faculdade maria milza bacharelado em odontologia victor benjamin

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FACULDADE MARIA MILZA
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
VICTOR BENJAMIN DA SILVA OLIVEIRA
REPOSIÇÃO CORONAL COM ENXERTOS DE TECIDO SUBEPITELIAL PARA O
TRATAMENTO DE RECESSÕES GENGIVAIS
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2016
1
VICTOR BENJAMIN DA SILVA OLIVEIRA
REPOSIÇÃO CORONAL COM ENXERTOS DE TECIDO SUBEPITELIAL PARA O
TRATAMENTO DE RECESSÕES GENGIVAIS
Monografia apresentada na Faculdade Maria
Milza, no curso de Bacharelado em
Odontologia, na disciplina de TCC II,
ministrada pela Profª Dra. Andréa Jaqueira
da Silva Borges como requisito de avaliação
parcial do semestre de 2016.2
Thenyson Luiz Farias dos Reis
Prof. MSc. Orientador
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2016
2
Dados Internacionais de Catalogação
Oliveira, Victor Benjamin da Silva
O48r
Reposição coronal com enxertos de tecido subepitelial para o
tratamento de recessões gengivais / Victor Benjamin da Silva
Oliveira. – Governador Mangabeira – Ba, 2016.
53 f.
Orientador: Prof. Me. Thenyson Luiz Farias dos Reis
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
Odontologia) – Faculdade Maria Milza, 2016.
em
1. Periodontia. 2. Doença Periodontal. 3. Reposição Coronal
I. Reis, Thenyson Luiz Farias dos. II. Título.
CDD 617.632
3
VICTOR BENJAMIN DA SILVA OLIVEIRA
REPOSIÇÃO CORONAL COM ENXERTOS DE TECIDO SUBEPITELIAL PARA O
TRATAMENTO DE RECESSÕES GENGIVAIS
Aprovada em: _____/_____/_____
BANCA DE APRESENTAÇÃO
__________________________________________________
Prof. Msc. Thenyson Luiz Farias dos Reis
Orientador/FAMAM
__________________________________________________
Membro avaliador
__________________________________________________
Andréa Jaqueira da Silva Borges
Profa de TCC/FAMAM
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2016
4
Dedico esta monografia aos meus pais,
Ana e Elder, que sempre me apoiaram e
me ajudaram a tomar as decisões
corretas para poder seguir em frente e me
tornar um profissional humano, sabendo
da responsabilidade que devo ter daqui
para frente.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que com seu amor e serenidade me
concedeu o dom da vida e que em todas as horas da minha vida, esteve junto
comigo, demonstrando as formas corretas e provando a sua existência.
Minha eterna gratidão a minha mãe, Ana Cláudia, e ao meu pai, Elder, pelo
amor, educação, cumplicidade, apoio e por tudo que fizeram por mim.
Agradeço à toda a minha família, que sempre me ajudaram de todas as
formas possíveis para que eu pudesse realizar o meu sonho.
Agradeço a todos os meus colegas da faculdade, por todas as palavras de
apoio,
pela amizade, paciência, companheirismo, que com certeza foram de
fundamental importância nessa trajetória.
Agradeço a todos os professores que participaram desse processo,
ensinando e me ajudando a olhar a Odontologia de uma forma diferente, cada vez
mais humana, pensando que posso ser melhor cada vez mais.
Agradeço ao meu orientador, Prof. Thenyson Luis, por todos ensinamentos
passados, por toda dedicação e esforço para estar lado a lado na construção desse
trabalho, e principalmente pelas palavras de motivação que eram ditas dia após dia.
Agradeço à Faculdade Maria Milza, por tornar realidade o meu sonho.
Agradeço à professora Andréa Jaqueira, por toda dedicação e paciência na
construção desse trabalho.
6
RESUMO
A recessão gengival pode ocorrer de forma unitária, afetando apenas um dente ou
múltipla, afetando vários dentes, podendo ocorrer em toda a cavidade bucal. Sua
causa é multifatorial, abrangendo desde a placa bacteriana até a pressão labial.
Para corrigir esse problema várias técnicas vêm sendo estudadas e testadas ao
longo dos anos com o objetivo de reconstruir esse tecido perdido. O estudo teve
como objetivo geral analisar como a técnica da reposição coronal com enxerto de
tecido subepitelial tem sido abordada na literatura nacional para o tratamento de
recessões gengivais, no período de 2011 a 2016. Como objetivos específicos:
caracterizar a produção científica sobre a técnica de reposição coronal; identificar as
principais limitações na execução da técnica e verificar as aplicações práticas do
procedimento quanto à viabilidade e previsibilidade. Trata-se de um trabalho de
revisão de literatura integrativa, em que serão utilizadas as bases de dados
eletrônicas e físicas, como o MedLine, PubMed, Lilacs, PerioNews, Lindhe. Como
critérios de inclusão, trabalhos publicados no período do ano 2011 a maio de 2016,
sendo que os procedimentos citados nesses artigos deverão ter sido acompanhados
pelo cirurgião dentista pelo menos durante cinco anos. Verificou-se que em grande
parte dos artigos estudados, que essa técnica é bem discutida, e realizada de
diversas formas, procurando sempre a melhor maneira para aumentar sua
previsibilidade. O presente trabalho conclui que, a técnica de enxerto de tecido
conjuntivo subepitelial quando bem executada e bem indicada, apresenta grande
sucesso no tratamento das recessões gengivais.
Palavras-chave: Doença Periodontal. Doença Multifatorial. Tecido Conjuntivo.
Reposição coronal. Cirurgia Periodontal.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Fluxograma representativo das etapas de busca dos artigos
selecionados na biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2011 a 2016 .......... 23
Figura 2- Fluxograma representativo das etapas de busca dos artigos
selecionados na Scielo, no período de 2011 a 2016 ............................................ 24
Quadro 1- Distribuição de acordo com o ano de publicação dos artigos encontrados
sobre Reposição coronal com enxerto de tecido conjuntivo subepitelial para o
tratamento de recessões gengivais (2016)..............................................................25
Figura 3- Localização das áreas de publicado dos artigos selecionados para o
estudo nas bases de dados eletrônicas BVS, Medline, no período de 2011 a
2016....................................................................................................................... 26
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 08
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 10
2.1 DOENÇA PERIODONTAL ............................................................................. 10
2.2 BIÓTIPO GENGIVAL...................................................................................... 11
2.3 RECESSÕES GENGIVAIS ........................................................................... 13
2.4 HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA ........................................................... 15
2.5 ENXERTO DE TECIDO E SUAS PRINCIPAIS TÉCNICAS ........................... 17
2.6 TÉCNICA DE ENXERTO DE TECIDO SUBEPITELIAL ................................. 18
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................... 21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 25
4.1 CARACTERÍSTICAS DAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS .............................. 25
4.2 PRINCIPAIS LIMITAÇÕES NA EXECUÇÃO DA TÉCNICA DE REPOSIÇÃO
CORONAL............................................................................................................ 28
4.3 APLICAÇÕES PRÁTICAS DO PROCEDIMENTO QUANTO À VIABILIDADE E
PREVISIBILIDADE ............................................................................................... 29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 32
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 33
APÊNDICE A ....................................................................................................... 37
APÊNDICE A Características gerais dos artigos selecionados na BVS e Scielo.
............................................................................................................................. 37
APÊNDICE B ....................................................................................................... 50
APÊNDICE B Conteúdos manifestos e latentes apresentados nos artigos
selecionados sobre o tema................................................................................... 50
9
1 INTRODUÇÃO
A doença periodontal tem como sua causa principal, a placa bacteriana.
Como exemplo a recessão gengival, que é caracterizada pela migração apical da
gengiva marginal com a exposição da junção amelocementária. Não se pode afirmar
que a recessão gengival é decorrente de um único fator, mas sim, é uma doença
multifatorial, tendo como principais causas a má oclusão, falta de higiene oral,
inflamação, e doença periodontal, sendo imprescindível o tratamento dessas causas,
antes do procedimento cirúrgico. Ela ocorre de forma igual ou simultânea, tendo o
sexo masculino como o mais afetado (CARRANZA et al., 2007).
As recessões gengivais se tornam uma preocupação para os pacientes por
razões de hipersensibilidade, lesões cariosas ou não cariosas, e principalmente,
estéticas. O mesmo relata que seu dente está “maior”. A gengiva é a moldura da
estética dental, e a recessão, leva a uma falta de harmonia entre os elementos
presentes (HENRIQUES, 2004).
Uma das principais causas para o sucesso do tratamento está no diagnóstico
correto e precoce dessa alteração gengival, propiciando um tratamento eficaz e com
prognóstico favorável.
O paciente precisa apresentar uma faixa adequada de gengiva queratinizada,
pois ela protege o periodonto das agressões causadas por forças, estímulos
termoquímicos da dieta e dissipa o afastamento da margem gengival provocado
pelos músculos inseridos na mucosa (OCHSENBEIN, 1960). Se o paciente não
apresentar essa faixa adequada, isso acarretará em uma gengiva e vestíbulo raso
aumenta o acúmulo de alimento e dificuldade de higienização (CORN, 1962)
Miller (1985) definiu a classificação das recessões gengivais relacionando-a
com o nível ósseo alveolar. As recessões classe I e II apresentam resultados
previsíveis após o recobrimento, já a classe III, apenas o recobrimento radicular
parcial poderia ser considerado previsível, não existindo um consenso entre a
técnica que seria melhor opção para o tratamento da mesma e da classe IV. Devido
a limitações no diagnóstico e prognóstico na classificação, foi feita outra, mais
específica, a de Cairo.
