UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI JOVELINE BORTOLI RIBEIRO PROPOSTAS DE ESTRATÉGIAS PARA A PRESERVAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA CULTURA AÇORIANA PARA O TURISMO NA GRANDE FLORIANÓPOLIS São José 2006 2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI JOVELINE BORTOLI RIBEIRO PROPOSTAS DE ESTRATÉGIAS PARA A PRESERVAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA CULTURA AÇORIANA PARA O TURISMO NA GRANDE FLORIANÓPOLIS Trabalho elaborado como requisito parcial para aprovação na disciplina de estágio obrigatório do Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José. Orientador: Prof. Rosalbo Ferreira São José 2006 3 AGRADECIMENTOS Quero agradecer primeiramente a Deus que me deu a vida, estando presente em todos os momentos e que me deu uma família maravilhosa que amo tanto. A Solange (mãe), Felinto (pai- “in memoriam”), Felinto Júnior (irmão) e Chris (irmã), pela educação, amor e harmonia, alicerces fundamentais para qualquer ser humano. Gostaria de agradecer a todos meus amigos que sempre me deram a maior força, fazendo acreditar que sou capaz de enfrentar todos os obstáculos em meu caminho. Não poderia deixar de agradecer ao meu professor orientador Dr. Rosalbo Ferreira que sempre teve muita paciência em nossas orientações, especialmente pela dedicação dispensada ao presente trabalho. OBRIGADA!!! 4 RESUMO O projeto de ação foi desenvolvido no órgão público – SANTUR (Santa Catarina Turismo S/A). Teve como principal foco, apresentar um plano de marketing para a preservação e divulgação da cultura açoriana para o turismo na grande Florianópolis, evidenciando o turismo cultural. Tornando a prática deste tipo de turismo em beneficio para os municípios envolvidos (Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça), proporcionando uma maior lucratividade e envolvendo-os em um processo de planejamento de preservação cultural. A proposta de ação envolve sete passos fundamentais para a implantação deste projeto, dentre eles: pesquisa de demanda, folder, divulgação em mídia televisiva e ainda sugerindo a colocação de lojas com artesanato, alimentos e atividades culturais de origem açoriana no mercado público. Em análise às propostas envolvidas, ficou constatado que é um projeto viável econômica e financeiramente, trazendo benefícios na região. Palavras-Chave: Preservação, Cultura Açoriana e Marketing. 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Cronograma de Ações...........................................................................47 Quadro 2 – Custo do Projeto por cidades..................................................................48 Quadro 3: Presidentes que passaram pela SANTUR................................................59 Quadro 4: Quadro de Recursos Humanos.................................................................63 LISTA DE FIGURAS Figura 5 – Mapa do Brasil mostrando a região de SC.............................................29 Figura 6 – Mapa da região de SC, mostrando os municípios...................................30 Figura 7 – Foto mercado público de Florianópolis..................................................32 Figura 8 – Foto casarão antigo em São José............................................................34 Figura 9 – Foto Pedra Branca..................................................................................34 Figura 10 – Foto Açor Fest em São José.................................................................37 Figura 11 – Foto Festa do Divino Espírito Santo Biguaçu......................................38 Figura 12 – Foto Pedras Altas em Palhoça..............................................................40 Figura 13 – Foto Festa do Divino Espirito Santo em Palhoça.................................41 6 SUMÁRIO PARTE I PRODUÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICA DE ESTÁGIO 1.APRESENTAÇÃO.................................................................................................10 1.1Contextualização..................................................................................................10 1.2 Justificativa.........................................................................................................10 1.3 Objetivos.............................................................................................................10 1.3.1 Objetivo Geral....................................................................................................11 1.3.2 Objetivos Específicos........................................................................................12 1.4 Fundamentação Teórica....................................................................................12 1.4.1Turismo .............................................................................................................12 1.4.2 Turismo Cultural e Patrimônio Histórico-Cultural............................................16 1.4.3 Cultura Açoriana ...............................................................................................20 1.4.4 Marketing Turístico ..........................................................................................24 1.4.5 Marketing e estratégias ……………….........…………….....……………..….26 2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL........................................29 2.1 Situação Atual......................................................................................................29 2.2 Situação Potencial................................................................................................41 3. PROPOSTA DE AÇÃO.........................................................................................43 3.1 Definição da Solução............................................................................................43 3.2 Operacionalização................................................................................................43 3.3 Orçamento............................................................................................................48 3.4 Viabilidade............................................................................................................48 REFERÊNCIAS.........................................................................................................50 ANEXOS.....................................................................................................................52 7 PARTE II RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA ALUNA.......................................59 1.2 Dados da Empresa............................................................................................59 1.3 Dados da Aluna.................................................................................................59 2.JUSTIFICATICA................................................................................................60 3.OBJETIVOS........................................................................................................62 3.1Objetivo Geral....................................................................................................62 3.2Objetivos Específicos.........................................................................................62 4.DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.................................................................63 4.1 Evolução histórica da organização..................................................................63 4.2 Infra-estrutura física atual...............................................................................65 4.3 Infra-estrutura administrativa........................................................................67 4.4 Quadro de recursos humanos..........................................................................68 4.5 Serviços prestados.............................................................................................69 5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR......70 5.1 DIMAP – Distribuição de Materiais / Central de Informações....................70 5.1.1 Funções do Setor..............................................................................................70 5.1.2 Infra-estrutura do setor....................................................................................70 5.1.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor.........................................71 5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos................................................................72 5.1.5.Aspectos positivos limitantes e sugestões administrativas..............................73 5.2 GEPLAM – Gerência de Planejamento.......................................................74 5.2.1 Funções do setor..............................................................................................74 5.2.2 Infra-estrutura do setor....................................................................................74 8 5.2.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor.......................................75 5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos...............................................................76 5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas............................77 6. ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.....................................78 7. CONCLUSÃO.....................................................................................................79 8. REFERÊNCIAS.................................................................................................80 9. ASSESSORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS......................................... 81 9 PARTE I PROJETO DE AÇÃO 10 1. APRESENTAÇÃO 1.1 Contextualização Através de uma pesquisa realizada na empresa (SANTUR) decidiu-se trabalhar este tema, onde se constatou a falta de um projeto mais específico em relação à preservação da cultura açoriana existente em Florianópolis. O material existente na SANTUR destaca-se alguns itens sobre nossa cultura, sem aprofundar no assunto e não tem caráter educativo que faça a conscientização dos moradores e dos turistas na preservação do patrimônio histórico-cultural. E assim, propõe-se um projeto com propostas de estratégias de marketing divulgando a importância sobre a preservação e divulgação da cultura açoriana para o turismo na região da grande Florianópolis. A falta de um projeto neste segmento cultural acarretará no desaparecimento da identidade cultural nos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. 1.2 Justificativa Quando falamos da grande Florianópolis em relação à cultura açoriana, muitas pessoas lembram da Avenida das Rendeiras localizada na Lagoa da Conceição, da própria região central de Florianópolis, e da praça central de São José onde há vários patrimônios histórico-culturais da nossa cultura. E como a maioria dos turistas recebidos em qualquer cidade do mundo, eles desejam conhecer um pouco da cultura local, tradições, costumes, entre outros. É necessário que a cidade de Florianópolis tenha atrativos a mais do que praias para oferecer ao turista. A cultura de uma localidade é muito importante, mas para isso é fundamental a preservação de todos os bens materiais e imateriais de nossa cidade. 11 É necessário a implantação de um projeto de ação, trazendo ações mercadológicas, favorecendo o turismo cultural. CIBERAMÉRICA (2005), Afirma que: O turismo é, cada vez mais, apreciado como uma força positiva para a conservação da natureza e da cultura e um fator essencial para muitas economias nacionais e regionais podendo ser um fator importante de desenvolvimento quando administrado adequadamente. O projeto insere propostas de estratégias de marketing, segundo RICHERS (1986),“ marketing são atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o meio ambiente, visando benefícios específicos. Essas estratégias de marketing pretendem agir de forma integrada nos campus da cultura e turismo, buscando tornar a prática de valores culturais de forma concreta, e que permita as comunidades usufruírem seus próprios valores. A produção de material impresso e televisivo e ao acesso das informações da coleta de dados da pesquisa de demanda turística estimularia a retomada dos valores culturais em risco de desaparecimento na grande Florianópolis. Analisando estes dados, verifica-se que é necessária a elaboração de estratégias de marketing que preserve e divulgue a cultura açoriana para o turismo na região da grande Florianópolis. 1.3 Objetivos 1.3.1Objetivo Geral Propor estratégias de marketing ressaltando a importância da preservação e divulgação da cultura açoriana para o turismo na região da grande Florianópolis. 