PERFIL DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TAXA METABÓLICA

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PERFIL DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TAXA METABÓLICA BASAL
EM UMA POPULAÇÃO DE DIABÉTICOS TIPO II SEDENTÁRIOS
Evelyze Teixeira de Souza
Acadêmica CEDF/UEPA
[email protected]
Moisés Simão Santa Rosa de Sousa
Orientador do CEDF/UEPA
[email protected]
Resumo
O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla caracterizada pela presença de
hiperglicemia crônica acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção
endotelial. Este estudo teve como objetivos descrever o perfil de Índice de Massa Corporal
(IMC) e da Taxa Metabólica Basal (TMB), estudar as correlações existentes entre o IMC e a
TMB e relatar os benefícios do Treinamento Resistido sobre a saúde de diabéticos tipo II
sedentários. A pesquisa caracterizou-se como descritiva. Aleatoriamente selecionou-se 34
indivíduos dos 340 voluntários iniciais. O IMC foi obtido pela relação entre as medidas da
massa corporal (Kg) e da estatura (m) e a composição corporal e a TMB foram avaliadas
através de bioimpedância. Os dados obtidos encontram-se na forma de tabelas e foram
analisados através do programa estatístico SPSS 16.0, adotando-se um nível de
significância de p≤0.05. Os resultados demonstram o elevado nível de obesidade entre os
indivíduos diabéticos, devido ao alto IMC e baixa TMB, pois o gasto energético diário é baixo
devido o sedentarismo. Concluiu-se também que há correlação significativa entre as
mudanças da TMB e do IMC em pacientes diabéticos. Constatou-se que o treinamento
resistido é eficaz por apresentar muitos benefícios para a vida do diabético tipo 2.
Palavras – chave: Diabetes. Índice de massa magra. Taxa metabólica basal.
Sedentarismo.
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD (2003), o Diabetes
Mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e
da incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em
resistência insulínica. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica,
frequentemente, acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção
endotelial.
O indivíduo com DM2 geralmente apresenta as seguintes condições:
nefropatia com possível evolução para insuficiência renal; retinopatia que pode
evoluir para cegueira; neuropatia com risco de úlceras nos pés; amputações;
artropatia de Charcot e disfunção sexual. Além disso, há um aumento no risco de
desenvolver doenças vasculares ateroscleróticas, como doença coronariana, arterial
periférica e vascular cerebral e em longo prazo podem aparecer alterações
vasculares que levam a disfunção, dano ou falência de vários órgãos (SBD, 2009).
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A Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) está diretamente associada à obesidade e
ao acúmulo de gordura visceral (ERIKSSON e LINDGARDE, 1996). Além disso, é
importante destacar que o tecido muscular esquelético é o grande responsável por
uma maior captação de glicose mediada pela insulina, fator que está diretamente
relacionado à massa muscular total e inversamente relacionada à massa total gorda
(YKI-JARVINEN e KOIVISTO, 1983).
A avaliação do estado nutricional requer o conhecimento das reservas
energéticas e da massa metabolicamente ativa dos indivíduos, o que se obtém
através da avaliação da composição corporal. Existem vários métodos para
avaliação da composição corporal, como por exemplo, a avaliação do Índice de
Massa Corporal (IMC). O IMC, também conhecido como índice de Quételet, em
homenagem ao seu criador Adolphe Quételet, utilizado na avaliação do estado
nutricional de populações, é obtido a partir da divisão da massa corporal em
quilogramas, pela estatura em metro, elevada ao quadrado (kg/m 2). Em seus
estudos, Quetelét observou que após o término do crescimento, ou seja, na vida
adulta, o peso de indivíduos de tamanho normal era proporcional ao quadrado da
estatura.
Assim, Keys et al.(1972) propuseram que o peso dividido pela estatura ao
quadrado fosse chamado de índice de massa corporal, embora algumas vezes seja
referido como índice de Quételet, hoje muito usado como um índice de adiposidade.
Outra variável importante, além da massa magra corporal e o índice de
massa corporal é a taxa metabólica basal (TMB) que é a quantidade de energia
necessária para a manutenção das funções vitais do organismo, sendo medida em
condições padrão de jejum, repouso físico e mental em ambiente tranquilo com
controle de temperatura, iluminação e sem ruído (GARROW, 1988).