Para que a reposição do tecido de recobrimento radicular seja bem sucedido,
é importante preservar a anatomia das papilas interdentais. Durante o procedimento
10
cirúrgico, o profissional deve atentar-se para a permanência das mesmas, realizando
sempre que possível, incisões oblíquas (CAÇADOR et al, 2003).
O objetivo do recobrimento radicular/marginal visa primeiramente, um bom
resultado estético, eliminando a cárie e sensibilidade, tendo como base a melhor
higienização oral.
Dentre as técnicas que podem ser utilizada no tratamento das recessões
gengivais, a técnica do enxerto de tecido conjuntivo subepitelial é considerada a
padrão ouro, apresentando os melhores resultados clínicos, estéticos, em volume
tecidual, em previsibilidade, duplo suprimento sanguíneo do retalho e do periósteo
subjacente (MESSORA et al., 2009).
Neste contexto, se faz extremamente necessário que a cirurgia onde se
consegue melhorar estas situações constrangedoras, como: Reposição coronal com
enxertos de tecido subepitelial, seja completamente apresentado para correção das
recessões gengivais apresentadas conforme foram mencionadas acima.
Nessa perspectiva, o estudo trouxe como questão norteadora: como a técnica
da reposição coronal com enxerto de tecido subepitelial tem sido abordada na
literatura nacional para o tratamento de recessões gengivais?
Como objetivo geral buscou-se analisar como a técnica da reposição coronal
com enxerto de tecido subepitelial tem sido abordada na literatura nacional para o
tratamento de recessões gengivais, no período de 2011 a 2016. Como objetivos
específicos: caracterizar a produção científica sobre a técnica; identificar as
principais limitações na execução da técnica e verificar as aplicações práticas do
procedimento quanto à viabilidade e previsibilidade.
Diante do elevado grau de estresse ao qual estamos sobrevivendo
atualmente, onde o trauma oclusal, inconsistência na rotina diária da escovação
dentária e uso de próteses fixas e móveis em consequência do elevado índice de
perdas dentárias. Esta pesquisa se justifica devido ao elevado grau de resposta
satisfatória alcançado com a técnica de Reposição coronal com enxerto de tecido
conjuntivo subepitelial, apresentado nas queixas frequentes de hipersensibilidade
dentária.
11
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 DOENÇA PERIODONTAL
A doença periodontal é considerada uma doença dentária localizada e
inflamatória, mais prevalente na cavidade bucal, causada por infecção bacteriana
associada à placa dental. Ela está associada a várias condições patológicas como a
gengivite, perda de osso alveolar, do ligamento periodontal e do cemento dental,
tendo sua causa primária a placa bacteriana. Afeta uma grande porcentagem de
adultos e idosos, e vem crescendo nos adolescentes e crianças, começando a
preocupar os órgãos públicos por causa da falta de higiene oral (BROWN; LOE,
1993).
Ressaltam também que a doença periodontal tem sido classicamente descrita
como uma doença progressiva, passando por distintas fases, ou seja, as fases
iniciais e as avançadas. O termo doença periodontal, em seu sentido mais exato,
refere-se tanto a gengivite como a periodontite. Atualmente, considera-se que a
gengivite antecede a periodontite, porém nem toda a gengivite avança para uma
periodontite.
Atualmente, a doença periodontal é dividida em gengivite, periodontite
agressiva e periodontite crônica. As variações no início, severidade e características
clínicas permitem reconhecer e descrever a existência destas diversas formas de
periodontite. Ela é classificada como gengivite (inflamação no tecido gengival) e
periodontite (atinge os tecidos mais profundos do periodonto) (CARRANZA;
NEWMAN, 2012).
Descrevem que as variações no início, severidade e características clínicas
permitem reconhecer e descrever a existência destas diversas formas de
periodontite.
As opções de tratamento, ou ainda os resultados da terapêutica utilizada, o
impacto de fatores locais, externos, sistêmicos, ambientais, comportamentais,
psicológicos, dieta, atributos genéticos e intrínsecos individuais também influenciam
na velocidade da progressão da doença bem como na sua evolução e nos
resultados do tratamento (CARRANZA et al., 2012).
A gengivite é uma inflamação resultante de bactérias presentes nas margens
gengivais, podendo estender-se por toda gengiva. A intensidade dos sinais e
12
sintomas clínicos varia entre indivíduos e entre sítios numa mesma dentição. Tem
como características clínicas a presença de edemas, sangramento, exsudado,
sensibilidade, halitose, bolsas periodontais profundas, podendo chegar até a
mobilidade dentária e consequentemente a perda da unidade.
A periodontite é uma lesão inflamatória infecciosa que envolve os tecidos de
suporte do periodonto, podendo causar a destruição do ligamento periodontal dos
dentes, sendo normalmente irreversível. Apresenta a mesma característica clínica da
gengivite, porém com presença de bolsa periodontal, perda de inserção conjuntiva e
osso alveolar (HARRIS, 1999).
Subdividiu-se as doenças periodontais de acordo com as características
clínicas, radiográficas, históricas e laboratoriais presentes, em três grandes grupos:
periodontite crônica, periodontite agressiva e periodontite como manifestação de
doenças sistêmicas. A periodontite crônica a quantidade de destruição do periodonto
é compatível com os fatores locais, sendo o padrão microbiano variável e que o
cálculo subgengival é frequentemente encontrado. A periodontite agressiva ocorre
também em pacientes clinicamente saudáveis, com rápida perda de inserção e
destruição óssea; E a periodontite como manifestação de doenças sistêmicas, foi
assim classificada quando existir doença periodontal como manifestação significativa
das seguintes doenças sistêmicas: distúrbios hematológicos e distúrbios genéticos
(CARRANZA, 2012).
O tratamento periodontal é feito através de intervenções cirúrgicas e não
cirúrgicas, a depender do diagnóstico, tendo como intuito a eliminação da microbiota
que se encontra no sítio da doença.
2.2 BIÓTIPO GENGIVAL
Inúmeros fatores podem afetar a estética bucal, como por exemplo, o biótipo
gengival. É de extrema importância que o cirurgião dentista faça um diagnóstico
preciso do biótipo gengival para o planejamento adequado dos tratamentos a serem
realizados.
A estética da odontologia atual, não está exclusivamente relacionada com
uma prótese cerâmica, uma lente de contato, uma cor ideal, ou até mesmo com uma
restauração que respeite todos os protocolos que devem ser seguidos. Hoje em dia,
13
os tecidos periodontais também fazem parte dos parâmetros relacionados a estética
dental, sendo conhecida como a estética vermelha (RAES et al., 2011).
O tecido conjuntivo é de extrema importância na avaliação da saúde bucal,
sendo o primeiro lugar onde a resposta inflamatória aparece diante da doença
periodontal (STERN, 1981).
A papila interdental é uma estrutura nobre na estética vermelha, sendo muito
importante na proteção das estruturas periodontais, e de extrema dificuldade para
ser recuperada, caso aconteça algo a ela. Além da dificuldade para sua
recuperação, ela traz problemas relacionados a estética, como o blackspace
(espaço negro) interdental. O biótipo gengival corresponde à espessura gengival e
ao tecido ósseo que envolve o dente (DE ROUCK et al., 2009).
Diversas classificações de biótipos gengivais foram utilizadas, sendo
baseadas em vários fatores como na largura do tecido queratinizado, na espessura
do tecido subjacente e na espessura gengival. Maynard e Wilson (1980) propuseram
quatro diferentes tipos de periodonto, sendo o tipo I o ideal, apresentando tecido
ósseo subjacente espesso e queratinizado, e o tipo IV o tecido de maior dificuldade
de manipulação, por ter o tecido ósseo subjacente com diversas fenestrações e
deiscências e tecido queratinizado bastante fino (MAYNARD; WILSON, 1980).
Lindhe e Seibert (1989), posteriormente propuseram uma classificação que
levava em consideração a forma de diferenciar os diferentes aspectos do complexo
mucogengival, sendo classificado o periodonto em plano e espesso e fino e
festonado, sendo levada em consideração a forma óssea e a do tecido mole,
apresentando tecidos moles e duros diferentes.
Esses tecidos aparecem de formas distintas de acordo com traumas ou
agressões, sendo variadas de acordo com o sexo e idade, sendo importante a sua
total compreensão e domínio por parte do cirurgião dentista, para que possa ser
evitadas reações indesejadas no pré, trans e pós operatório (KAO; PASQUINELLI,
2002).
Pacientes que possuem biótipo gengival espesso tendem a apresentar
melhores resultados estéticos, por ter uma quantidade maior de gengiva inserida e
com qualidade superior. Essa gengiva quando sofre o trauma de extrações,
preparos protéticos, dentre outros procedimentos clínicos, sofre uma inflamação,
que acaba formando bolsas periodontais no local (AHMAD et al., 2005).