12 1.3.2 Objetivos Específicos - Conhecer a demanda turística para a região de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça; - Divulgar através das estratégias de marketing a cultura açoriana na região da grande Florianópolis; - Definir os procedimentos e estratégias que envolvem o marketing ressaltando a preservação e divulgação da cultura açoriana para o turismo nos municípios citados; - Propor formas de resgatar e preservar as tradições açorianas em vários aspectos (patrimoniais, arqueológicas, folclóricas, artesanais e culinária), informando a sociedade sobre a importância da preservação da cultura de suas origens, principalmente nas comunidades que estiverem com baixo incentivo; - Estimular as diversas formas de preservação da memória cultural açoriana. 1.4 Fundamentação teórica 1.4.1 Turismo A palavra turismo possui diversos conceitos, onde alguns se complementam, e outros se opõem e criam debates sobre o assunto, mas trata-se de uma atividade que vem crescendo muito nos últimos anos, sendo um dos principais setores que trazem lucro para a economia mundial. O surgimento do turismo se deu há mais de 150 anos. Porém a evolução do turismo foi depois da Revolução Industrial, principalmente no aspecto comercial que marcou a entrada do turismo na era industrial. 13 No aspecto cultural teve um avanço significativo, pois o sistema de Thomas Cook permitiu que as viagens ficassem mais acessíveis para os segmentos médios da população. A urbanização desenfreada provocada pelo trabalho industrial em série, acaba provocando certa necessidade de aproveitamento do tempo livre e de contato do homem direto com a natureza, onde nesta época pós-industrial surgiram o turismo de aventura, rural, ecoturismo, dentre outros. Se levarmos em conta os padrões atuais tem como base o conceito de turismo da OMT (Organização Mundial do Turismo) que diz “turismo é a soma de relações e de serviços resultantes de um câmbio de residência temporário e voluntário motivado por razões alheias a negócios profissionais”. Segundo Wahab (1977), o turismo é uma atividade humana intencional que serve como meio de comunicação e como elo de interação entre povos, tanto dentro como fora de um país. Envolve o deslocamento temporário de pessoas para outras regiões ou países visando a satisfação de outras necessidades que não o de atividades remuneradas. Naisbett (1994, p.118) afirma que: A importância do setor de turismo é de difícil compreensão por, pelo menos, três razões. Primeira, não existe uma definição aceita do que constitui essa indústria, qualquer definição corre risco de superestimar a atividade econômica. Segunda, o turismo é um negócio em que muitas atividades (como a dos guias de turismo e dos vendedores de souvenirs) e receitas (gorjetas) se prestam bem aos praticantes da economia informal. Nos países com controle do câmbio externo (que é sempre contornado), todas as cifras oficiais sobre os gastos no estrangeiro estarão erradas. Terceira, o turismo internacional sofre diferenças espantosas nos dados diferentes países. Através do turismo podemos sair da rotina do dia-a-dia, estando em contato com a natureza e culturas diferentes. Ao analisar o assunto, Castelli (1990, p.27), afirma que: O turismo significa consumo de tempo fora da residência habitual, e é diretamente determinado pela relação entre tempo de trabalho e tempo livre. Este ressalta que “através da evasão semanal e anual, procura-se viver novas experiências, conhecer novas formas de vida, novas culturas e povos, descobrir um mundo diferente daquele artificial em que se é forçado a viver. Pelo turismo, portanto, o indivíduo entra em contato com o mundo “natural”, através de uma vivência mais harmônica. 14 Krippendorf (1989, p.117), onde realiza uma análise mais aprofundada do turismo diz: ... Para encontrarmos uma compensação a tudo o que nos falta no cotidiano, para tudo que perdemos ou que desapareceu, viajamos, desejamos nos libertar da dependência social, nos desligar e refazer as energias, desfrutar da independência e da livre disposição do próprio ser, entabular contatos, descansar, viver livremente e procurara um pouco de felicidade. Com o avanço tecnológico ocorrido na metade do século XIX e começo do século XX, a atividade turística expandiu-se pelo mundo todo. Começou a construção de hotéis com estacionamento na beira de estradas, iniciou também a era das grandes cadeias de hotéis padronizados e impessoais. Mas com o crescimento do turismo em 1970, começa a preocupação com o meio ambiente nos países desenvolvidos. Supõe-se que mesmo com o declínio do turismo depois do atentado do World Trade Center nos Estados Unidos, ocorrido no dia 11 de setembro de 2001, o setor tende a continuar se desenvolvendo, e percebe-se que no ano de 2002 o número de passageiros transportados pelas companhias aéreas cresceu duas vezes, em relação a passageiro/quilômetro voados comparado com o ano de 1990. Diante desta informação, da mesma forma que o turismo desenvolve, aumentam o fluxo de turistas com a modernização dos meios de comunicação, transportes, hospedagem. Pode também diminuir o fluxo turístico provocando a queda ou até mesmo sua paralisação total nos locais ou nos setores atingidos ou influenciados, como: atentados terroristas, epidemias, guerras santas, entre outros. Os mercados buscam reagir rapidamente a situações de transição, porque vivem mudando, os produtos e serviços, os desejos e motivações dos consumidores e suas decisões de compra, os canais de distribuição, a publicidade e o marketing competitivo. O turismo é a atividade que mais cresce no Brasil e no mundo, movimentando, direta ou indiretamente mais de US$ 4 trilhões (2004) criando também direta ou indiretamente 170 milhões de ofertas de trabalho. Tal ramo é de fundamental importância para o profissionalismo e a qualificação do setor turístico e necessário para a economia com excelente potencial turístico, como o da cidade de Florianópolis. 15 De acordo com a OMT a atividade turística é dividida em: - Turismo Receptivo: Quando não-residentes são recebidos por um país de destino, pode-se dizer que é o conjunto de bens, serviços, infra-estrutura, atrativos prontos a atender as expectativas dos indivíduos que compraram o produto turístico. - Turismo Emissivo: Quando residentes viajam a outro país do ponto de vista do país de origem. Ruschmann (1995) , um roteiro para diagnóstico turístico deve enfocar: As localidades receptoras são compostas por três partes: a primeira parte prevê uma caracterização geral da localidade com delimitação da área, aspectos históricos e socioeconômicos, condições de vida, economia, setores de produção, impostos, ocupação do solo, legislação, infra-estruturas, equipamentos e serviços, e planejamento. A segunda parte trata dos aspectos turísticos propriamente ditos, apresentando as condições naturais da localidade, os recursos culturais, a infra-estrutura turística, os recursos humanos para o turismo, o turismo receptivo e o emissivo. Para o turismo receptivo, propõe o levantamento de perfil da demanda, sua caracterização e seu nível de satisfação com o produto, a sazonalidade-motivos e épocas-média da ocupação hoteleira, postura empresarial, adequação de preços, o marketing, amplitude (internacional, nacional, regional), produtos e imagem divulgada, diferencial, concorrência. Na terceira parte, faz-se uma avaliação turística dos pontos fortes e fracos, oportunidades e riscos, propondo um diagnóstico, prognóstico e diretrizes básicas para o desenvolvimento do turismo em determinada localidade. Após a criação do Ministério do Turismo e a implantação da Política Nacional de Turismo (1994), o Brasil conseguiu atingir um crescimento próximo dos 18% entre os anos de 2004 e 2005. Este alto índice deve-se a política de incentivo ao turismo interno e pelo câmbio favorável. O PNMT (Programa Nacional de Municipalização do Turismo) foi criado em 1994 para aumentar a eficiência e eficácia através do treinamento, e pela conscientização das comunidades envolvidas no processo de prestação de serviços turísticos. No Brasil ainda falta mão de obra qualificada e políticas eficazes dificultam a ascensão do turismo, falta um planejamento turístico e de continuidade nas ações, principalmente por parte do Poder Público. É necessário fazer investimentos no turismo com resultados à longo prazo e por isso a continuidade das ações é de suma importância. Uma das principais metas desejadas é difundir uma nova imagem do Brasil sendo um país moderno, com credibilidade e com produtos de qualidade, que, além de propiciar o turismo de lazer aos visitantes, deve oferecer oportunidades de incentivos, negócios e eventos. 16 1.4.2 Turismo Cultural e Patrimônio Histórico Cultural Entende-se que turismo cultural acontece de maneira diversa dos demais tipos de turismo, que geralmente se caracterizam pela permanência e atividades ligadas ao lazer, repouso, descompromisso. É um segmento turístico cuja à programação são voltadas ao público interessado em conhecer costumes de determinado povo ou região. Suas atividades são a dança, folclore, festas, gastronomia, entre outros. A atividade turística cultural inclui o turismo em áreas urbanas, cidades históricas e suas instituições culturais, como por exemplo museus e teatros. Pode também incluir o turismo nas áreas rurais, como por exemplo festivais ao ar livre. As principais características do turismo cultural são a valorização e revitalização do patrimônio, do revigoramento dos costumes e tradições e ainda a redescoberta de bens materiais e imateriais. Entende-se que cultura é um conjunto de processos significativos e simbólicos, por meio das quais se conhece, aprende, reproduz e transforma a estrutura social de uma localidade, podendo ou não ser aceita por algumas pessoas, e negada por outras. Ortiz (1994), analisando o assunto, “Quando argumenta que o capital se globaliza, enquanto a cultura se mundializa, o que não implica no aniquilamento das manifestações culturais. Muito pelo contrário, há interesse na manutenção do lugar, que se alimenta do global e vice versa. A comunidade local de cada cidade possui um papel importante na preservação de sua identidade cultural. A partir desse conceito, são gerados processos de expressão significativa para o desenvolvimento das manifestações culturais, como os grandes festivais que envolvem arte, dança, teatro, música, gastronomia e a cultura popular. Para Amaral e Vila Nova (1993,p. 187), a cultura enquanto “um processo de transmissão de significados, valores, conhecimentos, crenças e atitudes, é usada em diferentes sociedades para a manutenção e a transmissão de poder dentro de determinados grupos do resto da sociedade, de modo a reter o conhecimento nas mãos de uns poucos”. Concluem a análise enfocando a questão da mutabilidade da cultura e, por conseguinte, do modo de vida das pessoas: maneiras de conviver, de pensar e de organizar a sociedade. 17 Hoje, vários acontecimentos locais sofrem a influência de algo vivenciado por povos do outro lado do mundo. Alguns autores mostram que quanto menor for o desenvolvimento da cidade receptora, maior será a intensidade dos efeitos negativos sócio-culturais resultantes do fluxo turístico sobre a população local. Krippendorf (1989, p. 189), afirma que “Enquanto produtor e consumidor do espaço, o turismo pode mercantilizar as culturas locais, tornando-os objeto de consumo, causando dessa forma danos irreversíveis à identidade da comunidade anfitriã”. A massificação do turismo cultural escolhido como destino turístico em algumas localidades pode fazer desaparecer, com o tempo, características essenciais de uma comunidade, na medida que aumenta à demanda turística mais que sua capacidade limite, e aos poucos, adequando o seu cotidiano às necessidades dos grupos visitantes, perdendo seus referenciais. Quando há um bom planejamento onde envolve a participação da comunidade local durante o processo de preparação da região receptora para o desenvolvimento de atividades turísticas, o resultado é positivo. Para Gastal (2001, p. 127) “a cultura passará a ser veículo de socialização entre visitantes e visitados, quando ela for um processo vivo de um fazer de uma determinada comunidade”. De acordo com Boff e Gonçalves (2001), o Brasil ocupa a 29º posição no “raking” mundial de destinos turísticos culturais. Devemos melhorar nosso planejamento, principalmente por danos causados pelo turismo invasivo, podendo ser irreversíveis, destruindo a identidade cultural do povo receptor. Na verdade, não é somente a preservação da diversidade cultural que pode ser ameaçada diante a falta de planejamento e o rápido e irresponsável desenvolvimento das atividades turísticas. As paisagens naturais, o meio-ambiente e o patrimônio cultural também são objetos da degradação, quando inexistem conscientização e controle do governo. A sobrevivência da cultura do povo de cada localidade visitada e conhecida por turistas, ou visitantes depende de um ótimo planejamento para que sua história possa ter continuidade no futuro. Para Diegues (1996, p. 21), ”a biodiversidade existente hoje no mundo é em grande parte gerada e garantida pelas chamadas populações tradicionais. Nesse sentido a conservação da diversidade biológica e a cultural devem caminhar juntas”. 