Isso nos leva a evidenciar a importância em melhorar a composição
corporal (reduzir a gordura e aumentar a massa muscular) a fim de promover uma
melhor captação de glicose pelo organismo, para um efetivo controle e tratamento
desta síndrome.
Estudos epidemiológicos sugerem que a atividade física pode diminuir de 30
a 58% o risco de desenvolver diabetes, sendo que a musculação tem sido
recomendada pelas principais organizações desportivas e de saúde do mundo como
uma forma de tratamento da DM2. Inclusive o número de pesquisas envolvendo
3
esse tema vem aumentando consideravelmente (CAUZA, 2005; CASTANEDA,
2002; DUNSTAN, 2002;).
KOOPMAN (2005) demonstrou que uma sessão de musculação com
intensidades adequadas pode melhorar a captação de glicose pelo músculo.
QUESTÕES NORTEADORAS:
a)
Qual o perfil do IMC e da TMB em diabéticos tipo II sedentários?
b)
Quais as correlações existentes entre o IMC, massa magra e a taxa
metabólica basal em indivíduos diabéticos tipo II sedentários?
c)
Quais os benefícios da adesão a um programa de treinamento resistido
por esta população?
OBJETIVOS:
Descrever o perfil de IMC e da TMB em uma população de diabéticos tipo II
sedentários.
Estudar as correlações existentes entre o IMC e a TMB em diabéticos tipo II
sedentários.
Descrever os benefícios do TR sobre a saúde de para os diabéticos tipo II
sedentários.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Epidemiologia do diabetes tipo II:
O
Diabetes
Melittus (DM)
é
um
grupo
de
doenças metabólicas
caracterizadas por uma incapacidade do organismo em manter a glicemia dentro
dos limites normais, levando à hiperglicemia e a um metabolismo alterado de outras
fontes de energia, como os lipídeos.
Segundo Sherwin (1996), o estado hiperglicêmico dos diabéticos é
secundário à deficiência na produção de insulina pelo pâncreas endócrino – parcial,
total ou relativa quando associada à resistência periférica e à sua ação. A falta de
insulina é o principal causador do desequilíbrio metabólico no DM e a hiperglicemia
crônica é o principal responsável pelas complicações tardias, como disfunção e
falência de vários órgãos-alvo, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou que o número de
diabéticos irá aumentar dos 285 milhões (em 2010) para 435 milhões até 2030 no
mundo (BAZOTTE, 2012). Essas estimativas indicam um número absurdo de casos
de DM, caracterizando essa doença como extremamente preocupante para a
população mundial.
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Afirma Bazotte (2012), que no Brasil, os dados relacionados à doença
revelam que, até 2025, o país deverá ter 17,6 milhões de diabéticos, ou seja, quase
duas vezes mais que os 8 milhões (2010) de portadores da doença, saltando do
oitavo para o quarto lugar em termos de número total de diabéticos.
A SBD (2009) calculou que no país os valores gastos diretos com o DM
equivalem para os cofres públicos valores estimados entre 2,5% e 15% dos gastos
anuais em saúde, pois o governo fornece medicações hipoglicemiantes orais,
insulinas, dentre outros. Mas o que mais remete também aos pacientes são aqueles
ditos intangíveis, como as dores, a ansiedade, a perda de qualidade de vida para o
indivíduo, causando um impacto na vida dos portadores e de seus familiares.
Estes dados mostram a necessidade da existência de acompanhamento
contínuo durante toda a vida, resultando no desenvolvimento de uma política
assistencialista e de prevenção, a fim de que se possa trabalhar na redução do
número de pessoas afetadas com tal patologia.
Segundo Brasil (2006), a OMS estimou em 1997 que, após 15 anos de
doença, ou seja, até 2012, cerca de 2% dos indivíduos acometidos pelo DM estarão
cegos, 10% terão deficiência visual grave e que 30% a 45% terão algum grau de
retinopatia. 10% a 20% desenvolverão nefropatia, 20% a 35% de neuropatia e 10%
a 25% terão desenvolvido doença cardiovascular.
Bazotte (2012) acrescenta ainda que pacientes diabéticos também
apresentam maior incidência de catarata, impotência sexual, hipertensão, acidente
vascular cerebral e infarto do miocárdio.