14
Nos procedimentos cirúrgicos, o paciente que apresenta esse tipo de biótipo
gengival, tende a ter um resultado mais previsível, por causa da menor remodelação
pós cirúrgica, podendo ser esperado um resultado mais satisfatório. (KAO;
PASQUINELLI, 2002).
Já o biótipo gengival fino é formado por uma camada estreita e friável de
tecido queratinizado, apresentando uma faixa limitada de gengiva inserida. Esse
biótipo gengival está presentes em pacientes que apresentam papilas mais finas,
dentes longos e estreitos e com forma triangular (BASHUTSKI et al., 2007).
Um biótipo fino apresenta um maior risco de recessão gengival após
procedimentos cirúrgicos como extrações ou em instalações de implantes ou em até
mesmo, preparos dentários para coroas fixas (AHMAD, 2005). Com esses
problemas, a gengiva fina pode deixar as estruturas metálicas das próteses ou
implantes em evidência, comprometendo muito a estética da área.
É possível transformar um biótipo fino em espesso através da técnica de
enxerto de tecido conjuntivo. Por outro lado, o biótipo espesso também pode ser
convertido em biótipo fino, através de uma redução seletiva do osso alveolar
(POLACK; MAHN, 2013).
Diversos métodos para avaliar o biótipo gengival do paciente já foram
abordadas na literatura, porém, nenhum método pode confirmar com precisão qual é
o biótipo apresentado em cada pessoa. Métodos como a forma dos incisivos,
imagens radiográficas, avaliação dos tecidos moles, transparência da gengiva na
inserção da sonda no sulco, dentre outras, apresentam desvantagens, sejam pelas
dores ou até mesmo por serem avaliações subjetivas.
2.3 RECESSÕES GENGIVAIS
Recessão gengival como exposição de cemento nas superfícies vestibulares
dos dentes pode ocorrer em dentes isoladamente ou em vários deles. Diversos
fatores têm sido relacionados com sua etiologia, incluindo a placa bacteriana,
posição dos dentes na arcada, escovação errônea, oclusão traumática, inserção alta
de freios ou inserções musculares, área de gengiva estreita e pressão labial etc.
(BAKER; SEYMOR, 1976).
É difícil encontrarmos uma única causa/mecanismo no desenvolvimento da
recessão gengival vestibular. Dois tipos básicos de recessão podem ocorrer: um
15
relacionado à doença periodontal ou a fatores associados com essa doença, e o
outro relacionado a fatores mecânicos, incluindo escovação dentária (LINDHE,
2012).
A periodontia estética tem se tornado a principal procura nos consultórios nos
dias atuais. É uma área que vem crescendo cada vez mais, principalmente por
causa das recessões gengivais anteriores, pois a gengiva é a moldura da estética
dental, e qualquer defeito nessa área, é visível (GITA, 2011).
O paciente relata um aspecto „alongado‟ do dente, o que leva a uma falta de
harmonia do sorriso. A hipersensibilidade também é uma queixa frequente dos
pacientes, principalmente pela dificuldade na hora da escovação, o que causará um
aumento de placa no local e ao beber algo gelado, por causa da exposição dos
túbulos dentinários (SANTAMARÍA, 2010).
O gênero masculino é o mais afetado, tendo a face vestibular como a mais
atingida por esse problema.
Ocorre principalmente em adultos e idosos, não
descartando claro, o possível aparecimento dessa condição em crianças e
adolescentes (AFONSO, 2012).
Estudos demonstram que existe uma correlação entre a presença de defeitos
de retração e a altura (largura) da gengiva têm sido frequentemente interpretados
como uma evidência de que uma faixa estreita da gengiva é um fator de contribuição
no desenvolvimento de retrações do tecido mole (LINDHE, 2012).
Miller (1985) criou uma classificação para as recessões gengivais que são
divididas em 4 classes. Classe I: a recessão não extrapola a junção mucogengival e
não ocorre perda de tecido de sustentação ou proteção na região entre os dentes;
Classe II: a recessão vai até ou além da junção mucogengival e acaba não
ocorrendo perda de tecido de sustentação ou proteção na região entre os dentes;
Classe III: a recessão ultrapassa a junção mucogengival e acaba ocorrendo perda
de tecido de sustentação ou proteção na região entre os dentes e/ou
posicionamento dentário impróprio; Classe IV: a recessão ultrapassa a junção
mucogengival e ocorre perda de tecido de sustentação ou proteção na região entre
os dentes e/ou posicionamento dentário é extremamente inadequado.
Devido a restrições no diagnóstico e prognóstico na classificação de Miller e
Cairo, (2011) criou outra classificação mais precisa. Nesta classificação, a RT2
(perda de inserção gengival na face vestibular) se classificaria como uma perda da
ICAL (nível clínico de inserção interdental) igual ou menor do que perda de inserção
16
vestibular, o que representaria a classe III de Miller, com a utilização do ETCS
(enxerto com tecido conjuntivo subepitelial) e RDC (retalho com deslocamento
coronal), foi recomendado que a eficácia dos procedimentos de cobertura da raiz em
defeitos RT2 com mínima perda interdental (menor ou igual a 3 mm) pode ser
parecido aos defeitos sem perda interdental (RT1) correspondente às classes I e II
de Miller.
2.4 HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
A hipersensibilidade dentinária, é um problema bastante comum e presente
na odontologia, que tende a ocorrer pela presença de três processos: túbulos
dentinários abertos e integrados à polpa viva, exposição da dentina a partir da
destruição do esmalte ou do cemento, principalmente na cervical dos dentes.
(REES; ADDY, 2002).
Para explicar esse problema, Brännströn, em 1966, criou a teoria da
hidrodinâmica, citando que quando aplicados na superfície externa da dentina
estímulos táteis, elétricos, térmicos, químicos ou osmóticos, seriam capazes de
causar movimentos rápidos dos fluidos internos dos túbulos dentinários, causando
deformações de algumas fibras nervosas, que estão localizadas na polpa dental.
Essas fibras, por sua vez, captam os estímulos, que serão transformados em
impulsos nervosos, sendo encaminhados para o Sistema Nervoso Central,
repassando esses impulsos como estímulos dolorosos (PASHLEY, 1996).
É caracterizada como uma dor não espontânea, de curta duração, localizada
e intensa, que passa após a retirada do estímulo causador, sendo variada de
paciente para paciente (HOLAND et al., 1997).
Existem duas nomenclaturas para tal patologia (hipersensibilidade ou
sensibilidade), porém, ambas descrevem a mesma situação clínica.
Segundo Orchardson e Collins (1987), em mais de 90% dos casos a
hipersensibilidade dentinária está localizada na margem cervical vestibular dos
dentes, tanto superiores quanto inferiores, tendo os pré-molares os mais afetados.
Qualquer idade pode ser afetada, tendo sua prevalência pessoas com 20 aos 50
anos, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.
Ela ocorre por perda do cemento e/ou esmalte por má oclusão, erosão dental,
hábitos parafuncionais, restaurações mal adaptadas, dietas ácidas, presença de
17
lesões não cariosas, dentre outras causas. (CORONA et al., 2003) (COLEMAN et
al., 2000).
Com tudo isso, nem todo caso em que a dentina aparece exposta, a
hipersensibilidade dentária está presente. Uma explicação existente para isso, é que
as proteínas salivares e do fosfato de cálcio dentro dos túbulos dentinários se
precipitam, causando absorção dos componentes salivares e de proteínas
plasmáticas, ou pode ocorrer também a formação da dentina reacional, que causa a
obliteração dos túbulos dentinários (LADALARDO et al., 2004).
Três etapas foram descritas para uma identificação e evolução dos pacientes
com a hipersensibilidade dentinária, segundo Dowell et al. (1995): o diagnóstico
identifica fatores que causaram a exposição dos túbulos dentinários na cavidade
oral, identificar os locais expostos estimulando a dor, eliminar outras patologias
presentes na cavidade oral; a prevenção se refere a remoção de fatores etiológicos
como técnica de escovação traumática, dieta ácida, doenças estomacais; e o
tratamento eleger o melhor tratamento de acordo com a dor e extensão da lesão.
O tratamento para tal condição pode variar de paciente para paciente,
dependendo da intensidade dolorosa. Diversas vezes, a exposição dentinária foi
causada por hábitos pessoais, dificultando ainda mais o tratamento, por causa das
mudanças comportamentais (WALTERS et al., 2005).
Diversas substâncias podem ser utilizadas para o seu tratamento, como sais
e íons derivados de flúor, cálcio, potássio e sódio, que buscam obliterar os túbulos
dentinários. Associados a essas substâncias, existe também o uso do laser vem
aumentando e demonstrando resultados satisfatórios (RAJAPAKSE et al., 2007).
Ambos os tratamentos podem ser utilizados com cirurgias periodontais para o
recobrimento das recessões gengivais, com o enxerto de tecido conjuntivo, enxertos
pediculados e retalhos coronalmente posicionados (CUMMINS, 2011).
Dependendo da técnica cirúrgica empregada e do leito receptor, o sucesso do
recobrimento pode chegar a 98% dos casos. Além de corrigir problemas dolorosos,
corrigem também problemas estéticos, tendo um aumento satisfatório de tecido na
região enxertada.
