maria aparecida cazarotto

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Hormônios Vegetais
As giberelinas
A história inicial das giberelinas foi um
produto exclusivo dos cientistas japoneses.
Em 1926, E.Kurosawa estudava uma doença de
arroz (Oryza sativa) denominada de doença
das "plantinhas loucas" , na qual a planta
crescia rapidamente, era alta, com
coloração pálida e adoentada, com tendência
a cair. Kurosawa descobriu que a causa de
tal doença era uma substância produzida por
uma espécie de fungo, Gibberella fujikuroi,
o qual parasitava as plântulas.
A giberelina foi assim denominada e isolada
em 1934. As giberelinas estão presentes
possivelmente em todas as plantas, por
todas as suas partes e em diferentes
concentrações, sendo que as mais altas
concentrações estão em sementes ainda
imaturas. Mais de 78 giberelinas já foram
isoladas e identificadas quimicamente. O
grupo mais bem estudado e o GA3 (conhecido
por acido giberélico), que é também
produzido pelo fungo Gibberella fujikuroi.
As giberelinas têm efeitos drásticos no
alongamento dos caules e folhas de plantas
intactas, através da estimulação tanto da
divisão celular como do alongamento
celular.
Locais de produção das giberelinas no
vegetal
As giberelinas são produzidas em tecidos
jovens do sistema caulinar e sementes em
desenvolvimento. É incerto se sua síntese
ocorre também nas raízes. Após a síntese,
as giberelinas são provavelmente
transportadas pelo xilema e floema.
Giberelinas e os mutantes anões
Aplicando giberelina em plantas anãs,
verifica-se que elas se tornam
indistinguíveis das plantas de altura
normal (plantas não mutantes), indicando
que as plantas anãs (mutantes) são
incapazes de sintetizar giberelinas e que o
crescimento dos tecidos requer este
regulador.
Auxina
As auxinas são
que
conduzem o
diferencial e funcionam como
reguladores do crescimento dos
vegetais. São sintetizados
principalmente pelos
caulinares e em primórdios
foliares, nas folhas jovens e
nas sementes em
desenvolvimento e se espalham
até as outras zonas da planta,
principalmente para a base,
onde se estabelece um
hormônios
alongamento celular
meristemas apicais
gradiente de concentração. Tal
movimento da auxina é
realizado através do
que
rodeia os vasos condutores. Em
condições de estresse há uma
baixa síntese de auxina e um
aumento de auxinas “unidas”.
A aplicação de auxinas em uma
planta induz que haja síntese
de auxinas naturais no tecido,
e ainda pode ocorrer quando
houver a indução de outros
hormônios. Altas doses de
auxina podem estimular a
síntese de etileno e causar
efeitos negativos no
crescimento ou até a morte do
parênquima
tecido.
AIA
A síntese de auxinas é identificada em
diversos organismos como plantas superiores, fungos,
algas, e quase sempre está relacionada com
etapas de intenso crescimento.
A presença e a importância dos vegetais se
estabeleceram devido aos estudos sobre as
auxinas. Sobre elas há amplas e profundas
informações científicas que nos permitem
conhecer com mais precisão como funcionam
os hormônios nas plantas. Junto com as giberelinas e
as citocininas, as auxinas regulam múltiplos
processos fisiológicos nas plantas.
Seu representante mais abundante na
natureza é o ácido indolacético (AIA), derivado do
aminoácido triptofano, sendo o mais relevante em
quantidade e atividade. É, ainda, o
precursor da forma ativa da auxina que
controla muitos de seus processos
metabólicos. Outros produtos são os ácidos
naftaleno-acético, indol-butírico e indolpropiônico, que têm efeitos semelhantes e
não devem ser chamados de hormônios, mas de
reguladores de crescimento, já que não são
naturalmente produzidos pelos vegetais.
As auxinas produzidas nos tecidos
vegetativos podem exercer seus efeitos onde
foram produzidas, mas também podem se
translocar a outras partes da planta,
mediante um fluxo feito para "baixo", e lá
exercerem seus efeitos. O transporte das
auxinas produzidas nas raízes parece ter um
fluxo oposto à parte vegetativa, mostrando
ser feito para cima. Em ambos os casos se
reconhece que o floema é o tecido vascular
por onde ocorre a translocação.
Ao chegar à célula, a auxina irá
desencadear duas respostas, uma rápida e
uma lenta. A rápida irá aumentar a
velocidade do movimento de vesículas e
desreprimir os genes que sintetizam a ATPase e
enzimas hidrolíticas da parede celular. As
vão bombear prótons para o espaço
periplasmático onde há expansinas, enzimas
catalíticas, as quais são ativadas por pH
baixo (isso se deve pelo bombeamento de
prótons). As expansinas provocam o
afrouxamento da parede, permitindo sua
expansão (por um processo auxiliado pelas
giberelinas). A expansão mesmo ocorre com a
entrada de água após o afrouxamento da
parede. Assim, esse crescimento é chamado
de crescimento ácido. A resposta lenta vai
consistir na supressão de genes que
codificam os novos componentes da parede
celular.
ATPases
As auxinas são reconhecidas como um hormônio
muito importante para o desenvolvimento das
plantas e sua utilização comercial na
agricultura tem sido muito limitada em
relação a outros hormônios. Em geral, as
plantas tratadas com auxinas mostram
respostas significativas em seu crescimento
vegetativo e também em certos processos
onde se observam efeitos diretos, como por
exemplo, na reprodução sexual, no
amadurecimento e crescimento do fruto, em
ações herbicidas e outros.
Citocinina
A citocinina é um hormônio vegetal, responsável
pelas divisões celulares. São produzidas
nas raízes e transportadas, pelo xilema, para
todas as partes da planta.