18 A integração do turismo, cultura e lazer são hoje aliados, tratando-se de investimento, residindo aí uma grande fatia do mercado atual. A preservação e a restauração de bens com valor histórico é um assunto que interessa a vários países. No entanto o conceito de patrimônio histórico-cultural não se restringe à arquitetura, é muito amplo, incluindo outros produtos do sentir, do pensar e do agir dos seres humanos. E sabe-se que preservar não é só guardar uma coisa, um objeto, uma construção, um miolo histórico de uma grande cidade velha. Preservar também é gravar depoimentos, sons, músicas populares e eruditas. Preservar é manter vivo, mesmo que alterados, usos e costumes populares. É fazer também, levantamentos de qualquer natureza, de cidades, bairros, significativos dentro do contexto urbano. Segundo Lemos (2000, p.29), “deve-se de qualquer maneira, garantir a compreensão de nossa memória social preservando o que for significativo dentro do nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural”. O significado patrimônio histórico é muito amplo, pois incluem muitos produtos produzidos pelos humanos, que vão desde esculturas, pinturas, coleções bibliográficas até peças significativas dos povos de gerações passadas. No Brasil o patrimônio histórico cultural começou a ser constituído com a chegada dos portugueses na região do nordeste na época do rei de Portugal, D. João III. No decorrer do tempo, os artefatos históricos iam se constituindo e os espaços eram disputados com os nativos. O patrimônio histórico cultural é a verdadeira máquina do tempo, através dela é possível imaginar o que se passou no tempo em épocas passadas. È importante destacar a palavra “patrimônio histórico”, pois colaborou muito para o turismo, sendo interesse por vários destinos turísticos no decorrer da história do mundo. É efetivamente um produto turístico que atraí diversos consumidores, devido a um forte caráter diferencial. É também um conjunto de serviços existentes que envolvem um atrativo que constituem o turismo. E quando se fala de patrimônio histórico é falar de preservação, como diz a Carta de Veneza de 1964, que salienta que a melhor maneira de preservar é através da utilização e conservação para que o patrimônio seja mantido na memória coletiva dos povos. 19 Kotler (apud Gonçalves e Boff, 2001, p. 110), diz que: No Brasil, o conceito de patrimônio cultural está enraizado no decreto lei nº 25 de 30 de novembro de 1937. o qual diz que o Patrimônio Histórico e artístico nacional é constituído de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, seja por sua vinculação aos fatores memoráveis da história do Brasil, seja por seu excepcional valor arqueológico, bibliográfico ou artístico. As construções históricas que, no passado, tiveram momentos de glória das cidades e hoje se encontram abandonadas e em processo de deterioração, precisam ser recuperadas, não só como resgate da cultura e preservando traços de épocas passadas, mas sim permitindo, também, a possibilidade do estabelecimento virar novos empreendimentos, sejam eles comerciais ou residenciais. Segundo Pessoa (apud Ruschmann, 1990) , conceitua o patrimônio histórico cultural como: instrumento na construção da sociedade brasileira moderna é o documento de identidade da nação brasileira. A subsistência dele é que comprova, melhor que qualquer outra coisa, nosso direito de propriedade sobre o território que habitamos. Ele é testemunho dos processos de ocupação do Brasil, das técnicas construtivas do passado, dos modos de vida e dos episódios fundamentais da nossa história, mas principalmente tem qualidades plásticas que interessam aos olhar contemporâneo”. Há a utilização de imóveis de valor histórico para fins culturais, como por exemplo os centros culturais do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em São Paulo e o mais recente o Santander Cultural, em Porto Alegre. Em Belo Horizonte, o patrocínio da restauração da Casa do Conde de Santa Marinha por uma empresa promotora de eventos, sem a utilização de lei de incentivo foi uma boa experiência. O relacionamento entre patrimônio e turismo se instalou de forma definitiva estabelecendo regras de convivência entre ambos numa perspectiva de rentabilização econômica e de desenvolvimento social Dessa forma Morel (1996), considera o turismo como: uma das grandes e mais significativas atividades econômicas de nosso tempo, envolvido através do conhecimento das realizações da humanidade, presentes na realidade sob várias formas, à vista disso, pode-se dizer que a história da humanidade é expressa pelo patrimônio cultural que nos foi legado e que reflete a personalidade histórico-artística de cada sociedade, constituindo sua própria identidade cultural”. 20 A ausência do poder público para a gestão e planejamento para a condução de políticas é nociva aos interesses sociais relacionados ao Turismo e patrimônio, compete no futuro desenvolver conhecimentos e habilidades para administrar problemas relacionados a preservação do patrimônio histórico-cultural. 1.4.3 Cultura Açoriana O Brasil foi achado pelos portugueses no dia 22 de abril de 1500, onde após esse fato passaram a colonizar o país, mas de forma pouco significativa. A partir do século XVIII, a imigração açoriana no Brasil começou a crescer de forma significativa, devido à descoberta de ouro em Minas Gerais. Nessa época, cresce a oferta de empregos nos centros urbanos, surgindo profissões como de pequenos comerciantes. Pela vinda em larga escala de açorianos a língua portuguesa tornou-se dominante no Brasil em meados do século XVIII em substituição ao tupiguarani. A colonização açoriana tornou-se o único foco de colonização de povoamento durante o Brasil colônia, já que para o resto do país chegavam colonizadores em busca de enriquecimento, e não de uma vida melhor como foi o caso dos açorianos. A região do Sul do Brasil recebeu 6.000 açorianos, sendo que 4.500 foram para Santa Catarina e o restante para o Rio Grande do Sul. Esses açorianos se fixaram ao longo do litoral, fundando pequenas vilas e lugarejos. Em Santa Catarina, fundaram as freguesias de Enseado de Brito (1750), Lagoa da Conceição (1750), São Miguel (1750), São José (1751), Vila Nova (1752), Santo Antônio de Lisboa (1755), além de reforçarem populacionalmente as sedes das vilas de Desterro e Laguna. Após a independência do Brasil, em 1822, criou-se no país uma certa xenofobia contra os portugueses, decaindo a imigração, mas com o passar do tempo o fluxo de imigrantes portugueses para o Brasil cresceu de forma significativa. Essas pessoas simples dos Açores realizaram muitas festas religiosas e valorizavam as suas tradições comunitárias. 21 E trouxeram para Santa Catarina uma bagagem de conhecimentos técnicos, tradições, costumes que foram fundamentais na consolidação do processo colonizador na região. Para Farias (1998, p. 246), o fato dos núcleos originais de fixação açoriana pouco se destacarem atualmente, já que q maioria continua ainda na qualidade de freguesia (distrito), não significa que não tenham cumprido seu papel histórico, de pólos difusores de ocupação do litoral e planalto catarinense. Santos (1997), diz que: Houve mudança do padrão alimentar, havendo uma progressiva substituição dos cereais (trigo e cevada) e carne por produtos abundantes na região, como mandioca e peixe. Outras transformações alimentares: a quase toda substituição da farinha de trigo pela de mandioca, como padrão alimentar básico, pois o trigo não se prestava ao cultivo, face às condições climáticas do local como um dos principais alimentos. Os açorianos também introduziram diversas espécies de uvas como a moscatel, iniciando a produção do vinho caseiro em Santa Catarina. Além, de introduzir diversos produtos agrícolas e revolucionaram as técnicas e tecnologias de produção de farinha de mandioca. Os engenhos de farinha foram as primeiras unidades semi-industriais criados no sul do Brasil, foi de extrema importância nas atividades econômicas da região em 1790. ANEXO A Na mesa açoriana agregaram-se, já nos primórdios da colonização, o cuscuz, o beiju, mandioca assada, frita ou cozida, além de frutos do mar. Na pesca, os açorianos trouxera, técnicas de construções de embarcações mais fortes, as ágeis lanchas baleuras aberto, ou seja, fora das baías. ANEXO B Em relação ao povoamento açoriano, Caruso (1997), diz que: O nosso açoriano, português, quando chegou aqui, já encontrou o índio cavando um tronco para transforma-lo numa canoa. Isso é muito lógico. Quando eles não tinham ferramentas, eles queimavam a madeira para faze-la oca. Os nosso açorianos, os que foram profissionais nessa arte naval, foram verdadeiros técnicos, estão aí nessas praias estas canoas maravilhosas, bem feitas, tecnicamente trabalhadas com uma perfeição extraordinária. 22 A presença de pescados na região de Santa Catarina, favoreceu a adaptação gastronômica do homem açoriano no litoral catarinense. As caldeiradas de peixe, o peixe escalado, frito ou ensopado, com temperos típicos, não se alterou. Apenas foram modificados o acompanhamento com o uso da farinha de mandioca, surgindo o pirão. Na religiosidade popular, as orações e benzeduras são utilizadas para curar doenças e afastar os males. Para muitos, mais eficazes que os remédios. Existem várias crenças, sendo que uma das mais temidas é a do mau-olhado. Na mitologia, criaturas fantásticas fazem parte do imaginário açoriano, destacando-se entre elas as bruxas e o lobisomem. Os açorianos trouxeram consigo, várias tradições, o boi de mamão e o culto e a devoção ao Divino espírito Santo, realizados normalmente 50 dias após a Páscoa. ANEXO C Ao analisar a religiosidade açoriana, Santos (1997), cita que: A religiosidade também sofreu transformações, notadamente os festejos do Divino que passaram de profano nos Açores para profundamente associado à paróquia, desaparecendo inclusive, na maioria dos consumidores, a prática do bodo (espécie de refeição servida aos pobres). Essa é uma pequena parte da história da colonização açoriana no litoral de Santa Catarina, um mergulho no passado. A “farra do boi”, foi incorporada ao rito por influência das touradas já populares na época. Constitui-se num dos elementos ativos da identidade cultural das comunidades litorâneas de Santa Catarina, herdada da cultura açoriana, podendo ser realizada nos dias que acontecem a Páscoa, época de Natal e Dia Santo. Nestas ocasiões à comunidade compram um boi arisco e antes de ser abatido, é solto nos pastos provocando correrias generalizadas, o que se caracteriza a farra ou brincadeira do boi bravo. Lacerda (apud Farias, 1998), diz que: Encarar a farra do boi como um ato de crueldade coletiva ou como algo que deve ser banido do povo, é julgar não a farra em si, mas o povo que a faz e que por isso também está sendo banido do direito de preservar suas tradições. A polêmica ainda existe, mobilizando lideranças comunitárias, farristas e autoridades municipais, no sentido de regulamentar, através da lei, as condições de realização da festa. Outra tradição dos açorianos é a Malhação de Judas, simbolizando o castigo a Judas por sua traição a Cristo, onde um boneco é atacado a pedradas e pauladas. 