18
2.5 ENXERTO DE TECIDO E SUAS PRINCIPAIS TÉCNICAS
O enxerto de tecido é a retirada de uma parte do tecido da área doadora e
transferida para a área receptora, restabelecendo assim um novo suprimento
sanguíneo.
É utilizado para reconstruir uma área da cavidade oral em que houve perda
de tecido mole. O enxerto autógeno, ou seja, retirado do próprio paciente, único
utilizado para tal reconstrução. É importante salientar, que a enxertia de tecido não é
totalmente previsível, porém, existem técnicas que apresentam melhores resultados
e previsibilidade (ROCCUZZO, 2002).
As recessões gengivais trazem muitos problemas para os pacientes, por isso,
tratamentos cirúrgicos periodontais são indicados tendo como objetivo de corrigir a
estética e a sintomatologia dolorosa causada pela hipersensibilidade. As cirurgias de
enxerto gengival consistem no tratamento mais indicado para esses problemas.
Dentre estes tratamentos existem o enxerto gengival de epitélio conjuntivo, também
conhecido como enxerto gengival livre, enxerto de tecido conjuntivo subepitelial,
enxerto de tecido mole pediculado, enxerto de tecido mole pediculado combinado
com membranas, enxerto de tecido mole pediculado combinados com proteínas de
matriz de esmalte, enxerto de tecido mole epitelizado, dentre outros. Para cada
classe de Miller, existe uma técnica de enxerto que tem maior previsibilidade e
sucesso. Dentre elas, Lindhe (2012, p. 378) traz:
Enxerto gengival livre: Um enxerto livre de tecido mole da mucosa mastigatória geralmente é
selecionado quando não há tecido doador aceitável na área adjacente ao defeito de retração
ou quando um tecido marginal mais espesso é desejável.
Enxerto de tecido mole pediculado: Essa técnica envolvia o deslocamento de um retalho de
espessura total em uma área doadora adjacente ao defeito e o deslocamento lateral
subsequente desse retalho para recobrir a superfície radicular exposta.
Enxerto de tecido mole epitelizado: Pode ser realizado com uma técnica cirúrgica em duas
etapas, na qual um enxerto livre de tecido mole epitelizado é colocado apicalmente à retração
e, depois da cicatrização, é reposicionado coronariamente sobre a raiz desnuda.
As técnicas de enxerto vêm sendo aprimoradas cada vez mais com o dia a
dia, buscando maior sucesso no tratamento e principalmente, maior conforto para o
paciente. Além da correta técnica empregada para cada caso, à habilidade do
profissional conta muito para tal fato. Dentre as vantagens dos enxertos estão, a
maior previsibilidade, pós-operatório não doloroso da área doadora e aumento da
espessura e altura tecidual, e facilidade na execução (SEGUNDO; ALVES, 2005).
19
Insucessos também são comuns nos enxertos de tecido como perfuração do
retalho,
enxerto
de
tamanho
inadequado,
leito
receptor
atrésico,
mau
posicionamento do enxerto, e principalmente a falta de planejamento pré-operatório
(SHIBAYAMA et al., 2000).
2.6 TÉCNICA DE ENXERTO DE TECIDO SUBEPITELIAL
A técnica que utiliza um enxerto de tecido mole subepitelial, isto é, o tecido
conjuntivo, envolve a colocação de um enxerto diretamente sobre a exposição
radicular e a mobilização de um retalho mucoso que será movido coronária ou
lateralmente para cobrir o enxerto (LANGER; LANGER, 1985).
Uma técnica alternativa é colocar a base do enxerto de tecido conjuntivo dentro de
um “envelope” preparado por meio de uma incisão de espessura parcial feita a partir
da margem de tecido mole, isto é, parte do enxerto irá assentar-se na superfície
radicular coronariamente à margem do tecido mole (ALLEN, 1994; RAETZKE, 1985).
Esse tipo de enxerto é retirado tanto do palato quanto da área retromolar, indo
da mesial do segundo molar a distal de canino. Essa técnica é de primeira escolha
por ser menos invasiva, estética favorável, além de resultados previsíveis, sendo
considerada como padrão ouro das técnicas periodontais estéticas (VALLE, 2011).
Ela apresenta um sítio cirúrgico menor do que as outras técnicas, uma
redução no tempo de tratamento, além de uma recuperação mais rápida do sítio
doador, apesar de ser mais de um. É mais vantajosa por causa do custo, do duplo
suprimento sanguíneo, cicatrização por primeira intenção e promove um aumento de
gengiva inserida com a vantagem de uma cor semelhante aos tecidos adjacentes
(PEREIRA, 2007).
Na hora do ato cirúrgico, o profissional deve atentar-se principalmente para a
preservação das papilas interdentais, sendo feita, incisões oblíquas, ajudando na
estética do sorriso (CAÇADOR et al., 2003).
Raetzke (1985) foi o primeiro a descrever essa técnica. Uma melhora foi
observada na cicatrização pela ausência de incisões relaxantes verticais,
melhorando o potencial de vascularização. A técnica é descrita de uma forma
simples e delicada, tendo o mínimo de trauma cirúrgico não necessitando de
incisões ou suturas, colocando o tecido enxertado o contato direto com a área
operada.
20
Eram utilizadas curetas ou pontas diamantadas para diminuir a convexidade
das raízes, fazendo que o enxerto se adapte melhor ao local. Essa técnica não
precisa ser feita o uso de condicionamento químico radicular (LANGER; CALAGNA
1980).
A aproximação do complexo, enxerto - retalho pediculado e leito receptor
previamente preparado, aumenta a previsibilidade dos recobrimentos radiculares
de recessões largas e profundas (ALLEN, 1994).
A técnica tem indicação para a grande maioria dos casos de recessão
gengival, sendo unitárias ou múltiplas, de formas e tamanhos variados. Só são
contra indicados para recessões que possuem o vestíbulo raso (LANGER; LANGER
1985).
Cuidados pós-operatórios devem ser tomados, por se tratar de uma cirurgia,
mesmo sendo pouco invasiva. O uso de uma bolsa ou compressa de gelo sobre a
área e analgésico, e se achar necessário, o uso de um anti-inflamatório, apenas
para conforto do paciente. Higienização normal do local, tomando cuidado com as
suturas.
Quanto aos cuidados especiais na enxertia tecidual, Fontanari et al. (2009),
afirmam que a enxertia tecidual necessita de alguns cuidados para o seu sucesso.
São cuidados relativamente simples, mas que precisam ser seguidos para o seu
tratamento tornar-se previsível e não apresentar nenhuma surpresa. Esses cuidados
vão desde a hora do planejamento do caso até o pós operatório do paciente. São
eles:
Técnica que será utilizada para aquele caso específico.
Identificar se o tratamento será adequado para aquele problema.
Correta manipulação do tecido.
Saber de qual a área doadora será retirada o tecido para a enxertia.
Cuidado com as estruturas nobres próximas ao sítio doador.
Tamanho correto do tecido retirado.
Forma correta de manipulação desse tecido.
Preparo correto do sítio receptor.
Suprimento sanguíneo adequado para o enxerto.
Sutura correta (para não haver retrações gengivais após sua remoção)
Medicações pós-operatórias.
Cuidados pós-operatórios como: Não ingerir alimentos quentes, não fazer uso
de bebidas alcóolicas, não fumar, não cuspir, fazer higienização normal do
local (cuidado com a sutura), compressa de gelo por 03 dias, nos próximos 02
dias, compressa de água morna, não utilizar cimento cirúrgico (por causa do
alto acúmulo de placa bacteriana, trazendo o risco de infecções e odor).
21
Sendo assim, é preciso obedecer minuciosamente cada etapa para a
obtenção do sucesso da técnica. Quando o procedimento cirúrgico é necessário,
deve-se sempre pensar primeiramente no paciente e nas suas necessidades, acima
de tudo, explicar a importância de cada etapa do tratamento e seus cuidados.
22
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nesse trabalho foi realizada uma revisão de literatura integrativa. Para
Botelho, Cunha e Macedo (2011), esse tipo de revisão é utilizado como forma de
conseguir, a partir de estudos, a sistematização e publicação de resultados já
existentes que possam colaborar com determinada área da saúde. Ela tem de ser
conduzida de acordo com uma metodologia clara e possível de uma forma mais
ampla, podendo ser reproduzida por outros pesquisadores. Para isso, é necessário
que os estudos incluídos sejam pré-existentes, contenham materiais, métodos
claramente abordados.
Ela deve conter basicamente sete passos como: formulação da pergunta,
localização dos estudos, avaliação crítica dos estudos, coleta de dados, análise de
apresentação, interpretação dos dados e aprimoramento e atualização da revisão
(BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011).
A ideia inicial desse tipo de revisão é a obtenção do entendimento de um
determinado assunto de acordo com estudos já existentes (BROOME, 2000).
A vantagem desse método, é a admissão de pesquisa quase-experimental e
experimental ao mesmo tempo, utilizando dados de literatura teórica e empírica,
fazendo com que exista a compreensão completa do tema estudado. A junção das
finalidades desse método harmoniza os resultados com conceitos difíceis, teorias ou
problemas a serem solucionados na saúde (MENDES, 2008).