2.2. Fisiopatologia do diabetes tipo II:
Segundo Dorival (2011), para manter um nível constante de glicose no
sangue, o pâncreas produz insulina e glucagon. A insulina tem como principais alvos
as células do fígado, células adiposas e células musculares, agindo da seguinte
forma: estimulando as células do fígado e dos músculos a armazenar glicose em
forma de glicogênio; estimulando as células adiposas a formar gorduras a partir de
ácidos graxos e glicerol; estimulando as células do fígado e dos músculos a fazer
proteínas a partir dos aminoácidos e impedindo as células do fígado e dos rins de
fazer glicose a partir de compostos intermediários de vias metabólicas.
A resistência à ação da insulina (RI) é uma anormalidade primária e precoce
no curso da doença. Esta se caracteriza pela diminuição da habilidade da insulina
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em estimular a utilização da glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo,
prejudicando a supressão da lipólise mediada por esse hormônio.
De acordo com Dean (1998), a resistência à ação da insulina (RI) no fígado
leva ao aumento da produção hepática de glicose. Numa fase inicial, a elevação nos
níveis de glicemia é compensada pelo aumento da secreção de insulina, mas, à
medida que o processo persiste por períodos prolongados, associa-se um efeito
glicotóxico. Entende-se como efeito glicotóxico o aumento da resistência à ação da
insulina e diminuição da função da célula beta, devido à hiperglicemia crônica.
O DM2 é uma doença metabólica complexa, que se caracteriza por uma
diminuição pancreática de insulina nos tecidos periféricos, que por sua vez acarreta
num aumento compensatório da secreção de insulina, levando a uma influência
negativa do metabolismo dos glicídios, gorduras, água, proteínas, minerais e
vitaminas, ocasionando a evolução da doença. (MARCONDES, 2003).
O aumento da concentração plasmática de insulina ocorre como resposta de
compensação das células betas do pâncreas, em decorrência a diminuição do
armazenamento e utilização dos carboidratos e a consequente elevação da glicemia,
ocasionando a hiperglicemia (GUYTON, 2002). Na presença de obesidade
abdominal, a resistência à insulina impede a utilização adequada da glicose,
promovendo um aumento da lipólise, favorecendo a elevação plasmática de ácidos
graxos livres (VOLP, 2008).
Embora, por vezes, seja difícil caracterizar qual dos mecanismos
fisiopatológicos predomina em um determinado paciente, a característica principal
do diabetes tipo 2 é a resistência periférica. A resistência à insulina é inicialmente
observada no tecido muscular, onde a concentração crescente de insulina é
necessária para permitir a captação de glicose pelo miócito. A resistência à insulina
é influenciada por fatores adquiridos (elevação da concentração de LDL e
triglicérides e redução de HDL), hipertensão arterial e obesidade abdominal.
(MARCONDES, 2003).
A fisiopatologia do Diabetes Mellitus Tipo II, evidencia as irregularidades que
ocorrem nas pessoas acometidas pelo diabetes, sendo estas: o padrão anormal da
secreção de insulina e consequentemente a modificação de sua ação no organismo,
captação celular diminuída de glicose e aumentada em relação à glicose pósprandial e a maior liberação de glicose pelo fígado (gliconeogênese) nas primeiras
horas da manhã.
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Além disso, os sintomas mais evidentes encontrados em indivíduos com
esta enfermidade são: hiperglicemia, sede excessiva, micção frequente, polifagia e
perda de peso. A hiperglicemia se manifesta por sintomas como poliúria, polidipsia,
perda de peso, polifagia e visão turva ou por complicações agudas que podem levar
a risco de vida. A hiperglicemia crônica está associada a dano, disfunção e falência
de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos
(GROSS et al. 2002).
O critério de diagnóstico do Diabetes foi modificado em 1997 pela American
Diabetes Association (ADA) e posteriormente aceito pela OMS e pela SBD. As
modificações foram realizadas com a finalidade de prevenir de maneira eficaz as
complicações micro e macrovasculares do DM. Atualmente são três os critérios
aceitos para o diagnóstico de DM:

Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de
glicemia casual acima de 200mg/dl. Compreende-se por glicemia casual àquela
realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições.

Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl (7milimois). Em caso de pequenas
elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em
outro dia.

Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de
200mg/dl.
