Titulo do trabalho Combate a crimes digitais – Uma questão de Gestão Autor e E-mail: Rafael Velasquez Saavedra da Silva - [email protected] Resumo: Com o avanço da tecnologia e meios de comunicação o hardware incorporou-se ao ambiente e o software agregou-se à nossa mente, tornando-se assim onipresentes e invisíveis, esse cenário cibernético não passou despercebido aos olhos dos criminosos de plantão e a evolução foi acompanhada por uma escalada de ações indevidas, cujos autores vão desde jovens mal orientados, funcionários insatisfeitos até membros do crime organizado. Com este crescente aumento de crimes virtuais tornou-se vital para as organizações estruturar um processo de investigação, coleta, analise e apresentação de provas e o gerenciamento de projetos tornou-se uma peça chave para integração das ferramentas e metodologias de combate a crimes. O objetivo deste trabalho é apresentar a importância do gerenciamento de projetos para a construção de uma metodologia de resposta a incidentes e crimes digitais. Subtítulos: 1) 2) 3) 4) 5) 6) Cenário Atual Computação Forense Aspectos Legais, Provas e Incidentes Gestão de projetos no combate a crimes digitais Conclusão Referências Conteúdo: 1) Cenário Atual Em muitos aspectos, os meios eletrônicos já fazem parte do dia-a-dia da grande maioria das pessoas. Portanto, o tratamento legal dos dados eletrônicos deve ser realizado considerando-se não apenas o aspecto tecnológico, mas também o aspecto comportamental, com novas condutas que passaram a habitar este novo universo jurídico digital, baseado nos princípios gerais do Direito, nas leis vigentes, nos novos costumes sociais e práticas de mercado nascidos com o advento das novas tecnologias. A eliminação de fronteiras oferecida pela Internet gerou um grande problema para as instituições de combate ao crime, uma vez que facilitou em muito a ocorrência de crimes eletrônicos onde a vítima e o criminoso encontram-se em países distintos. Criou-se assim a -1- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] obrigatoriedade de troca de informações e evidências eletrônicas entre as agências, contudo, por se tratar de uma necessidade muito recente, ainda não se conta com padrões internacionais para o tratamento desse tipo de evidência, dessa forma o valor jurídico de uma prova eletrônica manipulada sem padrões devidamente pré-estabelecidos poderia ser contestável. Segue abaixo uma tabela demonstrando o percentual da população mundial com acesso a internet e sua distribuição geográfica: WORLD INTERNET USAGE AND POPULATION STATISTICS Population ( 2008 Est.) World Regions Internet Users Dec/31, 2000 Internet Usage, Latest Data % Population ( Penetration ) Usage % of World Usage Growth 2000-2008 955,206,348 4,514,400 51,065,630 5.3 % 3.5 % 1,031.2 % 3,776,181,949 114,304,000 573,538,257 15.2 % 39.3 % 401.8 % Europe 800,401,065 105,096,093 384,633,765 48.1 % 26.4 % 266.0 % Middle East 197,090,443 3,284,800 41,939,200 21.3 % 2.9 % 1,176.8 % North America 337,167,248 108,096,800 248,241,969 73.6 % 17.0 % 129.6 % Latin America/Caribbean 576,091,673 18,068,919 139,009,209 24.1 % 9.5 % 669.3 % 33,981,562 7,620,480 20,204,331 59.5 % 1.4 % 165.1 % 6,676,120,288 360,985,492 1,458,632,361 21.8 % 100.0 % 304.1 % Africa Asia Oceania / Australia WORLD TOTAL NOTES: (1) Internet Usage and World Population Statistics are for June 30, 2008. (2) CLICK on each world region name for detailed regional usage information. (3) Demographic (Population) numbers are based on data from the US Census Bureau . (4) Internet usage information comes from data published by Nielsen//NetRatings, by the International Telecommunications Union, by local NIC, and other reliable sources. (5) For definitions, disclaimer, and navigation help, please refer to the Site Surfing Guide, now in ten languages. (6) Information in this site may be cited, giving the due credit to www.internetworldstats.com. Copyright © 2001 - 2008, Marketing Group. All rights reserved worldwide. Tabela 1: Utilizaçao da internet no mundo - Fonte: www.internetworldstats.com Portanto é fundamental a padronização e documentação de processos de investigação com o intuito de obtermos eficácia jurídica nas ações. Segue abaixo um resumo do cenário nacional e internacional no que tange á incidentes de segurança da informação [5]: Incidentes de segurança da informação crescem 66% em 2006 (197.892 incidentes em 2006 x 68.000 em 2005). Fraudes: aumento de 35% em 2006. Crimes cibernéticos provocaram perdas de US$ 1,4 trilhão para os internautas em 2004 em todo o mundo. Figura 1: Incidentes reportados por ao CERT.br - Fonte: http://www.cert.br/stats/incidentes -2- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] Apesar de ainda podermos interpretar as questões tecnológicas dentro