Para ser feito essa revisão integrativa, levou-se em consideração a seguinte
problemática: como a técnica da reposição coronal com enxerto de tecido
subepitelial tem sido abordada na literatura nacional para o tratamento de recessões
gengivais?
O estudo foi realizado nas bases de dados eletrônicas com artigos retirados
da MED-LINE, Pub-Med. Inclui também, artigos retirados de revistas e livros físicos
(Lindhe, Carranza, PerioNews...), na língua portuguesa, como em artigos e dentre
outras publicações científicas que abordam o assunto descrito no trabalho.
Como critérios de inclusão trabalhos publicados no período do ano 2011 a
Maio de 2016, procedimentos que tiveram acompanhamento clínico por pelo menos
cinco anos por um único ou mais operadores. E os critérios de exclusão serão os
trabalhos em línguas que não sejam a portuguesa, artigos que não tratavam sobre o
23
tema, trabalhos em que o tema não fosse a principal abordagem e com pacientes
comprometidos sistemicamente.
É importante salientar, que se optou por artigos pesquisados nesse período
por conta da evolução das técnicas cirúrgicas, crescimento da estética,
previsibilidade da técnica, relevância dos artigos e aperfeiçoamento do profissional.
Foram utilizadas as palavras chaves: reposição coronal, enxerto de tecido
conjuntivo, recessão gengival, cirurgia periodontal e tecido subepitelial.
Os dados foram analisados de acordo com as características de cada
procedimento cirúrgico, aspectos positivos e negativos, resultados finais e cuidados
a serem tomados em cada procedimento. 83 artigos foram excluídos por repetição.
Após leitura e interpretação dos artigos selecionados, esses, foram separados
em uma pasta contendo apenas os mais importantes e relevantes para o estudo,
ordenados de acordo com a data de visualização e leitura.
Para o descritor “Enxerto de tecido conjuntivo” foram encontradas, na
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), 2.237 publicações. Já na base de dados
SCIELO, utilizando o mesmo descritor, foram encontradas 23 publicações sobre o
assunto. Em seguida, foram feitos os cruzamentos entre os descritores, como
indicado no Fluxograma 1.
Na BVS, foram utilizados os filtros: “Texto completo”; “Base de dados”:
MEDLINE, LILACS, BBO-Odontologia; “Assunto principal”: Tecido conjuntivo,
Recessão gengival; “Tipo de estudo”: Relatos de casos; “Idioma”: Português.
Já na Scielo, os filtros selecionados foram: “Idioma”: Português; “Ano de
publicação”: 2011 a 2016; “Área temática”: Ciências da saúde; “WoS Áreas
Temáticas”: Cirurgia. Após a utilização dos filtros, foram considerados ainda como
critérios de exclusão: trabalhos repetidos e que não abordavam especificamente o
tema.
Após o cruzamento utilizando os descritores “Enxerto de tecido conjuntivo” e
“Recessão gengival” na BVS, foram encontrados 117 publicações, sendo que 99
foram excluídos. Na SCIELO, foram encontradas 15 publicações, sendo 11
excluídos.
Em seguida, foi feito o cruzamento utilizando os descritores “Enxerto de tecido
conjuntivo” e “Periodontia” na BVS, foram encontrados 72 publicações, sendo que
68 foram excluídos. Na SCIELO, foram encontradas 37 publicações, sendo 22
excluídos.
24
Também foi realizado o cruzamento utilizando os descritores “Enxerto de
tecido conjuntivo” e “Doença periodontal” na BVS, foram encontrados 117
publicações, sendo que 91 foram excluídos. Na SCIELO, foram encontradas 285
publicações, sendo 239 excluídos.
Por fim, após a exclusão dos artigos diante dos critérios estabelecidos acima,
a pesquisa foi constituída por 30 trabalhos.
A seguir, está o fluxograma representativo da descrição de cada etapa
realizada para a seleção dos títulos utilizados para o estudo (Fluxograma 1).
Figura 1 Fluxograma representativo das etapas de busca dos artigos
selecionados na biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2011 a 2016.
BIBLIOTCA VIRTUAL EM SAÚDE
ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO (2237)
Excluídos
Excluídos
Filtro
Recessão Gengival
99
Selecionados
Selecionados
18
(117)
-Texto completo
Periodontia (72)
68
4
-Período 2011 a 2016
Doença periodontal
91
26
(117)
- Idioma Português
- Tipo: Artigo, teses e
monografias
34 Excluídos:
Repetidos
Total: 48
Utilizados:
14
25
Figura 2 Fluxograma representativo das etapas de busca dos artigos
selecionados na Scielo, no período de 2011 a 2016.
SCIELO
ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO (23)
Excluídos
Filtro
- Período 2011 a
2016
Selecionados
Recessão gengival (15)
11
4
Periodontia (37)
22
15
Doença Periodontal (285)
239
46
- Idioma português
- Área
Cirurgia
temática:
Total: 65
49 excluídos:
Repetidos
Utilizados:
16
30 TRABALHOS UTILIZADOS NO ESTUDO (BVS/SCIELO)
Após a triagem dos títulos nas bases online selecionadas para o estudo, foi
realizada uma leitura superficial do material permitindo ter uma visão de todas as
informações e sua agregação com o objeto que será trabalhado.
Posteriormente, uma leitura complexa de todo material, destacando as
informações necessárias para responder com precisão ao problema estudado.
Por último, foi feito um levantamento dos dados que permitiram atingir os
objetivos específicos da investigação, a partir das suas características, sendo
organizados em um quadro (Apêndice A) para melhor sistematizar, levando em
consideração os seguintes aspectos: Ano de publicação, autoria, título, abordagem
principal, resultados e conclusões.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 CARACTERÍSTICAS DAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS
Ao final desta revisão de literatura, 30 trabalhos científicos foram utilizados,
selecionados a partir dos critérios de inclusão já discutidos anteriormente. Dentre
estes artigos, 14 foram selecionados na Biblioteca Virtual em Saúde(BVS)- Medline,
Lilacs, Bireme e 16 artigos selecionados na Scielo. No apêndice A, demonstra os
artigos inclusos na revisão de literatura e seus respectivos assuntos discutidos.
De acordo com o ano de publicação de cada artigo, o ano de 2012 é o que
teve maior destaque, tendo o maior número de publicações com cerca de 26,6%, e o
ano de 2011 com cerca de 20% das publicações, como demonstrado no quadro 03
abaixo:
Quadro 1 Distribuição de acordo com o ano de publicação dos artigos encontrados
sobre Reposição coronal com enxerto de tecido conjuntivo subepitelial para o
tratamento de recessões gengivais nas bases de dados eletrônicas selecionadas no
período de 2011 a 2016.
Ano de publicação
Número de artigos
Porcentagem aproximada
2011
6
20%
2012
8
26,6%
2013
2
6,66%
2014
2
6,66%
2015
1
3,33%
2016
2
6,66%
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
Já em relação ao local da publicação dos artigos selecionados, temos um
maior número na região Sudeste, com destaque do estado de Minas Gerais, com 13
publicações, e São Paulo, com 2 publicações. Temos também o estado do Rio
Grande do Sul com 4 publicações, os demais estados, aparecem com a média de 1
a 2 publicações, sendo que uma publicação foi feita em Portugal(Figura 02).
27
Figura 03-Localização das áreas de publicado dos artigos selecionados para o
estudo nas bases de dados eletrônicas BVS, Medline, no período de 2011 a 2016.
2
1
1
1
2
2
2
2
13
1
4
1
2
Fonte: Dados da pesquisa, 2016
28
1
Fonte: Dados da pesquisa, 2016
De acordo com os artigos selecionados, 21 se encaixaram na modalidade de
relato de caso, e 9 na modalidade de revisão de literatura.
Os artigos que envolviam as técnicas de enxerto, doença periodontal e
recessão gengival, sendo assuntos principais, não foram abordados apenas focando
esses temas, mas englobando várias áreas da odontologia, demonstrando seus pós
e contras de cada técnica, e opinião sobre cada assunto, vendo que em cada parte
do país, existiam diversas divergências sobre os temas abordados.
A partir daí, procurou desenvolver um trabalho de acordo com duas
categorias principais: (1) Principais limitações na execução da técnica de reposição
coronal, (2) Aplicações práticas do procedimento quanto à viabilidade e
previsibilidade.
29
4.2 PRINCIPAIS LIMITAÇÕES NA EXECUÇÃO DA TÉCNICA DE REPOSIÇÃO
CORONAL
Visando alcançar altas taxas de recobrimento radicular, diversas técnicas vêm
sendo descritas em todo mundo. Como em toda a técnica cirúrgica, a de reposição
coronal também existe limitações na sua execução, principalmente no que diz
respeito sobre evidências científicas. No quadro 2 as principais limitações
encontradas nos artigos e livros sobre as recessões gengivais.
Quadro 2. Principais limitações encontradas nas bases de dados eletrônicas
selecionadas, no período de 2011 a 2016.
