Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 Ondulatória Movimento Harmônico Simples Consideremos um corpo de massa m preso a uma mola de constante elástica k, sobre uma superfície horizontal sem atrito. Consideremos a origem na posição de equilíbrio (ponto O) e façamos o corpo movimentarse ao longo do eixo x, aplicando-lhe uma força F , conforme indica a figura: Ponto de Equilíbrio O tipo de movimento dotado dessas características particulares é um movimento harmônico simples (MHS). Características do MHS: É um movimento retilíneo; É um movimento periódico. A posição do corpo varia entre uma posição máxima x = A é chamada amplitude do movimento. Cada ida e volta do corpo (oscilação) é chamada ciclo. Período (T) é o tempo de duração de um ciclo. Unidade de T: segundo (s). Freqüência (f) é o número de ciclos que o corpo realiza na unidade de tempo. Unidade de f: hertz (Hz). T Relação entre T e F Ao abandonarmos o corpo ( F = 0), a força elástica F el. age como força restauradora e produz uma aceleração para a esquerda. À medida que o corpo retorna para a posição de equilíbrio, a força elástica é cada vez menor e, portanto, a aceleração diminui. Quando o corpo chega à posição de equilíbrio, a força e a aceleração são nulas. Entretanto, o corpo adquiriu a sua velocidade máxima nesse ponto e continua em movimento, comprimindo a mola, criando uma força para a direita, que atua sobre o corpo, desacelerando-o, até parar. A partir desse ponto, o corpo é acelerado outra vez para a direita, por causa da força elástica. Em conseqüência das forças para a direita e para a esquerda, exercidas pela mola, o corpo realiza um movimento de ida e volta, tal que a distância percorrida para a direita em relação à posição de equilíbrio é igual à que ele percorre à esquerda dessa posição. Cada ciclo de ida e volta é completado no mesmo intervalo de tempo. Observe que a força e a aceleração ficam sempre dirigidas para a posição de equilíbrio (ponto O). 1 f Por meio do movimento circular uniforme, de velocidade angular ω e raio r = A é possível estudar o movimento da projeção do ponto P, em MCU na circunferência, sobre o diâmetro e verificar que esse movimento é um MHS. OP’ representa a elongação do MHS. Enquanto o ponto P descreve um MCU em torno da circunferência, o ponto P’ oscila no diâmetro horizontal em MHS. As funções horárias do movimento são: x = A cos (ωt + φ0) elongação v = -ωA sen (ωt + φ0) velocidade a = -ω2A cos (ωt + φ0) aceleração Em que: A = amplitude ω = velocidade angular ou pulsação 2 T 1 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 φ0 = fase inicial t = tempo Observação: Para se determinar a fase inicial do MHS, deve-se verificar onde estaria o corpo em MCU, no instante inicial. Por exemplo: Do gráfico, concluímos que: -A 0 x mínimo v nula a máxima nulo mínima máxima nula A x máxima nula mínima Relação entre x e v v A 2 x 2 Quando x = 0 |vmáx.| = ωA (No ponto O a velocidade é máxima.) Quando x = ±A v = 0 (Nos pontos extremos a velocidade é nula.) Relação entre a e x a = -ω2x Gráficos do MHS Fazendo φ0 = 0, obtemos: Quando x = 0 a = 0 (No ponto O a aceleração é nula.) Quando x = ±A |amáx.| = ω2A (Nos pontos extremos a aceleração é máxima.) A Dinâmica do MHS (oscilador harmônico) Consideremos o oscilador harmônico da figura: A força elástica é proporcional à elongação; logo: F = ma F = -mω2x 2 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 Observe que F está sempre orientada para o ponto de equilíbrio O. A velocidade angular e o período de oscilação são dados por: k m T 2 T 2 m k Note que o período independe da amplitude do movimento. Energia no MHS Energia Potencial -A x = -A kA2 E Pmáx. 2 0 x=0 A x=A EP = 0 kA2 E Pmáx. 2 v=0 v = ±ωA v=0 -A 0 A Ec , inextensível e de massa g O pêndulo executa um movimento periódico de período T que independe da amplitude e da massa pendular. Ondas Energia Cinética ECmin. = 0 comprimento desprezível. m 2 A 2 2 ECmin. = 0 ou kA2 Ec 2 Em qualquer posição a energia mecânica total é igual a: Em = Ec + Ep E m Onda é uma perturbação que se propaga. Toda onda transmite energia, sem transportar matéria. Quanto à natureza, as ondas podem ser: Mecânicas: precisam de um meio material para se propagar. Exemplos: ondas em cordas e ondas sonoras. Eletromagnéticas: não necessitam de um meio material para se propagar. Elas se propagam no vácuo e em certos meios materiais. Como exemplos, temos o espectro a seguir: kA2 2 Pêndulo Simples É o sistema formado por um corpo de massa m puntiforme, suspenso por um fio de Quanto à direção de vibração, as ondas podem ser: Transversais: as vibrações são perpendiculares à direção de propagação. Exemplo: ondas em cordas. Longitudinais: as vibrações coincidem com a direção de propagação. Exemplo: ondas sonoras. As ondas eletromagnéticas são ondas transversais. Todas as ondas eletromagnéticas, visíveis ou não, propagam-se no vácuo com a mesma velocidade de: 300 000 km/s = 3 x 108 m/s 3 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 A equação da onda é dada por: Nos meios materiais, a velocidade de propagação é menor que no vácuo e depende do meio em que se propaga e também da freqüência da onda. Velocidade de unidimensional propagação de uma 1 x y A cos 2 T onda Reflexão de pulsos Considere uma onda de massa m e comprimento l, sob ação de