O nome "citocinina" vem do termo
"citokinesis", que se refere ao processo de
divisão celular.
Nas folhas regula o metabolismo, enquanto nos frutos
estimula a divisão celular e o crescimento. A
citocinina é responsável pela expansão
celular, quando o tecido vegetal não possui
células meristemáticas, e sem influência de
outros hormônios por fotossíntese a citocinina
terá influência estimulando a expansão
celular. As citocininas só atuam em
conjunto com auxinas.
A partir desse processo citocínico, as
células vegetais são transformadas em outro
tipo de células específicas para formar um
órgão em particular, sejam raízes, folhas, flores
ou frutos, cada um com diferentes tipos de
células. Estes eventos não acontecem
exclusivamente por meio das citocininas,
mas são esses hormônios os encarregados de
causar o efeito de diferenciação celular,
no sentido de coordenar o processo,
intervindo na ação de outras substâncias
para que, junto com as citocininas,
realizem a tarefa de diferenciação. Sem as
citocininas, provavelmente não haveria
diferenciação de órgãos vegetais.
As citocininas são sintetizadas em qualquer
tecido vegetal: caule, raízes, folhas, flores,
frutos e sementes, sendo nas raízes onde se
produzem maiores quantidades do hormônio.
Normalmente, há uma maior produção de
citocininas em momentos que já se tem
iniciada a diferenciação celular e/ou uma
intensa divisão celular, seja porque o
hormônio é necessário para induzir o
processo, seja porque as células formadas
sintetizam maiores quantidades do hormônio.
Assim, qualquer tecido ou parte da planta
que não esteja em ativo processo de
crescimento, estará produzindo pouca
citocinina em suas partes terminais.
O movimento das citocininas produzidas pela
planta pode ser para cima ou para baixo do
seu sítio de síntese, o que sugere que esse
hormônio pode se mover pelo xilema e pelo
floema. Assim, podem se translocar desde a
raiz até os frutos ou desde as sementes até
a raiz. Em todo caso, o fluxo preferencial
do hormônio é em direção ao tecido que
esteja precisando de uma demanda do
hormônio para suas funções específicas.
Isso vale tanto para citocininas produzidas
na planta quanto para citocininas aplicadas
externamente no vegetal.
Etileno
O etileno, também conhecido como “hormônio
do amadurecimento”, é o único regulador
vegetal gasoso, que apresenta atividade
biológica em concentrações bastante
reduzidas.
Além do controle do amadurecimento das
frutas, o etileno provoca alterações de
sexo em flores de cucurbitáceas; promoção
da floração em abacaxi; dormência de
sementes, gemas, esporos, pólen, expansão
de órgãos, epinastia, senescência de folhas
e flores, abscisão, entre outros.
O etileno é produzido por todas as partes
da planta, em quantidades variáveis com o
tecido e com o estádio de desenvolvimento.
Tais quantidades podem ser aumentadas por
ferimentos, durante a senescência e a
abscisão de tecidos foliares e florais.
O etileno é sintetizado no vacúolo e a sua
movimentação pode se dar por difusão na
fase gasosa dos espaços intercelulares dos
tecidos ou através do floema e do xilema.
O precursor natural do etileno é a
metionina que é convertida em SAM (Sadenosilmetionina), que por sua vez é
decomposta em ACC (1-amino-ciclopropano-1carboxílico), precursor direto do etileno.
Metionina SAM ® ACC ® Etileno
A produção de etileno é bastante reduzida
nas frutas não-climatéricos, porém sua
aplicação exógena provoca um aumento na
respiração, proporcional à sua
concentração. Com a retirada do etileno, a
respiração volta à taxa normal. Já nas
frutas climatéricas, ocorre o início da
produção de etileno no início do
climatérico, até um pico, a partir do qual
ocorre declínio na evolução do gás, sendo
que o pico da produção de etileno coincide
com o pico climatérico da respiração.
Ácido abscísico
O ácido abscísico é um hormônio vegetal que
possui denominação referente ao seu pequeno
efeito na abscisão, sendo sintetizado a
partir do ácido mevalônico. O hormônio
recebeu essa denominação porque, de início,
se pensou que ele fosse o principal
responsável pela abscisão foliar, fenômeno
de queda das folhas de certas árvores, fato
que ocorre no outono. Hoje, embora se saiba
que o ácido abscísico não é o único
responsável por esse fenômeno, seu nome
permaneceu. Esse hormônio é produzido nas
folhas, na coifa e no caule, sendo
transportado através do tecido condutor
floema. Sua concentração nas sementes e nos
frutos é elevada, porém ainda não está
claro se ele é produzido ou apenas
transportado para esses órgãos.
Ao contrário de outros hormônios vegetais,
como a auxina, o ácido abscísico é um
inibidor do crescimento das plantas. Essa
inibição ocorre no sentido de proteger a
planta. Nos períodos desfavoráveis, a
planta produz o hormônio, que é responsável
pela dormência das gemas do caule e pela
queda das folhas. O ácido abscísico é o
principal responsável pelo bloqueio do
crescimento das plantas no inverno e pelo
fato das sementes não germinarem
imediatamente após serem produzidas,
fenômeno conhecido como dormência.
Além disso, o ácido abscísico provoca o
fechamento dos estômatos, favorecimento da
síntese de reserva em sementes e do
transporte de fotossintetizados das folhas
para as sementes em desenvolvimento.
O ácido abscísico é encontrado nas folhas
maduras, já que elas não se dividem e não
crescem rapidamente como as folhas jovens,
porém o hormônio também pode ser
sintetizado em sementes.
Alunas : Maria Aparecida Cazarotto &
Marcela Requeno
N°
24 22
Série : 2° A
Prof° : Marcilene Barreto
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