Artigos
Limitações
3,4,5,6,9,11,13,17,21
Recessões gengivais e seus tratamentos
13,15,24
Nas recessões classe I e II de Miller
16,26
Nas recessões classe III de Miller
Apenas as recessões classe I e II de Miller, apresentando previsibilidade de
100%, nas recessões gengivais Classe III de Miller, existe uma deficiência em se
prever o resultado do recobrimento da área afetada dos diversos defeitos
apresentados, sendo necessário cada vez mais a realização de estudos que possam
ajudar e minimizar esse problema, apresentando previsibilidade apenas parcial, e a
classe IV não apresenta previsibilidade no recobrimento, por isso a importância de
ser totalmente sincero com o paciente e explicar cada situação que poderá vir a
ocorrer com o seu tratamento.
Outra limitação apresentada por essa técnica é a necessidade de um sítio
doador, que acaba aumentando o tempo cirúrgico, seguido de desconforto pósoperatório para o paciente. Quantidade limitada de material a ser enxertado, aparece
como outra limitação da técnica, aparecendo a espessura insuficiente de tecido em
palatos atrésicos. Todo o tecido que será enxertado, precisa apresentar uma faixa
satisfatória de mucosa ceratinizada, por causa da área receptora, que não vai
apresentar esse tipo de mucosa, podendo trazer problemas estéticos a região, e
sintomatologia dolorosa. A dificuldade em se diagnosticar pacientes com o biótipo
fino, dificultando o procedimento, está entre as limitações encontradas na literatura
nacional.
30
4.3 APLICAÇÕES PRÁTICAS DO PROCEDIMENTO QUANTO À VIABILIDADE E
PREVISIBILIDADE
A prática dos procedimentos na Odontologia é de extrema importância,
levando a perfeição de cada procedimento, juntamente com o conhecimento teórico
da área. As técnicas de enxerto de tecido são muito difíceis e sua previsibilidade não
é totalmente garantida, por isso, diversas aplicações práticas são utilizadas para se
obter esse sucesso.
Quadro 3. Previsibilidade e viabilidade das técnicas de enxerto de tecido subepitelial.
Artigos
Previsibilidade e Viabilidade
2,3,5,9,14,15,18,22,23,24,27,30
Alta taxa nas recessões classe I.
16,26
Baixa taxa de sucesso em recessões
classe III.
Segundo Serino et al. (1994) pacientes com recessões gengivais relacionadas
a doença periodontal, possui uma maior perda de inserção nas interproximais, do
que nas faces vestibulares e linguais dos dentes. Pacientes que possuem uma boa
higiene
oral
apresentam
recessões
maiores
nas
vestibulares,
por
causa
principalmente, da força aplicada na hora da escovação. Em sua pesquisa, ela
demonstra a boa higiene oral e a higienização precária como as principais causas
das recessões gengivais.
Outro fator descrito pelo autor é o aumento da recessão gengival de acordo
com a idade do paciente. Porém, a idade é um fator a ser melhor estudado e
observado, porque se houver o controle dos outros fatores, dificilmente aparecerá as
recessões gengivais, confirmando que essa é uma doença multifatorial (MAYNARD;
OSCHEINBEIN, 1975).
Um dos principais objetivos da técnica de reposição coronal, é obter um
satisfatório recobrimento da área afetada, repondo a anatomia gengival trazendo
resultados a problemas estéticos e de hipersensibilidade dentária acometida em
uma
região.
Atualmente,
diversos
procedimentos
cirúrgicos
vêm
sendo
apresentados com este objetivo. A técnica de enxerto de tecido conjuntivo
subepitelial, parece ser a mais vantajosa para o tratamento das recessões gengivais,
sendo eleita a técnica de escolha (ALKAN et al., 2011).
31
O enxerto coronal é um procedimento de maior previsibilidade e de fácil
execução, excluindo a necessidade de um segundo sítio cirúrgico. Com todas as
aparentes vantagens existentes nas técnicas, ela é a principal utilizada na hora da
resolução da maioria das situações. Os seus resultados vem sendo melhorados com
a adição de algumas proteínas, como por exemplo, a de matriz de esmalte,
demonstrando melhora dentre os resultados clínicos de recobrimento coronal ou
radicular, ajudando na indução a regeneração tecidual periodontal. Não existem
estudos histológicos que possam comprovar a existência de uma reparação tecidual
formando um novo cemento, osso alveolar e até mesmo ligamento periodontal (DEL
PIZZO et al., 2005).
Através de estudos realizados com o intuito de avaliar as recessões gengivais
a partir de aspecto clínicos, foi demonstrado que era preciso: Profundidade de
sondagem: distância entre a margem gengival ao ponto mais apical do sulco
gengival; Altura da recessão gengival: distância entre a junção amelocementária a
margem gengival na parte mais apical do sulco; Nível de inserção clínico: distância
entre a junção amelocementária e o limite apical da bolsa gengival; Largura da
recessão gengival: distância entre a face mesial até a distal da margem gengival;
Tecido queratinizado: distância entre a linha mucogengival e sua margem;
Espessura do tecido queratinizado: distância medida 3mm abaixo da margem
gengival.
De acordo com estes aspectos considerados no diagnóstico das recessões
gengivais, demonstra que o verdadeiro sucesso desse tratamento, parte do
recobrimento completo da recessão inicial (DAKOR et al., 2013).
A técnica de enxerto de tecido conjuntivo com reposição coronal aparece como a
técnica de maior sucesso dentre os enxertos gengivais livres com o objetivo de
recobrimento radicular, sendo considerada a mais previsível para a obtenção do
sucesso final proposto (ABOLFAZLI et al., 2009).
É importante salientar que Miller descreveu essa técnica em 1985, e desde
então apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, materiais, as recessões gengivais
classe IV ainda são um desafio para os cirurgiões-dentistas (HENRIQUES et al.,
2010).
A hipersensibilidade dentinária apresenta etiologia multifatorial, associadas a essa
manifestação de dor (DILSIZ et al., 2010). Diversos tratamentos e técnicas vêm
sendo discutidas e estudadas, apresentando os mesmos objetivos: selar os túbulos
32
dentinários ou impedir os impulsos sensitivos, reduzindo a dor descrita pelos
pacientes (ROSENTHAL, 1990).
Estímulos térmicos, mecânicos e até táteis, são nocivos a dentina exposta.
Existe uma teoria que pode explicar essa dor, que acontece de acordo com o
movimento dos fluidos dentinários estimulando os nervos sensoriais, fazendo com
que a pessoa sinta dor. Por isso, é estudado uma forma que possa fechar a entrada
desses túbulos impedindo a movimentação dos seus fluidos, e consequentemente o
aparecimento da dor (BRANNSTRÖM; ASTRÖM, 1972).
Em
1935,
um
pesquisador
chamado
Grossman,
definiu
algumas
características para se obter um dessensibilizante, que podem ser observadas até
os dias atuais. Ele deve ser facilmente aplicado, indolor, ação rápida, não pode ser
nocivo a polpa dentária, não pode causar alteração na coloração dos dentes, e tem
que
ter
longa
duração.
De
acordo
com
estudos,
os
tratamentos
com
dessensibilizantes ou lasers não apresentaram efeitos indesejáveis ou até mesmos
trouxeram outros efeitos, afirmando que são tratamentos seguros e verdadeiros.
Uma observação descrita em alguns artigos, é que os lasers de alta potência, se não
utilizados corretamente, poderão trazer problemas indesejáveis ao paciente, como
por exemplo, superaquecimento da unidade, defeitos nos tecidos gengivais e até
mesmo na polpa (SCHWARZ et al., 2008).
Um aspecto que deve ser levado em consideração durante o tratamento da
hipersensibilidade dentinária, é que o cirurgião-dentista deve ser orientado sobre a
forma correta de escovação, sobre a escova a ser utilizada, força aplicada, e quais
hábitos existentes que podem atrapalhar durante ou após o tratamento.
33
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o estudo de vários artigos apresentados nos últimos cinco anos, em
relação ao enxerto de tecido conjuntivo foram perceptíveis à imensidão de técnicas e
cuidados que são necessários para o sucesso de tal técnica. Existem diversas
coisas por traz das técnicas de enxerto tecidual. Esse trabalho teve a intenção além
de revisar uma parte da literatura encontrada, despertando o interesse pelo assunto
não só dos acadêmicos, como de toda a classe de cirurgiões-dentistas, levando-os a
aumentar o interesse pelo assunto e saber da sua importância em todas as áreas de
atuação da Odontologia.
De acordo com a análise dos trabalhos estudados, foi observado um grande
número de publicações sobre o tema, sendo encontradas diversas técnicas e sua
principal finalidade de acordo com cada caso, havendo uma concentração maior de
publicações nas regiões Sul e Sudeste do país, o que já era esperado
principalmente pela quantidade de faculdades nas regiões.
Foram também identificados os inúmeros cuidados que deve ser tomado para
o sucesso da técnica de enxertia tecidual, levando em consideração a importância
da habilidade do cirurgião-dentista, por ser uma técnica minuciosa, demonstrando
que quando bem executada, e tendo sua aplicação correta, seu sucesso é grande.
Os desafios existiram no presente trabalho, como a dificuldade em selecionar
os melhores materiais para serem abordados por conta da sua diversidade e
diferentes aplicações, a percepção de qual a técnica de escolha para cada caso, e
mesmo com muitos artigos sobre o tema e a dificuldade em encontrar artigos
recentes que direcionavam o assunto.