23 Além, do Terno de Reis, onde é realizado no dia 06 de janeiro, onde os tocadores entoam cantos alusivos ao evento do nascimento de Cristo e freqüentemente improvisam versos homenageando o dono da casa visitada. Os açorianos na área da cerâmica implantaram em Florianópolis duas formas de uso: Utilitário (jarras, panelas, louças e canecas) e Decorativo (vasos, cinzeiros, entre outros). Surgiram na década de 40 cerca de cinqüenta olarias. Atualmente, esse trabalho restringe-se na área da grande Florianópolis, restando apenas 3 fábricas de objetos de barro. No artesanato, os açorianos introduziram os trançados de vime, raiz de imbé, palha, taquara e bambu encontrados nos municípios de São José e são Francisco do Sul. Essa arte está vinculada à produção da vida material centrada na pesca e na agricultura. A renda de Bilro surgiu no século XVI na Itália, sendo de influência chinesa chega à Ilha de Santa Catarina com os açorianos em meados do século XVIII. A arte da confecção da renda de Bilro é produzida e comercializada pelas rendeiras das comunidades das praias do Forte, Ribeirão da Ilha, Rio Tavares, Ponta das Canas, Pântano do sul, Rio Vermelho e principalmente na Lagoa da Conceição. Em matéria de artesanato de tradição popular, as rendas da Ilha de Santa Catarina vêm se mantendo através dos anos, apesar de ter diminuído o número de rendeiras nos últimos anos, pois as novas gerações estão desinteressadas no aprendizado e na comercialização do produto. ANEXO D A arquitetura na Ilha de Santa Catarina foi essencialmente concebida por açorianos. A robustez das formas está na escolha dos materiais que o compõe: a brancura de cal, acentua os relevos do basalto, ganhando contraste com a cor dos telhados e das madeiras que podiam ser vistas do exterior ou no interior. Num período de mais de 200 anos, foram preservadas, na região, valores originais da cultura de base açoriana que se mantém até o presente, e praticamente desaparecidos em outros pontos da costa catarinense. A cultura açoriana foi uma das que mais influenciou o Brasil, principalmente o estado de santa Catarina, tendo seu impacto em nossa cultura, como o modo de vida, festas, arquitetura, artesanatos, gastronomia, música, danças, entre outros 24 1.4.4 Marketing Turístico O marketing turístico é uma atividade que vêem crescendo cada vez mais, e consiste num conjunto de pessoas que compartilham de uma necessidades ou um desejo específico. Para isso o mercado turístico deve estar preparado e habilitado, colhendo informações sobre os desejos e necessidades dos compradores, oferecendo bens e serviços capazes de satisfaze-los com esse mercado. Kotler (1994, p.29), diz que: Essencialmente, os fabricantes procuram os mercados de recursos (mercados de matéria-prima, mercados de trabalho, mercados financeiros e outros), compram estes recursos e os transformam em bens e serviços e vendem-nos a intermediários que os revendem aos consumidores. Os consumidores vendem sua força de trabalho pela qual recebemos dinheiro para pagar os bens e serviços que compram. O governo é outro mercado que desempenha diversos papéis. Compra bens dos mercados de recursos, de fabricantes e de intermediários; paga-os; cobra impostos (inclusive dos mercados consumidores) e presta os serviços públicos necessários. Assim, as economias de um país e do mundo inteiro consistem de complexos conjuntos de mercados interrelacionados, unidos através de processos de troca. O papel da comunicação no turismo, estabelece um verdadeiro fluxo de informações entre o emissor e o receptor, o feedback é muito importante para o mercado turístico. Este mercado turístico é constituído por produtos diferenciados entre si. Quando ofertado esses produtos no mercado turístico se diferenciam dos demais, pois possui características próprias, sendo de certa forma, um mercado monopolista. Entretanto, pode haver produtos e serviços semelhantes, principalmente na hotelaria. Segundo Tabares (1991, p. 26), “a consolidação de um mercado não consiste somente em sustentar as correntes turísticas atuais, mas também em incrementar o mercado com sólidas políticas mercadológicas”. A escolha do mercado com o qual irá trabalhar é uma decisão importante para o tarde turístico. O mercado pode ser dividido em segmentos, nichos e, em indivíduos. A segmentação pode ser geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. Para o turismo, essa segmentação é um fator fundamental para ofertar um produto turístico no mercado. 25 Para Beni (1998, p. 149) ”no turismo, um dos principais meios para segmentar é através da identificação do motivo de viagem, que pode variar entre turismo e lazer, negócios e compras, desportivo, ecológico, rural, de aventura, religioso, cultural, científico, gastronômico, estudantil, de congressos e eventos, familiar e amigos, de saúde ou médico-terapêutico”. È extremamente necessário conhecer gostos, necessidades, hábitos e preferências dos consumidores para atender e satisfazer os clientes deste mercado. Para Cobra e Zwarg (1987), “sugerem uma estratégia de marketing para os serviços turísticos ressaltando a importância da identificação das necessidades e desejos dos diversos segmentos do mercado, e as formas mais eficazes de atingi-los. Consideram a venda de serviços turísticos como um desafio que exige, além de métodos e critérios, alguma cientificidade”. O aumento do fluxo turístico no mundo elevou o grau de competitividade entre as várias destinações; solucionando-se com a estratégia de comunicação das organizações turísticas devendo considerar a concorrência de mercado e posicionar-se. E conseqüentemente, as organizações irão se conscientizar, dentro de uma política mercadológica, da qual a demanda determinará a oferta. Krippendorf (1989), diz que o marketing turístico é: A adaptação sistemática é coordenada da política das empresas de turismo, tanto privadas como do Estado; no plano local, regional, nacional e internacional, visando à plena satisfação das necessidades de determinados grupos de consumidores, obtendo, com isso, um lucro apropriado. As palavras mais utilizadas são: mercados, produto, distribuição, propaganda, promoção e várias outras. O fluxo turístico pode ser classificado como: - Fluxo turístico receptivo: É aquele que diz respeito à entrada de turistas nacionais ou estrangeiros em determinado destino receptor, para ali permanecerem por tempo limitado. - Fluxo turístico emissivo: È compreendido como o deslocamento ou saída de turistas nacionais ou estrangeiros, partindo de determinada área geográfica emissora para uma ou várias áreas receptoras. O Brasil está na 42º posição no raking dos principais países receptivos de turistas no mundo. 26 A decisão de compra dos consumidores é o resultado de uma complexa interação de fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicas dos quais alguns deles não podem ser influenciados pela ação do marketing turístico, mas são úteis para segmentar e focar o mercado turístico, identificando os compradores que possam estar mais interessados nos produtos e serviços turísticos colocados à venda 1.4.5 Marketing e suas Estratégias O conceito de marketing engloba a construção de um relacionamento satisfatório à longo prazo, no qual indivíduos obtém aquilo que desejam. Sabe-se que o marketing se originou para atender necessidades e desejos do mercado, mas não está limitado aos bens de consumo, usando também, para “vender” idéias e programas sociais. Segundo Richers (1986), “marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos”. Kotler (2000), afirma que: Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Em qualquer planejamento de marketing, as primeiras coisas a serem definidas, quem são seus consumidores, e qual exatamente é seu mercado-alvo. Todas as empresas podem fazer um bom trabalho, onde está diretamente ligado ao desempenho da oferta em relação as expectativas dos clientes. Os clientes ficarão satisfeitos se o desempenho da empresa alcançar suas expectativas, e insatisfeitos se não alcançar. Se o desempenho ultrapassar as expectativas dos consumidores, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado, onde este cliente encantado vale muito mais para a empresa do que um cliente apenas satisfeito. Os clientes “apenas satisfeitos” são propensos a mudar para outro concorrente quando surge uma oferta melhor. 27 Analisando o perfil dos consumidores, Kotler (1998), diz que: Assume que os consumidores, se deixados sozinhos, normalmente, não comprarão o suficiente dos produtos da organização. Assim a organização deve empregar um esforço agressivo de venda e de promoção. Para elaborar uma boa estratégia de marketing, é necessário conhecer os 4 Os que são: - Produto: Lida com especificações do bem ou serviço em questão e as formas como ele se relaciona com as necessidades dos consumidores. O responsável dessa área cuida do design dos produtos. - Preço: Processo de definição dos preços para os produtos. Incluindo descontos e financiamentos e tem em vista o impacto, não apenas econômico, mas também psicológico. Para o cliente o preço do produto deve oferecer o melhor custo/benefício. - Praça: Refere-se aos canais dos quais o produto chega aos clientes, incluindo pontos de vendas, pronta-entrega, horários e dias de atendimento e diferentes vias de compra. O responsável por esta área sabe exatamente em que canais de distribuição utilizará. - Promoção: Inclui a propaganda, publicidade, relações públicas, assessoria de imprensa, boca-a-boca, venda pessoal e refere-se aos diferentes métodos de promoção do produto, marca ou empresa. As estratégias de marketing são os objetivos atingidos de planos desenhados pelas empresas, onde integram políticas e seqüências de ação, colocando a organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente sua missão. Kotler (1998) define marketing social como a prática de ética e da responsabilidade social. Não podemos satisfazer os desejos dos consumidores sem medir as conseqüências que podem advir à sociedade no futuro. O marketing é a atenção exclusiva ao consumidor, além de ser o respeito total pelo consumidor. É uma preocupação constante em identificar as necessidades reais do cliente, direcionando todas as atividades das organizações a essas necessidades e desejos, buscando explorar uma oportunidade de negócio. Algumas decisões terão que ser tomadas nos seguintes aspectos de marketing: - Planejamento de seus produtos e serviços; 28 - Estratégias de comunicação e divulgação ao mercado; - Políticas de preço; - Distribuição dos produtos Resultando assim no atendimento das necessidades do consumidor. As estratégias de marketing são planos desenhados para atingir os objetivos do marketing. Uma boa estratégia de marketing deve integrar os objetivos, políticas, e seqüências de ação (tática) num todo coerente do projeto. O objetivo das estratégias de marketing é de colocar o projeto de preservação e divulgação da cultura açoriana de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão. Segundo Tabares (1991, p.15), um dos principais objetivos de marketing é a criação de mercados e a promoção de satisfações a partir do produto. As estratégias de marketing consistem na identificação das oportunidades oferecidas pelos mercados alternativos, sendo mercados potenciais e alcançando os objetivos pretendidos em determinado tempo, desenvolvendo técnicas para que esses objetivos sejam alcançados. Introduzindo elementos concretos para a comercialização dos produtos. O registro das ações e da avaliação total das estratégias de marketing nas empresas possibilitará seu aperfeiçoamento em planejamentos futuros, minimizando as falhas e garantindo o sucesso da organização. As propostas de estratégias de marketing quando são bem formuladas é tão importante quanto um bom plano de negócios, mostrando aos consumidores aonde a organização quer chegar e como alcançar este objetivo. 29 2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL 2.1 Situação atual Fonte: http://www.carboniferametropolitana.com.br/Mapa%20local.htm Santa Catarina localiza-se no sul do Brasil, sendo uma das regiões do centro geográfico com maior desempenho econômico do país, estando numa posição estratégica no Mercosul, juntamente com a região Sudeste do Brasil. O estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste e a capital, Florianópolis, está a 1.539 km de Buenos Aires, 1.673 km de Brasília, 1.144 do Rio de Janeiro, 705 km de São Paulo e 300 km de Curitiba. A maior parte do território brasileiro, em Santa Catarina possui as quatro estações bem definidas do ano. 30 Além de possuir um território cheio de contrastes: as serras se contrapõem ao litoral de belas praias, baías, enseadas e dezenas de ilhas, na arquitetura, e vários municípios mantém as construções típicas da época da colonização; enquanto a capital, Florianópolis é uma cidade de edificações modernas e sofisticadas, além de ser uma cidade com melhor qualidade de vida do Brasil, onde o turismo acontece no ano todo. No inverno predomina principalmente o turismo de eventos e no verão devido às praias, o público predominante: famílias, jovens de férias, entre outros. A grande Florianópolis é composta por 13 municípios – Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, São José, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Pedro de Alcântara, Antônio Carlos, São Bonifácio, Angelina, Anitápolis e Rancho Queimado – que têm em comum a natureza exuberante. A maior cidade é a própria capital de Santa Catarina. Fonte: soo.sdr.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=53&Itemid=118 - 19k 31 Entre os 13 municípios que formam juntos a grande Florianópolis, existem 4 deles que se destacam por terem algo em comum, todas elas foram originadas da colonização açoriana em maior ou menor porcentagem, são eles Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. A região trabalhada no projeto possui uma variedade de serviços relacionados à cultura açoriana, possuindo diversos restaurantes que oferecem a culinária típica, possui locais onde o artesanato é confeccionado, vendido principalmente na Lagoa da Conceição, entre outros. Só que este é o momento de conscientizar as comunidades sobre a importância da preservação e divulgação da nossa cultura predominante aos turistas, mantendo-a sempre viva. Nas últimas décadas do século XX, por diversos fatores, assistiu-se a um processo acelerado de transformação dos padrões culturais ao longo de toda grande Florianópolis. Tais informações produziram um distanciamento progressivo dos descendentes de açorianos e de sua cultura de origem. Diante dessa realidade inconteste e, cientes de que o processo será irreversível em médio prazo caso não haja um processo no sentido inverso, o projeto propõe-se a agir enquanto ainda existem valores culturais vivos e fortes através das estratégias de marketing. A seguir são colocadas as potencialidades turísticas, histórico, festas, entre outros aspectos sobre Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. FLORIANÓPOLIS Também conhecida como Ilha de Santa Catarina “Ilha da Magia” é a capital do Brasil com a melhor qualidade de vida. Possui forte influência dos fundadores portugueses, e dos colonizadores açorianos, onde é percebida na arquitetura, na culinária e nas manifestações culturais e religiosas. Histórico A Ilha de Santa Catarina é visitada por navegadores de várias nacionalidades desde o início do século XVI. Fundada por bandeirantes paulistas em fins do século XVII, com o nome de Nossa Senhora do Desterro, Florianópolis não passava de uma modesta vila de pescadores. Conquista em 1726 a sua emancipação política e recebe, entre 1748 e 1756, expressivas levas de colonizadores açorianos e madeirenses. Com a independência do Brasil, Desterro se torna capital da Província de Santa Catarina. 