Atualmente a glicose em 100 mg/dl já é suficiente para causar lesões nas
paredes das artérias, o que leva às doenças cardiovasculares. Além disso, é grande
o risco de pessoas desse grupo desenvolverem complicações crônicas do diabetes,
sendo os efeitos colaterais mais devastadores o infarto, derrame, insuficiência renal,
cegueira, amputação de pernas ou pés e impotência sexual. (NASHIMURA et al,
2001 ; DANEMAN, 2001)
2.3. Composição corporal, saúde e diabetes:
A grande variabilidade existente entre as populações quanto à alimentação,
genética, idade, grau de atividade física e sexo influenciam na saúde das pessoas,
dessa forma, influenciam também a vida de pacientes diabéticos.
De acordo com Santos e Ferreira (2011) a síndrome metabólica (SM),
também denominada síndrome X, síndrome plurimetabólica ou até síndrome de
resistência à insulina, apresenta-se como um distúrbio metabólico complexo, de
causa ainda obscura, que acomete milhares de pessoas no mundo e apresenta
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como principais gravidades a obesidade e o desequilíbrio do metabolismo de glicose
e insulina. Suas divergências de diagnóstico e de tratamento influenciam as chances
de cura e de prevenção.
O excesso de tecido adiposo, particularmente o de concentração abdominal,
tem sido associado com hipertensão, alterações lipídicas plasmáticas, resistência à
insulina, estados inflamatórios e trombóticos. Esses fatores de risco normalmente
ocorrem em indivíduos obesos ou com sobrepeso, porém a obesidade por si só não
explica estas alterações: a provável causa é a predisposição dessa morbidade à
resistência à insulina.
Outra variável importante para a composição corporal é a massa magra. Nos
estudos de Monteiro e Conde (1999), apontam que em 2025 haverá uma
prevalência de aproximadamente de 20% da população brasileira com obesidade. A
obesidade pode ser caracterizada pelo excesso de gordura corporal e causar
prejuízos no estado geral de saúde, como dificuldades respiratórias, distúrbios do
aparelho locomotor e aumentar o risco de adquirir doenças dislipidêmicas,
cardiovasculares, diabetes, câncer entre outras.
2.3.1.
Índice de Massa Corporal
O IMC mostra uma alta correlação com o peso corporal baseado em estudos
realizados em diversos grupos populacionais. Em uma série de análises
comparativas, a correlação do IMC com a estatura variou de 0,0 a 0,2. Assim, o IMC
é altamente correlacionado com peso corporal, que tem uma proximidade com os
estoques de energia corporal e é relativamente independente da estatura. A maior
parte do diferencial de peso corporal entre os adultos é devida à gordura, sendo
essa uma das razões de o IMC ser considerado um indicador de adiposidade
(CERVI; CASTRO; PRIORE, 2005).
Pode-se dizer que o IMC possui dois objetivos teóricos maiores: promover
facilmente estimativas comparáveis e interpretáveis de peso corporal padronizado
pela estatura e promover estimativa de gordura e composição corporal (MICOZZI,
1990).
No entanto, alguns autores vêm discutindo a utilização desse índice como
um indicador do estado nutricional de adultos e também de idosos. Garn et al
(1986). enumeraram três limitações para o uso do IMC: a correlação com a estatura,
que apesar de baixa ainda é significativa; a correlação com a massa livre de
gordura, principalmente nos homens; e a influência da proporcionalidade corporal
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(relação tamanho das pernas/tronco). Essas limitações poderiam pôr em risco a
utilização do IMC como indicador de gordura corporal.
2.3.2.
Taxa Metabólica Basal:
A TMB é o principal componente do gasto energético diário, podendo
representar de 50% (nos indivíduos muito ativos fisicamente) a 70% (normais
sedentários) do total de energia gasta diariamente (CLARK e HOFFER, 1991).
Baseado nesta evidência, o gasto energético (GE) diário deveria nortear
necessariamente as recomendações energéticas.
O uso da TMB no estabelecimento das necessidades energéticas, por si só,
já seria motivo suficiente para sua determinação dos vários segmentos da população
da forma mais exata possível, seja em avaliações clínicas ou epidemiológicas. Além
disso, seu uso em estudos epidemiológicos sobre a ingestão alimentar e a
determinação do nível de atividade física, também demonstra sua importância.