dos parâmetros legais já consagrados, em alguns aspectos, há a necessidade de se criar a norma de modo dinâmico, já aplicada ao caso concreto, como única forma possível de gerar, através da interpretação judicial, a solução destas questões. A forense computacional é um campo de pesquisa relativamente novo no mundo e está desenvolvendo-se principalmente pela necessidade das instituições legais atuarem no combate aos crimes eletrônicos. No Brasil conta-se ainda com poucos pesquisadores na área e existem poucas normas estabelecidas, o que gera um grande número de possibilidades de pesquisa. A tecnologia evoluiu, mas as leis mudaram muito pouco nas duas ultimas décadas [6]: - Constituição Federal Código de Defesa do Consumidor Propriedade Industrial – Lei 9.279 Direito de Autor – Lei 9610 Código Penal - Lei 9.983 (art 313-A e 313-B) - Lei 11.106 (art. 148, 215, 216, 226, 227, 231, 231-A) - Código Civil - Novas Regulamentações – Sarbanes, Basiléia II e CVM 358 1988 1990 1996 1998 2000 2005 2002/2003 2003/2004 Então as mudanças tecnológicas também são mudanças sociais, comportamentais, portanto, jurídicas. Quando a sociedade muda, o Direito também deve mudar. O Direito Digital é evolução do próprio Direito e é definido como um conjunto de princípios fundamentais e instrumentos jurídicos que atendem a nova realidade da Sociedade Digital [6]. Abrange todas as áreas do Direito, de forma multidisciplinar. Também traz a obrigação de atualização tecnológica não só para os advogados e juízes, como para delegados, procuradores, investigadores, peritos e todos os demais participantes do processo. Esta mudança de postura é necessária para que possamos ter uma sociedade digital segura; caso contrário, coloca-se em risco o próprio Ordenamento Jurídico [6]. Hoje temos novas necessidades, como segurança da informação e o usuário, monitoramento e a privacidade, responsabilidade por atividades realizadas em equipamentos da empresa e gestão de contratos com cláusulas específicas para blindagem legal (especialmente os de terceirização), entre outras. 2) Computação Forense A Computação Forense tem o objetivo de suprir as necessidades das instituições legais no que se refere á manipulação das novas formas de evidências eletrônicas. Ela é a ciência que estuda a aquisição, preservação, recuperação e análise de dados que estão em formato eletrônico e armazenados em algum tipo de mídia computacional [1]. Ao contrário das outras disciplinas forenses, que produzem resultados interpretativos, a forense computacional pode produzir informações diretas, que por sua vez, podem ser decisivas em um dado caso. Isso pode ser notado no exemplo muito simples que se segue: no caso de um assassinato, o legista verifica que há traços de pele em baixo das unhas da vítima, isso é interpretado como um indício de que houve luta antes da consumação do crime, contudo não -3- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] passa de uma interpretação. Já no caso de uma perícia em uma máquina suspeita podem ser conseguidos arquivos incriminadores como diários e agendas [1]. O problema de resolver um mistério computacional nem sempre é fácil, existe a necessidade de não se observar o sistema como um usuário comum e sim como um detetive que examina a cena de um crime. Felizmente os programadores levam alguma vantagem neste assunto, pois muitas das habilidades necessárias para se procurar um erro em um código fonte, são também necessárias para uma análise forense, tais como: raciocínio lógico, entendimento das relações de causa e efeito em sistemas computacionais e talvez a mais importante, ter uma mente aberta. A figura abaixo mostra os crimes virtuais mais comuns [8]: Figura 2: Crimes digitais mais comuns. - Fonte: Computer Security Institute Uma perícia em um computador suspeito de invasão ou mesmo um computador apreendido em batida policial envolve uma série de conhecimentos técnicos e a utilização de ferramentas adequadas para análise. Hoje com todo este avanço tecnológico passamos a ter novas necessidades que exigem regras claras, permanente monitoramento e principalmente educação do usuário definindo limites e responsabilidades de ações como enviar um e-mail, atender ao celular, acessar o Internet Banking, ler uma notícia on-line, participar de um Chat, fazer uma compra on-line, registrar um Domínio e transmitir fotos e vídeos pessoais na rede da empresa. Para termos eficácia jurídica temos que programar o próprio direito na via de uso da tecnologia, ou seja, definir a regra no próprio jogo. Podemos fazer isso aplicando a lógica indutiva, inserindo as vacinas legais nas interfaces e fazendo a arquitetura legal da informação. Para melhor blindar os processos temos que tirar dos contratos e inserir diretamente nas interfaces eletrônicas