32 Já no século XX, rebatizada como Florianópolis, a cidade reafirma sua vocação como prestadora de serviços, em especial depois da chegada da iluminação pública e da inauguração da Ponte Hercílio Luz, em 1926. Com a implantação da Universidade Federal, entre os anos de 1950 e 1960, e a inauguração da BR-101, na década de 1970, Florianópolis firma-se como grande pólo turístico estadual. Patrimônio Histórico A cidade tem igrejas centenárias, como a Catedral Metropolitana, que abriga em seu interior uma escultura de José e Maria em fuga para o Egito entalhada pelo artista tirolês Demetz, e a Igreja de Nossa Senhora da Lagoa da Conceição, exemplo da arquitetura trazida pelos portugueses, cujo sino foi doado pelo imperador Dom Pedro II. Há também a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no centro da cidade; a de Nossa Senhora do Rosário; a de São Francisco de Paula, construída em 1830, em estilo açoriano, e a de Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Antônio de Lisboa, monumentos históricos e testemunhos da fé e da religiosidade do ilhéu. E dando especial atenção às fortalezas: Santa Cruz, São José da Ponta Grossa, Santana, Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, Santo Antônio e Anhatomirim. Fonte: http://www.sol.sc.gov.br/santur/FrameMunicipios.asp Cultura Em diversos museus, Florianópolis resgata a história local e traduz o dia-a-dia dos povos que habitaram a Ilha ao longo dos tempos. Visite especialmente o Museu Cruz e Souza, no centro da cidade, o Largo da Alfândega e a Praça XV - acredita-se que aquele que dá quatro voltas na figueira centenária do centro da praça encontrará seu grande amor. Passeie pelo calçadão da Felipe Schmidt, tome um café no Senadinho, vá à Casa Vítor Meirelles. O Centro Integrado de 33 Cultura reúne espaços e equipamentos para teatro, vernissages e cinema, e seu auditório principal tem capacidade para 1.000 pessoas. Entre as grandes atrações da cidade está o artesanato, com a renda-de-bilro, a rede-depesca e as esculturas em formato de bruxas. Nos bairros mais antigos pode-se encontrar verdadeiros ícones do folclore açoriano, como Boi-de-Mamão, Pau-de-Fita, Cacumbi ou Ticumbi, Ratoeira, Terno de Reis e Pão-por-Deus. Também são comuns as benzeduras, as crendices e superstições. No imaginário ilhéu, bruxas, fadas, gnomos e duendes misturam o sobrenatural às coisas da terra. Dentre outros atrativos turísticos de Florianópolis salientam-se, presentemente, além das praias, as localidades onde se instalaram as primeiras comunidades de imigrantes açorianos como Ribeirão da Ilha, Lagoa da Conceição, Santo Antônio de Lisboa e a própria região central histórica da cidade. Entre os principais eventos destacam-se a Fenaostra realizada em outubro no Centrosul, Futerecom (Feira Internacional Telecom e TI) e Ironman (competição de triatlo mundial). SÃO JOSÉ São José é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Está localizado na região metropolitana de Florianópolis, (litoral do estado), e em alguns momentos chega a confundir-se com a capital. Tem cerca de 200.000 (2005) habitantes e não possui curso de água relevante. Faz limites importantes com as cidades de Palhoça e Biguaçu, ambas parte da região metropolitana. Na divisa com Palhoça encontra-se o rio Imaruim. Também possui limites com a capital, Florianópolis, os quais não se distinguem com claridade devido à conurbação existente. Histórico Na segunda quinzena do mês de março de 1750 - presume-se que no dia 19 de março cerca de cento e oitenta casais de açorianos aqui aportaram, vindos das ilhas Graciosa, São Miguel e de São Jorge, fundando assim São José da Terra Firme. 34 À medida que ia crescendo o número de habitantes e a povoação se estendia, desenvolviase a lavoura e o comércio, preponderante fator na vida econômica da Província, sobressaíndo-se a cultura do algodão e do linho. Para aproveitamento desta produção, foram montados alguns pequenos e rudimentares teares, que passaram a fabricar tecidos de uso caseiro. Atrativos Turísticos :Situado no litoral, e por ser a quarta cidade fundada no Estado de Santa Catarina, tem nas praias e nos casarões antigos suas principais atrações. Fonte: http://www.guiasaojose.com.br/novo/turismo/index.asp Principais Pontos Turísticos: Naturais: * Balneário de Guararema - Situado no litoral de São José, apresenta uma maravilhosa vista para o mar e da ilha de Santa Catarina. Neste balneário pode – se passar momentos agradáveis, usufruindo das choperias, bares e restaurantes com comidas típicas . Acesso : Segue pela rua Dr. Homero de Miranda Gomes. • Pedra Branca - Com seu pico de 450 metros de altura, permite um visual de rara beleza. Acesso : Rua Francisco Antônio da Silva- Sertão Fonte: http://www.guiasaojose.com.br/novo/turismo/index.asp 35 • Usina Sertão do Imaruim - A geração de energia elétrica em Santa Catarina teve como pedra fundamental o início da construção da usina hidrelétrica de maruim em 1907. O governador do estado, Gustavo Richard, em acordo com a municipalidade de Florianópolis, mandou construir a usina Maruim, com potência de 600 KW ( 3 máquinas de 200 KW ), para fornecer energia elétrica para a capital. A sua abrangência atingia os municípios de São José e Biguaçu. A usina foi construída, por uma firma inglesa que, a partir de 1910, ficou como arrendatária dos serviços.Em 1972 a Usina de Maruim é definitivamente desativada. Tendo sido construída com garantia de 20 anos, operou ininterruptamente durante 65 anos. Acesso : Antiga rua geral da Colônia Santana • Lago da Pedreira : Um paraíso esculpido pelo homem e pela natureza se transformou em um aprazível local de lazer. Aproximadamente há vinte anos que uma empresa adquiriu um terreno no bairro Bela Vista para a extração de minérios. Os trabalhos resultaram num buraco próximo a um imenso paredão formado por rochas. Com o passar dos anos, o local acabou sendo tomado pelas águas da chuva e de uma nascente “Lado da Pedreira”. Acesso : Bairro bela Vista II, ao lado do Parque Bosque das Mansões. Culturais: • Casa da Camâra e cadeia – Construída em 1854, é um dos poucos exemplares deste tipo de edificação encontrada no Sul do brasil. O andar térreo era destinado aos presos e o superior, `a camâra municipal, júri e audiência. Hoje, restaurado, abriga a Secretaria de finanças. Acesso : Praça Hercílio Luz – Centro – São José • Monumento do primeiro Centenário da Independência do Brasil – Inaugurado em 1922. Acesso : Jardim Carlos Napoleão Poeta – Centro - São José. • Solar da Guarda Nacional – É um marco histórico e arquitetônico. Costruído em 1722, é o único prédio intacto em sua construção original, o colonial rústico português de grandes dimensões. O prédio serviu de residência, escola Militar, Quartel da Guarda Nacional e chegou a cortiço. 36 Hoje, reformado, abriga no andar superior o Museu Histórico e no inferior, a Biblioteca Pública. Acesso : Praça Hercílio Luz – Centro – São josé • Jardim Carlos Napoleão Poeta - Antigo posto no século passado, por onde cruzaram suas majestades D. Pedro II e D. Tereza Cristina. O jardim encontra – se totalmente recuperado, revestido com Petit Pavê.Foi urbanizado no ano de 1920. As palmeiras são de 1903. Acesso : Praça Hercílio Luz – Centro- São José • Lugar Bico da Carioca - Construída em 1843. aprazível onde os escravos lavavam as roupas de seus senhores. Acesso : Rua Irineu Comelli, ao lado da Igreja Matriz de São José. • Teatro Adolfho Mello - Em 1854 existia um grupo de teatro na vila de São José com o nome de "Sociedade União Theatral " que encenava dramas e comédias, regurlamente, no salão paroquial. Esta mesma sociedade resolveu edificar uma casa para teatro e lançou a pedra fundamental a 17 de setembro de 1854. Sua construção foi rápida já em 21 de junho de 1856 abria suas portas, no mesmo dia em que festejava- se a transformação de São José em cidade. Acesso : Praça Hercílio Luz – Centro – São José • Igreja Matriz de São José - Construída no mesmo local em que os colonizadores ergueram a primeira capela, é uma das mais antigas do município, possui um valioso acervo de obras sacras, representada por diversas imagens , destacando- se a do Padroeiro São José. • Igreja Matriz de Barreiros - Construção moderna, apresenta no teto uma faixa aberta nos lados possibilitando a penetração solar. No interior do templo cultiva- se um gramado. Acesso : trevo de barreiros – entre as ruas Pedro Bunn e Hidalgo Araújo. • Escola de Oleiros - A escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros funciona na antiga Casa da Estrada geral de São José, bem em frente a Orionópolis, oferecendo cursos de cerâmica e torno gratuítos. Tendo a idéia é resgatar o que ainda resta da cultura açoriana de SC. Acesso : Frederico Afonso – São José. 37 Festas: Festa do Espírito Santo , Aniversário da cidade em março e Açor Fest. Fonte: http://www.oisaojose.com.br/oiout/especialout.htm BIGUAÇU A sede da prefeitura do município fica distante a apenas 17 km do centro de Florianópolis, 10 de São José, 65 de Balneário Camboriú, 80 de Itajaí, 135 de Laguna, 130 de Blumenau, 178 de Joinville, 235 de Lages e 576 de Chapecó. Faz divisa a oeste com o município de Antônio Carlos, a leste com o Oceano Atlântico (Baia Norte da Ilha de Santa Catarina, onde localiza-se a capital do estado, Florianópolis) e também com o município de Governador Celso Ramos. Já a norte faz divisa com Tijucas e Canelinha. A sul faz divisa com o município de São José. Histórico Cultural A cidade encontra-se muito ligada à capital Florianópolis, seja na questão da oferta de empregos e educação, onde muitos moradores trabalham e estudam na capital, tornando o município característico de cidade-dormitório, ou mesmo na questão cultural, onde a cultura de base açoriana-catarinense encontra forte expressão. É um dos municípios mais antigos de Santa Catarina, sendo sua origem a Vila de São Miguel da Terra Firme, fundada por volta de 1750 por casais açorianos imigrantes. Em 17 de maio de 1833 torna-se município. Em 1886 a sede do município sai da vila de São Miguel e vai para a sede atual, às margens do Rio Biguaçu. Em 1910 o nome é mudado para Biguaçu. 38 Durante alguns meses no final do século XVIII foi capital da província de Santa Catarina, quando da invasão espanhola à ilha de Santa Catarina e sua capital, Desterro (atual Florianópolis). Quando da sua fundação em 1833 o território compreendia do atual Rio Carolina, divisa com São José ao Rio Camboriú, atual município de Balneário Camboriú, chegando aos limites da Serra Geral. A onda de desmembramentos para a fundação de novos municípios termina somente na década de 1960, com o desmembramento da região do Alto Biguaçu, atual município de Antônio Carlos e as antigas freguesias de Ganchos e Armação da Piedade, unidas no município de Governandor Celso Ramos. Festas: Festa do Espírito Santo, Bigfest (maio), Festa do Colono e Festa de Nossa Senhoras dos Navegantes (realizada no último final de semana do mês de janeiro) Fonte: http://www.sc.gov.br/portalturismo 39 PALHOÇA Palhoça hoje é um município turístico, com opções de lazer como praias, parques ecológicos, pousadas, morros e restaurantes. Dentre as praias as principais são: Enseada de Brito, Guarda do Embaú, Pinheira e Praia do Sonho. Um dos desníveis mais altos de Santa Catarina encontra-se em Palhoça, o Morro do Cambirela, com 1043m., proporcionando maravilhosas vista para quem se aventura em a subir suas trilhas do maior aglomerado urbano do Estado. Palhoça possui um dos maiores mangues de toda a América do Sul. Quase 70% de sua área são compostas pela Mata Atlântica, sendo esta pertencente ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.Palhoça guarda ainda muitas das tradições, costumes e arquitetura deixados pelos seus colonizadores, cuja formação étnica é composta basicamente por povos de origem açoriana. A Enseada do Brito, uma comunidade com mais de 250 anos, foi tombada pelo Patrimônio Histórico por seus casarios coloniais, onde vive uma gente tranqüila e hospitaleira. Ali foi construída, em 1742, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, como parte do sistema de segurança da Grande Florianópolis. Histórico: O município de Palhoça foi fundada em 1793, e elevada a município