Por exemplo, usualmente, avalia-se o grau de confiabilidade na informação
sobre a ingestão energética de indivíduos dividindo-se o valor de energia ingerida,
pela TMB. Quando em pessoas obesas, o valor desta razão é menor do que 1,2
costuma-se dizer que os indivíduos subestimaram a ingestão, visto que, os mesmos
não poderiam ser obesos ingerindo somente 1,2 vezes a TMB (MACDIARMID e
BLUNDELL, 1997) valor que é considerado como de manutenção (JAMES e
SCHOFIELD, 1990).
2.4. Treinamento resistido e Diabetes:
A atividade física é um fator importante do tratamento do diabetes mellitus, e
contribui para melhorar a qualidade de vida do portador de diabetes. Mais ainda,
atuando preventivamente e implantando um programa de promoção da atividade
física, dieta sã e equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe
sanitária, pode se reduzir significativamente a incidência do diabetes do tipo 2 e das
complicações associadas.
Segundo um estudo de Helmrich et al (1991), o risco de DM2 aumenta à
medida que aumenta o IMC (índice de massa corporal), e, ao contrario, quando
aumenta a intensidade e/ou a duração da atividade física, expressa em consumo
calórico semanal, esse risco diminui, especialmente em pacientes com risco elevado
de diabetes. Tal como ocorre em pessoas não diabéticas, a prática regular de
exercício pode produzir importantes benefícios a curto, médio e longo prazo.
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De acordo com Arrechea (2001) a prescrição da atividade física em paciente
portador de DM2 não apresenta dúvidas e é hoje, junto com a perda de peso, uma
das indicações mais apropriadas para corrigir a resistência à insulina e controlar a
glicemia nesse tipo de diabetes (que representa 90% dos casos), ainda mais se está
associado à obesidade.
Hirsch (1997) afirma que o exercício melhora a sensibilidade à insulina,
diminui a hiperinsulinemia, aumenta a captação muscular de glicose, melhora o perfil
lipídico e a hipertensão arterial, além da sensação de bem-estar físico e psíquico
decorrente; também pode contribuir para a perda de peso. Deve ser feita cuidadosa
avaliação quanto à presença de complicações macro e microvasculares no DM, para
definir os tipos de exercícios mais apropriados, se neuropatia, nefropatia e/ou
retinopatia estiverem presentes.
Os benefícios a médio e longo prazo, da prática regular de atividade física,
contribuem para diminuir os fatores de risco para o desenvolvimento da doença
cardiovascular (aumentado no paciente portador de diabetes), através das seguintes
alterações: melhora do perfil lipídico, contribuição para a normalização da pressão
arterial, aumento da circulação colateral, diminuição da frequência cardíaca no
repouso e durante o exercício. No mais, independentemente das alterações
fisiológicas
que
acompanham
o
exercício,
também
ocorrem
alterações
comportamentais que favorecem o cuidado e o autocontrole por parte do paciente, e
consequentemente contribuem para melhorar sua qualidade de vida .
Assim como outros elementos do tratamento, Mercuri (2001) afirma que a
atividade física deve ser prescrita de maneira individual para evitar riscos e otimizar
os benefícios. O tipo, frequência, intensidade e duração do exercício recomendado
dependerá da idade, do grau de treinamento anterior e do controle metabólico,
duração do diabetes, e presença de complicações específicas da doença.
Por isso, antes de iniciar a prática sistemática da atividade física, o paciente
portador de diabetes deve submeter-se a exame clínico geral e cardiovascular,
incluindo na medida do possível uma prova de esforço (ergometria). O ajuste na
prescrição do exercício será mais eficaz se os esforços forem coordenados por:
paciente, família, médico e sua equipe de colaboradores. A educação em diabetes,
que permite ao paciente combinar corretamente dieta, dosagem de insulina e
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hipoglicemiantes orais com o exercício, diminui notavelmente os riscos de
hipoglicemia e/ou hiperglicemia pós-exercício.
Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA), a prática de atividade
física é uma importante ferramenta no tratamento de indivíduos com diabetes do tipo
2. Castaneda (2001) sugere que programas de exercício físico têm demonstrado ser
eficientes no controle glicêmico de diabéticos, melhorando a sensibilidade à insulina
e tolerância à glicose e diminuindo a glicemia sanguínea desses indivíduos.
Geralmente tem sido recomendada a realização de exercícios aeróbios para
indivíduos com diabetes do tipo 2. No entanto, recentes estudos têm demonstrado
que o exercício resistido também é benéfico no controle glicêmico de diabéticos do
tipo 2.