O presente trabalho conclui que, a técnica de enxerto de tecido conjuntivo
subepitelial quando bem executada, respeitando suas limitações, o profissional
apresentando uma boa habilidade e conhecimento teórico sobre a técnica, tem um
sucesso e aplicabilidade podendo resolver diversos casos dos pacientes,
principalmente os estéticos, que estão sendo a sua principal procura.
34
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38
APÊNDICE A
Quadro 01- Características gerais dos artigos selecionados na BVS e Scielo.
Autoria e ano de Título
Abordagem principal
publicação
Resultados
e
conclusões
principais
1
Afonso, 2012.
Avaliação
dos Recessão gengival Estudantes
com
níveis de recessão
faixa etária média
gengival
de
presente
22,5
anos
em estudantes de
apresentam
odontologia
recessão gengival.
da
Faculdade
São
–
Porto
lucas
Predominante
no
gênero masculino.
Velho – RO
Os
primeiros
molares esquerdos
foram
os
mais
afetados.
2
Feng, 2012.
Deslocamento
coronário
Enxerto de tecido A
de conjuntivo
retalho
com
cirurgia
de
recobrimento
gengival
tecido
associando
conjuntivo
enxerto
interposto para
de
cobertura radicular
conjuntivo
tecido
e
deslocamento
coronário
de
retalho mostrouse eficaz para o
tratamento
da
recessão gengival
3
Guimarães, 2012.
Enxerto de tecido Enxerto de tecido A técnica quando
conjuntivo
conjuntivo
subepitelial para o subepitelial
bem
indicada,
apresenta um alto
39
tratamento
da
índice de sucesso.
recessão gengival
Ela
pode
classe II- Relato de
executada
caso
em recessões de
um
ser
tanto
ou
mais
dentes.
4
Frizzera, 2012.
Recobrimento
radicular
Enxerto de tecido Primeiramente,
para
tratamento
o conjuntivo.
saber a queixa do
de
paciente,
se
hipersensibilidade
possui
dentinária cervical
sintomatologia
persistente.
dolorosa ou não,
fazendo
um
tratamento
conservador.
Se
não for possível,
indicar
o
procedimento
cirúrgico
para
resolução
a
do
problema.
5
Lacerda, 2011.
Recobrimento
radicular
técnica
Recobrimento
pela radicular
Essa
com bastante
de enxerto de tecido.
Zucchelli e Sanctis
técnica
nos
é
eficaz
casos
de
recobrimento
radicular
de
recessões
múltiplas,
afetam
quando
áreas
estéticas
da
cavidade oral.
6
Do Valle, 2011.
Recobrimento
Recobrimento
Existem
diversas
radicular
radicular
técnicas
para
o
40
tratamento
da
recessão gengival.
Diversos
fatores
devem
ser
observados para o
seu sucesso antes
de
submeter
o
paciente a cirurgia.
7
Pinto, 2015.
A importância do
Biótipo gengival
Cada vez mais, a
biótipo gengival na
(características e
importância do
saúde oral.
importância dentro
diagnóstico do
da saúde oral).
biótipo gengival
aumenta. A partir
desse
conhecimento,
problemas podem
ser evitados,
evitando
consequências
mais severas.
Almeida
8
2015.
et
al, Recessões
Recessões
Relata sobre as
gengivais e lesões
gengivais e lesões
lesões não
cervicais não
cervicais não
cariosas,
cariosas: Relato de
cariosas, e enxerto juntamente com a
caso clínico.
de tecido com a
utilização da
técnica de retalho
técnica cirúrgica
posicionado.
para recobrimento
dessas lesões.
41
9
10
Correa et al, 2013. Fatores que
Discussão sobre a
Relata sobre os
influenciam no
técnica de retalho
cuidados
sucesso da técnica
posicionado,
relacionados a
do retalho
juntamente com os técnica para o seu
posicionado
cuidados que
sucesso,
coronalmente.
devem acontecer
proporcionando o
para seu sucesso
seu melhor
dentro da revisão
prognóstico e
de literatura
correta indicação.
Guimarães et al, Tratamento das
2013.
Discussão sobre as Relata sobre a
retrações gengivais. formas de
tratamentos
periodontia em
geral, desde a
existentes nos dias anatomia
atuais para as
mucogengival até
retrações
as técnicas
gengivais.
existentes para o
tratamento.
42
Farias et al, 2009. Cirurgias
11
Abordar o aumento Existem diversas
periodontais
dos tratamentos
formas de
estéticas: revisão
estéticos
tratamento para os
de literatura.
periodontais nos
defeitos teciduais
consultórios
periodontais.
odontológicos.
Porém, cada caso
precisa ser
analisado e saber o
que o paciente
deseja, ajudando-o
fazendo um correto
planejamento para
o seu caso.
12
Guimarães, 2000.
Recobrimento
Relatar
radicular
com tratamento
regeneração
tecidual
Relato
o A RTG é uma
recobrimento
guiada- radicular
de
de técnica que possui
resultados
com
casos técnica de RTG.
clínicos.
a semelhantes ao
enxerto de tecido
conjuntivo, porém
alguns aspectos
devem ser levados
em consideração
para o seu
sucesso, mas
apresenta uma
estética favorável.
13
Piccinin
2002.
et
al, Recobrimento
Não
existe
uma A técnica relatada
radicular múltiplo- técnica específica é
Relato de caso.
utilizada
em
para o tratamento recessões classe
das
recessões I e II, pois é muito
43
múltiplas, e sim, a difícil
o
utilização
das recobrimento
mesmas
técnicas radicular múltiplo
utilizadas para o utilizando apenas
tratamento
de uma
técnica
recessões
com
um
tempo
unitárias.
cirúrgico,
sendo
necessária
e
a
adaptação para o
sucesso
do
tratamento.
14
Silva et al, 2004.
Recobrimento
A
utilização
radicular por meio técnica
da
da A
técnica
de
do enxerto
do
técnica envelope para o “envelope”
cirúrgica
tratamento
das mostrou que pode
periodontal
do recessões
ser utilizada com
“envelope”-
gengivais,
sucesso
desde
Enxerto conjuntivo atendendo
a que
subepitelial: Relato previsibilidade
e empregada,
de casos clínicos.
alta
taxa
sucesso.
seja
bem
de apresente
boa
indicação e uma
boa habilidade do
operador, porém
é
pouco
encontrado
na
literatura.
15
Venturim
2011
et
al, Técnicas
cirúrgicas
Realizado
o De acordo com
de estudo da técnica os
enxerto de tecido de
enxerto
artigos
de contidos no texto,
conjuntivo para o tecido
conjuntivo o
tratamento
solucionar tecido conjuntivo
da para
recessão gengival.
problemas
estéticos
é
enxerto
uma
e opção
de
ótima
para
o
44
funcionais
tratamento
causados
pelas recessões classe
e
II,
das
recessões
I
sendo
gengivais.
altamente viável e
previsível para a
correção
dos
defeitos.
16
Zaccara
et
2013.
al, Previsibilidade do Avaliar
recobrimento
a Antigamente,
previsibilidade e as sucesso
radicular
nesses
de taxas de sucesso casos, eram bem
recessão gengival em
recessões difíceis.
classe III de Miller- gengivais classe III com
Uma
o
revisão
de de Miller.
Porém
trabalhos
recentes,
literatura.
o
sucesso
nos
demonstra que é
uma
técnica
segura, podendo
recobrir
até
a
parte
radicular
das
unidades
dentárias.
17
Kina et al, 2014.
Recobrimento
de Utilizar
múltiplas
o
laser Diversas técnicas
Erbium YAG para foram testadas no
recessões
com a
estudo,
obtendo
enxerto
descontaminação
subepitelial:
radicular na hora eficientes, porém
tratamento
de do
descontaminação
da
enxerto apresentaram
subepitelial
superfície de
afim diversas
promover
radicular com laser reinserção
de Erbium YAG.
resultados
tecidos
a desvantagens
dos para a técnica.
gengivais
das
acometidas.
raízes
45
18
Candido, 2012.
Tratamento
de Estudo
realizado A
recessão marginal utilizando
técnica
de
duas enxerto de tecido
tecidual através da técnicas em uma conjuntivo
técnica de enxerto única cirurgia para subepitelial
de
tecido o
tratamento
de utilizada
conjuntivo
recessões
subepitelial
gengivais em duas maior
associado
retalho
total
foi
por
apresentar
a unidades
a
taxa
sucesso
de dentárias.
de
dentre
as técnicas para
dentes adjacentes.
o
recobrimento
radicular, fazendo
com
que
o
paciente
passasse por um
único
tempo
cirúrgico,
aumentando
ainda
mais
indicação
a
da
técnica.
19
Araújo et al, 2007.
Avaliação
dos Fazer
um Na
grande
níveis de recessão levantamento dos maioria
dos
gengival
em níveis de recessão estudantes foram
estudantes
de gengival
odontologia
da prevalência
Universidade
Federal
Pernambuco.
e
sua encontradas
nos recessões
estudantes
de gengivais, sendo
de odontologia
da a face vestibular
Universidade
Federal
Pernambuco.
a
mais
de acometida.
Os
incisivos
inferiores
foram
os mais afetados,
tendo
valores
46
máximos de 2mm
de recessão. A
escovação
traumática foi a
causa
principal
para
esse
problema
encontrado
nos
estudantes.