em abril de 1894. Colonizada inicialmente por açorianos, que se fixaram na Enseada do Brito, recebeu também diversas levas de imigrantes alemães, africanos e italianos. A partir dos anos 1970, quando 69% da população ainda moravam no campo e o município dependia da produção primária, a cidade passou a se desenvolver e transformou-se num importante pólo comercial e industrial. Mas ainda preserva suas tradições e folclore, em manifestações como o Boi-de-Mamão, a dança do Pau-deFitas, o Terno de Reis e o Pão-por-Deus. Atrativos Turísticos Naturais: A Praia da Guarda do Embaú é a mais bonita da cidade e a Praia de Baixo, a que tem melhor infra-estrutura, mas vale a pena conhecer também a Praia de Pedras Altas, situada no Parque Florestal da Serra do Tabuleiro e reservada para o nudismo; a Praia do Sonho; a Praia da Pinheira; a Praia do Pontal, a Praia de Fora e a Praia de Cima. 40 Fonte: http://www.sc.gov.br/portalturismo O Parque Florestal da Serra do Tabuleiro é parte do território do município e tem grande riqueza de fauna e flora. Dentro do parque há um zoológico com espécimes raros e uma exposição da flora da região. No parque fica o Morro da Cambirela, com 970 m de altitude, além de várias belíssimas cachoeiras. Vale visitar também a Ponta dos Papagaios e a Ilha do Papagaio, localizada entre as praias da Pinheira e do Sonho, e o Parque Ecológico Municipal dos Manguezais. Se você é aventureiro, faça a trilha ecológica até o topo do Morro da Pedra Branca, com 500m de altitude – a vista é belíssima. Festas: Festa do Divino espírito Santo e Festa do Senhor Bom Jesus de Nazaré realizadas em junho, Festa dos Navegantes em fevereiro. Fonte: http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao80/folia2.jpg 41 2.2 Situação Potencial A mídia atualmente divulga muito pouco sobre a cultura açoriana da grande Florianópolis, e quando acontece a divulgação é mais relacionada na área gastronômica e sobre as festas. E percebe-se que a cultura açoriana está desaparecendo aos poucos, é necessário colocar um projeto de ação que valorize e preserve a história da região e sua identidade cultural. É importante valorizar o patrimônio histórico, o artesanato, folclore, gastronomia, dança, entre outras tradições açorianas na região. Os municípios em destaque no projeto são Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu, mantendo a pesquisa de demanda turística pela SANTUR e prefeituras, além de estratégias de marketing direcionado para a preservação e divulgação da cultura açoriana nesses municípios. O órgão SEBRAE dará suporte técnico e profissional as pessoas que tiverem interesse em colocar em prática seus ideais sobre atrativo turístico, como por exemplo na área gastronômica e na área de artesanato. O projeto visa valorizar, preservar, resgatar e divulgar a cultura açoriana sem exploração, pois os moradores ficam desanimados com o excesso do fluxo turístico na região, onde muitas vezes a localidade é degradada. A participação da SANTUR na divulgação do material e propaganda é fundamental, pois o direcionamento das ações depende do envolvimento e do interesse das comunidades em questão. A região da grande Florianópolis possui muitas oportunidades de desenvolver o turismo em razão do seu potencial cultural, histórico e natural. E sendo, que para isso é necessário definir uma imagem turística e também o perfil turístico de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu, baseado nas suas características mais marcantes. Para uma melhor divulgação e preservação da cultura açoriana em relação ao turismo na grande Florianópolis, faz-se necessário conscientizar a população sobre a importância dos atrativos histórico-culturais, equipamentos e serviços turísticos oferecidos nos municípios em questão, mostrando o quanto eles obterão lucro com o turismo. 42 A conscientização será feita através da distribuição do material impresso e através da propaganda, este material terá dois objetivos, divulgar os principais atrativos culturais da cultura açoriana e terá caráter educativo informando sobre a importância da preservação da identidade cultural de nossa região. É necessário capacitar e qualificar as pessoas que trabalham com o turismo, principalmente com aquelas que estão ligadas com a área de lazer e entretenimento para garantir a segurança dos equipamentos e do patrimônio, onde existe o risco de degradação. Em análise à situação da cultura açoriana na grande Florianópolis é necessário definir uma política de marketing, pois sua inexistência poderá acarretar prejuízos futuros, tanto para as comunidades, quanto para o turista. 43 3. PROPOSTA DE AÇÃO 3.1 Definição da solução O projeto se conceitua em propor estratégias de marketing visando o turismo cultural para os municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. O objetivo do projeto é divulgar e preservar a cultura açoriana na região da grande Florianópolis através do turismo cultural. A SANTUR no projeto estimulará o aproveitamento destas potencialidades turísticas de cada município, divulgando e promovendo atrações turísticas do Estado e dos municípios, inclusive seus eventos, fomentando uma consciência coletiva do turismo cultural como instrumento essencial de desenvolvimento. Durante o período de estágio, foi possível observar que a SANTUR não tem material específico que divulgue e ao mesmo tempo, que faça um papel educativo, conscientizando os turistas e aos próprios moradores sobre a preservação da cultura açoriana na região. Ela somente explora alguns itens, mas não o turismo açoriano como um todo. Os objetivos deste projeto serão alcançados com estratégias de marketing que possibilitarão a região da grande Florianópolis uma maior e melhor exploração do turismo. Além, de propor o bem-estar ao morador, para que o mesmo possa desenvolver suas atividades com encanto e alegria, conquistando e mantendo turistas, quanto à satisfação destes para com o serviço/produto que eles procuram e desejam conhecer melhor em nossa região. 3.2 Operacionalização O projeto de ação de início, contém cinco passos a serem seguidos, se os resultados durante este período obtiver uma melhoria, essa campanha se manterá, mas se o impacto for negativo, serão implantadas mais estratégias de marketing. 44 1- Pesquisa de Demanda O Objetivo é conhecer o perfil do público que procura as regiões de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. E conhecendo as necessidades, interesses, sugestões e reclamações desse público sobre a infra-estrutura turística dos municípios em questão. As pesquisas já são aplicadas pela SANTUR, no período de quatro meses (dezembro, janeiro, fevereiro e março na alta temporada e em Outubro nas festas realizadas em toda a região de Santa Catarina). Essa pesquisa é de grande importância, pois através da coleta de dados que é feito o material promocional de divulgação e preservação da cultura açoriana na grande Florianópolis, sendo sem custo para as prefeituras. 2- Folders O objetivo deste material é divulgar a cultura açoriana e sua importância, destacando as principais características e pontos turísticos dos municípios citados e estimulando o lado educativo, conscientizando os turistas a preservar o patrimônio histórico-cultural em questão, sendo distribuídos em órgãos turísticos e trade turístico. Esses folders serão modificados anualmente de acordo com as pesquisas realizadas. Papel Utilizado: Couché 4 x 4 colorido Número de cores: Várias Quantidade: 8.000 Tamanho: 20 x 15 cm Distribuição: Durante 1 ano Custo por milheiro: R$180,00 Gráfica: EDITOGRAF INDÚSTRIA GRÁFICA LTDA 45 3- Propaganda de Mídia em Tv Tem como objetivo a captação de novos turistas para a região, visando a preservação e a divulgação da cultura açoriana. Conteúdo: Imagens da cultura nos municípios com sonorização e slogan Divulgação: Estadual RBS e nacional Quem produzirá: Propague Comunicação Duração: 6 meses Número de Inserções: 2 inserções diárias a cada 15 dias Quem faz: PROPAGUE COMUNICAÇÕES Tempo de inserção: 1 minuto Custo: R$150.000,00 4- Projeto Arte Catarina SEBRAE de Artesanato Este projeto possibilita a introdução de novas tecnologias no setor, capacita o artesão para melhorar a qualidade de seu produto e busca preservar o seu trabalho como referência cultural, abrindo portas para novas criações e tendências. O Arte Catarina, concentra parte dos seus esforços e recursos na elevação do patamar moderno da produção artesanal. O Programa SEBRAE de Artesanato atua com o objetivo de desenvolver o setor em Santa Catarina, principalmente ao despertar no artesão uma visão empreendedora sem perder de vista a valorização do artesanato enquanto expressão individual e criativa de sua cultura e da cultura da comunidade onde ele vive. Mas, ao mesmo tempo, proporciona ao artesão crescimento econômico, financeiro e social. As ações do Programa SEBRAE/SC de Artesanato, objetivam principalmente conquistar a evolução desse setor econômico e também, ampliar os benefício às organizações de artesãos, avançando na consolidação da marca Arte Catarina e aumentando a atração e a agregação de valor ao artesanato catarinense. Início: Janeiro de 2007 46 Duração: 4 meses Público: Artesãos, pequenos empresários, comunidades Local: Av. Rio Branco, 611, centro, Cep: 88015-203 5- Sugestão de colocar lojas com artesanatos e alimentos e atividades culturais da Cultura Açoriana no Mercado Público de Florianópolis. O objetivo é de colocar lojas com produtos de origem açoriana para os turistas, já que o próprio mercado público possui arquitetura açoriana. È uma sugestão, pois os turistas procuram estes produtos e o que mais encontram dentro do mercado são calçados, descaracterizando o local. E sugerindo, conseqüentemente uma programação com atividades ligadas as tradições da cultura açoriana a cada 15 dias no pátio do Mercado Público e praça central de São José durante o período da Alta temporada na região (Dezembro/Janeiro e Fevereiro). 3.2.1 Ações As ações que serão implantadas durante todo o ano serão: • Pesquisa de demanda turística nos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça realizadas pela SANTUR e prefeituras; • Distribuição de folders, divulgando a cultura açoriana nos órgãos de turismo, hotéis, agências de viagens de Florianópolis e nas principais cidades do estado de Santa Catarina; • Propaganda em mídia televisiva; • Valorização do artesanato com o apoio do SEBRAE. 47 3.2.2 Cronograma Ações Meses Pesquisa de Meses do Ano Jan Fev Mar Abr Maio Jun X X X X X X X X X X X Jul Ago Set X Out Nov Dez X X Demanda Distribuição X X X X X X X X X X X folder Mídia televisiva Projeto SEBRAE Quadro 1: Cronograma de ações Fonte: apartir da pesquisa X X 48 3.3. Orçamento Municípios Pesquisa Folder de demanda Grande Florianópolis Sem (Florianópolis, custo São José, Biguaçu e Palhoça) Mídia em Tv Projeto Total Sebrae R$1.440,00 R$150.000,00 Sem Custo R$151.440,00 Quadro 2: custo do projeto por cidades. Fonte: apartir da pesquisa CUSTO TOTAL DO PROJETO: R$ 151.440,00 O custo total é de R$151.440,00, sendo que este projeto será pago pelas prefeituras de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, cada um desembolsará o valor de R$ 37.860,00. A SANTUR colocará sua logomarca no material impresso e de mídia televisiva, ajudando a divulgar o material pelo Estado, além de fazer as pesquisas de demanda turística, sendo sem custo para as prefeituras. Sendo que o SEBRAE oferecerá oficinas e oportunidades para as pessoas que têm interesse na área de artesanato e gastronomia em expor seus trabalhos, sem cobrar, pois a empresa não possui fins lucrativos. 3.4 Viabilidade A viabilidade do projeto de estratégias de marketing para a preservação e divulgação da cultura açoriana na grande Florianópolis é de extrema importância para o turismo, sendo que o turismo cultural também pode ser explorado, tornando-se um grande potencial econômico para a região. turístico e 49 O projeto propõe a conscientização das comunidades e turistas sobre a preservação histórico-cultural, e a divulgação de nossa identidade cultural. E contando com parcerias da SANTUR, SEBRAE e prefeituras, entre outras empresas privadas e públicas para a obtenção de bons resultados de médio prazo. Se o projeto não for aplicado, o risco da cultura açoriana continuar a desaparecer é enorme, e os municípios começarão a perder sua identidade histórico-cultural, sendo que num futuro próximo essa identidade cultural só poderá ser percebida através de fotos e na gastronomia. Em análise a proposta, justifica-se a viabilidade de colocar este projeto em ação, pois os municípios citados, principalmente, Florianópolis necessitam que tenham propostas de estratégias de marketing que incentivem a preservação e a divulgação da cultura açoriana. Os turistas procuram conhecer nossas raízes, e para isso faz-se necessário deixar as características históricoculturais vivas, favorecendo o turismo cultural, e conseqüentemente trazendo lucratividade para a região da grande Florianópolis, devido ao imenso potencial que nossa região possui. 