Sendo
bastante benéfico
para
diabéticos idosos, pois durante o
envelhecimento há diminuição da força e massa muscular, a qual afeta o
metabolismo energético de maneira indesejável. O aumento da força e massa
muscular através da prática de exercício resistido pode reverter esse quadro,
melhorando o controle glicêmico desses indivíduos. (CIOLAC. GUIMARÃES, 2002).
Simões (2000) verificou que a glicemia aumenta ao longo do exercício de
cargas progressivas na medida em que, intensidades acima do limiar anaeróbio são
atingidas.
Estudo realizado em homens obesos diabéticos tipo 2, com treinamento
resistido de 3 sessões semanais, com intensidade moderada, constituído por 10
exercícios para grandes grupos musculares, durante 10 semanas, promoveu uma
melhora no controle glicêmico e diminuição da insulinemia de jejum nestes
pacientes, além de aumentar a massa muscular magra, força muscular e endurance
(BALDI e SNOWLING, 2003). A melhora da glicemia verificada neste estudo pode
estar associada, entre outros fatores, ao aumento de massa muscular que é um dos
principais tecidos captadores da glicose.
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1. Tipo de estudo:
Esta pesquisa se caracterizou como descritiva, que segundo GIL (2008) é o
tipo de pesquisa onde se descreve as características de determinadas populações
ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas
padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação
sistemática.
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3.2. Universo
Constituiu-se de 340, voluntários diabéticos, sedentários, de ambos os
sexos, com idade média de (58.94 ± 10.66) anos, cadastrados e atendidos pelo
programa de prevenção cardiovascular da Casa do Diabético, localizada no bairro
do Marco em Belém do Pará.
3.3. Critérios de inclusão
Adotou-se como critérios básicos, ser diabético tipo II, ser maior de 18 anos,
não ter participado de programas de atividade física regular nos últimos seis meses,
além de obter liberação (autorização) médica para a prática do treinamento resistido.
3.4. Critérios de exclusão
Foram excluídos da amostra os sujeitos que não concordaram em participar
voluntariamente da pesquisa, bem como aqueles que se recusaram a assinar o
termo de consentimento livre e esclarecido.
3.5. Amostra
Obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados
aleatoriamente 34 indivíduos.
3.6. Aspectos éticos
Esta investigação foi desenvolvida com base na resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, e o projeto aprovado
em Comitê de Ética e Pesquisa, sob o número de protocolo CAAE – 0013.0.41200008, sendo os dados coletados utilizados para fins exclusivos desta pesquisa.
3.7. Local da investigação
A investigação desenvolveu-se em Belém, capital do estado do Pará,
República Federativa do Brasil, no laboratório multifuncional (LAMULT).
- Procedimentos da coleta de dados
O IMC foi obtido pela relação entre as medidas da massa corporal (Kg) e da
estatura (m), expressas na equação abaixo (ACSM, 2007). Obteu-se a massa
corporal pela pesagem em uma balança marca Fillizola, com capacidade de 0 a 100
kg, com precisão de 100 g, e a estatura foi verificada com auxílio de um
estadiômetro da marca Sanny (modelo ES 2020), com medidas entre 0,40 a 2,20 m
de altura e tolerância de dois milímetros.
PC (kg)
IMC =
(estatura em m)2
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A composição corporal e a Taxa metabólica foram avaliadas através de
bioimpedância, por meio do equipamento ByodinamicsBodyCompositionAnalyzer –
Model 310.
A colocação dos eletrodos foi tetra polar: na superfície dorsal da mão direita
sobre a articulação metacárpica e entre as proeminências distal e proximal do rádio
e ulna no punho; na superfície dorsal do pé direito entre os maléolos medial e lateral
no tornozelo, com os pacientes em decúbito dorsal, com membros superiores e
inferiores afastados. A avaliação será feita com o paciente em jejum de 12h e após
esvaziamento da bexiga.
- Procedimentos de análise dos dados
Os dados obtidos nesta investigação encontram-se na forma de tabelas e
analisados estatisticamente para evidenciar as características da amostra e para
testar as hipóteses anteriormente formuladas para o estudo. Para o tratamento
estatístico utilizar-se-á o programa estatístico SPSS 16.0, por meio dos seguintes
procedimentos:

Estatística descritiva para caracterização da amostra;

A correlação linear de Pearson para verificar a associação entre
variáveis. Para a análise adotou-se um p≤0.05.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados encontram-se demonstrados em tabelas e são discutidos a
partir do referencial da fisiologia do exercício, procurando estabelecer relações com
resultados de outros estudos que já foram propostos.