seguindo os passos: a) definir conceitos; b) tornar a informação clara e objetiva; c) Ensinar na própria via de uso; d) Capacitar às equipes; e) Formalizar os procedimentos e gerar documentação padronizada. São divididas em 4 etapas a computação forense [5]: a) b) c) d) -4- Identificação Preservação Análise Apresentação das Evidências Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] 3) Implicações Legais, Provas e Incidentes Alguns aspectos legais devem ser avaliados em crimes eletrônicos, como por exemplo: territorialidade e a correta classificação de delito-meio e delito-fim. Muitas vezes o delito informático é apenas o delito meio, e o delito fim herda a característica informática devido a sua forma de consumação. Podemos classificar os crimes eletrônicos como próprios e impróprios sendo classificados como impróprios (delito-meio) crimes não tipicamente informáticos, por exemplo: calúnia, injúria, difamação. E como crimes eletrônicos próprios (delito-fim) que são tipicamente informáticos, por exemplo: interceptação dados telemáticos e inserção de dados falsos em sistemas [6]. Não existem normas específicas no Brasil que regem a forense computacional, contudo existem normas gerais que abrangem todos os tipos de perícia (ditadas no Código de Processo Penal), podendo ser adotadas no âmbito computacional, salvo algumas peculiaridades. No caso de uma perícia criminal existe a figura do Perito Oficial (dois para cada exame), onde o seu trabalho deve servir para todas as partes interessadas (Polícia, Justiça, Ministério Público, Advogados, etc.). Para se fazer perícia criminal, o profissional precisa ter nível universitário e prestar concurso público específico, podendo existir, porém a figura do perito “ad hoc” para o caso de não existirem peritos oficiais disponíveis [1]. Logo quando se descobre uma invasão na rede deve-se imediatamente entrar em contato com as organizações de resposta á incidentes de segurança e tomar todas as medidas legais cabíveis. A responsabilidade do perito no exercício da sua função deve ser dividida em duas partes distintas: aquela do ponto de vista legal, onde lhe são exigidos algumas formalidades e parâmetros para sua atuação como perito; e as de ordem técnica, necessárias para desenvolver satisfatoriamente os exames técnico-científicos que lhe são inerentes [1]. O perito deve seguir à risca as normas contidas no Código de Processo Penal, dentre elas pode-se destacar duas para exemplificar a sua possível abordagem computacional: • Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. É sempre possível fazer cópias assinadas digitalmente das mídias que estão sendo investigadas para que possam ser feitas análises futuras se necessário. Na verdade o interessante é sempre atuar em cima de cópias, como será visto na sessão seguinte: • Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a substração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. Existe a necessidade de se documentar quais as ferramentas de software utilizadas para se fazer à análise, bem como a possível identificação de uma linha de tempo, que pode vir a ser conseguida através da análise dos MAC times. Paralelos assim podem ser feitos a fim de se -5- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] garantir o valor judicial de uma prova eletrônica enquanto não se tem uma padronização das metodologias de análise forense. As provas têm o objetivo de estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração. A finalidade da prova é o convencimento do juiz, que é o seu destinatário. Não se busca a certeza absoluta, a qual, aliás, é sempre impossível, mas a certeza relativa suficiente na convicção do magistrado. Devem ser obtidas através de meios lícitos, que não contrariem a moral e os bons costumes. Nenhum réu será condenado com base em prova ilícita, de acordo com o artigo 5º, LVI, CF/88; O incidente ocorre quando um evento afeta a integridade, confidencialidade ou a disponibilidade da informação, ou seja, um incidente é um “incidente” quando se trata de uma atividade realizada através da utilização de recursos de processamento e acesso a informações que danifica em qualquer instância a confidencialidade, integridade ou disponibilidade de determinada informação ou ativo de informação [2]. Seguem abaixo alguns exemplos mais comuns de incidentes [2]: a) b) c) d) Mau funcionamento ou sobrecarga de sistema Falha humana Vulnerabilidades no controle do acesso físico Violação de Acesso 4) Gestão de projetos no combate a crimes digitais As ações para reação aos crimes ainda se encontram dispersas dependendo muitas vezes do talento de um investigador para coleta, preservação e análise de provas e após todo este trabalho, o processo não tinha efetividade, pois todos os passos devidos para a blindagem