dor e deformidade na ponta dos dedos que não
impediam os afazeres rotineiros. Nega febre.
 Exame clínico: nódulos de Heberden e Bouchard.
 Pequeno derrame no joelho direito, sem calor ou
rubor. Discreto varismo em joelhos, com crepitação.
 Paciente de 55 anos, sexo masculino, obeso, hipertenso e
diabético, refere que há sete anos apresentou crise de artrite
aguda com hiperemia intensa da primeira MTF direita, que
cessou completamente após uma semana com uso de AINE.
Depois disso passou a ter duas crises semelhantes por ano.
Nos últimos dois anos as crises ficaram mais frequentes, com
quadro semelhante em tornozelo direito e joelho esquerdo, e
as crises permaneciam por mais de dois meses de tratamento.
Correlacionou as crises com ingesta de álcool e frutos do mar.
Refere ter cólica nefrética e eliminou cálculos. Pai e tipo
aresentavam cálculos.
 Paciente de 25 anos, sexo feminino, refere que nos
últimos três meses vem apresentando dores
articulares migratórias de grandes articulações, com
resposta parcial ao uso de AINE. No último mês
observou vermelhidão em face e braços,
principalmente durante o dia, associado à queda de
cabelos, e há três dias apresentou dispnéia e edema
da face. Exame clínico: eritema facial “em asa de
borboleta”, edema bipalpebral, anemia, alopecia
difusa. PA: 150x110mmHg, FC: 110bpm. Artrite de
punho D e joelho E, artralgia em mãos e tornozelos.
Pulmões com crepitações basais bilaterais e edema
em MMII.
 Benseñor , Isabela M. Semiologia clínica / Isabela
M Benseõr , José Antonio Atta, Mílton de Arruda
Martins. São Paulo: SARVIER, 2002.
 Mario López. Semiologia medica : as bases do
diagnóstico clínico. 5. ed. São Paulo : Atheneu
(São Paulo), 2004
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