Tabela 1 - Características qualitativas da amostra
Variável
Sexo
IMC
Frequência
Feminino
24 (70.6%)
Normal
14.7%
Sobrepeso
41.2%
Masculino
10 (29.4%)
Obesidade I
26.5%
Obesidade II
17.6%
Na tabela 1 verifica-se que a quantidade de mulheres é superior à quantidade
de homens, sendo que a maioria encontra-se em estado de Sobrepeso seguido de
Obesidade I, dados que são muito preocupantes e relevantes para entendermos as
correlações existentes entre o IMC e a TMB em diabéticos tipo II sedentários.
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Segundo Cunha (2006), nas últimas décadas, a prevalência de obesidade
vem aumentando exponencialmente, atingindo homens e mulheres de todas as
faixas etárias, já sendo caracterizada como uma epidemia mundial.
Albrink (1967) e Robson (1979) relatam que a obesidade é um fator de
aumento de morbidade no ser humano, com maior prevalência de doenças,
principalmente cardiovasculares e outras, tais como as que causam problemas
respiratórios,
colecistites,
orteoartrites,
veias
varicosas,
hérnias
ventrais
e
diafragmáticas, entre outras, além do diabetes, que tem uma forte associação com a
diabetes.
Tabela 2 - Estatística descritiva (valores médios, desvio padrão, variáveis
etárias, antropométricas e de composição corporal antes do treinamento)
Variável
Média ± DP
Idade
58.94 ± 10.66
Peso Corporal (kg)
71.62 ± 11.85
Estatura (m)
1.55 ± 0.08
IMC
29.64 ± 4.27
Massa corporal magra (kg)
46.01 ± 9.43
Taxa Metabólica Basal (kcal)
1399.82 ± 288.43
Na tabela número 2 encontram-se os valores médios, desvio padrão,
variáveis etárias, antropométricas e de composição corporal notando um elevado
valor do desvio padrão o que nos faz perceber a heterogeneidade da amostra.
Notamos através da amostra que, diabéticos tipo II sedentários apresentam
como média de IMC, 29.64 com desvio padrão de 4.27, o que nos faz perceber que
número de indivíduos diabéticos acima do peso é bastante relevante. Enquanto que
a Taxa Metabólica Basal que é o principal componente do gasto energético diário
encontra-se em 1399.82 com desvio padrão de 288.43.
Cambri e Santos (2006) aplicaram um programa com 12 semanas de
treinamentos resistidos em diabéticos tipo II, composto por 3 séries de 12 a 15
repetições em três sessões semanais, para os grandes grupos musculares, e
verificaram uma redução média de 24,50% (p<0,05) na glicemia capilar em 80% das
sessões analisadas, variando entre 1,47% e 64,36% em relação à glicemia préexercício, e concluíram que os exercícios resistidos são efetivos para o aumento da
massa corporal e massa magra, diminuição do percentual de gordura corporal e
níveis de glicemia capilar, fatores esses importantes no controle a diabetes.
14
Castaneda et al (2002) ao estudarem os efeitos do TR progressivo de 16
semanas em homens e mulheres latinos com idade superior a 55 anos, verificaram
uma diminuição de 2,2% na medida de circunferência da cintura (CC), mesmo com
um aumento no peso corporal de 0,3%.
Em ambos os estudos a redução da gordura corporal foi acompanhada de um
aumento da massa magra, que são adaptações benéficas e desejáveis para a
melhoria do estado de saúde, considerando que a obesidade está presente no DM
tipo II. Gomes et al (2006) ao avaliarem aleatoriamente a prevalência de sobrepeso
e obesidade em 2.519 pacientes ambulatoriais com diabetes mellitus tipo 2 (DM2)
em diferentes regiões do Brasil, com idade média de 58,8 ± 11,6 anos, verificaram
um IMC de 28,3 ± 5,2 kg/m2, sendo que 39% eram do sexo masculino. Constatou-se
ainda que 75% não estavam na faixa de peso ideal, sendo que um terço tinha
obesidade.