50 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALIGHI, Carlos. M. Turismo, globalização e cultura. In: LAGE, Beatriz. H. G; MILONE, Paulo. C. (orgs). Turismo: Teoria e prática. São Paulo: ATLAS, 2000. AMARAL, Guanaira e VILA NOVA, Sebastião. Economia política do conhecimento- sua importância para o conceito de cultura. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1993. BARRETTO, Margarita, Planejamento e organização em turismo. Campinas, São Paulo: Papirus,1991. BARRETTO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo. São Paulo: Papirus, 1995. BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo.São Paulo: Senac, 1998. CAMARGO, Haroldo L. Patrimônio histórico e cultural. São Paulo: Aleph, 2002. CARLOS, Alessandri Ana; Da CRUZ, Rita de Cássia.Turismo: espaço, paisagem e cultura. São Paulo: Editora Hucitec, 1996 CARUSO, Raimundo C e Mariléia M Leal. Vida e cultura açoriana em Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 1997. CASTELLI, Geraldo. Turismo:atividade marcante do século XX, Caxias do Sul/RS: EOUCS, 1990 COBRA, M., ZWARG, F. A. Marketing de serviços: conceitos e estratégias. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 1987. COUTINHO, Ana Lúcia. Florianópolis: Ilha Açoriana. Florianópolis: Mares do Sul, 1998. DIEGUES, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Ed Hucitec, 1996. FARIAS, Vilson Francisco de. Doas Açores ao Brasil Meridional: uma viagem no tempo: povoamento, demografia, cultura, Açores e litoral catarinense. Florianópolis: UFSC, 1998. FILHO, Américo Pellegrini. Ecologia, Cultura e Turismo. São Paulo: Papirus, 1993. GASTAL, Suzana. Turismo & Cultura: por uma relação sem diletantismos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. 51 GASTAL, Suzana (Org.) Turismo: 9 propostas para um saber-fazer. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001 (Coleção Comunicação, 4). GONÇALVES, Ana Beatriz R e BOFF, Claudete. Turismo e Cultura: a história e os atrativos regionais. Santo Angelo: Ayres, 2001. KOTLER, Philip G. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1993. KOTLER, Fhilip. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, Philip, ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. Rio de janeiro, LTC - Livros Técnicos e Científicos, 1999. KOTLER, Philip. Administração em Marketing. Atlas, São Paulo, 10ºED, 2000. KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo. Para uma nova compreensão do lazer e das viagens. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1989. LAGE, Beatriz H. G; MILONE, Paulo. C. (orgs). Turismo: Teoria e Prática. São Paulo: ATLAS, 2000. LEMOS, Carlos A. C. O que é patrimônio histórico. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000 (Col. "Primeiros Passos", vol. 51). LOPES, Ataide R. O ABC do turismo: noções básicas. Brasília: A. R. Lopes, 1994. MAMEDE, Gladston. Direito do Turismo: legislação específica aplicada. São Paulo: Atlas, 2001. MOREL, Bosque Joaquín. O Patrimônio da Humanidade. In: YAZIGI, Eduardo; CARLOS, Alessandri Ana; Da CRUZ, Rita de Cássia.Turismo: espaço,paisagem e cultura. São Paulo: Editora Hucitec, 1996. NAISBETT, John. Paradoxo global. São Paulo, Campus, 1994. OLIVEIRA, Antonio. P, Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização. 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São Paulo, 1997. . 53 ANEXOS 54 ANEXO A Fonte: http://www.omane.com.br/historiasdailha.php ANEXO Fonte: http://www.designdeimagem.com.br/images/peixes.jpg B 55 ANEXO C Fonte: http://www.guiafloripa.com.br/cultura/imagens/boima.gif ANEXO D Fonte: http://www.abbra.eng.br/fpolis18.jpg 56 MODELO FRENTE FOLDER 57 MODELO PARTE DE DENTRO DO FOLDER 58 PARTE II RELATÓRIO DE ESTÁGIO 59 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA ALUNA 1.1 Dados da Empresa Razão Social: Santa Catarina Turismo S/A Nome Fantasia: SANTUR CNPJ: 83.469.908/0001-76 Inscrição Estatual: Isenta Endereço: Rua Felipe Schmidt, n° 249 – 9° andar Bairro: Centro Caixa Postal: 1221 Cep: 88010-902 Cidade: Florianópolis – SC – Brasil Telefone: (48) 212 6300 / 222 1145 E-mail: [email protected] Proprietário: Governo do Estado de Santa Catarina Supervisor de Estágio: Eduardo Simon 1.2 Dados da Aluna Nome: Joveline Bortoli Ribeiro RG: 3.571.235 CPF: 004371919-82 Endereço: Rua Euclides da Cunha, 185, apto 101 Bairro: Itaguaçu Cep: 88085-420 Cidade: Florianópolis – SC – Brasil Telefone: (48) 3249-4104 / (48) 9934-1375 E-mail: [email protected] Filiação: Felinto Deusdedith Ribeiro e Solange Maria Bortoli Ribeiro 60 2. JUSTIFICATIVA As atividades do Estágio Supervisionado estão fundamentadas na Lei n° 6.494, de 07/12/1977, regulamentada pelo Decreto n° 87.497, de 18/08/1982, Pareceres normativos CST n° 326, de 06/05/1971, Resolução 015/CONSUN/CaEn/04 da Universidade do Vali do Itajaí e pelas normas administrativas aprovadas pela Coordenação do curso de Turismo e Hotelaria. O turismo é hoje uma das atividades que mais cresce no mundo, mas no Brasil este mercado turístico cresce de forma desordenada, falta um bom planejamento. E sendo uma atividade que gera muitos empregos, é considerada uma das atividades que traz uma maior lucratividade na economia mundial. Andrade (1999, p. 38), afirma que: “Turismo é o conjunto de serviços que tem por objetivo o planejamento, a promoção e a execução de viagens, hospedagem e atendimento aos indivíduos e os grupos, fora de suas residências habituais”. Para Hall (2002, p. 17), o turismo é importante não só por tamanho em termos de pessoas que viajam, número de empregados de quanto dinheiro leva até um certo destino, mas devido ao enorme impacto que exerce na vida das pessoas e nos locais em que elas vivem. È necessário que tenham pessoas qualificadas e capacitadas para este mercado turístico. E para isso é fundamental que haja um planejamento adequado para qualificação e capacitação de pessoas, utilizando ferramentas e técnicas modernas. O órgão escolhido para a realização do estágio obrigatório foi a SANTUR, pois é um local fomentador do turismo que abrange toda a região de Santa Catarina, realizando a divulgação da política estadual de turismo. Além de ser um órgão que visa o desenvolvimento sócioeconômico gerado pelo turismo na região. 61 Pearce(apud Lickorish; Jenkins, 2000, P.243), diz que: “O setor público se envolve no turismo por diversas razões, o nível de intervenção do governo varia de um país para o outro, em grande parte como uma função das políticas e filosofias mais amplas. Os fatores econômicos estão em geral em primeiro plano. Isso inclui aumentar os ganhos do câmbio exterior, as taxas estaduais, o número de empregos, a diversificação econômica, o desenvolvimento regional e o estímulo do investimento não voltados ao turismo. As responsabilidades sociais, culturais e ambientais também levam a um envolvimento do governo, bem como diversas considerações políticas. A área pública foi escolhida para o desenvolvimento do tema no trabalho de conclusão de curso, devido ao interesse da acadêmica seguir carreira nesta área, depois de torna-se Bacharel Em Turismo e Hotelaria. O estágio tem grande importância, onde coloca se todos os conhecimentos adquiridos na universidade em prática. Além de observar e participar de todas as funções dos setores escolhidos na empresa. O estágio obrigatório proporcionou o aprendizado, e confirmou a área que a acadêmica irá seguir no futuro, onde valorizou o máximo todas as oportunidades dadas na empresa de aperfeiçoar-se profissionalmente. 62 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Desenvolver atitudes e hábitos profissionais, bem como adquirir, exercitar e aprimorar conhecimentos técnicos nos campos do Turismo e Hotelaria. 3.2 Objetivos específicos • Identificar na literatura especializada os fundamentos teóricos de turismo público; • Identificar/ reconhecer a estrutura administrativa e organizacional da SANTUR; • Empregar os conhecimentos teóricos nos diferentes setores a serem percorridos durante a realização do estágio; • Reunir as informações observadas e vivenciadas no campo do Estágio para fins de relatório e compreensão; • Processar o Relatório de Estágio • Identificar uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser planejada no Projeto de Ação ou desenvolver um Projeto de Pesquisa, exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Turismo e Hotelaria. 63 4. DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 4.1. Evolução histórica da organização A Santa Catarina Turismo S.A. (SANTUR), é uma Sociedade de Economia Mista, com personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa e operacional, vinculada atualmente à Secretaria de Estado de Cultura, Turismo e Esporte. A Empresa iniciou suas atividades por volta de 1968 como Departamento Autônomo de Turismo DEATUR, paralelamente a este órgão, o Governo do Estado mantinha uma estrutura de apoio ao turismo junto ao Banco do Estado de Santa Catarina - BESC, chamada BESC Empreendimentos e Turismo S/A. No Final de 1974 esta estrutura foi desmembrada em BESC Turismo S/A e BESC Empreendimentos S/A, Em 28 de abril de 1975 realizou-se a fusão do DEATUR com o BESC Empreendimentos S/A o que resultou na TURESC - Empresa de Turismo e Empreendimentos do Estado de S.C., passando em 05 de junho de 1977, através de um protocolo de fusão com o Centro de Promoções e Informações Turísticas S/A - CITURRODOFEIRA (denominação do Parque Balneário Camboriú), a chamar-se CITUR - Companhia de Turismo e Empreendimentos de Santa Catarina. Por aprovação da assembléia geral da empresa, em 28 de outubro 1987, passou a sua denominação para Santa Catarina Turismo S/A SANTUR. Esta mudança teve como objetivo principal promover uma maior relação da sua razão social com o nome do Estado. O capital social da Empresa está assim dividido: 96,14% do capital total e 95,96% do capital votante pertencem ao Estado; 3,49% do capital total e 3,65% do capital votante pertencem a EMBRATUR; aproximadamente 1% do capital total e do capital votante pertencem à pessoas físicas e jurídicas. Atualmente a Empresa está sediada à Rua Felipe Schmidt, 249 - 9º andar - Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva, no centro de Florianópolis/SC. Possui um parque Cyro Gevaerd em Balneário Camboriú, situado às margens da BR 101. 64 Os presidentes que já passaram pela empresa desde 1975 foram: PRESIDENTE GESTÃO DENOMINAÇÃO DA EMPRESA Orlando Bértoli 1975 a 1979 TURESC/CITUR Ciro Gevaerd 1979 a 1983 CITUR Airton de Oliveira 1983 a 1987 CITUR Osmar S. Nunes Filho 1987 a 1991 CITUR/SANTUR Mário Lobo 1991 a 1992 SANTUR Airton de Oliveira 1992 a 1994 SANTUR Adolfo Ern Filho 1995 a 1996 SANTUR Luiz Moretto Neto 1996 a 1998 SANTUR Noemi dos Santos Cruz 1998 a 1999 SANTUR Flávio José de Almeida 1999 a 2002 SANTUR Jorge Nicolau Meira 2003 a 2007 SANTUR Coelho Quadro 3,Fonte: Assessoria Jurídica da SANTUR. Conta no momento com 4 diretorias: diretoria da presidência, diretoria administrativa e financeira, diretoria de planejamento e desenvolvimento turístico, diretoria de marketing. As atribuições da SANTUR S/A, de acordo com a Lei 9.831/95 de 17/02/95, a qual trata da reforma administrativa do Estado de Santa Catarina, são: • Executar a política estadual de desenvolvimento de turismo; • Compatibilizar as diretrizes estaduais à política nacional de desenvolvimento do turismo; 65 • Representar o Estado, através de convênios, acordos ou outros meio, com órgãos ou entidades públicas ou privadas, nacionais, estaduais, municipais e internacionais, com visas a fomentar atividades turísticas ou afins; • Estimular o aproveitamento das potencialidades turísticas do Estado; • Implantar e explorar empreendimentos de caráter turístico, especialmente em setores onde a iniciativa privada não compareça, ou deles participar acionariamente; • Assistir tecnicamente às empresas do setor e às municipalidades, sugerindo a concessão de estímulos fiscais • Participar com prefeituras municipais e outras entidades públicas ou privadas da qualificação e especialização de recursos humanos para o setor; • Divulgar e promover as atrações turísticas do Estado e dos Municípios, inclusive seus eventos, fomentando, paralelamente uma consciência coletiva do turismo como instrumento básico de desenvolvimento. Conforme com algumas informações recolhidas na SANTUR, o Parque Cyro Gevaerd, desde o governo Luís Henrique já não faz mais parte da Santur, mas não tem documento que prove ainda essa separação. 4.2 Infra – estrutura física atual A SANTUR tem sua sede administrativa em Florianópolis, conta com um parque em Balneário Camboriú. Sua sede administrativa conta com: O 9° andar do edifício ARS distribuído em: • Recepção, copa, xerox, banheiros, almoxarifado, departamento financeiro, departamento pessoal, central de informática e divisão de Contabilidade. • 01 sala da presidência, e assessoria da presidência • 01 sala de Assessoria Jurídica • 01 sala da diretoria financeira 66 • 01 sala da secretaria geral • 01 sala da diretoria de planejamento • 01 sala da gerência de planejamento • 01 sala de reuniões • 01 sala de gerência técnica • 01 sala de assessoria de comunicação • 01 sala da diretoria de marketing • 01 sala da gerência de marketing • 01 sala no 8° andar de informações ao turista, almoxarifado de materiais sobre o estado de SC e sala de áudio-visual. 