uma força de tração T. Extremidade fixa A velocidade da propagação da onda nessa corda é dada por: v T v ou T dS Há inversão de fase. Extremidade livre Em que: m (densidade linear da onda) l m (densidade volumétrica da onda) d v S = área da secção transversal da corda Ondas periódicas Seja uma pessoa executando um movimento vertical de sobe-e-desce, em intervalos de tempo iguais, na extremidade livre da corda da figura. Não há inversão de fase. Fenômenos ondulatórios a) Reflexão Em que: = comprimento de onda A = amplitude da onda 1 f T e v f Equação fundamental da onda Em que: AI = raio de onda incidente 4 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 IB = raio de onda refletido NI = normal ao ponto de incidência i = ângulo de incidência r = raio de reflexão leis da reflexão 1°) O raio incidente, o raio refletido e a normal são coplanares. 2°) O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. Propriedades 1°) Na reflexão, a freqüência, a velocidade e o comprimento de onda não variam. 2°) Na reflexão, a fase pode variar ou não. É o fenômeno pelo qual uma onda tem a capacidade de superar um obstáculo, ao ser interrompida por ele. b) Refração d) Polarização Polarizar uma onda significa orientá-la em uma única direção ou plano. Em que: r = ângulo de refração Leis da refração 1°) Os raios de onda incidente, refratado e a normal são coplanares. 2°) Lei de Snell-Descartes: sen i n2 1 v1 sen r n1 2 v 2 Em que n1 e n2 são índices de refração absoluta de c um meio n . v Aplicando a Lei de Snell, temos: Se n2 > n1 2 1 v2 < v1 r < i Se n2 < n1 2 1 v2 > v1 r > i\ e) Interferência Ocorre pela superposição de duas ou mais ondas. Propriedades 1°) Na refração, a freqüência e a fase não variam. 2°) A velocidade de propagação e o comprimento de onda variam na mesma proporção. c) Difração 5 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 Interferência Construtiva A = A1 + A2 Quando a freqüência é maior que 20 000 Hz, as ondas são ditas ultra-sônicas, e menor que 20 Hz, infra-sônicas. Os sons não se transmitem no vácuo, porque exigem um meio material para sua propagação. Qualidades fisiológicas do som a) Altura É a qualidade que permite classificar os sons em graves e agudos. Interferência Destrutiva A = A1 - A2 Onda estacionária É a onda resultante da interferência de duas ondas iguais que se propagam em sentidos opostos. Em que: N = nós V = ventres = comprimento da onda Grave ou baixo freqüência menor Agudo ou alto freqüência maior b) Intensidade É a qualidade que permite distinguir um som forte de um som fraco. Forte grande intensidade sonora (potência) Fraco pequena intensidade sonora (potência) c) Timbre É a qualidade que permite classificar os sons de mesma altura e de mesma intensidade, emitidos por fontes diferentes. Por exemplo, por um piano e por um violino. Observe que: Cordas sonoras N1N2 = V1V2 = e V1N1 = 2 4 Ondas sonoras As ondas sonoras são de origem mecânica pois são produzidas por deformação em um meio elástico. O ouvido normal é excitado por ondas sonoras de freqüência entre 20 Hz e 20 000 Hz. 6 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 As ondas apresentam um ventre na embocadura e um nó na extremidade fechada. f2n1 2 n fn nv 2 v v 2n 1 4 4 2n 1 F2n – 1 = (2n – 1) f1 Para o enésimo harmônico, temos: n v n Um tubo fechado produz harmônicos de freqüência ímpares ( f1, f2, f3, ...). Efeito doppler Em que: n = número de ventres Observe que: fn = nf1 Tubos sonoros a) Tubo aberto Num tubo aberto, as ondas apresentam um ventre na embocadura e um ventre na extremidade aberta. Quando há uma aproximação ou um afastamento entre o observador O e a fonte sonora F, a freqüência da onda sonora percebida pelo observador, f’, é diferente da freqüência real emitida pela fonte, f, e é dada por: v vo f ’ = f v vf Onde: v = velocidade da onda vf = velocidade da fonte vo = velocidade do observador f = freqüência real emitida pela fonte f’ = freqüência aparente recebida pelo observador fn v v nv 2 n 2 n Os sinais + ou - que precedem vo ou vf são utilizados de acordo com a convenção. fn = nf1 Um tubo aberto produz todos os harmônicos ( f1, f2, f3, ...). b) Tubo fechado 7 Rua 26 de Abril, 222, Poço, Maceió – Alagoas, CEP: 57.025-570, E-mail: [email protected] Fone: 221-0922 A trajetória será positiva no sentido de O para F, portanto: Para saber o tipo de interferência que ocorre no ponto P, temos: x 2 x1 – x2 = n 2 Em que: x1 – x2 = diferença de caminhos IC n é par, n (0, 2, 4 ...) Interferência em duas dimensões Considere duas fontes F1 e F2 produzindo ondas na superfície da água com freqüências e amplitudes iguais (ondas coerentes) e em concordância de fase. (linhas ventrais) ID n é impar, n (1, 2, 3 ...) (linhas nodais) Se as fontes estiverem em oposição de fase (a defasagem for rad), teremos uma inversão na regra. IC n é impar ID n é impar Representamos por linhas cheias (____) as cristas e por linhas tracejadas ( - - - ) os vales. Nos pontos representados por uma bolinha vazia (o), há superposição de um vale a uma crista e os pontos permanecem em repouso (interferência destrutiva ID). Quando ocorre superposição de dois vales ou de duas cristas (pontos representados por uma bolinha cheia o), há uma interferência construtiva IC e os pontos se movimentam com máxima amplitude, isto é, há um reforço completo. 8