A obesidade, particularmente aquela localizada na região abdominal, pode
elevar o risco da ocorrência de Diabetes mellitus tipo II em dez vezes, sendo que
75% dos pacientes diabéticos não dependentes de insulina estão acima do peso
desejável. Além disso, quando o Índice de Massa Corporal (IMC) (kg/m2) está acima
de 35, aumenta o risco do desenvolvimento da obesidade em 93 vezes em mulheres
e 42 vezes em homens (SOUZA, 2004).
Tabela 3 - Correlação entre as variáveis de estudo
CORRELAÇÃO
r
p
Taxa Metabólica Basal X Índice de massa corporal
0.36
0.04*
Taxa Metabólica Basal X Massa corporal magra
1.00
<0.01*
Taxa Metabólica Basal X Peso corporal total
0.82
<0.01*
Segundo Wahrlich (2001), A TMB, por definição, deve ser medida
controlando-se vários fatores, alguns óbvios, como a atividade física prévia, a
ingestão alimentar e a temperatura e o nível de ruído ambiental; outros mais sutis,
como o tabagismo e o período no ciclo menstrual. Quando a medição é realizada
sem o controle destes fatores, costuma-se chamar o valor obtido de taxa metabólica
de repouso. Entretanto, algumas características inerentes aos indivíduos sendo
avaliados, como a idade, a aptidão física e a dimensão e composição corporais,
podem explicar as diferenças interindividuais na TMB.
15
Na Tabela 3 apresentamos a Correlação entre as variáveis do estudo que
são a TMB, IMC, massa corporal magra e o peso corporal total. Notamos que os
resultados obtidos foram significativos, pois TMB X IMC p=0.04, TMB X Massa
corporal magra p=<0.01 e TMB X Peso corporal total p <0.01.
Segundo Rodriguez (2002) há correlação significativa entre as mudanças da
TMB e do IMC em pacientes diabéticos e também em pacientes que apresentam
apenas a obesidade, porque o gasto energético diário (GED) influencia diretamente
na composição corporal que é compreendida em massa corporal magra (MCM) e
massa de gordura corporal (MGC), variáveis que podem ser modificadas com o
treinamento.
Mcardle (2001) afirma que a MCM é mais ativa metabolicamente do que o
tecido adiposo, por isso tem sido proposto que o exercício físico pode aumentar o
GED e preservar ou aumentar a MCM resultante da perda de peso, ajudando a
manter ou aumentar a TMB o que corrobora o resultado da pesquisa onde a
correlação da TMB e das variáveis da composição corporal apresentaram resultados
significativos.
CONCLUSÃO
A partir da TMB e o IMC de diabéticos tipo 2 sedentários encontrados na
pesquisa conclui-se que existe um elevado número de diabéticos obesos, o que
pode ocasionar uma série de riscos à saúde da população, como aparecimento de
doenças cardiovasculares e alterações no organismo que podem levar a disfunção e
falência de vários órgãos.
Notamos também que há correlação significativa da TMB e do IMC em
pacientes diabéticos devido à influência direta do GED na composição corporal,
variáveis que podem ser modificadas com o treinamento. Dessa forma, percebemos
que programas de treinamento resistido são eficientes no controle glicêmico de
diabéticos, melhorando a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose e diminuindo
a glicemia sanguínea desses indivíduos.
Abstract:
Diabetes mellitus is a syndrome characterized by multiple etiology accompanied by
the presence of chronic hyperglycemia dyslipidemia, hypertension and endothelial
dysfunction. This study aimed to describe the profile of Body Mass Index (BMI) and
Basal Metabolic Rate (BMR), to study the correlation between BMI and BMR and
report the benefits of Resistance Training on the health of type II diabetics sedentary
16
. The research was characterized as descriptive. Randomly selected 34 individuals to
the initial 340 volunteers. BMI was obtained by the relationship between measures of
body mass (kg) and height (m) and body composition and BMR were evaluated using
bioimpedance. The data obtained are in the form of tables and were analyzed using
the SPSS 16.0, adopting a significance level of p≤0.05. The results demonstrate the
high level of obesity among diabetic patients due to the high BMI and low BMR,
because the daily energy expenditure is low because of a sedentary lifestyle. It was
also concluded that there is significant correlation between changes BMR and BMI in
diabetic patients. It was found that resistance training is effective to present many
benefits
for
the
life
of
type
2
diabetic.
Keywords: Diabetes. Lean mass index. Basal metabolic rate. Sedentary lifestyle.
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