67 4.3 Infra – estrutura administrativa atual 68 4.4 Quadro de Recursos Humano DEPARTAMENTO FIXO TERCEIRIZADOS A DISPOSIÇÃO ESTAGIÁ RIOS Presidência 1 Assessoria da Presidência 2 Assessoria Jurídica 1 Assessoria Comunicação Social 0 Diretoria de Marketing 2 Gerência de marketing 4 Departamento de Promoções 2 Departamento áudio-Visual 1 Central de Informações Turísticas 1 2 Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Turístico 2 1 Gerência de Planejamento 2 Gerência Técnica e Dept. Análise e Acompanhamento de Projetos 2 Diretoria Adm. Financeira 1 1 Gerência Administrativa 4 6 Dept. de Apoio Pessoal 2 Dept. de Apoio Financeiro 2 Dept. de Contabilidade e Exec. Orçamentária 1 Secretaria Geral 3 Parque Cyro Gevaerd 16 SUB-TOTAL 49 TOTAL Quadro 4 : Quadro de Recursos Humanos Fonte: Santa Catarina Turismo S/A, 2006. 1 2 2 2 1 1 1 2 2 3 1 2 1 14 5 12 80 69 4.5 Serviços Prestados ao Mercado Turístico A SANTUR responde como Órgão Oficial de Turismo em Santa Catarina, tendo como função promover o desenvolvimento do turismo no estado, prestando ao mercado turístico os seguintes serviços: • Executar a política estadual de desenvolvimento de turismo; • Compatibilizar as diretrizes estaduais à política nacional de desenvolvimento do turismo; • Representar o Estado, através de convênios, acordos ou outros meios, com órgãos ou entidades públicas ou privadas, nacionais, estaduais, municipais e internacionais, com visas a fomentar atividades turísticas ou afins; • Estimular o aproveitamento das potencialidades turísticas do Estado; • Implantar e explorar empreendimentos de caráter turístico, especialmente em setores onde a iniciativa privada não compareça, ou deles participar acionariamente; • Assistir tecnicamente às empresas do setor e às municipalidades, sugerindo a concessão de estímulos fiscais; • Participar com prefeituras municipais e outras entidades públicas ou privadas da qualificação e especialização de recursos humanos para o setor; • Divulgar e promover as atrações turísticas do Estado e dos Municípios, inclusive deus eventos, fomentando, paralelamente uma consciência coletiva do turismo como instrumento básico de desenvolvimento. 70 5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR 5.1 DIMAP – Distribuição de material / Central de Informações Responsável pelo setor: Myriam Mello Araújo Lehmkuhl Período de estágio: 18/09/2006 a 27/10/2006 – 13/11/06 a 18/12/2006 Número de horas: 420 horas 5.1.1 Funções do setor • Controlar todo o material promocional da região de Santa Catarina que entra e sai da SANTUR; • Prestar informações turísticas do estado de Santa Catarina para o público e para o Trade Turístico; • Distribuir o material promocional da Santa Catarina para o Trade e para as pessoas que o solicitarem; • Enviar o kit de material promocional de Santa Catarina quando for solicitado por telefone ou e-mail, separar, envelopar/empacotar, protocolar e enviar a correspondência, e após isso arquivar o pedido do material na devida pasta. • Pedir materiais promocionais da SETUR, FATMA, SEBRAE, para divulgação ao público que procura por festas, meio ambiente, entre outros. 5.1.2 Infra-estrutura do setor • 1 mesa grande branca com 4 divisórias 71 • 04 cadeiras • 02 computadores • 01 impressora • 01 ar condicionado • 01 balcão de atendimento, com armário embutido embaixo • 01 armário branco embutido para guardar materiais (folders, almanaques, revistas, passaportes) • 01 banheiro • 01 sala de áudio visual e fotografia • 01 copa • 04 sofás brancos de um lugar • 03 telefones • 03 estantes com prateleiras de madeira • 01 arquivo para pastas suspensas • 01 sala de depósito para guardar os materiais promocionais do estado em vários idiomas • 02 lixeiras • 01 vaso com planta • demais materiais de escritório. 5.1.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor • Atendimento ao público pelo telefone para prestar informações ou pedido de materiais sobre o Estado de Santa Catarina; 72 • Arrumação dos materiais promocionais do estado no armário em suas devidas prateleiras; • Resposta de solicitação de materiais promocionais de Santa Catarina por telefone; • Separar materiais solicitados por e-mail, telefone ou por algum departamento da SANTUR; • Envelopar e embrulhar os materiais solicitados conforme os padrões da organização; • Protocolar os materiais que vão ser enviados pelo correio para futuro controle; • Arquivar os pedidos dos respectivos materiais solicitados na pasta do Dimap. 5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos No departamento da central de informações, foi possível observar a importância que este setor tem, pois o público interessado se dirige ao local, ou telefona ou manda e-mail em busca de informações e materiais sobre a região de Santa Catarina. È de importante aprendizado, pois as pessoas que trabalham neste setor acabam aprendendo bastante sobre as potencialidades, pontos turísticos de cada município. Onde esclarecem várias dúvidas das pessoas interessadas em conhecer nossa região. È um setor que gira em torno da comunicação, onde acaba-se tornando mais desinibido com o público. 73 5.1.5 Aspectos Positivos, Limitantes e Sugestões Administrativas O setor possui uma variedade de materiais sobre o estado de Santa Catarina de ótima qualidade, onde são muito solicitados por outras regiões do Brasil, e por outros países. Pelo fato do material sobre a região de santa Catarina ser confeccionado em outras línguas (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês, etc), facilitando o conhecimento e interesse sobre nossa região aos turistas estrangeiros. No setor todos funcionários trabalham em conjunto, facilitando na agilidade nas informações repassadas ao público. Seria legal colocar um funcionário que fale mais de duas línguas. Os aspectos limitantes do setor estão no fato dos funcionários não liberarem materiais para eventos sem antes ser solicitado por e-mail ou telefone e assinado pelo Sr. Eduardo Simon ou outra autoridade da SANTUR, prejudicando em casos onde o evento que precisa do material urgente, e conseqüentemente ficando sem o material, podendo prejudicar o nome da empresa. Também é necessário ressaltas a falta de alguns materiais importantes, sendo que a reposição desses materiais é demorada, girando em torno da política. Mas em geral, o setor está em ótimo estado, e possui um bom desenvolvimento em relação aos anos anteriores. 5.2 Gerência de Planejamento Responsável: Luiz Fernando Comicholi Período: 06/11/2006 a 10/11/2006 Carga horária: 30hs 74 5.2.1 Funções do setor O setor é subordinado diretamente à Diretoria de Planejamento, prestando-lhe assistência no desempenho das atividades técnicas e de representação política e social, e realiza as seguintes funções: • Assessoria técnica aos municípios com potencial para desenvolver o turismo; • Elaboração de pesquisas mercadológicas e avaliação da demanda turística; • Participação no Programa de Regionalização do Turismo – ROTEIROS DO Brasil e através do Comitê Executivo; • Prestar assistência técnica as Diretorias na elaboração de projetos voltados ao desenvolvimento da atividade turística em Santa Catarina; • Confecção de materiais técnicos: (roteiros, indicadores de turismo, inventários da oferta turística, estudos comparativos de pesquisas de mercado, parecer técnico, entre outros); • Elaborar relatório mensal, semestral e anual de atividades desenvolvidas pela empresa; • Definição de parcerias e/ ou convênios para capacitação e qualificação de recursos humanos na área de turismo; • Fazer relatório mensal, semestral e anual de atividades desenvolvidas pela empresa. 5.2.2 Infra-estrutura do setor • 05 mesas com três gavetas • 09 cadeiras • 03 telefones • 02 estantes de madeira 75 • 03 computadores • 03 mesas para computador • 01 ar condicionado • sala de apoio para guardar materiais • 02 poltronas de um lugar • 08 arquivos para pastas suspensas • 01 mesinha de apoio • 01 armário pequeno de madeira • 01 banheiro • demais materiais 5.2.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor • Obtenção de dados históricos sobre mudanças nas funções e atribuições da SANTUR nos últimos 38 anos e objetivos do novo Programa de Regionalização do Turismo Roteiros do Brasil no Estado de Santa Catarina; • Análise crítica da pesquisa de demanda turística da Marejada de 2006; • Carregamento e limpeza dos palms emprestado pela EPAGRI A SANTUR; • Controle dos 68 palms emprestados pela EPAGRI a SANTUR, que entrarão em parceria com as cidades de Blumenau, Balneário Camboriú, Jaraguá do sul para empréstimo dos palms, facilitando a coletagem dos dados e a análise crítica. 76 5.2.4 Conhecimentos técnicos Adquiridos No setor de planejamento da SANTUR, a acadêmica observou as pesquisas de demanda turística realizadas todos os anos em municípios do estado de Santa Catarina. É através destas pesquisas que são possíveis recolher dados importantes sobre o potencial turístico de nossa região. E analisadas essas pesquisas, identificam as necessidades reais dos municípios que precisam ser feitas e melhoradas para que os serviços prestados no setor turístico tenham cada vez mais qualidade e profissionais capacitados neste mercado. A SANTUR é um órgão que realiza vários projetos, e percebe-se a importância, principalmente com o Plano de Regionalização do Brasil, criado pelo governo federal, destinado para a melhoria dos destinos turísticos. 5.2.5 Aspectos Positivos, Limitantes e Sugestões Administrativas 5.2.5.1 Aspectos Positivos Os funcionários que trabalham neste setor procuram inovar métodos de pesquisa de demanda turística, aumentando a rapidez dos resultados destes dados aos municípios que procuram a SANTUR. Além de possuírem uma visão ampla do turismo nesta atividade de planejamento. 77 5.2.5.2 Aspectos Limitantes No setor é possível observar o excessivo número de funcionários, prejudicando muitas vezes o aprendizado e a qualidade do serviço. Em vários momentos, a acadêmica ficou sem o que fazer em seu horário de estágio. 5.2.5.3 Sugestões Administrativas É necessário reformular o quadro de funcionários no setor, distribuindo funções/serviços de acordo com as afinidades ou área de formação de cada trabalhador. 78 6. ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O estágio curricular obrigatório permitiu que a acadêmica do curso de turismo e hotelaria, a possibilidade de adquirir, exercitar e aprimorar os conhecimentos obtidos durante o curso na prática. Durante o estágio realizado na SANTUR foi possível adquirir informações e conhecimentos, e conseqüentemente ter uma visão mais ampla das atribuições da estagiária nos dois setores passados na empresa. Nos setores estagiados foi importante observar, participar e identificar aspectos positivos, limitantes e também colocando possíveis sugestões administrativas para a melhoria do órgão público. Após a análise destas questões limitantes, possibilitou que a acadÊmica colocasse em andamento o projeto de ação de plano de marketing para a preservação e divulgação da cultura açoriana para o turismo na grande Florianópolis. 79 7. CONCLUSÃO TÉCNICA Sabemos que turismo é uma atividade que abre cada vez mais espaço para profissionais capacitados na área, e possuindo diversas opções, como por exemplo, seguir a profissão na área pública. O estágio obrigatório é uma oportunidade de colocar o aluno no mercado de trabalho, facilitando a vivência na prática e adquirindo conhecimento do papel importante que o órgão público de turismo possui no estado. E percebe-se que é necessário que o setor público busque parcerias com o setor privado, buscando o benefício do desenvolvimento e crescimento do turismo no estado de Santa Catarina. A SANTUR, sendo um órgão de turismo de grande importância para nosso estado, precisa de mais recursos para que todos seus projetos sejam realizados com sucesso. A empresa propicia oportunidades de aprendizado, fazendo com que o estagiário viva situações do dia a dia, evidenciando problemas e solucionando-os, resultando em mudanças positivas. O estágio é uma atividade curricular de extrema importância, pois só colabora para o crescimento do acadêmico e facilita a escolha de qual área no turismo a ser seguida futuramente pelo bacharel 80 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, José Vicente de. Turismo fundamentos e dimensões. São Paulo: Ática ,1999 HALL, Colin. M., Planejamento turístico: políticas, processos e relacionamentos. São Paulo: Contexto, 2001. LICKORISH, L.J; JENKINS, C.L. Introdução ao turismo. Rio de Janeiro: Campus, 2000. SANTUR -Santa Catarina Turismo S/A. Planejamento estratégico da SANTUR- Santa Catarina S/A: Período 2003-2007. Relatório Final. Florianópolis:2006. 81 9. ASSESSORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS ASSESSORIA TÉCNICA Professor Rosalbo Ferreira ASSESSORIA EDUCACIONAL Professor Rosalbo Ferreira