20
Joly et al, 2009.
Alternativas
As
principais Diversas técnicas
cirúrgicas para o técnicas
são encontradas
tratamento
da empregadas para na literatura para
recessões
o tratamento das o tratamento das
gengivais.
recessões
recessões
gengivais e suas gengivais,
indicações
tendo
de sua aplicação e
acordo com cada índice de sucesso
caso
e para cada caso
classificação
Miller.
de específico,
levando
em
consideração
também,
a
habilidade
do
operador
e
conhecimento
teórico
sobre
o
tema.
21
Saade et al, 2009.
Cirurgia
plástica A
busca
de Por
periodontal-
soluções cirúrgicas técnicas
recobrimento
para os problemas delicadas,
radicular.
estéticos
diversos
periodontais
são
encontrados
em como
serem
muito
erros
comuns
do
47
pacientes
com operador, falta de
queixas
de conhecimento
recessões
técnico, teórico e
gengivais.
principalmente
erro na seleção
da
técnica
adequada
para
cada caso.
22
Oliveira
et
2011.
al, Recobrimento
radicular
Utilizar a técnica Após dois anos
por de
enxerto do tratamento, é
enxerto de tecido gengival livre para perceptível
conjuntivo
o
tratamento
subepitelial.
uma
a
de excelência desta
recessão técnica
classe I de Miller.
para
o
tratamento
da
recessão
gengival, por sua
previsibilidade,
melhorando
estética
a
do
paciente,
23
Feltrin, 1999.
Periodontia
Abordagem
estética- Recessão revisão
gengival.
de Diversas
de de
formas
tratamento
literatura sobre as foram propostas,
recessões
gengivais
apresentando
e sucessos
e
técnicas
previsibilidade
existentes.
diversas, tendo a
sua
indicação
correta para cada
caso.
24
Tavares, 2013.
Técnicas
de Avaliação
das A
previsibilidade
recobrimento
diferentes
formas é
radicular.
de tratamento para recessões
maior
nas
48
as
recessões gengivais
gengivais.
de
classe I e II de
Miller, elegendo a
enxertia de tecido
subepitelial
o
tratamento
de
primeira
escolha
para esses casos.
25
Pereira, 2007.
Considerações
Abordar
as Diversos
sobre a etiologia, etiologias
fatores
das causadores
das
classificação
e recessões
recessões foram
recobrimento
das gengivais,
levantados nesse
recessões
apresentando
trabalho,
gengivais.
técnicas cirúrgicas descrevendo três
para o tratamento técnicas para a
das mesmas.
sua
resolução,
porém deve ser
levado
em
consideração
cada
caso
específico para a
correta aplicação
cirúrgica.
26
Bezerra
2016.
et
al, Associação
de Demonstrar
técnicas cirúrgicas partir
de
a Apesar
recessão
com cirúrgico
previsibilidade em
o recessões
classe sucesso de uma gengivais
III: Relato de caso.
sua
um baixa
para recobrimento procedimento
radicular
da
classe
recessão gengival III, houve sucesso
classe III, mesmo na realização da
com sua limitação técnica,
de previsibilidade.
aumentando
também
o
seu
49
tecido
queratinizado,
favorecendo
ao
prognóstico
cirúrgico.
27
Fernandes et al, Terapêutica
2015.
das Identificar
as Várias
técnicas
múltiplas retrações técnicas
de foram
utilizadas
classe III de Miller.
de para
recobrimento
múltiplas
o
recobrimento das
recessões
classe recessões
III de Miller.
gengivais,
demonstrando
uma
boa
previsibilidade no
tratamento
resultado
e
final,
mesmo com falta
de materiais na
literatura
que
demonstrem isso.
28
Lopes, 2012.
Avaliação
de
clínica Avaliar protocolos Diversos
diferentes de tratamento para tratamentos
protocolos
no a
efetivos
tratamento
da hipersensibilidade
controle
são
para
o
da
hipersensibilidade
dentinária com a hipersensibilidade
dentinária cervical.
utilização de laser, dentinária, basta
dessensibilizantes
e
ter conhecimento
associações teórico
dentro
de
06 cada
meses.
sobre
tipo
modo
e
o
de
utilização.
29
Oliveira
2012.
et
al, Hipersensibilidade
dentinária:
Revisar
a Em
hipersensibilidade
cada
caso,
existe uma forma
50
considerações
dentinária
para o sucesso em juntamente
seu
clínico.
diferente
de
a tratamento,
que
manejo recessão gengival, antes
e
seu
de
correto iniciada,
tratamento atual.
se
ser
devem-
levar
em
consideração
seus aspectos e
eleger a melhor
forma.
30
Trentin et al, 2015.
Enxerto de tecido Relatar
conjuntivo
subepitelial
o Além
tratamento
como cirúrgico
alternativa
ao paciente
tratamento
de recessões
de
uma
previsibilidade já
de
um esperada
com técnica,
da
foi
observada
um
de
recessões
múltiplas
aumento
gengivais
vestibulares,
tecido na região,
múltiplas- relato de através da técnica melhorando
caso.
de
enxerto
a
de estética e função
tecido conjuntivo.
do paciente.
Em seguida, foi feita uma leitura indutiva dos artigos possibilitando a seleção
e identificação dos conteúdos abordados, buscando-se semelhanças, contradições e
complementaridades entre os autores sobre cada tema (Quadro 02).
51
APÊNDICE B
Quadro 02- Conteúdos manifestos e latentes apresentados nos artigos selecionados sobre
o tema.
Relação entre as técnicas cirúrgicas para o recobrimento de recessão classe III
Títulos
Semelhanças
Contradições
Complementaridades
Associação
de
A classe III de Miller Segundo Miller,
técnicas é caracteriza-se por há uma
cirúrgicas
previsibilidade
para
cobertura parcial.
Algumas
características
de dificuldade na
anatômicas
obtenção dos
classe
recobrimento
resultados
pode
radicular
cirúrgicos
sucesso da técnica,
favoráveis em
como, o aumento das
de
recessão
de
dessa
recessão
agravar
o
classe
III:
retrações
superfícies
Relato
de
gengivais do
avasculares,
tipo classe III
proeminência da raiz e
caso
até
da
bolsas
periodontais
mais
profundas.
Terapêutica
A técnica direta é A
das múltiplas realizada
retrações
único
para
de
um realizada
passo um
classe III de cirúrgico,
Miller.
em
cirurgia
foi
A técnica de enxerto
em
gengival livre é uma
dente
utilizada anterior, onde a
recobrimento estética
classe
III
é
de extremamente
Miller.
aumentar a faixa da
gengiva inserida em
pacientes que
importante, mas
segundo
boa opção para
o
apresentem essa
deficiência.
autor, não era
uma
contra-
indicação.
Associação entre o recobrimento radicular e a hipersensibilidade dentinária
Títulos
Tratamento
Semelhanças
O paciente precisou
Contradições
Complementaridades
A técnica
O enxerto foi removido
52
de recessões
passar pelo
cirúrgica
da região de palato
escolhida foi a
duro por meio da
de envelope
técnica de incisão
que fora
única, trazendo uma
reposicionado
cirurgia mais
cirúrgica
coronalmente e
conservadora ao
mais
associado a um
paciente.
conservadora
ETCS nas áreas
gengivais
procedimento
múltiplas:
cirúrgico por causa
Uma
da escovação
abordagem
traumática.
de fenótipo fino.
Enxerto
de
O paciente possuía
O enxerto de
Para a obtenção do
tecido
escovação
tecido
tecido doador, utilizou-
conjuntivo
traumática
conjuntivo
se a técnica do
subepitelial
necessitando do
subepitelial foi a
alçapão, com uma
procedimento
opção adotada
incisão horizontal
neste caso
perpendicular à
tratamento
clínico, pelo fato
superfície óssea
de recessões
da paciente
adjacente, na região
gengivais
possuir
de segundo molar.
múltiplas:
quantidade
como
alternativa ao
Relato
cirúrgico.
de
suficiente de
caso
tecido doador
na região da
tuberosidade e
resultado
estético da
técnica.
Interação entre biótipo gengival e a saúde oral
Títulos
Semelhanças
A
A estética bucal já
Contradições
Complementaridades
O artigo
São fatores
importância
está relacionada não descreve as
importantes para o
do
só a cor e forma dos
tratamento de defeitos
biótipo
gengival
saúde oral
técnicas para
na dentes, mas também melhoria do
aos tecidos
biótipo gengival,
gengivais, a
espessura do tecido
53
gengivais.
depois fala
gengival no local
sobre a
doador e no local
espessura do
receptor.
tecido gengival
podendo afetar
o resultado do
tratamento.
Prevalência
Nos últimos anos, a
A prevalência
As mulheres
de
terapia periodontal
das recessões
apresentam biótipo
gengivais
mudou de foco. Não
gengivais e da
gengival mais
numa
está focado somente diferença do
espesso, estando
população
em remover fatores
biótipo está em
relacionado com o
maior
gênero, a altura da
quantidade nos
papila interdentária, a
homens,
forma e a idade.
biótipos
peruana.
de causas
inflamatórios, mas
também em
recuperar estruturas
perdidas.
diferente do
demonstrado no
artigo.
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