jurídica não foram seguidos, baseado nisso o gerenciamento de projetos surgiu como uma arma para organizar e definir quais são os stakeholders envolvidos, o escopo da investigação, qual o tempo correto investigação, coleta e análise de provas para não prescrição do crime, riscos envolvidos em uma investigação, a qualidade das provas bem como a estruturação do processo de comunicação. O objetivo deste capítulo é apresentar a importância do gerenciamento de projetos para a construção de uma metodologia de resposta a incidentes e crimes digitais. Este capítulo está dividido em duas partes com o intuito de esclarecer os conceitos envolvidos no gerenciamento de projetos e também a sua relação com os processos de investigação, resposta a incidentes e combate a crimes digitais. 4.1 Uma visão sobre gerenciamento de projetos O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, técnicas e ferramentas as atividades do projeto a fim de atingir os requerimentos dos projetos [3]. E inclui: a) Estabelecimento de objetivos claros e atingíveis -6- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] b) Balanceamento das demandas que competem entre si para qualidade, escopo, tempo e custo. c) Adaptação as especificações, planos e estratégias para as diferentes preocupações e expectativas dos stakeholders. Vantagens e benefícios esperados com a implantação de uma metodologia de gerenciamento de projetos: a) b) c) d) e) Definição clara e detalhada do escopo e das metas de projeto Estabelecimento de método de medida de desempenho Formalização do processo de solicitação e controle de mudanças Identificação e avaliação dos riscos de projeto Melhoria da comunicação entre os participantes e envolvidos nos projetos 4.2 Gerenciamento de Projetos x Implantação de uma metodologia de combate a incidentes e crimes digitais Como todo trabalho de implantação metodológica deve ser iniciado com a mudança cultural de toda a equipe envolvida diretamente nos processos de investigação, pois somente assim o trabalho poderá ter eficácia, portanto é fundamental destacarmos os passos e o ciclo de vida necessário para implantação de uma metodologia de combate a incidentes e crimes digitais: a) Diagnóstico Avaliar todo o ambiente da empresa, identificando os principais incidentes e fraudes já ocorridas, os stakeholders (quem é quem), patrocinadores, nível de sigilo do projeto, expectativa de resultado (qualidade), um escopo macro de investigação e logicamente todos os riscos jurídicos ou não, pois para o efetivo resultado na investigação os processos de coleta, análise e perícia em evidências digitais devem estar blindados juridicamente. b) Planejamento Planejar cuidadosamente as etapas, recursos e atividades inerentes ao processo de investigação, ou seja, devem ser mapeadas as necessidades da empresa, a cadeia de custódia1 e os procedimentos de coleta, análise e perícia em evidências [5]. c) Capacitação Treinar e capacitar os recursos envolvidos nas ferramentas, técnicas e softwares específicos para execução das atividades de investigação. d) Implantação Implantar os processos definidos no planejamento com o desenvolvimento de fluxogramas, modelos de documentos e configuração dos softwares específicos para toda a investigação. 1 Cadeia de Custódia: Documento que visa resguardar as ações tomadas numa investigação desde a coleta até a apresentação da evidência em Juízo. -7- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] e) Gerenciamento Administrar a execução do Projeto, propondo medidas necessárias para o alcance dos resultados contratados, elaborando atas de reuniões, relatórios de acompanhamento e efetividade do projeto. Além é claro de promover ações visando à integração da equipe. f) Acompanhamento Pós-Implantação Acompanhar em uma investigação real (piloto) os recursos determinados pela empresa para averiguar se todos os passos levantados e implantados têm efetivo resultado e se é necessário rever algum processo ou mesmo fluxo de investigação, além de coletar as lições aprendidas das atividades. A figura abaixo mostra o relacionamento dos grupos de processo do PMBOK [3] e o ciclo de vida de um projeto de implantação de uma metodologia de combate a incidentes e a crimes digitais. Figura 3: Relacionamento entre os grupos de processo do PMBOK e Metodologia de combate a crimes O processo de investigação pode envolver desde a alta direção da empresa até o nível mais baixo na pirâmide organizacional, portanto para a implantação da metodologia é importante inicialmente definir quais serão os stakeholders que terão ciência desta atividade, também é importante citar que o acompanhamento de um escritório jurídico é fundamental para o resultado do trabalho, pois garante que todas as atividades propostas pela metodologia não ferem a Constituição Brasileira bem como os códigos de conduta da empresa obtendo assim a blindagem jurídica. A tabela abaixo demonstra o completo relacionamento entre as áreas de conhecimento e grupos de processo do PMBOK com as etapas do ciclo de vida da metodologia a ser implantada: Ciclo de Vida da Metodologia Diagnóstico -8- Atividades Definição das diretrizes e levantamento das partes interessadas no projeto e assinatura dos termos de confidencialidade. Detalhamento do cronograma com todas as atividades e levantamento dos riscos do projeto. Entendimento inicial do atual ambiente da empresa Grupos Processo PMBOK Iniciação de Áreas de Conhecimento PMBOK Escopo Comunicações Tempo Riscos Aquisições Custo Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] Planejamento Capacitação Implantação Gerenciamento Acompanhamento Pós-Implantação com a aplicação do check-list preliminar. Reunião com a equipe jurídica que acompanhará as etapas do projeto. Mapeamento das necessidades de aquisição e licenciamento de software. Confecção do Plano de Projeto Entrevistas com todas as áreas envolvidas nas etapas de investigação, por exemplo: Auditoria Interna e equipe Anti Fraude. Mapeamento e documentação dos processos de investigação levantados nas entrevistas Validação jurídica de toda a documentação, com o intuito de avaliar se os processos estão blindados juridicamente. Obtenção do aceite de todas as partes interessadas sobre os processos levantados. Treinamento e capacitação de toda a equipe envolvida no projeto nos processos de investigação, computação forense, softwares de apoio a investigação e conceitos jurídicos. Construção dos documentos modelos que deverão ser utilizados nos processos de investigação. Instalação dos softwares de investigação. Efetuar os testes nos processos e softwares de investigação. Obtenção do aceite de todas as partes interessadas sobre o resultado da implantação. Acompanhamento e controle do projeto com a geração de status report, correção de possíveis desvios, gerenciamento das partes interessadas e controle e monitoramento dos riscos do projeto. Acompanhamento em ambiente real de uma investigação a fim de averiguar a efetividade da metodologia. Registro das lições aprendidas no projeto. Obtenção do aceite de todas as partes interessadas e abertura do processo de encerramento do projeto com a apresentação final dos resultados e produtos do projeto, também é executado o encerramento administrativo e contratual. Recursos Humanos Planejamento Escopo Comunicações Tempo Riscos Aquisições Custo Qualidade Execução Escopo Comunicações Riscos Custo Qualidade Recursos Humanos Monitoramento e Controle Todas as áreas. Encerramento Comunicações Riscos Aquisições Custo Qualidade Escopo Tabela 2: Descrição das atividades para implantação da metodologia de combate a incidentes e crimes digitais. 5) Conclusão A Forense computacional pode ser uma disciplina forense bastante atual e relacionada com uma das áreas cientificas que mais evolui atualmente, a criminalística, por isso deve manter-se atualizada com em relação aos conhecimentos técnico-científicos [7]. Além disso, a crescente utilização de computadores em atividades criminosas fundamenta tal necessidade de implantação de um processo estruturado de combate a incidentes e crimes digitais com utilização das práticas de gerenciamento de projetos no sentido de se entender como obter e utilizar melhor as evidências digitais no amparo á justiça. -9- Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected] 6) Referências [1] – Guimarães, C. C., & Geus, P. L. (2008). Forense Computacional. Aspectos Legais e Padronização . Campinas, São Paulo: Unicamp. [2] – ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas. Tecnologia da informação – Código de prática para a gestão da segurança da Informação. NBR ISO/IEC 17799:2005. [3] – A Guide to the Project Management Body of Knowledge. Newton Square. Project Management Institute - (ed. 2004). [4] – PMI - Project Management Institute. (30 de Julho de 2008). PMI - Project Management Institute. Acesso em 30 de 07 de 2008, disponível em Project Management Institute: www.pmi.org [5] – Axur. (28 de 07 de 2008). Axur Information Security. Acesso em 28 de 07 de 2008, disponível em Axur Information Security: www.axur.com.br [6] – Pinheiros, P. P. (29 de Julho de 2008). Patrícia Peck Pinheiros Advogados. Acesso em 28 de 07 de 2008, disponível em Patrícia Peck Pinheiros Advogados - Centro de Conhecimento: http://www.pppadvogados.com.br [7] – Reis, M. A., & Geus, P. L. (28 de 07 de 2008). Forense Computacional. Procedimentos e Padrões . Campinas, São Paulo: Unicamp. [8] - Manolea, B. (2008). Cyber crime impact on Businesses. www.riti-internews.ro, Internews - 10 - Autor: Rafael Velasquez, PMP - [email protected]